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Porto Alegre, 29 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.070

 

  Setor lácteo gaúcho recebe financiamento de R$ 89 milhões do BRDE

Sindilat/RS participou da solenidade de assinatura dos convênios, nesta segunda-feira, no Palácio Piratini

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, participou nesta segunda-feira (29) da assinatura de convênios no valor de R$ 89,3 milhões, junto ao BRDE. A solenidade contou com as presenças do governador José Ivo Sartori e do vice-presidente do BRDE, Odacir Klein. Os convênios irão beneficiar projetos de três cooperativas ligadas ao sindicato: Cooperativa Santa Clara, Languiru e Cooperativa Central Gaúcha (CCGL). "Juntas, essas três cooperativas representam mais de 20% do leite produzido anualmente no RS e mais de 100 anos de história e trabalho", destacou o dirigente. Hoje, o Rio Grande do Sul é responsável pela produção de 4,8 bilhões de litros de leite por ano.
 
De acordo com Guerra, é importante destacar o trabalho realizado pelas três empresas a fim de obter a linha de crédito, que permitirá a ampliação do setor. "É preciso pensar no crescimento contínuo da indústria de lácteos. Temos o controle de nossos produtos, metas definidas e tradição. São mais de mais de cem mil famílias envolvidas com esses convêm", destacou. Lembrou ainda que 13 milhões de litros de leite passam pelo Sindilat/RS "Podemos dizer, com certeza, que o RS produz o melhor leite do Brasil", destacou.   
O governador também foi enfático: "O leite gaúcho é um dos melhores do país e o RS é o segundo estado no ranking nacional de produção de leite", relatou. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
 
 
Estudo não foi principal motivo para deixar de buscar trabalho, sugere IBGE
A decisão de estudar foi menos relevante que o componente demográfico para explicar o aumento da população que decidiu não trabalhar nos últimos anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) tem perguntado aos entrevistados porque ele está fora do mercado de trabalho e entre 2012 e 2015 o percentual de pessoas que declarou como principal motivo o fato de "estar estudando" se alterou marginalmente, de 19% para 19,9% do total. O motivo que mais cresceu foi o de pessoas que se declararam muito jovens ou muito idosas para trabalhar ¬ aumento de quase 3 pontos percentuais. Para Naercio Aquino de Menezes Filho, professor e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, os dados mostram que os jovens não estão necessariamente parando de trabalhar para estudar e melhorar sua qualificação. "O argumento é que ele é muito jovem, não é pelo estudo", pondera ele.
 
Nos últimos anos, antes da crise atual, levantou-se o debate de que o aumento da renda familiar dos pais permitiu a um número maior de jovens parar de trabalhar para estudar e que esse movimento poderia ter um reflexo positivo para a produtividade, pois esse jovem voltaria ao mercado mais qualificado. Para Menezes Filho, a pesquisa reforça um cenário menos positivo. A renda dos pais, diz ele, pode ter ajudado o jovem que antes estava trabalhando a ficar em casa. "Antes, ele se achava jovem, mas mesmo assim ia trabalhar para ajudar a família. O motivo é a idade, não o estudo", pondera. Para ler a matéria na íntegra, acesse www.sindilat.com.br
 
 
 
Demanda de lácteos do Oriente Médio
Rasmus Malmbak Kjeldsen pode ser um executivo de uma companhia de lácteos europeia líder de mercado, mas ele também mantém um olho no preço do petróleo. O presidente da Arla Foods no Oriente Médio e África, que fica em Dubai, disse que a demanda de lácteos da região tem sido fortemente influenciada pelo preço do petróleo, que tem impulsionado ampla atividade econômica.
Com sua população em rápido crescimento e o crescimento nas rendas, os países no Oriente Médio e norte da África registraram uma rápida expansão de seus mercados de lácteos. "Muitos desses países são produtores de petróleo e durante os últimos quatro a cinco anos, temos visto um crescimento muito forte", disse ele.
A importância da região aumentou para grandes exportadores de lácteos, com o mercado internacional afetado pelas menores importações da China, enquanto enfrentam altos estoques e os preços dos lácteos em seu menor nível desde 2009.
Embora o comércio mundial de produtos lácteos tenha dobrado na última década, as importações do Oriente Médio triplicaram e as exportações para os cinco países na área de Maghreb aumentaram em 3,5 vezes, de acordo com dados do Centro Internacional de Comércio da Suíça.
Apesar de o crescimento não ter sido tão espetacular quanto foi na China, onde as importações aumentaram em 14 vezes no mesmo período, eles se tornaram importantes mercados para importantes exportadores, incluindo Nova Zelândia, Europa e Argentina.
Diferentemente da China e países do sudeste da Ásia, onde os produtos lácteos como leite e queijos são relativamente novos na dieta, a região do Oriente Médio e do norte da África têm tradição de consumir produtos lácteos, disseram analistas.Para ler a matéria na íntegre, acesse www.sindilat.com.br
 
 
 
Novas regras geram dúvidas
Mudanças nas regras do Suasa, previstas no decreto 8.471 e na Instrução Normativa (IN) 16, publicadas esta semana, preocupam médicos veterinários. Pelas novas regras, as agroindústrias de pequeno porte passarão a ter inspeção de cunho orientativo e não mais fiscalizatório. Os profissionais que atuam na inspeção reclamam que as informações não são claras. "Pelo que entendemos, tira uma série de exigências do produto artesanal", avalia a veterinária Andrea Troller Pinto, do Sindicato dos Veterinários do RS. A principal preocupação é com a qualidade dos alimentos. O chefe do Serviço de Inspeção dos Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura no RS, Leonardo Isolan, avalia que as novas regras vão facilitar a formalidade e comercialização de produtos da agricultura familiar. "As normas específicas serão editadas dentro de 90 dias, regulamentando a execução da atividade de fiscalização", comenta. (Correio do Povo)
 
 
 
Água 
A Castertech Fundição e Tecnologia, fabricante de peças fundidas das Empresas Randon, em Caxias do Sul, que aproveita águas da chuva captadas desde a fundação da empresa, em 2006, agora também capta do efluente tratado na Estação de Tratamento de Efluentes das Empresas Randon e usa nos processos industriais e em sanitários. O consumo médio mensal de água coletada da chuva é de 1.600 m3, e da reprocessada da ETE é de 2.600 m3, enquanto o de água tratada, que antes era usada nos processos de resfriamento, foi completamente eliminado, resultando em uma economia anual de R$ 220 mil. (Jornal do Comércio) 
 
 

 

    

 

 

         

 
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Porto Alegre, 26 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.069

 

  Importação de lácteos sobe 37% e já preocupa indústria

As importações brasileiras de lácteos cresceram 37% em volume nos primeiros cinco meses do ano na comparação com 2014 e esse cenário já afeta o dia a dia das empresas que atuam no segmento de leite em pó no Brasil. Isso porque o produto é o item mais representativo nas importações nacionais.

Conforme dados da Secex, compilados pela consultoria MilkPoint, de janeiro a maio, o Brasil importou 53.307 toneladas de lácteos, 37,1% acima das 38.873 toneladas de igual período em 2014. Uma fatia de 67,9% desse total se refere às importações de leite em pó, especialmente do produto utilizado como matéria-prima pela indústria de alimentos. As importações de lácteos custaram US$ 177,208 milhões, 4,7% mais do que no mesmo intervalo de 2014.
 
Quando os volumes são transformados em equivalente leite, o avanço das importações entre janeiro e maio deste ano é mais expressivo: de 73,4% na mesma comparação, para 425,378 milhões de litros, segundo os cálculos da MilkPoint.

Apesar da alta do dólar, que normalmente desestimularia as importações, as compras de lácteos no exterior avançam em decorrência da queda dos preços no mercado internacional. No último leilão quinzenal de lácteos realizado em 16 de junho pela plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência no mercado internacional, o leite em pó integral ficou em US$ 2.327 por tonelada. O valor é o menor desde janeiro deste ano e bem inferior ao recorde de US$ 5.245 por tonelada alcançado em abril de 2013, quando a demanda chinesa puxava os preços.

O resultado agora é que, mesmo com o dólar mais caro, o leite em pó importado chega ao Brasil com preços mais baixos do que o produto local. Enquanto o leite em pó destinado à indústria é negociado entre R$ 9,80 e R$ 9,90 o quilo no mercado doméstico, o importado chega pelo equivalente a R$ 9,20 (preços de maio), conforme levantamento da MilkPoint. "Está pressionando o mercado local", afirma Galan.

Outro efeito do aumento das importações é que algumas empresas que atuam no segmento de leite em pó estão tendo de buscar alternativas para driblar a concorrência com o produto importado. "As empresas começam a direcionar leite para fabricar outros produtos", acrescenta.
Um exemplo é a catarinense Coopercentral Aurora, que vende leite em pó fracionado para o varejo e também para o mercado institucional, isto é, indústrias de alimentos que utilizam o produto como matéria-prima.

De acordo com Leomar Somensi, diretor comercial da Aurora, o momento é mais favorável para o leite longa vida e para o queijo muçarela em termos de preços. Com isso, a empresa está reduzindo a secagem de leite para fabricar o produto em pó. Conforme levantamento da MilkPoint, o leite longa vida terminou a semana de 15 a 19 de junho em R$ 2,21 o litro, em média, no atacado, ante R$ 2,19 na semana anterior. A muçarela subiu para R$ 14,20 ante R$ 13,90 o quilo no período anterior.
Somensi afirma que esse desequilíbrio no mercado por conta da oferta de leite em pó importado acaba "segurando" os preços da matéria-prima. Normalmente, as cotações pagas ao produtor de leite estariam em alta, mas o mercado tem ficado estável, entre R$ 1,00 e R$ 1,10 o litro em Santa Catarina.
A mineira Itambé, joint venture entre a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) e a Vigor, também está produzindo mais leite longa vida neste momento de maior concorrência para o leite em pó. "Fizemos algum direcionamento do leite em pó para o longa vida, aproveitando o preço favorável [do UHT]", afirma Ricardo Cotta, diretor de relações institucionais da Itambé.

Ele observa, contudo, que a Itambé não tem sofrido tanto com a concorrência do leite em pó importado porque atua com força no segmento de produto destinado ao varejo, com marca, "o que garante estabilidade de preços". Além disso, o peso do leite em pó para o mercado institucional (indústria de alimentos) na receita da Itambé é pequeno, segundo Cota. "Em nossa estratégia de agregação de valor, temos um posicionamento forte de marca do leite em pó no mercado do Nordeste", acrescenta. A região é um dos principais mercados para a categoria no Brasil. (Valor Econômico)

 
 
 
Diretoria da Anvisa aprova regulamento sobre rotulagem de alergênicos
 
A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta quarta-feira (24/6), a Resolução que trata dos requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. A norma deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
 
Segundo o regulamento - que abrange alimentos e bebidas - os rótulos deverão informar a existência de 17 (dezessete) alimentos: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas) ; Crustáceos; Ovos; Peixes; Amendoim; Soja; Leite de todos os mamíferos; Amêndoa; Avelã; Castanha de caju; Castanha do Pará; Macadâmia; Nozes; Pecã; Pistaches; Pinoli; Castanhas, além de látex natural.
Com isso, os derivados desses produtos devem trazer a informação: "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) ", "Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) " ou "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados".
Já nos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada dos alimentos (que é a presença de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, como no caso de produção ou manipulação), o rótulo deve constara declaração "Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) ".
Essas advertências, segundo a norma, devem estar agrupadas imediatamente após ou logo abaixo da lista de ingredientes e com caracteres legíveis, em caixa alta, negrito e cor contrastante com o fundo do rótulo.
Os fabricantes terão 12 (doze) meses para adequar as embalagens. Os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim de seu prazo de validade. (Anvisa)
 
 
 
EUA: produção de leite alcançou nova marca em maio
Maio desse ano foi provavelmente o mês mais produtivo para o rebanho leiteiro dos Estados Unidos na história. A produção de maio de 2015 foi estimada em 8,32 bilhões de quilos, 1,4% a mais que em maio de 2014, de acordo com o relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 18 de junho. A produção mensal de leite dos Estados Unidos tinha anteriormente alcançado o volume máximo de 8,16 bilhões de quilos em março de 2015 e maio de 2014.

O número de vacas leiteiras nos Estados Unidos foi estimado em 9,31 milhões de cabeças em maio de 2015, 58.000 cabeças a mais que em maio de 2014, e 3.000 cabeças a mais do que em abril de 2015. A produção mensal de leite por vaca ficou em média em 894,03 quilos em maio, 6,80 quilos a mais que em maio de 2014.

A produção de leite nos 23 estados de maior produção em maio foi estimada em 7,79 bilhões de quilos, 1,4% a mais que no ano anterior. A produção revisada de abril, de 7,54 bilhões de quilos, aumentou em 1,8% com relação a abril de 2014, e representou um aumento de 1,36 milhão de libras com relação à estimativa de produção do mês passado.
A produção de leite em maio com relação ao ano anterior declinou em Arizona, Califórnia, Novo México, Oregon e Texas, mas isso foi mais que compensado por ganhos em outros locais. Em uma base de porcentagem, os maiores ganhos foram em Dakota do Sul, Illinois, Iowa, Kansas e Wisconsin.
O número de vacas leiteiras nos 23 estados de maior produção foi estimado em 8,630 milhões de cabeças, 72.000 cabeças a mais que em maio de 2014 e 4.000 cabeças a mais do que em abril de 2015.
Reação do mercado
O analista de mercado do Rice Dairy, Jerry Dryer, disse que a produção total foi menor do que sua expectativa. O provável responsável por isso, disse ele, foi o menor aumento na produção de leite por vaca, em parte devido à menor qualidade da forragem e às menores receitas sobre os custos dos alimentos animais, que pode estar forçando os produtores a gastar menos em suplementos de ração.
Dryer disse que os números de vacas continuam aumentando e agora estão os maiores desde janeiro de 2009. À medida que os números de vaca e a produção por vaca continuam sendo construídas, há mais leite a caminho, disse ele.
Dave Kurzawski, da FCStone, e Eric Meyer, da HighGround Dairy, disseram que o relatório foi neutro com relação às suas expectativas. Segundo Kurzawski, a menor produção de leite por vaca do que o esperado compensou a maior produção de leite por vaca esperada, de forma que, embora a produção total de leite tenha sido menor do que suas estimativas, o relatório como um todo parece equilibrado.
Kurzawski disse que as estimativas não colocam peso adicional sobre os mercados, apesar da recente atividade de preços não parecer ter sido direcionada pela produção de leite de qualquer maneira.
Um aspecto interessante do relatório, disse ele, é que as variações regionais na produção de leite continuam sendo causadas por fatores ambientais, mais do que econômicos. A produção de leite por vaca está sob pressão à medida que a qualidade dos alimentos animais e o clima em certas regiões (chuvas no Texas e condições de seca na Califórnia e no Noroeste do Pacífico) criam algumas situações desafiadoras de produção. Isso não deverá mudar nos próximos meses. Em contraste, o clima em maio foi muito bom no leste do Rio Mississippi. No momento, o clima é fator decisivo para a produção de leite. (MilkPoint) 
 
 
 
Agricultura 
A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul completa 80 anos nesta sexta-feira. Responsável pelas políticas públicas de auxílio institucional e técnico a produtores, o órgão tem a missão de certificar e fiscalizar atividades agropecuárias e promover eventos. (Jornal do Comércio) 
 
 

 

         

 

Porto Alegre, 25 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.068

 

  Em dia de lançamento de Plano de Exportações, leite importado produz nova dor de cabeça para o governo
 
Números considerados alarmantes de compra no exterior de produtos lácteos provoca atrito
Assim que lançou, nesta quarta-feira (24), o Plano Nacional de Exportações por meio do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), o governo federal vê na escalada das importações de leite pelo Brasil verificada nos primeiros cinco meses do ano o surgimento de mais um problema nas relações com o Congresso Nacional.
Deputados de vários partidos ameaçam convocar ministros e pedir explicações sobre o fenômeno, que acontece ao mesmo tempo em que as exportações dos produtos lácteos despencam. 
Segundo dados do Sindicato dos Produtores de Leite do Rio Grande do Sul, em 2015 o Brasil já importou 52 milhões de quilos de produtos lácteos (leite in natura e em pó), 14 milhões a mais do que no mesmo período do ano passado.
Já as exportações caíram 41% no mesmo período, ou seja, 22 milhões de quilos. O saldo negativo, de 29 milhões, representa a produção de 33 dias de leite provenientes das vacas gaúchas. Para o deputado Domingos Sávio (PSDB¬MG), há uma exagerada importação dos produtos. O parlamentar, oriundo do Estado que é o maior produtor de leite do País, articula a criação da Frente Parlamentar em Apoio aos Produtores de Leite e pediu, junto com colegas do PP e do DEM, a realização de uma reunião conjunta de produtores e deputados com os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, das Relações Exteriores, Mauro Viera e do MDIC, Armando Monteiro. A primeira agenda da Frente é cobrar explicações do governo para o problema.
Já as exportações caíram 41% no mesmo período, ou seja, 22 milhões de quilos. O saldo negativo, de 29 milhões, representa a produção de 33 dias de leite provenientes das vacas gaúchas. 
Para o deputado Domingos Sávio (PSDB¬MG), há uma exagerada importação dos produtos. O parlamentar, oriundo do Estado que é o maior produtor de leite do País, articula a criação da Frente Parlamentar em Apoio aos Produtores de Leite e pediu, junto com colegas do PP e do DEM, a realização de uma reunião conjunta de produtores e deputados com os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, das Relações Exteriores, Mauro Viera e do MDIC, Armando Monteiro. A primeira agenda da Frente é cobrar explicações do governo para o problema.
O Plano Nacional de Exportações, apresentado em cerimônia no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff, unifica as ações e estratégias do governo para ampliar as exportações, consideradas tímidas e desorganizadas. Enquanto o Plano era lançado, a Comissão de Agricultura da Câmara aprovava requerimento de autoria do deputado Luis Carlos Heinze (PP¬RS) para o envio de documentação aos ministros da Agricultura e do MDIC com dados da importação e exportação de leite. 
- Queremos que eles [os ministros] tomem ciência do que está ocorrendo e que ameaça a empregabilidade no campo. Vamos provocar providências para deter as importações, cujo volume está chegando ao limite estabelecido pela regulação do setor.
Para deputados da Comissão de Agricultura, há uma contradição entre o discurso da presidente Dilma no encerramento da cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Exportações e a realidade. O deputado Onix Lorenzoni (DEM¬RS) pediu ao governo olhos mais atentos aos produtores de leite brasileiros.
¬ A presidente afirmou que há o equivalente a 32 Brasis fora do nosso País que podem ser alcançados por meio de exportações. Seria bom, portanto, que ela olhasse para o problema de um produto que distribui renda e do qual dependem milhares de famílias no interior dos Estados produtores e que estão sofrendo não por não poder exportar, mas por sofrer o desajuste da importação
A importação de leite sem a contrapartida na exportação de lácteos vai provocar uma oferta muito grande do produto no país e a queda no preço principalmente junto aos atacadistas. Essa é a avaliação de produtores de leite do Rio Grande do Sul, o segundo maior exportador do país. Para eles, a falta de ação do governo para equilibrar a balança dos lácteos prejudicará principalmente o produtor rural.
O assunto é o mais novo ponto de atrito do governo no Congresso Nacional onde deputados de vários partidos querem ouvir três ministros para que eles expliquem a política adotada para o setor, que segundo eles, está premiando produtores de países vizinhos e prejudicando os nacionais. Os números ruins do leite foram divulgados no dia em que a presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Exportação, a fim de incrementar a venda de produtos nacionais para o exterior.
O presidente do Sindilat (Sindicato dos Produtores do Rio Grande do Sul), Alexandre Guerra, explicou que o setor caminha "para um ano muito ruim para o setor industrial lácteo e consequentemente para os produtores de leite. Estamos falando em mais de 1 milhão de famílias"
Para os produtores, o resultado negativo na balança comercial de lácteos provavelmente não irá contribuir para a queda da inflação e sim para uma queda da renda no campo com menor movimento financeiro nos municípios, que, por sua vez, terão a arrecadação comprometida.
O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo e em 2014 consumiu cerca de 13 milhões de quilos de queijo e outros 6,6 milhões de litros de leite do tipo longa vida. Cada brasileiro bebe em média 178 litros por ano, consumo abaixo dos uruguaios e argentinos. (Portal R7) 
 
 
 
Governo lança medidas para facilitar exportações
A presidente Dilma Rousseff deu vitória à ala desenvolvimentista do governo na queda de braço travada com a equipe econômica, nas últimas semanas, em torno do plano de estímulo às exportações. No quarto pacote econômico desde o início de junho, Dilma anunciou ontem que manterá intacto ¬ em R$ 1,5 bilhão ¬ o orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para o Proex Equalização, que prevê um aumento de 30% sobre a dotação do ano passado e vinha sofrendo ameaças de corte pelo Ministério da Fazenda. O programa dá aos exportadores condições de financiamento equivalentes às praticadas no mercado internacional.
"Mesmo em um momento de ajuste, vamos dar atenção especial ao Proex Equalização", afirmou a presidente, durante a cerimônia de anúncio do Plano Nacional de Exportações, no Palácio do Planalto. "Garantiremos o atendimento integral das demandas já apresentadas e projetadas até o final de 2015", disse Dilma.
O esforço faz parte da agenda positiva que o governo desenhou para enfrentar a crise econômica e política. Outros três pacotes ¬ o de concessões de infraestrutura, o de financiamento da safra agrícola e o de agricultura familiar ¬ já haviam sido lançados neste mês.
 
Entre as medidas anunciadas, no entanto, há decisões que já estavam tomadas desde o início do ano, como é o caso do Reintegra, e outras que são promessas futuras, como a devolução acelerada de créditos tributários aos exportadores. O Portal Único de comércio exterior, que consta como um dos cinco eixos do plano, existe desde o ano passado e está em processo de implementação. Para ler a matéria na íntegra, acesse www.sindilat.com.br
 
 
 
IBGE: captação de leite pela indústria cai 1,0% frente ao 1º trimestre de 2014

O IBGE liberou nessa quinta-feira (25/06) os resultados do 1º trimestre de 2015 das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais; Trimestral do Leite; Trimestral do Couro e Produção de Ovos de Galinha.

Segundo o Instituto, a aquisição de leite cru foi de 6,128 bilhões de litros, queda de 6,2% com relação ao 4º trimestre de 2014 e de 1,0% com relação ao 1º trimestre de 2014. A aquisição de unidades de couro cru inteiro de bovino foi de 8,111 milhões, com quedas de 7,7% sobre o trimestre anterior e 11,9% sobre o 1º trimestre de 2014.
Regionalmente, na comparação entre os primeiros trimestres de 2015/2014, a redução de 60,959 milhões de litros de leite teve como destaque as quedas em: Goiás (-44,500 milhões de litros), Minas Gerais (-23,041 milhões de litros), São Paulo (-19,141 milhões de litros) e Pará (-18,142 milhões de litros). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em outras unidades da federação, com destaque aos incrementos ocorridos em Santa Catarina (+50,098 milhões de litros), Paraná (+22,275 milhões de litros) e Mato Grosso do Sul (+11,091 milhões de litros). No ranking nacional da aquisição de leite, Minas Gerais segue na liderança, seguida por Rio Grande do Sul e Paraná.
Em termos estruturais, mais de 90% do leite captado no 1º trimestre de 2015 foi processado por laticínios que receberam mais de 1 milhão de litros de leite no trimestre, representados por menos de 1/3 das industrias lácteas que possuem registro em algum serviço de inspeção sanitária. Para ler a matéria na íntegra, acesse www.sindilat.com.br
 
Congresso reúne 1,1 mil pessoas 
A importância do volumoso na dieta de vacas leiteiras foi um dos assuntos abordados ontem, durante o último dia do 12˚ Simpósio do Leite de Erechim. O professor João Ricardo Pereira, da UEPG, destacou que durante os períodos de transição de inverno/ verão e verão/inverno, não há pastagens em quantidade e qualidade suficientes para manter a produção leiteira, razão pela qual é necessário conservar forragem. O evento reuniu 1,1 mil pessoas. (Correio Do Povo) 
 
 

 

    

 

         

 

 

Porto Alegre, 24 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.067

 

  Presidente do Sindilat/RS faz balanço do setor no Simpósio do Leite

Evento ocorreu nesta terça e quarta-feira, em Erechim 

O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, esteve nesta terça-feira em Erechim para participar da programação do Simpósio do Leite, no Parque da Accie. Em fórum de debates com representantes do setor, Guerra falou sobre os gargalos e as oportunidades do setor lácteo gaúcho e brasileiro. "Precisamos cobrar dos governos condições de estradas, energia elétrica e linhas de crédito para a melhoria da produtividade rural", destacou o dirigente. 

Guerra lembrou que, nos próximos dez anos, o país terá uma demanda de 36% a mais de alimentos, sendo necessária a adequação a um novo mercado, atendendo assim um público mais exigente e preocupado com questões como saúde, bem estar e sustentabilidade. Entre as necessidades do setor, enfatizou o controle da importação e a abertura de novos mercados, além da necessidade de valorização do produto gaúcho por parte do governo do Estado.

O presidente do Sindilat abordou ainda as ações das indústrias referentes ao controle e à rastreabilidade da matéria-prima, além da necessidade de manutenção dos créditos presumidos em 100% para não tirar a competitividade da indústria gaúcha. "Foi um importante debate para valorizar a qualidade do leite gaúcho, além de um espaço para a discussão de políticas de desenvolvimento do setor", destacou o dirigente. 

O debate contou com as presenças do presidente da Câmara Setorial do leite no Ministério da Agricultura, Rodrigo Alvim, do deputado Alceu Moreira e do diretor técnico do Senar, João Telles. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)

 
 
Sem moeda podre no caixa
Será agora questão de tempo de regulamentação. Ou seja, para ter efeito prático, à medida que permite às indústrias de leite recuperar crédito presumido (a chamada monetização do crédito) acumulado desde 2010, depende só das regras que, espera-se, não demorem anos para sair. Longa batalha do setor, a possibilidade de resgatar, em dinheiro, os créditos acumulados, é uma mudança trazida com a sanção da medida provisória 668. Na visão dos defensores do projeto, é um mecanismo importante para que as empresas tenham fôlego financeiro. Autor da emenda original, o deputado federal Jerônimo Goergen (PPRS) avalia que esse recurso poderia ter ajudado a salvar muitas indústrias que, ao falirem ou entrarem em recuperação judicial, trouxeram prejuízo também para os produtores de leite:
- Esse crédito dá um capital de giro. A LBR (empresa atualmente em recuperação judicial) tinha, até 2013, cerca de R$ 500 milhões em haver.
Na prática, as operações de aquisição da matéria-prima geravam crédito presumido para as indústrias (de PIS/Cofins calculado sobre 60% do valor total da compra). Essa quantia, explica o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (SINDILAT/RS), Darlan Palharini, era computada no balanço, mas não entrava de fato no caixa. Por isso era chamada de moeda podre
Na negociação para a emenda da medida provisória, reduziu-se o percentual de cálculo de 60% para 50%. Os laticínios também terão de fazer uma contrapartida, aplicando no mínimo 5% dos recursos para ações de assistência técnica.
- Vejo como uma vitória do setor. E irá fomentar a assistência técnica - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindilat/RS.
A entidade deverá fazer levantamento do quanto as empresas gaúchas teriam a receber de 2010 para cá. Outro ponto importante da medida é que, a partir de agora, as cooperativas também poderão fazer esse resgate.
Caberá aos ministérios da Fazenda e da Agricultura a tarefa de regulamentar. Para o setor, quanto antes sair, melhor. (Zero Hora) 

Entidades unem-se contra PL
Com o objetivo de unir forças pela rejeição do PL 863/15, que retira benefícios fiscais concedidos em 2011 a empresas de 56 setores da economia nacional, executivos da ABPA, Sindipeças e Abimaq se reuniram, ontem, em São Paulo. Com previsão de votação na quinta-feira, o PL altera de 1% para 2,5% a alíquota de contribuição previdenciária sobre a receita bruta das empresas. Conforme o coordenador institucional da Frente Parlamentar Agropecuária da Câmara, Jerônimo Goergen, os setores representados temem que a mudança agrave a crise econômica. "Na origem, seriam apenas 12 os setores beneficiados. Aí o governo foi cedendo e o benefício acabou estendido a 56. Agora querem reonerar, mas esse não é o momento. Vai gerar demissões em massa e comprometer a economia", afirmou Goergen.  O presidente da ABPA, Francisco Turra, cobrou um estudo sério, que não beneficie quem não merece nem castigue setores que estão dando resultado. (Correio do Povo) 
 

 
Emenda beneficia educação rural
Uma emenda ao PL 287/2014, que institui o Plano Estadual de Educação, deverá beneficiar a educação no campo. O texto, de autoria do deputado Elton Weber, garante a implantação, em regime de colaboração, entre Estado e municípios, de ações que adotem a pedagogia de alternância e a interdisciplinaridade, viabilizando convênios e parcerias com Associações de Casas Familiares Rurais e Escola Agrícola, com vista à formação de agricultores familiares. O Estado tem hoje dez Efas e Casas Rurais. (Correio do Povo) 

 

Schroeder no Mapa
O nome do interventor Roberto Schroeder foi confirmado pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, como novo superintendente da pasta no Rio Grande do Sul. A informação foi dada à delegada da Anffa no RS, Consuelo Paixão Côrtes. (Correio do Povo) 
 
 

         

 


 

Porto Alegre, 23 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.066

 

  Competitividade em discussão

Começa hoje, no Parque da Accie, em Erechim, o Simpósio do Leite. A programação segue até amanhã. Cerca de 1,2 mil pessoas são aguardadas para o evento, que é promovido pela Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai (Amevau). O primeiro dia da programação será dedicado à 4ª Mostra de Trabalhos Científicos e ao 6˚ Fórum Nacional de lácteos, que ocorrem paralelamente. O fórum, que se inicia às 13h30min, irá contar com um debate sobre a competitividade do leite no Brasil.

Amanhã serão abordados estratégias de tratamento a zoonoses e o planejamento da atividade leiteira, entre outros temas. O evento é voltado a produtores, técnicos, estudantes e demais pessoas ligadas à bovinocultura de leite. Inscrições podem ser feitas no local do simpósio. (Correio do Povo)

 
 
FAO diz que Brasil cumpriu metas de combate à fome e, ao final de 2015, subnutrição será de apenas 5% da população 

O Brasil cumpriu todas as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no programa de combate à fome no país. De acordo com o documento "O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo" (SOFI), o país possuía no ano 2000, no início do século XXI, 11,2% de sua população subnutrida. Já as projeções para 2015 mudam completamente o quadro: a expectativa é que ao final deste ano esse percentual caia para um índice inferior a 5% da população total, mostrando a redução da fome no país nos últimos 15 anos.

Os dados da FAO estão na edição deste mês do Boletim do Agronegócio Internacional, elaborado pela Superintendência de Relações Internacionais (SRI) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com o documento, um dos motivos da redução no número de pessoas que passam fome no Brasil foi "o aumento da participação das mulheres na força de trabalho", contribuindo para a melhoria da renda das famílias, especialmente no Nordeste brasileiro.

O documento da FAO avalia os progressos ocorridos no combate à fome para cada região do País e no mundo, desde 1990. A conclusão foi que o compromisso de reduzir pela metade o número de pessoas afetadas pela fome foi atingido pela maioria dos países analisados. Assim, é que a fome, sempre segundo o estudo, foi reduzida de forma significativa na Ásia Central, Oriental e no Sudeste Asiático, assim como na América Latina, onde o Brasil foi destaque. (Terra Viva)

 
 
EUA: aumenta consumo de manteiga e diminui o consumo de gordura trans
 
O americano médio consumiu 2,49 quilos de manteiga em 2013. Isso é 22,2% maior do que o consumo de manteiga per capita no começo do século, de acordo com dados do Serviço de Pesquisas Econômicas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ERA/USDA). O USDA ainda não publicou estimativas de consumo desde 2013, mas esse deve ter permanecido forte. A combinação do crescimento populacional e o aumento do consumo per capita resultou em um aumento anual na demanda doméstica de manteiga de 2,5%, em média, de 2000 a 2013.
O crescimento no consumo acelerou nos últimos anos à medida que a manteiga ganhou popularidade como uma gordura mais natural. Anteriormente vista como uma fonte mais barata e mais saudável de gordura do que a manteiga, a gordura trans, derivada de óleos parcialmente hidrogenados, perdeu popularidade. O Instituto de Medicina dos Estados Unidos descobriu em 2002 que "não há nível saudável de ácidos graxos trans e que as pessoas deveriam comer o mínimo possível desse alimento".
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) estima que o consumo de gorduras trans caiu em quase 80% entre 2003 e 2012. Desde 2006, o FDA solicitou que as companhias de alimentos reportassem o teor de gordura trans nos rótulos dos alimentos. Na semana passada, o FDA deu mais um passo, tirando das gorduras trans seu status de "reconhecida como segura de forma geral" e, dando às companhias, três anos para remover os óleos parcialmente hidrogenados dos alimentos.
O consumo per capita de manteiga ficou em seu maior nível em 40 anos. À medida que a indústria de alimentos remove gradativamente os óleos parcialmente hidrogenados e os americanos continuam a evitar a margarina, a demanda por manteiga deverá continuar aumentando. Com a alternativa mais barata fora da mesa, as companhias de alimentos terão menos oportunidades para alterar suas receitas para evitar manteigas e outras gorduras naturais, como canola e óleo de oliva. Isso sugere que a demanda por manteiga será mais inelástica, ou menos provável de declinar à medida que os preços aumentem. O potencial para uma demanda mais forte e menos elasticidade pode significar preços da manteiga maiores do que sua norma histórica.
 
  
Hoje, o Rio Grande do Sul tem o leite mais fiscalizado e de melhor qualidade do país. Esperamos que o consumidor considere isso. Quem quer se consolidar atua com seriedade e não se importa que sejam feitas fiscalizações. (Alexandre Guerra - Presidente SINDILAT/RS - Para Zero Hora)
 

         

 

Porto Alegre, 22 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.065

 

 Indústria láctea gaúcha é ética e séria, afirma Guerra 
Depois de oito etapas da Operação Leite Compensado nos últimos dois anos, a semana passada marcou a chegada, também, dos derivados lácteos às fraudes descobertas na cadeia láctea gaúcha. O esquema de adulteração e sonegação fiscal na produção de queijos pela Laticínios Progresso, de Três de Maio, desmantelado na última terça-feira, 16, pelo Ministério Público (MP) e que se soma ao cenário de desconfiança dos consumidores com o segmento, também repercute mal, evidentemente, com os representantes do setor.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, a indústria gaúcha segue princípios éticos, investe em tecnologia para barrar falhas e teria, hoje, um dos melhores índices de conformidade do País. "São fatos isolados e que devem ser tratados, também, de maneira isolada, sem generalizar", argumenta o dirigente da entidade que responde, por meio das médias e grandes indústrias, a quase 90% da produção de laticínios do Estado. 
 
Para ler na íntegra a entrevista do presidente ao Jornal do Comércio, clique aqui.
 
 
 
Sindilat-RS e Embrapa discutem parceria para viabilizar Vitrine do Leite no RS
Projeto voltado ao público infantil já é desenvolvido pela Embrapa em Juiz de Fora (MG)
 
Representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat-RS) e do Núcleo Sul da Embrapa Gado de Leite discutiram nesta segunda-feira parceria para viabilizar o projeto da Vitrine do Leite no RS. A iniciativa já implantada pela Embrapa em Juiz de Fora (MG) foi apresentada pelo responsável do Núcleo, Rogério Dereti, e tem como foco o público infantil até 9-10 anos. "É uma forma de as crianças entenderem como funciona todo o processo, desde o campo até a sua chegada à mesa das famílias", destaca Dereti.
 A proposta é que a Vitrine do Leite seja um projeto de apoio didático itinerante e esteja presente nas principais feiras do setor, a começar pela Expointer 2015. "A criança é formadora de opinião e acaba levando toda essa informação para seus pais e parentes", destaca o secretário executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini. A ideia é que o convênio envolva não apenas o trabalho junto ao público infantil, mas também junto aos produtores, através de ações como qualificação profissional. "Precisamos resgatar a importância do produtor de leite, a pessoa que está por trás desse processo", acrescenta Palharini.
A discussão fez parte da reunião do Comitê Técnico Operacional da Pecuária Leiteira, ocorrida na sede do Sindilat-RS, em Porto Alegre, e contou com representantes da Farsul (Federação da Agricultura do RS), Fetag  (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS), Secretaria da Agricultura e Pecuária e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Nos próximos dias, representantes do comitê deverão ir a Juiz de Fora conhecer in loco a Vitrine do Leite desenvolvida pela Embrapa. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
 
 
 
Sem medo dos grandes
 
Uma cooperativa de Nova Petrópolis, na serra gaúcha, deixa para trás gigantes como Nestlé, Danone e JBS (Vigor). Líder de mercado nos segmentos de produtos fermentados e bebidas lácteas, a Piá faturou R$ 663 milhões em 2014 e projeta crescer ao menos 15% neste ano marcado pela crise. É um desafio, admite o presidente da cooperativa, Gilberto Kny. Pondera que não se trata de ignorar o cenário difícil, mas de não se retrair frente ao quadro:

- Em época de fragilização da economia, em vez de recuar, precisamos progredir ainda com mais força, criando oportunidades.

LOGÍSTICA COMPLEXA

Uma das estratégias da Piá para crescer é aumentar sua presença em São Paulo. A marca estreou nesse mercado no ano passado e quer mais. Como vende produtos que exigem refrigeração, tem uma dificuldade logística extra.

- Da produção até o cliente, não pode passar mais de cinco dias, são produtos com vida útil de 45 a 70 dias. Nos últimos anos, investimos muito em câmaras frias - relata Kny.

TECNOLOGIA À MESA

Uma das apostas recentes da Piá são produtos sem lactose, para pessoas com intolerância. Kny explica que nada é retirado do leite. A tecnologia permite fazer, na indústria, o que um organismo saudável faria: separar a glicose da galactose e mantê-las, desdobradas, no produto.

- Isso dá um novo alento ao consumidor de laticínios. Vamos oferecer uma linha completa, de leite pasteurizado, iogurte e até nata até o final do ano.

A OUTRA CRISE

A projeção de forte crescimento é um desafio extra para quem tem outra crise para administrar, além da econômica. Há mais de um ano marcado por operações que expuseram fraudes no mercado de lácteos, garantir qualidade é crucial para manter o mercado. Segundo Kny, ajuda o fato de os produtores associados serem os donos da Piá.

- Fazemos 100 mil exames de laboratório por mês antes de todas as atividades industriais.

NOVIDADES DE ROTINA

O segmento de iogurtes e bebidas lácteas é conhecido por ser o que mais lança produtos no mundo, observa Tiago Haugg, gerente de marketing da Piá. No ano passado, foram 30 produtos novos. Neste, serão mais 22.

- Fazemos gestão do mix. Às vezes substituímos produtos, mas o consumidor espera novidades, e temos de atender a essa expectativa - explica Tiago.

 
 
 
 
Entidades preparam cobranças a ministra 

Kátia Abreu estará na Capital hoje para detalhar o Plano Safra 2015/2016

Representantes do setor agropecuário pretendem aproveitar a vinda da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a Porto Alegre, hoje, para reforçar pleitos antigos. As principais reivindicações estão relacionadas ao Plano Safra 2015/2016, tema que Kátia irá abordar durante audiência da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, com início às 15h no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. 

A Fecoagro, conforme o presidente Paulo Pires, quer aproveitar a oportunidade para reforçar a pressão para que os recursos previstos no Plano Safra cheguem aos produtores. Também é intenção da federação obter esclarecimentos sobre os mecanismos de comercialização. Entre esses mecanismos está o Programa de Garantia do Preço Mínimo (PGPM), "que não está claro no plano", segundo Pires, que também cobra melhorias no seguro agrícola, em que ele relata não ter havido evolução, e no Proagro. 

O Simers pedirá, novamente, agilidade na liberação de verbas dos bancos "porque sempre que é lançado o Plano Safra demora em torno de um mês e meio para liberação dos recursos", explica o presidente Cláudio  Bier. De acordo com ele, o pedido de agilização se deve às dificuldades enfrentadas pelo setor. 

Conforme o diretor da Farsul Francisco Schardong, a entidade quer ouvir o que a ministra tem a dizer. Como Kátia Abreu já tem as reivindicações do setor arrozeiro, Schardong acredita que ela deverá anunciar o custo de produção e o preço mínimo do arroz, calculados pela Conab. Conforme a senadora Ana Amélia Lemos, que preside a Comissão de Agricultura do Senado, a ministra abordará os recursos para custeio e investimentos previstos no Plano Safra e os produtores rurais poderão aproveitar para expor os problemas que estão enfrentando e falar da defasagem entre custo de produção das lavouras de arroz e o preço mínimo. O Plano Safra 2015/2016 foi lançado no dia 2 de junho pelo governo federal, com um volume total de recursos de R$ 187,7 e taxas de juros entre 7% e 8,75%. 

Após a audiência, Kátia Abreu vai acompanhar a assinatura do decreto com as regras relativas ao Bioma Pampa, às 17h30min, no Palácio Piratini. O texto visa a eliminar dificuldades encontradas por produtores no preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

 
 
 
O Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 será lançado hoje, às 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília. O montante de recursos destinado ao setor já foi confirmado pela presidente Dilma Rousseff, e deverá ficar em torno de 20%. Na ocasião, serão conhecidos também os novos critérios dos Seguros da Agricultura Familiar (Seaf) e do Programa Garantia-Safra. Há a expectativa de que seja oficializada a criação da Anater e que seja anunciada medida de apoio ao preenchimento do CAR. 
 
 

         

 

Porto Alegre, 15 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.060

 

Com a palavra, os especialistas

Caberá a um grupo de 25 especialistas, do Brasil e do exterior, analisar informações do levantamento das áreas de risco de febre aftosa no Rio Grande do Sul. Com os nomes ainda mantidos em sigilo, estão entre eles veterinários, servidores públicos e pecuaristas, que irão responder a um questionário durante a segunda quinzena de junho. O relatório final, a ser entregue até o começo de 2016 para o governo gaúcho, irá embasar a decisão do Estado de optar ou não pela retirada da vacinação contra a doença.

"Eles vão avaliar as variáveis que fazem parte do modelo de risco, dizer se elas estão adequadas e qual o peso de cada uma", explica Diego Viali dos Santos, fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura e um dos coordenadores da pesquisa, realizada a pedido do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Os nomes foram escolhidos por uma técnica conhecida como snowball (em português, bola de neve).

Ou seja, um grupo de especialistas seleciona outros nomes, baseado em uma série de requisitos. De acordo com Santos, trata-se de um corpo heterogêneo, com integrantes do Rio Grande do Sul e de outros estados, assim como do Uruguai e da Argentina.
 

O grupo terá a missão de avaliar um conjunto de 60 variáveis, já elencadas, que podem indicar se uma região corre o risco de apresentar um foco da doença. Entre as principais, estão a densidade de bovinos, de suínos, distância da fronteira e movimentação de animais. Caberá ao grupo técnico conferir o devido peso a cada variável. Uma espécie de "média" com a opinião dos especialistas irá constar no relatório final.

Conforme Santos, o objetivo do estudo é colocar à disposição do Estado uma ferramenta que poderá justificar a decisão sobre o futuro da vacinação, apontando as regiões onde é necessário fortalecer as ações de defesa sanitária. Para acessar a matéria na íntegra, clique aqui.

 
 
 
Avanço em bloco ainda distante

Embora esteja em discussão pelos estados que compõem o Codesul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul), o encaminhamento de um avanço sanitário em conjunto é visto como difícil de ser alcançado segundo o secretário de Agricultura do RS, Ernani Polo, que nesta semana discutiu o tema com seus colegas que compõem o Conselho. "Cada um tem situações e realidades diferentes, talvez não seja possível", considera. Os quatro estados, porém, trabalham na elaboração de um diagnóstico sobre a situação da defesa sanitária em cada território. O resultado será apresentado em 90 dias. Coordenador da Comissão de Agricultura do Codesul, Polo afirma que também seria importante que o Ministério da Agricultura envolvesse Uruguai e Argentina na discussão sobre a defesa sanitária, para analisar com estes dois países o possível avanço no status.

Para o veterinário Luiz Alberto Pitta Pinheiro, assessor técnico da Farsul, a análise de risco em andamento deve contemplar toda a região, o que não significa que todos os estados devem tomar posição no mesmo momento. Ele ressalta ainda que a mudança no status altera o trânsito de animais, já que na região que suspende a vacina não poderão mais entrar animais vacinados. "Por outro lado, o setor da suinocultura tem restrições de mercado pelo uso da vacina nos bovinos", pondera. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui

 
 
Auditoria em meio a controvérsia

Se no Rio Grande do Sul a decisão sobre a retirada da vacina ainda está longe de ser tomada, no Paraná a auditoria de técnicos do Ministério da Agricultura já está em andamento. Com um rebanho de 9,1 milhões de cabeças, o Estado irá passar por um "pente fino" antes de formalizar o avanço do status sanitário à Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE). "Eles (técnicos do ministério) estão vindo aqui avaliar a condição do Paraná no controle da fiscalização do trânsito, na reforma dos nossos postos, fiscalização volante e recursos humanos", explica o diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adriano Riesemberg. Uma segunda etapa da auditoria será feita em setembro. Se tudo correr bem, a estimativa do Paraná é de que até 2017 o Estado tenha em mãos o certificado de livre de aftosa sem vacinação.

Conforme Riesemberg, os três estados da região Sul estão em uma mesma situação sanitária e seria interessante que compartilhassem o status. Porém, os estados que mais preocupam são Mato Grosso do Sul e São Paulo, que embarcam mais terneiros para o território paranaense. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui

Receita ficou abaixo do esperado
A Secretaria Estadual da Fazenda está realizando reuniões diárias para acompanhar a movimentação do fluxo de caixa. No primeiro quadrimestre do ano, a receita ficou abaixo do estimado. O ingresso de recursos sem contabilizar operações de crédito, mas apenas de tributos como ICMS e IPVA, ficou em cerca de R$ 13,1 bilhões, R$ 1,8 bilhão inferior ao esperado. A estimativa era de que o valor atingisse R$ 14,9 bilhões.
 
 

 

    

 


 

Porto Alegre, 12 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.059

 

 Importações de leite em pó integral da China foram as menores desde 2012
 
Embora os preços de commodities como queijos e manteiga nos Estados Unidos continuem se fortalecendo, os mercados globais continuam com os menores valores em seis anos, de acordo com os últimos dados do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC). O principal responsável por isso é a China.

As importações de lácteos da China caíram em quase 40% nos primeiros quatro meses do ano - o equivalente a 562.000 toneladas de leite a menos por mês. Em outras palavras, isso é o mesmo que se a produção de leite dos cinco principais exportadores (UE-28, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina) aumentasse em 2,4% nesse ano.

 

A maioria do decréscimo diz respeito a um grande corte nas importações de leite em pó integral, que caíram em 53% com relação ao ano anterior. As compras desse ano foram as menores desde 2012.

Em contraste, as importações chinesas de leite fluido e creme de leite aumentaram em 27% nos primeiros quatro meses do ano e as importações de fórmulas infantis aumentaram em 18%. (USDEC)

 
 
 
 
Fórum discute de onde virão os alimentos
Depois do sucesso do ciclo de debates 'De Onde Virão os Terneiros?', o Sistema Farsul dá início a uma discussão mais ampla: 'De Onde Virão os Alimentos? ¬ O Desafio do Futuro'. 
Esse é o tema da 66ª edição do Fórum Permanente do Agronegócio, uma iniciativa da Farsul, Senar¬/RS e Casa Rural ¬ Centro do Agronegócio. O evento está marcado para os dias 17 e 18 de junho, no hotel Gramado Master Palace, na Serra Gaúcha. 
As inscrições já podem ser feitas pelo site www.casaruralrs.com.br ou pelo telefone 51.3221-6460. A ideia é reunir representantes de empresas que desenvolvem tecnologia, produtores rurais, e entidades para debater técnicas de produção e segurança alimentar. Segundo projeções da FAO, organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, para alimentar um mundo com 9 bilhões de habitantes, projetados para 2050, a produção de alimentos deve aumentar 40% em 25 anos. 
" Precisamos agora debater o futuro da produção de alimentos, produzindo cada vez mais, e com maior segurança ao consumidor final.", explica o chefe da Divisão Técnica do Senar¬/RS, João Augusto Telles. Nos últimos 30 anos, a produtividade da lavoura de grãos brasileira aumentou 141%, passando de 1.465 quilos por hectare, na safra 1984/1985, para 3.535 quilos por hectare na 2014/2015, de acordo com a Conab. 
No Rio Grande do Sul, também mais do que dobrou, passando de 1.792 para 3.793 quilos por hectare no mesmo período. A expectativa é receber cerca de 400 produtores no evento de Gramado. Entre os palestrantes, estão o ex-ministro da Agricultura e presidente da Abramilho, Alysson Paolinelli. (Farsul)

 
 
Piracanjuba comemora 60 anos em grande estilo
 
A Piracanjuba recebe, no dia 15 de junho, parceiros, colaboradores, clientes, autoridades e imprensa para a comemoração dos 60 anos da marca. O jantar, para mais de 500 convidados, acontecerá no Infinity Hall, em Goiânia (GO), a partir das 19h30. "Uma data tão importante precisa ser comemorada com as pessoas que nos ajudam, diariamente, a construir a bela história da Piracanjuba. Hoje, estamos entre as 20 marcas mais presentes nos lares de todo o país e muito nos orgulha completar 60 anos em um momento de pleno crescimento", afirma a gerente de marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães.

Casa Lis assina o buffet do jantar e a decoração ficará a cargo da Vero Festas e da Realizza Eventos. A Lozi Eventos responde pelo cerimonial e a trilha sonora do evento será comandada pelo Quarteto de Jazz da Orquestra Obra Prima.
 
Palestra com Carlos Sardenberg
Na tarde do dia 15 de junho, antes do jantar, a Piracanjuba promoverá uma palestra com o renomado jornalista, escritor e apresentador, Carlos Alberto Sardenberg. O evento será fechado para convidados e acontecerá no auditório do Hotel K, em Goiânia.
 
Eventos institucionais
Para os colaboradores internos, a Piracanjuba preparou eventos em suas três unidades fabris: Bela Vista (GO), Maravilha (SC) e Governador Valadares (MG). "Somos uma grande família e trabalhamos juntos, com o objetivo maior de desenvolver produtos e serviços que proporcionem qualidade de vida e bem-estar aos consumidores", finaliza Lisiane. (Terra Viva)

 
 

Audiência pública debate leite em Ijuí
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado marcou uma audiência pública para discutir os "Mercados e Perspectivas para o Futuro da Produção Leiteira no Brasil" no dia 10 de julho, em Ijuí. A cidade do Noroeste foi escolhida para sediar o encontro por estar em meio à região que é considerada o principal polo produtor de leite do Estado. Serão convidados representantes do setor, do governo, senadores, deputados, especialistas na área e produtores. A audiência começa às 14h, no auditório do campus da Unijuí.