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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.235


Piracanjuba usa inteligência artificial para atualizar fotos e estampa caixas de leite na busca por pessoas desaparecidas

Milhões de embalagens de leite se transformam em amuletos de esperança com tecnologia que mostra como pessoas desaparecidas há décadas estariam nos dias de hoje.

A Piracanjuba, em parceria com a Associação Mães da Sé, instituição que desde 1996 ajuda famílias na busca por seus entes, lança a campanha Desaparecidos, uma iniciativa desenvolvida pela Ampfy, que combina Inteligência Artificial com a experiência de um perito criminal para criar imagens que mostram como pessoas, que desapareceram há décadas, estariam nos dias de hoje.
 
Dados do Anuário da Segurança Pública 2024 mostram que no ano passado foram registrados 80.317 casos em todo o país, 3,2% a mais em relação a 2022. A ação reedita um movimento dos anos 80, que estampava fotos de pessoas desaparecidas em caixas de leite nos Estados Unidos e que, agora, ganha uma releitura por meio da tecnologia. 
 
Com o uso de ferramentas de I.A. e a colaboração do perito Hidreley Diao, especialista na técnica de projeção de idade, a campanha faz uso da gigantesca capilaridade e distribuição da Piracanjuba, 9ª marca mais escolhida nos lares de todo o país, para aumentar significativamente a chance de que essas pessoas sejam encontradas, ao transformar retratos antigos em cenas atuais, inserindo-as em situações do cotidiano. 
 
"Piracanjuba é sinônimo de qualidade e cuidado. Uma marca que chega nos lugares mais distantes do Brasil, coloca seu predomínio a favor de uma causa nobre e urgente: trazer esperança e, quem sabe, voltar a reunir famílias," afirma o CCO da Ampfy, Fred Siqueira. 
 
Produzidas pela Tetra Pak, milhões de embalagens serão distribuídas, contando com a logística da Piracanjuba, em todo o território nacional. "Uma marca da envergadura da Piracanjuba, com um propósito tão bonito de fazer o bem, eleva a nossa causa e nos dá visibilidade e alcance que nunca tivemos antes", comenta a presidente da Associação Mães da Sé, Ivanise Esperidião da Silva. 
 
No endereço www.piracanjuba.com.br/desaparecidos o público pode saber mais sobre a iniciativa e obter mais informações sobre cada uma das pessoas apresentadas na campanha. O perfil da Mães da Sé no Instagram vai mostrar diversas fotos e até vídeos, tudo feito por I.A. a partir de um único retrato antigo. 
 
Para promover a ação, a Ampfy criou uma estratégia de comunicação com diversas ações que serão divulgadas nas redes sociais da marca, mídia exterior e com influenciadores que engajaram na causa. 
 
"Esta é uma iniciativa que nos enche de esperança. Os produtos Piracanjuba estão presentes no dia a dia das famílias, acompanhando muitos momentos de união e alegria à mesa. É muito triste o desaparecimento de um membro da família; é algo que afeta a todos. Com essa ação, queremos gerar empatia e contribuir para a busca dessas pessoas", reforça a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. "Desaparecidos é uma ação perene. Estamos muito envolvidos com ela e já olhando para sua continuidade no próximo ano", conclui.  
 
Essa é a primeira fase da campanha, que tem tempo indeterminado e deve receber novas imagens nas fases seguintes.  (Piracanjuba) 


Tetra Pak Brasil elucida alguns dos principais mitos que rondam a produção de queijo

O povo brasileiro é cheio de paixões e, entre elas, está o queijo, cujo consumo per capita chega a cerca de 5,6 kg ao ano, segundo a Abiq (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo). Seja ele mussarela, duro, semiduro ou cremoso, o queijo faz parte do dia a dia e das refeições do país, sendo uma oportunidade para produtores que buscam expandir seus negócios. Essa tendência se reflete no crescimento global da indústria queijeira que, segundo a Mordor Intelligence, deve  A Tetra Pak, líder em soluções e inovações, é a parceira ideal para otimizar a produção de queijo, oferecendo equipamentos tecnológicos que garantem eficiência e qualidade. A empresa tem em seu portfólio equipamentos que automatizam processos críticos, reduzem desperdícios e aumentam a produtividade, permitindo que os produtores atendam à crescente demanda sem comprometer a qualidade. Além disso, os produtores também podem contar com a vasta experiência da Tetra Pak no setor.Apesar da popularidade do queijo, muitos mitos ainda cercam o seu processo de produção. Ideias equivocadas, que não correspondem à realidade, continuam a ser disseminadas. Para esclarecer essas questões, Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak Brasil, desvenda alguns dos principais mitos que rondam a produção de queijo, ajudando os produtores a entenderem o que é verdade e o que é ficção.

Mito nº 1 – O queijo produzido artesanalmente é melhor do que o queijo produzido em máquinas

Ambas as maneiras de produzir têm seus méritos e podem produzir queijos de alta qualidade – que não dependem apenas do método de fabricação, mas de vários fatores, como a qualidade do leite, o processo de maturação e as técnicas utilizadas. O queijo produzido em máquinas pode ser mais seguro em termos de controle de qualidade e higiene. Além disso, os equipamentos atuais permitem a existência de uma linha de produção homogênea, que pode garantir a qualidade do processo. A homogeneização da produção auxilia na implementação de práticas sustentáveis e seguras ao longo de toda a produção de alimentos e protege não apenas a saúde dos consumidores, mas também contribui para a preservação do meio ambiente. A Tetra Pak, além dos equipamentos, tecnologias e soluções, também capacita os produtores para garantir que suas linhas de produção funcionem de forma consistente e uniforme, aumentando a eficiência e a qualidade.

Mito nº 2 – Minha produção é pequena, não vale a pena investir em maquinário

A Tetra Pak é uma parceira que atende a todos os produtores: pequenos, médios e grandes. Com soluções personalizadas e escaláveis, a empresa oferece equipamentos que se adaptam às necessidades específicas de cada produtor, independentemente do tamanho da produção. O equipamento correto e adaptado ao tamanho de sua produção pode auxiliar na eficiência e consistência do seu produto, permitindo uma maior produção em menos tempo. Conforme a demanda cresce e os clientes são fidelizados, os produtos auxiliam no aumento da produção, mantendo a qualidade. Além disso, equipamentos como os da Tetra Pak são projetados para atender a rigorosos padrões de higiene, reduzindo o risco de contaminação e melhorando a segurança do alimento.

Mito nº 3 – A produção local não pode competir com produções maiores 

Na verdade, mais do que o tamanho da produção, o importante é se atentar às demandas do mercado. Assim, mesmo os produtores menores podem ganhar mais espaço e aproveitar essa oportunidade para profissionalizar sua produção e deixá-la mais tecnológica. A Tetra Pak pode auxiliar não apenas oferecendo os equipamentos mais modernos, mas também com apoio direto, garantindo qualidade e excelência, além de propor as melhores soluções. Entre os serviços oferecidos estão: manutenção, insumos, serviços de treinamento, serviços especializados, componentes de planta, serviços digitais e de automação, entre outros. Investir em tecnologia e conhecimento significa permitir a criação de novos produtos e a melhoria dos existentes, possibilitando a diferenciação da marca no mercado

Mito nº 4 – Uma linha de produção com equipamentos gastará mais dinheiro, energia, água e matéria-prima

Na verdade, a tecnologia é uma excelente aliada para a economia a longo prazo, que possibilita otimização dos recursos e a redução de desperdícios. Equipamentos modernos são projetados para serem mais eficientes, utilizando menos energia e água, e minimizando o desperdício de matéria-prima. Todas as soluções de processamento e envase da Tetra Pak, bem como suas embalagens, têm como premissa o uso sustentável de recursos e a redução do impacto ambiental em todas as etapas do processo produtivo. Um exemplo de redução do impacto da produção é o sistema de lubrificação a seco, que economiza 35 mil litros de água por linha produtiva ao ano, reduz gastos com energia elétrica e em até 75% a quantidade de horas demandadas na manutenção. Já nos equipamentos para queijo, a Tetra Pak® Filadeira a Vapor DDA, responsável por realizar a filagem a seco do queijo mussarela, oferece maior rendimento e flexibilidade, além de menor impacto ambiental, já que não utiliza água para esse processamento. 

“O objetivo da Tetra Pak é apoiar o produtor com soluções de ponta a ponta, desde a concepção de um produto, passando por processamento e envase, até o seu lançamento. Mantemos um compromisso com a inovação e as necessidades do mercado. Investir em tecnologia é moldar o futuro da produção de queijo, garantindo qualidade superior, eficiência operacional e sustentabilidade, como pede o consumidor moderno”, conclui Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak.

Para mais informações acesse:
https://www.tetrapak.com/pt-br/solutions/end-to-end-solutions/queijos

Sobre a Tetra Pak: A Tetra Pak é líder mundial em soluções para processamento e embalagem de alimentos. Atuamos próximo aos nossos clientes e fornecedores, proporcionando acesso a alimentos seguros e nutritivos para centenas de milhões de pessoas em mais de 160 países todos os dias. Com mais de 24 mil funcionários em todo o mundo, nos comprometemos a tornar os alimentos seguros e disponíveis em todos os lugares, e prometemos proteger o que é bom: alimentos, pessoas e o planeta. (Milkpoint)

Rio Grande do Sul fecha segundo quadrimestre no azul, mas recua em relação a 2023

As contas públicas do Rio Grande do Sul fecharam no azul no segundo quadrimestre de 2024. De acordo com o Relatório de Transparência Fiscal (RTF), divulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) nesta segunda-feira (30), o resultado orçamentário, que reflete a diferença entre receitas e despesas, totalizou R$ 5 bilhões de janeiro a agosto. No mesmo período de 2023, o valor foi maior, atingindo R$ 6,6 bilhões, impulsionado pela privatização da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento).

As receitas correntes, que excluem receitas intraorçamentárias, somaram R$ 40,9 bilhões, superando as despesas correntes.  As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa com a presença da secretária da Sefaz, Pricilla Santana.

Apesar da crise que o Estado enfrenta devido às enchentes de maio, a receita de ICMS se recuperou a partir de julho, somando R$ 1,5 bilhão a mais nos primeiros oito meses em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a Fazenda, parte desse crescimento está relacionado às novas formas de tributação sobre combustíveis e energia elétrica. O ICMS de todos os estados tem registrado crescimento de 10% em relação ao ano passado.

Segundo a secretária, a Lei Complementar 194/22 impactava na arrecadação. Com o fim dos efeitos no combustível e energia, isso recompôs a receita dos estados no geral. "Tivemos uma mudança estrutural. Esses elementos reposicionaram a arrecadação, mas não é um fenômeno privativo nosso. Associamos isso ao nível de emprego, que está bom, e as políticas públicas de retomada, como o Pronampe, e esperamos que esse fenômeno de incremento seja mais perene", considerou. Em agosto desse ano, foram arrecadados R$ 4,98 bilhões, ante os R$ 3,73 bilhões de agosto do ano passado.

As despesas aumentaram devido à necessidade de maior suporte à população neste momento de reconstrução. Além disso, desde a suspensão da dívida com a União, o Estado deixou de repassar R$ 783 milhões ao Tesouro Nacional, direcionando esse valor ao Fundo do Plano Rio Grande.

Até agosto, foram executados R$ 1 bilhão em despesas diretamente relacionadas à calamidade, com destaque para as ações emergenciais fundo a fundo (R$ 282 milhões), o Programa Volta por Cima (R$ 225 milhões), transferências para a rede hospitalar (R$ 117 milhões) e o Pronampe Gaúcho (R$ 100 milhões).

De acordo com Pricilla, a economia gaúcha se mostrou resiliente, mas isso não significa que não está sofrendo os efeitos da calamidade. "A gente percebe que a economia estabilizou em um patamar menor, isso é perda de capital. É neste ponto que temos que focar na reconstrução a partir de agora. Digo que estamos num estado de calamidade permanente", ponderou.

Em relação às perspectivas para o futuro, a Sefaz acredita que os  resultados fiscais até o final do ano dependerão do comportamento da arrecadação e dos impactos advindos das ações de reconstrução. Além disso, com a Lei 206/2024, que autoriza a União a postergar o pagamento da dívida de entes federativos em caso de desastres climáticos, o Regime de Recuperação Fiscal também teve a revisão de seu plano adiada, enquanto, em paralelo, seguem debates federativos sobre o Propag, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados e pode influenciar os próximos balanços.

Questionada se o superávit poderia refletir em aumento de salário para servidores ou em reajuste de carreira, a secretária considerou que o pacote aprovado pela Assembleia Legislativa para aumento salarial já é bastante robusto e foi feito no momento propício.   

Sefaz considera que suspensão da dívida com a União trará fôlego ao Estado

No total, as parcelas suspensas da dívida com a União pelo período de 36 meses são estimadas em R$ 14 bilhões, que serão atualizadas apenas pelo IPCA e reincorporadas ao saldo devedor da dívida em 2027. O efeito positivo dessa mudança poderá ser de R$ 19 bilhões em razão da não incidência de juros no período. Por isso, é como se o Estado não precisasse arcar com os R$ 14 bilhões suspensos porque os valores a serem perdoados são superiores (R$ 19 bilhões). Com os efeitos da Lei Complementar 206, há uma redução no saldo devedor de R$ 5 bilhões. "Ainda que não tenhamos conseguido o perdão da dívida, conseguimos uma boa flexibilização, que vai nos permitir investir no Estado durante esse período", projetou Pricilla.

A renegociação dos encargos da dívida com a União é objeto de discussão do Projeto de Lei Complementar (PLP) 121/2024, já aprovado no Senado, sobre o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O texto propõe pagamento da dívida em 360 meses com encargos equivalentes ao IPCA, acrescidos de juros reais que variam de 0% a 2% ao ano, dependendo de condicionantes assumidos pelos entes.

O projeto prevê oito alternativas para a adesão, que incluem a amortização extraordinária aos contratos e investimentos em áreas específicas. Também prevê um Fundo de Equalização Federativa (FEF), que receberá aportes dos Estados e será revertido aos entes com base no Fundo de Participação dos Estados. Com as contribuições para o FEF, o Estado abre mão de uma parte dos seus recursos, fazendo com que os desembolsos para fora sejam, efetivamente, entre 1% a 3% (mesmo que os juros sejam de 0% a 2%).
Pagamento de precatórios tem incremento até agosto
Para enfrentar um dos principais passivos do Estado, seguem os pagamentos recordes de precatórios. Além dos recursos do Tesouro, em 2024, já houve o ingresso de R$ 401 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do programa Pró-Sustentabilidade. Com isso, o Estado já pagou R$ 804 milhões em precatórios até agosto de 2024 e deve superar, até o final do ano, o volume de pagamentos de 2023, que já havia sido recorde.

Confira os resultados das contas públicas dos segundos quadrimestres dos últimos quatro anos (em bilhões de R$):




Jogo Rápido

RS teve inverno sem desconforto térmico para os rebanhos da bovinocultura de leite
A condição climática durante o inverno deste ano não trouxe desconforto térmico aos animais da bovinocultura de leite. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. A condição climática durante o inverno deste ano não trouxe desconforto térmico aos animais da bovinocultura de leite, apenas em episódios pontuais e localizados. Estes são os resultados das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometereológico 75 - Especial Biometeorológico Inverno 2024, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi). O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. Acesse clicando aqui. (Terra Viva)

 
 

Tetra Pak Brasil elucida alguns dos principais mitos que rondam a produção de queijo | Rio Grande do Sul fecha segundo quadrimestre no azul, mas recua em relação a 2023 | RS teve inverno sem desconforto térmico para os rebanhos da bovinocultura de leite

Clique aqui e acesse as notícias na íntegra.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 02 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.234


Lactalis lança websérie e mostra caminhos da rentabilidade na produção leiteira

Novo episódio detalha processos de produção e controle de qualidade, da fazenda à mesa do consumidor

O Rio Grande do Sul produz 4,11 bilhões de litros de leite ao ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o terceiro maior produtor do Brasil. Responsável por 11,61% da produção nacional, o Estado tem um amplo potencial de expansão de suas bacias leiteiras. Atenta a isso, a Lactalis Brasil está investindo em solo gaúcho para aumentar sua captação por meio de assistência ao produtor rural e oferta de insumos capazes de otimizar a produção e os resultados das propriedades.

É isso o que mostra o segundo dos quatro episódios da websérie “Caminhos do Leite”, lançada pela Lactalis durante a última Expointer, em Esteio. O vídeo começa em uma propriedade rural do município gaúcho de Alecrim, apresentando a rotina dos Herzog, uma das três mil famílias que fornecem leite para a empresa. E são eles que, ao lado dos técnicos da Lactalis, mostram a rotina do produtor de leite e os desafios diários para se obter um alimento cada dia melhor.

Um dos focos do filme é mostrar que a qualidade do produto que chega à mesa do consumidor é influenciada por diferentes fatores como a alimentação das vacas, o manejo, a raça do animal, a higiene na ordenha, entre outros. Ou seja, a garantia de segurança alimentar do consumidor começa no campo.

O episódio mostra as etapas de ordenha, resfriamento, transporte e controle de qualidade na indústria. Também é abordada a parceria com a American Nutrients, empresa responsável pela produção de insumos da marca Muu Care, e itens de higiene e limpeza que garantem a sanidade dos rebanhos e instalações.

Segundo o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior, a expansão das bacias leiteiras gaúchas esbarra, geralmente, na falta de competitividade e rentabilidade da atividade no campo. Por isso, uma das formas que a companhia encontra para incentivar os produtores também aparece no episódio: produtos são ofertados a preços competitivos e com vantagens que ajudam na lida e nas contas.

Júnior destaca que o objetivo da websérie é esclarecer ao consumidor sobre o funcionamento da cadeia produtiva, ao mesmo tempo em que dialoga com os produtores gaúchos que fornecem leite todos os dias a Lactalis e mostrar que é possível crescer na atividade ao melhorar a gestão e a produção do leite gaúcho.

– A qualidade é uma questão essencial e ela está diretamente atrelada aos cuidados de toda a cadeia produtiva, algo que começa no campo. É na mão do produtor de leite que está o poder de obter um leite mais rico em sólidos e rentável. Isso depende da seleção e do melhoramento genético, da higiene e da sanidade do rebanho– explica.

Para incentivar os produtores a manter boas práticas na produção, a Lactalis oferece assistência técnica, apoio à aquisição de alimentação e ração para os animais, medicamentos, suplementos e material de higiene para a limpeza de estruturas de ordenha e de bem-estar animal.

– Queremos estar ao lado do produtor pelo desenvolvimento da atividade e isso passa, obviamente, pela remuneração e pela produção. Produtores eficientes recebem pelo seu leite e conseguem investir na atividade. Esse é um caminho que se segue muito mais fácil se andarmos em conjunto. A Lactalis está disposta a usar toda sua experiência como líder mundial do setor lácteo no desenvolvimento das bacias leiteiras gaúchas. Porque o leite gaúcho é especial. Carrega esse amor pelo solo e pela nossa cultura. Estamos ao lado do Rio Grande do Sul nessa jornada porque escolhemos estar aqui – afirma Roosevelt Júnior.

Assista ao 1º episódio clicando aqui.

Assista ao 2º episódio clicando aqui.

As informações são de Zero Hora


GDT: leite em pó atinge maior valor dos últimos anos

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram comportamentos diferentes entre as categorias lácteas no 365º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 01/10, mas com destaque para valorização da categoria de leite em pó integral.

O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.851/tonelada, como mostra o gráfico 1, com um aumento de 1,2% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
 
As principais categorias acompanhadas e negociadas durante o evento apresentaram tanto oscilações positivas como negativas.

Nesse cenário, a maior variação percentual ficou para a categoria do queijo cheddar, que obteve uma valorização de 3,8%, sendo negociado na média de US$ 4.606/tonelada. Por outro lado, também no grupo de queijos, a muçarela teve redução no seu preço, com retração de 7,7%, fechando com preço médio de US$4.960/tonelada

A categoria do leite em pó integral obteve um expressivo aumento no último leilão, fechando na média de US$ 3.559/tonelada, representando um aumento de 3,0% em relação ao evento anterior e atingindo o maior preço médio desde outubro de 2022.

Em relação às quedas, o leite em pó desnatado apresentou baixa de 0,6% sendo negociado na média de US$ 2.795/tonelada, da mesma forma a categoria da manteiga obteve desvalorização de 1,4%, fechando na média de US$ 6.407/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 01/10/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No primeiro leilão de outubro, o volume negociado apresentou leve aumento. Com um total de 38.848 toneladas sendo negociadas, um aumento de 0,1% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda no leilão, mesmo com o volume ofertado alcançando os níveis mais altos dos últimos anos, um dos destaques tem sido a retomada das compras do mercado asiático, que tem aumentado seu volume nos últimos eventos. Esse crescimento, somado à demanda constante de países do Oriente Médio, tem dado maior sustentação aos preços.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam um aumento preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais, além de também serem superiores aos valores praticados anteriormente para os contratos vencidos nos mesmos períodos, conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

No entanto, o cenário está mudando. Recentemente, a diferença de preços entre os produtos lácteos do Mercosul e os praticados no GDT diminuiu, refletindo as altas nos leilões globais mais recentes, o que pode trazer maior competição de outros mercados para o Brasil, em relação às exportações do Mercosul.

No momento, o Brasil segue pagando preços superiores aos praticados no leilão GDT, o que indica que o Mercosul deve seguir priorizando os envios ao mercado brasileiro. De acordo com pesquisa semanal do MilkPoint Mercado, atualmente os preços do Mercosul para exportações ao Brasil estão em cerca de USD3.900 a USD4.000/tonelada para o leite em pó integral – enquanto o GDT acaba de atingir USD3.559/tonelada.

Todavia, as altas recentes do GDT ligam um sinal de alerta para os compradores brasileiros, que podem enfrentar uma disponibilidade mais restrita do Mercosul à frente. (Milkpoint)

Há dias sem energia elétrica, produtores de leite em Dom Pedrito (RS) estão tendo que jogar leite fora

Há pelo menos 14 dias Maximiliano Kurtiz Pinto, produtor de leite em Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, está sem energia elétrica em sua propriedade. No caso de Márcio Froehlich, são 9 dias. Em comum, ambos estão tendo prejuízo tendo que jogar o leite ordenhado das vacas fora, já que, sem energia elétrica, não há como armazenar o produto. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, em 2023, o Município produziu 8.127.000 litros de leite.

Chove forte em Dom Pedrito, ao menos, desde 22 de setembro, com ventania, queda de granizo e interrupção do serviço de energia. A Concessionária local do serviço, a CEEE Grupo Equatorial, foi questionada por e-mail sobre a situação, mas ainda não se posicionou sobre o caso. Uma manifestação foi realizada nesta semana em frente ao escritório da empresa nesta semana por produtores de leite. 

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, José Roberto Weber, a informação procede. “Esta Equatorial é uma vergonha.Tem gente sendo obrigada a jogar o leite fora pela falta de energia e, outros, com problema nas vacas por não poder esgotá-las”, explicou.

Weber ainda disse que o Sindicato Rural foi chamado hoje para tentar resolver, mas não tem jeito. “A concessionária não tem pessoal nem estrutura para manter os serviços”.

Maximiliano Kurtiz Pinto, pecuarista leiteiro em Dom Pedrito há 10 anos, conta que está há 14 dias sem energia, mas que desde que a Concessionária assumiu o serviço, sua propriedade fica, em média, de 4 a 6 dias por mês sem luz. 

“Nosso problema é muito sério, porque tem produtores que têm que ventilar o arroz, porque o arroz é amarela, e acaba só servindo para ração. Aqui na fronteira é geral esse problema. O pessoal da Equatorial está completamente perdido, porque eles saem para ir em um lugar e vão para outro, e quando a internet deles dá problema, eles dão a ordem de serviço como encerrada e caso embora”. 

Segundo Kurtiz, neste período em que sua propriedade está produzindo pouco leite, até o momento ele descartou em torno de 2300 litros. “O nosso problema também é o gerador, já que ele não tem força o suficiente para gerar o vácuo necessário para a ordenha, além do barulho, e estas questões que atrapalham o bem-estar animal vão gerar mais prejuízos”, disse.

No caso de Marcio Froehlich, há nove dias falta energia elétrica em sua propriedade em que além de leite, se produz queijos. “Caíram dois postes de energia e uma travessa. Tive que jogar fora em torno de 3,500 litros de leite. Contando com combustível, ração, pastagem, queijo que teve que jogar fora porque uma das câmaras frias o gerador não deu conta, soma um prejuízo de 30 mil reais. Se juntar o estrago na estrutura por causa da chuva, dá cerca de 130 mil”. 

Em contato com a Concessionária, Froehlich detalha que “eles estão perdidos no sistema deles, é um colapso total, eles mentindo para nós, e eles não conseguindo passar as informações para as equipes deles. Eles não tem nem como levantar porte pq não tem caminhão munck”. 

Para ambos produtores, para mais do que o prejuízo financeiro, o problema de não conseguir tocar a operação na propriedade é o maior problema, sem conseguir ordenhar as vacas corretamente e nem estocar o produto.

REUNIÃO

Fábio Avancini Rodrigues, diretor vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), afirma que a entidade possui assento no Conselho de consumidores da CEEE Equatorial, e que este assunto é recorrente. 

“Nós fazemos demandas diretamente com o presidente da companhia, tanto é que o conselho se reúne uma vez por mês, uma na capital e uma nas regiões que apresentam problemas. A próxima será realizada no dia 8 de outubro em Bagé, regional de Dom Pedrito”. 

O que é possível identificar, conforme explica Rodrigues, é que a Equatorial estava sucateada e a CEEE compra a empresa e começa a fazer uma série de investimentos em pessoal, estrutura, com investimentos vultosos, mas lentos, “mas isso não justifica, porque quando compraram a empresa, sabiam destes problemas”.

“Mas posso dizer que a presidência da Concessionária no Rio Grande do Sul mudou neste último ano e o presidente é de origem técnica do setor e formou uma equipe interessante, e algumas regiões estão sentindo essas mudanças, mas não podemos esquecer de eventos climáticos anteriores”. 

A reunião será aberta ao público na próxima terça-feira, dia 8, às 14h na sede da Associação rural de Bagé. Fonte: Notícias Agrícolas 


Jogo Rápido

Desde as excessivas chuvas do outono a indústria uruguaia capta menos leite do que em 2023
A queda da produção de leite e da captação pela indústria está refletida nos três indicadores do Instituto Nacional do Leite (Inale). Uma baixa mensal constante desde as chuvas excessivas do outono, em comparação com os dados de 2023. A captação de agosto caiu, a produção acumulada de 2024 está menor e também houve queda nos últimos 12 meses móveis, encerrados em agosto de 2024.  A comparação interanual mês a mês deste ano, mostra que em janeiro e fevereiro a produção de leite foi maior na comparação interanual. Em março ficou estagnada e desde abril, quando as chuvas excessivas atingiram o país - condições particularmente adversas para os sistemas produtivos de leite - a produção de 2024 foi sempre menor do que a de 2023. Fonte: El Observador | Tradução livre: www.terraviva.com.br

 
 

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Porto Alegre, 01º de outubro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.233


Calculadora do Leite já está disponível no site do Conseleite

A terça-feira (01/10) marcou a entrada em operação da Calculadora do Leite. A ferramenta gratuita está disponível no endereço www.conseleite.com.br/calculadora. Disponibilizada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), deve auxiliar o produtor a projetar a rentabilidade conforme a qualidade do leite produzido. “É uma melhoria que chega para incentivar os produtores a seguirem adotando as melhores práticas em suas propriedades a fim de que o leite gaúcho aumente sua produtividade, competitividade e qualidade”, assinala Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS).
 
Para o cálculo do valor de referência/mês são equalizados os parâmetros fornecidos pelo produtor àqueles que integram a base de referência padrão do leite. Eles levam em conta o volume (litros por dia), os percentuais de gordura e proteína e índices para contagens de Células Somáticas (CCS) e Bacterianas (CBT). A Calculadora foi elaborada na Câmara Técnica do Conseleite por lideranças dos produtores e indústrias com apoio da Universidade de Passo Fundo (UPF).

As informações são da assessoria de imprensa do SINDILAT/RS


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

 

Dívida bruta do governo sobe pelo 14º mês seguido e é a maior em 3 anos

Indicador chegou a 78,55% do Produto Interno Bruto em agosto, segundo Banco Central

A dívida bruta do governo geral subiu pelo 14º mês seguido e chegou a 78,55% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) ontem. O nível é o mais alto desde outubro de 2021, quando o patamar da dívida chegou a 79,5% do PIB.

A última vez que o indicador recuou foi em junho de 2023. Naquele mês, a dívida passou de 72,2% para 72,14% do PIB. Desde então, a alta foi de 6,41 pontos percentuais (p.p.). Apenas neste ano, a elevação foi de 4,1 p.p, saindo de 74,4% do PIB em dezembro de 2023.

O mercado e o governo projetam que essa elevação continue nos próximos anos. As expectativas de mercado colhidas pelo BC mostram uma mediana de projeções de 78,15% do PIB para 2024 e sucessivas altas até atingir 89,72% em 2032 e cair para 88,65% no ano seguinte.

Jeferson Bittencourt, head de macroeconomia do ASA e ex-secretário do Tesouro Nacional, afirmou que um percentual “mais elevado” de indexação da dívida à Selic “deve potencializar o efeito do ciclo de aperto monetário sobre a dinâmica da dívida”.

Segundo o BC, 54,9% da dívida bruta é indexada à Selic e cada elevação de 1 p.p. na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) impacta em alta de 0,44 p.p na relação dívida/PIB, ou R$ 50,3 bilhões.

Bittencourt ressalta também que a ausência de recuperação mais rápida do resultado primário nos próximos anos reduz a capacidade do fiscal neutralizar o efeito da alta dos juros. A projeção da ASA é que a dívida chegue em 77,5% do PIB ao fim deste ano.

“Importante destacar que o movimento da Selic é muito condicionado pela própria situação fiscal, de modo que um melhor resultado primário não só teria um efeito direto no cálculo da dinâmica da dívida, mas atuaria sobre as expectativas viabilizando taxas de juros mais baixas, contribuindo também indiretamente para uma trajetória melhor do indicador", disse.

Em nota, o Bradesco informou que espera um ritmo de alta da relação dívida/PIB mais baixo nos próximos meses. “A antecipação de despesas para o primeiro semestre deve gerar resultados primários mensais melhores no restante do ano. Por outro lado, o início do ciclo de alta da Selic ainda manterá o déficit nominal em níveis elevados.” O Bradesco projeta a dívida bruta em 79,5% no PIB no fim de 2024.

Em entrevista ao Valor na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a estabilização da curva da dívida seria em 2028 e entre 81% e 82% do PIB. Já para este ano, Ceron disse que a equipe técnica estava fechando os detalhes, mas que a dívida bruta deve terminar em cerca de 77,5%, 77,7% ou 77,8% do PIB. Na ocasião, Ceron apontou que alta do PIB ajuda o indicador. No entanto, o novo ciclo de elevação na política monetária pelo BC “tem algum impacto”.

O BC também divulgou que o déficit primário do setor público consolidado acumulado em 12 meses chegou a R$ 256,3 bilhões, vindo de R$ 257,7 bilhões no mês anterior. Renato Baldini, chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, apontou que o número vem caindo “mês a mês” desde maio, quando estava em R$ 280,2 bilhões (2,52% do PIB). (Valor Econômico)

As informações são do Jornal do Comércio


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do SINDILAT/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. 

 
 

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Porto Alegre, 30 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.232


Relatório sobre produção e consumo de laticínios na América do Norte

O mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a produção de leite nos 24 principais estados produtores de leite dos Estados Unidos da América (EUA) totalizou 18,2 bilhões de libras (8,2 milhões de toneladas) em julho, um leve recuo de 0,2% na comparação interanual. A produção em junho de 2024 caiu mais (-1,5%) em relação a junho de 2023. 

Olhando para a produção por vaca, nesses estados, houve aumento de 2 libras (0,9kgs) em julho de 2024 na comparação com o mesmo mês do ano anterior e chegou à média de 2.047 libras (929 quilos). Apesar desses dados, o Serviço de Pesquisa do USDA prevê que ambos os indicadores de produção de 2024 serão menores em comparação com 2023. 

Diferenças entre os estados
Entre todos os principais estados produtores, o Novo México registrou o maior declínio, menos 48 milhões de libras (-8,9%) e Dakota do Sul ganhou 29 milhões de libra (+7,4%). O analista Phil Plourd da Ever.Ag Insights atribuiu a queda de produção registrada nesses estados aos surtos de gripe aviária, uma doença altamente patogênica que atingiu grandes estados produtores de leite, incluindo o Colorado, Idaho e Iowa. 

Situação no Canadá
A comissão Canadense de Laticínios mostrou em suas últimas estatísticas de junho de 2024 pequenas diferenças em relação a um ano atrás. A produção de leite cru no Canadá é medida pelo teor de manteiga do leite, o que varia sazonalmente. “Em junho de 2024, a produção nacional foi de 1,11 milhões de quilos de manteiga em média diária”, afirma a Comissão. “Isso representa um decréscimo de 2,09% em relação ao mês anterior e aumento de 0,62% na comparação com o período equivalente do ano passado, em termos de média diária. 

Mercado
Analistas industriais mostram que o consumo per capita de produtos lácteos está aumentando em cerca de 1 a 2 kg. Isso se deve especialmente ao aumento da população hispânica etambém envelhecimento geral da população, com as pessoas acima de 50 anos consumindo mais produtos lácteos do que qualquer outro grupo no país. O consumo de leite está em declínio, enquanto a venda de outros lácteos, como queijo e iogurte aumentam constantemente. Algumas indústrias de laticínios passaram a comercializar lácteos enriquecidos com mais proteína para atender essa tendência do consumidor. 

Ao norte da fronteira, para assegurar que o consumo de leite e derivados seja firme, o Dairy Farmers Canada lançou um novo programa de recompensa para os consumidores nesta primavera. Ele é identificado pelo chamado logotipo “Blue Cow’, um dispositivo no rótulo que diferencia os produtos lácteos canadenses dos importados. 

Fonte: Dairy Global Tradução livre: www.terraviva.com.br


O aumento do percentual no pagamento por sólidos: produtores de leite da CCGL terão 30% da folha do leite pagos pelo Programa Mais Sólidos, Maior Valor

A partir de 01 outubro de 2024, o Programa Mais Sólidos, Maior Valor da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) entrará na Fase 3, com um importante reajuste no modelo de remuneração aos produtores de leite. O peso do pagamento por sólidos, que era de 20%, passará para 30%,do volume de leite comercializado, reforçando o compromisso da cooperativa com a valorização da qualidade e dos sólidos no leite, como gordura e proteína.

O programa, que inovou o modelo de pagamento no Brasil ao remunerar os produtores não apenas pelo volume de leite, mas também pelos quilos de gordura e proteína fornecidos, foi lançado em 2022 com o objetivo de incentivar a produção de leite com maior rendimento industrial e qualidade superior. Em entrevista, a Coordenadora de Projetos da CCGL, Dra. Natália Marins Bastos, destacou os benefícios que essa nova fase trará para os cooperados.

"O programa Mais Sólidos busca valorizar os esforços dos produtores que investem em produtividade e qualidade do leite, resultando em maior rendimento industrial. Trata-se de um modelo de pagamento inovador no Brasil, que remunera o produtor pelos quilogramas de gordura e proteína fornecidos durante o mês e considera a contagem de células somáticas (CCS), fator relacionado com a qualidade do produto", explicou a coordenadora.

O suporte técnico oferecido pela CCGL é outro ponto fundamental para o sucesso do programa. "Temos no campo um corpo técnico especializado, que auxilia os produtores a identificar os fatores que influenciam direta e indiretamente na produção de gordura e proteína, aumento da produção de leite e redução da CCS. Desde o bem-estar animal e consumo da dieta, até produção de volumosos e fertilidade do solo. O objetivo é otimizar a produção", reforçou Natália.

Com o aumento do peso do pagamento por sólidos de 20 para 30% refletido no preço final da folha do leite, os produtores terão um incentivo financeiro ainda maior, “Já temos produtores que, com 20% da folha do leite sendo pago por sólidos, recebem cerca de 20 centavos a mais por litro. Agora, com o aumento para 30%, esperamos resultados ainda mais positivos”, afirmou.

O Programa Mais Sólidos, Maior Valor, segue sua trajetória de evolução, impulsionando a sustentabilidade e a lucratividade dos produtores cooperados. "Desde o início, nosso objetivo foi aumentar progressivamente o peso do pagamento por sólidos incidindo sobre a folha do leite. Agora, com essa nova fase, estamos dando mais um passo firme em direção a um leite de maior qualidade", concluiu Natália.

Para mais informações sobre o programa e como participar dessa nova fase, os produtores devem entrar em contato com o técnico responsável no sistema CCGL. (As informações são da Assessoria de Imprensa da CCGL)

Com impacto dos eventos meteorológicos, PIB do RS recua 0,3% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre de 2024

Na comparação com o mesmo período de 2023, economia gaúcha cresceu 4,6%

A economia gaúcha no segundo trimestre de 2024, marcado por eventos meteorológicos extremos, registrou variação negativa de 0,3% na comparação com o trimestre anterior. O desempenho nos três grandes segmentos no período entre abril e junho apontou alta nas atividades ligadas à agropecuária (+5,3%), variação de 0,1% nos serviços e queda de 2,4% na indústria. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou crescimento de 1,4%.

A apresentação dos resultados do PIB do Rio Grande do Sul, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), ocorreu nesta terça-feira (24/9), com a presença da titular da SPGG, Danielle Calazans.

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a economia do Rio Grande do Sul cresceu 4,6%, puxada pelo desempenho da agropecuária (+34,6%). Na mesma base de comparação, a alta no PIB do país foi de 3,3%.

A indústria apresentou retração de 1,7% no segundo trimestre, influenciada pelo desempenho negativo de 6,5% da indústria de transformação, a principal do segmento. Das 14 principais atividades industriais, dez apresentaram queda, em especial a atividade de máquinas e equipamentos (-26,3%), produtos químicos (-10,9%) e produtos alimentícios (-5,1%). Com exceção da indústria de transformação, os demais setores registraram alta, com destaque para a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+37,9%).

Nos serviços, o Estado apresentou alta de 2,4% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2023. Entre os segmentos da área, o comércio puxou os números positivos, com alta de 5,1% no trimestre, seguido dos serviços de informação (+3,9%). Entre as dez principais atividades comerciais, seis tiveram desempenho positivo, em especial a de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo (+12,1%), móveis e eletrodomésticos (18,8%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+9,7%).

"O governo tem trabalhado arduamente para a recuperação do Estado após os efeitos dos eventos meteorológicos que atingiram o território em maio. Após dois anos de estiagens e as inundações recentes, os números do PIB demonstram a resiliência da população gaúcha e auxiliam a orientar as políticas em desenvolvimento para superarmos este momento de dificuldades", ressaltou Danielle Calazans.

Acumulado no ano

No acumulado do primeiro semestre do ano, o PIB do Rio Grande do Sul teve crescimento de 5,4% contra 2,9% do Brasil. A recuperação da produção agrícola em 2024 em relação ao ano anterior, ainda afetado por estiagem, marcou os números da agropecuária. Entre os principais grãos, houve crescimento de 43,8% na produção de soja e de 13,6% na de milho e variação de -0,3% na cultura de arroz. No mesmo período no Brasil, o segmento registrou queda de 2,9%. Nesta mesma base de comparação, a indústria gaúcha cresceu 0,2%, e os serviços, 2,7%.

"As enchentes causaram impactos significativos na economia gaúcha, resultando em quedas expressivas nas produções agropecuária, industrial e de serviços em maio. No entanto, a partir de junho, a produção industrial começou a se recuperar, a construção voltou a crescer, e as vendas no comércio atingiram o maior nível da série, sinalizando um movimento de retomada econômica, ainda que não generalizada para todas as atividades”, avaliou o pesquisador do DEE, Martinho Lazzari.

Quatro trimestres

Nos números acumulados dos últimos quatro trimestres (do 3º trimestre de 2023 ao 2º trimestre de 2024), o PIB do Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 2,6%, enquanto no Brasil a alta foi de 2,5%. (SEAPI)


Jogo Rápido

Argentina – As fazendas leiteiras esperam as chuvas “decisivas” para recuperar a produção
Segundo o último relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), são necessárias chuvas “importantes” nos últimos quatro meses do ano, quando são produzidos 38% do total nacional. Segundo a entidade, para reverter a queda da produção é preciso urgentemente de uma ajuda do clima. Os números da produção de leite na Argentina: Em agosto de 2024 a produção foi de 992,8 milhões de litros de leite, o que representa 5,5% acima da produção do mês anterior (igual na média diária) e 6,2% menos na comparação com o mesmo mês do ano anterior.  “Normalmente a produção no mês de agosto sobe cerca de 6,5% em relação a julho (na média diária), e este agosto o percentual ficou um pouco abaixo, 5,5%”, afirma o OCLA.  Se forem analisados os números pelo tamanho das fazendas leiteiras, por níveis de produtividade/eficiência e por região geográfica, fica evidente uma grande diferença em relação ao comportamento da produção, onde existe quedas interanuais significativas em regiões e estratos produtivos. (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

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Porto Alegre, 27 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.232


Calculadora do Leite é aprovada

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite) aprovou a nova Calculadora do Leite. Reunido nesta sexta-feira (27/09) em Cruz Alta (RS), o colegiado validou a ferramenta, que deve auxiliar o produtor a mensurar padrões de rentabilidade de acordo com a qualidade do leite produzido. A Calculadora foi desenvolvida dentro da Câmara Técnica do Conseleite por lideranças dos produtores e indústrias com apoio da Universidade de Passo Fundo ao longo de 2024 e é vista pelo setor como uma vitória. Ela deve entrar em operação no dia 1º de outubro e funcionará de forma virtual no site do Conseleite (https://conseleite.com.br).

No portal, o produtor poderá digitar os dados de sua produção e obter uma estimativa de remuneração pelo produto. “Nosso foco é trabalhar com maior previsibilidade nas relações comerciais entre produtores e indústrias para munir todo o setor com mais informação”, disse o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, lembrando que esta foi definida como prioridade da sua gestão, iniciada em janeiro deste ano.

Durante a reunião, o colegiado também validou o valor de referência do leite. Segundo o Conseleite, o valor de referência para setembro está projetado em R$ 2,5304. O levantamento considera os 20 primeiros dias do mês. O valor consolidado de agosto fechou em R$ 2,4622. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1834 de 26 de setembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos bovinos leiteiros estão em boas condições, e as vacas em lactação mantêm adequado escore corporal e nutrição. A produção de leite está em recuperação, favorecida tanto pelo manejo quanto pelas condições do tempo. Apesar da redução de problemas com ectoparasitas, observa-se um aumento de mosca e carrapato em decorrência da elevação gradual das temperaturas.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, alguns produtores enfrentam o esgotamento das pastagens de aveia e azevém; nas áreas de forrageiras perenes de verão, é possível realizar pastoreio moderado devido ao estímulo do calor. Na de Caxias do Sul, a sanidade das matrizes foi avaliada como adequada em função das práticas de manejo efetivas no controle de endo e ectoparasitas. A qualidade do leite produzido atendeu aos parâmetros regulatórios estabelecidos, sem registros de exclusões por não conformidade. Na de Erechim, a atividade leiteira apresenta boas condições gerais dos rebanhos, e houve aumento na produtividade das matrizes criadas a pasto. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, impulsionada pelo maior uso de ração, de alimentos conservados e oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, em razão da redução das pastagens, os produtores aumentaram o uso de silagem e  concentrados. Poucos casos de leite instável não ácido (LINA) foram registrados, e ajustes na dieta estão sendo feitos para manter a produção. 

Na de Porto Alegre, os produtores enfrentam dificuldades para alimentar os animais devido à implantação incompleta das pastagens de inverno e ao seu desenvolvimento inadequado, provocado pelo excesso de chuvas e pela baixa luminosidade. 

Já na de Pelotas, a produção de leite está se recuperando, beneficiada pela melhoria das pastagens de inverno. 

Na de Santa Maria, segue a boa oferta de pastagens de aveia e azevém, mas, em algumas propriedades, a alimentação foi crítica durante o inverno, exigindo suplementação intensiva com silagem e feno. 

Na de Santa Rosa, a produção de leite apresenta estabilidade, e houve um leve incremento, observado no último mês. O tempo seco favoreceu a limpeza dos úberes, resultando em uma redução da incidência de mastites e na melhoria da qualidade do leite. Na de Soledade, em Rio Pardo, conforme relatado, já se inicia o preparo para a semeadura de pastagens anuais de verão. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)

 

CONSELEITE – SANTA CATARINA

RESOLUÇÃO Nº 09/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 27 de Setembro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Agosto de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2024. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites  com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (CONSELEITE SC)


Jogo Rápido

Chuva deve dar trégua no fim de semana no Rio Grande do Sul
Os próximos dias serão marcados pelo retorno da estabilidade no tempo, pelo menos durante o final de semana. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 39/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Sábado (28/9): com o anticiclone migratório situado mais sobre o Oceano Atlântico, o tempo deverá seguir estável no Rio Grande do Sul e sem possibilidades de chuva. Por isso, as temperaturas serão mais agradáveis em relação aos últimos dias. Domingo (29/9): a ação do Jato de Baixos níveis, no interior do continente, transportará ar quente e úmido da Amazônia para a Região do Cone Sul. Simultaneamente, a umidade oceânica proveniente do setor oeste do anticiclone migratório (localizado no litoral do Sudeste do Brasil, na ocasião) será transportada pelo vento de quadrante norte para a mesma região em questão. Apesar do aumento da umidade e da elevação nas temperaturas sobre o estado, o tempo deverá permanecer estável na maioria das regiões. Segunda-feira (30/9): a mesma configuração atmosférica do dia anterior deverá se repetir, mantendo as temperaturas em elevação e a probabilidade para ocorrência de nevoeiro pré-frontal ao longo da faixa da Região da Costa Doce devido à intensificação de um cavado entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul. Terça-feira (1/10): uma frente fria que se deslocará pelo oceano e se aproximará do estado, provocando chuva entre as regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Metropolitana. Quarta-feira (2/10): a mesma frente fria ingressará sobre o estado, de fato, provocando precipitação de intensidade moderada a forte sobre as regiões Metropolitana, Serra e Campos de Cima da Serra. Neste sentido, as temperaturas deverão ter um declínio mais acentuado devido ao ingresso do anticiclone migratório. Os prognósticos indicam chuvas de moderada a forte intensidade em toda a metade sul do estado, com volumes previstos entre 30 mm e 100 mm. Para o centro-norte, as chuvas devem ocorrer em menores quantidades, diminuindo gradativamente à medida que se avança para o extremo norte - os acumulados podem variar de 2 mm a 30 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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Porto Alegre, 26 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.231


Cadeia leiteira: o que é preciso para continuar na atividade?

Relação familiar e busca por conhecimento são apontados como caminhos para a permanência

A bovinocultura de leite precisa se tornar uma atividade atrativa para não perder mais produtores rurais. Entidades ligadas ao setor, como cooperativas e representantes da classe produtiva, reconhecem que a manutenção e a prosperidade da atividade leiteira gaúcha dependem tanto da valorização dos jovens na propriedade, quanto de estímulos da própria família. Aproximar a gestão da propriedade rural da tecnologia é outro ponto observado como determinante para a continuidade das famílias na cadeia leiteira.

Hoje são pouco mais de 33 mil produtores de leite no Rio Grande do Sul ligados à indústria, segundo o último Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado pela Emater em 2023 – documento que é lançado a cada dois anos. O próximo levantamento será no ano que vem, quando o relatório completa dez anos. Em 2015, o Estado concentrava 84.199 produtores de leite. A redução desses números tem entre as razões a dificuldade de 
sucessão familiar. 

A tecnologia impacta todos os setores produtivos, e no ramo leiteiro não é diferente. Em termos de acesso à tecnologia, a distância entre zona rural e urbana é bem mais estreita. Foi-se o tempo em que os produtores rurais lutavam por acesso à energia elétrica. Agora banda larga é um imperativo básico para levar adiante o setor primário. A adaptação de lidar com ferramentas tecnológicas, desde aplicativos de gestão e monitoramento de rebanho a ordenhadeiras robotizadas, está nas mãos da geração atual.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, reconhece que as propriedades onde há sucessão familiar se destacam pelos investimentos voltados à tecnologia. “Normalmente as propriedades que têm se destacado na questão de novas tecnologias têm jovens que estão assumindo o gerenciamento”, afirma. 

A prova de que a transformação tecnológica dá resultados está nos números da produção de leite que chega até as indústrias. Palharini observa o patamar de produtividade leiteira no Estado. Os dados da Emater apontam o crescimento da produção mesmo diante da queda do número de produtores. Isto coloca o Rio Grande do Sul como terceiro maior produtor de leite do Brasil, segundo dados do Anuário do Leite 2024, elaborado pela Embrapa. “Embora haja diminuição do número de produtores, não tem diminuição da produção de leite. Quer dizer que aqueles que estão ficando na atividade ou fazendo seus investimentos também têm como visão de médio e longo prazo o ganho em escala. Essas propriedades que continuam na atividade têm esse norte de que precisam aumentar sua produtividade, precisam investir em novas tecnologias do que tem hoje disponível para que realmente consigam se manter na atividade e ter lucratividade também”, avalia Palharini. (ABC Mais)


Conseleite/MG projeta variação de 1,3% no valor de referência do leite a ser pago em outubro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Setembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2024 a ser pago em Agosto/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2024 a ser pago em Setembro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

Períodos de apuração:

Mês de Julho/2024: De 01/07/2024 a 31/07/2024
Mês de Agosto/2024: De 01/08/2024 a 31/08/2024
Parcial de Setembro/2024: De 01/09/2024 a 20/09/2024
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

As informações são do Conseleite Minas Gerais.

Empresas de apostas online receberam em agosto R$ 3 bilhões de beneficiários do Bolsa Família, mostra análise técnica do BC

Em 2024, os valores mensais de transferências para as chamadas de bets variam de R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Estudo estima que aproximadamente 15% do que é apostado seja retido por elas

Apenas no mês passado, 56 empresas de apostas e jogos de azar online totalizaram R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas. A estimativa é de que, só em agosto, 5 milhões de pessoas pertencentes a famílias beneficiárias do Bolsa Família (PBF) enviaram R$ 3 bilhões às empresas de aposta via Pix, com média de gastos por pessoa de R$ 100. As informações são de análise técnica do Banco Central (BC) sobre o mercado de apostas online no Brasil e o perfil dos apostadores. 

Dentro desse universo de apostadores, 4 milhões são chefes de família, aqueles que de fato recebem o benefício, e enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as bets. De acordo com o estudo, cerca de 17% dos cadastrados no programa apostaram no período.

Em 2024, os valores mensais de transferências para as chamadas de bets variam de R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Os dados são referentes a empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado. Essas empresas, explica o BC, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. 

Num comparativo entre apostas online e loterias, o BC apresentou os valores mensais arrecadados pelas modalidades em agosto de 2024. No mês, a média mensal arrecadada pelas loterias foi de R$ 1,9 bilhão. Esse valor corresponde a soma dos valores arrecadados em cada sorteio da Caixa Econômica Federal. Segundo o levantamento do BC, o número de CNPJs de casas lotéricas ativas em agosto de 2024 era de 13.559.

No mesmo mês, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos que se classificaram no CNAE correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões.

"Com base nas transferências que são feitas dessas empresas para pessoas físicas, estimamos que aproximadamente 15% do que é apostado seja retido pelas empresas, com o restante distribuído aos ganhadores a título de prêmio", destaca o BC. O estudo especial, cujo objetivo é mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil,  foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM).

O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois "muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado (CNAE 9200-3/99, relacionado à exploração de jogos de azar e apostas)". Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

"Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento", destaca a análise técnica do BC.

O perfil dos apostadores
A análise feita estima que cerca de 24 milhões de pessoas físicas participaram de jogos de azar e apostas, fazendo ao menos uma transferência via Pix para empresas durante o período analisado. Com relação ao perfil dos apostadores, a maioria tem entre 20 e 30 anos, embora as apostas sejam feitas por indivíduos de diferentes faixas etárias.

Foi identificado ainda que o valor médio mensal das transferências cresce de acordo com a idade. Para os mais jovens, a média é em torno de R$ 100 por mês. Já para os apostadores mais velhos, o valor supera R$ 3 mil por mês, de acordo com dados de agosto de 2024.

"Esses resultados estão em linha com outros levantamentos que apontam as famílias de baixa renda como as mais prejudicadas pela atividade das apostas esportivas. É razoável supor que o apelo comercial do enriquecimento por meio de apostas seja mais atraente para quem está em situação de vulnerabilidade financeira", destaca o Banco Central. 

O BC diz estar atento ao tema e que precisa de mais dados e tempo para avaliar com maior robustez as implicações para a economia, estabilidade financeira e o bem-estar financeiro da população.

Confira o estudo completo CLICANDO AQUI. (Estadão conteúdo via GZH)


Jogo Rápido

UE propõe apoio de 120 milhões de euros a agricultores afetados pelas cheias

A Comissão Europeia propôs alocar € 119,7 milhões da reserva agrícola para apoiar diretamente os agricultores da Bulgária, Alemanha, Estônia, Itália e Romênia que foram afetados por eventos climáticos adversos excepcionais na primavera e no início do verão na segunda-feira, de acordo com um comunicado de imprensa da Comissão.  A Comissão propôs atribuir 10,9 milhões de euros à Bulgária, 46,5 milhões de euros à Alemanha, 3,3 milhões de euros à Estónia, 37,4 milhões de euros à Itália e 21,6 milhões de euros à Roménia. Isso contribuirá para compensar os agricultores desses países que perderam parte de sua produção e, como resultado, parte de sua renda. Os valores apresentados hoje são um sinal de solidariedade da UE com os agricultores afetados, que podem ser complementados em até 200% com fundos nacionais. Uma vez adotadas, as autoridades nacionais terão de distribuir esta ajuda até 30 de abril de 2025 e garantir que os agricultores são os beneficiários finais. Os Estados-Membros em causa terão também de notificar a Comissão até 31 de dezembro de 2024 sobre os detalhes da implementação das medidas, nomeadamente os critérios utilizados para determinar a concessão de ajuda individual, o impacto pretendido da medida, as previsões de pagamentos discriminadas por mês até ao final de abril e o nível de apoio adicional a ser fornecido. A notificação deverá também incluir as medidas tomadas para evitar distorções da concorrência e sobrecompensação. A proposta da Comissão será discutida com todos os Estados-Membros antes que eles decidam sobre sua aprovação durante a reunião do Comitê para a Organização Comum dos Mercados Agrícolas em 7 de outubro. Agricultores em outros Estados-Membros foram afetados por eventos climáticos extremos na segunda metade do verão. A Comissão avaliará se tais danos também justificam que a solidariedade da UE seja fornecida. (The Dairy Site)
 
 

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Porto Alegre, 25 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.230


CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 09/2024

Na reunião do mês de agosto/2024, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de setembro e a partir de outubro de 2024, apenas valores com revisão.

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de setembro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2024 é de R$ 4,6251/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br


La Niña fraca deve marcar clima nos próximos três meses

A ocorrência de um La Niña de fraca intensidade, com chuvas ligeiramente abaixo da média histórica, deve marcar o clima nos meses de outubro, novembro e dezembro. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Apesar do prognóstico de chuvas abaixo da média no trimestre, o mês de outubro poderá ter chuva acima da média, especialmente na metade norte do Rio Grande do Sul. Durante o mês, a temperatura também poderá ficar abaixo da média, com chances de geada tardia e maior risco de granizo.

Os meses de novembro e dezembro devem ter chuvas abaixo do normal para o período, com as temperaturas máximas elevadas e possíveis ondas de calor.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

PASTAGENS E PRODUÇÃO ANIMAL

- Considerando o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica, a partir do mês de novembro, promover a manutenção da cobertura de solo e de boa disponibilidade de forragem, ajuste da lotação animal conforme o crescimento da pastagem para otimizar os recursos disponíveis;
- Indica-se manter a lotação animal reduzida nas pastagens de azevém, pois essa ação garantirá uma ressemeadura natural eficiente para o próximo ano, preservando a quantidade e a qualidade do azevém;
- Escalonar os períodos de plantio/semeadura das pastagens cultivadas no verão utilizando mudas/sementes de alto vigor, para garantir um crescimento uniforme;
- Indica-se fazer silagem/feno de cultivos e pastagens de inverno, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias de rebanhos mais exigentes, tendo em vista que o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica pode afetar o crescimento e desenvolvimento das pastagens.

Assessoria de Comunicação Social - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

Consumo de queijo: Norte-americanos comem, em média, 20 kg de queijo por ano

O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem da Bloomberg.
O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem publicada pela Bloomberg  Businessweek.

Atualmente, cada norte-americano é responsável, em média, pelo consumo de 42 libras (quase 20 quilos) de queijo por ano — mais do que toda a demanda individual de manteiga, sorvete e iogurte juntos.

As instalações locais para produzir queijos respondem hoje por mais da metade dos US$ 8 bilhões em projetos de laticínios dos EUA programados para entrar em operação entre 2023 a 2026, de acordo com dados da International Dairy Foods Association.

O texto da Bloomberg relata que a Great Lakes Cheese Co. está gastando mais de US$ 700 milhões em uma fábrica em Nova York para dobrar a produção de leite da empresa.

Enquanto isso, a Lactalis USA está fazendo um “grande investimento” para iniciar a produção de queijo feta (de origem de grega) em sua unidade na Califórnia, de olho no crescimento da demanda por este tipo de produto.

Por sua vez, a Sargento Foods Inc. acaba de formar uma parceria com a Mondelēz International Inc. para embalar queijo do tamanho de um biscoito. “Seria difícil andar por qualquer uma de nossas instalações e não tropeçar em uma placa de ‘Em construção’”, disse à Bloomberg o chefe de inovação da Sargento Foods, Rod Hogan.

Na era das dietas de baixa gordura que explodiram no início dos anos 1990, houve uma “guerra nutricional contra as gorduras saturadas”, recordou Corey Geiger, economista-chefe de laticínios do CoBank.

Muitos norte-americanos optaram por produtos como leite desnatado e iogurte light, até que a crescente popularidade de dietas de baixo carboidrato, como Atkins e South Beach, deu um impulso ao queijo na virada do milênio. Nos anos seguintes, a demanda crescente por alimentos ricos em proteínas colocou o queijo novamente no menu, diz a reportagem.

Além disso, a pandemia (da Covid-19) acelerou a ascensão do queijo. Quando os restaurantes fecharam, recorda o texto da Bloomberg, os próprios norte-americanos tentaram recriar seus pratos favoritos, completos com pilhas de queijo.

Os queijos mais tradicionais têm apenas quatro ingredientes — leite, sal, culturas e uma enzima — uma simplicidade que aumenta seu apelo. “‘Gordura’ não é uma palavra tão ruim quanto antes, mas ‘ultraprocessado’ é”, comparou Michael Burdeny, presidente da Challenge Dairy Products Inc., uma produtora de manteiga da Califórnia.

A Agri-Mark Inc., proprietária da Cabot Creamery Cooperative, faz quadrados de queijo projetados como biscoitos, degustados sem necessidade de faca. A linha de cortes da empresa, que começou em 2017 com seis variedades, agora tem uma dúzia.

A Cabot produz mais de 140 produtos de queijo, com novos lançamentos superando as outras categorias de laticínios da empresa, de acordo com Sarah Healy, vice-presidente sênior de marketing da companhia. “O queijo deixou de ser um lanche pelo qual os consumidores se sentiam um pouco culpados”, disse Sarah, à Bloomberg.

Alívio ao setor de lácteos
Os investimentos em queijo serão um alívio bem-vindo para uma indústria norte-americana de laticínios, há décadas prejudicada pela queda na demanda por um copo alto de leite frio, relembrou a reportagem.

Parte deste declínio pode ser atribuída ao consumo de produtos vegetais alternativos, como leite de amêndoa e aveia — uma preocupação que não afeta diretamente o queijo. “Queijos vegetais existem, mas não decolaram muito porque não conseguem igualar a textura, consistência e derretimento do produto real”, observou o texto.

No entanto, alertou a reportagem, especialistas do setor nos EUA alertam sobre potencial excesso de oferta de queijos no país, já que as dietas tendem a mudar.

“Suspeitamos que essa onda de investimento, particularmente em queijo, levará a uma situação de excesso de oferta, pelo menos no curto prazo”, disse Erica Maedke, vice-presidente da pesquisadora Ever.Ag Insights.

Um potencial excesso de queijo pode significar boas notícias para os consumidores dos EUA, que viram os preços do produto atingirem níveis recordes há dois anos, embora tenham caído um pouco desde então.

Preços mais baixos também ajudariam os exportadores norte-americanos a conquistar uma fatia maior dos mercados internacionais, sugeriu a reportagem, acrescentando: “Embora os EUA tenham importado um recorde de US$ 1,8 bilhão em queijo no ano passado, o país é um exportador líquido deste alimento”.

Segundo a analista Cara Murphy, da  HighGround Dairy, se a demanda por queijo não se mantiver ao longo dos próximos anos, outros produtos lácteos — iogurte, creme ou proteína de soro de leite em pó — podem ajudar a amortecer a indústria, embora o leite comum não seja mais o motor de crescimento que já foi.

“Queijo e manteiga são o ‘pão com manteiga’ dos laticínios americanos”, disse a analista, que completou: “A beleza desta indústria é que os laticínios são muito adaptáveis.” Portal DBO via edairy news


Jogo Rápido

 

 Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através de link disponibilizado no site do SINDILAT/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. (SINDILAT)
 
 

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Porto Alegre, 24 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.229


Empresa britânica lança leite com 100% mais proteína e 80% mais cálcio do que o leite padrão

Um novo produto de leite de vaca com o dobro da proteína do leite comum, chamado SuperNutrio, está prestes a ser lançado no Reino Unido.

Produzido usando um processo patenteado em que dois litros de leite de vaca passam por filtros inteligentes, concentrando a proteína e o cálcio em um litro, o SuperNutrio não contém aditivos, conservantes ou aromatizantes artificiais.

O resultado é um leite com 100% mais proteína e 80% mais cálcio do que o leite de vaca padrão.

O SuperNutrio foi desenvolvido para atender entusiastas de esportes, além de famílias com crianças pequenas e pessoas da terceira idade que buscam aumentar naturalmente a ingestão de proteína para fins de saúde.

Bill Randles, diretor-geral da SuperNutrio, disse: “Este é um lançamento realmente empolgante para um setor que, há muito tempo, viu pouca inovação. Embora tenham ocorrido grandes desenvolvimentos em novas alternativas ao leite, a indústria do leite de vaca, em comparação, permaneceu relativamente estagnada.”

“No entanto, nossa pesquisa mostra que há uma lacuna no mercado para aqueles que procuram aumentar sua ingestão de proteínas, mas sem a adição de aromatizantes artificiais, aditivos ou conservantes... Por isso, investimos em nosso processo patenteado, que nos permite filtrar e concentrar dois litros de leite de vaca em um, oferecendo um leite delicioso e cremoso com o dobro de proteína, 80% mais cálcio e absolutamente zero impurezas.”

O SuperNutrio estará disponível em versões de leite integral, semidesnatado e desnatado de um litro e será lançado nas lojas Sainsbury's e Tesco nas próximas semanas.

As informações são do FoodBev.com.


Oscilação de preços no mercado chinês de leite cru: Preços caem abaixo do custo

Após a “queda brusca nos preços do leite” em 2023, o declínio contínuo dos preços do leite e o aumento dos custos ainda estão afetando o setor de laticínios este ano.

Em 17 de agosto, o fazendeiro Jia Mu, de Tianjin, publicou dois avisos nas mídias sociais sobre a “venda de vacas do rancho”. Um aviso era sobre 100 vacas leiteiras prenhes, com seis meses de gestação, para venda, enquanto o outro era sobre 80 vacas de descarte prontas para o abate. No vídeo, as vacas leiteiras prenhes e as vacas de descarte engordadas eram vistas deitadas ou em pé em uma pilha de feno, abanando o rabo, à espera de novos donos.

Jia Mu, que há muito tempo está envolvido no comércio de gado leiteiro e de corte, notou que, desde o final do ano passado, cada vez mais fazendeiros o procuraram para vender suas vacas.

Após a “queda brusca nos preços do leite” em 2023, o declínio contínuo dos preços do leite e o aumento dos custos ainda estão afetando o setor de laticínios este ano. No ponto mais baixo do preço do leite fresco este ano, o fazendeiro Li Li vendeu leite a 1,2 yuan por quilo, em comparação com o ponto alto de 6 yuan por quilo em 2021. Ele lamentou: “Este ano, o preço do leite fresco está ainda mais barato do que o da água engarrafada”.

De acordo com especialistas, o excedente de leite fresco em 2024 é significativamente maior do que em 2023, com a margem de lucro por quilograma de leite para o sistema nacional de tecnologia da indústria de laticínios entrando em território negativo pela primeira vez. A taxa de perda do setor ultrapassa 80%.

Em resposta à atual fase de excedente no mercado de leite cru, algumas autoridades regionais e fazendeiros começaram a tomar medidas como seguros e subsídios para absorver o excesso de leite cru.

Li Li, diretor de uma empresa de criação de gado leiteiro em Hebei, sentiu o impacto da tendência do mercado de leite cru este ano. Sua fazenda, que tem 500 vacas leiteiras, tem sofrido uma pressão financeira significativa devido à queda contínua dos preços do leite cru desde o segundo semestre do ano passado. Em agosto, o último lote de leite fresco foi vendido por cerca de 3 yuans por quilo, e as empresas de laticínios com as quais ele trabalha propuseram frequentemente a redução da quantidade de leite que coletam.

“O excesso de leite só pode ser vendido a um preço baixo para vendedores particulares de leite”, disse Li Li. Em seu ponto mais baixo, ele vendeu leite a 1,2 yuan por quilo, observando: “Este ano, o preço do leite fresco é ainda mais barato do que o da água engarrafada”.

A queda persistente nos preços do leite cru tem sido um problema comum para os agricultores desde 2023. Em 13 de agosto, dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais mostraram que o preço médio do leite fresco em 10 grandes províncias produtoras, incluindo Mongólia Interior e Hebei, era de 3,21 yuans por quilo, inalterado em relação à semana anterior e com queda de 14,6% em relação ao ano anterior. Em outubro de 2021, o preço semanal do leite fresco atingiu um valor quase alto de 4,4 yuans por quilo, mas tem apresentado uma tendência de queda desde setembro de 2023, agora em 3,21 yuans por quilo.

Recentemente, várias regiões realizaram reuniões de coordenação de preços com base na situação de compra e venda de leite fresco. Por exemplo, em 16 de agosto, o Comitê de Coordenação de Preços de Leite Fresco da Mongólia Interior realizou sua terceira reunião de negociação de preços para 2024, estabelecendo um preço de referência para o terceiro trimestre em 3,25 yuans por quilo, com um incentivo para preços de qualidade. As reduções de preço estão limitadas a 5%. A reunião enfatizou que as empresas de processamento de laticínios devem continuar a assinar contratos de compra prontamente e garantir a cobrança total.

Em 14 de agosto, a negociação do preço do leite fresco do terceiro trimestre da Associação da Indústria de Laticínios de Ningxia definiu o preço de referência para o terceiro trimestre de 2024 em 3,14 yuans por quilograma, com um aumento permitido de até 4%.

Em 27 de julho, a filial do setor de laticínios da Associação Provincial de Criação de Animais de Shaanxi definiu o preço de referência do terceiro trimestre para o leite fresco em pelo menos 3,05 yuans por quilo, incentivando a qualidade dos preços e garantindo a coleta total e a renovação oportuna dos contratos pelas empresas de laticínios. O período de implementação é de 1º de julho de 2024 a 30 de setembro de 2024.

O que significa para os pecuaristas uma queda de preço para cerca de 3 yuans por quilo? De acordo com a revista China Dairy Industry, em Shandong, o custo médio de alimentação por quilograma de leite foi de 3,57 yuans no segundo trimestre deste ano, enquanto o custo total da pecuária leiteira foi de 3,60 yuans por quilograma. O analista independente de laticínios Song Liang observou que, com o aumento dos custos das matérias-primas nos últimos anos, o custo real da pecuária leiteira está entre 3 e 3,5 yuans por quilo, o que significa que os preços atuais de mercado estão abaixo do custo, resultando em perdas generalizadas no setor.

De acordo com a Associação da Indústria de Laticínios da China, a proporção de vacas leiteiras em operações agrícolas de grande escala com mais de 100 vacas aumentou de 70% em 2021 para 76% em 2023. Muitas fazendas de grande escala estabeleceram relações de cooperação fixa com as principais empresas de laticínios. Li Li tem a sorte de ter um contrato fixo com uma empresa de laticínios, o que lhe permite continuar mesmo com dias de coleta de leite reduzidos e preços mais baixos.

Um amigo de Li Li com mais de 100 vacas, que não tem um contrato fixo com uma empresa de laticínios, teve seu leite cru repetidamente rejeitado e teve que vendê-lo a um preço baixo para os vendedores de leite. Para reduzir os custos, ele optou por abater algumas das vacas de baixo rendimento e vender o restante para a produção de carne.

Em julho, a empresa de laticínios com a qual Li Li trabalha sugeriu controlar o tamanho do rebanho e vender as vacas de baixo rendimento para reduzir a capacidade de produção. Li Li decidiu vender um lote de vacas que produziam menos de 25 quilos de leite por dia.

As rápidas mudanças nas condições do mercado surpreenderam Li Li. Ele lembra que, depois que o setor de laticínios chegou ao fundo do poço em 2018, os preços do leite continuaram a subir, chegando a 6 yuans por quilo em 2022, e a maioria dos fazendeiros tinha uma perspectiva otimista. Com a expansão das fazendas nos últimos anos, o excedente de leite se tornou mais grave. “A duração desse ciclo de baixa é incerta; só podemos nos adaptar ao mercado”, disse Li Li.

Jia Mu, que frequentemente comercializa gado de corte em Tianjin, notou um aumento no número de fazendeiros que procuram vender suas vacas desde o ano passado. Tanto vacas leiteiras prenhes quanto vacas de descarte estão sendo vendidas. Ele explicou que, devido ao fato de as empresas de laticínios rejeitarem o leite cru, muitos fazendeiros são forçados a vender ou abater suas vacas. O influxo de vacas leiteiras no mercado de carne bovina também levou a uma queda nos preços da carne bovina.

Na 15ª Conferência de Laticínios da China, realizada em julho, Li Shengli, vice-presidente da Associação da Indústria de Laticínios da China e professor da Universidade Agrícola da China, relatou que o excedente de leite fresco em 2024 é significativamente maior do que em 2023, com a margem de lucro por quilograma de leite entrando em território negativo pela primeira vez.

A taxa de perda do setor ultrapassa 80%. Ele estimou que uma fazenda com 1.000 vacas consumiria 2,4 milhões de yuans em fluxo de caixa anualmente devido a uma perda de 0,4 yuans por quilo de leite, com uma produção diária de 35 quilos de leite por vaca. Prevê-se que, durante o período de ajuste, as pequenas fazendas de bezerros poderão registrar uma taxa de saída de 30%, e algumas fazendas grandes poderão passar por reestruturações ou fusões.

As razões para a queda nos preços do leite são multifacetadas. Um funcionário do departamento regional de agricultura e rural do noroeste da China explicou que o preço médio de compra do leite fresco começou a cair em 2022, marcando o retorno do ciclo de baixa do setor de laticínios. Fatores como a fraca demanda por produtos lácteos, o aumento dos custos de ração e a expansão acelerada da oferta de leite contribuíram para o excesso de oferta e os baixos preços do leite.

O analista do setor de alimentos da China, Zhu Pengdan, também observou que a queda nos preços do leite é uma questão residual dos anos anteriores. O setor de laticínios chinês teve um rápido crescimento de 2019 a 2021 e agora está em uma fase de excesso de oferta, o que levou à queda nos preços do leite cru que começou no terceiro trimestre do ano passado.

Subsídios locais e políticas de seguro para absorver o excesso de capacidade

Recentemente, Li Li deu um suspiro de alívio, pois os preços do farelo de soja, que vinham subindo há muito tempo, finalmente começaram a cair. O farelo de soja é um alimento proteico essencial para a criação de gado leiteiro. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, o preço médio do farelo de soja em todo o país em junho de 2024 foi de 3,70 yuans por quilo, representando uma redução de 1,1% em relação ao mês anterior e uma queda de 14,4% em relação ao ano anterior.

Song Liang analisou que o mercado de consumo de produtos lácteos permanece em um período de baixa, e espera-se que a relação entre oferta e demanda no mercado doméstico de leite cru ainda esteja se ajustando este ano. O fato de o mercado conseguir alcançar o equilíbrio depende em grande parte dos esforços de redução da capacidade do setor.

Como as lições podem ser aprendidas para garantir o desenvolvimento saudável do mercado de leite cru? Song Liang sugeriu o estabelecimento de um sistema nacional unificado de produção de leite, a implementação de um sistema de cotas com base nas condições naturais regionais e a criação de um mecanismo para combinar a oferta e a demanda totais, bem como a previsão e o alerta antecipado.

“O estabelecimento de um mecanismo coordenado cientificamente reduzirá as ocorrências de ‘escassez de leite’ e ‘excedentes de leite’”, disse Song Liang. Ele também alertou que se as fazendas de pequeno e médio porte continuarem a sair do mercado, isso poderá levar a uma perda de diversificação no setor de laticínios doméstico, aumentando os riscos futuros do mercado.

Liu Changquan, diretor da Sala de Economia Industrial do Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia Chinesa de Ciências Sociais, também discutiu a situação. Ele observou que, na atual fase de excedente de leite cru, as empresas de processamento geralmente se concentram primeiro em estabilizar e proteger sua própria capacidade de fornecimento de leite.

As fazendas menores e mais vulneráveis arcam com a maior parte dos riscos. “Tanto as empresas líderes quanto os departamentos governamentais relevantes devem prestar atenção oportuna aos desafios de sobrevivência enfrentados pelas fazendas de pequeno e médio porte.

A longo prazo, se a demanda do consumo doméstico se recuperar e não houver crescimento nas fontes de leite importado, a capacidade de produção doméstica de leite ainda será essencial. Se as fazendas de pequeno e médio porte e outras fontes saírem do mercado em grande escala, o equilíbrio de longo prazo entre oferta e demanda e o desenvolvimento geral do setor lácteo nacional serão severamente afetados.”

A Red Star News observou que, em resposta à atual fase de excedente de leite cru, algumas autoridades regionais e fazendeiros começaram a tomar medidas, como seguros e subsídios, para absorver o excesso de leite cru. Em Qingdao, o fazendeiro Li Dayong, depois de vender relutantemente mais de 50 vacas, conseguiu aproveitar o primeiro ciclo de seguro do preço-alvo do leite fresco de Qingdao, que começou no final de julho.

De acordo com o Qingdao Daily, o “Aviso sobre o lançamento do programa piloto para o seguro de preço-alvo do leite fresco”, emitido pela Secretaria Agrícola e Rural de Qingdao e pela Secretaria de Finanças, entre outros departamentos, aborda a questão do declínio contínuo dos preços de compra do leite cru. Os fazendeiros arcam com 20% do prêmio do seguro, enquanto o governo subsidia 80%, com uma garantia de risco esperada de 350 milhões de yuans para 96.000 toneladas de leite fresco.

Em março deste ano, a Mongólia Interior também emitiu quatro diretrizes de implementação de subsídios, tais como apoiar as empresas a expandir a escala de processamento de leite fresco com subsídios de volume de processamento; incentivar as empresas de processamento a comprar leite fresco integralmente durante a entressafra e fornecer subsídios para o uso de leite fresco em pó; fornecer subsídios para o aumento do processamento de leite fresco em queijo; e oferecer subsídios para projetos novos ou ampliados de produção de queijo, soro de leite e proteínas do leite. Zhu Pengdan analisou que incentivar as empresas a se envolverem no processamento profundo é atualmente uma maneira eficaz de lidar com o excesso de capacidade.

Muitos fazendeiros entrevistados, incluindo Li Li, acreditam que ainda há um potencial significativo para o consumo doméstico de leite. Eles esperam que as empresas de laticínios produzam produtos lácteos mais acessíveis, envolvendo-se em vendas de baixa margem e alto volume para expandir o consumo de leite e aliviar a pressão do setor.

(Fonte: Red Star News via edairynews)

Com inflação e endividamento, cai adesão ao consumo consciente na hora da compra

Índice que mede o percentual de consumidores que se pautaram por ações de ESG na decisão de compra caiu de 50% em 2023 para 43% neste ano

Há um descompasso em relação àquilo que os consumidores brasileiros pensam em relação a consumo consciente e como efetivamente agem na hora da compra, segundo o relatório “Impacto do ESG no Varejo 2024”, realizado pela Mosaiclab, empresa do grupo Gouvêa Ecosystem, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV).

A maioria dos consumidores defende ações mais sustentáveis, mas neste ano diminuiu o percentual de compradores que se pautaram por essas práticas quando fizeram as suas últimas escolhas de compra. Pela pesquisa, realizada neste mês, 88% consideram o tema importante, no entanto, o índice que mede o percentual de consumidores que se pautaram por por ações de ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) na decisão de compra caiu de 50% em 2023 para 43% neste ano. Em 2022, a taxa era de 39%.

“Durante os anos após início da pandemia, os consumidores viram uma atitude bem ativa das varejistas, na defesa de ações mais conscientes e de defesa da saúde e sustentabilidade. Isso ainda existiu em parte do ano passado, mas neste ano, essas medidas perderam força, e o cliente reage muito aos incentivos que vêm das redes”, disse Karen Cavalcanti, sócia-diretora da Mosaiclab.

A executiva evita mencionar empresas que reduziram seu foco no ESG, mas questionada pelo esforço maior das companhias em elevar rentabilidade e eficiência, passada a crise sanitária, Cavalcanti diz que essa agenda realmente cresceu nas companhias. Porém, ela acredita que são questões que podem avançar paralelamente.

Todos os componentes do ESG pesaram menos para o consumidor em suas compras. O aspecto ecológico caiu de 46% para 40%, o componente social reduziu de 50% para 42%, e o componente de governança passou de 53% para 45%.

Ainda segundo a executiva, apesar do cenário de crescimento de renda e emprego no país neste ano, ainda há um ambiente de cautela dos consumidores na hora da compra — pelo alto endividamento e inflação estacionada em patamares elevados.

Como a pesquisa considerou apenas entrevistados das classes A, B e C, esse impacto sobre o peso do preço na hora da aquisição já foi menor do que se tivesse sido incluído no relatório as camadas de menor renda (D e E).

“Quando os gastos crescem, as pessoas em geral tendem a priorizar preço e conveniência sobre questões mais amplas, como sustentabilidade”, diz ela.

Existe esse impacto de preço nas decisões quando a inflação estabiliza em níveis mais altos porque produtos sustentáveis tendem a ser mais caros que a média. O levantamento, antecipado ao Valor, está sendo apresentado durante o Latam Retal Show, um dos principais eventos do setor no país, que termina amanhã, em São Paulo.

Para o IDV, as empresas do setor não reduziram seus investimentos na área, mas houve uma etapa de maior consolidação dos projetos lançados.

Gonçalves lembra que, apesar de 44% dos entrevistados da pesquisa afirmarem não saber o que é ESG ainda, o conhecimento cresceu entre os compradores, o que já torna mais fácil ao cliente identificar os projetos e fazer as escolhas.

Todas as 10 categorias analisadas pela Mosaiclab apresentam quedas no índice, que mede a importância dos componentes ESG na compra. Os recuos mais significativos foram em papelaria, alimentação e material de construção. Em melhor situação estão varejo eletroeletrônico e “pet”, de produtos para animais de estimação, com quedas menores.

Na pesquisa, foram ouvidas 1.840 pessoas num painel on-line de respostas, e a metodologia seguiu as divisões das classes econômicas A, B e C determinadas nas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento considerou 2.990 momentos de compra (por exemplo, a compra de um item de moda ou de um eletrônico é uma é uma ocasião de compra computada) em dez segmentos do varejo.

Apesar desse cenário, as expectativas dos consumidores em relação às ações ESG das empresas permanecem altas.

Entre as principais prioridades destacadas estão a criação de oportunidades de emprego, mencionada por 47% dos entrevistados; a redução de lixo e incentivo à reciclagem, com 46%; a qualidade da água e combate ao desmatamento, com 45%; e a redução de emissões de carbono, com 44%. (Valor Econômico)


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RECEITA FEDERAL: Arrecadação de agosto é recorde e vai a R$ 201,6 bi

Brasília - A arrecadação total das receitas federais atingiu R$ 201,6 bilhões em agosto, um acréscimo real (IPCA) de 11,95% em comparação com o mesmo mês do ano passado.O valor é o maior para o mês desde o início da série históri-ca, em 1995. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação alcançou R$ 1,73 trilhão, representando aumento pelo IPCA de 9,47%. O montante tambem e recorde para o perio-do. Quanto as receitas administradas pela Receita Federal, o valor, no mês, foi de R$ 195,1 bilhões, uma alta real de 12,06%, enquanto no período acumulado somou R$ 1,64 tri-lhão, elevação de 9,41%. No Rio Grande do Sul foram arrecadados R$ 12,4 bilhões entre impostos e contribuições. Os dados foram divulgados ontem pela Receita Federal. De acordo com o Fisco, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) de 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital), avanço real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), incremento real de 17,99% no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia. (Correio do Povo)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.228


Fundoleite busca R$ 15 milhões para projetos

Até julho deste ano, a cadeia leiteira tinha obtido a liberação de apenas R$ 130 mil, de um saldo de R$ 35,91 milhões acumulados, os quais foram usados para pagar despesas do Conseleite com a UPF

Segundo maior em recursos depositados, o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) conseguiu a liberação de módicos R$ 130 mil até julho deste ano, frente um saldo de R$ 35,91 milhões. Os valores pagos representam 0,36% do total arrecadado junto a pecuaristas e indústrias do setor lácteo. Os pagamentos foram feitos para custear o convênio do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite) com a Universidade de Passo Fundo (UPF), que fornece serviços técnicos mensais de cálculo do preço de referência aos produtores.

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, relata a necessidade de liberação de R$ 15 milhões para a execução de outros projetos já apresentados. “A arrecadação é satisfatória, mas não tivemos sucesso até agora para a aplicação dos recursos, que são fundamentais, ainda mais agora depois das enchentes, porque seriam aplicados a fundo perdido na recuperação de pastagens, de equipamentos, instalações e no próprio rebanho”, afirma.

Palharini foi informado pelo Correio do Povo sobre o saldo do Fundoleite (R$ 35,91 milhões, em 16 de julho de 2024) e espera uma sinalização do governo estadual. “Não sabemos por que até agora não houve liberação, já que, segundo informação da PGE (Procuradoria-Geral do Estado), as dificuldades jurídicas já teriam sido ultrapassadas”, salienta. Para o dirigente, qualquer possível mudança na gestão deve buscar mais agilidade na operacionalização. “O que a gente precisa é a efetiva liberação do recurso”, reforça.

O gerente de relações institucionais e sindical do Sistema Ocergs, Tarcisio Minetto, diz que os recursos no fundo são fundamentais para a melhoria de processos produtivos, assistência técnica e extensão rural (Ater), sanidade e certificação. A legislação indica que 70% da arrecadação deve ser direcionada para Ater, 20% para projetos de desenvolvimento e apoio à cadeia produtiva e 10% para custeio administrativo de entidade representativa do setor. “O Sistema Ocergs entende que é preciso celeridade na liberação de recursos, e o Fundoleite tem valores para serem utilizados”, afirma.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) informou que está em andamento desde 2023 o contrato com a UPF para elaboração e apresentação de relatório técnico de acompanhamento sistemático de parâmetros para a formação do valor de referência do leite ao produtor. A Seapi diz que já trabalha para a renovação do contrato e garantia do serviço em 2025. “Já os projetos para desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e dos seus produtos lácteos, o governo está trabalhando para a liberação desses recursos, sabendo da importância do setor produtivo. Há questões administrativas e jurídicas que precisam ser superadas para manifestações futuras”, informou a assessoria da pasta. (Correio do Povo)


89% da grande indústria do país tem práticas ambientais

Estudo mostra que empresas maiores adotam maior número de iniciativas e que a maior parte delas está ligada à regulação do setor

Em tempos de secas e queimadas no Brasil, um novo estudo do IBGE dá uma dimensão do uso de iniciativas ambientais por indústrias extrativas e de transformação de médio e grande porte no país. Das empresas industriais com pelo menos 100 funcionários, 89,1% têm alguma prática ambiental: são 8.758 das 9.827 nesse perfil. A maioria (58,8%) tem iniciativa em pelo menos quatro temas e uma em cada dez empresas (9,7%) só adotaram um tipo de iniciativa.

As informações são da Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec 2023): Indicadores Temáticos - Práticas Ambientais e Biotecnologia, uma parceria entre IBGE, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O levantamento foi feito com amostra de 1.611 empresas, dentre 9.833 que se encaixam no perfil estudado.

O estudo se volta para a atuação das companhias em seis temas. O tópico resíduos sólidos foi o teve maior adesão entre as companhias (79,6%), seguido por reciclagem e reuso (75,1%), eficiência energética (61,5%), recursos hídricos (57,1%), emissões atmosféricas (46,3%) e uso do solo (23,9%).

Os dados mostram que o número de temas adotados pelas empresas aumenta de acordo com seu porte. Entre aquelas com ações em apenas um tema, a maioria (81,6%) era empresas na faixa de 100 a 249 funcionários. As empresas com mais de 500 funcionários detinham a maior parcela (38,2%). As empresas com 500 ou mais ocupados lideram em todos os seis temas de iniciativas ou práticas ambientais.

“Entre as grandes empresas, só 2,2% tem ações em apenas um tema. Por outro lado, as empresas menores têm participação maior entre as com apenas um tema [81,6%]”, afirma o gerente de pesquisas temáticas do IBGE, Flávio Peixoto.

A regulação brasileira é a principal razão para a adoção de práticas ambientais. Das indústrias com iniciativas na área, 88,6% apontam este como o principal fator a influenciar na decisão. A estratégia autônoma das empresas também aparece com destaque (87,7%), seguida por influência de fornecedores e/ou clientes (63,9%) e da opinião pública e/sociedade civil (44,9%). O atendimento a normas ambientais externas foi apontado por 44,1%.

Apenas 22,2% das empresas industriais mencionam a atratividade de programas de apoio (públicos ou privados) para a inclusão de iniciativas ambientais em sua operação. “Isso sugere a importância da melhoria das condições de acesso à apoio público. Os programa

Na análise dos benefícios das práticas ambientais, o mais citado foi atendimento às normas legais (89,5%). As vantagens mais mencionadas em seguida trazem outras informações sobre a visão das empresas. Eficiência operacional, redução de custos e riscos operacionais (84,4%); melhoria na reputação/imagem (78,8%); relacionamento com o cliente (71,6%); e relacionamento com a comunidade local (66,5%) foram os benefícios mais frequentes.

Os altos custos das soluções ambientais são o principal obstáculo, seja nas empresas com iniciativas na área (71,8%), seja nas que não têm ações. No grupo de empresas industriais com práticas ambientais, 52,4% citaram a escassez de oferta de programas de apoio e fomento público como fator complicador, seguido por escassez de recursos financeiros na empresa (39,7%).

A indústria de bebidas lidera a adoção de medidas, com 100% das empresas. Em seguida aparecem refino e derivados de petróleo, coque e biocombustíveis (99,4%); artigos de borracha e plástico (95,9%); equipamentos de informática, produtos 

Peixoto explica que geralmente as práticas ambientais estão ligadas ao ramo de atividade. “Os setores, por sua natureza, tendem a praticar mais as iniciativas ligadas às suas atividades.” O setor de bebidas se destaca no tema de recursos hídricos (93,3%). Já o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos é líder em resíduos sólidos (94,4%). 

Valor Econômico

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1833 de 19 de setembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite da Campanha ainda enfrentam dificuldades para aumentar a produção tanto pelo desempenho abaixo do normal das pastagens de aveia e de azevém quanto pela limitação de pastejo, causada pelo excesso de umidade no solo. 

Em Candiota, o barro vem causando grandes transtornos, como a elevação da incidência de mastites nas matrizes e sérios problemas para o acesso dos caminhões de coleta até os resfriadores das propriedades. 

Na Fronteira Oeste, o cenário é um pouco melhor devido à condição mais favorável de umidade nos solos, que beneficia as pastagens e não causa acúmulo de barro nos potreiros e nos acessos internos. 

Na de Caxias do Sul, o bem-estar dos animais foi favorecido pelas temperaturas mais agradáveis tanto para animais em sistema a pasto quanto para os confinados. A condição corporal e de sanidade dos bovinos leiteiros está boa, sem restrições alimentares. 

Em Picada Café, foi constatado casos de raiva herbívora, deixando os municípios próximos em alerta, de acordo com informações da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Nova Petrópolis. O tempo seco favoreceu a qualidade do leite produzido na maior parte da semana, mantendo os úberes limpos. A contagem de células somáticas e bacteriana total ficaram dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). As coletas de leite transcorreram normalmente.

Na de Erechim, matrizes leiteiras apresentam melhora na produtividade, principalmente em animais criados a pasto, pois o clima beneficiou o desenvolvimento das pastagens. Os produtores estão realizando o desmame, a mocha e a vacinação contra brucelose em terneiras com idades entre 3 e 8 meses. Além disso, está ocorrendo a secagem das vacas com o objetivo de preservar a saúde e a produtividade do úbere para a próxima lactação. Os casos de mastite, que foram altos durante o período chuvoso e úmido, estão começando a se normalizar. A vacinação contra clostridioses e a dosificação para o controle de verminoses ainda estão em andamento em muitas propriedades. As inseminações artificiais ocorrem dentro da normalidade, e as práticas de IATF estão aumentando. As vacinas reprodutivas, como para rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), diarreia viral bovina (BVD) e leptospirose, têm sido aplicadas nas novilhas e reforçadas nas vacas, visando melhorar a imunidade do rebanho, conforme os protocolos estabelecidos para cada propriedade. O estado sanitário dos rebanhos é considerado adequado.

Na de Frederico Westphalen, dias secos e ensolarados e a chuva facilitaram o desenvolvimento das culturas e o aumento do pastejo. A produção de leite está estável.

Na de Ijuí, o clima mais ameno com baixa umidade tem auxiliado no manejo dos animais a campo e contribuído para o controle da umidade no substrato utilizado nas instalações de acomodação dos animais confinados. A dieta das vacas ainda é de pastagens e silagem, que respondem por aproximadamente 65% do alimento consumido; ração representa 24%; e o restante entre fenos e suplementos.

Na de Porto Alegre, a atenção tem sido redobrada em relação ao estado sanitário para evitar problemas de casco e mastites. A produção de leite ainda está abaixo do normal. Há melhora no estado corporal, nutricional e sanitário do rebanho em razão da suplementação alimentar com ração e silagem de milho e de maior atenção sanitária, mas essas práticas refletem em aumento no custo de produção. Não há registros de infestação por mosca ou carrapato. É realizado agendamento de diagnósticos de gestação nos rebanhos. 

Na de Pelotas, observa-se a retomada na produção de leite na proporção da melhoria das pastagens cultivadas de inverno e pastejo. Conforme relatos de empresa compradora, o volume de produção está em níveis ajustados para a época; destaca-se que, desde junho, os 
volumes não atingiam níveis compatíveis.

Na de Santa Maria, a maior parte do rebanho leiteiro recebe boa oferta de pastos de aveia e azevém. Em Pinhal Grande, há necessidade de complementação da dieta das vacas com silagem e ração.

Na de Santa Rosa, mantém-se a tendência de aumento da produção de leite, potencializada pelas condições climáticas para o desenvolvimento das pastagens. Na maioria das análises de leite, houve melhora da qualidade. Além das pastagens de inverno, começam a entrar, na dieta das vacas, as forrageiras de verão, como Tifton, Jiggs, e as braquiárias, como Aruana, que apresentam qualidade nutricional, diminuindo o uso de proteína na ração. Os produtores realizam a suplementação no cocho com ração e com alimentos conservados, como silagem, pré-secado e principalmente feno. Entre os dias 12 e 13/09, as chuvas causaram a formação de barro nos arredores das salas de espera, reduzindo o pastejo. Nos demais dias, o tempo seco colaborou para o bem-estar das vacas e para sua produtividade. 

Na de Soledade, em decorrência da restrição da oferta de pastagens anuais de inverno, os bovinocultores de leite buscaram a complementação da oferta de volumosos com alimentos conservados (silagem, pré-secado e feno) produzidos ou adquiridos. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Previsão do tempo para o Rio Grande do Sul: Chuvas distribuídas e elevação de temperatura
A semana entre os dias 23 e 25 de setembro de 2024 trará mudanças climáticas significativas ao Rio Grande do Sul, com temperaturas em elevação e volumes expressivos de chuva em diversas regiões. A atmosfera repetirá o comportamento do final de semana anterior, favorecendo uma elevação gradativa nas temperaturas e a possibilidade de precipitações fracas em áreas do Sul, Campanha, Fronteira Oeste e parte da Região Metropolitana. Na segunda-feira (23/09), espera-se que o cenário se mantenha estável, com o calor crescente ao longo do dia e pancadas leves em regiões isoladas. Já na terça-feira (24/09), a presença do Jato de Baixos Níveis (JBN) intensificará o movimento do cavado em superfície, que se deslocará do Paraguai até o Rio Grande do Sul. Isso aumentará a nebulosidade e continuará elevando as temperaturas, preparando o Estado para um quadro mais úmido. O destaque será na quarta-feira (25/09), quando a propagação de uma frente estacionária no Oceano Atlântico deverá provocar chuvas de moderada a forte intensidade nas regiões Sul e parte da Campanha. Esse aumento nas precipitações será uma constante durante a semana, com volumes acumulados de chuva significativos. De acordo com os prognósticos meteorológicos, há previsão de chuvas bem distribuídas em todo o Estado ao longo da próxima semana, com volumes que podem variar de 30 a 50 mm na maioria das regiões. No entanto, algumas áreas, como a Campanha, Fronteira Oeste, Extremo Sul, Região Central e Vales, poderão registrar acumulados superiores a 50 mm. Em contrapartida, nas fronteiras com Argentina e Santa Catarina, além da Região Metropolitana, Litoral Norte e áreas próximas à Laguna dos Patos, os volumes de chuva devem ser menores, entre 20 e 30 mm. Essas condições demandam atenção, especialmente em regiões propensas a alagamentos e enchentes, como áreas ribeirinhas e zonas mais baixas. A elevação das temperaturas, combinada com a umidade, pode gerar instabilidades que agravam os riscos de temporais localizados e trovoadas intensas. Os gaúchos devem se preparar para dias quentes, mas acompanhados por chuvas em momentos estratégicos, o que poderá aliviar parcialmente o impacto do calor intenso, mas exige cautela em áreas mais vulneráveis. (Boletim agrometeorológico)