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09/04/2018

Porto Alegre, 09 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.710

 

   Tendência de queda permanece para as importações de leite

As importações lácteas, apresentadas em milhões de litros de leite equivalente no gráfico 1, voltaram a cair, tanto ao compararmos com os números de março de 2018 com os de fevereiro, quanto na comparação dos três primeiros meses de 2018 em relação ao mesmo período dos últimos 2 anos. No acumulado de 2018, importamos 212 milhões de litros de litros, 191 milhões a menos que em 2017 e 48 milhões a menos do que em 2016.

Gráfico 1. Acumulado das importações brasileiras em equivalente leite (milhões de litros). Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb.
 
Com as gorduras lácteas também valorizadas no mercado brasileiro, o leite em pó desnatado teve uma queda em volume importado de 53% com relação a fevereiro, com preço de importação estável – subindo 0,9% em relação ao mês anterior. Já o leite em pó integral, teve uma queda de 10% no volume importado (em relação a fevereiro) e aumento de 1,26% em seu preço de importação. Este cenário é devido, basicamente, aos baixos preços praticados no mercado brasileiro, que reduzem a competitividade do produto importado. Ao compararmos com o mesmo período do ano passado, o volume de importação diminuiu 58% no desnatado e 48% no integral.

Já a importação de manteiga aumentou 25% em volume em relação ao mês de fevereiro – um sinalizador claro de que a demanda interna por gorduras lácteas segue vigorosa; foram 590 toneladas importadas do produto. Já no soro de leite em relação ao mês anterior, foi observado o aumento em 15% do volume importado, fechando em 1420 toneladas.  A importação de queijos subiu em relação a fevereiro - uma variação positiva de 20%, e no total, entraram 2284 toneladas do produto. (Milkpoint)

Confira, na tabela 1, as informações detalhadas do fechamento da balança comercial em março/2018:
Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2018.
 
 
RS pede ajuste no PEP para incluir derivados lácteos

Para escoar a produção leiteira gaúcha e ajudar o setor a enfrentar a crise de rentabilidade que afetou produtores e indústria, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a Federação da Agricultura do RS (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) entregaram, nesta segunda-feira (9/4), ofício ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki. O encontro ocorreu na sede da Farsul, em Porto Alegre, na presença de entidades representativas da cadeia do leite, arroz e trigo. 

O documento solicita a escoamento de 50 mil toneladas de leite em pó ou o equivalente em UHT por meio de compras governamentais e pela utilização do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para derivados lácteos (leite em pó, UHT e queijos). Contudo, para que o PEP tenha efetividade é preciso revisão do valor mínimo fixado aos derivados lácteos pela Conab. Atualmente, o valor de tabela do leite em pó, por exemplo, é de R$ 11,90 o quilo. Para viabilizar o escoamento, é necessário equivalência ao preço da resolução 80/2017, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, que prevê preço mínimo de R$ 13,94 o quilo do leite em pó, valor já utilizado na compra governamental realizada no segundo semestre de 2017. O documento também pede ajuste que inclua os derivados na operacionalização do PEP, uma vez que, hoje, a ferramenta destina-se unicamente ao leite cru. 

Durante a reunião, Novacki informou que o assunto já vem sendo abordado em Brasília, fruto da solicitação encaminhada pelo Sindilat durante a Expodireto Cotrijal, em 8 de março deste ano. No encontro, o secretário do Mapa ainda informou que é possível avançar em um livre comércio efetivo de produtos e insumos com outros países do Mercosul que permitam tornar a produção brasileira mais competitiva.  

Ainda pela manhã em reunião com lideranças do RS, Novacki  pontuou que o sucesso de negociações internacionais que estimulem o escoamento da produção depende de maior organização. “Para que a gente continue ocupando espaço, precisamos ser produtivos. E, para sermos produtivos, precisamos nos organizar”, concluiu. 

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a compra governamental de lácteos e o PEP são fundamentais para encontrar saídas da crise do setor leiteiro nacional. “Precisamos acertar essa questão para que ela seja mais um canal operacional”, afirmou. Em concordância, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que a participação do governo é fundamental. “Queremos mais ação. A pauta existe, temos que dar a resolução a ela”, disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vitorya Paulo 

 
 
Reunião Pública em Palmeira das Missões aborda dificuldades do setor

Com o objetivo de discutir as dificuldades do setor leiteiro e os reflexos no setor lácteo, ocorreu na tarde desta sexta-feira (6/4), em Palmeira das Missões (RS), uma reunião pública para tratar dos temas. Na ocasião, os representantes da cadeia leiteira debateram a necessidade do escoamento do produto, a baixa renda e o endividamento dos produtores, as exigências das indústrias no que diz respeito à IN 62 e ao cumprimento da lei do leite, além da importância da assistência técnica.

"Nós, do sindicato, defendemos que temos que trabalhar o escoamento. Além disso, estamos tentando operacionalizar o PEP para o setor lácteo com o apoio das outras entidades", pontuou o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palarini, que participou do encontro. Segundo ele, um dos encaminhamentos foi a definição da entrega de documento ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki, na segunda-feira (9/4), em Porto Alegre, pedindo apoio nas mudanças normativas necessárias para operacionalizar o PEP de produtos acabados, entre eles o leite em pó, o queijo e o leite UHT.

Também estiveram presentes na reunião representantes da Emater/RS, da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), da Fetraf e da Associação dos Municípios da Zona de Produção (Amzop). Além disso, participaram os deputados Jerônimo Goergen, Zilá Breitenbach e Dionilso Marcon, além do prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Russomano. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Joel Alexandre Rubert/Seapi - Palmeira das Missões
 

Wilson Vaz de Araújo assume Secretaria de Política Agrícola

O diretor de Crédito e Estudos Econômicos, Wilson Vaz de Araújo, assumiu nesta sexta-feira (6) a Secretaria de Política Agrícola. Após quase dois anos, o secretário de Política Agrícola e ex-ministro da Agricultura, Neri Geller, deixa o posto para disputar as eleições deste ano. O novo secretário foi conselheiro pelo Ministério da Agricultura no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), no Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Condel/FCO), no Conselho de Administração da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Consad/Casemg) e integra a Rede de Dirigentes de Política Agrícola, do Conselho Agropecuário do Sul (Cas/Redpa).

Wilson Araújo considera como prioridade imediata de gestão o novo Plano Agrícola e Pecuário, a ser lançado até junho. "Já fizemos o levantamento das demandas junto a representações de produtores rurais, de insumos, de máquinas e equipamentos, de instituições financeiras, dos governos federal e estaduais e da Frente Parlamentar da Agropecuária, para receber sugestões e críticas".

"Já temos uma espinha dorsal, uma política agrícola consolidada, que vem sendo aperfeiçoada desde os anos 60, e o produtor sabe que o governo vai estar presente para apoiar o crédito à produção e investimentos em infraestrutura produtiva e à comercialização”, disse o novo secretário.

Wilson Vaz de Araújo, natural do Paraná, começou sua vida profissional em escritórios de planejamento agropecuário do seu estado, passando pelo Rio Grande do Sul, até mudar-se para a capital federal, quando elaborou projeto de ocupação do Cerrado em toda a Região Centro-Oeste. Funcionário da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e cedido ao Mapa, nas últimas duas décadas foi responsável pela elaboração do Plano Agrícola e Pecuário do ministério. 

Balanço
O secretário Neri Geller estava no comando da SPA desde junho de 2016, quando assumiu pela segunda vez o posto. Foi secretário de Política Agrícola em 2013 e no ano seguinte, ministro da Agricultura. No comando da secretaria, pela primeira vez na história, toda a subvenção ao seguro rural foi paga no orçamento anual de 2017, sem restos a pagar. Em sua primeira passagem pela Secretaria de Política Agrícola, empenhou-se na criação do Programa de Construção de Armazéns (PCA) e do Programa de Inovação Tecnológica da Agropecuária (Inovagro). Neri Geller conclui seu balanço à frente da Secretaria com otimismo e a sensação do dever cumprido. “Estamos satisfeitos porque nossa missão de dar suporte para a produção agropecuária brasileira avançar foi cumprida. E o setor continua tendo papel fundamental na retomada da economia e no desenvolvimento do país", finaliza. (As informações são do Mapa)

 
 
 

    Embrapa lança manual de qualidade de leite para pequenos produtores
Para atender as exigências e a crescente valorização da qualidade do leite, a Embrapa lança um manual para manutenção da qualidade do leite cru refrigerado armazenado em tanques coletivos para pequenos produtores, técnicos, transportadores e coletores de amostras de leite. A publicação traz recomendações para a produção de leite com qualidade, desde a ordenha até o transporte para o laticínio, com foco em protocolos de higienização de tanques coletivos ou comunitários de armazenamento refrigerado de leite cru. A publicação é um trabalho conjunto realizado entre pesquisadores e analistas da área de transferência de tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e Embrapa Gado de Leite (MG). O manual está disponível gratuitamente para download no Portal da Embrapa. Acesse AQUI. (As informações são da Embrapa)

 

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