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Porto Alegre, 28 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.703

 

  Queijos/Chile

Entre os principais produtos lácteos importados pelo Chile, os queijos representaram 66,6% do total entre janeiro e fevereiro de 2018, segundo dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas Odepa. Representou US$ 33,5 milhões em valores, e 8.728 toneladas em volumes. O leite em pó integral e o leite em pó desnatado tiveram 11,2% e 5,8% de participação, respectivamente, nos valores de US$ 5,6 milhões e US$ 2,9 milhões.

 
 

País de origem
Quanto às importações por país de origem, os principais foram Alemanha, Argentina e Estados Unidos, com participações de mercado de 36,6%, 14,1% e 13,3%, respectivamente. Seguem Holanda e Nova Zelândia, na quarta e quinta colocação, obtendo 11,7% e 11,2% de participação no mercado. Cabe ressaltar o notável crescimento da Alemanha, cujo volume importado totalizou 3.191 toneladas, o que representou variação de 888,7% em comparação com o ano anterior. A Argentina, por sua parte, com um volume importado de 1.234 toneladas, cresceu 53,6%, enquanto os Estados Unidos embarcou 1.164 toneladas, caindo 8,6% em relação a um ano antes. (ExporLac Chile – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
 Produção mundial 

A produção mundial de leite em janeiro registrou aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês de 2017. Mais de 75% do leite adicional foi procedente do aumento da produção na União Europeia (UE-28), e os Estados Unidos contribuíram com mais de 20%. 

A produção na Argentina e na Austrália aumentaram, mas a da Nova Zelândia caiu, compensando o incremento desses dois países. A captação de leite na UE aumentou 3,8% em janeiro em relação a janeiro de 2017. Em todos os países da UE foram registradas taxas de crescimento da produção, menos Reino Unido, Hungria e Suécia. Na Espanha a captação subiu 5,4%, percentual similar ao registrado na Alemanha. Na França e na Polônia o crescimento foi em torno de 4%. Os maiores incrementos (acima de 10%) ocorreram na Itália, Áustria, Romênia e Bulgária. As estimativas para fevereiro apontam para um panorama diferente. A Nova Zelândia poderá continuar com os níveis de produção abaixo do ano anterior e a meteorologia desfavorável na UE poderá refletir na produção. Na Holanda a produção deve cair 1,2% (mesmo que tenha aumentado 0,2% em janeiro). Os outros países ainda não possuem dados oficiais, mas, parece que também ocorreram reduções na França, Alemanha e Reino Unido. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

Mudança de comportamento

Nos últimos doze meses, brasileiros economizaram comendo menos fora de casa e escolhendo marcas mais baratas de produtos como leite, sucos, arroz e macarrão. Também há um número crescente de consumidores economizando em produtos de limpeza, tendência que se repete nos outros países da América Latina e nos Estados Unidos.

Por outro lado, os mesmos brasileiros que economizaram nestas frentes escolheram marcas mais caras de vinhos e de cervejas, de acordo com a pesquisa Sentimento do Consumidor, da consultoria McKinsey. Para os especialistas, uma das razões para esta mudança de comportamento está na chegada de novas opções de maior qualidade nas prateleiras dos supermercados. A McKinsey também cita “mudanças graduais no paladar do consumidor ao longo dos anos”. Cerveja e vinhos ficaram no primeiro e segundo lugar no ranking de viés de migração para marcas mais caras. Mas, além das bebidas alcoólicas, outro setor que também observou esta migração foi o de cosméticos, que registrou a segunda maior migração para marcas superiores. De acordo com a pesquisa, apenas 28% da população está otimista sobre sua economia doméstica, contra 31% no final de 2016. No mercado de trabalho, 76% das pessoas têm medo que alguém de sua casa perca o emprego, contra 71% no final de 2016. (InfoMoney)

Uruguai: captação de leite pela Conaprole acumula expansão de 7,9% em 2018

A captação de leite pela empresa uruguaia, Conaprole fechou os primeiros 18 dias de março com um aumento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto no acumulado janeiro-março o aumento chegou a 7,86%, informou o vice-presidente da Conaprole, Alejandro Pérez Viazzi.

Atualmente, a indústria está processando cerca de 3,2 milhões de litros por dia, apesar de um clima relativamente adverso que se estendeu a uma grande parte da bacia leiteira até o último final de semana. "Apesar da seca, o gado em geral parece estar bem e está expressando (em litros de leite) seu potencial", explicou.

Ele considerou que, se o clima for favorável para o plantio de safras de inverno, certamente uma taxa de expansão nos níveis de captação  entre 8% e 10% acima dos níveis do ano passado pode ser sustentada. Em fevereiro, a Conaprole pagou em média aos seus produtores, um valor médio por litro de 9,75 pesos (US$ 0,34). (As informações são do Tardaguila Agromercados, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint)

 
 

Uruguai: preço do leite ao produtor subiu em fevereiro para o seu melhor nível em 5 meses
O preço do leite pago ao produtor uruguaio subiu em fevereiro em relação a janeiro e também em relação ao mesmo mês do ano passado. A média foi de 9,64 pesos (US$  0,34) por litro, a maior desde setembro do ano passado. Isso representou um aumento de 2% em relação a janeiro e de 1% em relação aos 9,55 pesos (US$ 0,33) do ano anterior, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). (As informações são do http://blasinayasociados.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 27 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.702

 

  Benefícios à sanidade e à genética

O Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa), que completa três anos em 2018, desponta no Rio Grande do Sul como uma alternativa atrativa para os laticínios, com reflexos positivos e diretos para os agricultores. Criado em 2015, o programa prevê o desconto dos créditos da contribuição ao PIS/Cofins para projetos de assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético nas propriedades produtoras. O laticínio que apresenta projeto tem retorno de 50% dos créditos presumidos, desde que invista 5% no programa. 

O responsável pelo programa na Superintendência Regional do Mapa, Roberto Francisco Lucena, explica que, no Estado, 60 projetos já protocolaram pedido de retorno dos créditos presumidos, o que representa um montante de R$ 49 milhões e benefícios a pelo menos 20 mil produtores. No ano em que se iniciou, o programa atendeu 10 mil agricultores. "Com estes recursos já se realizaram, por exemplo, testes de brucelose e tuberculose em 120 mil animais de 3,8 mil propriedades gaúchas", contabiliza Lucena. O fiscal agropecuário ressalta também que resultados prévios do programa mostram melhorias na qualidade e produtividade do leite, no gerenciamento das propriedades, na genética dos rebanhos e na efetividade nos controles sanitários. Todas as 26 empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), que representam 80% da produção leiteira gaúcha, têm projetos protocolados no programa. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diz que o Mais Leite Sustentável é um dos programas governamentais mais inteligentes já criados. "Todos os nossos associados estão com projetos em andamento. Quem não aderiu está perdendo dinheiro, pois feitos os investimentos obrigatórios que favorecem os produtores, o laticínio ainda tem o retorno de recursos para aplicar nas suas despesas", lembra Guerra. A coordenadora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Mapa, Charli Ludtke, afirma que ainda há muito espaço para a adesão ao programa, que já aplicou R$ 130 milhões desde sua criação e beneficiou 55 mil produtores em todo o país. (Correio do Povo)
 
Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Março de 2018 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Fevereiro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Março de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,51 e 3,60% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 8,61 e 8,70% de sólidos não gordurosos, entre 451 e 500 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O leite abaixo do padrão é aquele que contém 3,00 a 3,05% de gordura, entre 2,90 e 2,95% de proteína, entre 8,40 e 8,50% de sólidos não gordurosos, no máximo 600 mil células somáticos/ml e no máximo 600 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (FAESC)

FrieslandCampina

O preço garantido do leite cru pela FrieslandCampina para o mês de abril de 2018 foi de € 34,50/100 kg, [R$ 1,46/litro], caindo € 1,00/100 kg em relação ao mês anterior. É o menor preço desde janeiro de 2017, e também € 1,50 menor do que o registrado em abril de 2017. A queda foi resultado da quebra de expectativas em relação às cotações dos produtos lácteos que foram feitas pelas principais indústrias de referência.
 

Também o preço garantido do leite orgânico caiu em abril, para € 48/100 kg, [R$ 2,03/litro]. Um decréscimo acentuado, de € 2,50/100 kg em relação a março de 2018. É o mesmo valor pago em abril de 2017, e o menor dos últimos 12 meses. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)

  

Preços globais da Fonterra se mantêm estáveis

Em conjunto com o anúncio de uma mudança de liderança e aumento de receita, a Fonterra também anunciou um aumento na previsão do preço do leite de 2018 para NZ$ 6,55 (US$ 4,70/R$ 15,51) por quilo de sólidos do leite, o que equivale a NZ$ 0,55 (US$ 0,39/R$ 1,30) por quilo de leite.  A nova previsão é 15 centavos (10,7 centavos de dólar) maior do que a previsão de dezembro de 2017 de NZ$ 6,40 (US$ 4,59/R$ 15,15) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,53 (US$ 0,38/R$ 1,25) por quilo de leite].

Além disso, a Fonterra previu que seu dividendo anual esteja entre 25 e 35 centavos de dólar neozelandês (17,9 a 25,15 de dólares/59,2 a 82,88 centavos de real) por ação. Se concretizado, isso resultaria em um pagamento total em dinheiro em 2018 de NZ$ 6,80 (US$ 4,88/R$ 16,10) a NZ $ 6,90 (US$ 4,95/R$ 16,34)  por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,57 (US$ 0,40/R$ 1,34) a NZ$ 0,58 (US$ 0,41/R$ 1,37) por quilo de leite], o terceiro maior na última década.

O preço mais favorável que levou ao anúncio foi seguido pelos resultados provisórios de 2018, refletindo um líquido normalizado após a perda de impostos de NZ$ 348 milhões (US$ 250 milhões/R$ 824,11 milhões). A receita provisória de 2018 para a cooperativa aumentou 6% em relação aos resultados intermediários de 2017, para NZ $ 9,8 bilhões (US$ 7 bilhões /R$ 23,2 bilhões).

A perda foi direcionada por uma redução de  NZ$ 400 milhões (US$ 287,46 milhões/R$ 947,25 milhões) em seu investimento na Beingmate, uma empresa chinesa de fórmulas infantis. Além disso, a Fonterra reportou a renúncia do CEO, Theo Spierings, após sete anos no comando. O presidente do conselho da Fonterra, John Wilson, também observou: "Embora o quadro global de oferta e demanda permaneça positivo e esperemos que os preços permaneçam em torno dos níveis atuais, estaremos atentos a qualquer impacto no sentimento do mercado à medida que os volumes de produção de primavera começam a surgir na Europa".

De fato, é um conselho sábio ficar de olho na produção de leite na Europa. Os dados de janeiro mostram que a produção de leite na UE-28 - assumindo uma produção estável na Suécia e na Grécia, que ainda não reportaram - subiu 3,1% com relação a dezembro e 4,2% com relação a janeiro de 2017.

Comparando os resultados preliminares com janeiro de 2016, a UE-28 teve crescimento de 2,5%. Em janeiro passado, a produção de leite na UE-28 estava em declínio, pois havia incentivos econômicos para os produtores de leite reduzirem a produção; portanto, comparar 2018 a 2016 fornece uma imagem mais clara da magnitude da expansão.

Em 22/03/18 – 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,71865; R$ 2,36814
1,39150 Dólar Neozelandês = US$ 1
0,42227 Dólar Neozelandês = R$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: produção de leite aumentou 1,8% em fevereiro nos 23 estados de maior produção

A produção de leite nos 23 estados de maior produção dos Estados Unidos em fevereiro totalizou 7,21 bilhões de quilos, alta de 1,8% em relação a fevereiro de 2017. A produção revisada em janeiro, de 7,85 bilhões de quilos, subiu 1,8% em relação a janeiro de 2017. A revisão de janeiro representou um aumento de 4 milhões de quilos ou 0,1 por cento da estimativa de produção preliminar do mês passado. A produção por vaca nos 23 principais estados teve média de 826,4 quilos em fevereiro, 10,43 quilos a mais que em fevereiro de 2017. O número de vacas leiteiras em fazendas nos 23 principais estados era de 8,75 milhões de cabeças, 49.000 cabeças a mais do que em fevereiro de 2017, e mil cabeças a mais do que em janeiro de 2018. (As informações são do National Agricultural Statistics Service (NASS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

 

Preço/Arla
A Arla anunciou aumento de 0,32 pence por litro do leite padrão a partir de 1º de abril. Com a introdução do mecanismo de estabilização cambial no último trimestre, o litro do leite subirá para 27,43 pence, [R$ 1,29/litro]. Em relação aos mercados, o diretor da Arla, Johnnie Russell disse que “Os preços do mercado de commodities ficaram estáveis nas últimas semanas, mas, as proteínas continuam com níveis recordes de baixa. As taxas de aumento nos preços da manteiga e do queijo diminuíram, e continuam nos níveis de fevereiro”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 23 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.701

 

 Fonterra eleva o preço do leite de NZ 6,40 para NZ$ 6,55, mas reduz os dividendos
 
A Fonterra fez anúncios variados com seu resultado parcial – elevando a previsão do preço do leite aos produtores em 15 centavos, mas, reduzindo a previsão de dividendos do ano também em 15 centavos. 

Contrariamente à algumas expectativas, a Fonterra assumiu inteiramente a queda do valor de mercado de 18,8% da chinesa Beingmate Baby & Child Food Co, adquirida em 2015 por NZ$ 756 milhões. A Beingmate anunciou perdas de NZ$ 208 milhões. A Fonterra fez a depreciação dos NZ$ 405 milhões, para NZ$ 244 milhões, refletindo os preços atuais das ações. A cooperativa prevê dividendos entre 25 e 35 centavos. No ano passado os dividendos foram de 40 centavos. Somando os dividendos e a previsão do preço do leite de NZ$ 6,55/kgMS, [R$ 1,19/litro], os produtores receberão este ano, entre NZ$ 6,80 e NZ$ 6,90, [R$ 1,24 e R$ 1,26], – o que a Fonterra diz se o terceiro maior da última década.
 
 
 
O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que o pagamento foi “uma boa notícia para a Nova Zelândia, pois, representa cerca de NZ$ 10 bilhões que entrarão na economia do país. “No entanto, estamos conscientes dos desafios que muitos dos agricultores estão enfrentando nesta temporada diante das condições climáticas adversas que impactam na produção. Embora o quadro global de oferta e demanda permaneça positivo e esperamos que os preços permaneçam nos níveis atuais, estaremos atentos a qualquer impacto sobre as condições de mercado que poderá ser causado pelo aumento da produção de primavera na Europa”.

Na primeira metade da temporada a Fonterra também pagou NZ$ 183 milhões pelos prejuízos causados à Danone. Isto junto com o prejuízo da Beingmate totalizou perdas de NZ$ 348 milhões no semestre. Com base normais, a Fonterra disse que o lucro líquido depois dos impostos chega a NZ$ 248 milhões. “Dado o possível impacto dessas decisões, o Conselho resolveu reduzir a previsão dos dividendos para 25 a 25 centavos por ação. Essa faixa de dividendos permitirá à diretoria cobrir o prejuízo da Beingmate, bem como a indenização à Danone.” (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)  
 
Produção láctea e integração do Mercosul em debate em Santa Rosa

Com o objetivo de discutir a cadeia produtiva do leite juntamente com produtores da região, a Cabanha Gema, de Santa Rosa, realizará o evento Manhã de Campo: A voz do Leite, no dia 7 de abril. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, participará dos debates, abordando as tratativas para avançar na integração da produção dos países do Mercosul. "É muito importante pensarmos no bloco econômico como um diferencial competitivo, como parceiros que têm muito a nos ajudar na busca de novos mercados internacionais", disse. Segundo Palharini, o Brasil precisa se equiparar ao Uruguai e Argentina em termos de competitividade e isso passa por aproximar o relacionamento.

De acordo com uma das proprietárias da cabanha Ângela Marasquin, um dos objetivos é mostrar aos produtores como se trabalha com Compost Barn e as vantagens do uso dessas grandes áreas cobertas na produtividade e conforto animal."Nós somos a primeira cabanha aqui na região com um galpão com esse sistema", pontuou. A expectativa de Marcos Freitas, também proprietário, é que cerca de 400 pessoas participem do evento. 

Na ocasião, também haverá palestra da Hermanns Insumos e Equipamentos sobre sistema de ordenha. Evandro Kurtz, da Gensur Brasil Genética, falará sobre a seleção de touros adequados para sistemas de produção. A Nutretampa abordará a adequação do concentrado conforme o sistema de produção. O proprietário da cabanha, Marcos Farias, falará sobre ferramentas para o aumento da eficiência produtiva do rebanho. Além disso, a Emater apresentará dados da produção leiteira regional. O evento incia-se às 9h e será transmitido ao vivo pelo programa A voz do campo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

México busca aumentar as exportações de produtos lácteos

Sigma, Lala e outros produtores de lácteos chamados de grau A, poderiam ter maior acesso ao mercado norte-americano e canadense, porque, dentro da renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), o México procura eliminar as barreiras estatais que permitem uma maior penetração desses alimentos em ambos os mercados - disse Kenneth Smith Ramos, chefe da Negociação Técnica do NAFTA da Secretaria de Economia.

Em uma visita à cidade onde participou do primeiro Fórum Internacional de Comércio Exterior COMCE Nordeste, ele mencionou que esta é uma proposta feita pela equipe de negociação mexicana e ele acha que pode ser alcançada. "Empresas bem-sucedidas como a Lala investiram nos Estados Unidos e de fato compraram empresas do setor de produtos lácteos como um mecanismo para resolver esses tipos de barreiras e ter presença no mercado norte-americano; mas nem todas as empresas mexicanas podem fazer isso. O que estamos procurando é que o mercado possa ser aberto completamente nos Estados Unidos e que essas restrições a nível estadual sejam eliminadas", explicou.

Ele ainda acrescentou: “Estamos buscando um maior acesso ao mercado canadense e americano de produtos lácteos. O Canadá ainda tem barreiras significativas a esse respeito, em produtos lácteos e aves e há restrições regulatórias dos Estados Unidos ao nível estatal que impedem a entrada de nossos produtos de, por exemplo, grau A (como iogurtes e leite fresco). Há barreiras não tarifárias e estamos procurando abrir isso". 

Smith Ramos acrescentou que outro objetivo da propostas feita pela equipe de negociação mexicana é permitir, em todos os três países, a entrada temporária de pessoas de negócios, isto é, profissionais e escritórios certificados; o que segundo ele, agregaria valor ao NAFTA.

"Um aspecto importante que enfatizamos no NAFTA é a entrada temporária de pessoas de negócios, com cadeias de produção integradas nos três países que foram desenvolvidas ao longo dos últimos 25 anos. A parte do movimento trabalhista é fundamental, não estamos falando de modificar a política de migração de qualquer um dos países, estamos falando de oferecer maiores facilidades para que profissionais e certos negócios certificados possam se mover livremente através de suas empresas e participar de projetos temporários em qualquer um dos três países. Este é um aspecto da flexibilidade do trabalho e de competitividade muito importante e que estamos promovendo”. (As informações são do El Financiero, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

Impostos/AR 
A AFIP, [Receita Federal da Argentina) prorroga por tempo indeterminado a redução de cinco pontos no recolhimento do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que incide sobre a captação de leite fluido pelas indústrias de laticínios. A resolução 4216 da AFIP – publicada no Diário Oficial de hoje prorroga o benefício fiscal “a partir de 01 de janeiro de 2018, inclusive, mesmo quando aplicável a transações realizadas antes dessa data”. A norma indica que, no caso de ter sido retido 6% entre 1º de janeiro de 2018 e 21 de março, “as quantias excedentes deverão ser devolvidas, aplicando-se o disposto no artigo 6 da Resolução Geral 2233, e suas emendas”. A restituição do benefício foi uma promessa do presidente Mauricio Macri durante a última reunião entre a Mesa do Setor lácteo e o Presidente, realizada no final de fevereiro passado. (Infortambo – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 22 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.700

 

  2017: produção se recupera, mas ritmo cai no final do ano

 
Nesta quarta-feira (21.03.18), o IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Trimestral do Leite referentes ao 4º trimestre de 2017. Neste período, a captação formal brasileira foi de 6,4 bilhões de litros, aumento médio de 3,2% em relação ao 4º trimestre de 2016. Com isso, 2017 se consolidou como um ano de recuperação na produção de leite. Após cair por dois anos consecutivos, em 2017 a captação formal total foi 4,4% maior do que em 2016, chegando a 24,1 bilhões de litros, contra 23,1 no ano anterior. Entretanto, a forte queda na rentabilidade da atividade (especialmente no 2º semestre) desacelerou a recuperação da produção a partir do 3º trimestre de 2017, como ilustra o gráfico 1.
 
Gráfico 1. Produção formal de leite no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base nos dados do IBGE. 
 
Entre as regiões, nota-se uma maior desaceleração na recuperação de produção na região Sudeste em relação ao Sul. No 4º trimestre de 2017, a captação formal do Sudeste foi “apenas” 2,4% superior em relação ao mesmo período de 2016; já na região Sul, o aumento foi de 6,5% na mesma comparação. Por fim, no acumulado anual (2017 vs. 2016) a região Sudeste registrou crescimento total de 2,6%, enquanto a Sul cresceu 5,6% (observe o gráfico 2).
 
Gráfico 2. Variação de captação das regiões entre 2017 e 2016. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados do IBGE.
 
 
Na comparação estadual, Minas Gerais foi o estado de maior captação no 4º trimestre (muito por conta do seu período de safra), com captação de 1,6 bilhão de litros, 0,5% a menos em relação ao 4º trimestre de 2016. Contudo, na comparação anual do volume total captado, Minas Gerais teve queda de 1,7%, a maior entre os seis principais estados do Brasil. Enquanto Santa Cataria e São Paulo foram destaques na comparação do volume anual total, com aumento de 13,1% e 11,9% respectivamente. Observe o gráfico 3.
 
Gráfico 3. Variação anual do leite formal adquirido nos principais estados. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados do IBGE. 
 
Ainda assim, Minas Gerais segue como o maior produtor de leite do Brasil, respondendo por 24,8% da captação em 2017 (contra 26,4% em 2016). Assim, o ranking de 2017 segue com os seguintes estados e suas respectivas participações na captação total: Rio Grande do Sul (14,2%), São Paulo (11,9%), Santa Catarina (11,4%), Paraná (11,3%) e Goiás (10,2%). Em 2017, destaque para São Paulo (3º) e Santa Catarina (4º) que subiram uma posição cada no ranking, enquanto o Paraná (5º) caiu duas posições entre 2016 e 2017. Vale ressaltar que, como o dado em questão se trata do leite adquirido, é possível que parte do crescimento de volume em São Paulo não seja proveniente de aumento de produção, mas sim, de leite produzido em outros estados e comprado pelas indústrias paulistas. O gráfico 4 exibe a participação dos principais estados na captação total de leite em 2017. (Fonte: IBGE/Milkpoint)
 
Gráfico 4. Participação estadual na captação total em 2017. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados do IBGE. 

 
Empresas de alimentos reduzem propagandas voltadas para crianças
 
Após a implantação, ao longo de 2017, de um compromisso firmado por 11 grandes empresas de alimentos que atuam no Brasil, o número de propagandas para crianças de produtos por elas considerados inadequados despencou. A queda foi de 100% em peças publicitárias televisivas, de 98,6% na internet e de 97% em cinemas. Esse valor residual estaria relacionado a falhas na divulgação de conteúdo por parceiros. Foram centenas de casos analisados.
 
O anúncio foi feito nesta terça (20), em São Paulo, por executivos de algumas dessas indústrias. As empresa signatárias se comprometem, por exemplo, a não fazer anúncios de chocolates e refrigerantes para crianças; outros produtos têm propaganda liberada, como sucos 100% fruta e balas sem açúcar. Outros caem em uma classificação intermediária — para poderem ser anunciados, têm de atender critérios nutricionais padronizados.
 
Grazielle Parenti, diretora de assuntos corporativos e governamentais da Mondelez (dona de marcas como Lacta, Club Social e Philadelphia) afirma que “a publicidade é, mesmo que em menor parte, responsável pela obesidade infantil”. Segundo ela, os adultos é que tem de ser alvo das peças publicitárias, já que eles são os decisores das compras. Algumas instituições e setores da sociedade discordam, no entanto, que haja qualquer nível seguro ou aceitável de publicidade voltada para crianças.
 
O programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, por exemplo, tem como bandeira o combate à publicidade infantil baseado em uma resolução do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), órgão colegiado ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Para eles, essas ações são abusivas e ilegais.
 
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Opas (Organização Pan-americana da Saúde) também já se manifestaram contrariamente à existência de qualquer tipo de publicidade direcionada a esse público. As empresas de alimentos, por sua vez, consideram que uma proibição total seria inadequada. Segundo Parenti, as iniciativas do Compromisso pela Publicidade Responsável estão resguardadas pelo direito à publicidade garantido pela Constituição.
 
Participam do acordo voluntário Agora, Coca-Cola Brasil, Ferrero, General Mills, Grupo Bimbo, Kellogg's, Mars, McDonald’s, Mondelez, Nestlé, PepsiCo e Unilever. As empresas não revelam qual foi o montante investido para assegurar o cumprimento das metas voluntárias. Há a expectativa de que, a partir de agora, novas companhias se juntem ao grupo.
 
Ricardo Zibas, sócio-diretor da KPMG, empresa de auditoria contratada para monitorar o cumprimento das metas voluntárias, afirma que foi desenvolvido um sistema eletrônico de monitoramento baseado em palavras-chave para verificar casos de aderência e não aderência das peças publicitárias às normas. Os períodos avaliados foram as férias escolares (janeiro), a páscoa (março e abril), Dia das Crianças (outubro) e Natal (dezembro).
 
Picolé e hambúrguer 
Um exemplo que ilustra uma categoria que pode ser anunciada, mas que depende dos parâmetros nutricionais são os picolés. Tomando como exemplo o Magnum, da Kibon (marca que pertence à Unilever), de 74 gramas, são 223 kcal e 20 gramas de açúcar por unidade.
 
Se considerarmos a porção normalizada de 100 gramas, o Magnum fica com 285 kcal e 25,6 gramas de açúcar por porção — acima dos limites de 110 kcal e 20 gramas de açúcar por porção estipulados para alimentos dessa categoria poderem estrelar peças publicitárias para crianças. Refeições prontas para crianças (almoço ou jantar), devem ter no máximo 510 kcal, menos de 660 mg de sódio e menos de 10% das calorias provenientes de gordura.
 
Um McLanche Feliz, por exemplo, pode chegar 565 kcal, se composto por cheeseburguer, batata tamanho kids, suco de laranja e Danoninho. Se o suco for trocado por água, a batata por tomatinhos e o cheeseburger por hambúrguer, o McLanche feliz pode até ficar um pouco triste, mas ganha direito de ser anunciado até como lanche da tarde, com 302 kcal.
 
Compromisso da indústria
O que pode e o que não pode ser anunciado?
Não podem ser anunciados para grupos compostos em 35% ou mais de crianças menores de 12 anos, seja abusando de cores, durante programação voltada para eles, ou com personagens infantis, por exemplo:
chocolates;
doces;
refrigerantes.
Podem ser anunciados, desde que sejam seguidas normas nutricionais padronizadas:
Óleos e gorduras com base vegetal e animal, e produtos à base de gordura e molhos emulsionados;
Frutas, vegetais e sementes e seus produtos, exceto óleo;
Leites, produtos lácteos e substitutos do leite;
Produtos à base de cereal;
Sopas, pratos compostos, pratos principais e sanduíches;
Refeições para crianças;
Sorvetes.
Podem ser anunciados sem qualquer restrição:
Água engarrafada;
Suco 100% fruta;
Produtos 100% à base de fruta ou vegetal, sem adição de sal, gordura ou açúcar;
Produtos 100% à base de sementes e castanhas, sem adição de sal, gordura ou açúcar;
Carne crua;
Gomas e balas “sugar free”.
(As informações são do jornal Folha de São Paulo)
 
 
Programa Mais Leite Saudável: projeto aumenta prazo para empresa obter habilitação definitiva
 
Empresas e cooperativas produtoras de leite interessadas em participar do Programa Mais Leite Saudável poderão ter um prazo maior para apresentar requerimento à Receita Federal solicitando habilitação definitiva no programa. É o que determina o Projeto de Lei 8840/17, do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), em tramitação na Câmara dos Deputados. O texto altera a Lei 10.925/04.
 
O Programa Mais Leite Saudável permite às empresas e cooperativas se beneficiarem de um crédito presumido, espécie de incentivo fiscal dado pelo governo federal, que dá desconto na Contribuição para o PIS/Pasep e na Cofins devidas. Para receber o benefício, elas devem apresentar ao Ministério da Agricultura um projeto de investimento para melhorar a produtividade e a qualidade do leite.
 
O plano de investimento dá direito à habilitação provisória no programa. Por força do Decreto 8.533/15, a habilitação definitiva, com o consequente acesso ao incentivo fiscal, dever ser requerida à Receita Federal no prazo de 30 dias contados da data de aprovação do projeto pelo ministério.
 
Para o deputado, o prazo é exíguo e extrapola a intenção do Congresso Nacional, quando discutiu a medida provisória que deu origem a Lei 10.925/04. No lugar dos 30 dias previstos pelo decreto presidencial, o projeto de Moreira propõe que o prazo de requerimento seja de até 2/3 da vigência do plano de investimento, que, pelo decreto, pode ser de, no máximo, 36 meses.
 
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-8840/2017
(As informações são da Agência Câmara) 
 

 

Consumo de lácteos
Um ano que iniciou com perspectivas otimistas por parte de produtores e indústrias, porém no decorrer de 2017, o cenário desenhado foi bem complexo. Para 2018, a cadeia produtiva do leite está mais cautelosa, pois há vários fatores a avaliar, tais como adequação do produtor à redução de preços, comportamento da economia brasileira e eleição de novo presidente. Dois fatores são marcantes na avaliação de 2017 para o setor de lácteos e também para outros setores de alimentos e bebidas – a mudança de hábitos dos consumidores, optando por itens básicos em suas listas de compras e a recuperação, ainda que lenta, da economia. De acordo com levantamento da Kantar Worldpanel, em artigo publicado nesta edição, no segundo trimestre de 2016, apesar do baixo crescimento em toneladas, os consumidores adquiriram 4% a mais de unidades do que no mesmo período em 2014. Em 2017, esse percentual se eleva para 7%. Então, o crescimento em unidades compradas ultrapassa o período pré-crise, porque os lares estão comprando embalagens menores. A recuperação, no entanto, vem marcada por uma mudança de comportamento: as categorias básicas têm sido priorizadas. Seguem firmes e fortes nas despensas do país: chá líquido, complemento alimentar, suco congelado, água mineral e torradas industrializadas, por exemplo, enquanto petit suisse, leite pasteurizado, iogurte, sopa, creme de leite, entre outros itens, foram deixados de lado. Os reflexos da baixa no mercado de consumo chegaram aos produtores de leite. Segundo Natália Gricol, pesquisadora da área de Leite do Cepea, o ano de 2017 dava indícios de ser um ano positivo para o produtor de leite, ao combinar preços em elevados patamares e custos de produção baixos por conta da ração mais barata. No entanto, o fraco consumo na ponta final da cadeia freou o mercado, gerou estoque e pressionou as cotações do leite no campo já em junho, durante a entressafra da produção. (Revista Ingredientes e Tecnologias)

Porto Alegre, 21 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.699

 

  Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 20 de Março de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2018 é de R$ 2,1303/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Aprovado projeto que facilita comércio de queijos artesanais e embutidos

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) o Projeto de Lei 3859/15, do deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES), que permite a comercialização entre os estados de produtos artesanais de origem animal, como queijos e embutidos. A matéria será enviada ao Senado.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Fábio Sousa (PSDB-GO) para esse projeto e seus apensados: PL 8642/17, do deputado Rocha (PSDB-AC); PL 8677/17, do deputado Efraim Filho (DEM-PB); e PL 8920/17, do deputado Luciano Bivar (PSL-PE).

De acordo com o substitutivo, o produto artesanal, caracterizado como aquele feito segundo métodos tradicionais ou regionais próprios, empregando-se boas práticas agropecuárias, será identificado em todo o território nacional com um selo único com a inscrição ARTE.

Esses produtos estarão sujeitos à fiscalização de órgãos de saúde pública dos estados e do Distrito Federal. O registro do fabricante e do produto, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização seguirão as normas da Lei 1.283/50 quanto aos aspectos higiênico-sanitários e de qualidade.

Agricultura familiar
Em razão da peculiaridade de esses produtos serem feitos por pequenos e médios produtores, as exigências para o registro do estabelecimento e de seus produtos deverão ser adequadas às dimensões e às finalidades do empreendimento e seus procedimentos deverão ser simplificados.

Já a inspeção e a fiscalização do processo produtivo terão natureza prioritariamente orientadora, com o critério de dupla visita para a lavratura de autos de infração às normas higiênico-sanitárias.

Se o projeto virar lei, até a sua futura regulamentação, a comercialização dos produtos será autorizada entre os estados da Federação.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-3859/2015
(Fonte: Agência Câmara Notícias)

 
 
Confira evolução da produção de leite nas principais regiões exportadoras do mundo

Confira neste material a produção de leite das cinco principais regiões exportadoras da UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e os EUA. Estas cinco regiões representam mais de 65% da produção mundial de leite e cerca de 80% das exportações mundiais de produtos lácteos e, portanto, são essenciais para influenciar a direção dos preços nos mercados mundiais.

 
O rastreador* fornece uma linha de base para comparar se a produção real aumenta ou diminui conforme o esperado.

As entregas em janeiro totalizaram 796 milhões de litros por dia, um aumento de 2,7% em relação ao ano passado, quando a produção foi ativamente adiada como resultado do programa de redução do leite da União Europeia (UE). A maioria das principais regiões produtoras registrou um aumento interanual na produção, com exceção da Nova Zelândia, que registrou uma queda de 4,9% nas entregas. O principal motor do aumento da produção continua sendo a UE-28, onde as entregas em janeiro aumentaram 4,0% no ano passado.

Dentro da UE-28, a maioria dos grandes produtores viu as entregas de leite crescer, incluindo França, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Polônia, Espanha, Itália e Bélgica. As entregas da UE-28 para janeiro são estimadas com base em dados informados que cobrem 91% do total. (As informações são do AHDB, publicadas pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Languiru divide sua experiência com cooperativas do Peru

Recentemente a Cooperativa Languiru recebeu a visita de representantes de cooperativas de Jaén, cidade situada na província de Cajamarca, localizada ao norte do Peru. A intenção do grupo foi conhecer a história, a diversificação dos setores e unidades industriais de uma das maiores cooperativas de produção do Estado. A região onde os peruanos residem é caracterizada pela monocultura, ou seja, a produção de café dita a matriz econômica de Cajamarca.  Além de dirigentes cooperativistas, também integraram a comitiva engenheiros agrônomos, pesquisadores e funcionários públicos. O grupo foi acompanhado pelo analista da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), Matheus Loro da Soledade Dias, no roteiro que também contemplou visitas ao Sicredi Ouro Branco, de Teutônia, e à Vinícola Aurora, em Bento Gonçalves. Os peruanos ainda visitaram cooperativas do Paraná e de São Paulo.

Apresentação do case
A programação iniciou pela manhã no auditório da Sede Administrativa, no Bairro Languiru. O presidente Dirceu Bayer deu as boas-vindas e reiterou que a troca de experiências é fundamental para a evolução do cooperativismo. Suscintamente, falou sobre a produção de rações e a exportação de carnes de frango e suíno. Enalteceu que as plantas industriais estão operando com capacidade máxima e fez menção às parcerias da cooperativa para atingir este propósito.

Na sequência, o encontro foi conduzido pelo gerente de fomento, Beto Aurélio Markus, que apresentou o vídeo institucional e falou sobre os setores da Languiru. Markus explicou a segmentação da cooperativa e mostrou fotos de unidades estratégicas de negócios. Números e gráficos foram acrescentados para que os peruanos tivessem uma melhor noção do tamanho da Languiru. “Um dos nossos diferenciais é a logística, uma vez que as propriedades de associados estão perto das unidades industriais e da Sede Administrativa. Esta realidade ameniza os custos de produção”, esclareceu. Markus também falou sobre a diminuição da idade média do quadro social e do posicionamento da cooperativa nos cenários regional, estadual e nacional.

Beneficiamento de lácteos e abate de suínos
Ainda pela manhã, o grupo seguiu até o Bairro Teutônia, onde os peruanos visitaram a indústria de laticínios. Eles foram recepcionados pelo gerente industrial Mauro Aschebrock, que apresentou números sobre a produção, quadro de colaboradores e logística da unidade. A encarregada da qualidade, Patrícia Dick Haas, conduziu o grupo pela indústria após a degustação de produtos lácteos da Languiru. Patrícia explicou diferentes processos, como o recebimento da matéria-prima, análises de laboratório, envase de produtos de valor agregado e expedição.

À tarde, o roteiro seguiu no município de Poço das Antas, com visita ao frigorífico de suínos. Os peruanos foram recepcionados pelo gerente de negócio Costantino Marzano e pelo coordenador de qualidade André Fritsch von Frühauf, que compartilharam alguns números da unidade pertinentes ao abate e à comercialização. A analista de qualidade, Marli Haefliger, continuou com a programação ao apresentar os setores que envolvem o abate de suínos. Os visitantes conheceram a produção de embutidos, o fracionamento de carcaças e o processo de expedição.

O representante da Colônia Herrera, Jairo Herrera, destaca que o grupo ficou impressionado com a alta tecnologia empregada pela Languiru, tanto na indústria de laticínios como no frigorífico de suínos. Enalteceu a diversificação das atividades e a responsabilidade ambiental da cooperativa. “Esta visita serviu para mostrar a importância do sistema cooperativo no desenvolvimento de pessoas e de comunidades. Também foi possível notar o papel dos governantes para estimular o associativismo, gerar empregos e promover o bem-estar da população. A Languiru é uma das melhores cooperativas do Brasil”, afirmou. 

Herrera percebeu semelhanças entre o cooperativismo do Brasil e do Peru. Citou o modelo gratuito de associação voluntária, a autogestão como mecanismo que permite que os próprios membros liderem as cooperativas e a ausência de um propósito lucrativo em relação às operações que a cooperativa realiza com seus parceiros. “Queremos desenvolver a região de Cajamarca, que teve um crescimento populacional e econômico muito grande nos últimos anos”, concluiu. (As informações são da Languiru)

 
 
 
 

Preços/Uruguai
Os preços dos produtos lácteos comercializados pelas indústrias no mercado interno durante o mês de janeiro registraram aumento de 14% quando comparados com o mesmo mês de 2017. No entanto, os preços das exportações subiram 5%. O leite pago aos produtores em janeiro atingiu a média de US$ 0,33/litro, ou 9,5 pesos, o que representou melhora de 2% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo Inale (Instituto Nacional do Leite). Já o preço recebido pela indústria (somando o mercado interno e o mercado externo) foi de US$ 0,44 (12,5 pesos por litro), caindo 5% em relação ao mês anterior. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 20 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.698

 

  Entressafra puxa alta do preço do leite no RS
 
Com o avanço da entressafra no Rio Grande do Sul, o valor de referência do leite teve recuperação, aproximando-se da casa de R$ 1,00. Segundo dados do Conseleite divulgados na manhã desta terça-feira (20/03), o projetado para março é de R$ 0,9901, 2,56% acima do R$ 0,9654 consolidado de fevereiro.  Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, registrou-se recuperação do leite UHT (6,73%) no mês. “Mesmo assim, o valor do produto ainda está abaixo de 2016 e 2017”, frisou, reforçando o momento de baixa remuneração mesmo com custos de produção praticamente estáveis nos últimos quatro meses.

O professor pontuou que o leite em pó vem ganhando força no mix de produtos fabricados no Rio Grande do Sul, saltando de 39,55% do mercado, em 2017, para 43,46% nos primeiros três meses de 2018. Por outro lado, o UHT passou de 41,94% para 35,52%. Juntos, concentram 78% da produção do RS.

O presidente do Sindilat e vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, reforçou que o leite UHT tem puxado mais forte os preços neste momento de entressafra. "Estamos entrando no período  de menor produção, o que indica que continuará subindo até pela necessidade de a indústria recuperar margens". A expectativa, diz o executivo, é que o inverno de 2018 seja de baixas temperaturas, o que deve motivar o aumento do consumo. Além disso, a retomada da economia brasileira e a volta às aulas ajudará a incentivar a demanda. “A indústria, neste ano, não fez gordura nos primeiros meses do ano, mas, agora, devemos ter uma retomada”.

O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, sugeriu a realização de uma agenda das áreas econômicas das diferentes entidades que compõem o Conseleite para debater alternativas para escoamento de excedentes do mercado que permitam equalizar os preços. O assessor da Fetag Márcio Langer argumentou que é essencial pressionar o governo por apoio ao setor e alertou sobre redução do preço do leite em pó no varejo.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a tendência é que os efeitos da entressafra no mercado sejam suavizados uma vez que os produtores têm investido mais em alimentação e nutrição dos bovinos leiteiros, o que garante captação mais constante ao longo do ano.

CAMPANHA- Durante a reunião, as entidades que integram o Conseleite ainda debateram a importância de adoção de uma campanha para divulgar a qualidade e os atributos dos produtos lácteos gaúchos. O projeto segue em debate no colegiado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Carolina Jardine

Sinaleira para indicar produtos mais saudáveis 
Representantes do setor laticinista gaúcho debateram, na reunião de associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) desta terça-feira (20/03), a exigência da Anvisa de incluir nas embalagens tarjas coloridas (verde, amarelo e vermelho) para indicar grau de adição de açúcar e sódio nos produtos. O uso dessa “sinaleira” nos alimentos busca adoção de hábitos mais saudáveis. “É um caminho pela valorização de produtos mais saudáveis e que está sendo acompanhado de perto pelo Sindilat”, pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

No encontro, o dirigente ainda detalhou agenda realizada, na semana passada, em São Paulo (SP), em que se tratou da negociação do Mercosul com a União Europeia pelo uso dos nomes Parmesão, Gruyère, Roquefort, Fontina, Gorgonzola e Grana por queijos latinos. Segundo Guerra, a posição do Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil) e do Sindilat é de não aceitar restrições. “Isso não poderá ser admitido porque nossos consumidores já estão acostumados com essa nomenclatura. O setor laticinista é sempre moeda de troca em negociações internacionais. Isso não podemos aceitar”, disse. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou relato sobre as reuniões realizadas, neste mês, com a embaixada da Argentina, em Brasília (DF). Ele reforçou a importância de aproximação com os países vizinhos e de não estabelecer uma relação apenas de enfrentamento. “Podemos nos valer de ganhos que esses mercados já tiveram, como custo de insumos mais competitivos na criação”, exemplificou. 

Palharini ainda citou o trabalho realizado pelo Sindilat para articular a liberação pelo governo federal de ferramentas de comercialização efetivas que auxiliem no escoamento de leite do mercado nacional. Segundo ele, o pedido de PEP feito ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante a Expodireto, ainda está em análise. “Independentemente da ferramenta a ser utilizada, precisamos de movimento que retire leite e regule mercado”, acrescentou Palharini, alertando sobre a importância de garantir margens mínimas de lucro ao setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
Sindilat participa de aula e degustação de queijos na Unisinos
A importância de integração entre o setor laticinista e a universidade no desenvolvimento de novos produtos e formas de consumo foi a tônica da palestra de abertura de aula no curso de Gastronomia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) realizada na noite desta segunda-feira (19/3). O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou o avanço do interesse popular em relação à culinária, um novo mercado potencial tanto para o setor industrial quanto para os profissionais da área. Palharini realizou apresentação de dados sobre o setor e pontuou as projeções de aumento de consumo de lácteos no Brasil e no mundo. “Há um grande desafio de aproximar os elos da cadeia para fomentar novos tipos de consumo no Brasil”, disse.
A aula, ministrada pela professora Raquel Chesini, ainda teve explanação técnica sobre a produção no campo e na indústria e degustação de queijos a uma plateia atenta. O objetivo, explica ela, é mostrar aos alunos as diferenças de sabor entre os itens produzidos no Rio Grande do Sul. “Fizemos uma demonstração de queijos, dos mais suaves aos mais picantes”, ressaltou Raquel. Os rótulos foram ofertados pelo Sindilat, incluindo queijos e iogurtes de seus associados.  A professora reforçou a preocupação da gastronomia no uso de itens locais, uma valorização aos alimentos fabricados no mercado gaúcho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)  
 
 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
 
Leilão GDT tem queda de 1,2% com forte impacto do leite em pó desnatado

Na última terça-feira (20/03/18) foi realizado o evento 208 do leilão GDT, que teve queda de 1,2% no índice médio, com o preço médio de US$3.632/tonelada.

O volume negociado teve nova queda; neste leilão, 18.635 toneladas foram negociadas, 3,4% a menos em relação ao leilão anterior, e 17,2% a menos em relação ao evento correspondente em 2017.

Neste leilão, o grande destaque fica por conta da desvalorização do leite em pó desnatado que, após uma forte subida de 5,5% no último leilão, registrou queda de 8,6%, o que trouxe o preço médio para US$ 1.887/tonelada. De fato, não há fundamentos para altas consistentes nos preços do produto, com o excedente mundial de oferta e a iminente venda dos estoques de intervenção da União Europeia. Além disso, o leite em pó desnatado da Nova Zelândia vem tendo fortes perdas de competitividade desde o final de 2017 frente o produto europeu.

Neste leilão, os queijos também sofreram desvalorização, e o índice de preços do cheddar caiu 3,9%, trazendo sua média para US$3.609/tonelada. Mesmo assim, o valor ainda é quase US$300/tonelada acima do valor visto ao final do primeiro leilão do ano.

Já no leite em pó integral e nas gorduras, houve estabilidade nos preços. Tanto o AMF (Anhydrous Milk Fat) quanto a manteiga não tiveram variação no índice de preços, fechando com médias a US$6.249/tonelada e US$5.281/tonelada respectivamente, enquanto o leite em pó integral fechou com preço médio a US$3.226/tonelada, queda de apenas US$ 6/tonelada em relação ao último leilão.

Mesmo com a 3ª queda consecutiva no leilão GDT, a diferença entre os contratos futuros de leite em pó integral no GDT e na Bolsa da Nova Zelândia sugere que não deve haver recuperação nos preços nos próximos leilões. (Gdt/Milkpoint)    

 
 
 
 

Sindilat negocia parceria com a Unisinos
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reuniu-se na última quinta-feira (15/3) com as professoras da graduação da Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos) Raquel Chesini e Flávia Silva para tratar de parceria com a instituição de ensino para divulgar os processos de produção do setor laticinista. Segundo ele, é essencial mostrar aos estudantes de Gastronomia como são produzidos os produtos lácteos gaúchos. Para dar início à parceria, o Sindilat participará, na próxima segunda-feira (19/03), de aula sobre cadeia produtiva de lácteos a ser ministrada pela professora Raquel Chesini, no Campus de São Leopoldo. Em 2017, o Sindilat e o curso de Gastronomia da Unisinos deram início a um projeto de aproximação. Em sala de aula, o chef Alexandre Reolon, da Rasip,  promoveu degustação e apresentação sobre as qualidades gastronômicas de alguns queijos e derivados lácteos. Outra ação a ser fomentada com a Unisinos é a participação dos alunos durante a agenda do Pub do Queijo, projeto gastronômico que busca difundir o consumo do produto.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Porto Alegre, 19 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.697

 

  EUA rastreia mercados para a exportação dos seus produtos lácteos

As parcerias internacionais entre a indústria de lácteos dos EUA e os principais mercados de exportação se formaram seis meses depois que a o Conselho de Exportações de Lácteos (USDEC) apresentou o "The Next 5%", um plano estratégico de exportação visando um aumento das exportações de produtos lácteos de 15% para 20%. "Para as famílias de fazendas leiteiras terem a chance de passar suas fazendas para seus filhos, a mudança para um foco de mercado global é a chave", disse o presidente e CEO da USDEC, Tom Vilsack.

O objetivo do plano de exportação é ajudar os produtos lácteos dos EUA a obter maior visibilidade em vários mercados, como China, Sudeste Asiático, Japão, Coreia, Oriente Médio e norte da África. Isso, ajudará a aliviar a pressão sobre os produtores de leite nos Estados Unidos para encontrar mercados para seu leite. "Estamos sendo mais agressivos nesses mercados e em organizações internacionais que podem estabelecer regras e regulamentos para a venda de produtos lácteos [EUA]", disse Vilsack.

O USDEC contratou funcionários adicionais para ajudar na política comercial, acesso ao mercado e assuntos regulatórios, de acordo com a Vilsack. "Tenho o prazer de dizer que, como resultado dos investimentos que as pessoas estão dispostas a fazer, contratamos desenvolvimento de negócios adicionais e gerentes de contas importantes na China, Oriente Médio, África do Norte e Japão".

Parcerias culinárias e de varejo
O USDEC aumentou seus esforços no estabelecimento de parcerias com institutos culinários e universidades em mercados internacionais emergentes, incluindo China, Japão, Coreia do Sul, Cingapura e África do Norte, de acordo com a Vilsack. "Não é uma nova estratégia, mas um investimento mais extenso e significativo de recursos e esforços no desenvolvimento dessas relações", afirmou. "Estamos desenvolvendo chefs para que eles compreendam as maneiras pelas quais podem usar os produtos lácteos em suas receitas". O USDEC também expandiu a presença no varejo de produtos lácteos dos EUA, incluindo parcerias com a Costco na Coreia e Japão.

"De modo algum, o foco deve ser só na China"
A China tem sido um importante mercado de exportação para os EUA, já que uma quantidade recorde de queijo foi vendida para o país de 1,4 bilhões de pessoas no ano passado, um aumento de 44% entre 2016 e 2017. "Há uma oportunidade para trabalharmos com grandes empresas de alimentos no varejo da China - acho que há uma tremenda necessidade de leite em pó e soro", disse Vilsack. "Mas de modo algum o foco deve ser exclusivamente o país".

Fora da China, o USDEC está visando Japão, Coreia e Vietnã, sendo esse último muito aberto a fazer negócios com produtos lácteos dos EUA, acrescentou Vilsack. O Oriente Médio, em particular os Emirados Árabes Unidos, é outro mercado fundamental para o USDEC, de acordo com a Vilsack, onde há uma grande quantidade de consumidores interessados em produtos de alta qualidade e onde barreiras comerciais são menos rigorosas. O USDEC esteve presente recentemente na Gulfood em Dubai, onde a organização comercial dobrou sua presença na feira comercial. "O interessante sobre esse cenário é que você tem pessoas com uma quantidade substancial de recursos e altos rendimentos e os produtos lácteos americanos são altamente valorizados no Oriente Médio", acrescentou. O consumo de queijo é dez vezes maior no Oriente Médio do que o Sudeste da Ásia, apesar de ter metade da população, continuou Vilsack.

NAFTA
O sistema de preços do leite da Classe VII do Canadá continua sendo um importante ponto de discussão para a indústria de lácteos dos EUA durante as renegociações do NAFTA. "A única coisa positiva que está acontecendo no Canadá é que os consumidores estão mais conscientes de que estão pagando mais por seus produtos lácteos", disse Vilsack.

"Isso [Classe VII] criou um problema sério. Eles criaram um mercado mundial em leite em pó que está sendo distorcido porque os canadenses que vendem o produto estão substancialmente abaixo dos preços globais". Vilsack acrescentou que a Administração do Trump recentemente introduziu tarifas sobre o aço e o alumínio, o que complicou as negociações do NAFTA.

"Estamos tentando, por meio da renegociação do NAFTA, levar o Canadá a retirar o sistema de Classe VII. A ideia é que eles abram os seus mercados para que os seus consumidores possam se beneficiar e que nossos produtores lácteos sejam tratados de forma justa". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Leite/América do Sul 

Na Argentina e Uruguai, a produção de leite nas fazendas continuam declinando em decorrência da seca e das persistentes temperaturas elevadas de verão em muitas bacias leiteiras. O clima atual na região aumenta o estresse no rebanho leiteiro e reduz a qualidade das pastagens. 

No entanto, o volume de leite tem sido suficiente para atender às necessidades de processamento. A demanda por leite fluido/UHT pelas instituições educacionais e varejistas permanecem fortes. Também o interesse por creme permanece intenso antes dos feriados do outono. No entanto, atualmente, a oferta de creme está muito apertada. Conforme relatado pelo governo, em fevereiro de 2018, a produção de leite da Argentina caiu 7% em relação ao mês anterior, mas, aumentou 14% em relação ao ano anterior. Em fevereiro de 2018, os preços nominais pagos aos produtores aumentaram 15% em relação a fevereiro de 2017. No Brasil, a produção de leite nas fazendas está baixa, acompanhando os padrões sazonais. A menor oferta de leite e creme tem ajudado a manter o preço ao produtor, relativamente elevado. As vendas de leite fluido/UHT para vários estabelecimentos de varejo e restaurante estão melhorando. A demanda por manteiga está forte. No entanto, a oferta atual de creme é insuficiente para cobrir as necessidades da indústria. As vendas de queijos estão variando entre leves e moderadas, e os estoques estão elevados. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
Leite/Europa

Depois de reverter o aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental em decorrência do frio e da neve atípicos no final de fevereiro e início de março, o tempo agora está voltando aos padrões normais, e a produção de leite retoma sua tendência de crescimento. 

Fontes na Alemanha acreditam que os aumentos desta semana chegaram perto de 0,8% acima do volume de um ano atrás. Já o relatório da ZMB estima que a produção de leite na Holanda caiu 1,2% em fevereiro, em relação ao ano anterior. As vendas de queijos fabricados na Europa Ocidental estão muito fortes, e a expectativa é de que isso continue. Os estoques estão menores do que algumas indústrias gostariam. A demanda interna e de exportação combinam perfeitamente com a produção atual. Alguns potenciais compradores que não fizeram contatos antecipadamente não estão obtendo sucesso nas negociações com algumas indústrias da Europa Ocidental. Os clientes antigos estão tendo preferência, tanto no mercado interno, como nas vendas para o exterior. Existe um esforço para honrar a fidelidade dos clientes sobre as transações eventuais e oportunistas. O relatório da ZMB aponta que houve crescimento significativo, 13,4%, da produção de leite da Turquia em janeiro de 2014, em relação ao mesmo mês de 2017. 

A Turquia teve queda de produção entre janeiro e agosto de 2017, reagindo a partir de setembro, com uma produção mais robusta. Os resultados neste início de 2018 parecem indicar continuidade nessa nova tendência. Os preços europeus do leite em pó desnatado (SMP) estão fracos, e já ficaram abaixo das cotações da Oceania. Para desapontamento dos fabricantes, os preços europeus são mais baixos em 2018, do que eram em 2017. Os melhores preços são encontrados na Alemanha, que vem seguida pela Holanda, e depois pela França. O mercado de SMP na Europa Ocidental está quieto. As transações realizadas são para entrega de curto prazo. A contratação a longo prazo é fraca, em parte, devido às incertezas em relação aos preços futuro. Alguns vendedores já mostram impaciência nas últimas semanas. Mas muitos, compradores e vendedores, aguardam as notícias sobre as decisões da Comissão Europeia sobre os preços. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 

Faturamento de setor de supermercados cresce 4,3% em 2017
O setor supermercadista brasileiro teve faturamento R$ 353,2 bilhões em 2017, o que representou crescimento nominal - sem descontar a inflação - de 4,3%, ante 2016. A informação partiu da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que divulgou os primeiros resultados da 41ª edição da pesquisa ranking Abras/SuperHiper nesta segunda-feira. A mesma pesquisa detalhou que o faturamento das 20 maiores empresas foi de R$ 187,4 bilhões no ano passado -- o que representou um aumento, também nominal, de cerca de 3,8%, ante 2016 (R$ 180 bilhões). O presidente da Abras, João Sanzovo Neto, e Fábio Queiroz, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro(Asserj), detalham o desempenho do setor em entrevista coletiva. (As informações são do jornal Valor Econômico)


Porto Alegre, 16 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.696

 

  Mercosul define posição sobre queijos em Assunção, no Paraguai

Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai reúnem-se em Assunção, no Paraguai, para encontro de  chanceleres  que começa nesta sexta-feira (16/03) para alinhar uma posição oficial do Mercosul sobre a disputa internacional criada com a União Europeia (UE) a respeito do uso de nomes tradicionais de queijos. A UE reivindica que países do Mercosul deixem de usar os termos Parmesão, Gruyère, Roquefort, Fontina, Gorgonzola e Grana em seus produtos uma vez que se referem a denominações de origem de queijos típicos dos países europeus. O assunto foi debatido pelos laticínios brasileiros na manhã desta quinta-feira (15/3) em reunião no Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil) em São Paulo (SP).

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que participou do encontro representando os laticínios gaúchos, o setor não aceita as restrições que querem ser impostas. “O setor de lácteos é sempre usado como moeda de troca nas negociações internacionais. Não iremos mais aceitar isso”, frisou.  De acordo com o executivo gaúcho, o uso dos nomes de queijos já é uma tradição no mercado brasileiro.

O Sindilat é filiado ao Conil, colegiado que reúne os diferentes sindicatos do país. O grupo também vem fortalecendo sua atuação junto à Federación Panamericana de Lechería (Fepale) para pleitear causas conjuntas e defender interesses do Mercosul.

Ainda em SP, Guerra participou de reuniões na Viva Lácteos e ABLV e na Abiq. “O setor aqui trabalha muito harmonizado por causas coletivas”. Durante a agenda, Guerra também reforçou a importância de apoio nacional para o pedido encabeçado pelo Sindilat de PEP para o Leite. Além do leite em pó, abordou-se a necessidade de adoção da ferramenta para a comercialização de UHT. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Observatório da Carne é apresentado a entidades

Em um almoço no Palácio Piratini, o Governo do Rio Grande do Sul apresentou Observatório Gaúcho da Carne (OGC), projeto anunciado na Expointer de 2017 que possibilita a ampliação de informações da produção de carne bovina do Estado. Ao longo de seis meses, as informações disponíveis desde 2010 foram cruzadas e compiladas, gerando um volume de 800 mil dados, divididos em 11 painéis compostos por gráficos que estarão disponíveis para acesso público no website.

Até então secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, que se despediu da função para concorrer a deputado, frisou a importância da unificação dos dados e mencionou a possibilidade de ampliar o método utilizado para outras cadeias produtivas do Estado, como por exemplo, a cadeia produtiva do leite. O secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, esteve presente no evento e destacou a necessidade de observar o que o OGC representará na prática. "É um bom projeto. Agora, precisamos observar como irá refletir no mercado bovino, para depois expandir para os outros setores", afirmou.

Para o governador José Ivo Sartori é inegável que o setor da pecuária é o mais importante para a economia do Rio Grande do Sul. Justamente por isso, segundo ele, é indispensável investir em tecnologias que ampliem o acesso à informações relacionadas ao setor. O Observatório é a primeira etapa para a criação da Agência Gaúcha da Carne.

Na ocasião, Sartori anunciou que Odacir Klein irá substituir Polo na Secretária de Agricultura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Camila Silva


Alimentação do gado

Especialista norte-americano explica como reduzir gastos com alimentação, que podem representar 70% do custo na produção de carne e leite, e fazer os animais absorverem mais nutrientes. A alimentação do gado pode representar até 70% do custo de produção na pecuária, afirma o diretor-técnico da Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP), Argeu Silveira. 

“É uma característica de alto impacto, e o criador pode aumentar em até 20% o número de matrizes com a mesma quantidade de pasto. É uma característica importantíssima do ponto de vista comercial, por isso tanta preocupação”, defende. Uma forma de reduzir esse gasto, de acordo com o professor da Universidade da Califórnia Bob Sainz, é avaliando a eficiência alimentar dos animais. “Nada mais é do que você extrair mais com menos. É o animal que consegue produzir a carne com menos insumos, menos alimentação, e isso é fundamental para qualquer sistema produtivo”, explica.

Para conseguir aumentar a eficiência de conversão de nutrientes, o primeiro passo é calcular a quantidade do que cada animal consome. O trabalho é complexo, mas já existem equipamentos automatizados que fazem o serviço. O produtor Luciano Borges investiu nisso e diz que o investimento vale a pena. “Para mim não existe nada hoje, característica nenhuma, com significado econômico maior do que o consumo alimentar. Será ou já é o grande pulo do gato dessas próximas décadas”, conta. Além das vantagens econômicas, a eficiência alimentar diminui o impacto ambiental. “O animal que come menos para produzir a mesma coisa ou mais também vai, automaticamente, ter menos dejetos e menos emissão de gases efeito estufa”, esclarece Sainz. De acordo com o presidente da ANCP, Raysildo Lôbo, mesmo diante de tantos benefícios, o Brasil ainda está engatinhando no processo de utilização da técnica. “Nós temos pouca coisa ainda em melhoramento com relação à eficiência alimentar, são poucos os programas que usam. Diria que não mais do que três programas estão usando a eficiência”, diz.  CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)


Pesquisadores desenvolvem vacas holandesas mais tolerantes ao calor

Graças aos pesquisadores da Universidade da Flórida foi possível a criação um uma vaca Holandesa que resiste melhor ao estresse por calor. A genética pode ser uma nova ferramenta para diminuir a queda da produção de leite e reprodução no verão. O pesquisador Peter Hansen disse que dois touros que estão agora comercialmente disponíveis possuem um haplótipo para uma pelagem mais curta e lisa, conhecida como "slick" (liso, em uma tradução livre).

"Temos dados que sugerem que Holandesas de pelo liso são melhores para regular a temperatura corporal", disse Hansen. "Há também dados que mostram que a produção leiteira delas diminui menos durante o verão", completou. 

De acordo com o pesquisador, mesmo quando resfriadas com ventiladores e aspersores, as vacas na Flórida geralmente apresentam queda de 10 a 15% na produção de leite e até 20 a 25% de fertilidade durante os períodos mais quentes do ano. "Achamos que usar a mutação slick permitirá que essas vacas melhorem a temperatura corporal e experimentem menos perdas na produção de leite e melhor fertilidade no verão", disse Hansen.

Um estudo de 2014 que mediu as temperaturas corporais das vacas leiteiras alojadas em um free stall da Flórida mostrou que o pico de temperatura corporal para Holandesas normais foi de 39,28ºC, enquanto as Holandesas slick chegaram a 38,67ºC. "A temperatura corporal normal é de 38,5oC, de modo que as slicks ficaram apenas um pouco acima disso durante o período mais quente do dia", observou ele, atribuindo o efeito de regulação à habilidade das vacas de perder mais calor por meio da pele e, talvez, por suar mais. 

O estudo indicou ainda que as Holandesas com o haplótipo eram mais resistentes às quedas no rendimento do leite como resultado do menor estresse por calor.

A história do gado slick
O membro da faculdade da Universidade da Flórida, Tom Olson, foi o primeiro a se deparar com o gado slick há vários anos durante uma visita à ilha do Caribe de St. Croix. Lá, ele notou variações na pelagem de animais da raça Senepol, uma raça de corte. Ele mediu a temperatura corporal do gado com pelos normais em comparação com aqueles com pelos curtos e concluiu que as vacas de pelos curtos mantiveram uma temperatura corporal média mais baixa durante o verão e produziram mais leite do que os animais de pelo longo do mesmo rebanho.

Então, Olson introduziu o sêmen de Senepol às fêmeas Holandesas na Universidade da Flórida em 1990. Entretanto, os produtores de leite em Porto Rico estavam incorporando o gene slick em seus rebanhos há anos. Provavelmente, o gene entrou nas Holandesas em Porto Rico quando os animais importados eram cruzados com os nativos da ilha.

Pesquisas genômicas recentes de cientistas da Nova Zelândia e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) identificaram o gene slick como uma mutação genética no receptor da prolactina. "É interessante porque esse é um dos hormônios envolvidos no desenvolvimento mamário", disse Hansen. "Parece que a prolactina também está envolvida no crescimento do pelo".

Genética slick: hoje e no futuro
Atualmente, existem dois touros na Universidade da Flórida oferecidos aos produtores de leite interessados em incorporar pelagem slick em seus programas de reprodução. Slick-Gator Blanco (551HO03574, ST Genetics) é heterozigoto, então metade de sua prole será lisa e a outra metade terá pelagem normal. A instituição também possui o Slick-Gator Lone Ranger (HOUSA000144046164) e seu sêmen é comercializado pela Legacy Genetics de Oklahoma. Como Blanco, Lone Ranger é heterozigoto para o gene slick. A universidade está trabalhando para desenvolver touros homozigotos que produzirão progênies 100% de pelos curtos.

 

Os animais com o haplótipo slick são fenotípicamente semelhantes aos Holandeses e atualmente estão sendo registrados na Holstein Association USA. O Lone Ranger, por exemplo, é considerado 87% Holandês registrado. "Os touros têm predominantemente genética de Holandês, mas a mutação vem do Senepol", disse Hansen. "Você não pode diferenciá-los de um puro-sangue Holandês a não ser por causa do pelo curto. Também, eles não possuem pelos encaracolados na testa".

 

Hansen prevê que o interesse internacional seja maior para o gado com o gene slick, particularmente em regiões que enfrentam um estresse térmico constante durante todo o ano, como a América Latina, o Sudeste Asiático e o Sudoeste da Ásia. Ele também vê potencial para os rebanhos nos Estados Unidos do Sudeste e Sudoeste e um dos principais intuitos é selecionar uma genética mais tolerante ao calor. (As informações são de Peggy Coffeen, para o Progressive Dairyman, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Preços/EU

De acordo com as últimas informações do Observatório Lácteo da União Europeia (UE), com dados da 10ª semana, podemos destacar: 
- Em comparação com a semana anterior, o preço médio da manteiga na UE aumentou 1,3% (477 €/100 kg) e o preço do leite em pó desnatado (SMP) caiu 1,7%, enquanto os preços do leite em pó integral (WMP) e do Cheddar ficaram estáveis. 
- O preço spot do leite na Itália aumentou 3,5% (29,5 centavos de €/kg, [R$ 1,23/litro]) em relação à semana anterior, enquanto que na Holanda, o preço do leite spot caiu 0,7%, (28,3 centavos de €/kg, [R$ 1,18/litro]). 
- O custo da alimentação animal foi 2,2% maior e a energia caiu 0,8% em comparação com a média das quatro semanas anteriores. 
- As exportações de manteiga pela UE em janeiro de 2018 cresceram 36% em relação ao nível de janeiro de 2017. 
- A UE melhorou sua cota no mercado de manteiga nos Estados Unidos em janeiro de 2018. 
- As importações de lácteos pela China mostraram recuperação considerável em janeiro de 2018.  (Fonte: Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)


Porto Alegre, 15 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.695

 

  Sartori afirma que concessões de rodovias saem em 2018

Com um discurso de candidato, o governador José Ivo Sartori abriu o Tá na Mesa, da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), falando sobre o futuro, sem esquecer de pontuar as ações do passado. Fez um balanço da gestão e revisitou projetos, ideias e promessas de campanha. Lembrou que o Estado avançou porque tomou medidas de gestão como a adequação da máquina pública, que redefiniu a estrutura do Executivo. Ao saudar o governador, a presidente da Federasul, Simone Leite, disse que “o desenvolvimento econômico precede o social e nós precisamos ter um Estado que cative e não hostilize o empreendedor”.

Sartori defendeu os interesses do Rio Grande do Sul e afirmou que “o futuro do povo está na frente de interesses partidários e siglas”. Disse que prefere entrar para a história como qualquer coisa, “menos mentiroso e desonesto”, lembrando as duras medidas que tomou desde o primeiro dia de mandato.

Além de rever as ações de governo, Sartori destacou que o Estado começa a notar uma “mudança no estado de espírito” e que os gaúchos apoiam as ideias de modernização definidas como “amargas”. Para o governador, o Rio Grande do Sul começa a colher alguns frutos, de sementes que foram lançadas há quase quatro anos e que agora germinam.

Segurança pública, infraestrutura e eleições de 2018 também fizeram parte do “cardápio” do Tá Na Mesa. Sartori anunciou que ”os municípios que contribuíram, solidariamente, com a Brigada Militar e com a segurança pública, serão os primeiros recompensados quando os novos soldados da PM estiverem formados”.

Falou ainda sobre as estradas do RS, citando que o Governo do Estado pavimentou mais de 2,5 mil quilômetros e conclusões de acessos asfálticos. Quanto às concessões, o governador afirmou que “ainda em 2018, no máximo no segundo semestre, sairão do papel e com isso serão ampliadas a manutenção de rodovias e a conclusão de obras”.

No encerramento do encontro, a presidente da Federasul, Simone Leite, que mediou perguntas dos convidados, indagou ao governador sobre como seria os próximos quatro anos, caso fosse reeleito.  Sartori disse que caberá ao novo governador “ter apoio político e social, além de muito jogo de cintura”. Ele disse: “se eu não posso dizer sim, também não preciso dizer não”, quanto a concorrer ao Piratini novamente. (Federasul)
 

Ela foi do nada aos 11 mil litros de leite por mês

Criada ajudando o pai na lida da pequena propriedade da família Rossatto, Suzana sonhava em ampliar a área para que pudesse viver da terra e junto da família. Sonho que se tornou realidade quando, por meio de uma capacitação no Sindicato da Agricultura Familiar de Pinhalzinho (SC), conheceu o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Em 2009, a jovem agricultora, na época com 21 anos, adquiriu 9,25 hectares no município de Saudades (SC), ao lado das terras da família.

“Sempre amei a roça e nunca me vi fora dela. Teve até um momento em que tentei trabalhar na cidade, mas minha cabeça ficava lá, na lida com a terra e nas coisas que realmente eu gostava de fazer. Quase adoeci. Fiquei bem angustiada. Daí veio a oportunidade de comprar a terra vizinha à do meu pai e com isso ampliar a produção familiar. Nem hesitei, agarrei com toda a força”, conta Suzana.

Além da terra, o financiamento para Subprojeto de Investimento Básico (SIB) do PNCF possibilitou a compra de 10 vacas, permitindo que a jovem começasse a atividade leiteira em sua propriedade. Suzana possui hoje, um rebanho de 60 cabeças. Entre elas, 30 são vacas leiteiras que rendem 11 mil litros de leite por mês, comercializados integralmente para uma cooperativa de da região.

A venda do leite garante uma renda mensal de cerca de R$ 5.000, mais de oito vezes o valor que tirava como empregada no pouco tempo em que trabalhou em uma fábrica de fogões. “Foi boa demais essa oportunidade. Eu queria muito comprar uma terra, mas não tínhamos recurso para isso, pois só com a produção de suínos do pai o retorno era pequeno. Se não fosse o Crédito Fundiário, nunca teria conseguido”, afirma. 

Vivendo e aprendendo
Buscando aprimorar o conhecimento e potencializar a atividade leiteira, Suzana fez cursos de inseminação de bovinos e empreendedorismo rural. A jovem agricultora passou também a integrar a Comissão de Juventude do Sintraf de Saudades, levando sua experiência a outros jovens da região.<

Atenta às oportunidades, a jovem beneficiária do PNCF, buscou nas políticas públicas - como Pronaf, Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), entre outras - recursos para desenvolver sua produção e estruturar sua propriedade. Suzana afirma que ainda neste ano pretende iniciar a produção de hortaliças e verduras, diversificando a fonte de ganho.

Casada há quatro anos, a jovem espera o segundo filho e se orgulha de não ter abandonado a lida mesmo grávida. “Meu amor pela terra conquistou até meu marido, que deixou o trabalho na cidade para se juntar a nós, completando a minha felicidade”, contou.

Numa sociedade familiar, pai, filha e genro dividem o trabalho, os gastos e os ganhos, reafirmando o programa como uma importante ferramenta de inclusão, sucessão e consolidação da agricultura familiar.

Crédito
O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento. O recurso é usado na estruturação da infraestrutura necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural.

Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. (Canal Rural)

 
Integração é o que mais importa para agropecuária da América Latina

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, destacou as singularidades de cada país da América Latina no que se refere à produção de alimentos e também a necessidade de facilitar ainda mais a integração e as trocas comerciais na região. O ministro participou em São Paulo do Fórum Econômico Mundial América Latina e do Conselho Empresarial da Nova Visão para Agricultura na AL (NVA).

“Para nós, no Brasil está muito mais fácil produzir, aumentar volumes, do que vender, colocar as mercadorias em outros países. Então, nossa avaliação é de que, ao invés de discutir novas tecnologias, precisamos harmonizar as regras aqui na América Latina, no Mercosul”, disse o ministro. Ele lembrou que entre Brasil e Argentina já há pré-acordos. 

Abertura de mercado
“Temos países que são muito fortes na agricultura e que já andaram muito, como o Brasil. E que, hoje, ao invés do apoio ao agricultor diretamente, dentro da propriedade, com novas tecnologias, é muito maior a importância da abertura de mercado do que propriamente o fomento à produção”, comentou.

Blairo Maggi observou que está em discussão o fato de haver “muita tecnologia chegando, muita informação, startups fazendo coisa novas. Mas tudo isso custa ao produtor, ao mesmo tempo em que todo mundo quer continuar recebendo produtos bons e baratos à mesa. Então quem vai pagar essa conta no final?”

De acordo com o ministro, a preocupação deve servir de alerta para aqueles que estão trabalhando com inovação. Os custos não podem subir muito, acredita. “O produtor pode aumentar a produtividade, a produção, mas se não aumentar a renda não adianta nada, não é sustentável”, afirmou. A sustentabilidade, disse Maggi, não está relacionada somente com a questão do meio ambiente, do trabalho, mas também ao aspecto financeiro.

A estimativa é de que população da América Latina cresça 35% até 2080. A região conta com um terço das reservas de água do mundo e também da área arável. O objetivo do fórum é analisar desafios e oportunidades no setor agrícola para atender a necessidade crescente de produção de alimentos no mundo. (As informações são do Mapa, resumidas pela Equipe MilkPoint)

Emprego na agropecuária
A agropecuária foi o setor que mais contratou em janeiro deste ano. De acordo com o levantamento divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criados 798 novos postos de trabalho em Mato Grosso do Sul. O número é quase três vezes maior em comparação ao mesmo período de 2017. O relatório mostra também que a maior parte das contratações foi na atividade agrícola. O cultivo de cana-de-açúcar gerou 272 novos empregos e o da soja abriu 257 vagas. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Mauricio Saito, o resultado reforça que o agro é um setor de oportunidades. “O levantamento mostra que, considerando a agropecuária, MS ocupa o 6º lugar no ranking nacional. São números expressivos que destacam a importância do setor para o desenvolvimento estadual e nacional”. O economista da Famasul, Luiz Gama, explica que os números estão atrelados à temporada de colheita da oleaginosa e ao potencial do setor sucroenergético. “A soja hoje é o carro-chefe na geração bruta de valor de produção e estamos em plena colheita, logo é um período de mão de obra mais intensivo”. Quanto ao perfil das contratações é possível observar que a maioria dos novos empregados na agropecuária sul-mato-grossense possui entre 18 e 24 anos, ocupando 36,7% das vagas. Já a faixa etária de 30 a 39 anos, atua em 29,4% postos. (Capital News)


Porto Alegre, 14 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.694

 

  Fenasul será antecipada para segunda semana de maio
 
A 14ª Fenasul já tem data definida para acontecer: de 14 a 20 de maio. A decisão de antecipar a mostra, que tradicionalmente ocorre na última semana de maio, foi tomada na manhã desta quarta-feira (14/3), no gabinete da Secretaria da Agricultura, na presença de líderes de entidades do agronegócio gaúcho. Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o secretário-executivo Darlan Palharini esteve presente na reunião, mediada pelo secretário da Agricultura, Ernani Polo. 
 
A data foi antecipada para que a Fenasul ocorra simultaneamente à Exposição da Federação Internacional de Criadores de Cavalo Crioulo (FICCC), a "Copa do Mundo" no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Segundo Polo, a unificação é o melhor caminho para trazer maior público a todos os eventos uma vez que há tamanha proximidade de data.  "Mesclar os dois grandes eventos é bom para todo o setor", afirma o secretário-executivo do Sindilat, destacando que, dessa forma, poderá haver um maior engajamento e presença do público, visto que o parque sediará mais atrações.  

Em conjunto na programação, também estão previstos para acontecer a Feira da Agroindústria Familiar, a Exposição Nacional da raça Devon, a Ranqueada Nacional do Texel e o Campeonato Domados do Pampa do Cavalo Árabe, entre outros ainda a serem definidos.  

Também estiveram presentes na reunião desta manhã representantes da Fetag, Farsul, Gadolando, Febrac e Associação dos Criadores de Gado Jersey. Ficou agendado um novo encontro no dia 20/03 às 16h30min na sede da Farsul para tratar sobre a programação do evento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

Foto: Vitorya Paulo

Frete Ásia-Brasil é o mais caro do mundo

Os fretes marítimos de importação entre a China e o Brasil, uma das principais rotas do comércio exterior brasileiro, subiu quase seis vezes nos últimos dois anos e fecharam 2017 com a média mais alta do mundo na comparação com outros destinos. Conforme dados levantados pela consultoria Solve Shipping a pedido do Valor, o frete spot referência de um contêiner de 20 pés (Teu) saindo do porto de Xangai para o de Santos encerrou 2017 em US$ 2,7 mil em média. É mais que o dobro do registrado na segunda rota mais cara, entre Xangai e a Costa Leste dos Estados Unidos. A explicação é simples. De um lado caiu à metade, para três, o número de serviços de navegação entre Ásia e Brasil de outubro de 2015 a dezembro de 2017. 

Uma medida deliberada dos armadores (donos de navios) após anos de superoferta no transporte marítimo que derrubaram os fretes e afetaram seus balanços. Além disso, houve queda nas importações brasileiras em virtude da crise. De outro lado está a falta de infraestrutura nos portos brasileiros, impedindo que os grandes navios sejam usados à plena capacidade. Consequentemente, a economia de escala por contêiner transportado é menor do que a de outras rotas. "O desequilíbrio entre a oferta e a demanda vivido nessa rota em 2015 levou os fretes a atingirem insustentáveis US$ 100 por Teu em alguns meses e fez com que os armadores buscassem estancar seus prejuízos por meio do corte de 37,5% da capacidade", diz Leandro Barreto, sócio da Solve Shipping. 

A capacidade nominal de contêineres recuou de aproximadamente 44 mil Teus por semana em setembro de 2015 para 28 mil Teus por semana em dezembro passado. Essa rota tem como principais armadores a Hamburg Süd, líder nos tráfegos com o Brasil, a Maersk, maior armador do mundo, e a MSC. Procuradas, apenas a Maersk se manifestou. Segundo João Momesso, diretor de Trade e Marketing para a Costa Leste da América do Sul da Maersk Line, o frete Xangai-Santos está nesse patamar por três causas. Duas ligadas à falta de infraestrutura e uma ao custo de combustível. "A falta de profundidade dos portos brasileiros impede que o contêiner de 20 pés seja carregado em sua totalidade. 

Nos outros tráfegos usamos navios maiores, isso permite diluir o custo por contêiner", diz. O maior navio da Maersk empregado no transporte entre a China e o Brasil tem capacidade nominal para 8 mil Teus. Já o que faz o transporte entre o país asiático e a Europa tem 20 mil Teus. A economia de escala é muito maior. Por fim, o combustível subiu. "Em 30 de janeiro a tonelada estava em US$ 380, ante US$ 280 um ano antes. Como Xangai-Santos é um dos tráfegos mais distantes, o consumo por contêiner é muito alto", disse o executivo.

Também o número de armadores encolheu na rota. Em outubro de 2015 havia 18 empresas, ante 13 em dezembro passado, um recuo de 28%. Mas Barreto, da Solve, afirma que a compra da Hamburg Süd pela Maersk não teve impacto na redução desse universo. Anunciada em dezembro de 2016, a aquisição da Hamburg Süd só foi concluída em novembro de 2017. Em 2017 as importações em contêiner da Ásia cresceram acima de dois dígitos e os navios nessa rota estão cheios novamente. 

De acordo com Barreto, se a reestruturação nos serviços e acordos de compartilhamento determinados pelas autoridades asiáticas para autorizar a compra da Hamburg Sud ocorrerem apenas no fim do ano, a capacidade ao longo do exercício crescerá só 5%, por conta de um novo serviço quinzenal do armador PIL. "A tendência é de que os fretes se mantenham pressionados para cima ao longo do ano." Para ele, os importadores, exportadores e os terminais portuários da rota precisarão monitorar o que vai acontecer com a capacidade após a reestruturação dos serviços e consórcios. Coordenador-geral do Comitê dos Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo, José Cândido Senna avalia que há um fator estrutural inescapável: a geografia. Os grandes fluxos comerciais estão no Hemisfério Norte. Além disso, cita as limitações de infraestrutura portuária. Para Senna, é "inquestionável" que a dragagem - ou a falta dela - condiciona a formação de custos do armador e, consequentemente, o preço do frete. "Por isso é importante haver instrumentos para que, na medida em que os usuários dos portos se sintam prejudicados pela ausência de dragagem, a entidade à frente desse processo seja responsabilizada." (Valor Econômico)


 

Produção/Uruguai

Em fevereiro foram para o abate 32% menos vacas de leite do que em janeiro, mas, o descarte continua sendo superior ao do ano anterior, conforme mostram os dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC) à Conexión Agropecuária. No mês passado o abate chegou a 4.160 cabeças, caindo 32% em relação às 6.095 vacas de janeiro. No entanto, na comparação anual houve aumento de 4%. Em fevereiro de 2017 foram abatidos 4.003 animais.

 

O abate de animais de vacas de leite foi o menor dos últimos cinco meses. No entanto, se for observado o acumulado dos últimos 12 meses, alcançou o volume recorde – desde 2010 – com 118.523 animais.

 

No acumulado de 12 meses, entre março de 2017 e fevereiro de 2018, foram abatidas 73.613 vacas leiteiras, sendo o maior volume alcançado, desde julho de 2016. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

Embalagens 
Assim como toda cadeia industrial, o setor de embalagens também sentiu os impactos da recessão e dos acontecimentos políticos enfrentados pelo país nos últimos anos.  Apesar do cenário negativo dos últimos anos, em 2017 o setor teve um resultado positivo, com crescimento em sua produção física de 1,96%. (Fonte: Newtrade)