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26/07/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.710


Conseleite/PR
 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Julho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2022 é de R$ 4,9707/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)


Preços da FrieslandCampina permanecem elevados em agosto de 2022
 
O preço do leite convencional garantido pela FrieslandCampina para o mês de agosto de 2022 ficou inalterado em relação ao mês de julho, € 60,00/100 kg, R$ 3,48/litro.
 
A alteração de R$ 3,43/litro para R$ 3,48/litro, em reais, foi decorrente da desvalorização da moeda brasileira]. Não houve variação, porque as principais indústrias de referência acreditam que os preços se manterão estáveis.

 
O preço garantido pela FrieslandCampina para o leite convencional captado em agosto de 2022 é 59% superior ao preço de agosto de 2021. Assim como ocorreu no mês passado, a diferença do preço do leite convencional em relação ao preço do leite orgânico está em apenas 4,5%, uma diferença só vista nos últimos 3 meses.  Historicamente, o valor do leite orgânico sempre superou em pelo menos 20% o preço do leite convencional. As distopias do setor lácteo, no entanto, chegaram ao leite orgânico, e de dezembro para cá a cotação entre os dois tipos de leite está cada vez menor. Isso ocorre por dois movimentos: primeiro, o crescimento da produção de leite orgânico, através da conversão de fazendas leiteiras, incentivadas pelos programas sustentáveis de produção, e melhor aceitação do consumidor. Depois, durante a pandemia, questões econômicas foram sendo agravadas, e os consumidores passaram a ter dificuldades orçamentárias. Houve mudança para compras de produtos mais baratos. Assim, o leite orgânico está sendo substituído pelo leite convencional para caber no orçamento das famílias europeias. Hoje os preços nas gôndolas já estão muito próximos.
 
Assim como para o leite convencional, o preço garantido pela FrieslandCampina para o leite orgânico de agosto de 2022 permaneceu em € 62,75/100 kg, [R$ 3,59/litro], acompanhando a expectativa das indústrias de referência.
 
O preço garantido do leite orgânico da FrieslandCampina para o mês de agosto de 2022 é 24,3% superior ao valor de agosto de 2021.
 
Já o preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O Temos ainda o preço garantido para o leite orgânico, que segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.
 
E finalizando temos o preço garantido da FrieslandCampina, que faz parte da política de preços da cooperativa e é estimado com base no desenvolvimento dos preços do leite publicados pelas principais indústrias de referência da Alemanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica. (Fonte: FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)
 

Produção global de leite não espera ganhos em 2022

As entregas globais de leite continuaram registrando um déficit anual em maio, com pouca expectativa de recuperação para o resto do ano.

De acordo com as últimas previsões para as principais regiões produtoras de leite (EUA, UE-27, Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália e Argentina), a produção global deverá cair 0,5% no ano de 2022.
Esta é uma redução em relação à previsão de abril, onde a produção deveria permanecer estável no ano.

Em termos de volume, o declínio previsto na UE será o maior, com queda de 838 milhões de litros em relação aos níveis de 2021.

A menor qualidade do pasto devido ao clima quente e seco e o menor uso de ração devido à falta de disponibilidade e ao aumento do custo são os principais fatores. Esses fatores também devem diminuir o teor de gordura e proteína do leite, reduzindo a disponibilidade de sólidos do leite para processamento, de acordo com as últimas perspectivas de curto prazo da UE.

As entregas de leite no Reino Unido continuaram abaixo dos volumes do ano passado, com entregas na Grã-Bretanha especificamente com desempenho inferior ao previsto. A produção na Irlanda do Norte começou o ano com forte crescimento; no entanto, isso agora diminuiu e, portanto, o crescimento previsto para a região caiu para um declínio anual de 1,2%.

Após um início pior do que o previsto para 2022, a Austrália e a Nova Zelândia agora devem registrar declínios anuais para o ano (-2,4% e -0,7%, respectivamente). Isso ocorre apesar dos picos sazonais que ainda estão por vir, pois não se espera que nenhum ganho de volume no segundo semestre de 2022 supere os perdidos no primeiro semestre.

Os EUA estão antecipando uma pequena queda na produção devido ao crescimento mais lento do que o esperado nos rendimentos. Enquanto isso, espera-se que a Argentina continue vendo um crescimento anual, embora a um ritmo mais lento do que no ano passado, à medida que as finanças agrícolas se tornam menos favoráveis.

Sem sinais de pressões inflacionárias sobre os custos de insumos, os produtores não se sentem encorajados a melhorar os rendimentos, apesar dos atuais preços fortes do leite. Acrescente a isso os desafios contínuos de escassez de mão de obra, atrasos no transporte, aumento dos requisitos de ecologização e clima desfavorável, e a viabilidade de aumentar a produção no curto prazo parece duvidosa.

A situação de oferta apertada fornece suporte aos preços dos lácteos, embora a demanda possa ser atenuada quando os grandes saltos de preço fluem para os consumidores. Isso está começando a ser visto com vendas mais baixas no varejo na Grã-Bretanha, uma situação que provavelmente também está ocorrendo nos mercados da UE e dos EUA. (As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Manejo sustentável
Fazer da atividade produtiva uma aliada na luta contra o aquecimento global é a proposta que entra em campo com o projeto Pecuária Sustentável nos Campos de Altitude do Rio Grande do Sul, desenvolvida pelo Sebrae. Inédita, irá adequar o manejo de 15 produtores de gado de corte e de leite dos Campos de Cima da Serra a partir de agosto. O foco será estimular o desenvolvimento sustentável das atividades agropecuárias com a integração lavoura-pecuária - e, com isso, não só reduzir a emissão do gás metano (gerada no processo de ruminação dos animais), como também permitir o sequestro de carbono. Para isso, além de consultorias, treinamentos e visitas técnicas a cada dois meses, os produtores irão ter a pegada de carbono da sua propriedade medida uma vez ao ano, durante os três anos. - Para o produtor, o ganho principal vai ser de marketing: poder vender, ao final, um leite ou uma carne zero carbono - argumenta Claiton Velho, gestor de projetos da regional Serra Gaúcha do Sebrae-RS. Um dos produtores já selecionados para participar da iniciativa é o presidente da Associação dos Produtores Rurais dos Campos de Cima da Serra (Aproccima), Carlos Roberto Simm. Para ele, a vantagem também está na diferenciação: - Hoje o consumidor está mais exigente. Ter, no futuro, um selo de carbono neutro no nosso produto vai agregar ainda mais valor. Sem falar na possibilidade de ajudar a mitigar os problemas do efeito estufa. Depois de três anos, a ideia é que os produtores consigam monetizar o resultado no mercado de carbono. O projeto inicial ainda tem vagas - informações pelo fone (54) 99974-8993. (Zero Hora)


 
 

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