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Porto Alegre, 06 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.216

  MG: pequenos pecuaristas enfrentam desafios para escoar produção de leite

O isolamento social que proibiu a abertura de diversas atividades econômicas, incluindo bares e restaurantes, e suspendeu as aulas tem impactado de forma negativa a demanda por alguns alimentos.
 

O reflexo já está chegando ao campo e atingindo os produtores de leite e de hortaliças da agricultura familiar. De acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foi verificada dificuldade de pequenos pecuaristas de leite em escoar a produção para os laticínios.
 
Da mesma forma, agricultores familiares enfrentam desafios em comercializar hortaliças. Com o acompanhamento semanal que vem sendo feito pela Seapa e pelas vinculadas, várias ações têm sido discutidas para ajudar os produtores a solucionar os problemas e garantir o abastecimento.
 
Segundo o levantamento, o funcionamento das indústrias de lácteos e derivados em Minas Gerais apontou situação de alerta na semana de 13 a 19 de abril, com uma piora em comparação à semana anterior. Do total de estabelecimentos pesquisados, 56% apresentaram algum tipo de comprometimento no funcionamento.
 
O principal fator responsável pelo comprometimento foi o fechamento do comércio varejista, citado por 50% dos pequenos estabelecimentos. No cenário analisado, não há risco de desabastecimento de leite e derivados, porém a pesquisa aponta impacto significativo para pequenos produtores de leite devido à redução da captação pelos estabelecimentos.
 
O superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Oliveira Bovo, explica que parte dos pecuaristas tem encontrado problema na hora de comercializar.
 
“Identificamos que pequenos laticínios, com captação abaixo de 10 mil litros dia, estão com dificuldade em vender os produtos industrializados e isso acaba reduzindo a aquisição do leite no campo. Parte desse problema estava sendo resolvido com escoamento para laticínios maiores, mas ainda tem produtores com dificuldade. Os produtos lácteos têm maior valor agregado e, devido à crise, o consumo está menor no mercado final. Vamos acompanhar o setor e tentar achar soluções”, disse.
 
A Seapa, junto com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e o setor lácteo, está em busca de medidas para reduzir os prejuízos. Dentre as ações estão o direcionamento do leite antes comprado pelos pequenos laticínios para empresas de maior porte e o estímulo ao processamento do leite para produção de queijo, que pode ser vendido no mercado local e regional.
 
Agricultura familiar: Já a comercialização de produtos da agricultura familiar, segundo o relatório da Seapa, apresentou normalidade em 42,9% dos municípios do Estado, em 34% houve comprometimento parcial e em 23,1% o comprometimento foi efetivo.
 
Dentre os fatores que contribuíram para a redução da comercialização estão a queda das vendas para mercados institucionais como Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), tendo comprometimento de 88,4%. Também houve redução da comercialização em bares e restaurantes e em feiras livres, que foram afetados pelas medidas de isolamento para o controle do novo coronavírus.
 
“A Emater tem orientado os produtores a realizarem televendas, vendas e entrega de cestas e a organização de feiras livres, tomando todos os cuidados devidos para evitar a contaminação pelo coronavírus”, disse Bovo.
 
O relatório da Seapa mostrou também que, em mais de 40% dos municípios pesquisados, os produtos com maior dificuldade de comercialização foram as hortaliças, queijos e outros derivados do leite.
 
Em relação aos preços pagos aos agricultores, 65,9% dos municípios mantiveram, em 9,9% houve alta e em 24,4% foram identificadas quedas nos preços. Comparado com o cenário do período anterior, houve um aumento de 2% no percentual de municípios que identificaram recuo nos preços pagos aos agricultores.
 
Alta dos insumos:
Outra situação desfavorável encontrada no campo é o aumento do preço dos insumos. “Foi percebida uma valorização nos preços de fertilizantes e adubos, que tiveram, provavelmente, a cotação elevada devido à desvalorização do real frente ao dólar”, destacou Bovo.
 
Apesar de mais caro, o abastecimento do mercado de insumos continua normal. O estudo da Seapa mostrou que, em 77,6% dos municípios, o status de abastecimento e comercialização de insumos agropecuários apresentou situação de normalidade, 15% dos municípios tiveram impacto parcial e apenas 7,4% deles tiveram comprometimento efetivo. (Diário do Comércio)
                  

Governo libera R$ 500 milhões para compra de produtos da agricultura familiar

Os alimentos serão destinados a entidades e a famílias em vulnerabilidade 

O governo federal vai destinar R$ 500 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A suplementação orçamentária foi articulada entre os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério da Economia e o Ministério da Cidadania, que executa o PAA.

A Medida Provisória 957/2020, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (27) e abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Cidadania para ações de segurança alimentar e nutricional, no âmbito do enfrentamento ao novo Coronavírus. 

Por meio do PAA, agricultores, cooperativas e associações vendem seus produtos para órgãos públicos e os alimentos são destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, à rede socioassistencial, aos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e à rede pública e filantrópica de ensino.

Para a ministra Tereza Cristina, a medida é importante para auxiliar as cooperativas de agricultura familiar e os pequenos produtores de leite. “Esses recursos chegarão lá na ponta, esperamos que de maneira muito rápida, para atender esses que passam por problemas muito grandes de sobrevivência”, avalia a ministra.

De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), com os recursos, cerca de 85 mil famílias de agricultores familiares deverão ser beneficiadas, além de 12,5 mil entidades e 11 milhões de famílias em vulnerabilidade social, que receberão os alimentos.

“Esses recursos vão potencializar ainda mais o PAA. É um programa importante, porque ele atende a dois públicos: a agricultura familiar e a rede socioassistencial dos municípios, as pessoas que são as mais vulneráveis nas cidades”, destaca o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke.

Recursos: Segundo a SAF, do total de recursos, R$ 220 milhões serão destinados para a Conab, que fará a compra de alimentos das cooperativas de agricultores familiares, por meio da modalidade do PAA Compra com Doação Simultânea. Depois disso, o Ministério da Cidadania indica a rede socioassistencial para onde os alimentos serão doados. Na mesma modalidade, estados e municípios terão R$ 150 milhões para termos de adesão para a compra de alimentos de agricultores familiares.

E R$ 130 milhões serão alocados para a modalidade PAA Leite, que possibilita a compra de leite in natura de laticínios e agricultores familiares do semi-árido brasileiro. Após processamento, o leite é distribuído às entidades. (MAPA)

Camponesa lança aplicativo de e-commerce para facilitar a vida dos consumidores

Os consumidores das marcas Embaré e Camponesa agora podem fazer compras dos produtos por meio do novo aplicativo “Sou Camponesa”. 

O lançamento da ferramenta vem, exatamente, no momento em que o brasileiro mais precisa de iniciativas que facilitem sua vida devido ao período de isolamento contra o Covid-19.

“O mercado está em constante evolução e apresentando novas demandas e oportunidades. Estamos sempre escutando as necessidades dos nossos clientes e o momento atual destaca a necessidade de um consumo mais seguro e prático. O investimento em uma plataforma de e-commerce é, portanto, o caminho natural para responder a esses anseios”, explica o diretor de Marketing da Embaré, Martim Ibrahim Bernadara, destacando que a criação de uma plataforma deste tipo, no atual momento de crise, é uma tendência que se destaca no mercado. 

Com uma comunicação customizada e pensada no usuário, o aplicativo é gratuito e pode ser encontrado para download para usuários de android e iOS nas lojas de aplicativos. A novidade tem como objetivos: tornar o dia-a-dia dos usuários mais prático, sem a necessidade de sair de casa; oferecer uma opção de compras on-line sem filas e sem a necessidade de carregar sacolas e caixas de leite; e trazer mais comodidade e segurança, com entrega na porta de casa.

“Além disso, o App Sou Camponesa premia o cliente com pontos para que ele acumule e troque por prêmios, transformando a compra em uma experiência de ganha-ganha, mais rentável para o consumidor”, completa Martim.

Os produtos que podem ser encontrados na loja virtual hoje são: a linha de lácteos da Camponesa – leite UHT tradicional e zero lactose nas versões desnatado, semidesnatado e integral; creme de leite; doce de leite; leite condensado; leite em pó; manteiga; requeijão; bebida láctea Embaré Kids; o queijo fresco (1º queijo de caixinha do Brasil) e linha Camponesa Profissional. Além dos tradicionais caramelos da Embaré, nas opções leite, leite/chocolate, chocolate, chocolate com laranja, toffees e muito mais.

A companhia está com um projeto de distribuição direta para suas áreas de atuação. O piloto acontecerá em Belo Horizonte (MG), onde está alocada uma de suas sedes. A ideia é que essa frente se estenda para outras regiões do Brasil. Enquanto isso, os usuários de outras cidades poderão adquirir os produtos e recebê-los pelos Correios.

Vantagens ao consumidor: O aplicativo vai além de uma simples plataforma de vendas. Ela oferece mais vantagens ao consumidor que adquirir produtos da marca Camponesa ou Embaré diretamente no app, como promoções exclusivas e um sistema de acúmulo de pontos e troca por prêmios, sem qualquer custo adicional.

Como promoção de lançamento do aplicativo Sou Camponesa, a empresa está dando um cupom de R$10 de desconto na primeira compra dentro do app. 

A Embaré afirma, ainda, que novas funcionalidades estão sendo desenvolvidas para a ferramenta, ainda para este ano. O objetivo é aprimorar cada vez mais o aplicativo a partir da experiência do usuário. “Não queremos criar somente uma plataforma de e-commerce. O objetivo é nos aproximar de nossos consumidores, garantindo a eles uma experiência única, inovadora e sempre em evolução. A transformação digital, por si só, de nada serve se não for para servir às pessoas. Temos certeza de que vamos sair dessa muito melhores, com estruturas mais eficientes e com uma consciência bem maior, de que já era hora de mudar”, conclui o diretor de Marketing. (Embaré/Camponesa)
                   

Avisulat é adiado
De acordo com Asgav, Sips e Sindilat foi analisada a atual situação da pandemia, da segurança das pessoas e perspectivas dos desdobramentos e etapas de recuperação pós pandemia. Está em estudo um evento virtual com temas e palestrantes relevantes para o setor para novembro deste ano. “Até a metade de abril tínhamos a esperança de que poderíamos manter o evento, mas o senso de responsabilidade e prudência nos levaram a rever este posicionamento”, disse Eduardo Santos, coordenador do Avisulat. A previsão de público era de 5 mil pessoas e o evento aconteceria ob novo conceito com espaço para mostra de projetos e trabalhos científicos de Universidades e Instituições de Pesquisa; Central de Startups com tecnologias e soluções para o agronegócio; participações de Instituições, Bancos, empresas, investidores. (Agrolink)
 
 

 

Porto Alegre, 05 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.215

  STF reconhece Covid como acidente de trabalho

Pouco mais de um mês após ser criada a medida provisória 927/2020, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em liminar julgada no dia 29 de abril, que o fato de o trabalhador ser contaminado por Covid-19 é considerado como doença ocupacional, o que, por sua vez, equipara-se a acidente de trabalho.

Na sessão virtual, feita por videoconferência, os ministros do Supremo julgaram em conjunto sete ADis (Ações Diretas de Inconstitucionalidade), apresentadas por partidos políticos e confederações de trabalhadores para discutir dispositivos da MP do governo. A maioria dos ministros votou a favor do relator, Marco Aurélio Mello, e suspendeu os artigos 29 e 31 da medida provisória do governo. O primeiro artigo restringia as possibilidades de considerar a contaminação por Covid-19 como doença ocupacional. Já o artigo 31 tratava da atuação de auditores fiscais do trabalho.

A norma flexibilizou as regras trabalhistas no período de enfrentamento da pandemia e definiu no seu artigo 29 que os casos de contaminação pelo coronavírus “não serão considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal [quando precisa comprovar que se pegou o vírus em razão do trabalho]”.

Embora o artigo não tivesse proibido caracterizar a Covid-19 como doença ocupacional, pois é admissível se provado o nexo causal, a redação do texto dificultava a luta pelo direito.

Com a decisão do STF, ficará mais fácil que o empregado contaminado ou familiares de vítimas fatais sejam reparados pela perda.

Não é que a decisão do STF permita reconhecer o direito automaticamente, mas diminui o obstáculo quando classifica a doença como acidente de trabalho sem necessariamente precisar provar o nexo causal, principalmente a depender da categoria profissional.

Por exemplo, empregados da área de saúde terão maior facilidade em serem ressarcidos pelos danos. Segundo o ministro Roberto Barroso, é uma prova diabólica exigir a comprovação do nexo causal de quem se contaminou por coronavírus. “Eu penso que a maior parte das pessoas que desafortunadamente contraíram a doença não são capazes de dizer com precisão onde e em que circunstâncias adquiriram”, votou.

A decisão do STF ajuda, mas não dá para confiar só nela. É preciso que se leve em consideração outros fatores da relação de trabalho, a exemplo do fornecimento de equipamento de proteção individual (máscara, álcool e luva), histórico ocupacional do trabalhador e a identificação dos riscos.

Mesmo durante a pandemia, não se deve relaxar as medidas de segurança no trabalho por ser direito fundamental, sob pena de o empregador arcar pelo adoecimento do empregado. As principais implicações jurídicas são garantidas nas áreas trabalhista (ressarcimento de despesa médica e hospitalar, FGTS, dano moral e pensão civil) e previdenciária (estabilidade de 12 meses e influência positiva no cálculo do benefício). (Agora Folha)
                  

Leilão GDT fecha com baixo volume negociado e preços estáveis
O leilão da plataforma Global Dairy Trade, ocorrido nesta terça-feira (05/05), apresentou queda de 0,8% em seu índice médio de preços em relação ao evento anterior, que fechou em US$2.866/ton, como mostra o Gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index.

 
Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

Neste evento foram negociadas 16,44 mil toneladas, menor volume vendido no GDT desde maio de 2019. O baixo volume é causado, principalmente, pela redução da participação dos leites em pó no evento, reflexo da redução da oferta nesta época do ano na Nova Zelândia e dos recuos sofridos pelo mercado de lácteos em decorrência da redução da demanda causada pela Covid-19.

Os leites em pó permaneceram estáveis em preço, com oscilação positiva de 0,1% para ambos (integral e desnatado). Por outro lado, os queijos e manteiga fecharam com desvalorização no índice, -5,8% e 6,8%, respectivamente. A Tabela 1 indica os preços médios de fechamento dos principais produtos negociados no último leilão, e suas variações, em comparação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 05/05/2020.
 

O mercado lácteo internacional segue impactado pela crise do coronavírus, que tem empurrado o preço das commodities para baixo e derrubou também o preço do barril de petróleo nos últimos dias, afetando diretamente a demanda de leite. Como mostra o Gráfico 2, o preço internacional do leite possui boa correlação com o preço de petróleo, países como Argélia, Rússia e Irã, são grandes importadores de leite e possuem sua economia estruturada na exploração petrolífera.

Gráfico 2. Evolução de preços do petróleo e do leite em pó integral (média do leilão GDT).
 
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trad e The World Bank.

Ao analisar os contratos futuros, nota-se que as negociações futuras da NZX apontam preços mais baixos no leite em pó integral em relação ao GDT. Desta forma, a tendência para os próximos meses é de desvalorização nos preços do produto, como ilustra o gráfico 3.

Gráfico 3. Evolução da quantidade negociada no leilão GDT.
 
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

EUA: descarte de leite e preços baixos como consequência do coronavírus
Os produtores de leite do interior de Nova York — que enfrentaram a difícil tarefa de descartar leite no início do mês passado, agora encaram um futuro sombrio: meses de preços baixos.

A pandemia levou as autoridades a fecharem escolas, restaurantes e outros negócios não essenciais nas últimas semanas de março. Isso causou uma queda repentina e acentuada na demanda por produtos lácteos e um excesso de oferta imediata.

Os proprietários da fazenda leiteira Dykeman and Sons, em Fultonville, disseram que precisaram descartar mais de duas dúzias de caminhões de leite após a indústria, que compra o produto para fazer queijo, reduzir suas operações.

A Allenwaite Farms, em Schaghticoke, que ordenha cerca de 2.800 vacas, despejou aproximadamente 10 cargas este mês e agora está desenvolvendo planos para reduzir o horário dos colaboradores, segundo o gerente de operações Paul Molesky. Ele disse que foi criado para “comer toda a comida em seu prato” e ver um bom leite transformado em fertilizante é extremamente difícil.

O surto trouxe uma grande reversão para os produtores de leite de Nova York, que sofreram "não um corte profundo, mas um longo arranhão" nos últimos cinco anos, segundo Andrew Novakovic, economista agrícola da Universidade de Cornell. Os preços do leite estão em queda desde 2015, mas os produtores viram a economia acelerar recentemente e esperavam obter ganhos.

“O setor de serviços de alimentação consome cerca de 50% do leite produzido em Nova York e a demanda caiu da noite para o dia”, disse Novakovic. As cadeias de suprimentos não foram capazes de se concentrar imediatamente na entrega de bens de consumo vendidos em supermercados.

Mas, como as vacas não podem ser simplesmente “desligadas”, o excesso de leite se acumula rapidamente. O resultado foi paradoxal e perturbador para a cadeia láctea: consumidores sem aceso ao produto e produtores foram forçados a descarta-lo.
Ed Townley, diretor executivo da cooperativa de laticínios Agri-Mark, escreveu em uma carta aberta na semana passada que a indústria nacional de laticínios estava produzindo 15% mais leite do que o necessário. Os produtores de sua cooperativa, que opera fábricas em Vermont e no norte de Nova York produtoras de queijos Cabot e McCadam, estavam produzindo 5% a mais de leite. Isso se traduz em uma perda mensal de US $ 2 milhões.

Em janeiro, o Departamento de Agricultura dos EUA calculou que o preço no mercado de Nova York para o leite Classe III, usado para fazer queijos duros, seria de US$ 16,25 por cada cem libras (US$ 36/100 kg). Os contratos futuros para essa série estão sendo negociados a pouco mais de US$ 13 em abril e menos de US$ 12 em maio.

O USDA previa que o preço do leite para 2020 seria de US$ 142,7 por 100 quilos. Em 9 de abril, revisou essa previsão para US$ 31,8 por 100 quilos. Os produtores de Nova York dizem que custa entre US$ 33,3 e US$ 44,4 para produzir 100 quilos de leite, dependendo do tamanho de sua operação.

“O cheque que recebemos em maio vai ser horrível. E é aí que colocamos muitas de nossas colheitas no solo”, disse Roy Dykeman, sócio da Dykeman and Sons. A fazenda está lentamente diminuindo sua produção e reconsiderando o que plantará, disse ele.

Vários membros do Congresso que representam áreas do interior pediram ao USDA que comprasse leite para distribuição nos bancos de alimentos. O senador Kirsten Gillibrand (D., Nova York) apresentou um projeto de lei que daria aos agricultores empréstimos com juros baixos.

O governador Andrew Cuomo anunciou na segunda-feira que o estado compraria o excesso de leite, iogurte e cream cheese e doaria para bancos do estado. "Temos que fazer esse casamento entre o produto no norte do estado e a demanda no sul", disse ele.

O leite é o principal bem agrícola de Nova York e os produtos lácteos geraram US$ 2,5 bilhões para os produtores em 2018, de acordo com o mais recente relatório estatístico do Departamento de Agricultura do Estado de Nova York. O relatório disse que o número de fazendas leiteiras tem diminuído constantemente: havia 4.194 fazendas em 2018, ante 5.622 em 2008.

O presidente do Farm Bureau, David Fisher, disse em uma entrevista que espera que mais fazendas fechem. Sua fazenda, Mapleview Dairy, no condado de St. Lawrence, ordenha 3.000 vacas. "A demanda do mercado está baixa, os preços estão caindo, os custos com insumos e mão de obra estão altos — se é que você pode encontrar mão de obra", disse Fisher. "Será um ano difícil para a economia agrícola."

O CEO da Cooperativa do Norte do Niagara, Larry Webster, cujo grupo inclui 320 produtores, disse que foi capaz de minimizar o descarte de leite, mas está pedindo a seus membros que tentem reduzir a produção.

As fábricas de leite fluido da cooperativa estão sendo reconfiguradas para fornecer aos consumidores, mas ele não vê preços mais altos no horizonte. "Detesto dizer, mas será catastrófico", disse Webster. "Vai ser enorme." (As informações são do The Wall Street Journal, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
                   

Portaria da SES regulamenta prevenção e controle da Covid-19 nas indústrias gaúchas
As ações contidas no documento foram debatidas com parlamentares, Ministério Público do Trabalho e representantes do setor de carnes e derivados, um dos mais atingidos por surtos da doença. O objetivo, de acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, é conter possíveis transmissões em espaços industriais em tempo oportuno e evitar que o coronavírus se espalhe nesses ambientes, onde geralmente muitas pessoas trabalham em locais fechados. Indústrias de qualquer área ou porte deverão se adequar às normas. Cada empresa deve criar seu próprio Plano de Contingência para prevenção, monitoramento e controle do coronavírus, que, de acordo com o texto, “contemple no mínimo adequação estrutural, fluxo e processo de trabalho, identificação de forma sistemática o monitoramento de saúde dos trabalhadores, podendo ser solicitado a qualquer tempo pelos órgãos de fiscalização”. Para acessar a portaria na íntegra clique aqui. (Saúde RS)
 
 

 

 

Porto Alegre, 04 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.214

  Dilema na produção do leite

A formação de estoques maiores nas indústrias e o alto custo de produção são alguns dos efeitos da pandemia do coronavírus no mercado lácteo. As compras que o atacado faz da indústria caíram 30% em relação ao movimento tido como normal para esta época. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, afirma que o setor passou por algumas mudanças profundas na última semana de abril, principalmente com a queda acentuada do preço ao atacado do leite UHT (de caixinha). 

“Os queijos tiveram vendas, mas com preço muito abaixo dos custos de produção. Os estoques estão altos e a empresa tem um prazo para comercializar isso”, observa. O setor lácteo trabalha com margens curtas e depende desse mix de comercialização. Porém, o leite UHT está sendo vendido com viés de queda de preço e de consumo. O leite em pó segue esta tendência e seus estoques também estão aumentando. Segundo Palharini, esse cenário forma uma situação inversa ao valor de referência do leite projetado para abril, apresentado pelo Conseleite, de R$ 1,3541 o litro, alta de 9,79% em relação ao consolidado de março, de R$ 1,2333 pelo litro. “Foi apresentado um indicador de alta e o mercado, na prática, vai trabalhar com queda”, constata.

O dirigente explica que o produtor vai receber o mês de abril entre 10 e 15 de maio. Há empresas que vão manter no máximo o preço pago no mês anterior, mas muitas vão pagar abaixo disso, visto que hoje o leite spot, comercializado entre elas, está em torno de R$ 1,05, quase abaixo do custo de produção, o que é preocupante. 

“O mercado está paralisado. Tomara que não se jogue leite fora, como nos Estados Unidos”, comenta Palharini, que aconselha o produtor a cuidar da produtividade. “Se tiver animal com produtividade baixa, terá de ser descartado, caso contrário acaba comprometendo a rentabilidade da propriedade rural”, raciocina. As indústrias, por sua vez, precisam avaliar a formação de estoques e calcular se vale a pena manter ou vender o leite spot, que pode ser transformado em pó e ficar estocado por um ano, prazo maior que o dos demais produtos, que duram de três a quatro meses. (Correio do Povo)
                  

Embrapa e Abraleite avaliam consumo de leite e derivados durante a pandemia
Como anda o consumo de leite e derivados no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19)? Isso é o que a Embrapa Gado de Leite e a Abraleite (Associação Brasileira dos Produtores de Leite) querem saber para que possam reforçar as ações de apoio à cadeia produtiva leiteira e garantir o abastecimento do mercado. Para tanto, lançaram uma pesquisa para avaliar o comportamento dos consumidores neste período de isolamento social.

Clique aqui para participar da pesquisa

O levantamento, que também tem a participação do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite, envolve o consumo de leite pasteurizado, leite UHT, leite fermentado, queijos, petit suisse e bebidas vegetais (produtos que não substituem o leite e seus derivados e que são feitos com vegetais como soja, amêndoa, castanha etc).

A pesquisa da Embrapa e da Abraleite busca detectar se as restrições impostas pela pandemia afetaram o acesso dos consumidores ao leite e derivados, se ocorreram mudanças nos hábitos de consumos desses produtos e quais são os lácteos prioritários na hora da compra.

Os questionários devem ser enviados até as 24h deste domingo 3. No dia 5, a Embrapa e a Abraleite vão conceder entrevista coletiva para apresentar os resultados da pesquisa. (Agro em Dia)

Venda e aplicação de vacinas contra aftosa está proibida a partir de 1º de maio no RS
O Diário Oficial do Estado na quinta-feira (30) publicou a Instrução Normativa (IN) 006/2020 da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que proíbe a aplicação, a manutenção e a comercialização de vacinas contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul a partir de 1º de maio. Assinada pelo secretário Covatti Filho, a medida determina que os estabelecimentos comerciais que ainda tiverem estoque de vacina deverão comunicar o Serviço Veterinário Oficial (SVO), para a contabilização das doses, que deverão ficar lacradas e guardadas no próprio estabelecimento.

As doses não vendidas poderão ser enviadas para outros Estados onde é permitida a vacinação ou inutilizadas, mediante prévia autorização da Unidade Veterinária Local e acompanhamento oficial. Os animais vacinados contra febre aftosa no Estado após 1º de maio de 2020 serão apreendidos e encaminhados aos estabelecimentos de abate, com inspeção oficial.

Conforme a IN 006, fica proibido o ingresso de bovinos e bubalinos vacinados contra febre aftosa no território do Estado do Rio Grande do Sul, com exceção de animais oriundos de zonas livres de febre aftosa com vacinação trazidos ao Estado através de
Postos de Fiscalização de Divisa (PFD) diretamente para abate, desde que transportados em veículos lacrados pelo SVO ou por médico veterinário habilitado para a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), encaminhados diretamente a estabelecimento de abate com inspeção oficial, destinados à exportação e encaminhados diretamente para Estabelecimento de Pré-Embarque (EPE) autorizado pelo SVO e para o local de partida.

Os animais não exportados, por não atendimento aos requisitos do país importador ou qualquer outro motivo, deverão ser encaminhados para abate. Os proprietários dos animais apreendidos não terão direito à indenização e estarão sujeitos às demais sanções previstas em lei.

Os produtos originados do abate dos animais apreendidos poderão custear as despesas de transporte e beneficiamento e/ou poderão ser doados a instituições beneficentes. O ingresso de animais não vacinados contra a febre aftosa, através dos PFD, será permitido desde que cumpridos os requisitos estabelecidos na legislação sanitária.

De forma excepcional, fica autorizada a realização de testes oficiais de qualidade e potência para a vacina contra febre aftosa no 

Posto Agropecuário de Sarandi. Os bovinos que ingressarem para testes oficiais por esse local deverão receber identificadores individuais eletrônicos (“brinco defesa”), compatíveis com a numeração estabelecida pelo Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) e gerenciados através do Sistema de Defesa Agropecuária da Seapdr. Após os testes oficiais, os animais deverão ser encaminhados para abate, em estabelecimentos sob inspeção oficial, sendo vedada a comercialização para qualquer outra finalidade. O PAP Sarandi manterá registros auditáveis das entradas, das ocorrências sanitárias e das saídas dos bovinos.

Evolução do status sanitário: A campanha antecipada de vacinação contra a aftosa no Rio Grande do Sul faz faz parte da estratégia do Estado para ser declarado como livre de aftosa sem vacinação. Com o fim da vacinação, agora o Rio Grande do Sul deverá encaminhar pedido para mudança de status sanitário a fim de obter, num segundo momento, o reconhecimento internacional dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Até o momento, no Brasil, apenas os estados de Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação. (Seapdr)
                   

Vendas de queijos e derivados do leite registram queda
O secretário-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, fez um panorama da produção e das vendas da indústria de laticínios. Ouça a entrevista na íntegra clicando aqui. (Agert)
 
 

 

 

Porto Alegre, 30 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.213

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 30 de Abril de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Março de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)

 
 1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.
 
Períodos de apuração
Mês de Fevereiro/2020: De 03/02/2020 a 01/03/2020
Mês de Março/2020: De 02/03/2020 a 05/04/2020
Decêndio de Abril/2020: De 06/04/2020 a 26/04/2020
 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)
                  Conseleite/MG: leite entregue em abril a ser pago em maio tem alta de 5,62%, mas entidade alerta
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de abril de 2020 na cidade de Belo Horizonte, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2020 a ser pago em Março/2020;
b) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2020 a ser pago em Abril/2020;
c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Abril /2020 a ser pago em Maio/2020.
 
Períodos de apuração:
• Mês de Fevereiro/2020: De 31/01 a 27/02/2020
• Mês de Março /2020: De 28/02 a 02/04/2020
• Decêndio de Abril/2020: De 03/04 a 23/04/2020
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
Nota técnica: 
Desde a sua constituição o Conseleite-MG divulga o valor de referência projetado para o leite que está sendo entregue no mês corrente. Isto atende a uma antiga reivindicação dos produtores rurais para que as indústrias lhes dessem uma sinalização de preços futuros para que eles pudessem melhor administrar seus processos produtivos. Fato muito importante na busca de uma relação harmônica entre produtores de leite e indústrias de laticínios e indispensável para a realização de investimentos duradouros no setor lácteo a fim de garantir seu crescimento sustentável.
 
No Conseleite-MG, o valor de referência projetado é calculado com base na efetiva comercialização dos derivados durante as duas primeiras semanas do mês em curso. Isto sempre implica que o valor de referência final do mês será maior que o valor de referência projetado quando o mercado de derivados está em alta e, o inverso quando o mercado está em baixa.
 
Em abril de 2020 foi registrado um incremento do valor de referência a ser pago ao produtor pelo litro de leite, devido ao aumento da demanda pelos produtos estocáveis, em consequência das medidas de isolamento social que levaram os consumidores a adquirir e conservar alimentos em casa, temendo pelo desabastecimento.
 
Entretanto, o Conseleite-MG alerta para as rápidas e inesperadas mudanças nos mercados dos derivados lácteos nesses tempos de pandemia da Covid-19, podendo ser observadas alterações no curto prazo, já em maio de 2020. Isso porque apesar da alta nos preços dos derivados observada no final de março e início de abril, o mesmo se reverteu nas últimas semanas com indicação de baixa para diversos produtos importantes como o leite UHT, queijos, leite SPOT, entre outros.
 
Neste momento, o subsetor mais prejudicado tem sido o de queijos, especialmente o muçarela em peças que normalmente são direcionadas para restaurantes, pizzarias, lanchonetes, entre outros, e que estão quase totalmente paralisados.
 
As incertezas sobre os rumos futuros desses mercados são muito grandes e os principais derivados lácteos produzidos e comercializados pelas empresas participantes tem apresentado comportamentos diversos, levando a diferentes capacidades de pagamento para com a matéria-prima leite aos produtores rurais. Acrescenta-se que o objetivo do Conseleite-MG é definir um valor de referência para o produto e não um tabelamento de preço. (Conseleite/MG)
 
 
 
Exportações/UR
Nos primeiros meses do ano o setor lácteo exportou US$ 138 milhões, o que implicou um leve crescimento em relação ao mesmo período de 2019. O destaque foi para a liderança da Argélia e o crescimento da China e Egito.
Cibils Soto Consultores (CSC) publicou que “73% dos valores exportados correspondeu ao leite em pó (tanto integral como desnatado). Os queijos representaram 20% e quase 3% foi de manteiga. Os 5% restantes foram de outros produtos”.
 
Os destinos apresentaram mudanças substanciais: “No primeiro trimestre houve maior diversificação de mercados chegando a 49 países, contra 45 em igual período de 2019”, destaca a consultoria, acrescentando que a Argélia foi confirmada como “o principal mercado com 40% das exportações setoriais”. Em 2019 o mercado argelino representava 25%.
 
Importações da China cresceram 462%: Enquanto isso, a China se consolida no mercado internacional. “As vendas para aquele mercado passaram de US$ 1,4 milhões para US$ 13,8 milhões”, o que representa “crescimento de 462%, sempre comparando com o primeiro trimestre de 2019 com o de 2020”, destaca a CSC. Esse incremento “é registrado ainda em um cenário de crise pelo coronavírus que atravessa o nosso principal parceiro comercial”.
 
Egito cresceu de zero para US$ 4,5 milhões: O mercado do Egito já é o sétimo mercado do setor. “O Mercosul e o Egito têm um tratado de livre comércio vigente, e “foram US$ 4,5 milhões em vendas” este ano, contra zero no mesmo período de 2019.
 
Conaprole, o principal exportador: De acordo com a CSC “o principal exportador continua sendo a Conaprole com 71% de participação, seguida pela Estancias del Lago (9%), Bonprole (7%), e a lista é completada com participações menores de outros pequenos exportadores. (Terra Viva)
                   
Vacinação contra febre aftosa está suspensa no Rio Grande do Sul e no Bloco I do Plano Estratégico do PNEFA
A expectativa é o reconhecimento desses estados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (30), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 36, que proíbe a manutenção, comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul e no Bloco I do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE PNEFA), composto pelos estados do Acre e de Rondônia e por alguns municípios e parte de municípios do Amazonas e de Mato Grosso. Como medida adicional, a Secretaria de Defesa Agropecuária publicou a Instrução Normativa nº 23, com normas complementares para restrição e controle do ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa nos estados e regiões informadas. Essa nova área junta-se ao estado do Paraná no projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, após atendidas as premissas e ações do PE-PNEFA. A decisão conta com apoio e participação dos setores público e privado nos estados envolvidos. A expectativa é o reconhecimento pela Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) desses estados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. “Para isso, uma das condições exigidas pela OIE é a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes. Além de Acre e Rondônia, o Bloco I do PE PNEFA inclui os municípios de: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Itamarati, Ipixuna, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini e parte do município de Tapauá, no Amazonas; e o município de Rondolândia e partes dos municípios de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína, em Mato Grosso.  (MAPA)
 
 

 

 

Porto Alegre, 29 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.212

  Produtores dos Estados Unidos descartam leite e ovos em meio à pandemia

Com o fechamento de parte da indústria norte-americana por conta das medidas de isolamento, agricultores e pecuaristas não têm como escoar a produção

Problemas na indústria de alimentos dos Estados Unidos, por conta das medidas de isolamento social adotadas ante a pandemia do novo coronavírus, estão forçando produtores norte-americanos a descartarem leite, ovos e outras culturas. O prejuízo é ainda maior para quem fornece frutas e legumes, que não podem ser armazenados por muito tempo. Além da baixa demanda, os prazos de entrega foram estendidos.

O presidente Donald Trump anunciou na sexta-feira, 24, medidas de auxílio ao setor produto, destinando US$ 19 bilhões. O pacote de assistência incluirá US$ 16 bilhões para pagamento diretos a agricultores e pecuaristas e US$ 3 bilhões para compras em massa de lácteos, carnes e produtos que serão distribuídos pelos bancos de alimentos do país.

De acordo com o consultor Jonas Pizatto, da INTL FCStone, este é o pior momento da demanda interna dos Estados Unidos em meio à pandemia, mas a tendência é que isso se normalize ao longo do ano. “O Trump está querendo reabrir algumas indústrias e algumas cidades com menos casos também estão retomando”, diz.

O especialista destaca que as commodities agrícolas em dólar estão nas mínimas históricas. Porém, o produtor brasileiro vive uma situação diferenciada. “Como a gente tem um mercado de grãos ganhando cada vez mais espaço nas exportações, a alta do dólar favorece os embarques e isso tem elevado o preço para o produtor”, diz. “As com commodities mais baratas, países estão aproveitando para comprar. Nunca estivemos tão comercializados como agora”, diz. (Canal Rural)
                  

Produção/UR

A captação de leite pela indústria no primeiro trimestre do ano foi 2,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. 

Foram coletados 415,27 milhões de litros no acumuado de janeiro a março, diante dos 404,24 milhões de litros de um ano atrás, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

Em março a produção ficou praticamente inalterada na comparação interanual, somando 133,12 milhões de litros.

Nos últimos doze meses (abril 2019-março 2020) a captação totalizou 1.981 milhões de litros, 2,6% menos que os 2.033,7 milhões registrados em igual período anterior. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

52% das famílias atrasarão contas nos próximos meses 

Pesquisa da Boa Vista SCPC mostra que 56% só têm fôlego financeiro até junho

Com a deterioração das finanças das famílias causada pela pandemia de covid-19, pouco mais da metade - 52% - dos consumidores prevê que não conseguirá pagar as contas ou poderá arcar com apenas parte delas nos próximos meses, segundo pesquisa feita pela Boa Vista SCPC entre 7 e 13 de abril.

De acordo com o levantamento, a maioria - 56% - só tem fôlego financeiro para até dois meses. Outros 24% dos entrevistados têm capacidade para segurar as contas por mais de três meses. E 20% não sabem dizer até quando conseguem pagar os boletos.
A pesquisa ouviu 600 pessoas de todas as regiões do país e apontou que 80% já fizeram uma revisão no orçamento doméstico a fim de reduzir despesas.

O fato de mais de 40% dos trabalhadores estarem no mercado informal pode explicar o alto percentual de pessoas que preveem um orçamento mais apertado nos próximos meses. “Eles são deixaram de ter renda suficiente para os gastos do dia a dia”, diz
Flavio Calife, economista da Boa Vista. Isso apesar do auxílio emergencial concedido pelo governo, de R$ 600 a R$ 1.200, dependendo do caso.

Desde que obrigou os governos a adotar medidas de isolamento social, a pandemia tem provocado desemprego e queda de renda, aumentando a dificuldade das famílias para manter as contas em dia. Não por acaso, o pessimismo do consumidor medida por diferentes instituições tem registrado níveis históricos. O índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 22 pontos em abril, para 58,2, menor nível desde 2005.

O principal compromisso financeiro dos consumidores são as compras parceladas, como cartão de crédito, carnê de loja e cheques pré-datados. Segundo a pesquisa, 49% têm esse tipo de dívida. Em seguida, com 27%, estão financiamentos, como crédito para veículo, imóvel, crédito pessoal ou consignado.

Num futuro próximo, 59% dos entrevistados acreditam que vão precisar de novos empréstimos para pagar as contas. Entre aqueles que não conseguirão manter as os pagamentos em dia, 83% vão precisar de crédito. E, se o atual cenário se prolongar, 34% dos que esperam manter as contas em dia precisarão recorrer a empréstimos, diz a pesquisa.

A principal modalidade citada pelos que preveem a necessidade de tomar crédito foi o empréstimo pessoal em bancos (21%), seguida do cartão de crédito (14%) e do empréstimo consignado (12%). Empréstimo cedidos por familiares e amigos foi mencionado por 16%.

A situação pode agravar o endividamento e o comprometimento de renda das famílias, que já vinha crescendo mesmo antes da pandemia.

De acordo com dados do Banco Central, o endividamento aumentou para o equivalente 45,5% da renda em fevereiro, dado mais recente disponível, ante 43,1% no mesmo período do ano passado. E cerca de 20% da renda era comprometida com o pagamento de dívidas, 0,6 ponto acima do índice de fevereiro de 2019.

Mas, ao menos em março, o efeito da pandemia foi de retração nas concessões de crédito para as famílias. Elas caíram 11,4% na comparação com fevereiro, considerando o dado com ajuste sazonal, de acordo com o BC. A autoridade monetária informou que houve redução nas concessões de crédito para compra de carro e menor uso do cartão de crédito à vista porque as pessoas podem estar adiando a compra de bens por causa da incerteza causada pela pandemia. (Valor Economico)

                   

MilkPoint Experts: uma série de eventos on-line gratuitos para você. Inscreva-se!
A pandemia de coronavírus chegou sem avisos e sem precedentes, fazendo muitas coisas serem repensadas. Apesar de boa parte do mundo ter parado, o leite não para. Logo, o MilkPoint também não. É por isso que trouxemos uma série de eventos com temas super importantes, para te manter sempre atualizado. Confira as datas, programação e se inscreva: 06/05/2020; às 15h - Biosseguridade: dela dependerá o nosso direito de produzir  | 12/05/2020; às 14h - Bem-estar animal |14/05/2020; às 14h - Custos de produção e gerenciamento de fazendas | 20/05/2020; às 14h - Qualidade do Leite (Milkpoint)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 28 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.211

  Conseleite divulga projeção e Sindilat alerta que mercado já mudou

O valor de referência do leite projetado para abril de 2020 ficou em R$ 1,3541 o litro, alta de 9,79% em relação ao consolidado do mês de março (R$ 1,2333/litro). Os dados – que se referem aos primeiros dez dias do mês – foram apresentados pelo Conseleite em reunião virtual na manhã desta terça-feira (28/04) e causam apreensão no setor lácteo gaúcho em meio à pandemia de coronavírus que vem reduzindo consumo e impondo novos desafios à produção. De acordo com o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, a recomposição de preço na entressafra era um movimento esperado em função da queda na lactação e pelo impacto da seca em mais de 300 municípios gaúchos, mas também reflete o aquecimento do consumo nos primeiros dez dias do mês devido à formação de estoques pelas famílias. Infelizmente, alertou ele, a elevação de preços no varejo ainda não se refletiu em ganhos no campo.  “Os animais estão produzindo menos, o dólar está em alta, as cotações da soja e do milho tiveram valores elevados, assim como insumos e medicamentos. E, ao abrir os silos para alimentar os animais, verificamos que a qualidade da silagem estocada está ruim”, pontuou. Segundo ele, a grave seca que atinge o RS coloca a produção leiteira em situação diferenciada em relação ao restante do país e segue trazendo fortes impactos no dia a dia e na rentabilidade do produtor.

Representando as indústrias, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, alertou que as vendas despencaram e os preços já retornaram a patamares anteriores à Covid-19. “As pessoas foram às compras e adquiriram, em um curto período de tempo, produtos para várias semanas. O que vimos agora é uma queda forte tanto no varejo tradicional quanto no food service, setor mais impactado pelo isolamento social com o fechamento de bares, hotéis e restaurantes. As incertezas são grandes e não saberemos como será o amanhã. O momento é de muita cautela”, ponderou. Guerra ressaltou que o Conseleite avalia apenas os primeiros dez dias do mês, e o mercado é regido por todo um mix durante 30 dias. “No próximo levantamento, veremos provavelmente o reflexo da queda de consumo nos preços, o que já é realidade na produção hoje”. 

Apesar do consumo retraído, a captação de leite no campo foi mantida, informa Guerra. O compromisso resultou em estoques elevados na indústria. Segundo ele, algumas empresas optaram por vender o leite a outros laticínios, o chamado mercado Spot, e linhas de produção simplesmente deixaram de operar pela ausência de consumo como o caso da manteiga, do requeijão e de outros derivados para o consumo culinário em grande escala. “O que se deixou de produzir, os negócios que não ocorreram, os estoques que têm alto custo de manutenção, o leite que precisou ser repassado ao mercado spot e a falta de pagamento por parte de diversos clientes não estão mensurados nos dados do Conseleite e nos colocam em uma situação muito delicada”, lamentou.

Durante a reunião, foi definido que o Conseleite remeterá ofícios aos governos estadual e federal com reivindicações do setor lácteo. Ao secretário da Agricultura, Covatti Filho, o colegiado requer ações de enfrentamento da seca no Rio Grande do Sul com apoio financeiro e aquisição pública de alimentos. Para a União, a urgência é em relação à liberação de PIS Cofins às indústrias e agilidade na operacionalização dos recursos anunciados. (Imprensa Sindilat)
                   

Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Abril de 2020 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite projetados para Abril de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. (Conseleite/PR)
 

SC: produção cai 4% com estiagem e pandemia de coronavírus
A produção de leite em Santa Catarina deve recuar em 2020, refletindo os problemas gerados pela estiagem prolongada no estado e também pela pandemia do novo coronavírus, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). A expectativa é de que o estado produzissse 3 bilhões de litros, mesmo volume de 2019.

Somente no mês de março, a captação catarinense registrou queda de 4% em relação ao volume estimado de produção, de 227,5 milhões de litros. No acumulado de abril, a retração está projetada em 8%, frente à perspectiva de produção de 214,5 milhões de litros, ainda conforme levantamento do analista de leite da Epagri, Tabajara Marcondes.

De acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, a estiagem, uma das piores dos últimos anos, ocasionou perdas de até 40% na produção de silagem de milho. E os altos preços do milho e do farelo de soja, muitas vezes, inviabilizam economicamente o investimento em ração.

“Com isso, temos uma queda na produção, porque as vacas estão comendo menos. O potencial produtivo não está sendo utilizado na sua totalidade, pois não há dinheiro para a compra da ração. A atividade está trabalhando no vermelho há algum tempo, o que tem feito com que mil a 1.500 produtores deixem a atividade todos os anos no estado”, explica o vice-presidente.

Os produtores de leite ainda amargam mais um custo: o do abastecimento de água nas propriedades rurais com caminhões-pipa. Desde junho de 2019, o estado enfrenta a pior estiagem dos últimos anos, afetando, especialmente, as regiões extremo oeste, oeste, meio-oeste, planalto sul, planalto norte e alto Vale do Itajaí. Situações semelhantes foram registradas apenas em 1978 e 2006, conforme dados da Epagri.

Além da estiagem, o setor leiteiro ainda sofre com a queda no consumo, um dos reflexos da pandemia do novo coronavírus. De acordo com dados da Faesc, o estado possui mais de cem pequenos laticínios, que produzem queijos, um dos produtos mais afetados diante do fechamento de bares e restaurantes. “A retração no consumo devido à Covid-19 é muito forte, os produtos lácteos são os primeiros a deixarem de ser consumidos quando a renda de uma família é impactada”, afirma Barbieri.

Enquanto isso, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados de Santa Catarina (Sindileite/SC), divulgou um documento para alertar os produtores. “É preciso que sejam realizadas avaliações criteriosas da gestão das atividades, redução dos custos de produção, administração de despesas e controle de produção, a fim de minimizar os impactos rigorosos que possamos vir a sofrer em nossos negócios nos próximos meses”, diz.

O presidente do Sindileite/SC, Valter Antônio Brandalise ainda pondera que a preocupação da entidade é deixar o setor funcionando. “Não queremos deixar nenhum produtor de fora da captação do leite”, completa. (Canal Rural)
                   

Movimento #bebamaisleite arrecada 86 toneladas de lácteos em live do cantor Léo Chaves
O Movimento #bebamaisleite foi convidado pelo cantor Léo Chaves a participar de uma live Solidária para ajudar pessoas atingidas, direta e indiretamente, pela Covid-19. A ação ocorreu no último dia 27 de abril, no perfil do cantor no YouTube, e alcançou mais de 2,3 milhões de visualizações totais. Flávia Fontes, representando o movimento, destacou a importância do consumo deste alimento para pessoas de todas as idades, especialmente crianças e idosos e dos benefícios dos lácteos para a imunidade. Falou ainda de como o setor vem atuando diante do coronavírus: “O setor lácteo não parou frente à pandemia. Desde o produtor, passando pela indústria, até chegar no ponto de venda, todos continuam trabalhando para que não falte lácteos nas mesas dos brasileiros”, disse, por meio de vídeo. O cantor sertanejo aproveitou para salientar a importância social da produção de leite para o país e mencionou, orgulhosamente, que seu avô era produtor. Na live foram arrecadados 86 mil litros de leite, iogurtes e bebidas lácteas que serão doados a instituições assistenciais. Segundo o movimento, a arrecadação só foi possível com o apoio do setor lácteo, que abraçou a causa. As doações serão direcionadas para as seguintes instituições: Instituto Hortense, de Uberlândia/MG, Projeto Voluntárias Sociais, da Bahia; Projeto Anjos e Amigos,de Juazeiro/BA; Asilo Lar Esperança, de Uberaba/MG; Paróquia Senhor Bom Jesus, de Inocência/MS; Associação das obras Pavonianas de Assistência, de Belo Horizonte/MG. Como as doações continuam, outras instituições poderão ser beneficiadas. (As informações são do #bebamaisleite)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 27 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.210

  Ministra discute com adidos agrícolas cenários para o setor após a pandemia

Em videoconferência com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nesta sexta-feira (24), 23 adidos agrícolas que atuam em diversos países apresentaram os cenários do setor neste momento de pandemia do novo

Coronavírus e possíveis ações para a retomada da economia pós-Covid-19. A ministra lembrou a importância de reforçar para os outros países que o Brasil é um parceiro confiável no fornecimento de alimentos e está dando conta do abastecimento interno neste momento. 

“É importante esse olhar de vocês no dia a dia, porque vocês estão na ponta. Nós lemos os jornais, mas vocês têm o feeling e podem trazer essa leitura muito mais real. Precisamos ter as informações atuais para que possamos traçar cenários sobre o que vem para o futuro”, disse Tereza Cristina. 

A ministra também recomendou que os adidos descrevam para os países onde atuam sobre os padrões de qualidade dos produtos agrícolas brasileiros. “Isso vai ser fator preponderante para o período pós-Coronavírus. Existe um desconhecimento generalizado sobre a agricultura brasileira, o que acaba gerando críticas de outros países”, disse a ministra, lembrando que a sanidade dos produtos brasileiros pode fazer a diferença no mercado internacional. 

A ministra destacou que as exportações brasileiras estão fluindo bem, apesar da diminuição para alguns países, mas no todo, está havendo aumento. Segundo ela, a Ásia como um todo atualmente importa mais produtos agrícolas do Brasil do que Estados Unidos, Argentina e União Europeia juntos. (Mapa)
                   

Leite/América do Sul
No Cone Sul da América do Sul, particularmente na Argentina, Uruguai e Paraguai, a produção de leite ficou estável, ou com ligeira alta neste início de outono. 

Chuvas esparsas ajudaram o crescimento das culturas de milho e soja. A oferta de concentrados não é motivo de preocupação no momento. Além disso, analistas estão prevendo uma maior colheita de milho para este ano.  

Também com o recente colapso nos preços do petróleo a expectativa é de que os custos dos grãos caiam, e em alguns casos, contribua para que o leite se torne mais lucrativo. De um modo geral a oferta de leite das fazendas está aquém das necessidades processamento, incluindo o empacotamento de leite fluido. A disponibilidade de creme também é pequena, e o mercado de manteiga encontra-se bem agitado. 

Com a maioria dos serviços de alimentação e hotéis em quarentena devido a pandemia, a produção de queijos foi redirecionada para atender às necessidades dos supermercados e alguns restaurantes que funcionam com delivery ou mediante entrega. No Brasil, a produção de leite encontra-se estável, mas abaixo da quantidade suficiente para atender à maioria dos pedidos das fábricas. 

Impulsionado pela crise do coronavírus, nesta semana, o governo brasileiro realizou um leilão para comprar centenas de toneladas de leite em pó para distribuir às populações vulneráveis, além de ajudar a reduzir alguns estoques. Ao contrário do que ocorria um mês atrás, as vendas de leite UHT e iogurte no varejo estão perdendo força e os estoques nas redes de distribuição são adequados. 

Diante do grande volume de vendas de produtos lácteos, alguns hipermercados estão fazendo promoções semanais com limitação de unidades por cliente, para evitar a canibalização entre os produtos. Ao longo das regiões costeiras do Sul alguns portos estão parcialmente fechados, adiando a atividade de exportação em geral.
 


 

  
Nestlé: pela primeira vez, vendas pela internet superam 10% de participação nos negócios
As vendas globais da Nestlé por meio de e-commerce cresceram 29,4% no primeiro trimestre deste ano, resultado do comportamento do público de estocar alimentos, sobretudo no mês de março. Pela primeira vez, as vendas online superaram a marca de 10% de participação nos negócios da multinacional de bens de consumo com sede na Suíça.

Mark Schneider, diretor-presidente da Nestlé, analisou que o portfólio diversificado e a presença em 187 países contribuíram para o desempenho. No entanto, fez questão de ressaltar que a crise gerada pela pandemia "está longe de ter terminado e seremos confrontados com numerosas incertezas nos próximos trimestres".

Dentro do portfólio da companhia, o principal crescimento entre janeiro e março foi observado nos produtos de primeira necessidade, como ingredientes culinários. Alimentos para pets e cafés também aparecem entre os itens com forte avanço na procura. Por outro lado, houve queda na comercialização de doces e sorvetes. Um fenômeno comum a todos os mercados em que a Nestlé atua é a migração do consumo para dentro do lar. (SA Varejo)

Leite em pó
Foi realizado na sexta-feira (24/04) o leilão da Conab para compra de 323.500 kg de leite em pó integral a serem entregues em quantidades e nos locais definidos na Relação do Cadastro de Lotes. 

O leilão foi realizado para atendimento da demanda do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), os recursos estão assegurados, conforme Termo de Execução Descentralizada (TED) nº 03/2020, Processo nº 00.135.206.721/2020-58, firmado entre a Conab e o MMFDH. 

O período para entrega do produto, sem cobrança de multa, será até o dia 14/05/2020, para os Estados que compõem as regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste e 29/05/2020 para os Estados da região Norte. Clique aqui e confira o Resultado do Leilão para compra de Leite em pó. (Conab) 
                   

Painel virtual debate efeitos da pandemia na agricultura familiar 
Para entender os efeitos da pandemia sobre a agricultura familiar e na produção de trigo, milho, leite e arroz, o deputado federal Jerônimo Goergen está promovendo um painel virtual nesta segunda-feira (27). O evento será transmitido pelos canais do Facebook e Youtube do deputado a partir das 18h. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, estará presente relatando as mudanças no setor leiteiro. Também estarão presentes o ex-ministro da Agricultura Antônio Cabrera, o presidente da Fetag, Carlos Joel, e especialistas e representantes de entidades como Federarroz e Apromilho para falar sobre os seus respectivos setores. Para acompanhar, acesse: facebook.com/depjeronimogoergen (Assessoria Sindilat/RS)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 24 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.209

  Rabobank: Impactos do Covid-19 no consumidor brasileiro

Perdas em serviços de alimentação terão um enorme impacto em alimentos e bebidas em 2020

Com medidas de distanciamento social em vigor em todo o Brasil, o impacto da pandemia no consumo de alimentos e bebidas será muito significativo no primeiro e segundo trimestres e potencialmente terá impactos duradouros nos níveis de consumo, dependendo do aumento do desemprego e da gravidade do problema.

Enquanto o Rabobank espera uma contração no PIB de cerca de 2% para 2020, outras instituições como o Banco Mundial observam uma queda de 5% na produção econômica, o que levaria o tamanho da economia aos níveis de 2010. O Sebrae, uma agência privada que apoia pequenas e médias empresas, informou que até 600.000 pequenas empresas fecharam de forma permanente ou temporária no início de abril, o que pode significar risco de nove milhões de empregos. Em 26 de março, quase todo o país tinha algumas restrições a restaurantes e bares, que permanecem em vigor em meados de abril.

Consumo de Laticínios: Leite líquido e mussarela ganham com quedas de valor agregado
As empresas estão relatando várias mudanças na dinâmica de vendas após três semanas de quarentena. Por exemplo, as empresas de laticínios tiveram um aumento nos produtos básicos, como mussarela, queijo prato e leite UHT, já que os consumidores aumentaram significativamente suas compras de produtos básicos, antecipando as medidas de isolamento social.

As linhas de produtos mais caras, como iogurtes, sobremesas e queijos importados, caíram acentuadamente nas últimas semanas.
Isso indica que os consumidores estão sendo mais cuidadosos ao fazer suas compras nos pontos de venda, e isso parece estar acontecendo também em outros setores, à medida que os consumidores passam de marcas e categorias mais caras para produtos básicos e alternativas acessíveis.

Por outro lado, as vendas de produtos para pontos de venda de alimentos caíram entre 70% e 90%, de acordo com empresas entrevistadas pelo Rabobank, já que os restaurantes limitam a maior parte de seus negócios a entregas e limitam seus estoques ao mínimo.

As importações de laticínios caíram 30% até agora em 2020, enquanto as exportações avançaram 16%, em parte como consequência de um dólar mais forte. Um déficit comercial menor ajudará a equilibrar a demanda doméstica mais lenta de produtos lácteos e proporcionará alguma estabilidade ao setor.

Perspectivas para o consumidor brasileiro em 2020
Os consumidores brasileiros estão enfrentando níveis de estresse sem precedentes em abril de 2020, com um rápido declínio na renda, maior desemprego e medo de o Covid-19 moldando seu comportamento de gastos.

O primeiro ponto-chave do projeto é quando a economia será reaberta e se os consumidores começarão a se comportar da mesma maneira que antes de março. Por enquanto, o cenário de base é uma forte contração no segundo trimestre, seguida por um retorno ao crescimento no terceiro e quarto trimestres que permitirá recuperar o consumo na maioria dos setores-chave.

No entanto, essa projeção pode mudar rapidamente. Primeiro, porque os problemas de saúde ainda não foram resolvidos, e segundo, porque é improvável que os consumidores saiam e gastem em locais de serviços de alimentação da mesma maneira, desde que haja casos de vírus presentes e nenhuma vacina ou tratamentos comprovados.

A cerveja e as bebidas alcoólicas provavelmente serão as mais afetadas pela contração do serviço de alimentação. Mas outros setores, como a proteína animal, também serão impactados.

Uma das lições da recessão de 2015-16 foi que os consumidores trocaram para alternativas mais acessíveis. Isso poderia beneficiar aves sobre carne bovina, cerveja local versus marcas importadas e queijo doméstico versus importado.

Plataformas de entrega, como Rappi e iFood, são vencedores claros dessa crise e aumentarão ainda mais sua participação nas vendas de alimentos e bebidas como canal. É provável que seja um ganho permanente, pois os consumidores provavelmente estarão menos dispostos a sair para lugares públicos, mesmo quando o pior da epidemia terminar.

Os restaurantes precisarão se adaptar a uma nova realidade, na qual as entregas representam uma parcela ainda maior de suas vendas gerais. Também são prováveis mais investimentos em cozinhas especializadas para entregas. Enquanto o congresso brasileiro já aprovou uma medida de apoio de R $ 600/mês por três meses para trabalhadores sem emprego formal, que é cerca de 60% do salário mínimo mensal, muitos consumidores cortam as compras ao essencial absoluto, independentemente de terem salários formais ou não.

As empresas precisarão se adaptar continuamente a um cenário de consumidores em rápida mudança no Brasil, sem nenhuma indicação clara ainda de quando a vida voltará a algo próximo do normal para a maioria. As vendas online estão prosperando e acelerarão o crescimento do comércio eletrônico em 2020. As empresas que investiram em plataformas e distribuição direta surgirão mais fortes.

Apesar de um difícil futuro pela frente em 2020, os gastos do consumidor podem começar a se recuperar gradualmente no segundo semestre e até 2021, desde que os problemas de saúde se tornem mais controlados. No entanto, se o desemprego aumentar significativamente, a recuperação poderá ser muito lenta e gradual, como ocorreu após a recessão de 2015-2016, quando os gastos do consumidor tiveram um período prolongado de queda, mesmo após o final da crise econômica. (Rabobank, traduzida pela Equipe MilkPoint)

                   
CCGL distribui R$ 9 milhões entre seus associados 
Assim como os profissionais da saúde, os trabalhadores rurais não podem parar durante a pandemia da Covid-19. Por isso, a partir desta quinta-feira (23/04), a Cooperativa Central Gaúcha (CCGL) distribuirá aos produtores associados, aqueles que entregaram a matéria-prima em 2019 e que estão ativos no sistema da empresa, cerca de R$ 9 milhões como bonificação de participação nos resultados da industrialização e comercialização. 

O valor é significativo e chega em um momento importante, o de estabelecer as pastagens de inverno nas propriedades, de acordo com o gerente de suprimento de leite da CCGL Jair da Silva Mello. Além disso, a quantia deve auxiliar nas finanças das famílias nesse momento de crise e de estiagem. (Imprensa Sindilat com informações da CCGL)

Último dia para vacinação
Depois de prorrogar por 10 dias, em razão das restrições de circulação por conta do coronavírus, a Secretaria da Agricultura afirma que não ocorrerá nova ampliação de prazo. Isso faz de hoje o último dia para imunizar os 12,6 milhões de bovinos e bubalinos do Rio Grande do Sul contra a febre aftosa.

A comunicação oficial da aplicação de doses tem um pouco mais de tempo: pode ser feita até o dia 30. Somente depois dessa data é que será possível aferir com exatidão o percentual atingido nesta que pode ser a última campanha de vacinação no território gaúcho. O Estado encaminhará em maio solicitação para progressão de status sanitário, para livre da doença sem imunização.

- A partir de maio, não pode mais haver a comercialização de vacina. Eventuais estoques ficam lacrados. E, se houver troca do produto com o laboratório, precisa ser acompanhada por fiscais agropecuários - esclarece Rosane Collares, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da secretaria da Agricultura. (Zero Hora)

SC: estiagem se agrava e produção de leite já diminui 12% em Concórdia
O início do mês até foi animador, mas a segunda quinzena não manteve o ritmo e a estiagem volta a se agravar em Concórdia. Dados do nível dos rios do município comprovam a gravidade. Conforme boletim da Epagri Ciram, emitido nesta quinta-feira, dia 23, três pontos preocupam: o Montante da barragem, em São Cristóvão, e a Foz do Rio Claudino, estão na classificação de emergência para estiagem. A rua Vitório Celant está em alerta.

Isso é reflexo direto da baixa quantidade de chuva que permanece em Concórdia. A chuva de abril se concentrou apenas na primeira quinzena do mês, e ainda assim com quantidade abaixo do normal. Foram 76 milímetros neste período, que é também o total de precipitação registrado até agora em Concórdia em abril. Ou seja, na segunda quinzena não teve chuva, conforme dados da estação meteorológica Embrapa Suínos e Aves.

Diante desse quadro de escassez, o interior do município é quem mais sofre. Como a reportagem da emissora já vem informando, as perdas são grandes nas pastagens e lavoura de milho. Há problemas também na dessedentação de animais. Mas o que mais vem preocupando é na produção de carne e leite. Só no leite, conforme o secretário de agricultura, Mauro Martini, houve uma diminuição de 12% na capacidade de produção. E isso indica que a crise vai demorar a ser superada.

A estiagem, que se prolonga desde o fim do ano passado, faz com que as propriedades sofram também com a falta de água. Por isso, a prefeitura de Concórdia tem realizado transportes de cargas de água diariamente, tanto para consumo humano, quanto para animal. Quando chove, a situação ameniza. Mas como a quantidade é sempre baixa, o quadro grave retorna. Atualmente, são cerca de 16 cargas por dia para diversas localidades, o que totaliza quase 200 mil litros de água diariamente.

Abastecimento pode ficar comprometido em breve: A boa notícia é que mesmo com essa severa estiagem, o abastecimento de água em Concórdia ainda não foi comprometido. Conforme a Casan, os sistemas de captação seguem trabalhando normalmente por enquanto, mas para que não haja racionamento em algumas semanas, a orientação é o uso estritamente necessário desde já. O engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho do Prado destaca a falta de chuva e os riscos de queimadas neste período.

“Nesta sexta, fim de semana, segunda e terça continua fresquinho de manhã, calor à tarde, passando dos 30ºC, e com tempo seco, umidade baixa e sem chuva. Muito cuidado com fogo. Evitar a queimada de lixo e quando for queimar, cuidado. E evitar jogar cigarro na estrada. E muita economia de água. Até o final do mês não está indicando chuva na região. De chuva, pelo visto, só em maio”, alerta ele.

E a perspectiva não é nada animadora para a região. A previsão do tempo da Epagri/Ciram continua indicando que, mesmo com uma indicação de chuva para o início de maio, o mês como um todo será seco, como já vem ocorrendo desde o início do ano. Ou seja, o quadro de estiagem vai permanecer por mais semanas e deve se agravar ainda mais.

Uma das piores estiagem da história de SC: Esta situação, no entanto, não fica restrita ao oeste. A falta de chuva traz prejuízos para o meio rural e preocupa todo o setor produtivo de Santa Catarina. Desde junho de 2019, o estado vem passando pela estiagem que já é considerada a mais severa dos últimos anos e que vem afetando, principalmente, as regiões Extremo Oeste, Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul, Planalto Norte e Alto Vale do Itajaí. Situações semelhantes aconteceram apenas em 1978 e 2006. 

A falta de chuvas deverá causar a redução de 10% na produção catarinense de milho. O feijão foi uma das culturas mais afetadas pela falta de chuvas, em alguns municípios do Meio Oeste as perdas chegam a 60%. No total, o estado deve ter uma quebra de 7% na produção em relação à safra passada.

Conforme dados da secretaria de agricultura, na segunda-feira (20), a Epagri/Ciram chegou a ter 27 estações em situação de estiagem - o resultado mais crítico já monitorada pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram) desde 2013. Esta é uma das estiagens mais severas já registrada em Santa Catarina desde 1978.

O pesquisador da área de hidrologia e coordenador da Sala de Situação ANA/Epagri/Ciram, Guilherme Xavier de Miranda Junior, explica que essa situação tem afetado diretamente a disponibilidade de água para a agricultura catarinense. “A estiagem do ano passado foi severa, mas não foi tão abrangente como está acontecendo este ano. Isso vem acumulando desde junho de 2019, com uma falta de chuva em algumas regiões na ordem de 600 mm”.

Nesta quarta-feira (22), a Secretaria de Estado da Agricultura e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) reuniram, via videoconferência, lideranças do setor produtivo e técnico para apresentar a situação atual do agronegócio catarinense e a previsão meteorológica para os próximos dias. Os produtores rurais de Santa Catarina contam com três novas medidas para minimizar os impactos da estiagem no estado. A intenção da Secretaria da Agricultura é injetar R$ 60 milhões na economia catarinense. (Rádio Rural)

                    
Emergência
Em boletim divulgado ontem, a Defesa Civil atualizou os municípios do Estado em situação de emergência por conta da estiagem. São 192 reconhecidos pela União e 206 homologados pelo Estado. A condição é pré-requisito para que produtores possam ter acesso às renegociações de financiamentos por perdas decorrentes da falta de chuva. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 23 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.208

  Italac doou mil cestas básicas para famílias de Passo Fundo 

As empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) estão reforçando a corrente de solidariedade com a continuidade de doações de leite, cestas básicas e artigos de higiene às comunidades carentes e profissionais de saúde das cidades onde tem unidades em operação. Em Passo Fundo, a Italac realizou recentemente a entrega de mil cestas básicas para a prefeitura distribuir às famílias da cidade que desde 2009 abriga unidade do laticínio.

Além das cestas básicas, a Italac contribuiu com a doação de leite e alimentos para instituições de saúde locais e com apoio para a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs), além do repasse de recursos ao município para adquirir testes para diagnóstico de Covid-19. "Estamos somando e colaborando cada vez mais para que, juntos, possamos enfrentar esse momento de dificuldades", afirmou o assessor da diretoria da Italac, Felipe Freiria. (Imprensa Sindilat com informações da Italac)

Cooperativa Piá já doou 11 toneladas de lácteos para municípios do RS
Com a chegada da pandemia da Covid-19 no país, diversas empresas têm realizado iniciativas de responsabilidade solidariedade para amenizar os impactos provocados na vida da população. É o exemplo da Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis. Até o momento, a empresa associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) já doou 11 toneladas de iogurtes, bebidas lácteas e leite para agentes de saúde localizados em Nova Petrópolis, Gramado, Picada Café, Feliz, Morro Reuter, Vila Flores e Marau.

Em Porto Alegre, por meio do Banco de Alimentos, foram entregues produtos lácteos para o Asilo Padre Cacique, Pão dos Pobres e Spaan. A ação da Piá foi uma forma de retribuir o trabalho prestado pelos agentes de saúde no combate ao coronavírus. Segundo o gerente de marketing da Piá, Tiago Haugg, novas doações estão previstas nas próximas semanas, atendendo às necessidades de cada unidade de saúde e entidades.  (Imprensa Sindilat com informações da Cooperativa Piá)

Lactalis do Brasil entrega 300 litros de álcool para prefeitura de Teutônia
Em tempo de pandemia, ações para beneficiar entidades, hospitais e famílias mais carentes têm ganhado espaço em todo país. Com fábricas em 19 municípios brasileiros, a Lactalis do Brasil, uma das empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), intensificou a doação de produtos para o município de Teutônia, onde mantém unidade em operação. Desta vez, a ação está contemplando os profissionais de saúde. Para a prefeitura foram encaminhados 300 litros de álcool 70% glicerinado para fortalecer o atendimento que vem sendo realizado pelas equipes de saúde no enfrentamento ao coronavírus. 

O álcool em gel, fundamental para a assepsia no combate à doença, foi doado também pela Lactalis também às outras 18 comunidades espalhadas pelo Brasil, onde o grupo mantém operações. "Também contribuímos com a entrega de alimentos em instituições de saúde de São Paulo, como o Hospital de Clínicas e a Santa Casa", afirma o diretor de comunicação externa da Lactalis, Guilherme Portella. (Imprensa Sindilat)
                   
Rabobank: Impactos do Covid-19 no consumidor brasileiro

A pandemia de coronavírus causou uma dor significativa ao consumidor brasileiro, com o desemprego aumentando e a renda declinando nos próximos meses. Além do choque inicial do período de bloqueio, em que supermercados e farmácias tiveram um bom desempenho, os hábitos dos consumidores devem mudar e se assemelhar a algumas das tendências observadas durante a última recessão em 2015-2016.
 
Choque inicial e maior impacto à frente
 
• Grande parte do país permanece no modo de isolamento social, sem clareza sobre quando e como essas medidas serão relaxadas ou levantadas. 
• Em 13 de abril, Santa Catarina se tornou o primeiro estado a anunciar a reabertura de alguns varejistas, restando restrições às escolas e shoppings.
• Supermercados e farmácias registraram maiores vendas em março e início de abril em âmbito nacional, com a Cielo, empresa de pagamentos eletrônicos, que registrou um aumento de 3% em março e um aumento de 4,7% na primeira semana de abril, em comparação com o mesmo período de 2019 .
• A Cielo também mostrou que as vendas no setor de serviços caíram 45% em março no Brasil, enquanto os bens duráveis caíram 33%. Na primeira semana de abril, os serviços caíram 73% e o turismo caiu 91%.
• Elo, outro grupo de pagamentos eletrônicos, registrou uma forte contração de 65% nas vendas em bares e restaurantes na última semana de março, enquanto a Cielo indicou que as vendas em bares e restaurantes diminuíram 71% na primeira semana de abril.
• As vendas on-line devem crescer significativamente este ano, com os supermercados registrando um aumento de 80% em março, de acordo com um relatório da ABComm.

Brasil defende revisão de barreiras comerciais e critica subsídios durante a pandemia

Em evento virtual do G20 com ministros da Agricultura, Tereza Cristina propõe "nova mentalidade" para combater escassez de alimentos no mundo 

Em videoconferência com ministros da Agricultura dos países do G20 para discutir o impacto do Coronavírus sobre o setor, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) alertou para a necessidade de rever neste momento barreiras comerciais injustificáveis e subsídios que premiam a ineficiência e podem afetar o abastecimento de alguns países.  
“O Covid-19 nos oferece a oportunidade de repensar nosso comportamento coletivo. Vamos vencer a luta contra o Covid-19 juntos e emergir dele com uma mentalidade para finalmente alcançar segurança alimentar global estável e meios de vida decentes para toda a humanidade”, disse a ministra, no evento virtual desta terça-feira (21). A posição do Brasil foi convergente com a de outros países como Estados Unidos, China, Alemanha e Emirados Árabes. 
Organizado pela presidência temporária do G20, a videoconferência teve como objetivo aprimorar a cooperação global e garantir o fluxo de produtos agrícolas para proteger a segurança e nutrição alimentar global durante a pandemia. Para a ministra, felizmente, a curto prazo, há comida suficiente para todos. Mas é preciso trabalhar os desafios de abastecimento mundial impostos pelo Covid-19.
Segundo Tereza Cristina, o Brasil é um parceiro confiável no fornecimento de alimentos e tem demonstrado capacidade para suprir as necessidades de mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. “Demonstramos por nossas ações que o Brasil é um parceiro confiável, responsável e solidário. Por reciprocidade, também queremos ter um forte compromisso do resto da comunidade internacional. A confiança é uma via de mão dupla: estabilidade e previsibilidade no lado da oferta exigem estabilidade e previsibilidade no lado da demanda”. 
Por isso, alertou a ministra na videoconferência do G20, as barreiras comerciais não devem ser levantadas apenas quando ocorrer uma calamidade, sempre que for conveniente para combater o medo da escassez de alimentos. “Abandonaremos a retórica, tomando medidas efetivas para realmente melhorar a subsistência dos mais vulneráveis? Ou admitiremos a armadilha de usar a pandemia como uma desculpa para manter os interesses paroquiais enraizados, através da perpetuação do protecionismo?”, disse a ministra.  
A ministra também criticou o uso de subsídios neste momento da crise, pois acabam criando uma concorrência desleal para países em desenvolvimento e afetam as condições de vida no campo. “O comércio agrícola justo permitiria a disseminação de melhores condições nas áreas rurais, onde a maior parte da pobreza do mundo está concentrada”. 
Para Tereza Cristina, o Brasil está preparado para fazer sua parte e se compromete não apenas como um dos protagonistas na produção agrícola mundial, mas também como defensor da transformação positiva em benefício das gerações futuras. 
A reunião virtual contou com a participação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, e do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu. (MAPA)
 
                    
Com o aval do Senado, a inclusão de agricultores familiares entre os beneficiados pelo auxílio de R$ 600 do governo federal depende só da sanção presidencial. O projeto de lei já tinha sido avaliado, mas como a Câmara aprovou substitutivo, precisou ser apreciado novamente. Embora criada em razão da covid-19, a ajuda é esperança de renda também para produtores do RS afetados pela estiagem. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 22 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.207

  GDT – Global Dairy Trade

O Índice GDT do evento realizado ontem, 21/04/2020, intensificou o impacto da pandemia sobre o setor lácteo. Exceto o cheddar (+1,9%) e a Lactose (+12,0%) não registraram queda. Mas os principais produtos do evento, AMF (-7%), SMP (-4,9%) e WMP (-3,9%) tiveram quedas consistentes. 

Acumulando perdas de 26,81%, 6,08% e 10,57%, respectivamente, em relação aos resultados do primeiro evento de janeiro de 2020. E o próprio índice tem um valor 13% menor quando comparado com o início do ano.  

Exceto o SMP, que em 2018 sofreu fortes desvalorizações como consequências dos estoques na Europa tornando a base de comparação já bastante baixa, não encerrou o evento com valor menor do que o registrado em abril de 2018. Mas, a manteiga anidra (AMF) e o WMP perdem 33,28% e 18,24%, respectivamente, nessa mesma comparação. (GDT/Terra Viva)

                    

Leite: preço cai após indústrias aumentarem processamento do UHT

Em live, o sócio da Piracanjuba, César Helou, citou a possibilidade de redução da ração dos animais para baixar a produção e o descarte de vacas

Os preços do leite no mercado spot (negociação da matéria-prima entre laticínios) voltaram a recuar na primeira quinzena de abril, aprofundando um quadro visto na segunda metade de março, quando as cotações começaram a ceder sob os efeitos da quarentena para conter o avanço do novo coronavírus no país.

Um levantamento da Scot Consultoria nos principais estados produtores mostra que os preços nesse tipo de negociação caíram 8% em São Paulo nos primeiros 15 dias de abril em comparação com a segunda metade de março, para R$ 1,488 por litro, em média.

No Paraná, o recuo foi 7%, para R$ 1,442, e, no Rio Grande do Sul, de 7,9%, para R$ 1,450. Em Minas Gerais, a retração entre a segunda quinzena de março e a primeira de abril foi de 6%, para R$ 1,473 por litro. Em Goiás, a queda quinzenal foi de 2,5%, a R$ 1,455 por litro, em média. 

No começo de março, os preços da matéria-prima no spot tinham registrado alta depois de uma corrida de consumidores ao varejo para se estocar, o que elevou as vendas de leite longa vida e seus preços. Mas as medidas de isolamento social afetaram food services, como restaurantes e bares, o que reduziu a demanda por queijos. 

O analista da Scot Rafael Ribeiro explica que isso levou empresas do segmento de queijos, principalmente as de menor porte, a ofertarem leite cru no mercado spot, uma vez que viram a demanda minguar. “Há uma maior oferta advinda dos queijeiros, segmento que está com dificuldade de vendas, e por isso têm ofertado mais leite no mercado spot”, observou. 

Com a maior disponibilidade de leite para processamento pelas indústrias, os preços caíram. Nesse cenário de maior oferta de matéria-prima, as cotações do leite longa vida no atacado na primeira quinzena de abril também recuaram após terem se valorizado nas duas quinzenas de março, quando a demanda no varejo estava aquecida. 

De acordo com a pesquisa da Scot, a cotação média no atacado de São Paulo, Minas e Goiás registrou queda de 4,6% na primeira metade deste mês, para R$ 2,64 por litro. Na quinzena anterior, havia subido 7%. O levantamento mostrou que a mussarela, produto largamente consumido no food service, teve recuo de 3,1% na média desses três estados nos primeiros 15 dias deste mês, para R$ 17,74 o quilo. 

Em evento da XP Investimentos na semana passada para discutir o mercado de alimentos durante a atual crise do novo coronavírus, o sócio do laticínio Piracanjuba, César Helou, disse que a queda na demanda por queijo do food service é um problema grave do setor hoje. “Boa parte (do queijo) vai para food service e o food service reduziu quase 100%”, comentou.

Assim, segundo ele, existe uma ‘sobra de leite hoje no Brasil, que foi absorvida num primeiro momento pelas indústrias de leite longa vida. Mas como as indústrias conseguiram abastecer o mercado, a tendência nesta semana é começar a diminuir a produção de leite longa vida para estabilizar a oferta com a procura. Com isso, vai sobrar leite no campo’, previu o sócio da Piracanjuba. 

Helou disse que não se sabe o que o produtor de leite irá fazer para equilibrar oferta e demanda. Citou possibilidades como a diminuição da ração dos animais para reduzir a produção e o descarte de vacas. “Há um problema. A vaca não sabe que estamos numa pandemia e continua dando leite. Se não houver um equilíbrio da oferta, corremos o risco de acontecer o que está acontecendo nos EUA, onde toneladas e toneladas de leite estão sendo descartadas nas fazendas”, lamentou. (Canal Rural)

 
 
Em época de pandemia, corrente de solidariedade em prol da saúde
Doações da comunidade e de empresas permitem a proteção dos profissionais da saúde e da população que procura atendimento nos postos de saúde 
Desde o final de março, Teutônia tem percebido uma verdadeira corrente de solidariedade em prol da saúde. Diversas doações foram recebidas, como máscaras, luvas, álcool em gel e líquido, aventais e óculos, que permitem a proteção dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus (Covid-19), bem como da população que procurar as unidade básicas de saúde.
O prefeito reforça a importância das doações de materiais recebidas até então e que ainda podem ser feitas, que são essenciais para o trabalho das equipes. “Com a união de esforços vamos minimizar o contágio do novo coronavírus no nosso município. E as doações de entidades, empresas e comunidade vão ser fundamentais para que isso ocorra. Com os profissionais de saúde bem protegidos, também se protege a nossa população. O nosso muito obrigado a todos que estão colaborando com esta causa”, agradece.
No dia 24 de março, a Prefeitura disponibilizou o contato de um servidor, que centralizou parte das doações recebidas, retirando-as em várias situações. Empresas, entidades e comunidade doaram diversos materiais, que já estão sendo utilizados pelos profissionais de saúde e que, também, serão de suma importância no Centro Temporário de Atendimento às Doenças Respiratórias, que deve entrar em funcionamento nos próximos dias.
Dentre as doações recebidas, estão:
– Reinigend Química (Teutônia) – 100 litros de álcool gel;
– Piccadilly (com unidade em Teutônia) – 150 máscaras PFF2 e 2.000 luvas de procedimentos;
– Lactalis (com unidade em Teutônia) – 300 litros de álcool 70% glicerinado;
– Adama Brasil (Taquari) – 10 macacões Tyvek;
– Motomecânica Teutocar (Teutônia) – 5 óculos de proteção e 7 máscaras PFF2;
– New Tintas (Colinas) – 15 litros de álcool gel;
– Picky Lanches (Teutônia) – 5 litros de álcool gel;
– Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – 25 protetores faciais;
– entre outras doações.
A Cooperativa Languiru doou 15 pulverizadores à Secretaria de Obras, que está permitindo a sanitização de espaços públicos, visando, também, o combate do novo coronavírus. Além dessas doações, empresas, entidades e voluntários estão confeccionando máscaras para os profissionais de saúde. Dentre as iniciativas envolvidas na confecção das máscaras, estão:
– Confecções Karisma;
– Ruverim Confecções;
– Calçados LDK;
– Equipe de voluntárias da Piccadilly;
– Equipe de voluntárias da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Redentor;
– Equipe de voluntárias da Rede Apostólica Cristã;
– Sindicato dos Municipários de Teutônia.
Devido à grande demanda, não apenas no Município, alguns materiais essenciais para o trabalho das equipes ainda estão em falta ou com poucas unidades em estoque. Assim, a Prefeitura de Teutônia pede a colaboração de empresas e da comunidade, para quem tiver os itens disponíveis para doação, que entre em contato pelo celular (51) 99951-1005, com Valdir Griebeler. Se necessário, servidores da Prefeitura farão o recolhimento.
Dentre os materiais que podem ser doados, estão:
– Máscaras descartáveis;
– Máscaras PFF2 sem válvula ou N95;
– Álcool gel;
– Álcool líquido 70%;
– Avental descartável;
– Óculos de proteção transparente. (Teutônia)
 
                    
R$ 689,97 bilhões
é a estimativa para o Valor Bruto da Produção Agropecuária brasileira neste ano. Quantia 7,6% maior do que a do ano passado e puxada por altas na pecuária e nas lavouras. Na contramão desse cenário, o Rio Grande do Sul, impactado pela estiagem, terá encolhimento no faturamento do setor, que deve somar R$ 55,84 bilhões. (Zero Hora)