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Porto Alegre, 09 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.710

 

   Tendência de queda permanece para as importações de leite

As importações lácteas, apresentadas em milhões de litros de leite equivalente no gráfico 1, voltaram a cair, tanto ao compararmos com os números de março de 2018 com os de fevereiro, quanto na comparação dos três primeiros meses de 2018 em relação ao mesmo período dos últimos 2 anos. No acumulado de 2018, importamos 212 milhões de litros de litros, 191 milhões a menos que em 2017 e 48 milhões a menos do que em 2016.

Gráfico 1. Acumulado das importações brasileiras em equivalente leite (milhões de litros). Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb.
 
Com as gorduras lácteas também valorizadas no mercado brasileiro, o leite em pó desnatado teve uma queda em volume importado de 53% com relação a fevereiro, com preço de importação estável – subindo 0,9% em relação ao mês anterior. Já o leite em pó integral, teve uma queda de 10% no volume importado (em relação a fevereiro) e aumento de 1,26% em seu preço de importação. Este cenário é devido, basicamente, aos baixos preços praticados no mercado brasileiro, que reduzem a competitividade do produto importado. Ao compararmos com o mesmo período do ano passado, o volume de importação diminuiu 58% no desnatado e 48% no integral.

Já a importação de manteiga aumentou 25% em volume em relação ao mês de fevereiro – um sinalizador claro de que a demanda interna por gorduras lácteas segue vigorosa; foram 590 toneladas importadas do produto. Já no soro de leite em relação ao mês anterior, foi observado o aumento em 15% do volume importado, fechando em 1420 toneladas.  A importação de queijos subiu em relação a fevereiro - uma variação positiva de 20%, e no total, entraram 2284 toneladas do produto. (Milkpoint)

Confira, na tabela 1, as informações detalhadas do fechamento da balança comercial em março/2018:
Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2018.
 
 
RS pede ajuste no PEP para incluir derivados lácteos

Para escoar a produção leiteira gaúcha e ajudar o setor a enfrentar a crise de rentabilidade que afetou produtores e indústria, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a Federação da Agricultura do RS (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) entregaram, nesta segunda-feira (9/4), ofício ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki. O encontro ocorreu na sede da Farsul, em Porto Alegre, na presença de entidades representativas da cadeia do leite, arroz e trigo. 

O documento solicita a escoamento de 50 mil toneladas de leite em pó ou o equivalente em UHT por meio de compras governamentais e pela utilização do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para derivados lácteos (leite em pó, UHT e queijos). Contudo, para que o PEP tenha efetividade é preciso revisão do valor mínimo fixado aos derivados lácteos pela Conab. Atualmente, o valor de tabela do leite em pó, por exemplo, é de R$ 11,90 o quilo. Para viabilizar o escoamento, é necessário equivalência ao preço da resolução 80/2017, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, que prevê preço mínimo de R$ 13,94 o quilo do leite em pó, valor já utilizado na compra governamental realizada no segundo semestre de 2017. O documento também pede ajuste que inclua os derivados na operacionalização do PEP, uma vez que, hoje, a ferramenta destina-se unicamente ao leite cru. 

Durante a reunião, Novacki informou que o assunto já vem sendo abordado em Brasília, fruto da solicitação encaminhada pelo Sindilat durante a Expodireto Cotrijal, em 8 de março deste ano. No encontro, o secretário do Mapa ainda informou que é possível avançar em um livre comércio efetivo de produtos e insumos com outros países do Mercosul que permitam tornar a produção brasileira mais competitiva.  

Ainda pela manhã em reunião com lideranças do RS, Novacki  pontuou que o sucesso de negociações internacionais que estimulem o escoamento da produção depende de maior organização. “Para que a gente continue ocupando espaço, precisamos ser produtivos. E, para sermos produtivos, precisamos nos organizar”, concluiu. 

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a compra governamental de lácteos e o PEP são fundamentais para encontrar saídas da crise do setor leiteiro nacional. “Precisamos acertar essa questão para que ela seja mais um canal operacional”, afirmou. Em concordância, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que a participação do governo é fundamental. “Queremos mais ação. A pauta existe, temos que dar a resolução a ela”, disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vitorya Paulo 

 
 
Reunião Pública em Palmeira das Missões aborda dificuldades do setor

Com o objetivo de discutir as dificuldades do setor leiteiro e os reflexos no setor lácteo, ocorreu na tarde desta sexta-feira (6/4), em Palmeira das Missões (RS), uma reunião pública para tratar dos temas. Na ocasião, os representantes da cadeia leiteira debateram a necessidade do escoamento do produto, a baixa renda e o endividamento dos produtores, as exigências das indústrias no que diz respeito à IN 62 e ao cumprimento da lei do leite, além da importância da assistência técnica.

"Nós, do sindicato, defendemos que temos que trabalhar o escoamento. Além disso, estamos tentando operacionalizar o PEP para o setor lácteo com o apoio das outras entidades", pontuou o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palarini, que participou do encontro. Segundo ele, um dos encaminhamentos foi a definição da entrega de documento ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki, na segunda-feira (9/4), em Porto Alegre, pedindo apoio nas mudanças normativas necessárias para operacionalizar o PEP de produtos acabados, entre eles o leite em pó, o queijo e o leite UHT.

Também estiveram presentes na reunião representantes da Emater/RS, da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), da Fetraf e da Associação dos Municípios da Zona de Produção (Amzop). Além disso, participaram os deputados Jerônimo Goergen, Zilá Breitenbach e Dionilso Marcon, além do prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Russomano. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Joel Alexandre Rubert/Seapi - Palmeira das Missões
 

Wilson Vaz de Araújo assume Secretaria de Política Agrícola

O diretor de Crédito e Estudos Econômicos, Wilson Vaz de Araújo, assumiu nesta sexta-feira (6) a Secretaria de Política Agrícola. Após quase dois anos, o secretário de Política Agrícola e ex-ministro da Agricultura, Neri Geller, deixa o posto para disputar as eleições deste ano. O novo secretário foi conselheiro pelo Ministério da Agricultura no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), no Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Condel/FCO), no Conselho de Administração da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Consad/Casemg) e integra a Rede de Dirigentes de Política Agrícola, do Conselho Agropecuário do Sul (Cas/Redpa).

Wilson Araújo considera como prioridade imediata de gestão o novo Plano Agrícola e Pecuário, a ser lançado até junho. "Já fizemos o levantamento das demandas junto a representações de produtores rurais, de insumos, de máquinas e equipamentos, de instituições financeiras, dos governos federal e estaduais e da Frente Parlamentar da Agropecuária, para receber sugestões e críticas".

"Já temos uma espinha dorsal, uma política agrícola consolidada, que vem sendo aperfeiçoada desde os anos 60, e o produtor sabe que o governo vai estar presente para apoiar o crédito à produção e investimentos em infraestrutura produtiva e à comercialização”, disse o novo secretário.

Wilson Vaz de Araújo, natural do Paraná, começou sua vida profissional em escritórios de planejamento agropecuário do seu estado, passando pelo Rio Grande do Sul, até mudar-se para a capital federal, quando elaborou projeto de ocupação do Cerrado em toda a Região Centro-Oeste. Funcionário da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e cedido ao Mapa, nas últimas duas décadas foi responsável pela elaboração do Plano Agrícola e Pecuário do ministério. 

Balanço
O secretário Neri Geller estava no comando da SPA desde junho de 2016, quando assumiu pela segunda vez o posto. Foi secretário de Política Agrícola em 2013 e no ano seguinte, ministro da Agricultura. No comando da secretaria, pela primeira vez na história, toda a subvenção ao seguro rural foi paga no orçamento anual de 2017, sem restos a pagar. Em sua primeira passagem pela Secretaria de Política Agrícola, empenhou-se na criação do Programa de Construção de Armazéns (PCA) e do Programa de Inovação Tecnológica da Agropecuária (Inovagro). Neri Geller conclui seu balanço à frente da Secretaria com otimismo e a sensação do dever cumprido. “Estamos satisfeitos porque nossa missão de dar suporte para a produção agropecuária brasileira avançar foi cumprida. E o setor continua tendo papel fundamental na retomada da economia e no desenvolvimento do país", finaliza. (As informações são do Mapa)

 
 
 

    Embrapa lança manual de qualidade de leite para pequenos produtores
Para atender as exigências e a crescente valorização da qualidade do leite, a Embrapa lança um manual para manutenção da qualidade do leite cru refrigerado armazenado em tanques coletivos para pequenos produtores, técnicos, transportadores e coletores de amostras de leite. A publicação traz recomendações para a produção de leite com qualidade, desde a ordenha até o transporte para o laticínio, com foco em protocolos de higienização de tanques coletivos ou comunitários de armazenamento refrigerado de leite cru. A publicação é um trabalho conjunto realizado entre pesquisadores e analistas da área de transferência de tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e Embrapa Gado de Leite (MG). O manual está disponível gratuitamente para download no Portal da Embrapa. Acesse AQUI. (As informações são da Embrapa)

 

Porto Alegre, 06 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.709

 

    Multinacionais reforçam concorrência em leites especiais

A concorrência no mercado de leites especiais, que reúne produtos zero lactose ou com maior teor de proteínas, cresceu recentemente. Vivian Leite, diretora de marketing da Tetra Pak, disse que a categoria zero lactose triplicou de tamanho em volume de vendas entre 2015 e 2017. E passou de um concorrente para 20. O mercado de leite com mais proteínas passou de um (Verde Campo, da Coca-Cola) para três competidores (Itambé e Nestlé, com Molico), entre 2016 e 2017. "E a tendência é de expansão", disse Vivian.

A Nestlé, que já competia em leites especiais com as marcas Ninho, Nescau, Molico e Nestlé, lançou neste ano um creme de leite zero lactose. E desenvolve leites orgânicos, segundo Fabiana Fairbanks, diretora da unidade de bebidas da Nestlé. Em 2017, a companhia ampliou a oferta de produtos zero lactose e com mais proteínas. "Essas categorias têm um crescimento maior do que as linhas regulares", afirmou Fabiana.

Pedro Massa, diretor de novos negócios da Coca-Cola Brasil, disse que, neste ano, vai ampliar para todo o Brasil e a América Latina a distribuição de produtos lançados em 2017. As linhas criadas pela Verde Campo, controlada pela Coca-Cola, incluem o Shake Natural Whey (com proteína de soro de leite), um leite longa vida com a marca LacFree e uma linha de achocolatados com a marca Minilac.

De acordo a Euromonitor International, as vendas de leite zero lactose cresceram 14,5% em volume em 2017, para 101,2 milhões de litros. Para o período de 2017 a 2022, a consultoria prevê um crescimento médio anual de 5,5%. As vendas do leite enriquecido cresceram 1,9% em volume em 2017, para 50,6 milhões. Até 2022, a previsão é que cresça, em média, 2,4% ao ano. (As informações são do jornal Valor Econômico)
 
 
Processo de compra do brasileiro é cada vez mais interativo e inteligente

A Kantar Worldpanel, líder mundial em painéis de consumo, apresenta um novo estudo realizado para a Associação Brasileira de Supermercados e divulgado durante a 52ª Convenção ABRAS. O evento traz dados do setor supermercadista do País e aponta hábitos e tendências de consumo para este ano. 

De acordo com Christine Pereira, diretora comercial da empresa, as informações mostram como a vida cada vez mais conectada, com excesso de informações, e a busca por simplificação no dia a dia, bem como o bolso apertado, estão transformando a forma de comprar do consumidor brasileiro.

Pelo segundo ano consecutivo, os gastos das famílias superam a renda. Em 2017, metade dos lares brasileiros gastou acima da renda. O ano de 2015 foi o pior ponto para o consumo domiciliar de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza. Em 2016 e 2017, houve lenta recuperação, mas ainda insuficiente para retornar aos patamares de 2014.

Uma das mudanças estabelecidas é que o processo de comprar é cada vez menos linear, mais interativo e mais multimeio, já que o mundo conectado propicia uma enorme gama de pontos de contato do consumidor com aquilo que pretende adquirir: além das tradicionais visitas aos pontos de venda, o comprador trava contato com posts e fotos nas redes sociais, vídeos, compartilhamento de links, depoimentos e compras on-line, entre outras possibilidades virtuais.

Com essa multiplicidade de possibilidades a que têm acesso, os shoppers visitam mais canais de compra. Em 2017, eles compraram em sete canais diferentes – foram cinco em 2013 –, porém, o valor gasto em cada um deles é cada vez menor, inclusive nos canais que ganham clientes.

De acordo com o levantamento da Kantar Worldpanel, nesse cenário nacional de tênue recuperação econômica, os shoppers estão fazendo escolhas mais inteligentes, em busca de eficiência e economia. Então, têm valorizado as moedas “dinheiro” e “tempo”. Assim, embora haja uma frequência menor de ida dos shoppers aos pontos de venda, eles levam mais produtos a cada visita, incluindo itens de categorias práticas e simples: em 2017, o pão industrializado e a batata congelada foram parar em mais de 1 milhão de novos lares brasileiros. 

Para economizar, os brasileiros cada vez mais recorrem ao atacarejo (atacadistas que vendem produtos ao consumidor final), visando pagar mais barato, sobretudo em itens de limpeza, commodities e mercearia salgada. Em 2017, esse canal de compra aumentou a penetração em 1,3 ponto percentual, crescendo 12% no volume comercializado. Também houve grande aumento na procura por produtos em promoção e de embalagens de menor desembolso ou econômicas: o volume comprado de detergente em pó de dois quilos aumentou 33%, enquanto o da manteiga de 500 gramas subiu 28%.

O estudo da Kantar Worldpanel aponta também que houve maior procura pelas farmácias e supermercados de vizinhança, um indicador de que os consumidores têm preferido comprar em estabelecimentos perto de casa ou do trabalho, por comodidade e simplificação do dia a dia. (As informações são da Kantar Worldpanel)

Em 5 Estados, total de inativos supera quadro de servidores na ativa

Em alguns Estados brasileiros, o número de servidores inativos inscritos no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) supera o de servidores ativos. Esse cenário pode se ampliar nos próximos anos, o que, além das implicações financeiras para os governos regionais, também impõe desafios administrativos, já que a situação fiscal complicada de muitos deles pode ser uma barreira à reposição ou renovação do quadro de servidores. Em 2016, dado consolidado mais recente, cinco Estados tinham mais servidores inativos que ativos no RPPS, de acordo com o mais recente Anuário Estatístico da Previdência Social. Segundo as Declarações de Informações Previdenciárias e Repasses (DIPR), repassadas pelos Estados à Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda esse número subiu para sete Estados em 2017. Os dados da DIPR ainda têm que ser harmonizados pela secretaria, mas são um indicativo de que o quadro se agrava. O anuário de 2016 informa que outros nove Estados têm quase tantos servidores inativos quanto ativos. Nas demais 13 unidades da federação, o cenário é mais tranquilo. A situação mais dramática é a do Rio Grande do Sul, onde o número de inativos ultrapassa em 74,5% o dos funcionários que estão na ativa. Em Minas Gerais, a proporção de inativos é 47% maior; no Rio de Janeiro, 17,5%; em Santa Catarina, 2,2%; na Paraíba, 0,1%. No Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Piauí, Sergipe, Goiás, Espírito Santo e São Paulo, a relação entre ativos e inativos caminha para um empate. 

Os Estados com situação mais confortável são os ex-territórios federais (Amapá, Roraima), em que os inativos migraram para a União quando viraram Estados, e o Rio Grande do Norte. O crescimento do número de inativos e as regras de aposentadoria do RPPS, em alguns casos mais favoráveis que as do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), geram um déficit crescente na previdência dos Estados, o que, para alguns deles, tornou-se um peso considerável. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o déficit vem numa escala crescente há dez anos e em 2017 chegou a R$ 10,5 bilhões, o equivalente a 30% da receita corrente líquida (RCL) do Estado. Somado, o déficit dos Estados apurado pelas DIPRs chegou a R$ 79,6 bilhões em 2016, segundo o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais divulgado em dezembro de 2017 pelo Tesouro Nacional. Segundo o boletim, as despesas com pessoal ativo e inativo dos Estados subiram de 53% para 59,5% da receita corrente líquida entre 2010 e 2016. O teto para despesa total de pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 60% da RCL. Nesse avanço do gasto com pessoal equivalente a 6,5 pontos da receita, os aposentados e pensionistas responderam por alta de 3,7 pontos, e os ativos por 2,8 pontos.

As despesas previdenciárias, que em 2010 eram inferiores aos investimentos, tornaram-se aproximadamente o dobro deles em 2016. Os gastos com previdência saíram de 10,6% para 14,3%, enquanto os investimentos caíram de 14,2% para 7,5% da RCL no período. As receitas mantiveram-se praticamente estáveis como proporção do PIB (de 9% para 9,2%). Os Estados também têm servidores no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), mas neste caso o déficit é contabilizado na conta geral do regime. No Rio Grande do Sul, desde agosto de 2015 o número de servidores ativos no RPPS é menor do que o de inativos, segundo Luiz Antônio Bins, secretárioadjunto da Fazenda do Estado. Segundo ele, há carência de funcionários em várias áreas do serviço público, por causa do comprometimento da receita com os gastos de pessoal e dos limites da LRF. "Diante da situação financeira extrema, há muitas limitações em nomear novos servidores. É a realidade de um Estado que há muitos anos vem gastando mais do que arrecada e que já esgotou as fontes extraordinárias para cobrir seus déficits." Segundo o secretário-adjunto, há carências em áreas importantes, como segurança pública, e em atividades-meio. Ele cita o caso dos auditores-fiscais, equipe que hoje é metade do previsto em lei. "Esse é o momento de a sociedade discutir o Estado e a sua capacidade de prestar serviços, redefinindo prioridades", afirma. Para Bins, o grande desequilíbrio entre o número de servidores ativos e inativos no Rio Grande do Sul é resultado de uma "opção histórica". "O Estado optou no passado pela qualidade dos serviços públicos e se estruturou para tanto, porém sem adotar medidas necessárias para suprir, no futuro, os custos previdenciários e a manutenção dos serviços para a sociedade", diz o secretário. 

Segundo ele, o governo tem realizado concursos e nomeado servidores em áreas prioritárias, como a segurança pública, mas muitas vezes suprindo apenas vagas deixadas pela aposentadoria. As mudanças previdenciárias que estavam ao alcance do Estado já foram implementadas, afirma Bins. "Ainda em 2015, foi aprovada a adoção da aposentadoria complementar, que passou a vigorar em agosto de 2016. No ano passado, houve um aumento da alíquota de contribuição para 14%." Em Minas Gerais, os servidores têm sido repostos em áreas prioritárias como segurança e educação, segundo o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães. Houve uma reforma administrativa em 2016, que, segundo ele, racionalizou processos, mas ainda não foi suficiente para resolver o problema. "Minas tem mais inativos que em outros Estados por causa de escolhas feitas no passado, como redução de carga horária, que demandou mais servidores, e ainda tem sob sua tutela os anos iniciais do ensino fundamental. Temos uma rede muito grande de escolas, muitos servidores", diz Magalhães. Segundo ele, a política do governo estadual tem sido a de não elevar o número de servidores e apenas repor o necessário, além de substituir contratos de trabalho precários. 

O sistema previdenciário mineiro teve déficit de R$ 16 bilhões em 2017 e a estimativa para este ano é de R$ 18 bilhões, de um orçamento total de R$ 92 bilhões, o mesmo do ano passado. "É quase o que se gasta em saúde e educação em Minas Gerais", afirma. Sem alterações no sistema, avalia Magalhães, num futuro próximo os municípios estarão na mesma situação. "É urgente discutir essa questão que, entre outras coisas, tem inviabilizado os investimentos públicos no país." Em Goiás, onde a relação entre ativos e inativos aproxima-se do empate, a alíquota de contribuição dos servidores subiu de 11% para 14,25% e a patronal aumentou para 28,5%. Joaquim Mesquita, secretário do Planejamento do Estado, diz que a iniciativa resolve apenas parte do problema. O déficit do RPPS goiano foi de R$ 2,27 bilhões em 2017, o dobro do de 2014, de R$ 1,08 bilhão.

O secretário dá um exemplo com base na folha de pagamento do Estado de fevereiro. O gasto previdenciário do mês foi de R$ 337 milhões. Deste total R$ 71 milhões foram cobertos pelas contribuições dos servidores e R$ 115 milhões pela contribuição patronal. Sobraram R$ 174 milhões de déficit, coberto pelo tesouro estadual. Mesquita também atribui a opções feita anos atrás o problema existente hoje. "Até 1996, não havia contribuição do servidor para a previdência. Quando passou a existir, era de 6%", diz. Hoje, a solução passa por mudanças estruturais, que passam pelo Congresso. "Os entes têm pouca margem para lidar com a questão", afirma Mesquita. Assim, como outros Estados, Goiás tem dado prioridade à contratação de servidores em áreas essenciais, como segurança pública e educação. "Estamos tentando otimizar as demais atividades.” (Valor Econômico)

 
 
 


Nova data do Fórum Itinerante do Leite será divulgada em breve 
O 6º Fórum Itinerante do Leite, previsto para ser realizado na Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem), no município de Três de Maio (RS), terá data divulgada em breve pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). O evento deve reunir representantes da cadeia leiteira para debater os desafios da mão de obra no setor ainda neste primeiro semestre. Na ocasião, também serão realizados painéis e oficinas. "É sempre um evento que traz informações essenciais para construir o futuro do setor lácteo gaúcho", ressaltou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. O Fórum Itinerante conta com o apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), Emater, Secretaria da Agricultura (Seapi), Prefeitura de Três de Maio, Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Setrem e Sistema Farsul. Também apoiam a iniciativa Senai, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), APL Leite da Fronteira Noroeste e Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Porto Alegre, 05 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.708

 

    Brasil livre da Febre Aftosa é celebrado pelo setor gaúcho de proteína animal

Em maio, o Brasil será declarado formalmente como território livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Para comemorar a conquista, entidades gaúchas do setor produtivo de proteína animal e representantes da área técnica de defesa sanitária reuniram-se na manhã desta quinta-feira (05/4), no gabinete da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi), em Porto Alegre (RS). Lado a lado, estiveram presentes o novo secretário da pasta, Odacir Klein, e o ex-secretário Ernani Polo. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve representado pela gerente administrativa, Júlia Bastiani.

O feito se deu após os estados do Amazonas, Roraima e Amapá serem reconhecidos como zonas livres da doença. O que se espera é que as relações internacionais se fortaleçam e que as exportações de proteína tenham ainda mais sucesso, segundo avaliação do superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini. Agora, a expectativa é de conquistar o reconhecimento de 'Estado Livre de Aftosa sem Vacinação' até 2021. Atualmente, só o Paraná possui esse status sanitário. “É um trabalho construído com inspiração, ciência e muita “transpiração””, brincou, referindo-se ao esforço que os profissionais têm no trabalho de campo. “O processo não só é fundamental, como muito bonito de se ver”.
 
Todeschini ainda lembrou o trabalho do Fundo de Defesa Sanitária Animal do RS (Fundesa), considerado imprescindível para os avanços do setor. Presente no encontro, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, ressaltou o peso que a febre aftosa impõe nas operações comerciais com outros países. Na avaliação do dirigente, a caminhada até o atual cenário se deu de forma “forte, equilibrada, exaustiva e criteriosa”. Para Kerber, “o Rio Grande do Sul tem razão de ter um momento como esse para avaliar aquilo que se fez e do que se pretende fazer”.

Coletivamente, desde os anos 1950 as entidades lutam para erradicar a aftosa e as demais doenças que atingem a cadeia de proteína. “O status sanitário não é um fator isolado. É um conjunto que precisa avançar de forma harmônica”, avaliou o deputado Ernani Polo. Nesse sentido, o ex-secretário da Agricultura lembrou que um dos fatores determinantes na história do Estado foi, justamente, a criação do Fundesa, além do esforço para alcançar a erradicação da peste suína clássica no território gaúcho, outra doença grave para o setor. 

O atual desafio para o novo secretário, Odacir Klein, cuja nomeação foi publicada ainda nesta quinta-feira no Diário Oficial do Estado, é continuar o trabalho para alcançar o status de zona livre de aftosa sem vacinação. Segundo Klein, a capacidade de diálogo entre órgãos públicos e entidades é sua maior característica. “Vamos ter essa capacidade de dialogar e defender os interesses do Estado”, concluiu. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito:  Bethânia Helder 
 
 
FAO: índice de preços de alimentos - inclusive lácteos - aumenta pelo 2º mês consecutivo

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou a média de 172,8 pontos em março de 2018, 1,1% (1,8 ponto) acima de fevereiro, marcando o segundo mês consecutivo de aumento. Nesse nível, o índice ficou 0,7% acima do valor de março ano passado. Como em fevereiro, o aumento mês a mês em março foi impulsionado principalmente pelos preços internacionais mais fortes de cereais e lácteos; já os preços do açúcar e dos óleos vegetais caíram mais e os da carne aumentaram levemente.

 

O índice de preços dos produtos lácteos da FAO registrou uma média de 197,4 pontos em março, um aumento de 6,2 pontos (3,3%) em relação a fevereiro e um pouco acima de seu nível no mesmo período do ano passado. No mês, as cotações internacionais de manteiga, leite em pó integral e queijo subiram, enquanto as de leite em pó desnatado caíram, revertendo os ganhos registrados nos dois meses anteriores. A produção de leite menor do que a esperada na Nova Zelândia e a forte demanda global por importações levaram a preços mais altos de manteiga, queijo e leite em pó integral, enquanto a pressão contínua dos estoques globais e a maior produção derrubaram os preços do leite em pó desnatado. (As informações são da FAO, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Nuvens negras nos mercados de soja e milho

O concentrado (milho, farelo de soja ou substitutos de ambos) é o item de maior custo do produtor de leite. Os mercados dos dois grãos têm mostrado oscilações importantes, que podem resultar em custos mais elevados aos produtores de leite; por isso mesmo, é importante verificar, para cada cereal, o cenário e as perspectivas de mercado:

Soja
Após uma safra mundial recorde em 2016/17, com 351,3 milhões de toneladas produzidas, as expectativas do USDA apontam queda de 3% para a safra 2017/18, que deve produzir 340,9 milhões de toneladas, segundo a estimativa divulgada no dia 08.03.2018. 

Nessa queda de produção, destaque para a Argentina, o maior exportador de farelo de soja do mundo e terceiro maior produtor do grão. Com as dificuldades climáticas, espera-se que a produção de soja naquele país tenha retração de 18,7% nessa safra, caindo para 47 milhões de toneladas. 

Por parte da demanda mundial, espera-se que o volume esmagado na safra 2017/18 aumente 4,3% em relação à safra passada, totalizando 300,9 milhões de toneladas, impulsionadas principalmente pelo aumento de 8% no esmagamento da China, que deve processar 95 milhões de toneladas nessa safra (contra 88 milhões na safra passada). 

Com a queda de produção e aumento no consumo, os estoques finais, que atingiram o maior volume da história safra passada em 96,7 milhões de toneladas, devem cair para 94,4 milhões de toneladas (Observe a tabela 1).

 
Com as expectativas de queda na oferta, as incertezas que ainda pairam sobre a safra da Argentina e a recuperação da demanda, o contrato futuro com vencimento em maio (mais próximo em aberto) na CBOT já teve valorização de 5,7% desde o início do ano, havendo espaço para novas altas, associadas à possibilidade de novos relatos de queda na produção argentina, o que já vem influenciando o preço do farelo de soja no Brasil. Confira no gráfico 1.

 

No Brasil, as expectativas mostram pouca alteração na oferta de soja. Após o recorde de 114 milhões de toneladas na safra 2016/17, a Conab estima que 113 milhões sejam produzidas na safra atual. 

Do lado da demanda, as exportações de farelo de soja no início do ano estão 19% maiores que no ano passado (acumulado jan-fev). Já na demanda interna, espera-se um aumento de 3,3% no consumo de grãos (chegando em 47,3 milhões de toneladas) e de 2,9% no consumo de farelo (17,5 milhões de toneladas). Pensando no consumo, importante mostrar a situação de dois dos principais mercados consumidores: suínos e aves. 

Durante a crise econômica, houve um aumento pela preferência da proteína de frangos e suínos em detrimento da bovina, por conta do seu preço. Mesmo assim, o volume total consumido de frangos e suínos foi muito afetado, derrubando os preços. Nos suínos, atualmente o indicador Cepea aponta um preço de R$3,13/kg (21/03/18 –São Paulo), 31,5% abaixo do preço no mesmo período do ano passado; enquanto o frango tem preço praticado atualmente de R$ 3,23/kg (21/03/18 – Grande São Paulo), 14,1% menor do que o preço há um ano. 

Com a retomada gradual da economia, há expectativa de melhora no consumo dessas proteínas animais, trazendo retomada de preços, aumento de produção e consequentemente maior consumo de ração. A grande incógnita ainda é qual será a velocidade de recuperação do consumo brasileiro (assim como visto no mercado lácteo), por isso, os preços, tantos dos suínos quanto dos frangos ainda tem dificuldade em reagir.

Além disso, as exportações também caíram. Para os frangos, as exportações estão 5,1% menores no acumulado de janeiro e fevereiro de 2018 vs. 2017. 

Na carne suína, os embarques de carne in natura no acumulado de janeiro e fevereiro de 2018 foram 18% abaixo em relação a 2017. Mas, grande parte dessa queda foi devido a um embargo imposto pela Rússia (um dos principais compradores) no final de 2017 nas compras da carne suína do Brasil. Contudo, o país voltou a importar em fevereiro. Os volumes ainda são baixos, mas isso trouxe expectativa de que este embargo seja retirado em breve, e as exportações de suínos se recuperem. 

Assim, os preços futuros de soja para 2018 já mostram valorização em relação a 2017, impactados principalmente pelas boas exportações de farelo e pelo cenário internacional. No acumulado entre março e dezembro, espera-se que a soja seja 6,7% mais cara neste ano, como mostra o gráfico 2.

Milho 
No milho, os fundamentos, tanto externos quanto internos, seguem trazendo expectativas de preços mais altos em 2018 em relação a 2017. 

Na safra 2017/18, estima-se uma produção mundial de 1,04 bilhão de toneladas, que se confirmada, representaria queda de 3,1% em relação à produção da safra 2017/18 (aproximadamente 34 milhões de toneladas a menos). 

No consumo, espera-se um aumento de 1,5% nessa safra, chegando a 1,07 bilhão de toneladas (o maior da história), impulsionado principalmente pela China. Estima-se que a 2ª maior consumidora do mundo aumente em 3,9% seu consumo, para 241 milhões de toneladas.
Dessa forma, os estoques finais estimados estão em 199 milhões de toneladas, 14% de queda (mais de 30 milhões de toneladas) em relação à safra passada. 

Assim como na soja, o cenário de menor oferta mundial, que aliado à demanda em recuperação resulta em queda nos estoques finais do mundo, vêm dando suporte a altas na CBOT. Desde o início do ano, o contrato com vencimento em maio (mais próximo em aberto) já subiu 6,8%. A não ser que grandes surpresas ocorram, não devem haver grandes variações nesses preços, apenas em caso de volatilidade especulativa, uma vez que o mercado também já “precificou” os números de oferta e demanda mundial. Observe o gráfico 3. 


 
No Brasil, desanimados com os baixos preços praticados no ano passado, os produtores reduziram a área em 6,9% na safra 2017/18, cultivando 16,4 milhões de hectares entre 1ª e 2ª safra, segundo as estimativas da Conab. 

Com algumas intempéries climáticas e menores investimentos em tecnologia, a Conab aponta que a produtividade dessa safra deva ser 4,2% menor em relação à safra passada, o que resultaria em queda de quase 11% na produção, estimada em 87,3 milhões de toneladas. 

Do lado da demanda, 2018 começou com exportações de milho bem aquecidas, e o volume acumulado em janeiro e fevereiro foi em torno de 120,5% maior do que em 2017. Já no consumo interno, a Conab estima um crescimento de 3,1% no consumo 2017/18, um consumo de 59 milhões de toneladas, um recorde no Brasil, e que pode ser ainda revisado para cima, dependendo da retomada no consumo pelos suínos e frangos. 

Dessa forma, as estimativas apontam para preços internos mais altos ao longo de 2018. Apesar dos preços levemente mais baixos no começo do ano, as estimativas mostram diferença de 24,1% na comparação com 2017 da média entre março e dezembro, como exibe o gráfico 4. 

 

Assim, fica claro um cenário de preços mais altos para os grãos em 2018 em relação a 2017; não há fundamentos que sustentem quedas de preços nos próximos meses. Além disso, vale toda a atenção ao dólar, uma vez que a moeda tem uma forte influência na formação do preço brasileiro, e sua variação também pode trazer oportunidades de compras mais baratas. (José Victor Zamparini/Milkpoint Mercado)
 

 

Novos "seniors" são o futuro do crescimento do consumo
Atualmente, uma a cada cinco famílias da América Latina é formada por pessoas acima de 50 anos e, daqui a 10 anos, esta configuração já representará 1/3 um terço entre todas. Descobrir o DNA destes novos seniores como consumidores e compradores é a chave para qualquer marca encontrar oportunidades reais de crescimento. É o que atesta um estudo da Kantar Worldpanel, especialista global em comportamento de consumo, que fornece uma visão em 360º deste público: quem são estes novos seniores, quais são seus hábitos de compra, quais marcas escolhem, como utilizam a tecnologia e o entretenimento e quais são suas preocupações com saúde e alimentação. Trata-se de um mercado gigante: um único ponto de penetração neste segmento representa mais de 100 mil novos lares no Brasil e mais de 42 mil na Argentina. Em outubro de 2017 havia 54 milhões de brasileiros com 50 anos ou mais, e este número deve chegar a 93 milhões até 2045. Além disso, este público ganha 30% a mais do que as demais configurações familiares, 25% ainda trabalham, 1/3 um terço possuem veículos e mais de 80% têm celulares, sendo a metade smartphones - 85% usam Whatsapp e 70% Facebook, enquanto 70% nunca acessaram o Twitter ou o Instagram. Seus hábitos de compratambém são peculiares: apesar de irem aos pontos de venda 8 vezes menos do que outros consumidores, gastam 16% mais, principalmente porque preferem marcas premium. No quesito saúde e alimentação, 40% fazem exercícios semanalmente e 81% gastam no máximo 30 minutos cozinhando, menos do que acontece em qualquer outro grupo. “As pessoas na faixa dos 50 anos – e também dos 60 e 70 - estão cada vez mais ativas e saudáveis, com mais qualidade de vida do que as gerações passadas e tendo netos cada vez mais tarde, e isso tudo transformou radicalmente suas rotinas e seus planos para o futuro”, afirma Cecilia Alva, Diretora de Clientes & Novos Negócios para a América Latina da Kantar Worldpanel. De acordo com a Kantar Consulting, no ano passado, 77% dos americanos afirmaram que não havia razão para se sentir com menos energia por estarem mais velhos. Em 2014, o índice era de 64%. (As informações são da Kantar Worldpanel/Milkpoint Mercado)

Porto Alegre, 04 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.707

 

    LEITE/CEPEA: na média Brasil, preço do leite aumenta 5 centavos/litro

O preço do leite recebido por produtores aumentou 5,3% (ou 5 centavos/litro) de fevereiro para março, fechando a R$ 1,0745/litro na "média Brasil" líquida (sem frete e sem impostos da BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS). Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, esse aumento se deve à redução precoce da oferta no campo.

Esse foi o segundo mês consecutivo de valorização no campo. Com isso, desde janeiro, a recuperação acumulada no preço ao produtor já chega a 6,7%. No entanto, o valor médio de março está 10,6% abaixo do verificado no mesmo período de 2017.

De acordo com pesquisadores do Cepea, tipicamente, a produção de leite se eleva entre outubro e março. No entanto, os baixos preços praticados no final do ano passado desestimularam os produtores, que investiram menos ou saíram da atividade. Além disso, a recente alta nos preços do concentrado também encareceu a produção no campo.

Assim, em fevereiro, o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) recuou 1,22% na "média Brasil". Desde dezembro, a queda acumulada é de 3,14%. É importante ressaltar que muitos agentes já consideram um adiantamento da entressafra deste ano e, com isso, esperam que a oferta diminua ainda mais nos próximos meses.

Ao mesmo tempo, a demanda continua dando sinais de recuperação, ao passo que os preços dos derivados lácteos também têm se recuperado. O acompanhamento diário das cotações do leite UHT negociado entre indústrias e atacado no estado de São Paulo apontou que, em março, o derivado se valorizou 10,7%. Segundo agentes de mercado consultados pelo Cepea, as vendas têm melhorado e os estoques estão baixos. Nesse sentido, a expectativa do setor é de manutenção no movimento altista dos preços ao produtor. (As informações do CEPEA/ESALQ)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em MARÇO/18 referentes ao leite entregue em FEVEREIRO/18. Fonte: Cepea-Esalq/USP. Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.
 

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE.  Fonte: Cepea-Esalq/USP. Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.
 
 
Lácteos 

Oferta e demanda mundial por produtos lácteos é bem equilibrada, diz a Fonterra. No entanto, o aumento da produção fora da Europa nos próximos meses pode levar a alguma volatilidade nos preços. Durante o anúncio do resultado da Fonterra, o executivo da cooperativa, Theo Spierings, observou que a demanda da China, Ásia e América Latina está forte. 

As importações chinesas aumentaram 13% nos últimos 12 meses; entre outubro e dezembro de 2017 as importações subiram 16%. "A China cresce dois dígitos; alguns anos atrás o quadro era diferente - crescimento de apenas um dígito", disse ele. As exportações para a Ásia, normalmente entre 2 e 3% subiram para 4% nos últimos 12 meses. A América Latina subiu 5%. De acordo com Spierings, todos esperavam que a América do Sul se tornasse um exportador, mas, a região continua sendo um importador líquido. "O que é compensado pelo fato da Rússia continuar fechada (embargo comercial) que não deve ser resolvido tão cedo", disse. Do lado da produção, existe um crescimento moderado: 1% nos últimos 12 meses nos Estados Unidos e também 1% na Nova Zelândia, mas, houve uma queda drástica na produção de leite entre outubro e dezembro do ano passado.

Na Europa, a produção subiu nos últimos meses por causa dos preços elevados, mas, Spierings diz que os preços estão caindo. No mercado spot da Europa o leite já está sendo vendido a € 0,20/litro, quando o normal seria €0,40/litro. O leite extra da Europa acabará no mercado de commodities, impactando nas cotações do leite em pó. "Deveremos observar atentamente esse movimento", diz Spierings. A agitação mundial O diretor executivo da Fonterra disse que o pagamento aos produtores de leite da Nova Zelândia são os maiores do mundo. Quando a China entrou em cena em 2007, a Nova Zelândia assumiu um papel de destaque no mercado global, disse Spierings. "Havia muito mais demanda de produtos neozelandeses pela China. Os preços nos Estados Unidos e na União Europeia estão caindo, mas, na Nova Zelândia eles sobem; esta é uma boa notícia. O pagamento na Nova Zelândia, hoje, é o maior do mundo, o que é bom para os produtores", completou Spierings. (Rural News - Tradução livre: Terra Viva)

Chile: baixo preço do leite gera preocupação ao setor

O setor leiteiro do Chile vive uma situação complicada após o anúncio da Proleche e da Watt's, em relação à queda do preço pago aos produtores em -16 e -11 pesos (2,64 e 1,81 centavos de dólar), respectivamente. Tal decisão causaria uma perda no longo prazo de 5 bilhões de pesos (US$ 8,2 milhões), apenas na região de Los Lagos, fato que muitos classificam como o início do fim do setor produtivo.

Diante disso, o deputado Harry Jürgensen, que também pertence à comissão de Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, comentou que é escandaloso o que acontece com o item mais importante da região e que isso resultaria em possíveis fechamentos de fábricas ou, na falta disso, em demissões em massa.

Segundo Jürgensen, sua ideia é abordar a questão com outros parlamentares por meio de audiências para monitorar o setor leiteiro da região. Ele também acrescentou que, em muitos casos, o produtor é confundido com base em promessas que não têm futuro.

Deve-se dizer que um segundo impacto afetaria os produtores de leite chilenos e está relacionado à menor recepção de leite fresco. Isso porque o produto tem sido substituído pela importação de produtos, segundo o Boletim do Leite publicado pela Odepa. O documento afirma que - a partir de dezembro de 2017 - houve variação positiva de 55,4% em relação a 2016 nas importações de leite pelo Chile.

Em 02/04/18 - 1 Peso Chileno = US$ 0,00165
602,799 Peso Chileno = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são da Radio Sago, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Preços/EUA 
A produção de leite nos 23 maiores estados produtores dos Estados Unidos em fevereiro totalizou 15,8 bilhões de pounds, [6,9 bilhões de litros], crescimento de 1,8% em relação a fevereiro de 2017. A produtividade animal média foi 1.822 ponds, [800 litros/mês]. O número de cabeças de vaca foi 8.75 milhões, 1.000 a mais em relação a janeiro de 2018. A produção de janeiro revisada subiu 0,1%, e ficou em 17.3 bilhões de pounds. A produção de leite nos 5 estados da maior produção, Califórnia +3,5%; Wisconsin +0,1%); Idaho +4,8%); Nova Iorque (-2,3%); e Texas (+5,5%). Na região Sudeste o preço do leite Classe III em fevereiro foi de US$ 13,40/cwt, [R$ 1,02/litro], sofrendo queda de US$ 0,60 em relação a janeiro, e de US$ 2,41 em relação a fevereiro de 2017. A relação entre o preço do leite e alimentação animal, ficou em 2,03, 0,16 menor que em janeiro. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 03 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.706

 

   gDT

O Índice GDT de hoje fechou em US$ 3.477/tonelada, caindo -0,6%. Embora seja a quarta queda consecutiva, continua acima dos índices verificados nos dois últimos anos para um mês de abril. A cotação do leite em pó integral, a commodity mais comercializada na plataforma, em volume, é a maior do ano, permanecendo acima dos US$ 3.000 a tonelada. 

Assim afasta dos níveis baixos verificados entre outubro e dezembro de 2017, para garantir a remuneração anunciada pela Fonterra aos seus produtores nesta temporada. O fraco desempenho do leite em pó desnatado e a acentuada queda, -7,0%, da Manteiga Anidra (AMF) foram responsáveis por mais essa queda no fechamento geral do GDT.  

O queijo Cheddar mantive cotação forte, e embora esteja distante do pico dos últimos 12 meses, alcançado em junho do ano passado, pode comemorar o fato de também ter se afastado dos baixos níveis de um ano atrás, e da queda acentuada verificada no final de 2017 e início de 2018. A manteiga retoma o brilho, e embora esteja abaixo do pico alcançado em setembro de 2017, continua com o preço confortavelmente acima do verificado um ano atrás, e mais que o dobro da cotação obtida em abril de 2016. (globaldairytrade/Terra Viva)

 
 
 
Sindilat esclarece dúvidas de alunos do curso de Gastronomia da Unisinos Porto Alegre 
 
Os alunos do curso de Gastronomia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) mais uma vez tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cadeia produtiva do leite e seus derivados. Na manhã desta terça-feira (03), na presença da professora do curso, Raquel Chesini, receberam a visita do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Os alunos do Campus Porto Alegre esclareceram muitas dúvidas, especialmente no que se refere aos processos de fabricação dos laticínios. Palharini respondeu aos questionamentos, apresentou números e enfatizou a importância da parceria entre a indústria e o mundo acadêmico. "Precisamos oxigenar a troca de ideias, isso é, incluir outras pessoas, entender a demanda dos consumidores e tornar cada vez mais transparente os processos de fabricação", ressaltou.

Para Raquel, uma medida indispensável que as indústrias devem adotar para sanar dúvidas do consumidor e dos profissionais que irão trabalhar com o produto final, como é o caso dos estudantes de gastronomia, é o desenvolvimento de conteúdos institucionais sobre as empresas do setor. "O acesso às fábricas não é fácil, por isso utilizo em minhas aulas peças institucionais como vídeos, para mostrar mais detalhadamente como funcionam os processos de fabricação", comentou a professora. 

Palharini reforçou o compromisso do Sindilat em seguir ampliando o debate entre produtores e consumidores e de tornar os processos de produção cada vez mais transparentes. Na aula, os alunos também tiveram a oportunidade de degustar diversos tipos de queijos oferecidos pelo Sindilat de seus associados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Camila Silva

Leite: custo de produção sobe quase 3% em março

Os custos de produção da atividade leiteira tiveram uma alta de 2,7% em março. Segundo o índice da Scot Consultoria, um incremento como assim não era visto desde meados de 2016.

As altas de preços dos alimentos concentrados na primeira quinzena de março, com destaque para o milho e o farelo de soja, além dos suplementos minerais, fertilizantes e produtos para sanidade foram as causas desta variação.

Em relação a igual período do ano passado, os custos da atividade estão 2,7% menores este ano. A diferença na comparação anual vem diminuindo.

Apesar do aumento nos custos, a alta no preço do leite ao produtor foi maior em março, com isso, a margem da atividade melhorou 0,6 ponto percentual, na comparação mensal.

Preço do leite
A cotação do leite paga ao produtor rural teve alta pelo segundo mês consecutivo. De acordo com a Scot Consultoria, a média nacional ponderada dos dezoito estados pesquisados ficou em R$ 1,079 por litro, sem o frete.

O preço médio subiu 3,4% frente ao pagamento anterior, que já havia registrado aumento. No entanto, o preço vigente está 5% abaixo na comparação com o mesmo período do ano passado, em valores nominais.

A alta foi puxada pela menor oferta de leite no país e maior concorrência entre os laticínios, com a curva de produção de leite caindo desde dezembro de 2017 nas principais bacias do país. Os dados parciais apontam para queda de 2,1% no volume de leite captado em março, frente a fevereiro deste ano.

Com a menor disponibilidade de matéria-prima e o consumo reagindo na ponta final da cadeia, ainda que timidamente, os preços dos lácteos subiram no atacado desde o começo de 2018 e dão suporte às cotações na fazenda. A alta de preços na indústria foi puxada principalmente pelo leite longa vida.

Tendência
Para o pagamento a ser realizado em abril, referente a produção de março, 73% dos laticínios pesquisados pela empresa acreditam em alta do preço do leite ao produtor e os 27% restante falam em manutenção frente ao pagamento anterior.

Para o pagamento de maio, mais de 95% das indústrias no Sul, Sudeste e Centro-Oeste apontam para alta nos preços do leite ao produtor. A expectativa é de que os preços subam até pelo menos o pagamento de julho.

 
Em relação aos insumos, o avanço da colheita de milho e o aumento do esmagamento da soja deverão aumentar a disponibilidade destes insumos, o que poderá aliviar os custos do produtor. O único fator que pode mudar essa expetativa éo clima. (Canal Rural)

Languiru apresenta máquinas, nutrição animal e produtos na Expodireto

Pela primeira vez, a Cooperativa Languiru contou com estande próprio na Expodireto, evento realizado pela coirmã Cotrijal, de Não-Me-Toque, no período de 05 a 09 de março. Nas edições anteriores da feira, considerada uma das maiores do segmento de máquinas no país, a cooperativa teutoniense sempre esteve representada com estande institucional e de degustação junto ao Mundo Cooperativo Gaúcho, sede do Sistema Ocergs-Sescoop/RS no parque da Expodireto. A Languiru buscou por esse espaço diferenciado para ampliar a sua divulgação junto ao público da feira, considerando a variedade de negócios e mix de produtos para nutrição animal e alimentação humana. O novo estande esteve localizado em área externa direcionada à produção animal, local onde a Languiru expôs máquinas agrícolas das marcas Claas e Amazone, importadas e distribuídas exclusivamente pela cooperativa teutoniense no Rio Grande do Sul; e produtos da Fábrica de Rações Languiru; além de promover a degustação de produtos da Linha Chef, com cortes suínos, e de lácteos, como a bebida láctea UHT com chocolate (Chocolan). "Contamos com estande bastante diversificado, onde recebemos associados, produtores rurais, parceiros, clientes, consumidores e autoridades. Associados da região noroeste do Estado ficaram positivamente surpresos com o estande diferenciado da Languiru, mesmo retorno que tivemos de associados do Vale do Taquari e outras regiões que visitaram a feira", avalia o coordenador de máquinas e equipamentos, Neodi Elias Tischer. (Assessoria de Imprensa Languiru)


Crédito: Leandro Augusto Hamester
 
 

  Leite: projeto de lei do RS quer ajudar indústria familiar
A cadeia leiteira do Rio Grande do Sul continua na expectativa da votação do projeto de lei que propõe mudanças no sistema unificado de sanidade agroindustrial familiar. Se aprovada, a proposta beneficiaria produtores e agroindústrias de mais de 200 municípios do estado. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)

Porto Alegre, 02 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.705

 

  Ministério do Trabalho dá aval a imposto sindical

A Secretaria de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho, defende a cobrança do imposto sindical de todos os trabalhadores de uma categoria após a aprovação em assembleia. A contribuição passou a ser voluntária com a reforma trabalhista, em vigor desde novembro. Pelo entendimento da nova lei, o imposto só pode ser cobrado do trabalhador que der autorização individual por escrito. A nota técnica nº 2/2018, assinada pelo secretário Carlos Cavalcante Lacerda, devolve aos sindicatos um direito que é interpretado como uma decisão do trabalhador.


 À Folha, Lacerda disse ter recebido de entidades mais de 80 pedidos de manifestação. “Sem a contribuição, pequenos sindicatos não vão sobreviver. A nota pode ser usada para os sindicatos embasarem o entendimento de que a assembleia é soberana”, afirmou Lacerda. Advogados trabalhistas e o setor patronal criticam o parecer. Sindicalistas comemoram a nota do secretário do governo Michel Temer.

“O Ministério do Trabalho adotou uma posição de equilíbrio”, disse Ricardo Patah</span>, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores). 

Sindicatos como o dos comércios de São Paulo, base de Patah, têm realizado assembleias gerais com a participação de uma parcela da categoria para impor a taxa a todos os trabalhadores.

Reportagem da Folha mostrou que as empresas só vão descontar contribuição autorizada individualmente.

“A posição da Fecomercio se mantém [contrária ao recolhimento] até que o STF [Supremo Tribunal Federal] se posicione”, disse Ivo Dall’Acqua Junior, vice-presidente da FecomercioSP (federação do setor patronal do comércio no estado de São Paulo).

Tanto o Supremo como a Justiça do Trabalho têm sido bombardeados com ações pela volta da obrigatoriedade da contribuição sindical.

Para Dall’Acqua, o documento do ministério é inepto. “Notas técnicas são orientadoras de fiscalização, mas o texto não foi feito pela área competente, de auditores fiscais. A secretaria ultrapassou sua competência.

O documento, porém, diz que a secretaria tem autoridade para emitir parecer técnico sobre legislação sindical. A nota ainda recorre a uma argumentação jurídica: “Não se desconhece que a Constituição Federal de 1988 deu brilho às entidades sindicais. Reconheceu, inclusive, a força da <span instrumentalidade coletiva advinda da negociação coletiva (art. 7º)”. 

O que muda com a reforma trabalhista?
A reforma trabalhista entrou em vigor no sábado, dia 11 de novembro. CLIQUE AQUI para ver as principais alterações.

Oportunismo:
O professor de Direito do Trabalho da FGV Direito SP e da PUC-SP Paulo Sergio João disse que a nota é uma orientação oportunista.

“Só satisfaz entidades que questionam o fim da obrigatoriedade. Não tem valor técnico nem jurídico”, afirmou.

De acordo com João, com o parecer, o ministério só atende a um pedido de socorro dos sindicatos dos trabalhadores. “O efeito político é lamentável e revela um sindicalismo atrelado ao Estado”, disse o professor.

Lacerda, secretário de Relações do Trabalho, é ligado à Força Sindical e filiado ao Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (SD-SP). O secretário, apesar da repercussão da nota no meio sindical, ainda vai submeter o entendimento à assessoria jurídica do órgão.

Presidente do TST suspende cobrança obrigatória
O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro João Batista Brito Pereira, proibiu o recolhimento obrigatório do imposto sindical de trabalhadores de empresas que operam no porto de Santos (SP). A decisão é liminar (provisória).

A sentença beneficiou a Aliança Navegação e Logística e a Hamburg Süd Brasil. O Settaport (sindicato dos trabalhadores) entrou na Justiça do Trabalho para receber o imposto, referente a um dia de trabalho de março. O pedido foi acatado em primeira instância e mantido pela desembargadora Ivete Ribeiro do (Tribunal Regional do Trabalho).

As empresas recorreram à Corregedoria-Geral, com uma correição parcial. Elas alegaram que o recolhimento do imposto, antes do julgamento final, geraria prejuízos. A decisão de 26 de março diz “que o imediato cumprimento da determinação de recolhimento de contribuição sindical de todos os empregados em decisão antecipatória de tutela consubstancia lesão de difícil reparação”.

Brito Pereira suspendeu a cobrança “até que ocorra o exame da matéria pelo órgão jurisdicional competente”.

Em nota, as empresas informaram que recorreram ao TST após queixas dos empregados contra a taxa. “Após a aprovação da reforma trabalhista, o recolhimento passou a ser uma opção.” O advogado do Settaport, Douglas de Souza, alega que a contribuição tem natureza tributária. “Há uma inconstitucionalidade formal na reforma trabalhista, porque só se pode acabar com tributo por lei complementar.” (Folha de SP)
 
 
Leite/Oceania 

A produção de leite na Austrália de julho de 2017 a fevereiro de 2018 subiu 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em todos os meses desta temporada, de julho de 2017 a fevereiro de 2018, a produção de leite australiana ficou acima da verificada no mesmo período do ano passado. 

Em fevereiro de 2018 subiu 2,45% em relação a fevereiro de 2017. Na Nova Zelândia a produção de leite em fevereiro de 2018, foi de 1,9 milhões de toneladas, apresentando queda de 2,3% em relação a fevereiro de 2017. Em janeiro de 2018, os sólidos do leite também caíram 3,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. As condições climáticas em grande parte da Nova Zelândia melhoraram em relação ao início da temporada, ajudando na recuperação das pastagens. Observações preliminares sugerem que a tendência de produção menor do que no ano anterior enfraqueceu, e parece que o volume começou a melhorar nas últimas semanas. É possível que a produção até maio fique acima do projetado para essa época, mas, ainda assim, a temporada deverá fechar com volumes inferiores aos da temporada passada. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
 


 
 
Leite/América do Sul 

A severa seca no Cone Sul da América do Sul continua a afetar a qualidade dos plantios de soja e milho e das pastagens de muitas fazendas. Os insumos para ração (milho/soja) são os maiores custos para os produtores de leite da região. 

Portanto, isso representa uma grande preocupação para a indústria de laticínios da região. A produção de leite é geralmente fica estável ou elevada no início do outono. No entanto, os níveis de gordura e proteína do leite permanecem baixos, enquanto a demanda por creme é forte. Ao contrário de duas semanas atrás, na Argentina e Uruguai a produção do leite de vaca vem melhorando lentamente, já que as temperaturas no início do outono estão se tornando mais confortáveis para o rebanho leiteiro. No momento, o volume de leite está sendo suficiente para processar queijos iogurte e leite em pó, além de atender a demanda de leite engarrafado. No entanto, a oferta de creme é muito pouca para atender à demanda sazonal de produtos à base de creme, como manteiga, doce de leite, e leite condensado. Assim, as bonificações para a matéria gorda do leite continuam elevadas. No Brasil, a produção de leite na fazenda é variável devido às diversidades climáticas do país. A oferta de leite está sendo adequada para a maior parte das necessidades das fábricas. As compras de leite fluido/UHT nos vários canais do mercado permanecem fortes. Já a demanda por queijo é fraca. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 

 
 

Dívidas de custeio
O Banco do Brasil irá negociar as dívidas de custeio agrícola e investimento dos produtores de leite de todo o país. A decisão foi repassada para a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) e Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que haviam solicitado a demanda. De acordo com o presidente da associação, Geraldo Borges, é a terceira vez em que a entidade pleiteia em favor dos produtores. “No ano passado, o Banco do Brasil tinha prorrogado as dívidas de 2017. Até 30 de dezembro era o prazo para o produtor procurar a agência e fazer a prorrogação, o que, de uma forma coletiva, foi autorizado. Esse prazo foi prorrogado até 30 de março, para negociar todas as dívidas de custeio e investimento que venceram em 2017. A Abraleite solicitou uma terceira vez, junto com a FPA, que as dívidas que estariam vencidas e vencendo em 2018 fossem também parceladas”, conta. Conforme consta no documento enviado pelo banco, será necessário que os produtores paguem 20% do débito ainda em 2018. O saldo restante poderá ser prorrogado por três anos. Borges explica que no ofício não consta a data limite para os produtores renegociaram a dívidas, mas recomenda que isso seja feito o quanto antes. O presidente da Abraleite destaca que é uma solução paliativa, servindo como oxigênio para os pecuaristas. “Para esse produtor tentar se equilibrar enquanto a cadeia se recupera desse problema, que tem vivido desde maio de 2017. Uma queda constante dos preços. A baixa ou nenhuma remuneração nos preços”, esclarece. (Canal Rural)

Porto Alegre, 29 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.704

 

  Revista Sindilat destaca mercados para exportação

A nova edição da Revista Sindilat já está em circulação. A reportagem de capa reúne um time de especialistas para falar sobre as oportunidades e desafios de negócios que se abrem para os produtos brasileiros no exterior. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, são mais de 55 países em negociação ativa com o Brasil nos últimos dois anos. 

A publicação também traz notícia sobre o novo laboratório credenciado para exames de brucelose no Rio Grande do Sul e aborda projetos de sucesso executados pelo Sindilat em 2017, como o Pub do Queijo na Expointer. Além disso, a edição traz cobertura completa da festa de posse da nova diretoria do sindicato ocorrida em dezembro passado e da entrega do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo e Destaques 2017.  Para acessar a revista na íntegra CLIQUE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Santa Clara define as atrações da 11ª Expoclara

A Cooperativa Santa Clara prepara a 11ª edição da Exposição de Gado Leiteiro, Máquinas e Produtos, a Expoclara, que ocorre entre os dias 03 e 06 de maio, das 8h às 18h, no Parque da Fenachamp, em Garibaldi.  O evento é considerado uma das principais exposições de gado leiteiro Estado. 

A Expoclara tem por objetivo colocar animais de associados em uma exposição oficial e sob olhares de visitantes e profissionais do ramo, valorizando a sua qualidade genética. Além disso, é uma oportunidade para os produtores terem seus animais avaliados e comparados aos de outros expositores, podendo ainda trocar experiências sobre a atividade.

Para esta edição, está prevista a participação de mais de 200 animais das raças Jersey e Holandês, 80 expositores e 30 mil visitantes. Entre as atrações estão o julgamento de gado leiteiro, shows, exposição de máquinas, produtos, equipamentos agrícolas e produtos, além do 3º Concurso Jovem Puxador, voltado às crianças e adolescentes, e o Encontro de Prefeitos e Secretários Municipais de Agricultura. Entre as novidades deste ano está o Balcão de Negócios, onde os produtores poderão negociar os animais expostos e o espaço do projeto Plantando o Bem. 

Expoclara Cultural                                          
A Expoclara Cultural contará com os shows de Thomas Machado, vencedor do The Voice Kids 2017, João Luiz Corrêa e Grupo Campeirismo e Guri de Uruguaiana. Nos quatro dias da exposição haverá intervenções do Grupo Vanti in Drio. A programação conta ainda com apresentações da peça teatral Histórias das Porteiras “O livro dos Contos” e “Uma aventura urbana”, além de shows regionais. 

O projeto Palco Cultural Histórias das Porteiras conta com o patrocínio da Cooperativa Santa Clara. Financiamento do Governo do Estado - Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer - Pró-Cultura RS - Lei de Incentivo à Cultura. Mais informações sobre a Expoclara podem ser obtidas no site www.coopsantaclara.com.br/expoclara.

Sobre a Santa Clara
Em 2018, a Santa Clara completa seus 106 anos de história, o que a faz a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente, através de seus 5.630 associados, em mais de 120 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácia e 22 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados. Atualmente possui um mix de 340 produtos, entre Laticínios, Frigorífico, Doces e Sucos.

Confira a programação:
Horário de visitação: das 8h às 18h
03 de maio (quinta-feira)
10h – Encontro Santa Clara com Prefeitos e Secretários de Agricultura
9h, 10h, 13h30min, 14h30min e 15h30min – Espetáculo Teatral: Histórias das Porteiras – O Livro dos Contos*
15h – Abertura Oficial do Evento
17h – Inês Rizzardo 

04 de maio (sexta-feira)
8h30min, 9h30min, 14h, 15h e 15h45min – Espetáculo Teatral: Histórias das Porteiras – Uma Aventura Urbana*
08h – Julgamento Animais da Raça Jersey
13h30min – Julgamento Animais Jovens da Raça Holandesa

05 de maio (sábado)
8h30min – Julgamento Animais Adultos da Raça Holandesa
9h – Teatro: Histórias das Porteiras – Uma aventura Urbana*
11h e 13h – Teatro: Histórias das Porteiras – O Livro dos Contos*
12h – Concurso Jovem Puxador
14h – Espetáculo Vida em Movimento: Sankt Petrus Dança Brasil*
14h30min – Apresentação dos Animais para Balcão de Negócios
15h – Thomas Machado com participação especial de Laura Dalmás*  
15h30min – Guilherme Mecca
16h – Grupo Estirpe Campeira *
17h – Beatles no Acordeon
21h – Jantar de Entrega de Troféus aos Associados e Expositores 

06 de maio (domingo)
9h – Mateada com CTG Sentinela da Serra (Garibaldi) e CTG Trilha Serrana (Carlos Barbosa), participação especial de Sedenir Sauthier e Grupo Isto é o Rio Grande*
14h – Desfile das Campeãs 
14h – João Luiz Corrêa e Grupo Camperismo*
15h30min – Guri de Uruguaiana*
16h30min – Laura Dalmás
17h15min – Joce Sampaio
18h – Encerramento do evento

* Atrações no Palco Cultural
Programação sujeita a mudança sem aviso prévio

Programação paralela:
– Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas
– Circuito do Leite
– Energias Alternativas
– Feira da Agroindústria
– Irrigação e Fruticultura
– Espaço Plantando o Bem
– Campo Tecnológico Sustentável – Parceria Cooperativa Santa Clara, Emater e Embrapa
– Palestras técnicas
– Conferência de atualização do Colégio Brasileiro de Jurados de Pista – “A arte de julgar”, de 1º a 03 de maio
Organização: ABCBRH – Associação Brasileira de Criadores Bovinos de Raça Holandesa e Gadolando Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS
Apoio: Cooperativa Santa Clara
(Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 
 
Leite/Europa

Observações preliminares registraram aumento na entrega de leite nas fábricas a partir da segunda quinzena de março na Europa Ocidental. O mês começou com um clima frio incomum para a época prejudicando a produção de leite, mas, no meio do mês as temperaturas ficaram mais elevadas. 

O aumento do leite é bem recebido pelas indústrias europeias, especialmente para os produtores de queijo. Em janeiro de 2018 a produção de leite na União Europeia ficou 3,5% acima da verificada no mesmo mês de 2017, com destaque para Alemanha (+5,2%); França (+3,9%); Reino Unido (+1,2%); e Itália (+4,6%).

A produção de queijo na União Europeia (UE) em janeiro de 2018 ficou 2,6% acima da verificada em janeiro de 2017. Muitas indústrias esperam que os preços do queijo permanecem firmes, e a produção de queijo tem sido a prioridade dada ao leite captado nas plataformas. Os fabricantes de queijo da UE têm como alvo atender o mercado interno, mas, também chegar ao mercado mundial. Os estoques estão apertados, mais do que o desejável, e, portanto, o aumento da produção é necessário. Entre alguns dos principais países produtores de queijo, cabe destacar as elevações verificadas em janeiro de 2018 quando comparadas com janeiro de 2017: Alemanha (+3,1%), França (+4%); e Itália (+5,2%). (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 

Temer sanciona lei que cria conselho para técnicos agrícolas
O presidente Michel Temer sancionou lei que cria os conselhos federais e regionais de técnicos industriais e dos técnicos agrícolas, todos na qualidade de autarquias com autonomia administrativa e financeira e com estrutura federativa. A lei foi publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU). Os conselhos "têm como função orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional das respectivas categorias". As instituições terão sua estrutura e seu funcionamento definidos em regimento interno próprio, aprovado pela maioria absoluta de seus conselheiros. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Porto Alegre, 28 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.703

 

  Queijos/Chile

Entre os principais produtos lácteos importados pelo Chile, os queijos representaram 66,6% do total entre janeiro e fevereiro de 2018, segundo dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas Odepa. Representou US$ 33,5 milhões em valores, e 8.728 toneladas em volumes. O leite em pó integral e o leite em pó desnatado tiveram 11,2% e 5,8% de participação, respectivamente, nos valores de US$ 5,6 milhões e US$ 2,9 milhões.

 
 

País de origem
Quanto às importações por país de origem, os principais foram Alemanha, Argentina e Estados Unidos, com participações de mercado de 36,6%, 14,1% e 13,3%, respectivamente. Seguem Holanda e Nova Zelândia, na quarta e quinta colocação, obtendo 11,7% e 11,2% de participação no mercado. Cabe ressaltar o notável crescimento da Alemanha, cujo volume importado totalizou 3.191 toneladas, o que representou variação de 888,7% em comparação com o ano anterior. A Argentina, por sua parte, com um volume importado de 1.234 toneladas, cresceu 53,6%, enquanto os Estados Unidos embarcou 1.164 toneladas, caindo 8,6% em relação a um ano antes. (ExporLac Chile – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
 Produção mundial 

A produção mundial de leite em janeiro registrou aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês de 2017. Mais de 75% do leite adicional foi procedente do aumento da produção na União Europeia (UE-28), e os Estados Unidos contribuíram com mais de 20%. 

A produção na Argentina e na Austrália aumentaram, mas a da Nova Zelândia caiu, compensando o incremento desses dois países. A captação de leite na UE aumentou 3,8% em janeiro em relação a janeiro de 2017. Em todos os países da UE foram registradas taxas de crescimento da produção, menos Reino Unido, Hungria e Suécia. Na Espanha a captação subiu 5,4%, percentual similar ao registrado na Alemanha. Na França e na Polônia o crescimento foi em torno de 4%. Os maiores incrementos (acima de 10%) ocorreram na Itália, Áustria, Romênia e Bulgária. As estimativas para fevereiro apontam para um panorama diferente. A Nova Zelândia poderá continuar com os níveis de produção abaixo do ano anterior e a meteorologia desfavorável na UE poderá refletir na produção. Na Holanda a produção deve cair 1,2% (mesmo que tenha aumentado 0,2% em janeiro). Os outros países ainda não possuem dados oficiais, mas, parece que também ocorreram reduções na França, Alemanha e Reino Unido. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

Mudança de comportamento

Nos últimos doze meses, brasileiros economizaram comendo menos fora de casa e escolhendo marcas mais baratas de produtos como leite, sucos, arroz e macarrão. Também há um número crescente de consumidores economizando em produtos de limpeza, tendência que se repete nos outros países da América Latina e nos Estados Unidos.

Por outro lado, os mesmos brasileiros que economizaram nestas frentes escolheram marcas mais caras de vinhos e de cervejas, de acordo com a pesquisa Sentimento do Consumidor, da consultoria McKinsey. Para os especialistas, uma das razões para esta mudança de comportamento está na chegada de novas opções de maior qualidade nas prateleiras dos supermercados. A McKinsey também cita “mudanças graduais no paladar do consumidor ao longo dos anos”. Cerveja e vinhos ficaram no primeiro e segundo lugar no ranking de viés de migração para marcas mais caras. Mas, além das bebidas alcoólicas, outro setor que também observou esta migração foi o de cosméticos, que registrou a segunda maior migração para marcas superiores. De acordo com a pesquisa, apenas 28% da população está otimista sobre sua economia doméstica, contra 31% no final de 2016. No mercado de trabalho, 76% das pessoas têm medo que alguém de sua casa perca o emprego, contra 71% no final de 2016. (InfoMoney)

Uruguai: captação de leite pela Conaprole acumula expansão de 7,9% em 2018

A captação de leite pela empresa uruguaia, Conaprole fechou os primeiros 18 dias de março com um aumento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto no acumulado janeiro-março o aumento chegou a 7,86%, informou o vice-presidente da Conaprole, Alejandro Pérez Viazzi.

Atualmente, a indústria está processando cerca de 3,2 milhões de litros por dia, apesar de um clima relativamente adverso que se estendeu a uma grande parte da bacia leiteira até o último final de semana. "Apesar da seca, o gado em geral parece estar bem e está expressando (em litros de leite) seu potencial", explicou.

Ele considerou que, se o clima for favorável para o plantio de safras de inverno, certamente uma taxa de expansão nos níveis de captação  entre 8% e 10% acima dos níveis do ano passado pode ser sustentada. Em fevereiro, a Conaprole pagou em média aos seus produtores, um valor médio por litro de 9,75 pesos (US$ 0,34). (As informações são do Tardaguila Agromercados, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint)

 
 

Uruguai: preço do leite ao produtor subiu em fevereiro para o seu melhor nível em 5 meses
O preço do leite pago ao produtor uruguaio subiu em fevereiro em relação a janeiro e também em relação ao mesmo mês do ano passado. A média foi de 9,64 pesos (US$  0,34) por litro, a maior desde setembro do ano passado. Isso representou um aumento de 2% em relação a janeiro e de 1% em relação aos 9,55 pesos (US$ 0,33) do ano anterior, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). (As informações são do http://blasinayasociados.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 27 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.702

 

  Benefícios à sanidade e à genética

O Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa), que completa três anos em 2018, desponta no Rio Grande do Sul como uma alternativa atrativa para os laticínios, com reflexos positivos e diretos para os agricultores. Criado em 2015, o programa prevê o desconto dos créditos da contribuição ao PIS/Cofins para projetos de assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético nas propriedades produtoras. O laticínio que apresenta projeto tem retorno de 50% dos créditos presumidos, desde que invista 5% no programa. 

O responsável pelo programa na Superintendência Regional do Mapa, Roberto Francisco Lucena, explica que, no Estado, 60 projetos já protocolaram pedido de retorno dos créditos presumidos, o que representa um montante de R$ 49 milhões e benefícios a pelo menos 20 mil produtores. No ano em que se iniciou, o programa atendeu 10 mil agricultores. "Com estes recursos já se realizaram, por exemplo, testes de brucelose e tuberculose em 120 mil animais de 3,8 mil propriedades gaúchas", contabiliza Lucena. O fiscal agropecuário ressalta também que resultados prévios do programa mostram melhorias na qualidade e produtividade do leite, no gerenciamento das propriedades, na genética dos rebanhos e na efetividade nos controles sanitários. Todas as 26 empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), que representam 80% da produção leiteira gaúcha, têm projetos protocolados no programa. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diz que o Mais Leite Sustentável é um dos programas governamentais mais inteligentes já criados. "Todos os nossos associados estão com projetos em andamento. Quem não aderiu está perdendo dinheiro, pois feitos os investimentos obrigatórios que favorecem os produtores, o laticínio ainda tem o retorno de recursos para aplicar nas suas despesas", lembra Guerra. A coordenadora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Mapa, Charli Ludtke, afirma que ainda há muito espaço para a adesão ao programa, que já aplicou R$ 130 milhões desde sua criação e beneficiou 55 mil produtores em todo o país. (Correio do Povo)
 
Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Março de 2018 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Fevereiro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Março de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,51 e 3,60% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 8,61 e 8,70% de sólidos não gordurosos, entre 451 e 500 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O leite abaixo do padrão é aquele que contém 3,00 a 3,05% de gordura, entre 2,90 e 2,95% de proteína, entre 8,40 e 8,50% de sólidos não gordurosos, no máximo 600 mil células somáticos/ml e no máximo 600 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (FAESC)

FrieslandCampina

O preço garantido do leite cru pela FrieslandCampina para o mês de abril de 2018 foi de € 34,50/100 kg, [R$ 1,46/litro], caindo € 1,00/100 kg em relação ao mês anterior. É o menor preço desde janeiro de 2017, e também € 1,50 menor do que o registrado em abril de 2017. A queda foi resultado da quebra de expectativas em relação às cotações dos produtos lácteos que foram feitas pelas principais indústrias de referência.
 

Também o preço garantido do leite orgânico caiu em abril, para € 48/100 kg, [R$ 2,03/litro]. Um decréscimo acentuado, de € 2,50/100 kg em relação a março de 2018. É o mesmo valor pago em abril de 2017, e o menor dos últimos 12 meses. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)

  

Preços globais da Fonterra se mantêm estáveis

Em conjunto com o anúncio de uma mudança de liderança e aumento de receita, a Fonterra também anunciou um aumento na previsão do preço do leite de 2018 para NZ$ 6,55 (US$ 4,70/R$ 15,51) por quilo de sólidos do leite, o que equivale a NZ$ 0,55 (US$ 0,39/R$ 1,30) por quilo de leite.  A nova previsão é 15 centavos (10,7 centavos de dólar) maior do que a previsão de dezembro de 2017 de NZ$ 6,40 (US$ 4,59/R$ 15,15) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,53 (US$ 0,38/R$ 1,25) por quilo de leite].

Além disso, a Fonterra previu que seu dividendo anual esteja entre 25 e 35 centavos de dólar neozelandês (17,9 a 25,15 de dólares/59,2 a 82,88 centavos de real) por ação. Se concretizado, isso resultaria em um pagamento total em dinheiro em 2018 de NZ$ 6,80 (US$ 4,88/R$ 16,10) a NZ $ 6,90 (US$ 4,95/R$ 16,34)  por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,57 (US$ 0,40/R$ 1,34) a NZ$ 0,58 (US$ 0,41/R$ 1,37) por quilo de leite], o terceiro maior na última década.

O preço mais favorável que levou ao anúncio foi seguido pelos resultados provisórios de 2018, refletindo um líquido normalizado após a perda de impostos de NZ$ 348 milhões (US$ 250 milhões/R$ 824,11 milhões). A receita provisória de 2018 para a cooperativa aumentou 6% em relação aos resultados intermediários de 2017, para NZ $ 9,8 bilhões (US$ 7 bilhões /R$ 23,2 bilhões).

A perda foi direcionada por uma redução de  NZ$ 400 milhões (US$ 287,46 milhões/R$ 947,25 milhões) em seu investimento na Beingmate, uma empresa chinesa de fórmulas infantis. Além disso, a Fonterra reportou a renúncia do CEO, Theo Spierings, após sete anos no comando. O presidente do conselho da Fonterra, John Wilson, também observou: "Embora o quadro global de oferta e demanda permaneça positivo e esperemos que os preços permaneçam em torno dos níveis atuais, estaremos atentos a qualquer impacto no sentimento do mercado à medida que os volumes de produção de primavera começam a surgir na Europa".

De fato, é um conselho sábio ficar de olho na produção de leite na Europa. Os dados de janeiro mostram que a produção de leite na UE-28 - assumindo uma produção estável na Suécia e na Grécia, que ainda não reportaram - subiu 3,1% com relação a dezembro e 4,2% com relação a janeiro de 2017.

Comparando os resultados preliminares com janeiro de 2016, a UE-28 teve crescimento de 2,5%. Em janeiro passado, a produção de leite na UE-28 estava em declínio, pois havia incentivos econômicos para os produtores de leite reduzirem a produção; portanto, comparar 2018 a 2016 fornece uma imagem mais clara da magnitude da expansão.

Em 22/03/18 – 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,71865; R$ 2,36814
1,39150 Dólar Neozelandês = US$ 1
0,42227 Dólar Neozelandês = R$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: produção de leite aumentou 1,8% em fevereiro nos 23 estados de maior produção

A produção de leite nos 23 estados de maior produção dos Estados Unidos em fevereiro totalizou 7,21 bilhões de quilos, alta de 1,8% em relação a fevereiro de 2017. A produção revisada em janeiro, de 7,85 bilhões de quilos, subiu 1,8% em relação a janeiro de 2017. A revisão de janeiro representou um aumento de 4 milhões de quilos ou 0,1 por cento da estimativa de produção preliminar do mês passado. A produção por vaca nos 23 principais estados teve média de 826,4 quilos em fevereiro, 10,43 quilos a mais que em fevereiro de 2017. O número de vacas leiteiras em fazendas nos 23 principais estados era de 8,75 milhões de cabeças, 49.000 cabeças a mais do que em fevereiro de 2017, e mil cabeças a mais do que em janeiro de 2018. (As informações são do National Agricultural Statistics Service (NASS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

 

Preço/Arla
A Arla anunciou aumento de 0,32 pence por litro do leite padrão a partir de 1º de abril. Com a introdução do mecanismo de estabilização cambial no último trimestre, o litro do leite subirá para 27,43 pence, [R$ 1,29/litro]. Em relação aos mercados, o diretor da Arla, Johnnie Russell disse que “Os preços do mercado de commodities ficaram estáveis nas últimas semanas, mas, as proteínas continuam com níveis recordes de baixa. As taxas de aumento nos preços da manteiga e do queijo diminuíram, e continuam nos níveis de fevereiro”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 23 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.701

 

 Fonterra eleva o preço do leite de NZ 6,40 para NZ$ 6,55, mas reduz os dividendos
 
A Fonterra fez anúncios variados com seu resultado parcial – elevando a previsão do preço do leite aos produtores em 15 centavos, mas, reduzindo a previsão de dividendos do ano também em 15 centavos. 

Contrariamente à algumas expectativas, a Fonterra assumiu inteiramente a queda do valor de mercado de 18,8% da chinesa Beingmate Baby & Child Food Co, adquirida em 2015 por NZ$ 756 milhões. A Beingmate anunciou perdas de NZ$ 208 milhões. A Fonterra fez a depreciação dos NZ$ 405 milhões, para NZ$ 244 milhões, refletindo os preços atuais das ações. A cooperativa prevê dividendos entre 25 e 35 centavos. No ano passado os dividendos foram de 40 centavos. Somando os dividendos e a previsão do preço do leite de NZ$ 6,55/kgMS, [R$ 1,19/litro], os produtores receberão este ano, entre NZ$ 6,80 e NZ$ 6,90, [R$ 1,24 e R$ 1,26], – o que a Fonterra diz se o terceiro maior da última década.
 
 
 
O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que o pagamento foi “uma boa notícia para a Nova Zelândia, pois, representa cerca de NZ$ 10 bilhões que entrarão na economia do país. “No entanto, estamos conscientes dos desafios que muitos dos agricultores estão enfrentando nesta temporada diante das condições climáticas adversas que impactam na produção. Embora o quadro global de oferta e demanda permaneça positivo e esperamos que os preços permaneçam nos níveis atuais, estaremos atentos a qualquer impacto sobre as condições de mercado que poderá ser causado pelo aumento da produção de primavera na Europa”.

Na primeira metade da temporada a Fonterra também pagou NZ$ 183 milhões pelos prejuízos causados à Danone. Isto junto com o prejuízo da Beingmate totalizou perdas de NZ$ 348 milhões no semestre. Com base normais, a Fonterra disse que o lucro líquido depois dos impostos chega a NZ$ 248 milhões. “Dado o possível impacto dessas decisões, o Conselho resolveu reduzir a previsão dos dividendos para 25 a 25 centavos por ação. Essa faixa de dividendos permitirá à diretoria cobrir o prejuízo da Beingmate, bem como a indenização à Danone.” (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)  
 
Produção láctea e integração do Mercosul em debate em Santa Rosa

Com o objetivo de discutir a cadeia produtiva do leite juntamente com produtores da região, a Cabanha Gema, de Santa Rosa, realizará o evento Manhã de Campo: A voz do Leite, no dia 7 de abril. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, participará dos debates, abordando as tratativas para avançar na integração da produção dos países do Mercosul. "É muito importante pensarmos no bloco econômico como um diferencial competitivo, como parceiros que têm muito a nos ajudar na busca de novos mercados internacionais", disse. Segundo Palharini, o Brasil precisa se equiparar ao Uruguai e Argentina em termos de competitividade e isso passa por aproximar o relacionamento.

De acordo com uma das proprietárias da cabanha Ângela Marasquin, um dos objetivos é mostrar aos produtores como se trabalha com Compost Barn e as vantagens do uso dessas grandes áreas cobertas na produtividade e conforto animal."Nós somos a primeira cabanha aqui na região com um galpão com esse sistema", pontuou. A expectativa de Marcos Freitas, também proprietário, é que cerca de 400 pessoas participem do evento. 

Na ocasião, também haverá palestra da Hermanns Insumos e Equipamentos sobre sistema de ordenha. Evandro Kurtz, da Gensur Brasil Genética, falará sobre a seleção de touros adequados para sistemas de produção. A Nutretampa abordará a adequação do concentrado conforme o sistema de produção. O proprietário da cabanha, Marcos Farias, falará sobre ferramentas para o aumento da eficiência produtiva do rebanho. Além disso, a Emater apresentará dados da produção leiteira regional. O evento incia-se às 9h e será transmitido ao vivo pelo programa A voz do campo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

México busca aumentar as exportações de produtos lácteos

Sigma, Lala e outros produtores de lácteos chamados de grau A, poderiam ter maior acesso ao mercado norte-americano e canadense, porque, dentro da renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), o México procura eliminar as barreiras estatais que permitem uma maior penetração desses alimentos em ambos os mercados - disse Kenneth Smith Ramos, chefe da Negociação Técnica do NAFTA da Secretaria de Economia.

Em uma visita à cidade onde participou do primeiro Fórum Internacional de Comércio Exterior COMCE Nordeste, ele mencionou que esta é uma proposta feita pela equipe de negociação mexicana e ele acha que pode ser alcançada. "Empresas bem-sucedidas como a Lala investiram nos Estados Unidos e de fato compraram empresas do setor de produtos lácteos como um mecanismo para resolver esses tipos de barreiras e ter presença no mercado norte-americano; mas nem todas as empresas mexicanas podem fazer isso. O que estamos procurando é que o mercado possa ser aberto completamente nos Estados Unidos e que essas restrições a nível estadual sejam eliminadas", explicou.

Ele ainda acrescentou: “Estamos buscando um maior acesso ao mercado canadense e americano de produtos lácteos. O Canadá ainda tem barreiras significativas a esse respeito, em produtos lácteos e aves e há restrições regulatórias dos Estados Unidos ao nível estatal que impedem a entrada de nossos produtos de, por exemplo, grau A (como iogurtes e leite fresco). Há barreiras não tarifárias e estamos procurando abrir isso". 

Smith Ramos acrescentou que outro objetivo da propostas feita pela equipe de negociação mexicana é permitir, em todos os três países, a entrada temporária de pessoas de negócios, isto é, profissionais e escritórios certificados; o que segundo ele, agregaria valor ao NAFTA.

"Um aspecto importante que enfatizamos no NAFTA é a entrada temporária de pessoas de negócios, com cadeias de produção integradas nos três países que foram desenvolvidas ao longo dos últimos 25 anos. A parte do movimento trabalhista é fundamental, não estamos falando de modificar a política de migração de qualquer um dos países, estamos falando de oferecer maiores facilidades para que profissionais e certos negócios certificados possam se mover livremente através de suas empresas e participar de projetos temporários em qualquer um dos três países. Este é um aspecto da flexibilidade do trabalho e de competitividade muito importante e que estamos promovendo”. (As informações são do El Financiero, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

Impostos/AR 
A AFIP, [Receita Federal da Argentina) prorroga por tempo indeterminado a redução de cinco pontos no recolhimento do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que incide sobre a captação de leite fluido pelas indústrias de laticínios. A resolução 4216 da AFIP – publicada no Diário Oficial de hoje prorroga o benefício fiscal “a partir de 01 de janeiro de 2018, inclusive, mesmo quando aplicável a transações realizadas antes dessa data”. A norma indica que, no caso de ter sido retido 6% entre 1º de janeiro de 2018 e 21 de março, “as quantias excedentes deverão ser devolvidas, aplicando-se o disposto no artigo 6 da Resolução Geral 2233, e suas emendas”. A restituição do benefício foi uma promessa do presidente Mauricio Macri durante a última reunião entre a Mesa do Setor lácteo e o Presidente, realizada no final de fevereiro passado. (Infortambo – Tradução livre: Terra Viva)