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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.251


Reunião da Câmara Produtiva do Leite faz avaliação do setor

Um estudo sobre os principais desafios do setor leiteiro foi apresentado nesta quinta-feira (24/10), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, de forma presencial e online.

O estudo, apresentado pelo engenheiro agrônomo Jair Mello, gerente de Suprimento de Leite da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). De acordo com ele, a produção gaúcha de leite inspecionado deve ficar neste ano em cerca de 2,98 bilhões de litros/ano, segundo dados da Pesquisa Municipal do IBGE. “A produção não cresce há 12 anos e perdemos lugar para os outros estados do Sul, hoje estamos em terceiro lugar”, afirma Jair.

Outros desafios são a melhoria na produtividade dos animais e da terra, a escala de produção e a rentabilidade, as dificuldades para a formação de mão de obra, com cursos de qualificação profissional e adaptação dos currículos das escolas técnicas para atender também essa área de produção, assistência técnica qualificada e a sucessão rural. “É preciso entender as novas gerações, o que os jovens estão buscando, e estimular para que fiquem no campo”, destaca.

O engenheiro agrônomo da CCGL apresentou o exemplo do casal Oliveira, de Eugênio de Castro, que largou o emprego na cidade para assumir a propriedade do pai, de 29,9 hectares, que seria arrendada. A produção passou de 8.559 litros/hectare/ano, em 2012, para 16.250 litros/hectare/ano, em 2023. A média de litros/vaca/dia também aumentou 102%, passando de 12,8, em 2012, para 25,9 em 2023. E o objetivo dos produtores para 2025 é aumentar a produção, a produtividade da terra e tornar a propriedade 100% digital.

Mas Mello destaca que o setor passa por muitos desafios. “Foram três secas, uma enchente, aparecimento da cigarrinha e da doença foliar no milho silagem e ainda o aumento dos custos de produção”, constata.

O coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), colocou em pauta o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite), que tem um volume de recursos que ainda não está acessível para a cadeia do leite.

De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, presente na reunião, “a Secretaria está trabalhando internamente no governo para encontrar uma solução para que estes recursos possam ser liberados o mais rapidamente possível. E assim que tivermos esta posição, iremos discutir os termos com a cadeia leiteira, setor tão importante para a economia do nosso estado”. (SEAPI)


CONSELEITE – SANTA CATARINA - RESOLUÇÃO Nº 10/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Outubro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2024. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1838 de 24 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Segue o período de transição das pastagens de inverno para o preparo das pastagens de verão e para a semeadura de milho para silagem e grãos. Em algumas regiões, o excesso de umidade tem dificultado o manejo das áreas e dos animais, causando problemas nos cascos e na circulação nas instalações. Em relação às condições sanitárias, tem sido fundamental realizar o controle estratégico do carrapato, visando reduzir a pressão do ectoparasita e prevenir surtos nas próximas gerações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os potreiros de tifton, jiggs e capim kurumi mantêm a produção devido à alta qualidade dessas pastagens. Na Campanha, a oferta de trevos e cornichão está crescendo, mas o desenvolvimento segue atrasado. Os problemas com barro foram menores em função das chuvas concentradas e dos dias subsequentes ensolarados. 

Na de Erechim, o excesso de chuvas, no último período, prejudicou os manejos e os pastoreios, levando os produtores a oferecerem mais concentrados conservados. A umidade elevada nos arredores das propriedades e estábulos aumentou a incidência de enfermidades, como mastites e doenças de casco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, e há expectativa de aumento no próximo mês em razão do maior uso de alimentos concentrados e conservados, além da maior oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, a produção está estabilizada, e houve leve aumento na produtividade nas propriedades que adotam sistemas de produção a pasto, em virtude da melhora na oferta de alimentos. 

Na de Pelotas, os produtores estão investindo em melhoramento genético e em projetos de custeio. 

Na de Porto Alegre, continua a suplementação com ração e silagem de milho, e os animais ainda acessam as pastagens de inverno em final de ciclo. 

Na de Santa Maria, a maior parte das pastagens de inverno está finalizando seu ciclo e entrando no tradicional vazio forrageiro da primavera, que se estende do final das pastagens de inverno até o início das de verão. 

Na de Santa Rosa, o pastejo de verão anual e o bom desenvolvimento das pastagens perenes ajudaram na retomada da produção de leite, após o vazio forrageiro. 

Na de Soledade, apesar do atraso no desenvolvimento do azevém, a alta oferta atual beneficia a produção de leite. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Chuva retorna ao Rio Grande do Sul, mas tempo firme deve predominar no fim de semana
O Boletim Integrado Agrometeorológico nº 43/2024, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI), indica mudanças no clima para os próximos dias no Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas seguidas de tempo estável no fim de semana. Nesta quinta-feira (24), a chegada de uma frente fria, impulsionada por um ciclone extratropical que se desloca em direção ao oceano, deve trazer pancadas de chuva e trovoadas, com intensidade de moderada a forte, especialmente nas regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Vales, Metropolitana, parte da Serra, Planalto, Noroeste e Norte. O dia será marcado por ventos fortes, começando do quadrante noroeste pela manhã e mudando para oeste ao longo do dia, quando as temperaturas começarão a cair. Na sexta-feira (25), a frente fria ainda manterá a possibilidade de chuvas fracas a moderadas no Litoral Norte e em parte da Serra Gaúcha. O tempo deve seguir instável, com nebulosidade e temperaturas em declínio gradual ao longo do dia. No sábado (26), com a passagem da frente fria, um anticiclone migratório atuará no estado, reduzindo as chuvas. No entanto, ainda há possibilidade de nevoeiros ou chuvas fracas nas regiões Sul, Campanha e parte da Metropolitana, devido à umidade oceânica. O tempo tende a se estabilizar na maioria das regiões, com temperaturas em queda. No domingo (27), o estado deve ter tempo firme, céu com poucas nuvens e a presença do sol em grande parte das regiões, garantindo temperaturas agradáveis ao longo do dia. Entre os dias 28 e 30 de outubro, o clima deve seguir estável no estado. Na segunda-feira (28), uma leve instabilidade poderá ocorrer nas regiões de divisa com Santa Catarina, mas o tempo deve permanecer firme na maior parte do RS. Já na terça-feira (29), uma frente de instabilidade poderá provocar chuvas leves nas regiões das Missões, Noroeste e Litoral Norte, enquanto o restante do estado segue com tempo estável. Na quarta-feira (30), a previsão é de estabilidade e elevação gradual das temperaturas, principalmente nas regiões das Missões, Noroeste e Norte. Ao longo da próxima semana, é esperado que os acumulados de chuva variem entre 30 mm e 100 mm nas regiões da Campanha, áreas Centrais, Metropolitana, Litoral Norte, Serra, Campos de Cima da Serra e Norte do estado. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)

 
 

CONSELEITE – SANTA CATARINA - RESOLUÇÃO Nº 10/2024 | EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1838 de 24 de outubro de 2024 | Chuva retorna ao Rio Grande do Sul, mas tempo firme deve predominar no fim de semana

Clique aqui e acesse as notícias na íntegra.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 24 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.250


CCJ do Senado aprova plano de trabalho de projeto sobre regulamentação da reforma tributária

Para o senador Otto Alencar, líder interino do governo na Casa reforma não deveria ser prioridade na Casa

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou nessa quarta-feira (23) o plano de trabalho do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre o projeto de regulamentação da reforma tributária, com as regras para funcionamento do novo sistema, que entrará em vigor gradualmente a partir de 2026.

Pelo cronograma, serão realizadas audiências públicas de 29 de outubro a 14 de novembro, além de duas sessões de debates no plenário do Senado com representantes dos Estados e dos municípios. Mas ele evitou precisar uma data para entrega do parecer e votação. “Não tenho como cravar. Não vou estabelecer uma data”, afirmou o relator.

Ao Valor, o líder interino do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), disse que a reforma não deveria ser prioridade na Casa. Ele defende que, antes, os senadores votem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o projeto de lei instituindo as novas regras sobre emendas parlamentares e a lei do Orçamento de 2025.

“O paciente está sangrando? Tem que botar na sala e operar, ou tem que pedir exame?”, questionou Alencar, que é cirurgião ortopedista de formação. “Só porque querem a grife da reforma tributária?”, criticou.

Apesar de não haver uma data, a expectativa no Senado é conseguir concluir a aprovação no Congresso ainda este ano. Para o líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), a votação na CCJ deve ocorrer na primeira semana de dezembro e o texto ir rapidamente ao plenário.

Segundo Braga, não é possível falar com exatidão uma data porque, além de negociar alterações com os senadores, será necessário discutir as mudanças com a Câmara dos Deputados — que dará a palavra final sobre o projeto de lei — e com o governo —, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem poder de veto sobre o texto aprovado.

O plano de trabalho estabeleceu a realização de 11 audiências públicas na CCJ. Serão ouvidos representantes do governo federal, dos Estados, dos municípios, do setor privado e especialistas da área. Os debates começarão com a participação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, que falarão sobre aspectos gerais do texto. As demais audiências terão temas específicos, como impactos social e no setor produtivo. (Valor Econômico)


Geografia da qualidade: comparação do teor de sólidos no leite nas principais bacias leiteiras do Brasil

A porcentagem de sólidos no leite é um indicador essencial para a produção leiteira, estando diretamente relacionada à qualidade e ao valor agregado desse produto, uma vez que cerca de 60% do leite produzido no país é destinado à produção de lácteos que exigem sólidos. Os componentes do leite, como gordura e proteína, podem variar a depender da raça e estado nutricional das vacas, fase da lactação, frequência de ordenha e saúde da glândula mamária.

Gráfico 1. Distribuição de sólidos no leite nas Mesorregiões Brasileiras.

Fonte: MAPLeite.

No gráfico acima, pode-se analisar a alta variação nos teores de sólidos nas diferentes mesorregiões mapeadas em um dos nossos produtos, o MAPLeite – regiões estas que compõem as principais bacias leiteiras do país. Há uma evidente variação entre estados, fato atribuído não só ao manejo alimentar e genética dos rebanhos, mas também às condições climáticas e aos investimentos em tecnologia associados.

A região Sul destaca-se por superar a média nacional de 7,09% em três das suas mesorregiões: Noroeste Rio-grandense (7,18%), Oeste+Sudoeste Paranaense (7,22%) e Oeste Catarinense (7,30%). Em contraste, o Centro-Sul Goiano (GO) e a Zona da Mata (MG) apresentam valores distantes da média brasileira, não superando 6,9%.

O Sul do Brasil é a maior região produtora do país, tradicionalmente conhecida por deter alto grau de tecnificação no setor agropecuário, com ênfase em práticas de manejo alimentar e genética aprimorada dos rebanhos. O clima mais ameno nessa localização também é um fator favorável aos animais com aptidão leiteira, viabilizando pastoreio de melhor qualidade, além de proporcionar uma zona de conforto térmico e menor gasto energético para manutenção da temperatura, fatos que refletem na composição do leite.

Por outro lado, regiões como o Centro-Sul Goiano e a Zona da Mata mineira enfrentam desafios distintos. O clima quente e seco limita a qualidade das pastagens, impactando diretamente na nutrição e bem-estar dos animais. Nessas áreas, embora já sejam bacias leiteiras consolidadas, o acesso a tecnologias mais avançadas e a adoção de práticas modernas ainda pode ser um desafio para alguns produtores, o que influencia diretamente nas baixas porcentagens vistas acima.

Assim, a análise do teor de sólidos no leite entre as mesorregiões brasileiras evidencia as disparidades regionais na qualidade do leite. Enquanto algumas regiões se destacam pela alta adaptabilidade ao sistema, outras enfrentam desafios estruturais e ambientais que limitam o desempenho. Em todas as regiões, é sempre interessante aumentar as porcentagens de sólidos por meio de seleção genética e criação de fatores ambientais e nutricionais favoráveis, uma vez que esse é um fator atrativo para a indústria de lácteos. (Milkpoint)

X Fórum Oportunidades da Economia promove interação entre setores público e privado para desenvolvimento do RS

O desenvolvimento econômico de um estado depende de um diálogo constante entre os diferentes atores que compõem a economia. No Rio Grande do Sul não é diferente, principalmente em um momento de retomada, após as dificuldades enfrentadas durante o ano de 2024. O X Fórum Oportunidades da Economia segundo o Plano Rio Grande, que acontece no dia 7 de novembro, no auditório do Ministério Público do RS, se destaca como um espaço fundamental para discutir políticas públicas e ouvir as demandas do setor produtivo.

“O futuro da economia gaúcha passa pelo desenvolvimento, não pode ser diferente. E nós precisamos aprofundar esses debates e essa iniciativa no Fórum. Ele é primordial à medida que a gente avança nas políticas públicas e é importante também escutar todas as partes envolvidas. Desde a classe política, que está trabalhando e gestionando com políticas públicas, até a classe empresarial, que está na ponta, empreendendo”, ressalta o secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Artur Lemos.

Um dos pilares do Fórum é a capacidade de reunir quem elabora e executa políticas com aqueles que empreendem e movimentam a economia. A interação entre governo e setor privado proporciona uma compreensão mais ampla dos desafios e oportunidades, permitindo a formulação de iniciativas mais eficientes e direcionadas ao desenvolvimento regional.

No time de painelistas confirmados para a 10ª edição do evento constam nomes como: Fernando Lemos, presidente do Banrisul; Ronaldo Santini, secretário do Turismo do RS; César Saut, vice-presidente da Icatu Seguros e presidente da Rio Grande Seguros; Fernando Lucchese, diretor dos hospitais São Francisco, Sto Antônio e Nora Teixeira; Mauro Pilz, diretor da Reiter Log; Antonio Lacerda, diretor-geral da CMPC; Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil; Cláudio Bier, presidente do Sistema FIERGS; Sergio Canova Junior, diretor da Partner at McKinsey & Company; Marjorie Kauffmann, secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS; Nei Manica, presidente da Cotrijal; e Fernando Postal, diretor de Desenvolvimento do Banrisul.

A apresentação ficará a cargo da comunicadora da TV Pampa Magda Beatriz e a mediação dos debates será conduzida pelo vice-presidente da Rede Pampa, Paulo Sérgio Pinto. A abertura será feita pelo governador Eduardo Leite e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, será responsável pelo encerramento do evento.

O X Fórum Oportunidades da Economia é uma iniciativa da Rede Pampa em parceria com Banrisul, Icatú e Rio Grande Seguros, e Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. O evento no dia 7 de novembro contará com transmissão ao vivo pela Rádio Liberdade, pelo canal no Youtube da TV Pampa e pelo site www.forumoportunidadeseconomia.com.br.

O encontro é direcionado a prefeitos, secretários estaduais e municipais ligados ao desenvolvimento, tribunais de Contas, Justiça e Ministério Público, empresários do Trade Turístico, além de profissionais de imprensa e demais interessados no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. As inscrições são gratuitas e limitadas até o dia 6/11 também pelo site www.forumoportunidadeseconomia.com.br. (Jornal o Sul)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
 As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do Sindilat/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.

 
 

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Porto Alegre, 23 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.249


Indústria láctea gaúcha resiste a enchentes e projeta crescimento 

O setor leiteiro do Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor do Brasil, demonstra sinais claros de recuperação em 2024, após enfrentar uma série de crises agravadas pelas enchentes. 

Com a resiliência dos produtores e a adoção de novas tecnologias, a indústria conseguiu superar os desafios climáticos e econômicos, alavancando a produtividade e o bem-estar animal.

O aumento nos preços e os investimentos em inovação fortaleceram a cadeia produtiva, projetando um futuro promissor para a produção de leite no estado, que agora vislumbra crescimento contínuo. 

São pontos abordados no novo episódio do Agrolink News, que foi ao ar nesta terça-feira, 22 de outubro, e contou com a participação do Secretário Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini. Ouça o episódio na íntegra clicando aqui. 

As informações são do Agrolink via spotify.


Competitividade | A América Latina no mercado internacional de laticínios

Nas últimas décadas, a América Latina se estabeleceu como uma região importante para as exportações de produtos lácteos. Países como a Argentina, o Brasil e o Uruguai são atores importantes no comércio internacional, mas não sem desafios que exigem atenção em todos os elos da cadeia.

De acordo com a plataforma South Dairy Trade, a Argentina exportou mais de 340.000 toneladas de produtos lácteos em 2023.

O Brasil, um importador, tem um déficit estrutural que o obriga a se abastecer na Argentina e no Uruguai. Essa interdependência regional fortalece a integração comercial, mas força a concorrência nas políticas comerciais e de produção de cada país.

O Uruguai, com um setor de laticínios bem desenvolvido, é uma história de sucesso de exportação. Em 2022, exportou mais de 70% de sua produção, com receitas de quase US$ 700 milhões. Sua alta produtividade, apoiada por um modelo cooperativo, é fundamental para manter custos baixos e preços competitivos no mercado internacional.

A Colômbia continua a buscar oportunidades no cenário internacional. Nos últimos anos, o acordo comercial de 2013 com a União Europeia permitiu que as exportações de queijo e leite em pó crescessem 20% entre 2019 e 2023, de acordo com o Ministério do Comércio, Indústria e Turismo.

Um dos principais desafios da América Latina é a heterogeneidade da produtividade entre os países.

Enquanto a Argentina ou o Uruguai atingem 6.000 litros por vaca por ano, na Colômbia, a média nacional é de apenas 4.000, de acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Essa diferença é significativa e coloca alguns produtores em desvantagem, quando países como a Nova Zelândia ou os Estados Unidos ultrapassam os 9.000 litros.

O transporte, o armazenamento e o acesso a tecnologias avançadas de processamento são restrições na Colômbia, no Peru e na Bolívia. Os altos custos de produção, a volatilidade econômica e a instabilidade política afetam o acesso ao financiamento necessário para modernizar as fazendas leiteiras, como pode ser visto no caso da Argentina.

Da mesma forma, as flutuações do mercado internacional afetam diretamente a lucratividade da produção primária. Por exemplo, quando o Global Dairy Trade anunciou uma queda de 9% no preço médio entre junho e setembro de 2023, a renda dos produtores da Argentina e do Uruguai, que dependem muito das exportações, despencou.

Essas oscilações também afetam a produção local, pois a demanda doméstica pode não ser suficiente para absorver o excesso de produção, pressionando os preços para baixo.

Na Colômbia, o aumento das importações afetou as margens de lucro dos produtores, por isso é muito importante que eles também estejam informados e adaptados às condições do mercado global.

A América Latina tem potencial para melhorar sua competitividade internacional, e uma das chaves para isso pode ser encontrada no desenvolvimento de produtos de valor agregado, que são cada vez mais procurados em mercados como a Europa, os Estados Unidos e a Ásia.

De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a adoção de tecnologias como o gerenciamento de dados por meio de sistemas de gerenciamento de gado, sensores para monitorar a saúde do gado e inteligência artificial para otimizar a alimentação pode aumentar a produtividade em 15 a 20%.

A América Latina está bem posicionada para ser um participante importante no mercado internacional de laticínios, mas precisa superar os desafios relacionados à produtividade, à infraestrutura e às flutuações do mercado.

Os produtos lácteos de alta qualidade e valor agregado, juntamente com a inovação tecnológica, oferecem uma grande oportunidade para que a região fortaleça sua presença no mercado global e garanta um futuro próspero para o setor.

Fonte: La Vía Láctea - Asoleche via Edairy News

Manejo correto ajuda o produtor a aumentar a produção de leite de uma vaca em lactação

A produção de leite de uma vaca em lactação pode ser aumentada através de uma série de práticas voltadas para o bem-estar, manejo, alimentação e genética do animal. Para isso, é preciso fazer uma alimentação balanceada. A nutrição adequada é fundamental. As vacas devem receber dietas ricas em energia, proteína, vitaminas e minerais. Ingredientes como silagem de milho, ração concentrada e forragens de alta qualidade, como feno e pastagem, ajudam a manter a produção de leite elevada.

O consumo de água é crucial para a produção de leite, pois o leite é composto principalmente de água. Garantir que a vaca tenha acesso constante a água limpa e em quantidade suficiente é essencial. As vacas precisam de um ambiente confortável para produzir bem. Ambientes limpos, com temperatura adequada e livre de estresse, como excesso de barulho ou confinamento extremo, aumentam a produtividade.

A rotina de ordenha deve ser eficiente e regular. Ordenhar nos horários corretos, com técnicas adequadas e em um ambiente higiênico ajuda a otimizar a produção de leite e a evitar problemas como mastite. Manter a saúde do rebanho é vital. Doenças como a mastite, infecção nas glândulas mamárias, podem reduzir drasticamente a produção de leite. Um bom programa de vacinação e cuidados veterinários regulares ajudam a prevenir doenças.

Outra coisa importante é o descanso adequado dos nimais. Vacas que descansam em condições confortáveis produzem mais leite. Estações de descanso adequadas e um bom manejo do tempo de repouso contribuem para a saúde geral do animal e, consequentemente, para uma maior produção.

A qualidade genética das vacas é também um fator determinante. A seleção de vacas com alta aptidão genética para produção de leite é uma estratégia importante. O uso de inseminação artificial com touros de alta performance pode melhorar as características genéticas do rebanho.

Importante observar a deficiência de certos minerais, como cálcio e fósforo, que pode afetar a produção de leite. Suplementos alimentares e aditivos que aumentam a eficiência digestiva também podem ser usados para maximizar o potencial produtivo da vaca. Em alguns casos, hormônios como a somatotropina bovina (BST) podem ser usados sob orientação de um veterinário, mas seu uso deve ser feito com cuidado e é proibido em muitos países devido a questões de segurança alimentar e bem-estar animal. (Terra Viva)


Jogo Rápido

O acordo com o Mercosul poderia ser assinado em novembro, mas…
Cada vez mais existem vozes indicando que o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul possa ser assinado durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro. A França tem sido a grande oponente ao acordo já que seu setor de carne bovina, de carne de frango, açúcar e milho, entre outros, pressionam o governo francês para que se mantenha contra. Tais setores se sentem ameaçados pelo prejuízo que o acordo poderá acarretar, já que seria impossível competir os produtos importados sem tarifas alfandegárias e preços mais baixos. A França por si só, não é capaz de frear o acordo, mas a Comissão Europeia não parece disposta a provocar a cólera da França e fomentar ondas de euroceticismo. Por esse motivo, parece que, para tentar apaziguar a França, assim como outros países reticentes ao acordo como Irlanda ou Áustria, a Comissão Europeia trabalha sobre um novo fundo orçamentário para indenizar os agricultores e os produtores de qualquer impacto negativo que possa ser decorrente do acordo UE-Mercosul, segundo Político. Esta ideia, no entanto, encontra-se em fase preliminar e tem precedente. Em 2021 a UE criou uma reserva de ajuste do Brexit de € 5,4 bilhões para proteger os setores industriais, como o da pesca, dos impactos potencialmente negativos da saída do Reino Unido da UE. A Espanha sempre foi uma grande defensora desse acordo. Ontem, na reunião do Conselho de Ministros de Agricultura da UE, o Ministro Luís Planas expressou sua confiança de que haverá “uma conclusão rápida e equilibrada” do acordo UE-Mercosul já que, em sua opinião é “estrategicamente necessário” para ampliar as possibilidades de venda dos produtores comunitários nos países do bloco latino-americano. Isso sim, ficou claro, “é importante que se possa competir nas mesmas condições”, em alusão à inclusão de cláusulas de reciprocidade nos acordos com países terceiros, um conceito que “está abrindo caminho” entre os Estados Membros. Fonte: Agrodigital Tradução livre: www.terraviva.com.br

 
 

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Porto Alegre, 22 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.248


Governos podem ficar proibidos de dar incentivo fiscal

Ministério da Fazenda tenta endurecer a Lei de Responsabilidade Fiscal, propondo regra que pode afetar municípios, estados e o próprio governo federal

Municípios, estados e o próprio governo federal poderão ser proibidos de conceder ou ampliar benefícios tributários se, ao fim de cada ano, não tiverem recursos suficientes no caixa para honrar com os chamados restos a pagar (RAP). O endurecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) pode impactar cerca de 300 cidades que, atualmente, não respeitam esse equilíbrio.

A mudança, patrocinada pelo Ministério da Fazenda, foi aprovada pelo Senado no projeto de lei que trata da renegociação de dívidas dos estados. Se for chancelada dessa forma pela Câmara, a nova regra começaria a valer a partir de 2027.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, em 2023, 307 municípios apresentaram insuficiência em caixa para arcar com os RAP processados (despesas empenhadas e liquidadas que não foram pagas no exercício) e 77 com os não processados (gastos empenhados não liquidados). O volume de entes atingidos pela medida pode ser ainda maior, segundo especialistas, já que o projeto de lei determina a necessidade de haver recursos também para “as demais obrigações financeiras”.

A insuficiência de caixa no poder público revela que uma administração tem gastos previstos sem ter, contudo, lastro financeiro para arcar com as despesas. Quando atinge uma situação séria de déficit financeiro, a máquina começa a entrar em colapso, com o atraso de pagamentos, do 13º salário de servidores, chegando a afetar até remunerações mensais e fornecedores, em contextos mais graves.

Para tentar evitar tal situação, a proposta inserida no PL da dívida dos Estados enrijece uma regra que atualmente só funciona para o último ano de mandato de chefes de Executivos. A LRF veda que, nos últimos oito meses do mandato, o prefeito ou o governador, por exemplo, contraia uma obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente ainda naquele ano, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para isso. Com o novo texto proposto, esse cuidado deverá ser anual.

“A partir de 1º de janeiro de 2027, se verificado, ao final de um exercício, que a disponibilidade de caixa não é suficiente para honrar os compromissos com Restos a Pagar processados e não processados inscritos e com as demais obrigações financeiras, aplica-se imediatamente ao respectivo Poder ou órgão, até a próxima apuração anual, a vedação à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária”, diz o texto chancelado pelos senadores.

Além disso, o PL prevê que, se o caixa insuficiente perdurar por dois anos, a lista de restrições aumentará. A prefeitura, o estado ou a União não poderão conceder aumento a servidores, criar cargos e alterar uma estrutura de carreira que implique em alta de despesa.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a proposta foi uma “batalha” encampada pelo órgão para evitar que o problema financeiro dos entes gere um “colapso” na prestação de serviços públicos. Por isso, para ele, a mudança vai além de uma melhora fiscal. Ele afirmou que, nas situações em que o saldo de caixa bruto é inferior ao volume de restos a pagar processados, a administração pública pode estar à beira do colapso.

“Chega num cenário que implode. E isso infelizmente ainda acontece”, disse Ceron. Ele ainda observou que a regra só começará a valer em 2027 para que os entes possam se preparar. Segundo o secretário, houve uma “compreensão” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o tema, além de uma concordância dos estados. “Foi um avanço importante”, disse.

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que, de 1888 municípios com dados divulgados do primeiro semestre, 26 apresentaram disponibilidade de caixa insuficiente para arcar com a despesa dos restos a pagar. O estado com mais municípios nessa situação é Minas Gerais, que totaliza oito prefeituras, seguido do Maranhão, com cinco.

Com problemas financeiros há alguns anos, o governo estadual mineiro também tem problemas em manter as contas equilibradas. De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal do Estado, em 2019, quando a situação era mais crítica, a disponibilidade de caixa líquida chegou a ficar deficitária em R$ 21,4 bilhões. Em 2023, o rombo ficou em R$ 5,1 bilhões. (Canal Rural)


Brucelose – São Paulo sai na frente e se torna o primeiro estado onde a marcação a fogo deixa de ser obrigatória

Estado é o primeiro e único a ter o modelo de identificação alternativo aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)

O Governo de SP, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), saiu na frente dos outros estados e publicou nesta segunda-feira (21), que a vacinação das fêmeas bovinas e bubalinas de três a oito meses de idade contra a Brucelose, sofrerá alterações em alguns procedimentos, com destaque para a marcação a fogo dos animais vacinados, que deixa de se tornar obrigatória. O modelo alternativo adotado no Estado de São Paulo é o primeiro do país aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24, e fica estabelecido para a identificação da vacinação contra a doença para animais dentro do território de São Paulo, de forma alternativa, a identificação individual auricular, tipo botton.

“São Paulo sai na frente mais uma vez com essa nova marca para o agro do Estado. Bem-estar animal significa segurança jurídica, garantindo um documento que comprova boas práticas, valorizando a pecuária paulista e abrindo novos mercados internacionais, cada vez mais restritivos”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

“Se trata de um pacote de medidas que priorizam todos os envolvidos na vacinação contra a Brucelose, visando o controle e posteriormente a erradicação dessa zoonose”, comenta Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da Defesa Agropecuária.

Além do destaque envolvendo a identificação dos animais, medida que tem como objetivo o bem-estar animal e um manejo mais eficiente e seguro ao produtor e ao médico-veterinário habilitado responsável pela vacinação, as publicações estabelecem mudanças nos prazos para a vacinação e a desburocratização da declaração.

Prazos

A partir de agora, no âmbito do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT), fica estabelecido que o calendário para a vacinação será em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto as unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

Diferente das campanhas anteriores, a declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Em caso de incongruências, o médico-veterinário e o produtor serão notificados das pendências por meio de mensagem eletrônica, enviada ao e-mail cadastrado junto ao GEDAVE. Neste caso, o proprietário deverá regularizar a pendência para a efetivação da declaração.

Identificação

O modelo alternativo de identificação - o primeiro do país aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) - de vacinação contra a Brucelose trata-se de uma alternativa não obrigatória à marcação a fogo que além do bem-estar animal, estimula a produtividade e a qualidade do manejo, além de aumentar a segurança do produtor e do veterinário responsável pela aplicação do imunizante.

A partir das publicações, fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o algorismo do ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

Os bottons, produzidos dentro de especificações indicadas em portaria, serão fornecidos às revendas de insumos e produtos veterinários, que farão a venda e fornecimento dos identificadores juntamente com as vacinas, aos médicos-veterinários ou aos produtores, mediante informação no receituário.

Para o caso de perda, dano ou qualquer alteração que prejudique a identificação, deverá ser solicitada nova aplicação que deverá ser feita ao médico-veterinário responsável pela aplicação ou ainda, para a Defesa Agropecuária.

Havendo a impossibilidade da aquisição do botton, o animal deverá ser identificado conforme as normativas vigentes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).

A Defesa Agropecuária informa ainda que o uso do botton só é válido dentro do Estado de São Paulo, não sendo permitido o trânsito de animais identificados de forma alternativa para demais estados da federação.

Para ter acesso à íntegra das portarias, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/legislacoes/. (Agricultura SP)

Dia da Osteoporose: a importância de consumir cálcio na infância e na adolescência

No domingo, 20 de outubro foi o Dia Mundial da Osteoporose instituído pela Federação Panamericana do Leite (Fepale) com o objetivo de destacar o papel fundamental dos lácteos na prevenção dessa enfermidade.

A osteoporose debilita os ossos, fazendo-os mais frágeis e propensos a fraturas. Afeta tanto mulheres como os homens em todo o mundo. Para prevenir e melhorar a situação de quem sofre com a osteoporose, é recomendado  exercício físico, alimentação equilibrada com lácteos, tomar sol (vitamina D), evitar álcool, tabaco, bebidas cola e cafeína, segundo a instituição em seu canal no Youtube.

Vários artigos com informação sobre o tema foram publicados no site da Fepale. 

Lácteos e Saúde Óssea: O consumo diário de lácteos na infância e adolescência contribui para a estruturação e consolidação da massa óssea, prevenindo de patologias ósseas na idade adulta, como a osteoporose.

O Cálcio na Adolescência: Na adolescência, os ossos crescem em tamanho e volume,
incrementando a massa óssea corporal. Até os 23 anos de idade é produzido o denominado “pico de massa óssea”, que é o maior crescimento, em volume, da massa óssea durante o ciclo da vida. Quantos maiores forem os depósitos de cálcio acumulados na adolescência, maior será o pico de massa óssea, e consequentemente, a massa óssea máxima (MOM) e densidade óssea alcançada na idade de um adulto jovem.

Massa Óssea Máxima e Lácteos: Uma alimentação que inclua lácteos desde a infância e principalmente na puberdade, é fundamental para obter massa óssea adequada (MOM), até os 30 anos de idade.

Cálcio e Minerais do Leite: Uma dieta rica em cálcio de alta biodisponibilidade e proteínas de alto valor como os fornecidos pelos lácteos, junto com outras vitaminas e minerais encontrados no leite e derivados: vitamina D, potássio, fósforo, magnésio, durante as primeiras etapas da vida, permitem alcançar de forma efetiva e eficiência o máximo nível de massa óssea, amortecer o processo de envelhecimento dos ossos, e diminuir o risco de fraturas por osteoporose na idade adulta.

Fonte: TodoElCampo Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

O secretário executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, destacou que a cartilha desenvolvida em parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF) visa incentivar a adoção de práticas que proporcionem o bem-estar dos animais, bem como a manutenção do volume e da qualidade do leite nos períodos mais quentes do ano. Ouça a entrevista da AGERT clicando aqui. (Agert)

 
 

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Porto Alegre, 21 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.247


Jornalistas têm 10 dias para inscrever trabalhos no 10º Prêmio Sindilat/RS

Nesta segunda-feira, 21/10, começa o prazo regressivo de 15 dias para o encerramento do prazo de inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. O limite é o dia 01/11 para a remessa de trabalhos sobre o setor lácteo, veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024, e que tratem de seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios.

Para a inscrição, é necessário completar a ficha para cada trabalho que deve ser enviada para imprensasindilat@gmail.com, com as cópias do Documento de Identidade do autor; do Registro Profissional; do atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e do atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência ao período.

A premiação está dividida em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Não há limite de número de inscrições por profissional. A divulgação dos finalistas será realizada no dia 29/11 e os vencedores, conhecidos no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; os segundos e terceiros classificados receberão troféus. Nesta edição de aniversário, a premiação também destacará o profissional mais premiado ao longo das dez edições.

As informações são do SINDILAT/RS


CEPEA: O Boletim do Leite de outubro já está disponível!

Com oferta menor que a esperada, o preço do leite captado subiu em agosto. De acordo com a pesquisa do Cepea, o valor pago ao produtor registrou alta de 1,4% na “Média Brasil” frente ao mês anterior, atingindo R$ 2,7607/litro, em termos reais (deflacionado pelo IPCA de agosto/24). A expectativa de agentes do setor é de que o movimento de elevação ganhe força em setembro.

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) aponta que o mês de setembro foi marcado por alta nos preços dos três itens analisados. A muçarela foi cotada à média de R$ 32,89/kg, aumento de 2,74% em relação ao mês anterior; o leite em pó e o leite UHT, por sua vez, se valorizaram respectivos 1,32% e 7,58%, em igual comparativo, com as médias passando para R$ 30,02/kg e R$ 4,68/l, nessa ordem.

Em setembro, as importações brasileiras de lácteos permaneceram praticamente estáveis em relação a agosto (-0,53%), ainda superando em 21,35% as do mesmo período do ano passado. As exportações, por sua vez, cresceram expressivos 218,96% no comparativo mensal e 96,77% no anual. Como resultado, o déficit da balança comercial (em volume) recuou 5,6% de agosto para setembro, para aproximadamente 173,3 milhões de litros em equivalente leite, gerando um saldo negativo de US$ 72,2 milhões.

Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 0,72% em relação ao mês anterior, na “média Brasil” (bacias de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS). Com o resultado, o COE acumula leve variação negativa de 0,06% na parcial de 2024.

Acesse o boletim completo clicando aqui.

https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/revista/pdf/0950893001729268272.pdf

A produção de leite se recupera a passos firmes

O Departamento Nacional do Leite divulgou o boletim mensal da produção de leite na Argentina e os dados trouxeram otimismo para o setor no final do ano. De acordo com os dados oficiais, analisados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), foram produzidos 1.015 milhões de litros em setembro.

Isto significa 2,2% a mais do que em agosto, mas representa 5,6% a mais na média diária. Além disso, mesmo que seja 1,9% inferior a setembro de 2023, é a menor variação interanual em mais de um ano, e é preciso voltar a agosto de 2023 para encontrar uma taxa maior.

A produção do leite de vaca volta a crescer “Normalmente a produção no mês de setembro sobe 4% em relação a agosto (na média diária) e este ano houve melhora, subindo 5,6%, como resultado de uma importante recuperação que vem sendo registrados em relação aos fracos desempenhos desde o início do ano, e em igualperíodo do ano passado”, explicou o OCLA.

Ao analisar a evolução do setor, o organismo lembrou que a queda da produção foi agravada durante o primeiro semestre do ano, recuando 14,5% nos quatro primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2023. Mas a partir de então, “a maioria das bacias leiteira melhoraram significativamente os dados e houve recuperação entre maio e julho em relação às fortes quedas iniciais, com leve recuo em agosto, voltando a ter dados positivos em setembro passado”, continuou. “Por isso, espera-se que, o ritmo de recuperação iniciado em maio deverá continuar, mesmo porque será uma comparação com um último trimestre muito fraco de 2023 e por ser o último trimestre do ano, o de maior participação na produção total, o acumulado de 2024 poderá ficar 6% menor em relação a 2023”.

E, o mais importante é que “também é provável que os valores de outubro a dezembro possam ser positivos na comparação interanual”. Fonte: infocampo Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
 
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do Sindilat/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.

 
 

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Porto Alegre, 18 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.246


SINDILAT/RS lança cartilha com orientações para o bem-estar animal no verão, em parceria com a UPF

Buscando incentivar a adoção de práticas que visem o bem-estar dos animais e, ao mesmo tempo, a manutenção do volume e da qualidade do leite nos períodos mais quentes do ano, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (SINDILAT/RS) elaborou em conjunto com a Universidade de Passo Fundo (UPF) a Cartilha de Verão para os produtores de leite, que pode ser acessada clicando aqui

“Relacionamos um conjunto de medidas na nutrição e no manejo durante o verão que ajudam a evitar variações e a manter a qualidade do leite, inclusive com relação à diminuição nos desvios de crioscopia, comuns nos períodos mais quentes, preservando a qualidade e volume da produção”, explica Darlan Palharini, secretário executivo do SINDILAT/RS. 

Conforme Carlos Bondan, médico veterinário, doutor em ciências veterinárias, professor e pesquisador na UPF, a cartilha busca orientar sobre preocupações que ressurgem com a chegada do verão, e que podem diminuir a quantidade e qualidade do leite. “Temos percebido em estudos em parceria com o SINDILAT/RS, que fatores como temperatura, umidade altas e fatores nutricionais estão relacionados a uma diminuição dos sólidos não gordurosos. E o estresse térmico tem uma participação muito grande nesses fatores”, explica. 

Na cartilha, as soluções indicadas para garantir o conforto térmico dos rebanhos leiteiros ajudam a minimizar os efeitos do calor e garantir a saúde e a produtividade das vacas. Elas incluem fornecimento de sombra, uso de aspersores e ventiladores, alimentação balanceada, acesso irrestrito à água, manejo adequado da ordenha e monitoramento da saúde do rebanho. 

“Os bovinos são muito exigentes quanto à qualidade da água. Gostam de tomar água limpa e com uma temperatura entre 18 e 20 graus. Na alimentação, o desafio é o equilíbrio entre a energia e a proteína. Acredito que a crioscopia vá nessa mesma direção. Então o produtor deve consultar um nutricionista e tentar encontrar o melhor caminho para a suplementação dos seus rebanhos”, recomenda o professor. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Milho apresenta bom desenvolvimento apesar da baixa incidência de radiação solar 

O período prolongado de chuvas, além de resultar em alta umidade do solo, limitou o avanço da semeadura do milho, que ficou em apenas 1%, totalizando 65% da área cultivada prevista. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (17/10), apesar da baixa incidência de radiação solar, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e adequado estande de plantas. A maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo (97%) e 3% estão em floração. 

Em algumas regiões, embora a semeadura esteja chegando ao final, ainda está atrasada no Sul e na Campanha devido ao período mais extenso de incidência de chuvas, iniciado ainda em setembro. Nos campos de altitude, especialmente nos Aparados da Serra, a operação não iniciou, pois é realizada de forma mais tardia pelas condições edafoclimáticas inadequadas para operações em períodos mais precoces. 

SOJA 
O período recomendado para semeadura, conforme o Zarc, teve início em 01/10 no Rio Grande do Sul. Contudo, o plantio foi realizado em áreas limitadas na fase inicial da janela e, durante o período, dificultado pelas constantes precipitações entre 08 e 11/10.  

A área semeada até o momento representa menos de 1% da superfície total a ser cultivada, estimada em 6.811.344 hectares pela Emater/RS-Ascar. A continuidade da semeadura deve ocorrer de forma moderada, nos próximos dias, em virtude da priorização de outras atividades, consideradas urgentes, como a colheita de cereais de inverno e a semeadura de arroz. A produtividade média projetada para a safra 2024/2025 é de 3.179 kg/ha. 

TRIGO 
A colheita do trigo atingiu 3% da área total estimada no estado nas lavouras de ciclo mais curto. Já a maior parte das lavouras de ciclo mais longo ainda estão em processo de maturação (45%) e enchimento de grãos (42%).

A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares e a produtividade prevista permanece em 3.100 kg/ha. 

As condições climáticas que, até a primeira semana de outubro, favoreciam a cultura, sofreram mudanças, gerando apreensão entre os triticultores. A sucessão de precipitações, que se estenderam por até cinco dias consecutivos em parte do estado, resultou em excessiva umidade no solo, limitando o desenvolvimento das lavouras e mantendo água livre sobre as plantas durante quase todo o período. Essa situação beneficiou o desenvolvimento de doenças, sobretudo giberela. 

A colheita foi interrompida pela dificuldade de acesso das máquinas, o que pode afetar pontualmente os resultados da safra em razão da degradação das reservas do grão em maturação fisiológica, principalmente nas áreas onde foram aplicados herbicidas para dessecação e uniformização das plantas. 

PASTAGENS 
As pastagens cultivadas de aveia e azevém apresentam maior disponibilidade de forragem, apesar de estarem no final de seus ciclos produtivos e iniciando a fase de produção de sementes. As pastagens nativas mostram melhorias significativas na disponibilidade forrageira, além de crescimento acelerado, favorecendo a eficiência no manejo dos animais nos piquetes. 

BOVINOCULTURA DE LEITE 
Os produtores estão focados no manejo das pastagens e na criação de terneiras. Tem sido recomendado o plantio antecipado de milho para silagem, visando garantir uma alimentação adequada para o gado.  Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1837 de 17 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os produtores estão focados no manejo das pastagens e na criação de terneiras. Tem sido recomendado o plantio antecipado de milho para silagem, visando garantir uma alimentação adequada para o gado. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as áreas de azevém tem apresentado um ciclo mais longo este ano devido às temperaturas amenas, mantendo boa qualidade e volume para a alimentação das matrizes. No entanto, o acúmulo de barro persiste, afetando a sanidade das matrizes e a qualidade do leite. 

Em Aceguá, grandes produtores mantêm reservas de silagem e fenos, evitando o acesso aos potreiros para prevenir a degradação das pastagens. 

Na de Erechim, as chuvas e as temperaturas amenas não causaram estresse calórico nos rebanhos. 

Na de Frederico Westphalen, os dias secos e ensolarados beneficiaram o desenvolvimento das culturas e o bem-estar dos animais, contribuindo para o crescimento de cereais de inverno destinados à silagem e pré-secado. 

Na de Passo Fundo, o estado nutricional está satisfatório, e não foram observados problemas sanitários, embora a umidade tenha aumentado. As vacinações de rotina foram realizadas e o controle de moscados-chifres está sendo monitorado em função do aumento na incidência desses insetos.

Na de Pelotas, houve aumento da produtividade do leite em alguns municípios, impulsionado pelo bom volume de pastagens de inverno e pelas condições climáticas favoráveis.

Na de Porto Alegre, o plantio e o preparo das áreas para milho silagem avançam, apesar de atrasos causados pelo clima chuvoso, o que pode resultar em falta de silagem para o próximo inverno. Há demanda por insumos para pastagens de verão, e o plantio de milho está em andamento. 

Na de Santa Maria, os produtores estão utilizando pastagens de inverno com suplementação de ração, mantendo rigoroso controle sanitário, incluindo o uso de homeopatia. 

Na de Santa Rosa, as temperaturas amenas garantiram conforto térmico, mas a presença de mosca-dos-chifres e berne foi observada, exigindo medidas de controle. Também foram registrados casos de Tristeza Parasitária Bovina (TPB), associada aos vetores ectoparasitas. 

Na de Soledade, há boa disponibilidade de pasto para as vacas, resultando em uma relação custo-benefício favorável na produção de leite, e as pastagens anuais de verão estão em fase de semeadura. (EMATER/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Semana de clima estável no RS, com chuvas leves nas regiões do norte e oeste
O início da próxima semana entre será marcada por tempo firme na maior parte do Rio Grande do Sul, com algumas exceções em regiões próximas à divisa com Santa Catarina. No sábado (19), o cavado ganhará amplitude e atuará sobre o Sudeste do Brasil, permitindo que o anticiclone permaneça sobre o RS e o Atlântico, mantendo o clima estável, com poucas nuvens e temperaturas confortáveis. O domingo (20) seguirá essa tendência, com uma crista em níveis médios intensificando a estabilidade atmosférica, deixando o Estado com céu claro e nuvens esparsas. Já na segunda-feira (21), o cenário atmosférico permanecerá semelhante, ainda que o anticiclone comece a se mover em direção ao Atlântico, resultando em temperaturas um pouco mais elevadas. Na terça-feira (22), um cavado em superfície entre o Paraguai e o RS provocará a volta da instabilidade, trazendo chuvas leves e temperaturas em alta para regiões centrais, Vales, Noroeste, Norte e Missões. Na quarta-feira (23), o cavado em superfície será associado a uma frente estacionária no oceano, causando chuvas fracas a moderadas desde a Fronteira Oeste até a Serra Gaúcha, com um leve declínio nas temperaturas ao longo do dia. Para a semana, o prognóstico aponta chuvas de até 20 mm nas regiões Sul, Oeste, Noroeste e Norte. Nas áreas centrais e no Litoral, não são esperadas precipitações. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (As informações são da SEAPI adaptadas pelo SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 17 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.245


Série resgata os vencedores do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo

A fim de homenagear os jornalistas que se destacaram ao receberem o Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo, iniciou nesta quinta-feira, 17/10, uma série especial de postagens no Instagram do sindicato relembrando os vencedores de cada edição. O acesso é através da conta @sindilatrs. “É uma forma de reconhecer e valorizar estes profissionais que dedicam seu talento ao setor lácteo gaúcho”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS. As postagens seguem até o dia 12 de dezembro, uma semana antes da revelação dos vencedores da 10ª Edição e do jornalista homenageado. 

As inscrições para a premiação deste ano estão abertas até o dia 01/11 para trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo que abordem seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Para garantir a inscrição é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com.  

Regulamento e Ficha de inscrição clique aqui.

(Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Preço do leite ficou diferente neste ano

Segundo conselho paritário que reúne produtores e indústria, valores no setor se comportam com base em lógica recorrente, pela qual este deve ser um ano "médio"

Pelo cenário desenhado até este momento, 2024 deve fechar como um ano “médio” no que diz respeito aos valores pagos ao produtor de leite. O comportamento segue uma lógica recorrente, observa Allan Tormen, coordenador do Conseleite-RS, conselho paritário que reúne indústria e produtores e valida os preços de referência para o Estado. Depois de anos ruins como o de 2023, com queda nas cotações mesmo na entressafra, o efeito costuma ser a redução na oferta e a reacomodação de valores.

— Costuma ser um ano de preço bom, um ruim e um médio. Este é um ano médio — avalia Tormen.

O ano “bom” foi 2022, quando o pico de valorização teve como efeito o estímulo à produção. Com a oferta ampliada (e outros fatores combinados), o que se viu foi a queda em 2023. Neste momento, a perspectiva é da média. Estima-se em 10% a redução na oferta no RS em 2024. Cenário que reflete também o impacto da enchente de maio, quando houve uma diminuição percentual importante na produção de bacias leiteiras representativas como o Vale do Taquari e a Serra.

Para ajudar os produtores de leite a entenderem o cálculo do preço de referência, o Conseleite implementou uma calculadora. A ferramenta (acesse aqui), permite visualizar, ainda, como a melhora de índices de qualidade pode levar a bonificações que chegam a até 35%. Quando ficam abaixo da média, pode haver um deságio (até 10%). A entidade avalia que enxergar essas diferenças também pode estimular o produtor a melhorar. (Zero Hora)

FIL/IDF | Líderes mundiais do setor de laticínios discutem sustentabilidade no World Dairy Summit 2024

Um dos eventos mais esperados da cúpula é o FIL Dairy Innovation Awards, programado para sexta-feira. A Yili recebeu quatro indicações, o maior número de indicações entre todas as empresas, sendo que duas delas se concentram em sustentabilidade e ecoinovação.

A Cúpula Mundial de Laticínios 2024, organizada pela Federação Internacional de Laticínios (FIL), teve início na terça-feira em Paris, atraindo especialistas, acadêmicos e líderes do setor de todo o mundo para discutir as últimas tendências e o futuro do setor de laticínios.
A cúpula de quatro dias se concentrará em questões importantes, como sustentabilidade, segurança alimentar e a atratividade do setor de laticínios.Destacando-se como a única empresa asiática no evento, o Yili Group da China apresentou uma ampla variedade de produtos lácteos, como leite líquido, leite em pó, iogurte, queijo e sorvete. Seus produtos inovadores chamaram a atenção.

Gilles Froment, o recém-eleito presidente da IDF e diretor da Associação Canadense de Produtos Lácteos, refletiu sobre sua primeira experiência na Cúpula Mundial de Laticínios em Paris, em 2002.

“Em comparação com mais de 20 anos atrás, a participação de hoje pode ser um recorde. Naquela época, pouquíssimas pessoas falavam sobre sustentabilidade ou sobre como conseguir a aceitação social da pecuária leiteira. Agora, esses tópicos se tornaram o foco de todas as conferências, refletindo as grandes mudanças pelas quais o setor passou nos últimos anos”, disse Froment em uma entrevista à Xinhua.
“Devemos enviar uma mensagem clara ao mundo: os laticínios não são um problema para o desenvolvimento sustentável, mas uma solução fundamental para lidar com as mudanças climáticas, a nutrição e as questões ambientais”, acrescentou.

Um dos eventos mais esperados da cúpula é o IDF Dairy Innovation Awards, programado para sexta-feira. A Yili recebeu quatro indicações, o maior número de indicações entre todas as empresas, sendo que duas delas se concentram em sustentabilidade e ecoinovação.

Froment elogiou as contribuições da Yili, destacando o impressionante progresso da empresa em sustentabilidade. “As empresas chinesas fizeram investimentos significativos em sustentabilidade e seu progresso tem sido notável”, disse ele.

Yun Zhanyou, membro do conselho da IDF e especialista da Yili, destacou o crescente reconhecimento global do setor de laticínios chinês. As vitórias anteriores da Yili na Cúpula Mundial de Laticínios de 2022 e 2023 por inovação destacam o progresso do setor.

“Estamos honrados por passarmos de aprendizes a participantes ativos e agora até mesmo nos tornarmos líderes na definição de padrões em determinadas áreas. Isso reflete o crescimento do setor de laticínios da China”, disse Yun. (Edairy News) 


Jogo Rápido

Maior fazenda leiteira da América Latina produz mais de 565.000 litros de leite por dia
A maior fazenda leiteira da América Latina possui 13.000 vacas leiteiras, que ficam a 150 metros da fábrica de transformação, produzindo mais de 565.000 litros de leite por dia: Conheça tudo sobre a ‘Estancias del Lago’. Você já imaginou uma “cidade do leite”? O Uruguai tem ganhado notoriedade no cenário agropecuário mundial, e um dos grandes responsáveis por isso é o impressionante complexo agroindustrial da Estancias del Lago, que abriga a maior fazenda leiteira da América Latina. Com uma produção diária superior a 565.000 litros de leite, essa fazenda representa um modelo de eficiência, inovação tecnológica e sustentabilidade que a coloca entre os maiores e mais modernos empreendimentos do setor na região Localizada no departamento de Durazno, no coração do Uruguai, a Estancias del Lago se destaca pelo tamanho e pela capacidade produtiva. Com 13.650 vacas leiteiras em um rebanho criteriosamente selecionado e manejado com o auxílio de tecnologias avançadas, a fazenda produz uma quantidade colossal de leite: 565.000 litros diariamente. (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 16 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.244


GDT: estabilidade nos preços internacionais

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram comportamentos diferentes entre as categorias lácteas, com o preço médio ficando próximo da estabilidade, no 366º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 15/10. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.852/tonelada, como mostra o gráfico 1, com uma sutil diminuição de 0,3% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
As principais categorias acompanhadas e negociadas durante o evento apresentaram tanto oscilações positivas como negativas.

Nesse cenário, a maior valorização ficou para a categoria do queijo cheddar, que obteve uma aumento de 4,2% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 4.702/tonelada. Por outro lado, também no grupo de queijos, a muçarela teve redução no seu preço, com retração de 8,2%, fechando com preço médio de US$4.559/tonelada

Em relação às quedas, o leite em pó desnatado apresentou baixa de 1,8% sendo negociado na média de US$ 2.745/tonelada, da mesma forma a categoria da manteiga obteve desvalorização de 0,3%, fechando na média de US$ 6.495/tonelada. Além disso, o leite em pó integral, que apresentou forte valorização no último leilão, apresentou estabilidade, sustentando a altas recentes, sendo negociado na média de US$ 3.553/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 15/10/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
No último leilão de outubro, o volume negociado apresentou leve aumento. Com um total de 38.956 toneladas sendo negociadas, um aumento de 0,3% em relação ao volume negociado no evento anterior, renovando o volume máximo dos últimos anos, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
Em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda no leilão, mesmo com o volume ofertado atingindo os níveis mais altos dos últimos anos, um dos principais destaques tem sido a expressiva retomada das compras pelo mercado do norte asiático, que vem aumentando significativamente seu volume de aquisições nos últimos eventos. Esse crescimento tem desempenhado um papel crucial em dar maior sustentação e estabilidade aos preços leilão GDT.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam um pequeno aumento nos preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais. Esse crescimento reflete não apenas uma valorização, mas também preços superiores aos praticados anteriormente para os contratos vencidos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3, essa tendência de alta se destaca ao observarmos a evolução histórica dos preços.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Entretanto, os preços mais elevados do mercado internacional, conforme evidenciado no leilão GDT, podem impactar nas relações comerciais para importações de lácteos pelo Brasil.
A menor diferença entre os preços do leilão GDT e os preços praticados para exportações da Argentina e do Uruguai faz com que outros países compradores aumentem seu abastecimento de produtos da Argentina e do Uruguai, reduzindo a disponibilidade para o Brasil.

Nesse sentido, segundo dados trimestrais do Instituto Nacional de La Leche (Inale), do Uruguai, o Brasil perdeu o posto para a Argélia de principal destino das exportações do Uruguai no 3º trimestre deste ano – pela primeira vez desde o 3º trimestre de 2022.

Nesse cenário, apesar de as negociações do Mercosul com o Brasil seguirem a preços superiores aos apresentados no leilão GDT – atualmente em cerca de USD4.000/tonelada para o leite em pó integral, enquanto o mesmo produto no GDT tem apresentado preço médio de USD3.553/ton – o acompanhamento do mercado internacional liga um alerta para os compradores brasileiros, que estão tendo que lidar com uma disponibilidade mais restrita do Mercosul neste momento. (Milkpoint)


Novo sistema ANVISA substitui os quatro cadastros utilizados e melhora a experiência dos usuários

Novo sistema substitui os quatro cadastros utilizados e melhora a experiência dos usuários 

Apresentamos o novo Cadastro Anvisa! Estamos falando de um sistema criado para integrar os quatro cadastros até então utilizados e entregar aos cidadãos mais qualidade e eficiência. Desenvolvido de acordo com as boas práticas adotadas no âmbito da administração pública federal, o Cadastro Anvisa aprimora e incrementa os mecanismos de acesso. Acesse aqui.Para se ter uma ideia dos avanços, no novo Cadastro ANVISA será possível adicionar, editar e revogar perfis e acessos por meio de uma só ferramenta, além de atribuir perfis em lote, realizar auditoria no sistema e pesquisar colaboradores e organizações por CNPJ ou CNES. Primeiros passos Quer realizar o cadastro na ANVISA? Autentique e valide a vinculação do responsável legal à organização a qual ele representa, por meio do Gov.Br. Feito isso, o responsável legal da organização, através do seu login junto ao Gov.Br, terá acesso aos perfis disponíveis no novo Cadastro Anvisa. 

O responsável legal pode cadastrar quantos gestores de cadastro a organização julgar necessários e esses, por sua vez, podem cadastrar os demais colaboradores da organização, desde que todos tenham previamente aberto sua conta no Gov.Br.  (Terra Viva)

Duas culturas podem fazer o RS colher safra recorde neste ano, projeta Conab

Estatal prevê que a produção gaúcha chegue a 38,35 milhões de toneladas, volume 3,3% maior do que o colhido na safra anterior

Duas culturas de verão poderão colocar o Rio Grande do Sul em um novo patamar da produção de grãos na safra 2024/2025: a soja e o arroz. É o que mostram as estimativas do primeiro levantamento do ciclo divulgado nesta terça-feira (15), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Até o momento, a produção gaúcha está prevista em 38,35 milhões de toneladas, volume 3,3% a mais do que na safra anterior. Se confirmado, será um novo recorde para o Estado. Deste total, 28,64 milhões de toneladas são estimados entre soja e arroz.

A área destinada ao plantio, por outro lado, está prevista em 10,48 milhões de hectares, uma elevação de 0,7%. Destes, 7,8 milhões de hectares são das duas culturas.

De acordo com Fabiano Vasconcellos, gerente de Acompanhamento de. Safras (Geasa), os números indicam uma recuperação em relação à safra passada, afetada pelo clima.

— A safra atual tem perspectiva de chuvas mais uniformes, com menos anomalias. Isso pode ter resultado significativo na slavouras de primeira safra no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná — acrescenta o técnico.

Considerando a safra em todo o Brasil, igualmente impactada pelo clima, a primeira estimativa da Conab aponta para uma produção nacional de 322,47 milhões de toneladas de grãos. O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/2024, também com um novo recorde. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares.

Produtores têm ponderado à coluna, no entanto, que as estimativas apresentadas podem não se concretizar diante da falta de solução com relação ao passivo de financiamento.

Só na soja, principal cultura do Estado, a Conab prevê uma produção de 20,34 milhões de toneladas, um aumento de 3,5% em relação à safra passada. A oleaginosa também deve ter um incremento de 1,1% na área cultivada, chegando a 6,84 milhões de hectares.

E o plantio começou na semana passada no Estado, segundo a Emater. (Zero Hora) 


Jogo Rápido

LEITE/OCEANIA: A produção de leite na Austrália, em agosto, aumentou 2,9% na comparação interanual
De acordo com a Dairy Australia, a produção de leite em agosto de 2024 foi de 682,4 milhões de litros, 2,9% acima de agosto de 2023. Na Austrália, algumas redes de supermercados responsáveis pela maioria das vendas de varejo, reduziram em 5 centavos o preço do leite com Marca da Distribuição (MDD). Os preços MDD não eram reduzidos desde 2011, quando algumas redes estabeleceram o valor de US$ 1 por litro. O porta-voz de um grupo de fazendeiros declarou que o preço do leite ao produtor atualmente está muito próximo do custo de produção e que a redução do preço ao consumidor representará uma pressão sobre o preço do leite na fazenda. Já o porta-voz de uma das redes de supermercados observou que o preço mais baixo pago aos produtores nesta temporada permitiu diminuir o preço do leite MDD em suas lojas.  (Terra Viva)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.243


Faltam 20 dias para o final das inscrições do 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo

Vai entrando na reta final o prazo para as inscrições da 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Até o dia 01/11, podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024, e que tratem de seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. A premiação está dividida em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Não há limite de número de inscrições por profissional. 

Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha para cada trabalho. Ela deve ser enviada por e-mail para imprensasindilat@gmail.comAbrir numa nova janela, juntamente com cópia do Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. 

A divulgação dos finalistas está programada para o dia 29/11 e os vencedores serão revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Nesta edição de aniversário, a premiação também destacará o profissional mais premiado ao longo das dez edições. 

Regulamento e Ficha de inscrição aqui. 


GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

FONTE: GDT ADAPTADO PELO SINDILAT
                                     

Ingredientes lácteos | A ascensão do mercado de soro de leite: tecnologia e impacto na indústria de alimentos

Com o avanço das tecnologias e a crescente demanda por proteínas de alta qualidade, o mercado de soro de leite experimenta um crescimento expressivo, transformando o que antes era descartado em um produto com grande valor comercial.

O soro de leite, que por muitos anos foi visto apenas como um subproduto da fabricação de queijos, tem se consolidado como uma das matérias-primas mais valiosas da indústria alimentícia.

Com o avanço das tecnologias e a crescente demanda por proteínas de alta qualidade, o mercado de soro de leite experimenta um crescimento expressivo, transformando o que antes era descartado em um produto com grande valor comercial. Nesse contexto, é fundamental reconhecer seu potencial e entender que sua incorporação em alimentos não só agrega nutrientes, mas também melhora o valor nutricional dos alimentos.

Essa transformação está intimamente ligada ao desenvolvimento de tecnologias de separação por membranas, como microfiltração, ultrafiltração e nanofiltração, que permitem a separação e concentração de componentes valiosos, como proteínas, lactose e minerais.

A ultrafiltração, por exemplo, é amplamente utilizada para a produção de WPC ou Concentrado Proteico de Soro de Leite, que concentra proteínas e retira compostos indesejados, como lactose e sais minerais. O WPI (Isolado Proteico de Soro de Leite) é ainda mais concentrado, com até 95% de proteína, sendo amplamente utilizado em produtos voltados para nutrição esportiva e suplementos alimentares.

Além da concentração de proteínas, a lactose presente no permeado do soro de leite também encontra diversas aplicações, desde a fabricação de prebióticos até o desenvolvimento de produtos nutracêuticos e farmacêuticos. Essas inovações tecnológicas não só possibilitaram o aumento do valor comercial do soro de leite, como também contribuíram para a sustentabilidade da indústria, reduzindo o desperdício e aproveitando ao máximo cada componente desse subproduto.

A ciência tem caminhado lado a lado com esse crescimento, contribuindo para a obtenção de produtos cada vez mais refinados e de alta qualidade. Pesquisas e estudos constantes permitem a criação de matérias-primas de alto valor agregado que servem como base para o desenvolvimento de outros produtos na indústria alimentícia, valorizando ainda mais o soro de leite e aumentando sua relevância em diversas aplicações.

A trajetória de crescimento do mercado de soro de leite é impressionante. Nos anos 1970, ele era frequentemente descartado de forma inadequada, causando impactos ambientais. Com o passar das décadas, seu valor foi reconhecido, e produtos como o WPC, WPI e soro desmineralizado começaram a ser comercializados globalmente. Atualmente, o mercado global de proteínas de soro de leite está em rápida expansão.

Projeções indicam que o valor do mercado crescerá de US$ 10,26 bilhões em 2021 para US$ 18,12 bilhões até 2029, impulsionado pela crescente demanda por proteínas de alta qualidade, tanto para alimentação humana quanto para outras indústrias, como nutrição animal, cosméticos e produtos farmacêuticos.

Esse crescimento do mercado é alimentado por vários fatores. A busca por uma alimentação mais saudável, com maior ingestão de proteínas, é um dos principais impulsionadores, especialmente no segmento de suplementos esportivos e fórmulas infantis. Além disso, o mercado está cada vez mais diversificado, com novas aplicações surgindo constantemente, desde produtos funcionais até ingredientes para o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis.

Outro ponto relevante é a formalização da legislação relacionada ao soro de leite. No Brasil, a regulamentação é estabelecida pela Instrução Normativa MAPA nº 94, de 18 de setembro de 2020, que aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) do Soro de Leite.

Esta normativa define os parâmetros que garantem a qualidade e a segurança do produto, incluindo critérios físico-químicos, microbiológicos, além das condições de armazenamento e transporte. O RTIQ estabelece os padrões exigidos para sua comercialização, tanto no mercado interno quanto no externo, contribuindo para a credibilidade e a expansão desse setor.

Com esses avanços e a crescente valorização do soro de leite, a indústria alimentícia encontra um aliado não só para aumentar sua eficiência produtiva, mas também para desenvolver novas soluções sustentáveis e inovadoras. O futuro deste mercado é promissor, e o potencial para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias baseadas nessa matéria-prima continua a crescer, reforçando sua importância e representatividade na indústria de alimentos. (Food Safety Brazil via Edairy News) 


Jogo Rápido

LEITE/EUROPA: A produção de leite na Europa Ocidental varia entre as regiões
A produção de leite na Europa Ocidental varia entre as regiões. Países como Alemanha e Irlanda apresentam produções sazonalmente menores, enquanto outros países como França e Reino Unido apresentam aumentos semanais na captação de leite. Contatos da Alemanha informam que a oferta de matéria gorda do leite está apertada, afetando, recentemente, os preços tanto da manteiga como dos queijos. Relatórios recentes indicam que as taxas de novos casos de língua azul estão diminuindo em toda a Europa. A Comissão Europeia divulgou o relatório semestral das Perspectivas de Curto-Prazo dos Mercados Agrícolas da UE no dia 08 de outubro, prevendo aumento de 0,5% na oferta de leite no ano de 2024, apesar da redução de 0,3% do rebanho leiteiro. (Terra Viva)