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Porto Alegre, 09 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.102

 

   Mapa quer tirar da Anvisa registro de produtos agropecuários

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quer um órgão específico para o registro de produtos agropecuários, função que hoje está a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida enfraqueceria a agência, que ficaria apenas com os medicamentos humanos, mas fortaleceria o Ministério e daria mais agilidade à liberação de novos produtos.

"Estamos recebendo algumas sugestões e estamos observando, do ponto de vista científico, a segurança ao consumidor", disse a ministra Kátia Abreu. Segundo ela, ainda não há uma definição sobre o tema. "A própria presidente (Dilma) é quem vai arbitrar. Seria uma boa solução para que os produtos agropecuários tenham um fórum próprio", argumentou a ministra. (As informações são do Estadão Conteúdo)
 
 
Plano de defesa agropecuária

A defesa agropecuária do Rio Grande do Sul deve receber um incremento de recursos na ordem de R$ 4,5 milhões entre outubro e novembro. A verba será repassada por meio do Plano Nacional de Defesa Agropecuária em Fronteiras, cujo lançamento está previsto para 30 de setembro, em Brasília. No total, o plano distribuirá R$ 80 milhões e beneficiará todos os entes federativos, inclusive os que eventualmente estejam inadimplentes com a União. 

O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura e Pecuária, Fernando Groff, diz que o dinheiro servirá para manter e incrementar uma série de ações de rotina, como vigilância de fronteiras, fiscalização de vacinas e treinamento de pessoal. "Apesar do nome do plano ser específico, de defesa em fronteiras, a gente acaba usando a verba do convênio em todas as áreas, até vegetal", prevê. "Esperamos que chegue logo." 

O assessor técnico do Sistema Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, espera que o dinheiro seja aplicado na manutenção e ampliação do número de barreiras móveis nas regiões fronteiriças. "A simples presença já intimida", afirmou. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, avaliou que o repasse potencializará o grau de controle e segurança. (Correio do Povo)
 
 
Auxílio para exportações está na pauta 

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal pautaram para esta semana cinco projetos com impacto econômico que têm alta ou muito alta probabilidade de se tornarem leis nos próximos 180 dias, de acordo com levantamento do grupo Estudos Legislativos e Análise Política do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap/Ello) para o Valor Política. Na Câmara, os deputados pautaram para esta semana dois projetos com alta probabilidade de aprovação, de acordo com o Cebrap/Ello. Um deles, o projeto 2455/2015, que estabelece a prestação de auxílio financeiro pela União para fomentar as exportações do país, foi aprovado ontem à noite. 

O segundo é o projeto de lei complementar (PLC) 366/2013, que altera a legislação do Imposto Sobre Serviços (ISS) para estabelecer alíquota mínima de 2%, sem possibilidade de concessão de incentivos ou abatimentos. O Senado discute três projetos com alta chance de aprovação. A Lei de Responsabilidade das Estatais, já aprovada por comissão mista, estabelece regras de governança e indicação de integrantes para os conselhos administrativo e fiscal. Outra proposta com alta probabilidade de aprovação num período de seis meses é o projeto de lei 53/2012, que obriga os laboratórios farmacêuticos a fazerem uma diferenciação tátil nos medicamentos injetáveis com potencial de letalidade. As empresas terão 360 dias para se adaptarem após o órgão de vigilância sanitária federal determinar quais produtos precisarão ser alterados ou ficarão proibidas de comercializá¬lo. 

A única matéria com muito alta chance de virar lei em 180 dias é a proposta de emenda constitucional (PEC) que transforma o transporte em direito social, que segue para promulgação se aprovada em segundo turno pelos senadores. Ao todo, 48 projetos com relevância econômica foram pautados para votação em plenário ou em caráter terminativo nas comissões (quando não precisam passar pela análise do plenário) esta semana. A projeção sobre o potencial de estas matérias virarem leis foi feita com base em um modelo estatístico que considera o histórico de votações do Legislativo desde 1988. (Valor Econômico)

 
 
Reservas do país têm queda recorde 

As reservas de moeda estrangeira da China tiveram uma queda recorde no mês passado, pois o banco central vendeu dólares para sustentar o yuan depois que a maior desvalorização em duas décadas estimulou apostas de que a fragilidade continuará. As reservas acumuladas caíram US$ 93,9 bilhões, para US$ 3,56 trilhões no fim de agosto, contra US$ 3,65 trilhões um mês atrás. A diminuição das reservas ilustra o custo para a China em um momento em que está sustentando sua moeda e tentando deter uma fuga de capitais que ameaça aprofundar a desaceleração econômica do país. 

 
O encolhimento das reservas significa menos dinheiro fluindo para o sistema financeiro, criando o que os estrategistas do Deutsche Bank chamaram de "aperto quantitativo". "Se a intervenção do banco central continuar, as reservas cambiais da China continuarão encolhendo. Quanto maior a intervenção, mais profunda a queda", disse Li Miaoxian, analista da Bocom International Holdings em Pequim. As reservas da China mais do que triplicaram nos últimos dez anos, porque o BC comprou dólares para desacelerar a apreciação do yuan em meio a um crescente superávit fiscal. (Valor Econômico)

"Tratoraço" em Bruxelas

Milhares de produtores europeus de leite protestaram ontem em Bruxelas, na Bélgica, onde os ministros da Agricultura dos países¬ membros da União Europeia se reuniram para discutir a crise que afeta o segmento no bloco. Uma "invasão" de tratores (foto) marcou a manifestação e houve confrontos com a polícia, segundo agências internacionais. Os produtores reivindicaram apoio para superar os problemas provocados pelo fim das cotas de produção de leite na UE e pelo embargo da Rússia. Produtores de carne suína se uniram aos de leite e, pressionada, a Comissão Europeia anunciou um pacote de ajuda de 500 milhões de euros para socorrer os dois segmentos. Os detalhes desse pacote começarão a ser conhecidos nesta terça-¬feira, mas a comissão descartou aumentar os preços de intervenção nesses mercados e sinalizou que parte do apoio virá por meio de um plano de armazenagem. O anúncio não convenceu os produtores. (Valor Econômico)

 
 

Câmara aprova repasse de R$ 1,9 bilhão a Estados e municípios 
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça¬feira, em votação simbólica, projeto de lei do Executivo para autorizar a União a repassar aos Estados e municípios quatro parcelas de R$ 487,5 milhões relativas ao auxílio financeir o para fomento das exportações de 2014. Ao todo, o governo federal pagará R$ 1,95 bilhão entre setembro e dezembro deste ano. A proposta é um agrado feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aos governadores em busca de apoio para a reforma do ICMS. O pedido, contudo, estava pendente desde março do ano passado e não há informações sobre as compensações de 2015. 
O texto vai ao Senado Federal - o pagamento ocorrerá até o último dia útil de cada mês. O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), tentou aprovar emenda para alterar o projeto, mas o governo articulou para o relator rejeitá¬la sem permitir a votação do texto. (Raphael Di Cunto e Thiago Resende | Valor Econômico)
 

         

 
 


 

Porto Alegre, 08 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.101

 

   Balança comercial de lácteos: importações de leite em pó caem 26% em agosto

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de 1.900 toneladas em agosto, aumento de 39% no déficit em relação a julho. No entanto, em dólares, a balança continuou a apresentar superávit de cerca de 4 milhões de dólares em agosto. As importações sofreram uma queda de 5,4%, em valor (de US$ 35,7 milhões para US$ 33,8 milhões), o que também ocorreu com as exportações, que caíram 14,4% esse mês (de US$44,9 milhões para US$38,4 milhões). 

Tabela 1 - Balança comercial de lácteos - agosto de 2015.

 
Novamente, o maior volume das exportações foi de leite em pó integral. No entanto, na comparação com o mês anterior, houve uma queda de cerca de 6.500 toneladas exportadas para pouco mais de 5.100 toneladas, a um preço médio de US$5.832/ton. Outras 300 toneladas de leite em pó também foram exportadas para a Venezuela. No agregado, os leites em pó foram responsáveis por 82,6% do valor exportado em agosto (US$31,8 milhões do total de US$ 38,4 milhões exportados em lácteos).

Nas importações, houve queda expressiva do volume importado de leite em pó integral: -39%, saindo de quase 5.000 toneladas em julho para pouco mais de 3.000 toneladas em agosto. Já o leite em pó desnatado teve aumento de 11,5% no volume importado, chegando a, aproximadamente, 2 mil toneladas. No agregado, as importações de leite em pó caíram cerca de 26% em relação a julho.

Os queijos foram os produtos com maior valor importado em agosto (US$ 10,3 milhões, alta de 15,5% sobre julho), com destaque para as importações de queijo muçarela que apresentaram alta de 39% sobre julho, chegando a 1.300 toneladas.

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (58,9%), seguido por Argentina (41,1%). Neste mês, as importações provenientes do Uruguai e da Argentina se mantiveram estáveis se comparadas ao mês anterior. (A matéria é da Equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)

Gráfico 1 - Origem das importações de leite em pó brasileiras. 

 

 
Revisão do sistema de inspeção em debate

O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SisbiPoa) foi tema do debate realizado ontem pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, durante a Expointer. Este foi o 10˚ encontro do ciclo de debates iniciado em março deste ano. A senadora Ana Amélia Lemos, que preside a comissão, relatou que a ministra Kátia Abreu criou um grupo de trabalho para definir os mecanismos para aperfeiçoamento do sistema e que a ideia é garantir que não haja prejuízos aos pequenos municípios, que não têm condições de contratar fiscais. 

Conforme Leandro Feijó, da Anffa Sindical, o estudo propõe "um sistema nacional, inclusivo, com legislação abrangente e seguida pelos três níveis de inspeção - federal, estadual e municipal". O debate contou com uma rápida participação da ministra Kátia Abreu, que salientou que nada será feito em prejuízo da saúde do brasileiro. A ministra também falou que a inspeção constante será feita só nas empresas de abate. Aquelas com menos riscos receberão menos visitas da inspeção. Durante o encontro, a Famurs entregou à ministra um documento com reivindicações. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, defendeu a unificação das inspeções para ampliar mercado. (Correio do Povo)



Governo retira urgência de projeto que limita benefícios fiscais a agroindústrias no RS

O governo gaúcho decidiu, no fim da tarde dessa sexta-feira, retirar o regime de urgência, na Assembleia Legislativa, para a votação do projeto de lei que restringe benefícios fiscais à agroindústria (PL 214/2015), um dos que compõe o pacote de ajuste fiscal. Para os exercícios de 2016, 2017 e 2018, a matéria prevê que cadeias como as da carne e do leite tenham os valores limitados até o patamar de 70% do montante originalmente concedido em 2015. Com a medida, o Piratini espera arrecadar, anualmente, R$ 300 milhões a mais em ICMS.

O objetivo é de que a medida sirva como uma espécie de moeda de troca para que a bancada do Partido Progressista (PP) apoie a aprovação, em plenário, dos projetos elevando os impostos para outros setores, como os de bebidas, combustíveis e TV a cabo. O corte de benefícios fiscais desagrada também a bancada do PSB, ligada a pequenos e médios produtores de leite. A retirada do regime de urgência permite que o projeto seja discutido sem pressa, e eventualmente, modificado.

No fim de agosto, ao deixar uma reunião da base aliada com o governador José Ivo Sartori, o deputado federal Jerônimo Goergen (PP) indicou que a sigla se dispunha a negociar o apoio ao projeto de ICMS caso o Piratini altere o PL 214. Conforme o parlamentar, a diminuição dos chamados créditos presumidos é mais danosa que o aumento de imposto.

Entidades como a Asgav, o Sindilat e a Fetag temiam demissões e o fechamento de empresas até o fim do ano, em caso de aprovação do projeto sem modificações. (Fonte:Rádio Guaíba)


Expointer: ministra anuncia R$ 86,8 mi para impulsionar setor de lácteos no RS

O governo federal vai liberar R$ 86,6 milhões para impulsionar o setor de lácteos no Rio Grande do Sul, anunciou nesta sexta-feira (04.09) a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), durante a inauguração oficial da Expointer 2015, em Esteio (RS). A medida, destacou ela, vai beneficiar 18 mil propriedades rurais de 132 municípios gaúchos.

O recurso faz parte do Programa de Melhoria da Competitividade do Setor de Lácteos Brasileiro, elaborado pelo Mapa, e atenderá as safras de 2015/2016 e 2017/2018. Em todo o país, o ministério vai contemplar 80 mil propriedades nos principais estados produtores de leite: RS, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e Paraná.

O programa tem o objetivo de melhorar a qualidade do leite produzido nessas propriedades e aumentar a renda dos produtores, a fim de que migrem das classes D e E para a classe C, ampliando a classe média rural.

"Nosso robusto programa voltado à qualidade do leite prepara os produtores não só para cuidar da saúde dos consumidores brasileiros, mas também para que outros países, como a China e a Rússia, recebam nossos produtos lácteos com a confiança de que cumprimos com a nossa fiscalização sanitária", afirmou a ministra, na inauguração oficial da feira de exposição agropecuária, uma das maiores da América Latina.

Entre as ações previstas, estão o melhoramento genético do rebanho, a erradicação da brucelose e da tuberculose, a capacitação técnica e extensão rural, a ampliação das exportações e o apoio ao cooperativismo e ao associativismo, objetivando corrigir imperfeições de mercado.

De acordo com Kátia Abreu, o Mapa e suas instituições cuidam para que o alimento brasileiro seja saudável. "Queremos uma classe média robusta para que a agricultura seja feita por agricultores. A mais nobre função dos produtores é fornecer alimento saudável e seguro para as donas e os donos de casa", ressaltou a ministra. (MAPA)

 

A União Europeia vai liberar US$ 558 milhões para ajudar produtores de produtos lácteos a enfrentar a queda nos preços, causada em grande parte pela decisão da Rússia de proibir a importação de certos produtos da região em retaliação às sanções europeias ligadas ao conflito na Ucrânia. A queda na demanda chinesa também tem pressionado os preços. O dinheiro será usado em pagamentos diretos aos produtores e para cobrir custos de estocagem de leite em pó, entre outros fins. (Valor Econômico)
 
 

         

 


 

Porto Alegre, 04 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.100

 

   Guerra defende unificação das inspeções em audiência pública

Durante a audiência pública que debateu o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal nesta sexta-feira (04/09), na Expointer, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, defendeu a unificação das inspeções. Para ele, um processo único e que envolva os âmbitos municipal, estadual e federal irá ampliar o mercado para as agroindústrias brasileiras. 

Com apenas uma inspeção, será possível comercializar um produto em todo o país, ao invés de passar pelas análises localizadas. A medida estabeleceria um padrão de inspeção e agilizaria os negócios. "Não podemos trabalhar de maneira engessada", afirmou ele, durante sua manifestação.  

A audiência lotou o auditório da Federação dos Clubes de Integração e Troca de Experiências (Federacite). O debate foi promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, por iniciativa da senadora Ana Amélia Lemos, que presidiu os trabalhos. O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) integra o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

Ao longo de mais de quatro horas, foram realizadas diversas manifestações desde representantes dos servidores que atuam na área da inspeção e como de produtores, além de outras entidades ligadas à agropecuária. Foram discutidos, entre outros assuntos, os impactos provocados com as mudanças de leis e normas e a defasagem de pessoal. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Alexandre Guerra, presidente do Sindilat, durante manifestação na audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado 
Foto: Carolina Jardine 
 
 
 
Sindilat pede apoio à senadora Ana Amélia para regulamentação do projeto PIS/Cofins

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínio do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, entregou documento à senadora Ana Amélia Lemos pedindo apoio para a regulamentação da lei que trata sobre o PIS/Cofins. A entrega ocorreu nesta sexta-feira (04/09) na Expointer, em Esteio. O mesmo documento foi encaminhado à ministra da Agricultura,  Katia Abreu, que também prestigiou a Exposição. 

A proposta está incluída na lei 13.137/2015, aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff neste ano, após amplo trabalho do Sindilat. O problema é que ela precisa ser regulamentada até outubro com o risco de ter que enfrentar novo trâmite no Congresso. 

Guerra ressaltou que a lei é importante para a cadeia láctea por permitir o ressarcimento de créditos presumidos e abre possibilidade de investimentos. Para ele, com maiores recursos o setor poderá estar mais competitivo dentro do panorama internacional. "Regulamentada, a lei beneficia toda a cadeia produtiva do leite, desde o produtor até a indústria", ressaltou.

(Assessoria de Imprensa Sindilat) 
 
 
Foto: Carolina Jardine 
 
 
Fabricantes de máquinas acionam otimismo para vencer queda de vendas

Mercado com vendas caindo até 30% até julho. Só uma dose leve de otimismo para balancear as expectativas dos próximos meses no País para o setor de máquinas agrícolas. Com o desfile dos maiores fabricantes globais de maquinários e implementos, a Expointer baliza uma convicção de executivos das marcas. Os produtores terão de manter os investimentos em tecnologia para seguir a escalada da produtividade. Mesmo as altas de juros que encareceram os financiamentos, não são vistas como barreira. A preocupação é mais a agilidade em liberar os recursos, que atinge ainda o custeio da safra 2015/2016. 

No ano, o recuo poderá ultrapassar 20% em volume de vendas, traçaram os convidados do painel Retrato do Agronegócio, promovido nessa quinta-feira pelo Jornal do Comércio em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS) e a Fiat. "Os bancos estão mais restritivos e há morosidade na liberação de recursos do Bndes. Resultado: perdemos julho e parte de agosto", diz o diretor comercial do Brasil da New Holland, Alexandre Blasi. "Mas os produtores estão capitalizados", ponderou Blasi, que se enquadra na cota de otimistas, e vislumbra "a vocação do Brasil para produzir alimentos". 

De olho nos meses que faltam para o término do ano, o argentino e diretor de vendas da Case IH, Cesar Di Luca, lembra que há um estoque de R$ 10 bilhões para investimentos e que a condição do agronegócio se descola do cenário geral. "A situação macroeconômica é difícil, mas os fundamentos da porteira para dento estão bons", contrastou Di Luca. O passado recente, de recorde e negócios em 2013, é visto como uma ocorrência fora da curva, que gera mais distorções no mercado. Di Luca e o gerente regional de vendas da Massey Ferguson, Ernani Leonel Oliveira, tratam 2013 como a tempestade perfeita ao contrário, com cenário de juros baixos e preços de commodities em alta. Tempestade perfeito reflete variáveis deterioradas, como os indicadores gerais da economia do País. "Mas para nós, fabricantes, é preferível um mercado mais estável", reage o argentino. Oliveira compara o ano recorde como ganhar na Mega-Sena. A Expointer ultrapassou R$ 3 bilhões em propostas de compra. 

Em 2015, há crédito (problema é a demora nas liberações, incluindo de custeio que trava o recurso para investimento), os preços estão mais comportados, mas a economia contaminou a expectativa. Nas fábricas, houve cortes de empregos. O gerente regional de vendas da Massey Ferguson garante que o ajuste de tamanho de capacidade terminou e que agora tem a carteira de pedidos a entregar. Uma das certezas, segundo os convidados do painel, é que os produtores vão plantar e que ainda há a necessidade de elevar a produtividade. O executivo da Massey Ferguson cita que os investimentos nas unidades industriais forma mantidos, não houve revisão. "Estamos otimistas, a agricultura é uma atividade de longo prazo e já passamos por situações muito piores", atenta Oliveira a quem prefere tempestade em vez de sol e praia. (Jornal do Comércio)


 

Crescem importações de leite em pó no Brasil
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, fala durante a Expointer, que acontece em Esteio (RS), sobre o aumento das importações do leite em pó no Brasil, o que aponta um cenário complicado para o setor. Segundo ele, nos primeiros 6 meses de 2015, o país recebeu mais que o dobro produto do ano passado. A intenção agora, afirma Guerra, é trabalhar junto do governo e do Ministério da Agricultura para conseguir abrir novos mercados externos. CLIQUE AQUI para assistir a entrevista. (Fonte: Canal Rural)
 
 

 

    

         

 


 

Porto Alegre, 03 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.099

 

   Sindilat e Embrapa assinam acordo para testar medidores

A Embrapa e o Sindilat assinaram nesta quinta-feira (3/9) termo de cooperação técnica para testar e avaliar novas metodologias para a coleta automática e equipamentos de vazão de leite no Estado. O projeto, que busca melhorar a qualidade da matéria-prima que chega até a indústria e a segurança no transporte, foi um dos assuntos discutidos durante o 1º Fórum Tecnológico do Leite, realizado na manhã desta quinta-feira na Expointer. 

  

Ao todo serão testados equipamentos de cinco empresas, sendo apenas uma delas brasileira, de Curitiba, para verificar se as tecnologias se adaptam ao sistema de inspeção do país. Os equipamentos serão avaliados na sede da Cosulati em Pelotas. As demais empresas testadas são de países da Europa, como Alemanha e Portugal. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, avalia que o acordo é muito importante pois permitirá qualificar tecnologicamente a indústria do leite. 

A Fabo Bombas, única representante brasileira a participar do debate em Esteio, destacou que os equipamentos da empresa foram construídos já conhecendo a realidade do produtor brasileiro. O coordenador técnico da Fabo, Luiz Otávio Machado, ressaltou que entre os benefícios estão informatização do processo de coleta do leite, o gerenciamento dos dados coletados e também a diminuição do tempo de coleta. 

Thiago Pinho, diretor-geral da Arsopi, de Portugal, apresentou o Coletor de Amostras nas versões automática para 20 frascos e também manual. Ele destacou que a empresa possui mais de 25 anos de experiência na implementação destes sistemas na Europa. "Nossos equipamentos possuem elevada precisão de medição de leite e atingem uma amostra representativa de 100% do volume coletado", salientou. 

Reynaldo Baptista Júnior, diretor geral da Bartec, empresa Alemã com 47 anos de operação, ressaltou que o sistema de medição e coleta representativa do Leite foi totalmente adaptado às condições brasileiras. "Estamos há mais de um ano desenvolvendo nossos equipamentos para a realidade local", disse. O executivo ainda garantiu que o equipamento elimina a interferência humana no processo e consequentemente aumenta a produtividade na coleta do produto. Além dos representantes de cada empresa, o 1º Fórum Tecnológico do Leite também contou com a participação do presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o Secretário da Agricultura Ernani Polo, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, o superintendência do MAPA, Roberto Schroeder, o diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Júnior, a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Maira Zanela e o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Nailto Pillon. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Tecnologia aliada ao aumento da produção

O futuro da atividade dos pequenos produtores de leite do Rio Grande do Sul esteve no centro da discussão
Crédito: Mauro Schaefer

O aumento da escala de produção é apontado como ponto fundamental para o futuro dos pequenos produtores de leite do Rio Grande do Sul. Conforme a Emater, 45% dos produtores entregam até 100 litros por dia, e 23%, até 50 litros. Para reverter esse quadro, a incorporação de tecnologia é considerada uma alternativa. O tema foi discutido ontem, na segunda edição do ciclo Debates Correio Rural, promovido na Casa do Correio do Povo/Grupo Record/RS no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. 

 
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destacou que o consumo per capita de leite no país é de 54 litros por ano. Porém, quando se leva em conta os derivados, esse número sobe para 178 litros. Mesmo assim, o total está distante do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 220 litros por ano, o que demonstra grande potencial para crescimento do consumo. "Se acrescêssemos 20 litros por pessoa ao ano, seja fluido ou nos produtos derivados, isso representaria 4 bilhões de litros, que é quase a produção do Rio Grande do Sul." 
 
Para o assistente técnico da Emater Jaime Ries, os números demonstram que a cadeia do leite possui importância não apenas econômica, mas social. No Rio Grande do Sul, 84 mil produtores estão vinculados à indústria. Os pequenos, com até 100 litros/dia, representam cerca de 12% do volume recebido pela indústria. "Hoje temos esse desafio de qualificar a produção, melhorar a qualidade, melhorar a escala de produção, mas trabalhando a atividade leiteira da forma mais inclusiva possível", afirma. Uma das questões é como motivar pequenos produtores para atingir produção maior com qualidade, frente a um cená- rio de dificuldades na sucessão. "A atividade do leite é penosa, requer muito esforço", avalia Ries. 
 
O diretor de Relações Institucionais da Braskem, João Ruy Freire, destacou que a cadeia do leite é longa e abrange diversos elos, incluindo aqueles que oferecem tecnologia com o objetivo de qualificar a produção. Uma das alternativas que podem ser aplicadas à atividade é o filme técnico para embalar pré-secado, que é derivado do feno. 
 
O diretor industrial da Extraplast, Rodrigo Gerling, observa que "a expansão das lavouras tem feito reduzir a área para plantio de pasto, isso está acontecendo bastante." Ao mesmo tempo, há a necessidade de aumentar a quantidade de animais nas propriedades. "Esse produto é um facilitador para atender a essa quantidade de alimento", destaca, referindo-se ao filme. No ramo de embalagens flexíveis para o leite, a Erplasti, de Montenegro, trabalha com a produção de filmes flexíveis de empacotamento. 
 
Segundo o presidente da empresa, Valdir Erthal, a maior parte da produção é distribuída no Paraná, porém também há clientes no Rio Grande do Sul e em São Paulo. A tecnologia de embalagens flexíveis vem ajudando a mudar a forma como o leite é consumido. A Plastrela, de Estrela, conquistou mercado produzindo filmes de sachê de pouche, no formato UHT, que permite conservar o produto até 120 dias fora da geladeira. "No passado se utilizava muito a embalagem 'barriga mole', que ficava refrigerada com validade de sete a dez dias", lembra o supervisor de vendas, Luciano Puccinelli. Esse produto caiu um pouco em desuso quando o consumidor resolveu procurar praticidade. "Com isso buscamos fora do mercado brasileiro tecnologia que concorresse com as embalagens acartonadas". 
 
O produto, segundo Puccinelli, tem custo até 50% menor, "deixando assim margem melhor para a indústria, podendo até remunerar melhor o produtor". O coordenador da Câmara Setorial do Leite da Secretaria de Agricultura, Danilo Gomes, destacou que o leite tem virado vilão, assim como foram, durante uma época, o ovo e a carne suína. "Existem restrições médicas, mas elas tem que ser trabalhadas com cuidado. Temos que fazer uma interação grande com os profissionais da saúde". 
 
O presidente da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, destacou a necessidade de ampliar o portfólio de produtos da cadeia do leite. Outro ponto abordado por ele foi a dificuldade que as propriedades que produzem até 100 litros por dia têm para se manter. "Não adianta tirar um leite maravilhoso, com a sanidade total da vaca e não fazer o frio adequado. Começa aí o processo de qualidade". Para a analista técnica do Senar Márcia de Azevedo Rodrigues, a falta de genética do rebanho também preocupa. "Às vezes são rebanhos mistos, com vacas que produzem muito pouco", afirma. "E há produtores sem conhecimento de como criar uma boa terneira e melhorar a qualidade do leite sem aumentar o rebanho". (Correio do Povo)
 

Tentativa do Piratini de antecipar votação do tarifaço fracassa
O Palácio Piratini deu início, ontem, à tentativa de antecipar a votação do aumento de ICMS no Estado - e, na primeira rodada de negociações, fracassou. A estratégia para convencer a oposição é condicionar a ampliação do uso dos depósitos judiciais - defendida pelos adversários - à elevação da carga tributária. No início da tarde, o líder do governo na Assembleia, Alexandre Postal (PMDB), conversou com os deputados Pedro Ruas (PSOL), Juliano Roso (PC do B) e Adão Villaverde (PT) na cafeteria do plenário.

- Consultei os parlamentares sobre a antecipação de alguns projetos para a próxima semana. Infelizmente, disseram não - relatou Postal.

A condição para formalizar o acordo no Parlamento é contabilizar, no máximo, dois líderes de bancada contra a proposta. Como os três declararam que suas siglas não darão aval, a tentativa caiu por terra.

O texto do tarifaço tramita em regime de urgência, e sua aprovação é considerada fundamental pelo governo. O Piratini estima que poderá reforçar a arrecadação em R$ 1,9 bilhão a partir de 2016, sem contar o que é repassado às prefeituras, amenizando a crise nas finanças estaduais no longo prazo. A oposição discorda.

- Vai acabar penalizando a sociedade. Não é o que queremos - destacou Roso. (Zero Hora)
 

CAR
Apesar de estar sendo realizado há mais de um ano - inclusive com prorrogação do prazo -, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) ainda gera dúvidas nos produtores. Até sobre itens simples, como a obrigatoriedade ou não do preenchimento. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), realiza oficinas no Pavilhão Internacional da Expointer.
O Rio Grande do Sul só cadastrou 3,26% da área. Amanhã, a secretária adjunta do Ambiente do Estado, Maria Patricia Mollmann, e o assessor do Sistema Farsul, Eduardo Condorelli, participam de debate, na Casa RBS, às 16h30min, que tem o CAR como tema. (Gisele Loeblein/Zero Hora)
 

 


 

Porto Alegre, 02 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.098

 

   Oferta menor volta a sustentar cotações internacionais do leite

Numa sinalização de que a estratégia da cooperativa neozelandesa Fonterra de reduzir sua oferta de lácteos nos leilões da plataforma Global Dairy Trade (GDT) está dando resultado, os preços voltaram a subir no pregão quinzenal realizado ontem. As cotações do leite em pó integral subiram 12,1% em relação ao leilão anterior, para um preço médio de US$ 2.078 por tonelada enquanto as do leite em pó desnatado tiveram alta de 11,7%, para um valor médio de US$ 1.698 por tonelada. Os preços no leilão da plataforma GDT são acompanhados com lupa pela setor de lácteos porque são referência para o mercado internacional, uma vez que importantes players do segmento, como a própria Fonterra, ofertam seus produtos nessa plataforma.

 

 

Para tentar conter um queda contínua nas cotações, que levou o leite em pó integral e o desnatado a baixas históricas no começo de agosto, a cooperativa neozelandesa, maior exportadora de lácteos do mundo, anunciou que reduziria sua oferta nos leilões. Conforme informou a Fonterra em 13 de agosto, sua oferta nos pregões online quinzenais pelos próximos 12 meses será reduzida em 56.045 toneladas. Uma queda de 62.930 toneladas ocorrerá nos próximos três meses (safra na Nova Zelândia) a contar do anúncio, e no fim do ano 6.885 toneladas voltarão a ser ofertadas. 

A queda aguda nos preços refletem principalmente o recuo da demanda da China por lácteos, que tem comprado menos em decorrência dos estoques elevados. No leilão anterior, do dia 18 de agosto, a decisão da Fonterra já havia surtido efeito. Na ocasião, o preço médio do leite em pó desnatado integral subiu 19,1% e o leite em pó desnatado, 8,5%. Os volumes vendidos no leilão caíram desde o começo de agosto. Segundo dados da plataforma GDT, foram vendidas ontem 35.865 toneladas de produtos lácteos contra 36.904 toneladas do pregão anterior e 46.527 toneladas no dia 4 de agosto. 

No leilão de ontem, havia 166 compradores contra 177 no pregão da quinzena passada. Para Valter Galan, da consultoria MilkPoint, a decisão da Fonterra de reduzir os volumes no leilão explica, mais uma vez, o aumento das cotações médias no leilão de ontem. Além disso, ele avalia, que há empresas indo às compras. De acordo com o analista, como diminuiu a oferta nos leilões, a Fonterra deve estar vendendo fora dos pregões. "O leilão GDT é uma boa referência para o mercado, mas não é mais a única", observou.

O diretor do Laticínios Jussara, Laércio Barbosa, disse que o aumento dos preços no leilão foi "consistente", o que é um fator positivo. Mas ele reiterou que "uma retomada mais forte só é esperada para meados de 2016" e acrescentou que "a economia da China continua preocupando". (Valor Econômico)

 
 

 
Vitrine do Leite está no roteiro das Escolas
  

Estudantes de Canoas conheceram a Vitrine do Leite
(Foto: Vinícios Sparremberger)

A Vitrine do Leite é uma parada obrigatória para os estudantes que visitam a Expointer 2015. Durante a semana, as escolas de Porto Alegre e região metropolitana aproveitam para sair de sala de aula e levar seus alunos até a feira de agronegócios. Nesta terça-feira (1/9), uma turma da Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Nancy Ferreira Pansera, de Canoas, conheceu o espaço e aprovou a ideia.

A estudante Thayane Lima Cavalheiro, 13 anos, se surpreendeu com a interatividade do projeto. "Eu pensei que só ia sentar e olhar, mas além de aprender mais sobre a origem do leite, nós também pudemos experimentar a receita que foi produzida ali na nossa frente", destacou. Todos os dias, em quatro horários diferentes, o projeto tem o objetivo de informar o público que passa pela exposição sobre o caminho do leite, desde o produtor até chegar na casa do consumidor.

Para o instrutor do Senar-RS, Claúdio Rocha, um dos responsáveis por interagir com os visitantes, o diferencial da Vitrine do Leite é sua capacidade de chamar a atenção de um público bastante heterogêneo. "O projeto tem atraído desde crianças até os mais velhinhos. É só a gente começar que as pessoas começam a chegar", salientou.

 
Instrutor do Senar-RS, Paulo Rocha explica para o público a importância do leite para a economia do país
(Foto: Vinícios Sparremberger)

A cada horário (10h, 12h, 14h30 e 16h30), os instrutores do Senar-RS junto com uma nutricionista apresentam uma nova receita e apostam na informalidade. "Nós perguntamos de onde vem, brincamos, tudo para que o público sinta-se a vontade", disse Rocha. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

CEPEA: preço do leite apresenta alta em agosto

Em alta há seis meses, o preço do leite recebido pelo produtor atingiu em agosto o maior patamar deste ano, segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O preço bruto, ou seja, com frete e impostos, foi de R$ 1,0843/litro na "média Brasil", que é ponderada pelo volume captado em julho nos estados de MG, PR, RS, SC, SP, GO e BA. Em comparação com o mês anterior, houve elevação de 1,9%. Contudo, a média atual ainda é 8,1% menor que a de agosto do ano passado em termos reais (deflacionados pelo IGP-DI de julho/15). O preço líquido (sem frete e impostos) foi de R$ 0,9964/litro, acréscimo de 2,1% em relação a julho e queda de 8,4% frente a ago/14, em termos reais.

Gráfico 1 - Preços brutos do leite pagos ao produtor (R$/l).

 Fonte: CEPEA/ESALQ; dados deflacionados pelo IGP-DI

Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda pouco aquecida limitou avalorização do leite na entressafra deste ano (predominantemente entre março e julho), o que diferiu dos anos anteriores, quando foram registrados picos expressivos de alta nesse período. Desse modo, a elevação dos preços ocorreu de forma mais gradual, se estendendo até agosto, quando, tipicamente, a entressafra no Sudeste e Centro-Oeste se encerra e a produção leiteira no Sul se consolida. 

Essa sazonalidade da produção não se alterou. Em julho, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) aumentou 1,67% em relação a junho, puxado principalmente pelos estados da região Sul. Com exceção do Goiás (que registrou queda de 0,59% no índice), todos os outros estados da "média Brasil" tiveram aumento na captação, com destaque para Rio Grande do Sul (4,34%), Santa Catarina (2%), Paraná (1,93%), São Paulo (1,57%), Minas Gerais (0,96%) e Bahia (0,67%). 

A expectativa da maioria dos agentes consultados pelo Cepea é de que, com o avanço da safra Sulista e o aumento no volume de chuvas no restante do País, aprodução leiteira se eleve e as cotações percam fôlego nos próximos meses. Em números, 48,5% dos laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea que representam 43,5% do leite amostrado acreditam em queda nas cotações. Outros 27,3% (47,2% do leite amostrado) sinalizam estabilidade e um grupo menor, de 24,2% dos pesquisados (9,3% da amostra), indica continuidade das altas dos preços. (As informações são do CEPEA/ESALQ, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

1º Fórum Tecnológico do Leite
Acontece amanhã na Expointer o 1º Fórum Tecnológico do Leite - Indústria e Pesquisa em Busca da Inovação. O evento será na Casa RBS a partir das 9h30 e contará com a participação do Presidente do Sindilat Alexandre Guerra, do Chefe da Geral da Embrapa Gado de Leite Paulo do Carmo Martins, do Chefe da Geral da Embrapa Clima Temperado Clenio Pillon, do Diretor Geral da Arsopi Tiago Pinho, do Diretor da Bartec Reynaldo Baptista Júnior e do Diretor Comercial da Fabo Bombas Martim Zelone. O Canal Rural transmitirá ao vivo a partir das 10h. A Realização é do Sindilat, Embrapa e Canal Rural. 
 
 

 

    

  


 

Porto Alegre, 01 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.097

 

   Uruguai: Preço do leite ao produtor em julho em dólares foi o mais baixo desde outubro de 2009

O preço médio do leite pago ao produtor em julho ficou em US$ 0,27 por litro no Uruguai, dois centavos a menos que em junho. Foi o menor valor em dólares desde outubro de 2009 (US$ 0,24/litro), segundo dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

 

A variação interanual mostra uma queda de 38% no valor. Em julho de 2014, o preço médio foi de US$ 0,44/litro. Em pesos uruguaios, a queda interanual foi de 25,7%. O preço em julho desse ano foi em média em 7,56 pesos (US$ 0,26) frente a 10,18 pesos (US$ 0,35) no mesmo mês de 2014. (A reportagem é do Portal Lechero)

 
 
 

 
 Revistinha divulga poder do leite

A Secretaria da Agricultura (Seapa) lançou nesta terça-feira (1/9), na Expointer, uma publicação em formato de gibi que divulga o poder do leite entre as crianças. Com tiragem de 5 mil exemplares, a revistinha "Pedrinho & Lis - A Origem do Leite" será distribuída nas escolas. O material foi apresentado ao público pelo coordenador das Câmaras Setoriais estaduais, Rodrigo Rizzo.

O trabalho, feito em material reciclado, foi coordenado pelo veterinário Danilo Gomes Cavalcanti, responsável pela Câmara Setorial do Leite. Durante o lançamento, ele explicou que a intenção é resgatar da confiança do consumidor para um alimento tão nobre como o leite. O conteúdo do gibi foi elaborado pelos estudantes do curso de Veterinária Pedro Nery e Liskettelen Lorscheiter, estagiários da Seapa e também personagens da história que será contada a crianças em idade escolar.

"Nosso leite o melhor do Brasil em qualidade, até porque temos um processo de controle rigoroso", pontuou o secretário da Agricultura, Ernani Polo. Segundo ele, o gibi será lançado também em outras feiras agropecuárias do Estado. A ideia é elaborar materiais educativos, semelhantes a este, para outros setores. A próxima cartilha deverá ser sobre conservação do solo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

  
Leite

Os municípios vão empobrecer, e a bacia leiteira gaúcha, que muito custou a se estruturar e tornar atrativa economicamente, vai sofrer muito com as decisões do governador José Ivo Sartori (PMDB), diminuindo os créditos que o setor tem direito e com os aumentos do ICMS propostos. A opinião é de três líderes do setor -- José Luis Rigon, da Gadolando; João Seibel, da Cooperativa Santa Clara; e Darlan Palharini, do Sindilat -- que participaram de painel organizado pelo Jornal do Comércio, ontem, na Expointer. Além de perder mais de R$ 200 milhões, o setor vai ser penalizado e ainda verá o incentivo ao consumo de produtos importados de outros estados e países. Só para dar uma ideia, o leite condensado já paga, hoje, 9% de ICMS no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, apenas 2%. (Jornal do Comércio)
 
Rural Show será lançado durante a Expointer

A oitava edição do Rural Show, que acontecerá entre os dias 7 e 10 de julho de 2016, será lançada na próxima quarta-feira, dia 2, na Expointer, em Esteio. O evento acontece a partir das 14 horas, no Espaço da Emater e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, na quadra 9, ao lado do pavilhão da Agricultura Familiar.

Promovido pela Cooperativa Piá, Prefeitura de Nova Petrópolis e Emater RS/Ascar, o Rural Show é considerado o maior evento da agricultura familiar do Brasil. Em sua última edição, em 2014, a feira reuniu 55 mil pessoas e ainda pode crescer muito, segundo o presidente da Piá, Gilberto Kny. "O sucesso da última edição se deve muito a necessidade do consumidor urbano de querer saber o que está consumindo, de querer conhecer melhor o produto, até porque, hoje em dia, 70% do que se consome é oriundo da agricultura familiar", resume Kny. (Assessoria de Imprensa Piá)
 

O leite fresco que dura 12 dias
A Cooperativa Piá de Nova Petrópolis começou a entregar ao mercado o leite fresco com 12 dias de validade. Sua elaboração se inicia no produtor primário, que não deve ficar mais do que 14 quilômetros distante da indústria para que o tempo entre a ordenha e o processamento não passe de três horas, segundo o gerente de marketing Tiago Haugg. Já na indústria, ele é submetido a um processo de microfiltragem por centrifugação, que elimina até 95% das bactérias, é pasteurizado e envasado em ambiente esterilizado através de equipamento de última geração. Sua qualidade nutritiva é superior a do leite fresco comum vendido em saquinhos. E obviamente muito superior ao leite esterilizado. (Jornal do Comércio)
 

 

    

         

 


 

Porto Alegre, 31 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.096

 

   Vitrine do Leite agrada a técnicos e ao público

 

Público acompanha segunda edição da Vitrine do Leite na 38º Expointer
(Foto: Carolina Jardine)
A diversidade de público é uma das marcas da Expointer. Na tarde deste domingo (30/08) a zootecnista Lindomárcia Costa, vinda da Paraíba, e o agrônomo Guilherme Rocha, de Pernambuco, assistiram com entusiasmo à apresentação da Vitrine do Leite, organizada pelo Senar e Farsul com apoio do Sindilat.
Eles vieram do Nordeste para conhecer mais sobre a produção agropecuária gaúcha. Depois de horas de viagem, os professores universitários chegaram a Esteio para participar da 38ª edição da Exposição com sede de novidades."Viemos para prestigiar esse grande evento, ver raças e aprender. Estou adorando a vitrine do leite. É muito bem organizada. Acho que vou levar muitas informações para os colegas que trabalham com o leite", disse a professora, que admitiu estar encantada com a qualidade do pão de queijo gaúcho. "E olha que eu já morei em Minas", confessa ela, que acompanhava atenta o preparo das receitas. As demonstrações começaram com um iogurte e, em seguida, avançaram para o preparo de um molho especial para macarronada.
 
Guilherme Rocha e Lindomárcia Costa vieram do Nordeste para a acompanhar a Expointer
(Foto: Carolina Jardine)
A dona de cassa Omênia Bilialva também observava o preparo dos quitutes. Apesar de dizer que já sabe bastante do riscado, ela admite que sempre há algo a aprender quando o assunto é culinária. "A única coisa que eu não gosto nessa receita é o orégano. Mas estou olhando. Tudo o que a gente aprende é valido", pontuou ela, que não é frequentadora assídua da Expointer, mas enfrentou o calor do final de semana para passar momentos agradáveis com as filhas no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
A Vitrine do Leite segue com apresentações diárias durante toda a semana, sempre às 10h, 12h, 14h30min e 16h30min. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

 
Sindilat divulga ações a favor do setor lácteo gaúcho
 

Reunião dos associados ocorreu na sede do Sindilat
A diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) apresentou, nesta sexta-feira (28/08), durante a reunião dos associados, as ações a favor do setor lácteo gaúcho. O presidente Alexandre Guerra falou sobre a proposta encaminhada em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, que propõe a criação de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) de 10% para o leite em pó importado. A CIDE valerá quando o preço do produto estrangeiro com déficit de 30% ou mais em relação ao valor do Conseleite. "Temos que apresentar alguma sugestão ao invés de ficar só pedindo ajuda do governo", disse Guerra.
Foi apresentada ainda, no encontro, a programação do Sindilat  para a Expointer, que começará neste sábado (29/08) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Os associados foram convidados para acompanhar o 1º Fórum Tecnológico do Leite - Indústria e Pesquisa em Busca da Inovação, que ocorrerá no dia 3 de setembro, a partir das 9h30min na Casa RBS. O evento terá a participação de Alexandre Guerra, do chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, e do chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Nailto Pillon. Também vão fazer parte do debate o diretor-geral da Arsopi, Tiago Pinho, o diretor da Bartec, Reynaldo Baptista Júnior, e o diretor comercial da Fabo Bombas, Martim Zelone. Segundo o secretário-geral Darlan Palharini, essa será uma importante oportunidade para conhecer o que há de novo na área tecnológica e promoção da qualidade.
Entre outros assuntos, os associados e a direção também manifestaram posição contrária ao Projeto de Lei 214, encaminhado à Assembleia Legislativa pelo governo do Estado com o objetivo de reduzir em 30% o percentual de apropriação de crédito presumido. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Leite em debate na casa do JC na Expointer

 

Sindilat participa de debate promovido pelo Jornal do Comércio
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou, no final da manhã desta segunda-feira (31/8), dos debates Retrato do Agronegócio, promovido pelo Jornal do Comércio durante a Expointer. Na ocasião, ele pontuou o momento vivido pelo mercado interno e as dificuldades enfrentadas frente ao ingresso de leite importado de forma descontrolada no país. Uma das sugestões apresentadas pelo dirigente foi a criação de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para o leite em pó importado sempre que o valor ficar 30% abaixo do valor de referência do Conseleite. "Só nos primeiros meses de 2015, essa ferramenta nos permitiria retirar 4,5 mil toneladas do Brasil".
O debate foi conduzido pelos jornalistas Danilo Ucha, Marina Schmidt, Guilherme Kolling e Paulo Serpa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Mais de 204 milhões de brasileiros

A população brasileira superou a marca dos 204 milhões de habitantes neste ano, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgadas ontem. O Rio Grande do Sul chegou a 11.247.972 residentes em 2015, frente aos 11.207.274 do ano passado. O Estado seguiu a tendência de ser o que menos cresce entre todos, com variação de 0,36%. O município de André da Rocha, no nordeste gaúcho é a cidade menos populosa da região sul do país, com 1.293 habitantes. Porto Alegre cidade mais populosa do Estado, tem estimativa de 1.476.867 residentes.

A unidade da Federação que mais cresceu em termos de população foi o Distrito Federal, com 2,18% a mais, passando de 2.852.372 para 2.914.830 entre 2014 e 2015. No total, o Brasil cresceu 0,82%, tendo São Paulo como o Estado mais populoso, com 44.396.484 de habitantes.

Outros cinco têm mais de 10 milhões de moradores: Minas Gerais (20,8 milhões), Rio de Janeiro (16,5 milhões), Bahia (15,2 milhões), Rio Grande do Sul e Paraná (11,1 milhões). Com menos de 1 milhão, são três: Acre (803,5 mil), Amapá (766,6 mil) e Roraima (505,6 mil). A estimativa populacional é feita pelo IBGE com base em dados dos dois últimos censos demográficos (2000 e 2010).

Não há pesquisa de campo, e, sim, uma aplicação matemática para projetar a população, seguindo uma tendência. Eventuais alterações territoriais (limites municipais, por exemplo) ocorridas nesse período podem influenciar os dados, de acordo com o instituto.

Todo ano, o IBGE tem a obrigação de publicar esses resultados até o fim de agosto. Os dados são utilizados para cálculos e planejamento governamentais. Uma das principais aplicações das estimativas é embasar a distribuição, conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), das cotas relativas ao Fundo de Participação de Estados e Municípios. (Zero Hora)

 
 
 

Vendas do setor supermercadista têm queda anual de 1,3% em julho, diz Abras
As vendas reais do setor supermercadista brasileiro recuaram 1,32 por cento em julho na comparação com o mesmo mês de 2014, informou nesta segunda­-feira a associação do setor, Abras. Na comparação com junho, as vendas reais tiveram alta de 4,97 por cento, segundo a associação. No acumulado do ano até julho, houve queda de 0,2 por cento.  Em valores nominais, as vendas tiveram alta de 8,1 por cento ano contra ano, e de 5,62 por cento em relação ao mês anterior. Já no acumulado do ano houve alta nominal de 8,07 por cento."O nosso indicador mostra que o ritmo lento da economia brasileira já afeta as vendas do setor supermercadista. Por enquanto, podemos considerar as vendas praticamente estáveis em relação ao ano passado, mas trabalhamos por melhores resultados", afirmou Sussumu Honda, presidente do Conselho Consultivo da Abras, em nota. (Reuters)
 

         

 


 

Porto Alegre, 28 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.095

 

   Expointer: 380 litros de produtos lácteos na Vitrine do Leite



Foto: Oficina da Vitrine do Leite atraiu a atenção dos visitantes na edição de 2014 
(Crédito: Raphael Seabra/Expointer 2014)

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) repassou à organização da Vitrine do Leite, que funcionará durante a Expointer 2015, cerca de 380 litros em produtos, sendo 110 litros de leite e 270 de bebidas lácteas. Além disso, foram entregues 40 quilos de queijo. Todo esse volume de produtos será utilizado durante a realização das oficinas e apresentações do estande, que é resultado de uma parceria do Senar-RS, Sebrae-RS e Farsul.

A estrutura da Vitrine do Leite estará montada dentro do Pavilhão do Gado Leiteiro, estando aberta ao público em todos os dias das 8h às 18h. Diariamente serão realizadas quatro oficinas de receitas (10h, 12h, 14h30min, 16h30min). Vão ocorrer ainda apresentações técnicas e gastronômicas. O conceito principal da Vitrine é mostrar ao visitante toda a cadeia do leite e os seus benefícios nutricionais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 
Vitrine do Leite terá sua 2º edição na Expointer 

Durante a programação da Expointer 2015, será apresentada a segunda edição da Vitrine do Leite, um estande de 60 m² onde produtores e consumidores terão acesso a informações sobre técnicas empregadas na cadeia leiteira gaúcha para promoção da excelência e qualidade. Localizado dentro do Pavilhão do Gado Leiteiro, o espaço integrará o estande do Juntos para Competir, uma parceria entre Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar¬RS) e Serviço de Apoio A Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS). A iniciativa ainda conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do RS (Sindilat) e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS (Fundesa). Diariamente, entre 8h e 18h, serão realizadas quatro visitas orientadas de 40 minutos, divididas em duas partes. A primeira consiste na exibição de um vídeo de cinco minutos, que mostrará todas as etapas de produção, desde o manejo de pastagem para alimentação do gado leiteiro, ordenha, armazenamento, até o processamento na indústria. Um instrutor estará tirando as dúvidas do público. A segunda etapa da visitação será conduzida por uma nutricionista, que apresentará receitas a partir do leite, como iogurte, queijos e ambrosia.

A profissional também dará informações sobre os valores nutricionais do alimento. Os visitantes poderão ainda participar de uma degustação do leite. Conforme o chefe da divisão técnica do Senar¬RS, João Augusto Telles, o objetivo principal é ressaltar e estimular iniciativas empregadas na cadeia visando a excelência do leite gaúcho e o reconhecimento ao produtor, que o torna um dos melhores do Brasil. Iniciativas como o Programa de Tecnologia para Produção do Leite (Leitec), desenvolvido pelo Senar¬RS e que integra o conjunto de ações formadoras do Juntos para Competir. Visando maior eficiência e rentabilidade do setor, o Leitec promove cursos e consultorias para o produtor. Já o Sebrae/RS, por meio do Programa Juntos para Competir, atua na cadeia do leite através da implantação da metodologia PISA (produção integrada de sistemas agropecuários), desenvolvida pelo Ministério da Agricultura, Universidade Federal do Paraná e Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A metodologia preconiza a intensificação sustentável do sistema produtivo, enxergando todas as atividades da propriedade de forma integrada. 

Dentro da produção leiteira o produtor recebe consultorias individuais de aplicação do PISA visando diminuir seu custo de produção, aumentar a produtividade e produção de leite, gerando mais renda e felicidade no campo. Serão apresentadas para o produtor e ao público em geral, as vantagens das tecnologias de produção e os padrões de qualidade no setor. "Nosso produtor adota tecnologias e avanços nos processos e produção e cada vez mais ele vem buscando qualificação, e gerenciamento para aplicar estes avanços na propriedade. Este avanço tecnológico exibido durante a Vitrine, dará ao consumidor final a certeza de um produto com os melhores padrões qualidade" ¬ confirmou Telles. Para o presidente do Sindilat uma das entidades parceiras nas oficinas, Alexandre Guerra, a Vitrine do Leite é uma forma de mostrar tudo o que está sendo feito para assegurar a qualidade do produto que chega à mesa do consumidor. 

Visitas orientadas: 
Manhã - 10h e 12h
Tarde - 14h30min e 16h30min. (Fonte: Farsul)

Europa: Ministros da Agricultura debatem em Madrid preços do leite

A ministra da Agricultura, Alimentação e Ambiente espanhola, Isabel García Tejerina, recebeu em Madrid a sua homóloga de Portugal, Assunção Cristas, bem como os da Itália (Maurizio Martina) e da França (Stéphane Le Foll). O objetivo do encontro é encontrar uma posição comum para o Conselho Europeu extraordinário do dia 07 de setembro. No encontro de setembro, Espanha vai propor um aumento temporário dos preços de referência para o leite em pó desnatado e a manteiga. Estes preços de referência são preços garantidos abaixo dos quais um organismo de intervenção designado por um Estado-membro pode comprar e armazenar as quantidades produzidas pelos agricultores, para assim obter efeitos no preço final.

Madrid considera que o preço do leite na Espanha (cuja produção leiteira representa 4,8% de toda a UE) está diretamente ligado ao preço de mercado da União Europeia. Após o fim do sistema de quotas leiteiras na UE (abril deste ano), os preços do leite têm baixado. Em julho, o preço médio comunitário estava nos 0,299 euros/quilo.

Na França, o setor leiteiro (em toda a cadeia de valor, desde a produção à distribuição) busca elevar o preço do leite para os 0,34 euros/quilo. Em maio, a média em França era de 0,296 euros/quilo). O setor leiteiro espanhol pediu medidas semelhantes, mas a ministra da Agricultura recordou que a fixação de preços mínimos é contrária às leis de livre concorrência na União Europeia. Em alternativa, o governo espanhol anunciou um subsídio de 300 euros por cada vaca para as propriedades leiteiras que estejam a vender abaixo da rentabilidade.

Nestes cinco meses sem quotas de leite (abril, maio, junho, julho e agosto), os preços têm sido os mais baixos desde janeiro de 2013. Em junho, Portugal registou o seu preço mais baixo: 0,288 euros/quilo. É um valor ainda mais baixo do que os "mínimos" da Espanha (0,294 euros/quilo) e da Itália (0,347 euros/quilo), também registados em junho. Na terça-feira, o comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, descartou a possibilidade de subir os preços de referência para que um Estado possa comprar e armazenar leite, fixados atualmente nos 0,21 euros/quilo. Hogan considerou que esse tipo de alteração "poderia prejudicar a concorrência do setor lácteo da UE", bem como o "necessário ajuste da oferta". No entanto, confirmou que está em preparação a extensão (para além do prazo de 30 de setembro) das ajudas públicas e para o armazenamento privado de leite.

"Os atuais níveis [dos preços de referência para intervenção estatal] para a manteiga e o leite em pó desnatado, tal como foi acordado no Parlamento Europeu e no Conselho durante a reforma da PAC [Política Agrícola Comum] de 2013, estão num nível apropriado para evitar a volatilidade extrema de preços, uma vez que desincentivam a sobreprodução", considerou Hogan. Enquanto não se criam novas medidas de apoio aos agricultores, que possam acalmar um setor que se diz em crise, o governo espanhol enfrenta protestos da fileira do leite. Os produtores espanhóis iniciaram na semana passada uma 'Marcha Branca' em León, que chegará na próxima semana a Madrid, onde preveem manifestar-se em frente ao ministério de Isabel García Tejerina. (As informações são do Notícias ao Minuto)

Aumenta participação do agronegócio na balança comercial brasileira

A participação do agronegócio na balança comercial do Brasil está crescendo. "De janeiro a julho deste ano, o setor representou 46,4% do total das exportações brasileiras. No ano passado, esse percentual foi de 44%", disse nesta quinta-¬feira (27) a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior da Câmara dos Deputados. Ela também comparou o agronegócio com outras atividades da economia brasileira. Nos últimos 17 anos, acrescentou, o setor foi superavitário. "De 2011 a 2014, o agronegócio teve saldos positivos, na ordem de US$ 80 bilhões, enquanto que, com poucas exceções, os outros setores tiveram saldos negativos", assinalou. "No ano passado, ajudamos a amenizar o saldo negativo da balança comercial do país." Segundo a secretária, o Brasil participa com 1,2% do comércio global. Na área do agronegócio, esse percentual foi de quase 8% em 2013 e 7% em 2014. "Temos grande potencial". Abertura de mercados. 

Durante a audiência, realizada para debater aspectos do Plano Nacional de Exportações, a secretária destacou ainda a abertura de mercados no primeiro semestre deste ano. O acesso a novos destinos para os produtos do agronegócio brasileiro é resultado das negociações sanitárias e fitossanitárias feitas pelo Ministério da Agricultura com apoio do Itamaraty. "No primeiro semestre, conseguimos abrir vários mercados importantes. Entre eles, os Estados Unidos, para o qual já podemos negociar carne bovina in natura. A China, por sua vez, suspendeu o embargo à carne bovina", ressaltou Tatiana. "Só nos primeiros 45 dias após a reabertura do mercado chinês, exportamos 15 mil toneladas de carne bovina. É uma verdadeira batalha que teve resultado positivo." Entre os principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro, estão a China, União Europeia, Rússia, Estados Unidos e Japão, enfatizou a secretária do Mapa. "Esses mercados compram a metade do que o mundo compra em produtos agropecuários, mais de US$ 500 bilhões anuais." A perspectiva para o segundo semestre, antecipou Tatiana, é a abertura dos mercados do Canadá, para carne bovina in natura, e da Coreia do Sul, para carne suína, além da reabertura da Arábia Saudita para carne de gado. (MAPA)

 

Classe C irá consumir R$ 1,35 tri durante o período de crise, diz Data Popular 
O presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, disse na manhã desta quinta-¬feira (27) que a classe C irá continuar consumindo durante a crise e gastará, nesse período, cerca de R$ 1,35 trilhão. A afirmação foi feita na primeira edição do BRASILSHOP, na capital mineira, promovida pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). Segundo ele, como a Classe C emergiu de uma situação de crise, ela sabe transformar crises em momentos de oportunidades. Conforme o executivo, levantamentos recentes indicam que 92% da Classe C já estão fazendo economia no seu dia a dia; 81% estão comparando mais os preços; 65% estão se preparando para conseguir renda externa e 45% já possuem essa renda externa. "Há uma percepção pessimista da Classe C com relação à situação econômica, mas eles se dizem otimistas com a vida pessoal. Porque eles têm a consciência de que a economia depende dos políticos, já a vida dele depende só dele e só trabalhando ele consegue reverter a situação", declarou. Além disso, conforme o instituto percebeu, a Classe C, nesse período de maior aperto, tem adquirido mais dinheiro e/ou cartão de crédito emprestado, comprando mais fiado, escolhendo as marcas e priorizando os gastos. Meirelles também ressaltou que nos próximos anos, haverá uma mudança do perfil da Classe A e B. "Essas classes vão crescer mais do que a C. São pessoas que têm bolso de Classe A e B, mas cabeça de C. Serão mais exigentes e mais resistentes à crise", declarou. Dados do Instituto Data Popular mostram que, em 2014, 23% da população é de classe alta; 56% média e 21% baixa. Para 2014, os porcentuais passarão para 34% alta; 58% média e 8% baixa. (Estadão)
 
 

 


 

Porto Alegre, 27 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.094

 

   Sindilat propõe criação de CIDE do leite em audiência pública


 Audiência discute déficit da balança comercial de lácteos

Crédito: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)
 
Na tentativa de equilibrar a oferta de leite importado no mercado interno, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) propôs a criação de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) de 10% sobre o leite em pó importado. A ideia é utilizar a ferramenta para ajuste de mercado sempre que o leite estrangeiro ingressar no Brasil com defasagem de 30% ou mais em relação ao valor definido pelo Conseleite. Os recursos, pagos pelo importador, seriam destinados ao Fundo de Estímulo à Exportação de Leite em Pó, seguindo um modelo similar ao praticado hoje para os combustíveis.

A proposta foi apresentada pelo 2º vice-presidente do Sindilat, Raul Lopes Amaral, durante audiência pública realizada nesta quinta-feira  (27/8) na Câmara dos Deputados, em Brasília. Segundo ele, esta é uma forma de ajustar o mercado, que hoje penaliza o produtor e a indústria brasileira, ameaçando a receita do país e os empregos. Se o modelo proposto pelo Sindilat já estivesse em vigor, só nos primeiros sete meses deste ano, a arrecadação chegaria a R$ 6,6 milhões, o suficiente para incentivar o embarque de 4,4 mil toneladas de leite em pó brasileiras, que hoje não recebem qualquer tipo de incentivo. "As entidades presentes apresentaram a evolução da cadeia e necessidade de que o país construa políticas públicas suficientes para limitar a entrada do leite do Uruguai", salientou Amaral.

A proposta será analisada juntamente com outros apontamentos da audiência pública em nova reunião entre os parlamentares envolvidos e a cadeia produtiva.  A forma como a proposta será operacionalizada e os percentuais a serem pagos ainda devem passar por análise mais aprofundada. "Não é um imposto. Nossa ideia é usar essa verba privada para incentivar a cadeia e criar regulamentação para a exportação", acrescentou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Percentual de diferença do preço do leite em pó importado para o nacional

 
Mapa elabora proposta para fortalecer cadeia de lácteos

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve apresentar, nas próximas semanas, uma proposta de projeto de lei destinando R$ 300 milhões para o fortalecimento do setor de lácteos em Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, no Paraná e Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito agora há pouco pelo secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

Os cinco estados que receberão os recursos, assinalou Caio Rocha, respondem por 80% da produção nacional de lácteos. Segundo ele, os R$ 300 milhões deverão ser investidos em assistência técnica, melhoramento genético e promoção comercial. Em todo o país, a cadeia produtiva do setor envolve 1,3 milhão de produtores. 

Durante a audiência, Caio Rocha destacou ainda que o Mapa tem se empenhado para ampliar as negociações com os representantes do setor privado para garantir aos países do Mercosul uma parcela do mercado brasileiro que não afete a competitividade e crescimento da cadeia nacional de lácteos.

De acordo com o secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, a produção brasileira de lácteos hoje é superior ao consumo interno. Atualmente, a maior parte do excedente de lácteos é exportada para Angola, Argélia e Venezuela. O Brasil embarca para o exterior principalmente leite em pó e leite condensado.

Caio Rocha disse também que o Brasil tem 11 estabelecimentos habilitados a exportador lácteos para a Rússia. A expectativa, acrescentou, é que mais 13 venham a obter autorização para embarcar leite e derivados para aquele país. Recentemente, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) negociou com o governo russo a abertura daquele mercado aos produtos lácteos brasileiros. (As informações são da Assessoria de Comunicação Social)


PIB do agronegócio fica estável em maio, diz CNA

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro ficou estável em maio, com queda acumulada de 0,2% nos primeiros cinco meses de 2015, comparado a igual período do ano passado, informa a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em nota, a entidade diz que o desempenho se deve principalmente ao comportamento da agricultura, que apresentou redução de 0,48% no mesmo período. Com base nesse resultado, a previsão para o PIB da agropecuária em 2015 é de R$ 1,2 trilhão, sendo R$ 825,08 bilhões (67,6%), referentes ao ramo agrícola e outros R$ 396,27 bilhões (32,4%) ao setor pecuário. Os números são da CNA e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). 

Conforme o levantamento, a pecuária, mesmo tendo expansão de 0,40% no período de janeiro a maio, especificamente no quinto mês do ano apresentou crescimento de apenas 0,03%. Já a agricultura teve variação negativa de 0,01% no mesmo período. "Na agricultura, o segmento que mais recuou foi o primário, ¬1,61% em 2015", destacou. Esse desempenho negativo, segundo a CNA/Cepea, refletiu a queda dos preços agrícolas, pois em volume a expectativa é de elevação até o fim deste ano. Na pecuária, o segmento primário apresentou crescimento de 0,90%, "o melhor índice obtido nos primeiros cinco meses de 2015". O segmento industrial apresentou os piores indicadores: recuo de 1,19% no mesmo período. Para o segmento primário, a baixa oferta do boi gordo (prontos para o abate) e as exportações em recuperação puxaram as cotações e explicam o cenário de crescimento, diz a CNA. (Estadão Conteúdo)
 

Preços/NZ
A elevação dos preços dos lácteos pode significar uma esperança para o setor, mas, ainda não é tempo de relaxar, assegura a Federação dos Produtores da Nova Zelândia. Pela primeira vez em cinco meses os preços do leilão quinzenal dos lácteos tiveram alta, mas, o presidente da federação dos agricultores kiwis, Andrew Hoggar advertiu que ainda é preciso estar atento. "O registro das últimas vendas sugere que começa a surgir uma luz no fim do túnel, mas precisamos esperar que continue e se consolide".
É bom lembrar que no dia 19 os preços subiram 14,8% dos US$ 1.815/tonelada fechados quinze dias antes, para US$ 1.974/tonelada (NZ$ 3.000) comercializando um volume 33,5% menor de leite em pó. Para muitos analistas isto não é uma surpresa considerando as recentes quedas na produção de leite, "embora os mercados futuros estejam com prognósticos positivos, o teste real teremos nos próximos quatro eventos", asseguram. (Infortambo/Tradução Livre: Terra Viva)
 
 

 

    

         

 


 

Porto Alegre, 26 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.093

 

    Secretário do Desenvolvimento do RS admite discutir novas alternativas
Encontro com o secretário de Desenvolvimento do RS
(Crédito: Divulgação /Sdect)

A articulação de diversos setores da agroindústria com as secretarias do Estado segue em busca de apoio para retirar o regime de urgência do PL 214, que reduz em 30% o percentual de apropriação de crédito presumido. Nesta quarta-feira (26/08), em mais uma tentativa de fortalecer a derrubada do projeto, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o vice Guilherme Portella e o secretário-executivo, Darlan Palharini, junto com outros dirigentes de setores produtivos do Estado e os deputados Elton Weber e Sérgio Turra, se reuniram com o secretário do Desenvolvimento, Fábio Branco. Segundo Branco, a Secretaria do Desenvolvimento se dispõe a colaborar para a manutenção e fortalecimento da cadeia agroindustrial do Estado. "Em conjunto, precisamos discutir com o governo novas alternativas", afirmou. 

No encontro, ele ainda destacou a importância da união entre as diferentes áreas em defesa de um objetivo único. "Se o Estado quisesse aprovar esse projeto, ele já o teria feito. Enquanto isso, temos que continuar a dialogar para encontrar alternativas que não prejudiquem a competitividade do setor".

Para o presidente do Sindilat, a sensibilização do secretário acerca da situação da indústria gaúcha é um importante passo para a retirada do regime de urgência do PL 214. "A partir do momento que ele entende que é necessário tempo para que possamos sentar e discutir com o governo, isso já é favorável. Mas nós precisamos de atitudes concretas. Retirar o regime de urgência é o primeiro passo", destacou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Leite spot sofre queda devido à retração no mercado de derivados

Levantamento do MilkPoint Mercado aponta que o preço do leite spot (o leite comercializado entre as indústrias) apresentou nova queda na segunda quinzena de agosto, com uma baixa de 4 centavos na Média Brasil ficando a R$1,09/litro. O cenário é o mesmo para quase todos os estados que compõem essa média, exceto Goiás, que apresentou estabilidade nos preços, na casa de R$1,15/litro. 

Em Minas Gerais, a queda foi a mais expressiva, de 4,1%, com o spot ficando na média em R$1,17/litro. Em Santa Catarina e no Paraná, a variação foi negativa de 3,5% e 3,6% respectivamente; e no Rio Grande do Sul, a baixa foi de 1,8%. Os negócios ocorreram em R$1,06/litro em Santa Catarina, R$1,07/litro no Paraná e R$0,96/litro no Rio Grande do Sul.

Gráfico 1 - Preços de leite spot em diversos estados (R$/litro)


 *Dados deflacionados pelo IGP-DI

Mesmo que a produção de leite no Sul tenha sido comprometida pelo excesso de chuvas e assim, os volumes produzidos tenham sido menores que o esperado nessa época do ano, os preços de derivados não deixaram de cair; as vendas de produtos tem recuado cada vez mais devido ao menor poder de compra do consumidor. Dados do MilkPoint Mercado apontam que, de julho até a 3ª semana de agosto, o leite UHT sofreu queda de cerca de 7%. (Milkpoint)

Portugal: queda no consumo e redução de 13% no preço do leite esmaga produtores

O preço do leite de vaca pago aos produtores caiu 13% em julho para cerca de 28,8 centavos de euro por litro, longe dos 33,3 centavos do ano passado. O fim das quotas leiteiras, em vigor desde Abril, provocou quedas consecutivas no preço em praticamente todos os países da União Europeia (19% de redução média em Julho), mas outros fatores também estão deixando os produtores alarmados.

Além do fim de um instrumento que vigorou durante 30 anos, e que serviu para eliminar os excedentes, os portugueses estão consumindo cada vez menos leite. A categoria de lacticínios, que inclui iogurtes e queijos, vem perdendo importância no carrinho de compras (menos 3% até Julho deste ano, face ao mesmo período de 2014 de acordo com dados da Nielsen) e nem a queda de preços nas prateleiras, também impulsionada pelas promoções, fez as vendas aumentarem.

Na quinta-feira passada (20/08), o Ministério da Agricultura esteve reunido com a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) para discutir "possíveis ações que ajudem a atenuar " os problemas dos produtores, detalha fonte do gabinete de Assunção Cristas. As medidas serão apresentadas "oportunamente", mas uma das hipóteses é a realização de uma campanha nacional para levar os portugueses a beber mais leite. Esta é, aliás, uma reivindicação dos produtores que, nas palavras de Carlos Neves, presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), se sentem abandonados pelos políticos europeus.

"Uma das coisas que já devia ter sido feita é a campanha. A opinião pública tem sido intoxicada por opiniões contra o leite e uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. As promoções não resolvem porque as pessoas bebem o leite mais barato, mas não bebem mais", defende.

No setor há relatos de encerramentos e abates de animais, atrasos de pagamentos e desespero. A Aprolep diz que a produção em Portugal "atravessa provavelmente a etapa mais difícil da sua história". "O preço pago aos produtores em média é de 28 centavos por litro mas há quem esteja recebendo 23 centavos. E nenhum destes valores compensa o custo estimado de 32 a 33 centavos por cada litro produzido", defende.

O cenário europeu é ainda agravado pelo embargo russo aos produtos lácteos. Carlos Neves diz que a Rússia comprava 30% da produção de queijo da UE e lembra que, mesmo em Portugal, o negócio das exportações também está a ser afetado com a descida do preço do petróleo em Angola, um importante cliente do setor. Para forçar a Comissão Europeia a adotar medidas para proteger a produção, a European Milk Board - que faz lobby em Bruxelas e representa 100.000 produtores - já marcou uma manifestação para 7 de Setembro, dia em que os ministros europeus da Agricultura se reúnem para discutir o tema.

"Mercado livre, oportunidades de exportação fantásticas, o leite que se quiser: todos conhecem estas palavras. Mas escondem uma política para o leite que está arruinando os produtores e a nossa agricultura. Nenhuma destas promessas se cumpriu. O resultado: preços batendo no fundo e encerramento das atividades por toda a Europa", diz a organização. A Aprolep também está organizando um protesto no mesmo dia em Portugal. "A capacidade negocial dos produtores depende da capacidade de fazer barulho", lamenta Carlos Neves, relembrando as manifestações na França onde os agricultores depositaram estrume e pneus à porta de supermercados. (As informações são do Público/PT)

Cálculo de preço do leite da Fonterra obtém aprovação da Comissão de Comércio da Nova Zelândia

O cálculo de preço do leite da Fonterra para a estação de 2014/15 obteve o selo de aprovação da Comissão de Comércio da Nova Zelândia. A Comissão publicou um relatório sobre esse cálculo, feito pela Fonterra. A Comissão de Comércio precisa avaliar todo ano o cálculo feito pela Fonterra para decidir o preço do leite de acordo com legislação do Ato de Reestruturação da Indústria de Lácteos (DIRA), que permitiu a fusão entre a New Zealand Cooperative Dairy e a Kiwi Cooperative Dairies formando a Fonterra em 2001.

A Fonterra terminou a estação de 2014/15 com um preço do leite de NZ$ 4,40 (US$ 2,89) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,36 (US$ 0,23) por quilo de leite. A Comissão de Comércio disse que os cálculos da Fonterra foram "muito consistentes com as propostas de eficiência e contestabilidade do DIRA".

"A Fonterra fez um esforço significativo para melhorar a transparência de seus cálculos e agora resolveu algumas questões pendentes do ano passado", disse a vice-presidente da Comissão de Comércio, Sue Begg. "Mais notavelmente, podemos concluir que sua energia assumida e custos de ativos fixos estão consistentes com as propostas do regime".

Um espaço para comentários sobre o relatório da Comissão de Comércio está aberto até 1 de setembro. O relatório final será publicado em 15 de setembro.

Em maio de 2014, a Fonterra anunciou um preço do leite de abertura da estação de 2014/15 de NZ$ 7 (US$ 4,60) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,58 (US$ 0,38)/kg de leite]. Em setembro de 2014, a Fonterra reduziu sua previsão para NZ$ 5,30 (US$ 3,48) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,44 (US$ 0,28)/kg de leite] e para NZ$ 4,70 (US$ 3,09) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,39 (US$ 0,25)/kg de leite] em dezembro de 2014.

A Fonterra reduziu mais ainda sua previsão para NZ$ 4,50 (US$ 2,96) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,37 (US$ 0,24)/kg de leite] em abril de 2015, reduzindo mais ainda, para NZ$ 4,40 (US$ 2,89) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,36 (US$ 0,23)/kg de leite].

A Fonterra anunciou um preço de abertura para a estação de 2015/16, que começou em 1 de junho, de NZ$ 5,25 (US$ 3,45) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,44 (US$ 0,28)/kg de leite]. A cooperativa, então, reduziu sua previsão para NZ$ 3,85 (US$ 2,53) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,32 (US$ 0,21)/kg de leite] devido ao desequilíbrio na oferta e demanda. (A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint)
 

Compras por impulso 
Ir ao supermercado e acabar comprando mais do que deveria é um hábito comum, seja porque o produto está mais barato, ou porque a pessoa não se planejou. O problema é que muitas vezes a compra é feita sem necessidade. Uma pesquisa conduzida pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 33,2% das compras feitas por impulso e sem planejamento acontecem no supermercado, seguidas das compras de roupas (19,2%) e de eletrônicos (13,2%). (Monitor Mercantil)