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27/03/2018

Porto Alegre, 27 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.702

 

  Benefícios à sanidade e à genética

O Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa), que completa três anos em 2018, desponta no Rio Grande do Sul como uma alternativa atrativa para os laticínios, com reflexos positivos e diretos para os agricultores. Criado em 2015, o programa prevê o desconto dos créditos da contribuição ao PIS/Cofins para projetos de assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético nas propriedades produtoras. O laticínio que apresenta projeto tem retorno de 50% dos créditos presumidos, desde que invista 5% no programa. 

O responsável pelo programa na Superintendência Regional do Mapa, Roberto Francisco Lucena, explica que, no Estado, 60 projetos já protocolaram pedido de retorno dos créditos presumidos, o que representa um montante de R$ 49 milhões e benefícios a pelo menos 20 mil produtores. No ano em que se iniciou, o programa atendeu 10 mil agricultores. "Com estes recursos já se realizaram, por exemplo, testes de brucelose e tuberculose em 120 mil animais de 3,8 mil propriedades gaúchas", contabiliza Lucena. O fiscal agropecuário ressalta também que resultados prévios do programa mostram melhorias na qualidade e produtividade do leite, no gerenciamento das propriedades, na genética dos rebanhos e na efetividade nos controles sanitários. Todas as 26 empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), que representam 80% da produção leiteira gaúcha, têm projetos protocolados no programa. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diz que o Mais Leite Sustentável é um dos programas governamentais mais inteligentes já criados. "Todos os nossos associados estão com projetos em andamento. Quem não aderiu está perdendo dinheiro, pois feitos os investimentos obrigatórios que favorecem os produtores, o laticínio ainda tem o retorno de recursos para aplicar nas suas despesas", lembra Guerra. A coordenadora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Mapa, Charli Ludtke, afirma que ainda há muito espaço para a adesão ao programa, que já aplicou R$ 130 milhões desde sua criação e beneficiou 55 mil produtores em todo o país. (Correio do Povo)
 
Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Março de 2018 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Fevereiro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Março de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,51 e 3,60% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 8,61 e 8,70% de sólidos não gordurosos, entre 451 e 500 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O leite abaixo do padrão é aquele que contém 3,00 a 3,05% de gordura, entre 2,90 e 2,95% de proteína, entre 8,40 e 8,50% de sólidos não gordurosos, no máximo 600 mil células somáticos/ml e no máximo 600 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (FAESC)

FrieslandCampina

O preço garantido do leite cru pela FrieslandCampina para o mês de abril de 2018 foi de € 34,50/100 kg, [R$ 1,46/litro], caindo € 1,00/100 kg em relação ao mês anterior. É o menor preço desde janeiro de 2017, e também € 1,50 menor do que o registrado em abril de 2017. A queda foi resultado da quebra de expectativas em relação às cotações dos produtos lácteos que foram feitas pelas principais indústrias de referência.
 

Também o preço garantido do leite orgânico caiu em abril, para € 48/100 kg, [R$ 2,03/litro]. Um decréscimo acentuado, de € 2,50/100 kg em relação a março de 2018. É o mesmo valor pago em abril de 2017, e o menor dos últimos 12 meses. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)

  

Preços globais da Fonterra se mantêm estáveis

Em conjunto com o anúncio de uma mudança de liderança e aumento de receita, a Fonterra também anunciou um aumento na previsão do preço do leite de 2018 para NZ$ 6,55 (US$ 4,70/R$ 15,51) por quilo de sólidos do leite, o que equivale a NZ$ 0,55 (US$ 0,39/R$ 1,30) por quilo de leite.  A nova previsão é 15 centavos (10,7 centavos de dólar) maior do que a previsão de dezembro de 2017 de NZ$ 6,40 (US$ 4,59/R$ 15,15) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,53 (US$ 0,38/R$ 1,25) por quilo de leite].

Além disso, a Fonterra previu que seu dividendo anual esteja entre 25 e 35 centavos de dólar neozelandês (17,9 a 25,15 de dólares/59,2 a 82,88 centavos de real) por ação. Se concretizado, isso resultaria em um pagamento total em dinheiro em 2018 de NZ$ 6,80 (US$ 4,88/R$ 16,10) a NZ $ 6,90 (US$ 4,95/R$ 16,34)  por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,57 (US$ 0,40/R$ 1,34) a NZ$ 0,58 (US$ 0,41/R$ 1,37) por quilo de leite], o terceiro maior na última década.

O preço mais favorável que levou ao anúncio foi seguido pelos resultados provisórios de 2018, refletindo um líquido normalizado após a perda de impostos de NZ$ 348 milhões (US$ 250 milhões/R$ 824,11 milhões). A receita provisória de 2018 para a cooperativa aumentou 6% em relação aos resultados intermediários de 2017, para NZ $ 9,8 bilhões (US$ 7 bilhões /R$ 23,2 bilhões).

A perda foi direcionada por uma redução de  NZ$ 400 milhões (US$ 287,46 milhões/R$ 947,25 milhões) em seu investimento na Beingmate, uma empresa chinesa de fórmulas infantis. Além disso, a Fonterra reportou a renúncia do CEO, Theo Spierings, após sete anos no comando. O presidente do conselho da Fonterra, John Wilson, também observou: "Embora o quadro global de oferta e demanda permaneça positivo e esperemos que os preços permaneçam em torno dos níveis atuais, estaremos atentos a qualquer impacto no sentimento do mercado à medida que os volumes de produção de primavera começam a surgir na Europa".

De fato, é um conselho sábio ficar de olho na produção de leite na Europa. Os dados de janeiro mostram que a produção de leite na UE-28 - assumindo uma produção estável na Suécia e na Grécia, que ainda não reportaram - subiu 3,1% com relação a dezembro e 4,2% com relação a janeiro de 2017.

Comparando os resultados preliminares com janeiro de 2016, a UE-28 teve crescimento de 2,5%. Em janeiro passado, a produção de leite na UE-28 estava em declínio, pois havia incentivos econômicos para os produtores de leite reduzirem a produção; portanto, comparar 2018 a 2016 fornece uma imagem mais clara da magnitude da expansão.

Em 22/03/18 – 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,71865; R$ 2,36814
1,39150 Dólar Neozelandês = US$ 1
0,42227 Dólar Neozelandês = R$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: produção de leite aumentou 1,8% em fevereiro nos 23 estados de maior produção

A produção de leite nos 23 estados de maior produção dos Estados Unidos em fevereiro totalizou 7,21 bilhões de quilos, alta de 1,8% em relação a fevereiro de 2017. A produção revisada em janeiro, de 7,85 bilhões de quilos, subiu 1,8% em relação a janeiro de 2017. A revisão de janeiro representou um aumento de 4 milhões de quilos ou 0,1 por cento da estimativa de produção preliminar do mês passado. A produção por vaca nos 23 principais estados teve média de 826,4 quilos em fevereiro, 10,43 quilos a mais que em fevereiro de 2017. O número de vacas leiteiras em fazendas nos 23 principais estados era de 8,75 milhões de cabeças, 49.000 cabeças a mais do que em fevereiro de 2017, e mil cabeças a mais do que em janeiro de 2018. (As informações são do National Agricultural Statistics Service (NASS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

 

Preço/Arla
A Arla anunciou aumento de 0,32 pence por litro do leite padrão a partir de 1º de abril. Com a introdução do mecanismo de estabilização cambial no último trimestre, o litro do leite subirá para 27,43 pence, [R$ 1,29/litro]. Em relação aos mercados, o diretor da Arla, Johnnie Russell disse que “Os preços do mercado de commodities ficaram estáveis nas últimas semanas, mas, as proteínas continuam com níveis recordes de baixa. As taxas de aumento nos preços da manteiga e do queijo diminuíram, e continuam nos níveis de fevereiro”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)

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