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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.188


Conseleite - Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Julho de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Junho de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2024.

Períodos de apuração
Mês de Junho/2024: De 03/06/2024 a 30/06/2024
Parcial Julho/2024: De 01/07/2024 a 21/07/2024

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)


Emater/RS: Informativo Conjuntural 1825 de 25 de julho de 2024 
BOVINOCULTURA DE LEITE A condição corporal dos bovinos está se aprimorando em razão do retorno das matrizes às áreas de pastejo, o que contribui para uma melhora na produtividade leiteira. A ausência de chuvas reduziu a formação de barro nas instalações, facilitando o manejo e promovendo aumento na produção diária de leite. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a elevação das temperaturas e o retorno dos dias ensolarados têm otimizado o bem-estar dos animais, reduzindo o acúmulo de barro. No entanto, a falta de precipitações já compromete o rebrote das forrageiras e a aplicação de fertilizantes.

Em Alegrete e Manoel Viana, as pastagens cultivadas são destinadas exclusivamente para matrizes em lactação; outras categorias recebem suplementação alimentar. Na de Caxias do Sul, o clima seco tem facilitado o manejo dos bovinos, estabilizando a condição corporal dos animais e prevenindo problemas relacionados ao barro e a ectoparasitas. Na de Erechim, a umidade excessiva das semanas anteriores prejudicou a produção de leite e a condição das matrizes leiteiras. A suplementação ajudou a mitigar os efeitos, porém aumentou os custos. A vacinação continua sendo essencial para a prevenção de doenças, como brucelose; o estado sanitário deve melhorar com o clima mais seco. 

Na de Frederico Westphalen, a recuperação das pastagens de inverno é esperada em função do retorno da estabilidade do tempo. Na de Ijuí, a ausência de chuvas favoreceu o manejo das pastagens anuais, reduzindo o barro e a compactação do solo. Contudo, a baixa produção de forrageiras levou ao aumento do uso de forragem conservada, resultando na redução dos estoques. Na de Lajeado, os produtores estão planejando o plantio de milho para silagem devido às preocupações com a estiagem e à possível queda no preço do leite. 

Na de Passo Fundo, a escassez de alimentos tem afetado o escore corporal dos bovinos, exigindo suplementação com silagem de milho, trigo e fenos. Na de Porto Alegre, a produção de leite está aquém das expectativas em função do desenvolvimento insuficiente das pastagens cultivadas. A redução na infestação de carrapato tem melhorado o estado sanitário, e continua a distribuição de medicamentos. Na de Pelotas, em Rio Grande, os produtores enfrentam desafios no fornecimento de alimentos em decorrência da enchente de maio. A produção foi parcialmente recuperada, mas ainda cerca de 50% abaixo do normal. A maior luminosidade no período favoreceu o crescimento das pastagens, mas persiste a dependência de silagem. O aumento nos preços pagos pelo leite não compensou a queda na produção. 

Na de Santa Maria, o retorno do sol e as temperaturas mais elevadas estão promovendo a recuperação das propriedades leiteiras. O pasto de inverno retomou o crescimento, e a redução do barro nas instalações melhorou as condições de manejo. No entanto, a falta de reservas de forragem continua a agravar o déficit nutricional. Na de Santa Rosa, os produtores estão ajustando a alimentação para reduzir a proteína na ração e fornecer alimentos mais fibrosos, visando prevenir diarreias e otimizar o custo de alimentação. (Fonte: Emater/RS-Ascar, adaptado pelo Sindilat/RS)

Boletim Integrado Agrometeorológico 30/2024 - 25 a 31 de julho

A previsão para os próximos dias no RS indica mudanças no tempo somente no fim de semana. Na sexta-feira (26/07), a ação do Jato de Baixo Nível (JBN) e da Alta Subtropical do Atlântico Sul manterão o fluxo de umidade sobre o RS, podendo ser observado o aumento de nebulosidade e condições de ocorrer precipitações isoladas sobre a Região Sul. Contudo, essa possibilidade pode diminuir à medida que o cavado se deslocar em direção ao sul do Oceano Atlântico até perder sua intensidade. Na maioria das regiões o tempo deve seguir estável caracterizado pela amplitude térmica no decorrer do dia. No sábado (27/07), a intensidade do JBN diminuirá o transporte de umidade e ar quente da Amazônia. Porém o setor oeste da Alta Subtropical do Atlântico Sul manterá o fluxo de umidade oceânica sobre o RS, podendo ocorrer precipitações em pontos isolados nas regiões do Planalto Central e da Serra Gaúcha. Na maioria das regiões o tempo deve seguir estável com elevação gradativa das temperaturas a partir da manhã até a metade da tarde. 

No domingo (28/07), o ingresso de uma frente fria vinda do Uruguai trará mudanças no tempo sobre o RS, o que ocasionará precipitação de intensidade moderada principalmente nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. No decorrer do dia haverá um declínio nas temperaturas em todas regiões à medida que o anticiclone migratório, que se desloca na retaguarda da frente fria, avançará sobre o estado.

A tendência para os próximos três dias no RS é de precipitação, seguido por tempo estável e queda acentuada nas temperaturas. Na segunda-feira (29/07) o declínio das temperaturas em conjunto com precipitação de intensidade moderada a forte sobre parte das regiões Sul, Metropolitana, Planalto Central, Região dos Vales, Serra Gaúcha e Litoral Norte devem ocorrer em função do avanço do anticiclone migratório, da qual transportará umidade oceânica do quadrante sudeste em direção às regiões em questão. Esta configuração atmosférica pode criar condições favoráveis, ainda que a possibilidade seja pequena, para a ocorrência de precipitação invernal do tipo chuva congelada, grânulos de gelo ou mesmo neve sobre pontos isolados e mais altos da Serra do Sudeste (Caçapava do Sul - Canguçu - Pinheiro Machado) e sobre a Serra Gaúcha entre a madrugada de segunda para terça. Na terça-feira (30/07) o anticiclone migratório se deslocará sobre o RS, o que trará novamente o tempo estável, provocando queda acentuada nas temperaturas durante a madrugada, o que deve trazer riscos para a ocorrência de geada pela manhã nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste devido à perda radiativa. Na quarta-feira (31/07), o tempo estável deve seguir com temperaturas mais amenas no decorrer do dia por conta da amplitude térmica.

O prognóstico para os próximos sete dias indica chuvas irregulares sobre o estado. Os maiores volumes estão previstos para as regiões Sul, Central, Metropolitana e Região dos Vales, onde a quantidade de chuva esperada pode ficar entre 30mm a 100mm. (Fonte: Seapi, Emater/RS-Ascar e Irga, adaptado pelo Sindilat)

 

Jogo Rápido

Contas externas 
As contas externas do País tiveram saldo negativo em junho de 2024, chegando a US$ 4,029 bilhões, informou o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2023, o déficit havia sido de US$ 182 milhão nas transações correntes. A piora na comparação interanual é resultado da queda de US$ 3,3 bilhões no superávit comercial, em razão, principalmente, da redução no valor das exportações. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.187


Governo do RS anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira 

O pacote de medidas do Executivo gaúcho para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).   

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Foto: Mauricio Tonetto / Secom)


China pretende controlar produção de laticínios e carne bovina, já que vendas fracas afetam preços

A China planeja implementar medidas para ajudar produtores de laticínios e carne bovina a limitar a produção para evitar que os preços caiam ainda mais, disse uma autoridade agrícola na quarta-feira (24) ampliando as regras existentes para produtores de carne suína à medida que o consumo de carne diminui.

Os preços da carne suína, bovina, laticínios e aves estão caindo no maior consumidor de carne do mundo, à medida que os consumidores, lidando com a desaceleração da economia, reduzem as compras.

Essa queda na demanda ocorre após um aumento na produção da indústria pecuária, especialmente dos criadores de suínos.

“Os preços da carne bovina e do leite cru no primeiro semestre do ano caíram 12,1% e 12,5%, respectivamente, e os criadores de gado de corte e vacas leiteiras estão tendo prejuízos”, disse Wang Lejun, diretor de pecuária do Ministério da Agricultura, a repórteres na quarta-feira.

“Para gado de corte e leite, queremos orientar as fazendas a otimizar e ajustar a estrutura do rebanho, eliminar moderadamente vacas mais velhas e de baixa produtividade e adequar melhor o desenvolvimento da produção à demanda do mercado”, disse ele.

Wang disse que o mercado de gado estava bem abastecido, o que resultou em preços baixos.

No primeiro semestre do ano, a produção geral de carne suína, bovina, ovina e de aves aumentou 0,6% em relação ao ano anterior, a produção de ovos aumentou 2,7% e a produção de leite aumentou 3,4%, acrescentou.

Em março, Pequim emitiu regulamentações para reduzir o plantel de porcas reprodutoras depois que uma expansão agressiva de fazendas nos últimos dois anos desencadeou um excesso de oferta de carne suína que levou as empresas a registrar grandes prejuízos.

Em junho, o governo divulgou regulamentações para controlar a produção de gado de corte.

Embora a redução no tamanho do rebanho suíno tenha ajudado na recuperação dos preços, espera-se que os preços da carne bovina e dos laticínios permaneçam baixos no segundo semestre do ano, disse Wang.

O número de porcas em junho foi de 40,38 milhões de cabeças, com o rebanho suíno diminuindo 6,4% em relação ao ano anterior, acrescentou.

As importações de carne da China no primeiro semestre de 2024 caíram 13,4% em relação ao ano passado, com as importações de carne suína e de aves sendo as mais afetadas. (Notícias Agrícolas, Por Mei Mei Chu)
 

Danone inaugura espaço imersivo para clientes e parceiros na Avenida Paulista

A fim de proporcionar encontros imersivos entre clientes e a área de Trade & Sales, a Danone Brasil inaugurou um espaço para clientes e parceiros em seu escritório na Avenida Brasil, na capital paulista.

Cada detalhe foi pensado para que os clientes imergissem no universo Danone e visualizassem na prática muitas de nossas iniciativas que são abordadas junto ao varejo”, conta Humberto Carvalho, gerente de Gerenciamento de Categorias e responsável pelo projeto do Store Lab, como foi nomeado o espaço.

O espaço busca demonstrar na prática as soluções e ferramentas direcionadas para o varejo farmacêutico e supermercadista. O local proporciona aos visitantes a visualização de estratégias de posicionamento em loja e gerenciamento de categoria, assim como iniciativas em mobiliários premium e ações promocionais das marcas.

Além de trabalharmos os planogramas das categorias de produtos lácteos, bebidas proteicas e nutrição especializada da Danone, usufruindo da tecnologia e de um painel LED de 5 metros, ainda exibimos nossos mobiliários premium, que possibilitam uma atração e conversão do Shopper no ponto de venda”, destaca Carvalho.

O Store Lab também opera como um espaço para recepção de clientes, além de poder ser utilizado para treinamentos internos e recepção de visitas globais.

Por ser um local onde conseguimos trazer na prática as nossas iniciativas para o varejo, o Store Lab se tornou um ambiente ideal para a recepção de nossos colaboradores e clientes, uma vez que atua como facilitador no momento da reunião”, reforça o executivo. (Fonte: Mercado e Consumo)

 

Jogo Rápido

Imposto de Renda 
A Receita Federal libera hoje, a partir das 10h, a consulta ao terceiro lote de restituição do Imposto de Renda. O fisco pagará R$ 8,5 bilhões a 6,09 milhões de contribuintes. O depósito será feito no dia 31 de julho na forma definida pelo contribuinte no momento da entrega da declaração. (Jornal do Comércio)


 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 24 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.186


Como o rótulo frontal impacta alimentos e bebidas na América Latina?

O sistema de rótulo frontal de advertência nutricional na frente da embalagem é uma das medidas regulatórias com a melhor relação custo-benefício para contribuir para o controle do sobrepeso e da obesidade.  

É claro e de fácil compreensão, permite aos consumidores selecionar melhor os alimentos no ponto de venda. Vários países da América Latina adotaram a rotulagem de advertência nutricional nas embalagens de alimentos e bebidas. Com foco no teor de açúcar, gordura e sódio de vários alimentos ajuda os consumidores a identificar os produtos não saudáveis.

O impacto da etiqueta de advertência na América Latina
De acordo com um relatório da Innova Market Insights, as tendências de consumo mostram que mais de quatro de cada cinco consumidores na América Latina são influenciados pelo rótulo de advertência em alimentos e bebidas. Enquanto que mais da metade dos consumidores afirmaram que as etiquetas de advertência ajudam seguir uma dieta saudável e mais de um terço a utilizam para redução de peso.  

Em alguns países, os consumidores afirmam que a rotulagem de advertência os levou a comer mais ou menos determinados alimentos, ou escolher um produto diferente. Os rótulos de advertência são especialmente essenciais quando os consumidores compram alimentos e bebidas para crianças. Ao mesmo tempo, os dados da Innova mostram que a maioria dos consumidores latino-americanos não confia plenamente nas regulamentações para garantir que as declarações sejam utilizadas corretamente, um percentual superior à média global.

O interesse dos consumidores por alimentos e bebidas saudáveis
Em vários países da América Latina os consumidores estão acima da média mundial quanto ao sabor, sendo o fator preponderante na decisão de compra de alimentos e bebidas. Portanto, embora a saúde seja importante, os consumidores resistem em comprometer o sabor. Segundo dados da consultoria, a metade dos consumidores latino-americanos afirma que os benefícios para a saúde devem influenciar no desenvolvimento de novos alimentos e bebidas. Um alto percentual também reconhece a importância dos ingredientes naturais.  

Além disso, os consumidores associam o termo “etiqueta limpa” com alimentos e bebidas naturais e saudáveis, e as tendências de consumo mostram que os consumidores latino-americanos estão dispostos a pagar mais por produtos que tenham uma etiqueta limpa.

A rotulagem no Brasil
As normas relacionadas com a rotulagem frontal para alimentos e bebidas no Brasil foram adotadas desde 2023, e os rótulos de advertência sobre açúcar e gorduras saturadas são as mais comuns nos produtos de confeitaria. A Innova destaca que as tendências de consumo mostram que três quarto dos brasileiros confiam que os rótulos das embalagens regulamentadas são precisos na identificação de alimentos e bebidas saudáveis. Os alertas sobre gorduras saturadas são as que mais influenciam as compras dos consumidores brasileiros. (Fonte: The Food Tech - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


EUA – A tendência crescente do teor de matéria gorda do leite

Com o passar dos anos, o leite transportado das fazendas para as indústrias tem cada vez menos água. Isso significa mudança notável no aumento dos componentes sólidos do leite, particularmente da gordura.  

De acordo com o Serviço de Estatísticas de Produção de Leite do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no relatório de maio, os níveis de matéria gorda do leite continuam subindo a taxas impressionantes.

O Relatório de Produção de Leite do USDA destacou que, em maio, houve um ligeiro declínio na produção total de leite, -0,9% na comparação interanual. No entanto, o relatório mostra um contraste interessante: os testes de matéria gorda aumentam constantemente. Especialmente, a média nacional de matéria gorda em maio de 2024 atingiu 4,17%, um significativo crescimento em relação à média do ano anterior que foi de 4,06%.

Isaac Salfer, um professor assistente de nutrição láctea na Universidade de Minnesota, aponta um contexto histórico para esta tendência. “Antigamente, uma boa referência para a gordura do leite de um rebanho holandês seria em torno de 3,75%”, afirma Salfer.

Esta referência foi histórica e apoiada por dados do mercado de leite, e no Upper Midwest flutuou de 3,7% a 3,8% entre 2000 e 2012. No entanto, em 2021, testemunhamos um rápido aumento nos níveis de gordura do leite, com o Upper Midwest encontrando, pela primeira vez, média superior a 4%.

Fatores que estão impulsionando a matéria gorda
Salfer atribui esse crescimento a quatro fatores:
1 – Melhoria na formulação de ração – a ênfase mudou para a alimentação com produtos de ácidos graxos protegidos no rúmen e para o aumento da digestibilidade dos ácidos graxos. 
2  – Melhor qualidade da forragem – Maior digestibilidade da fibra permite fornecer dietas mais ricas sem comprometer a energia disponível para a produção de leite. 
3 – Melhor manejo dos alimentos – Otimização do tempo das vacas nos cochos por meio de técnicas aprimoradas. 
4 – Seleção genética – Aprimoramento da seleção genética para animais que produzem mais gordura, especialmente usando o índice de seleção Net Merit $, que prioriza o teor de matéria gorda e proteína.

Implicações econômicas
À medida que os produtores analisam os atributos de remuneração do leite, eles observam que existe uma bonificação significativa para o teor dos componentes.

Erick Metzger, gerente geral da Nacional-All Jersey, destaca que mais de 80% do leite dos EUA é utilizado na fabricação de produtos. “Como esses produtos são dependentes dos componentes do leite, é crucial que os produtores entendam e acompanhem os volumes de componentes produzidos a cada mês”, afirma. (Fonte: Dairy Herd - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Embrapa lança edital com recursos de R$ 20 milhões para as Oepas

A Embrapa lançou nesta quarta-feira (17), na plataforma TransfereGov , o edital nº 001/2024/PAC Embrapa-Oepas, destinado à seleção de propostas de projetos inovadores para promover o desenvolvimento técnico científico das instituições estaduais de pesquisa agropecuária (Oepas) que têm como foco atividades de PD&I em seus estados. Segundo a diretora de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, esta é uma ação proveniente do orçamento da Embrapa, por meio do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC Embrapa), que conta com o montante de até R$ 20 milhões. 

CLIQUE AQUI para acessar o edital.

“Os recursos destinados ao edital fortalecerão a rede de pesquisa nos estados, uma vez que é urgente enfrentar desafios já postos, como as emergências climáticas, saúde única, desenvolvimento regional, entre outros”, afirma o chefe da Assessoria do PAC-Embrapa e de Articulação com o Poder Executivo e Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, Petula Ponciano. Ela diz que as ações dos projetos a serem selecionados devem buscar fortalecer a capacidade das Oepas de contribuir com políticas públicas e programas sociais de segurança alimentar, energética e climática e com o desenvolvimento regional sustentável, bem como ampliar a sua atuação em parceria com instituições afins de componentes do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, e parcerias internacionais.

Segundo Petula, cada uma das instituições participantes poderá apresentar, na plataforma TransfereGov, uma proposta de projeto conforme os termos propostos no edital. “A inscrição pode ocorrer em mais de uma linha de projeto, para execução em até 12 meses a partir da data de assinatura do convênio”, esclarece o chefe da Assessoria do PAC-Embrapa. As Oepas foram distribuídas em três grupos, tendo sido considerado o número de pesquisadores de seus respectivos quadros de trabalhadores permanentes. Cada um desses grupos terá um valor total previsto para 2024 e cada instituição, um valor limite (veja tabela abaixo sobre agrupamentos e valores). 

“Esse novo PAC mostra um reconhecimento da Embrapa em relação à importância das Oepas. Isso é importante porque aumenta o nível de pesquisa. A boa notícia é que o recurso para a Embrapa já está liberado. Então, as OEPAS vão fazer a inscrição no convênio e serão beneficiados ainda este ano para investir em equipamentos e maquinários agrícolas de inovação", diz o vice-presidente Nacional de Pesquisa Agropecuária da Asbraer, Gilson dos Anjos Silva. Segundo ele, o resultado edital de um diálogo positivo entre a Asbraer e a Embrapa. (Fonte: Embrapa)

 

Jogo Rápido

Setor da pecuária leiteira no Rio Grande do Sul foi extremamente afetada pelas enchentes
Após as enchentes catastróficas que assolaram o território gaúcho, a pecuária leiteira ainda enfrenta graves perdas em sua produção, e principalmente, na área da silagem. Com o solo encharcado e ainda sofrendo problemas logísticos, os custos de produção aumentaram, afetando o mercado consumidor. CLIQUE AQUI e assista a entrevista do secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. (Canal do Boi)


 

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Porto Alegre, 23 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.185


 

Conseleite/Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Julho de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Os valores de referência incluem 1,5% de Funrural a serem descontados do produtor rural. 2,8985 -9,56% Variação (Julho - Junho) Matéria-prima Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2024 é de R$ 4,6585/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)


Cadeia leiteira: do auxílio imediato ao plano de recuperação aos produtores

A cadeira leiteira gaúcha terá um longo percurso para se restabelecer após as enchentes. O setor concentra perdas que vão desde a morte de animais, desperdício da matéria-prima, dificuldades logísticas e escassez de alimentação para o gado. A recuperação está ocorrendo por partes. Concomitante ao levantamento dos estragos, começou a ser articulada ajuda aos criadores de gado leiteiro. A corrente de solidariedade que ajudou moradores da cidade se repetiu no campo. O secretário-ajunto de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Márcio Madalena lembra de ações articuladas pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), como alguns dos exemplos de apoio que se iniciaram logo após a enchente.

O fornecimento de alimentação está sendo a medida emergencial aos criadores de gado leiteiro. Mas Madalena reconhece que é preciso articular outras formas de recuperar as perdas para devolver o patamar de produtividade ao setor leiteiro. "Estamos em discussão interna dentro do governo para ações específicas para recuperação do setor de leite", assinala. Madalena diz que, no momento, não se tem uma definição de como essa ajuda será estruturada. Mas garante que o foco será a parcela de produtores de leite que precisam tanto repor animais, quanto aqueles que tiveram perdas em maquinários, como ordenhadeiras e galpões, entre outros. "Temos discutido com o setor qual a melhor maneira de fazer esta recuperação da estrutura produtiva das propriedades", completa.

A expectativa é de que antes do fim do ano sejam apresentadas alternativas para o setor leiteiro. No momento, cita Madalena, está se encerrando a ajuda imediata, de distribuição de alimentos ao gado por meio de doações. Além disso, já estão sendo trabalhadas questões para a recuperação de solo. Este ponto inclui não só a produção agrícola, como também o cultivo de pastagens para o gado leiteiro.

Bacia leiteira do Vale do Taquari foi a mais afetada
As ações de recuperação da cadeia leiteira estão concentradas no Vale do Taquari, onde aconteceram as maiores perdas provocadas pelas enchentes. É nos municípios daquela região, por exemplo, que chega a ajuda imediata. Um exemplo de entrega foi acompanhado pela equipe da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), no início de junho.

Proprietário de 13 vacas holandesas, o produtor rural Elemario Grunewaldt, 77 anos, morador da localidade de Vila Storck, em Forquetinha, no Vale do Taquari, recebeu a doação de feno. Por meio da articulação da Gadolando e com o apoio da secretaria, foram entregues três bolas de pré-secado, o que equivale a 1,8 mil quilos. O alimento serviria para alimentar os animais pelas semanas seguintes. Aquela não foi a única entrega. Ainda em meados de maio, Grunewaldt já havia recebido 20 fardos de feno. A família também planta milho e cria suínos. A força da água que subiu pelo Arroio Forquetinha levou embora uma carroça cheia de milho e toda a pastagem. A família também perdeu uma ordenhadeira e um resfriador de leite. Em consequência disso, duas vacas morreram, porque ficaram sem ordenha, adoeceram e não resistiram.

Seapi ajuda na logística das doações
A equipe da Seapi passou a integrar a força-tarefa para entrega de doações aos produtores rurais no dia 18 de maio. Já foram envolvidos cerca de 20 servidores. O governo do Estado oferece apoio logístico às doações articuladas pela Gadolando: recebe as doações, retira dos caminhões, armazena e entrega para os postos da Emater/RS-Ascar nos cerca de 60 municípios onde a Gadolando tem produtores afetados. As entregas de alimentos estão concentradas nas regiões mais afetadas, como os vales do Taquari, Rio Pardo e Caí.

Depois de doações, mais medidas são esperadas
De acordo com informações da associação Gadolando, a mobilização para doar alimentos ao gado leiteiro foi feita por criadores de estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e de regiões menos atingidas do Rio Grande do Sul, como o Norte gaúcho, que disponibilizaram feno e carregaram caminhões. "Nessa enchente maior, teve muita gente interessada em doar, mas não sabia os caminhos", diz Bruna Schiefelbein, da Gadolando, ao lembrar que na enchente do ano passado já havia sido organizada uma doação aos produtores rurais do RS, encabeçada por produtores do Paraná.

"O trabalho da Gadolando foi de levantar as doações e redirecionar para os centros de distribuições e algumas doações para municípios específicos para essas doações fossem distribuídas para os produtores que estivessem num nível emergencial, que não tem comida para os animais nos próximos dias ou semanas", resume Bruna. A Gadolando, com o apoio da Emater, sindicatos rurais, Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e prefeituras, organizou a chegada e a entrega aos produtores rurais mais afetados pela cheia.

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, ressalta que a ajuda imediata aos produtores de leite foi fundamental no momento mais crítico da enchente, mas pondera que é preciso planejar ações para recuperar as propriedades. Tang salienta que medidas de governo são necessárias para que os produtores de leite possam se manter na atividade. "Precisamos replantar, recuperar o solo, precisamos novamente produzir os nossos alimentos, pois esse problema não é só por alguns dias ou algumas semanas. Essa recuperação vai longe e o produtor precisa de ajuda", observa o dirigente, conforme nota divulgada pela Gadolando.

Sindicato das indústrias leiteiras já encaminhou sugestões ao governo RS
As perdas mais significativas para a indústria do setor lácteo no Rio Grande do Sul ocorreram entre o final de abril e o início de maio. Nesse período da enchente, não possível coletar leite nas propriedades rurais, por conta da destruição provocada pela cheia. Mas, paulatinamente, foi se restabelecendo a coleta à medida que as estradas e pontes começaram a ser reconstruídas. No entanto, outras medidas para ajudar o setor leiteiro foram encabeçadas pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Conforme o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, encaminhou o pedido para aumento do crédito presumido do PIS e Cofins. “Já saiu a portaria do Ministério da Agricultura, faltando a Medida Provisória liberação de recurso financeiro, para ter dotação orçamentária”, pontua.

Além disso, Palharini diz que foi encaminhada uma alteração junto ao Fundoleite para operacionalizar o valor deste Fundo para a recuperação de propriedades de produtores de leite. “Esse seria o melhor dos mundos para que a gente pudesse atender esses produtores”, analisa Palharini. O dirigente do Sindilat aguarda para esta semana uma reunião com o governo do Estado para tratar de questões relativas à alteração da lei para operacionalizar o Fundo.

Codesul projeta ajuda ao RS
Secretários de Agricultura e representantes que fazem parte do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) debateram alternativas para o setor agrário gaúcho, após as cheias. A reunião ocorreu no último dia 19 e teve o objetivo de avaliar alternativas, dentro do que é possível contribuir para a reconstrução da área rural do RS. A expectativa é elaborar um plano de ação em conjunto. Entre as necessidades estão doação de alimentação animal, sementes de milho, insumos para a recuperação da fertilidade do solo, além de equipamentos e maquinários que possam atender as demandas dos setores produtivos e dos produtores da porteira para dentro.

Outras medidas adotadas para o setor leiteiro
No início de maio, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 1.108/24 que autoriza, temporariamente, a implementação de medidas excepcionais que simplificam as regras a serem cumpridas pelos estabelecimentos produtores de leite e derivados registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) na região. Com duração de 30 dias, a medida teve como objetivo facilitar o escoamento da produção e evitar a escassez do produto. (ABC+)

Derivados lácteos seguem em valorização

Pesquisa do Cepea realizada em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostra que os preços dos derivados lácteos comercializados no estado de São Paulo continuaram firmes em junho. O maior aumento, de 6,56% em relação ao mês anterior, foi registrado pelo leite UHT, cotado à média de R$ 4,76/litro em junho. Para o leite em pó (400g) e a muçarela, as altas foram de 2,51% e 4,11%, respectivamente, a R$ 30,17/kg e R$ 31,94/kg. No comparativo anual, as variações são positivas em 3,23% para o UHT e em 2,13% para a muçarela, mas negativa em 2,35% para o leite em pó (deflacionamento pelo IPCA de junho/24).

As altas nos preços médios de junho foram resultado dos avanços verificados sobretudo na primeira quinzena. Já nas duas últimas semanas do mês, as cotações retornaram ao patamar do início de maio, devido ao enfraquecimento do consumo e à pressão exercida pelos canais de distribuição. De acordo com colaboradores do Cepea, também houve um encarecimento na logística de distribuição da matéria-prima, influenciando os valores dos derivados.

Julho – Para julho, a expectativa é de leve queda nas cotações, devido à dificuldade de repasse dos aumentos da indústria para os canais de comercialização e à demanda enfraquecida. A partir de pesquisas realizadas pelo Cepea, na primeira quinzena do mês, o leite UHT e a muçarela se desvalorizaram respectivos 4,65% e 1,54%, em relação a junho, com as médias passando para R$ 4,54/litro e R$ 31,45/kg, nesta ordem. Já o leite em pó, a variação ainda foi positiva, em 2,73%, à média de R$ 30,15/kg entre 1º e 15 de julho. (As informações são do Boletim do Leite Cepea)


Jogo Rápido

Embrapa abre nova turma para a capacitação on-line sobre prevenção e controle do carrapato dos bovinos

Estão abertas as inscrições para a capacitação “Prevenção e controle do carrapato dos bovinos no Sul do Brasil”, desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul. Os interessados podem se inscrever entre 22 de julho e 04 de agosto, através da plataforma e-Campo da Embrapa. O treinamento é totalmente on-line e autoinstrucional, com carga horária de 30 horas. “Esta capacitação é direcionada a profissionais e produtores que lidam com o desafio do controle do carrapato bovino em sistemas de produção da região Sul do Brasil. Os participantes terão oportunidade de aprofundar seus conhecimentos para auxílio na elaboração de planos de prevenção e controle do parasitismo. Seu conteúdo também é indicado como complementação do aprendizado no tema para estudantes de medicina veterinária em formação”, explica a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul e instrutora da capacitação, Cláudia Gomes. Os participantes recebem certificado da Embrapa ao concluir o treinamento. CLIQUE AQUI para maiores informações. (Embrapa Pecuária Sul)


 
 

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Porto Alegre, 22 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.184


Governo quer fomentar produção de leite no Brasil

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, lançou nesta sexta-feira (19/7) o Projeto Gir Leiteiro, que pretende fomentar a produção de leite pelos pequenos produtores e assentados da reforma agrária do país por meio do melhoramento genético da raça com a transferência de embriões.No Plano Safra da Agricultura Familiar 24/25, o governo incluiu uma linha para o financiamento de genética animal, como a aquisição de embriões, com juros de 3% ao ano. Os pecuaristas também podem acessar os recursos para a recuperação de pastos, a aquisição de tanques de resfriamento de leite e máquinas ordenhadeiras.

Teixeira disse que o objetivo é fomentar a melhoria genética e o aumento da eficiência do rebanho leiteiro para melhorar a produtividade nas pequenas propriedades. "Vamos melhorar a competitividade da agricultura familiar na produção leite. Aumentar a eficiência, a produtividade no pasto. Isso vai gerar um salto e fortalecer a produção", disse Teixeira à reportagem.

O projeto foi encabeçado por Evandro Guimarães, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), ressaltou Teixeira. Outro parceiro importante foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), com quem as iniciativas serão implementadas inicialmente. Mas o objetivo é expandir a ação para todo o país, disse o ministro. Ele não especificou o volume de produção que espera alcançar no projeto nem a nível nacional.

"Vamos começar aqui, mas queremos levar para todo o país. É um programa muito impetuoso para dar escala à produção leiteira na agricultura familiar", pontuou. O ministro destacou que a escolha da raça Gir Leiteiro se deve à rusticidade e capacidade de adaptação dos animais aos ambientes de clima tropical, inclusive com as mudanças climáticas.

O ministro elencou seis vantagens da raça para expandir a produção nos assentamentos. A primeira é a alta produção de leite. "A criação desse gado pode ser altamente lucrativa para os assentados da reforma agrária", disse. Na lista também está a facilidade de manejo, o alto valor genético, a resistência a doenças, a eficiência alimentar e a adaptabilidade a diversos ambientes.

"Essa raça é conhecida por resistir bem a climas quentes e úmidos, tornando-a ideal para regiões tropicais e subtropicais. O Gir Leiteiro também é reconhecido por sua capacidade de converter alimentos em leite de forma eficiente, isso significa que, em comparação com outras raças de gado, requer menos alimentação para produzir a mesma quantidade de leite", apontou. Essa eficiência alimentar, disse Teixeira, é um fator crucial para os assentados da reforma agrária, já que representa redução de custos.

Projeto
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e as cooperativas Coopercampo, Cooperarca-ZM e Coapar. O lançamento foi realizado no Assentamento XV de Novembro em Euclides da Cunha Paulista (SP).

O projeto Gir Leiteiro vai atender, a princípio, as três cooperativas parceiras e três assentamentos da reforma agrária, sendo dois no interior de São Paulo (Pontal do Paranapanema e Andradina) e um na Zona da Mata em Minas Gerais. As famílias de produtores já receberam assistência técnica e organizaram as matrizes leiteiras. Agora elas vão receber os embriões para o melhoramento genético. O projeto oferece formação para os técnicos veterinários locais. (Globo Rural)


Preços da manteiga atingem um novo patamar

O preço da manteiga no mercado spot da Oceania marcou um novo recorde em junho de 2024, ultrapassando US$ 7.000 a tonelada pela primeira vez. O preço da manteiga na Oceania subiu 42% desde o início do ano.

Por trás dessa alta está a combinação dos fundamentos da oferta e da demanda por manteiga e creme de leite. O fraco crescimento sazonal da oferta de leite no Hemisfério Norte reduz o excedente de leite disponível para processamento. Ao mesmo tempo, a Nova Zelândia está exatamente no período de hiato da produção, limitando a oferta de curto prazo. Os estoques nas cadeias de abastecimento internacionais estão baixos, deixando vulneráveis compras à vista. Além disso, com a chegada do verão, existe o aumento da demanda sazonal no Hemisfério Norte por sorvetes.

O preço da manteiga está superando amplamente o complexo dos lácteos. Em junho de 2024, os preços à vista dos outros principais produtos lácteos permaneceram estáveis ou ligeiramente mais elevados. O leite em pó desnatado (SMP) está particularmente definhando, ficando no fim da lista dos outros produtos lácteos, e permanecendo mais de 10% abaixo dos preços médios dos últimos cinco anos.

Para os agricultores isto é uma boa notícia. Os preços da manteiga passam a ser referência para a Fonterra calcular o preço do leite ao produtor.

Os consumidores, no entanto, podem se preparar para o choque nos corredores dos supermercados. Dado que os preços do varejo na Nova Zelândia são definidos periodicamente, e têm como referência as tendências globais dos preços das commodities, os consumidores precisam se preparar para encontrar preços mais altos da manteiga e de produtos que tenham a matéria gorda do leite em sua composição, como os sorvetes.

Para as indústrias de alimentos e panificação o aumento rápido do preço da manteiga representa uma grande dor de cabeça e para equilibrar os orçamentos deverão fazer alterações na lista de ingredientes.

A oferta global de leite continua abaixo do esperado, o que constitui um grande apoio aos preços dos produtos lácteos. Mas, o início da próxima temporada na Nova Zelândia está chegando. 

A produção na Nova Zelândia, com base nos sólidos do leite na temporada 2023/2024 subiu apenas 0,2%, já com o ajuste do calendário para o ano bissexto. Os mercados agora se voltam para ver o quão forte (ou fraco) será o fluxo de leite da primavera.

Por outro lado, os volumes de importação da China continuam fracos. Isto não é surpreendente, mas até que haja um aumento significativo de importações pela China, os mercados globais deverão permanecer bem equilibrados, com preços flutuando dentro dos níveis atuais. (Fonte: Rabobank Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Como andam as vendas dos derivados lácteos no varejo?

O ano de 2024 iniciou com expectativas positivas para as vendas dos derivados lácteos no varejo. Além do cenário econômico mais positivo, com aumento da massa salarial e diminuição da taxa de desemprego, os preços dos principais derivados lácteos apresentavam deflação no varejo, atraindo, até certo ponto, os consumidores finais.

No entanto, no último mês observamos uma mudança em parte deste cenário, com o leite UHT e a muçarela (principais destinos do leite produzido no Brasil) apresentando importantes avanços em seus preços no varejo, atingindo variações anuais de 11,5% e 12,2% no mês de junho, respectivamente, segundo dados da FIPE para São Paulo.

Dito isto, até que ponto os consumidores conseguirão absorver os produtos lácteos? Como as vendas mais recentes na ponta final se comportaram diante destes aumentos e quais são as expectativas para o restante do ano?

Na 16ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, André Vianna, Gerente de Inteligência de Mercado e Consumer Insights na Scanntech, apresentou como os queijos comercializados em peso fixo estão ganhando cada vez mais espaço no mercado, e como outras categorias têm se mostrado bastante importantes para o consumidor final, como os iogurtes e leite com sabor proteicos.

Na próxima edição do Fórum, a Scanntech estará novamente presente para abordar o tema “Demanda de lácteos: como caminhou em 2024 até aqui e o que deve acontecer até o final do ano?”, que será apresentado por Thais Lordelo Castro, Gerente de Inteligência de Mercado na Scanntech, respondendo os questionamentos e trazendo diferentes insights para todos aqueles que querem ser parte do futuro do setor lácteo.

O evento acontecerá no dia 13 de agosto, de forma presencial em Goiânia ou de forma online, de onde estiver. Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Para se inscrever, acesse: https://register.jalanlive.com/forummercado2024?ticket=cpDn. (Fonte: Milkpoint)


Jogo Rápido

AGRO RS EM FOCO - SETOR LEITEIRO
CLIQUE AQUI e confira a entrevista do secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, ao Programa Agro RS em Foco, veiculado na TV Assembleia. (Assembleia Legislativa/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 19 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.183


Indústria do leite está representada nas novas diretorias da Fiergs e Ciergs

Na noite desta quinta-feira (18/07), o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Guilherme Portella, assumiu como diretor da nova comissão que irá presidir a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Alexandre Guerra, atual primeiro vice-presidente do sindicato, será um dos vice-presidentes do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs). A presidência caberá a Claudio Affonso Amoretti Bier, no período de 2024 a 2027, tanto da Fiergs quanto do Ciergs.

Representando o setor industrial leiteiro, Portella indica que a tarefa no grupo será atuar para a promoção do desenvolvimento do Estado no período pós-tragédia climática. “O nosso setor do leite é presente em 493 municípios do Rio Grande do Sul. Nossa experiência e capilaridade certamente ajudarão no desenvolvimento de estratégias de impacto para consolidar um novo ciclo de crescimento que assegure a manutenção do setor industrial, em todos seus segmentos, com seus empregos e geração de renda. Apenas assim nosso estado poderá se recuperar logo, evitando maiores perdas nos negócios e na arrecadação de impostos, que garantem novos investimentos em infraestrutura, educação e desenvolvimento”, assinala o presidente do Sindilat.

Com experiência em gestões anteriores, Guerra lembra que Fiergs e Ciergs sempre atuaram na defesa dos interesses dos setores industriais gaúchos e o momento exige que este protagonismo se acentue. “Na diretoria anterior, coordenei o Conagro no qual o Sindilat também atua, e abrimos diversas frentes de trabalho que precisamos continuar. São projetos ligados à irrigação, à logística com Ferroeste, além do Observatório das Indústrias, com a coleta de dados para planejamento e tomada de decisões. Os desafios são enormes. Com muito trabalho, ao lado do presidente Bier e da nova diretoria, queremos mais uma vez demonstrar a força e a importância das entidades no desenvolvimento das nossas indústrias e do nosso Estado”, aponta. (Assessoria Imprensa Sindilat/Crédito: Dani Barcelos)

 

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1824 de 18 de julho de 2024 
BOVINOCULTURA DE LEITE 

Os produtores de leite enfrentam dificuldades na oferta de pastagens em função do frio intenso das últimas semanas, aumentando a dependência de suplementação com rações, silagens e fenos. Os estoques de volumosos estão sendo intensamente consumidos, o que pode causar desabastecimento em algumas propriedades durante o inverno. O manejo dos animais em sistemas a pasto enfrenta dificuldades devido ao excesso de formação de barro. O grande volume de chuvas e de barro nos corredores e áreas de espera da ordenha aumentou a sujidade nos úberes, prejudicando a qualidade do leite e elevando os casos de mastite. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os preços do leite estão em patamares satisfatórios, incentivando o uso intenso de concentrados. Na de Caxias do Sul, o estado corporal das matrizes se manteve estável em razão da suplementação com forragem conservada, como pré-secados, silagem de milho e cereais de inverno. Na de Erechim, o rebanho leiteiro mantém boa condição nutricional, embora os produtores estejam intensificando o uso de concentrados e volumosos conservados para sustentar a produtividade, o que aumenta os custos de produção. Na de Ijuí, a produção segue estável, e houve redução de volume nas propriedades de sistema a pasto em decorrência da baixa produção das forrageiras. Já nos sistemas confinados, o volume de produção aumentou. Na de Passo Fundo, os animais mantêm adequado estado nutricional em virtude da suplementação alimentar adotada pelos produtores, porém os estoques de silagem e pré-secados estão reduzidos. Na de Porto Alegre, em Eldorado do Sul, foi relatado o retorno do funcionamento de linhas de leite, que haviam sido atingidas pela enchente. 

Na de Pelotas, as estradas ainda apresentam problemas de trafegabilidade, afetando a coleta de leite, mas não há registros de interrupção na coleta da produção. As águas permanecem altas nas propriedades ao redor do Canal de São Gonçalo e da Lagoa dos Patos. Na de Santa Maria, a pressão intensa sobre as áreas disponíveis tem levado ao sobrepastejo, comprometendo ainda mais a qualidade do pasto para o futuro próximo. Na de Santa Rosa, os produtores relataram uma considerável redução nas infestações de ectoparasitas e nas patologias parasitárias. Além disso, a qualidade do leite está adequada devido às boas condições corporais das vacas. Já na de Soledade, o período chuvoso e úmido tem favorecido o surgimento de mastites, especialmente em função do excesso de umidade nas pastagens e nas proximidades das instalações. (Fonte: Emater/RS-Ascar, adaptado pelo Sindilat/RS) 

PREVISÃO METEOROLÓGICA - 18 a 24 de Julho

A previsão para os próximos quatro dias indica nebulosidade e temperatura amenas para o RS.

Na quinta-feira (18/07), o estado estará sob a influência do setor oeste da Alta Subtropical do Atlântico Sul, localizada no sudoeste do Oceano Atlântico até o momento, mantendo o tempo estável em todas as regiões, com possibilidade de aumento da nebulosidade na Região Sul. Ao longo do dia, as temperaturas devem elevar-se gradativamente devido à ação do Jato de Baixos Níveis, que trará ar quente e úmido da Amazônia, mantendo as tardes mais amenas. Na sexta-feira (19/07), há formação de um cavado em altos níveis, juntamente com a aproximação de uma frente fria em superfície. Esta frente deslocar-se-á em direção ao oceano, aumentando a nebulosidade e possibilitando a formação de nevoeiros do tipo pré-frontal. A maior nebulosidade poderá abrir espaço para possibilidade de chuvas isoladas na faixa compreendida entre as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste no final da tarde. As temperaturas seguirão em elevação gradual ao longo do dia. 

No sábado (20/07), a amplificação do cavado em altos níveis seguida pelo desenvolvimento de um vórtice ciclônico a oeste da Cordilheira dos Andes manterá o mesmo padrão de tempo do dia anterior, com temperaturas em elevação em todo o estado e novamente presença de nebulosidade, principalmente nas regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Região Central e parte da Região Metropolitana. No domingo (21/07), a configuração atmosférica em altos níveis persistirá, mantendo a nebulosidade sobre as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. Em superfície, o deslocamento do anticiclone migratório pós-frontal, ao afastar-se do RS em direção ao oceano, juntamente com a atuação dos Jatos de Baixos Níveis, promoverá a elevação das temperaturas e umidade até o final do dia.

A tendência para o início da semana no RS é de precipitação no Sul e aumento de temperaturas. Na segunda-feira (22/07), haverá um enfraquecimento do cavado em altos níveis seguido por escoamento divergente. Em baixos níveis, o Jato de Baixos Níveis voltará a atuar sobre o estado, trazendo ar quente e úmido da Amazônia, o que pode levar ao aumento das temperaturas. Na terça-feira (23/07) este padrão atmosférico deve se repetir. Na quarta-feira (24/07), a conjunção de fatores em baixos, médios e altos níveis atmosféricos contribuirão para formação de instabilidades no Sul do estado, possibilitando chuvas de intensidade fraca na região.

Os prognósticos não indicam chuvas para o estado para os próximos sete dias, com exceção de áreas isoladas no Sul. (SEAPI/EMATER)


Jogo Rápido

MP vai anistiar quem perdeu tudo
A Medida Provisória a ser editada pelo governo federal para enfrentar o endividamento de produtores rurais gaúchos atingidos por extremidades climáticas deverá prever o perdão de até 100% dos débitos para aqueles empreendedores que perderam tudo em maio. Em outros casos, haverá desconto proporcional ao prejuízo sofrido. O anúncio foi feito pelos ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ontem, depois de reunião com representantes do setor primário do Estado, na Secretaria da Reconstrução, em Porto Alegre. De acordo com Fávaro, o texto será publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 30 de julho. “Será uma MP com tratamento diferente aos diferentes, inclusive com a possibilidade de zerar as dívidas daqueles que foram bastante afetados”, afirmou. Teixeira, por sua vez, destacou a criação de um fundo garantidor para as operações de crédito no valor de R$ 600 milhões, em MP publicada também ontem no DOU. O ministro afirmou que os recursos são suficientes para dar respaldo a um total de R$ 3 bilhões em financiamentos pelo Pronamp e o Pronaf. (Correio do Povo)


 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 18 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.182


Mais leite, menos fazendas

Tanto os Estados Unidos quanto o Brasil vivenciam transformações significativas no setor leiteiro, marcadas por um aumento na produção e concentração da atividade em médio e grandes produtores. Compreender as tendências em cada país nos ajuda a entender para onde caminha o futuro do setor lácteo global.Produção de leite nos EUA: número de vacas estável e aumento na produção
O Censo Agrícola do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas do USDA revelou dados relevantes sobre a produção de leite nos Estados Unidos, evidenciando duas tendências principais: aumento na produção e concentração em grandes operações.

A produção de leite nos EUA cresceu 11,8 bilhões de litros entre 2013 e 2023, com um número relativamente estável de vacas. Esse crescimento não foi uniforme em todo o país, 16 dos 24 principais estados produtores registraram aumento em sua produção, enquanto 8 estados, incluindo Califórnia, Flórida e Illinois, apresentaram queda. Texas, Wisconsin e Idaho lideraram o crescimento.

*Gráfico em milhões de libras (1 libra de leite equivale a aproximadamente 0,473 litros de leite). Fonte: Farm Journal’s State of the Dairy Industry report. Imagem traduzida.

“Por uma ampla margem, o maior crescimento ocorreu no Texas, produzindo mais 3,3 bilhões de litros de leite de 195.000 vacas a mais do que há 10 anos”, disse Lucas Fuess, analista sênior de laticínios do Rabobank. 

O tamanho das fazendas também sofreu uma mudança notável. De acordo com Fuess, as operações com menos de 500 vacas representam 80% das fazendas leiteiras do país. No entanto, a maioria das vacas está em fazendas com 1.000 animais ou mais. 


Fonte: Farm Journal’s State of the Dairy Industry report. Imagem traduzida.

Para Lucas Fuess, a tendência futura do leite nos EUA é a concentração do rebanho em grandes fazendas. “No futuro, é provável que mais vacas se mudem para fazendas maiores, que são capazes de produzir leite a um custo menor em comparação com operações menores. O crescimento no número de fazendas maiores persistirá, mas as fazendas menores continuarão existindo em números consideráveis, especialmente aquelas que praticam a agricultura diversificada e aquelas que mantiveram baixos níveis de endividamento.” 

Como se comportou a produção no Brasil nesse período?
Para entender as transformações na base produtiva brasileira, em 2023 a MilkPoint Ventures realizou uma pesquisa inédita, que amostrou quase 1/3 do leite inspecionado no Brasil (32,3% do leite formal), a partir de 41 laticínios, sendo 17 cooperativas e 24 não cooperativas. 

Em conjunto, as empresas amostradas processam 21,1 milhões de litros/dia a partir de 48.432 produtores, com média de 437 litros/dia. Em 2013, a média havia sido de 246 litros/dia, evidenciando um expressivo crescimento de 77% no período.

Fonte: Relatório Quem Produz o Leite Brasileiro 2023.

Analisando as 17 empresas que participaram dos levantamentos de 2013 e 2023, os números são também significativos para explicar as mudanças (Figura 4). Estas empresas aumentaram a captação em 36% com uma queda de 19% no número de fornecedores.


Fonte: Relatório Quem Produz o Leite Brasileiro 2023.

Segundo o relatório “Quem produz o leite brasileiro”, os 4,8% de produtores, cuja produção é superior a 2.000 litros/dia, produzem hoje quase a metade do leite – 46,3%. Já os produtores abaixo de 200 litros perfazem 60,7% do total de produtores, mas respondem por apenas 11,3% do leite.


Fonte: Relatório Quem Produz o Leite Brasileiro 2023.

O Brasil, assim como os EUA, passa por uma transformação considerável na produção de leite. Ambas as produções seguem em trajetória de crescimento, impulsionada pela eficiência. A concentração em grandes fazendas é uma tendência marcante, enquanto a viabilidade de pequenos produtores depende da busca por diferenciação, agregação de valor e adoção de novas tecnologias.

Políticas públicas setoriais devem envolver enfoques distintos dependendo do público-alvo: para produtores de menor porte, acesso a crédito, assistência técnica qualificada e acesso ao mercado (incluindo oportunidades para a diferenciação do produto), visando oferecer possibilidades de inserção nessa nova realidade. Para grandes explorações, são necessários incentivos para a instalação de novos projetos, bem como mostrar que a produção em escala com eficiência pode ser um bom negócio. Para ambos os públicos, a criação de ferramentas que permitam maior previsibilidade de receitas e despesas é oportuna, melhorando o ambiente de negócios no setor. (Por Maria Luíza Terra/Milkpoint)

 

Governo quer estimular aumento da produção de leite

O governo federal quer estimular o aumento da produção de leite proveniente de pequenos produtores rurais. Fortalecer a bacia leiteira é uma das “engrenagens” do Plano Safra 2024/25 da agricultura familiar, conta o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

“Tem dois produtos da cesta básica que teremos uma atenção especial para estimular a produção que são o arroz e o leite. A bacia leiteira foi muito atacada quando foi aberta a importação de leite”, disse Teixeira a jornalistas, em referência à retirada do imposto sobre leite importado durante o governo Bolsonaro.

“Arroz e leite são produtos que o Brasil não precisa importar e podem até ser exportados em seus derivados”, acrescentou.

O ministro destacou que o governo adotou, desde o ano passado, uma série de medidas de socorro aos produtores e para frear as importações elevadas de leite e derivados, como o aumento da tarifa externa comum sobre produto importado de países de fora do Mercosul e linhas específicas de renegociação de dívidas e financiamento. De acordo com dados do governo, o valor gasto com importação de leite em pó caiu 19,3% no primeiro semestre deste ano ante igual período do ano passado e recuou 8,9% em volume na mesma base comparativa.

“A importação diminuiu muito. Estamos revertendo isso e fortalecendo a cadeia leiteira”, apontou.

Na ponta de estimular o aumento da produção, o Executivo lançou linhas de crédito específicas voltadas ao investimento na bacia leiteira com juros de 3% ao ano para financiamentos em genética animal, recuperação de pastos, aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras dentro da política de crédito oficial.

“A ideia é prover melhoria genética e aumento do rebanho para o pequeno produtor ter maior produtividade”, disse Teixeira.

Há duas linhas específicas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) voltadas à produção de alimentos dentro do Plano Safra da agricultura familiar, que se estende até 30 de junho do ano que vem, com recursos subsidiados e juros de 3% ao ano para operações de custeio para produção convencional e de 2% ao ano para produção agroecológica. “São juros negativos do ponto de vista financeiro com forte subsídio do governo”, apontou Teixeira.

Outra área prioritária no Plano Safra 2024/25 da agricultura familiar será o microcrédito por meio do Pronaf B, voltado ao financiamento de famílias agricultoras com renda de até R$ 50 mil por ano. A ampliação do limite de crédito para as famílias passou de R$ 10 mil para R$ 12 mil e, para as mulheres, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, com a criação de um limite independente para jovens rurais de R$ 8 mil.

“É um programa que roda muito bem no Nordeste com Fundo Constitucional e inclui os produtores mais pobres no crédito e na assistência técnica. Agora, junto com as instituições financeiras, vemos a extensão para o Norte e Centro-Oeste”, apontou o ministro. Na safra passada, as operações do microcrédito cresceram 34% para 879 mil contratos e 94% em volume de recursos, para R$ 5,94 bilhões, .

Segundo Teixeira, as garantias utilizadas nos Fundos Constitucionais do Norte e Centro-Oeste foram equiparadas às do Nordeste e a metodologia utilizada pelos agentes financeiros foi compartilhada com bancos regionais do Norte e Centro-Oeste.

“Testaremos isso em todo o Brasil. Onde não tem fundo constitucional, lançamos fundo de aval para produtor e cooperativa tomar empréstimo quando não tem mais garantia. Agora, há fundo garantidor para os financiamentos do Pronaf em todo o País, com o Fundo Garantidor de Operações (FGO), o Fundo de Amparo às Micros e Pequenas Empresas do Sebrae (para cooperativas) e o Fundo Garantidor para Investimentos com o BNDES (FGI/BNDES para cooperativas)”, observou.

De acordo com o ministro, os fundos de aval lançados pela pasta com BNDES e Sebrae já estão disponíveis. “Quanto ao FGO, pedimos validação da Câmara dos Deputados por meio de projeto de lei para uso do FGO no Pronaf”, pontuou sobre a inclusão dos agricultores familiares do Pronaf e suas cooperativas no rol de beneficiários do FGO.

De acordo com o ministro, outro pilar do Plano Safra familiar é nacionalizar o acesso ao crédito aos pequenos produtores. Atualmente, 3 milhões de agricultores familiares estão habilitados a acessar os programas governamentais registrados em Cadastros Nacionais da Agricultura Familiar (CAFs) ou Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs).

“O Plano Safra 2024/25 para agricultura familiar em sua totalidade tem mais recursos, juros menores e mais degraus para o produtor acessar o financiamento, com garantia que o recurso vai chegar a todos”, pontuou. O Plano Safra 2024/25 da agricultura familiar tem R$ 76 bilhões em recursos para financiamento de pequenos produtores. (Estadão Conteúdo)

 
IPVDF retoma recebimento de amostras em Eldorado do Sul a partir da próxima segunda-feira (22/07)

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal (IPVDF) retoma, na próxima segunda-feira (22/07), o recebimento de amostras para diagnósticos em sua sede, em Eldorado do Sul.

Fortemente atingido pelas enchentes de maio, o IPVDF passou por um processo de higienização para que o Setor de Protocolo, que faz o recebimento das amostras, pudesse voltar a funcionar em seu local.

O instituto está recebendo amostras para diagnóstico de raiva, epididimite, brucelose bovina, biocarrapaticidograma, parasitológico de fezes, certificação de granjas (GRSC) e histopatológico (somente em formol).

Endereço para entrega de amostras: IPVDF - Estrada do Conde, 6000, Sans Souci, Eldorado do Sul. CEP 92990-000

As amostras enviadas até a Rodoviária de Porto Alegre são coletadas às terças e quintas-feiras, no final da manhã, mediante aviso ao Setor de Protocolo do IPVDF. 

Para mais informações: (51) 98683-4297 (WhatsApp) ou protocolo-ipvdf@agricultura.rs.gov.br. (SEAPI)


Jogo Rápido

Sindilat: produtor atento às variações de preço dos lácteos
Os produtores de leite no Brasil enfrentam incertezas com os preços em baixa e as importações. Na análise do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, a recuperação da cadeia produtiva vai depender da melhoria nos custos de produção. CLIQUE AQUI e assista a entrevista (AgroMais)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.181


Resumo das Perspectivas Agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033

A 20ª Edição das Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033, foi publicada no dia 02 de julho de 2024, trazendo uma análise da evolução do setor agropecuário mundial dos últimos tempos e as previsões para os próximos dez anos. 

O trabalho, realizado há 20 anos, é o resultado da colaboração entre a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com a ajuda de especialistas dos seus países membros e de organizações internacionais especializadas. Ele constitui uma referência para o planejamento de ações públicas, e é particularmente útil num contexto marcado pelas consequências da recente pandemia de Covid-19, pelo aumento das tensões geopolíticas e pelo agravamento dos efeitos das alterações climáticas.

Resumo da 20ª Edição das Perspectivas Agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033
- As economias emergentes exerceram uma influência cada vez mais determinante sobre a evolução dos mercados internacionais de produtos agrícolas, pesca e aquícolas no decorrer dos últimos vinte anos e deverão continuar tendo influência ainda na próxima década.

Os países de renda baixa e média aumentaram o consumo de produtos agrícolas, e também a sua produção, graças ao progresso tecnológico, inovação e aumento da exploração de seus recursos naturais. As mudanças resultantes na geografia da produção e consumo agrícola tiveram um impacto na estrutura do comércio internacional.

- A China não terá o mesmo vigor no comércio mundial de alimentos e de produtos agrícolas, enquanto que a Índia e o Sudeste da Ásia deverão adquirir maior influência em decorrência do crescimento de suas populações urbanas e elevação do nível de vida.

A China depois de ter sido responsável por 28% do aumento do consumo mundial de agro alimentos, representará apenas 11% na década analisada. O declínio é atribuído à estabilização dos hábitos alimentares, menor crescimento da renda da população e o declínio populacional. Por outro lado, a Índia e os países do Sudeste Asiático serão responsáveis por 31% deste aumento até 2033.

As Perspectivas preveem que o consumo total de produtos agrícolas, pesca e aquicultura aumentará 1% ao ano no decorrer dos próximos dez anos, impulsionado, em grande parte, pelos países de renda baixa e média. O consumo global de alimentos aumentará à taxa de 1,2% ao ano, impulsionado pelo crescimento demográfico e aumento da renda. Na maioria das regiões, a utilização de culturas para alimentação animal crescerá mais rapidamente do que o consumo direto de alimentos, considerando que os produtos de origem animal ocuparão mais espaço na dieta alimentar. 

- Nos países de renda média, a ingestão de calorias deverá aumentar 7% devido ao consumo de maiores quantidades de alimentos básicos, produtos de origem animal e gorduras. Nos países de renda baixa, a ingestão de calorias aumentará 4%, o que é demasiado lento para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável Fome Zero (ODS 2).

As restrições da renda dificultam a transição para dietas mais ricas em nutrientes e proteínas, constituídas principalmente por produtos de origem animal, peixe, marisco, vegetais e frutas, o que explica porque a população depende ainda, essencialmente de alimentos básicos para o seu sustento.

Nos países de renda elevada, a alimentação reflete a preocupação crescente da interação entre dieta, saúde e sustentabilidade, como atestado pelo ligeiro recuo do consumo de gorduras e edulcorantes, bem como a modificação e estabilização da ingestão de proteínas esperada para a próxima década. 

- A intensidade das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) procedentes da agricultura mundial deverá diminuir, porque o crescimento ocorrerá através do ganho de produtividade e não com o aumento da superfície utilizada para culturas ou criação de animais, o que não impedirá que as emissões diretas do setor cresçam 5%.

A expectativa é de que nos próximos dez anos, a intensidade das emissões de carbono pela produção agrícola diminuirá em cada uma das sete regiões abrangidas nestas Perspectivas, uma vez que as emissões diretas de GEE do setor agrícola estão aumentando mais lentamente do que a produção. No entanto, apesar dessa dissociação relativa, o aumento de produção agrícola ensejará, em valor absoluto, crescimento de 5% das emissões diretas.

- A redução pela metade das perdas e desperdícios de alimentos reduziria as emissões agrícolas de GEE em 4% a nível mundial e o número de pessoas subnutridas em 153 milhões até 2030.

- O bom funcionamento dos mercados internacionais de produtos agrícolas será determinante para a segurança alimentar, na medida em que 20% das calorias são comercializadas e as populações rurais poderão melhorar os meios de subsistência com a participação nestes mercados e nas cadeias de valor globais de agro alimentos.

- Os preços internacionais de referência reais dos principais produtos agrícolas registrarão, provavelmente, um leve recuo nos próximos dez anos, recuo esse que poderá não chegar aos preços do final da cadeia e varejo local. (Fonte: OCDE – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Ministro Fávaro discute propostas para desburocratização das exportações

Visando aumentar o espaço dos produtos da agropecuária brasileira nas exportações, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Frank Rogieri, que apresentou algumas perspectivas do setor para que as exportações de madeira e grãos pelo Porto de Paranaguá possam ser mais ágeis.

O Brasil é signatário da Convenção Internacional de Proteção Vegetal da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (IPPC/FAO). Assim, país segue as recomendações internacionais por meio da ISPM-15 - Normativa Internacional de Medidas Fitossanitárias Nº 15, que estabelece uma série de procedimentos envolvendo as madeiras usadas no transporte de cargas. Uma das exigências é que elas sejam tratadas e tenham a marca IPPC visíveis no material.

Sem abrir mão dos altos padrões da Defesa Agropecuária brasileira, o ministro debateu processos que possam desburocratizar os trâmites portuários, garantindo a fiscalização necessária, mas de forma mais ágil.

“Batemos recorde de abertura de mercados para os produtos da agropecuária brasileira, já conquistamos 160 novos mercados, mas também estamos investindo em ações para que as nossas exportações sejam ainda mais eficientes e os produtos brasileiros ganhem ainda mais espaço no mundo”, destacou o ministro.

Assim, o diálogo permanente com diversos setores ajuda a identificar os processos que podem vir a ser otimizados. Após a reunião realizada nesta terça-feira (16) na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que também contou com a participação da diretora de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Graciane Castro, uma nova rodada de debates deverá ser realizada junto a representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). (MAPA)

Agricultores de Santo  ngelo participam de Curso de Emissão de Nota Fiscal Eletrônica

Para que possam atender à legislação vigente e acessar benefícios e novos mercados, agricultores de Santo  ngelo têm a oportunidade de participar do Curso de Emissão de Nota Fiscal Eletrônica. O primeiro módulo foi realizado na quinta-feira (11/07), junto ao Centro Municipal de Cultura, ministrado pelo contador da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Roberto Ferreira.

Operações e obrigações de emissão de nota fiscal eletrônica, bem como orientações sobre previdência social rural, e-social, livro caixa e imposto de renda, estiveram em pauta na abordagem de Ferreira. Conforme o RICMS, o produtor rural que teve faturamento superior a R$ 1 milhão em 2022, já está obrigado a emitir nota fiscal eletrônica. A obrigatoriedade também se estende a partir do dia 2 de janeiro de 2025 ao produtor com faturamento menor que R$ 1 milhão em 2022. O microprodutor rural, com faturamento até 15.000/UPF (R$ 388.645,50) em 2024, tem isenção do ICMS nas saídas dentro do Estado. “Caso o microprodutor remeta produtos para fora do Estado estará sujeito à tributação”, esclarece o contador.

O próximo encontro acontece na quinta-feira (18/07), quando os produtores conhecerão mais sobre a prática do uso do aplicativo para a emissão de nota, o APP Nota Fiscal Fácil - NFFs. No terceiro módulo, a ser realizado no dia 25/07, também serão orientados detalhes da utilização do sistema online. (Emater/RS-Ascar - Regional de Santa Rosa)


Jogo Rápido

Posse na Fiergs
O empresário Cláudio Bier (Masal) assume amanhã, às 19h, a presidência da Fiergs/Ciergs. Deixa o cargo Gilberto Porcello Petry, que honrou a cadeira durante dois mandatos. Homem de fino trato, foi incansável na defesa do empresariado gaúcho. (Jornal do Comércio)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.180


GDT - 16/07/2024


(Fonte: GDT)

Leite: cotações de leite e derivados no BR vêm reagindo, mas menor competitividade em preço e queda de braço com as importações podem trazer incertezas no 2º semestre
  
Segundo o International Farm Compariton Network (IFCN), a oferta mundial de leite em 2024 segue com baixa de 0,4% em relação a 2023. Em que pese a redução da oferta, os preços dos derivados lácteos, desde novembro de 2022, têm se mantido baixos, especialmente com a redução das importações chinesas.

A migração da produção de regiões tradicionais para regiões emergentes é outro fenômeno que vem se consolidando na produção de leite. Segundo a FAO, em 2000 a Europa produziu 37% do leite mundial de bovinos, a Ásia 29%, as Américas 26% e a Oceania e a África 8%. Em 2021, a Europa produziu o equivalente a 26%, a América 22% e a Ásia 44%. Esse movimento tem dois vetores relevantes. Em relação à Europa, pode-se afirmar que a maturidade do mercado, aliado aos rigores das normas de produção referentes aos impactos ambientais, dentre outras restrições, tem gerado desestímulo e estagnação da produção de leite. A Ásia tem como motor de seu crescimento a expansão da população, a mudança de hábitos alimentares, a urbanização e o elevado aumento de renda das populações. Os principais países produtores de leite de bovinos são a Índia, o Paquistão e a China.

Merece destaque também a mudança da participação dos diferentes grupos no mercado mundial de alimentos. Segundo a FAO, em 2000 os produtos lácteos representavam 9% dos valores transacionados e em 2021 passaram a 8%. No mesmo período frutas e vegetais passaram de 18% para 19% e cereais e preparados de 14% para 15%. Isto pode indicar uma mudança de hábito alimentar para alimentos à base de plantas.

As projeções macroeconômicas para o Brasil apontam crescimento do PIB, manutenção da taxa Selic, redução da inflação e do desemprego para o ano corrente. Contudo, incertezas sobre as contas públicas e o aumento da dívida têm gerado expectativas de perda de dinamicidade da economia brasileira em 2025. Isto acende um alerta para o setor lácteo, na medida em que os produtos possuem elevada elasticidade de renda, que, por sua vez, depende diretamente do crescimento econômico. Além disso, nos últimos meses, têm sido observada uma elevação das cotações ao consumidor, o que pode inibir as vendas.

No Brasil há muitos desafios referentes à competitividade da cadeia produtiva de lácteos. Comparando os preços nacionais de produtos lácteos com os dos importados, verifica-se, em relação ao preço FOB, que a muçarela nacional tem spread médio de 31% e o leite em pó integral de 37%.

 Essa diferença maior dos preços nacionais, mesmo com as elevações recentes da taxa de câmbio, incentiva a continuidade do processo de importação. Essa situação se torna realmente desafiadora para os laticínios se considerarmos uma piora de suas margens nos últimos três meses. Nesse sentido, a indústria de laticínios nacional tem perdido capacidade de manter as margens dos diferentes produtos.

Na produção primária, a situação também traz desafios. Na comparação dos preços recebidos pelos produtores nacionais com os produtores no mercado mundial, verifica-se que os valores pagos aos nacionais são maiores que os de outros países. Em maio de 2024 a diferença no preço do leite spot, em Minas Gerais, para os pagos aos produtores na Argentina e no Uruguai, foi maior, em dólar/kg, em 33% e 43%, respectivamente (Figura 1). Além da competividade internacional e as questões climáticas, que tem afetado áreas importantes de produção de leite, deve-se considerar, ainda, incertezas em relação à continuidade da queda e ou manutenção dos custos de produção. Após um período de queda, o ICP/Leite da Embrapa passou por uma dinâmica lateralizada desde maio de 2023 e, recentemente, a sinalizar alta dos custos.

Em síntese, desafios se colocam para o setor lácteo, considerando, neste primeiro semestre de 2024: (1) preços ao produtor em crescimento; (2) redução das margens da indústria; (3) incentivos, via preço, ao aumento das importações; e (4) proximidade do período de safra (5) pouca maturidade da governança da cadeia produtiva para alianças estratégicas de longo prazo para enfrentar os desafios. (Fonte: Embrapa Gado de Leite)



​Despesas relacionadas às enchentes são autorizadas pelo Fundesa-RS

As contas do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS para o primeiro semestre foram aprovadas nesta segunda-feira, durante Assembleia Geral Ordinária. O saldo do Fundesa está em R$ 148,2 milhões. As despesas, relacionadas a indenizações e investimentos, nos primeiros seis meses do ano ficaram em R$ 6,7 milhões.

Em relação aos aportes no segundo trimestre, os conselheiros deliberaram sobre a aquisição de equipamentos e insumos para o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor. O prédio do IPVDF, localizado em Eldorado do Sul, foi afetado pelas enchentes. “Muitos produtos como kits Elisa, utilizados para testes de enfermidades, foram perdidos”, explica o presidente do Fundo, Rogério Kerber. Reagentes e outros insumos, que precisam de refrigeração também foram perdidos em função da falta de energia elétrica. Alguns equipamentos como refrigeradores e freezers precisaram ser repostos e aparelhos de laboratório precisaram ser recalibrados. Ao todo, foram aportados mais de R$ 172 mil.

As enchentes também provocaram danos em instalações do Parque Assis Brasil, como a Inspetoria de Defesa Agropecuária de Esteio (localizada no parque) e no desembarcadouro de animais. “Por se tratarem de instalações que têm conexão com as atividades do Fundesa, foram liberados recursos para a reforma e consertos das edificações”, afirma o dirigente. A liberação da verba proporcionou o rápido andamento das obras, com término previsto para 15 de agosto, permitindo a realização da Expointer 2024.

Outro recurso aprovado durante a assembleia foram os R$ 288 mil para a reforma e revitalização da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Santa Rosa, na região Noroeste do estado. A IDA, localizada em prédio histórico, precisa de reparos em toda a estrutura. Já para ampliação das atividades da PDSA, Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS, foram liberados R$ 156 mil. O valor foi destinado à Fundação de Apoio à Tecnologia da UFSM, através de acordo de cooperação técnico-científica, para o desenvolvimento do módulo de Emissão de Guias de Trânsito de Subprodutos, dando mais um passo à informatização de todos os processos relacionados à sanidade animal no RS.

A prestação de contas do Fundesa-RS é realizada a cada trimestre e fica disponível no site da entidade (www.fundesa.com.br). (Fonte: Fundesa)


Jogo Rápido

Exportações - Agro soma 49% dos embarques 
O setor agropecuário brasileiro respondeu por 49,2% dos embarques totais realizados pelo Brasil no primeiro semestre deste ano, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa). No período, as exportações dos produtos agropecuários alcançaram 82,39 milhões de dólares. Apesar de 0,4% inferior que no mesmo intervalo do ano passado, o saldo é o segundo maior para o período na série histórica. (Correio do Povo)