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Porto Alegre, 14 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.167

 

   Sindilat entrega doação de Natal a abrigos

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, entregou nesta segunda-feira (14/12) à Fundação de Proteção Especial do RS achocolatados para compor a ceia de Natal das crianças residentes nos 33 abrigos espalhados pelo Estado. O repasse de mil unidades foi oficializado com a presença da diretora administrativa da FPE, Maria do Carmo Furquim. "São pequenas ações que nos permitem fazer o Natal de dezenas de crianças um momento um pouco mais alegre", pontuou Guerra. 

O repasse atende a pedido da primeira dama Maria Helena Sartori, que uniu o Sindilat à Fundação. Atualmente, a entidade atende a 532 pessoas acolhidas. "É muito importante essa parceria entre a fundação e o Sindilat. Vocês estão colaborando para fazer um Natal mais feliz para nossos acolhidos", acrescentou Maria do Carmo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Sérgio Garcia 
 
 
Sindilat e Embrapa promovem workshop sobre medidores em Pelotas

Na próxima quinta-feira (17/12), a Embrapa e o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) farão um detalhamento do projeto de medidores de vasão em Pelotas (RS). Na oportunidade, também será feito um roteiro para que associados e a imprensa possam acompanhar as coletas nas propriedades e os testes que vêm sendo realizados nos laboratórios da Embrapa Clima Temperado.

ROTEIRO
6h - Saída de Porto Alegre em direção a Pelotas
10h - Abertura do evento - Autoridades presentes: Clenio Pillon (Embrapa), Alexandre Guerra (Sindilat), Ernani Polo (Seapi) e Arno Kopereck (Cosulati)
10h30min - Detalhamento do Projeto (Maira Balbinoti - Embrapa)
11h - Visita à propriedade rural para demonstração de coleta de amostras 
12h - Visita ao Laboratório para análise de amostras
14h - Retorno a Porto Alegre

 

Prazo do Bloco K é adiado para janeiro de 2017

Secretários estaduais de Fazenda decidiram adiar o prazo de implantação por grandes empresas do chamado Bloco K para janeiro de 2017. A ferramenta faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e exige o envio eletrônico de dados detalhados sobre a movimentação do estoque pelas empresas ao Fisco. A prorrogação beneficia companhias com faturamento anual superior a R$ 300 milhões. Antes da alteração do prazo, elas seriam obrigadas a entregar essas informações já a partir de 1º de janeiro de 2016. A data foi estendida pelos secretários em votação realizada durante a 159ª reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), na última sexta¬-feira. A decisão sobre o novo prazo deve ser publicada nesta semana no Diário Oficial da União. Dois motivos principais foram apontados pela Comissão Técnica Permanente (Cotepe) do Confaz para a prorrogação do prazo. Foram destacadas as dificuldades de alguns setores para atender as novas regras e a possibilidade de se discutir a flexibilização da exigência. 

O Bloco K reunirá informações sobre matérias¬-primas e suas respectivas quantidades para um controle do processo produtivo. Hoje, o Fisco tem acesso às movimentações de entrada e saída das empresas por meio da nota fiscal eletrônica, mas não sabe a fórmula de transformação dos insumos nos produtos que serão comercializados pela indústria. E é essa fórmula que deverá ser informada com a implantação da ferramenta. Essa exigência, no entanto, acabou deixando as empresas preocupadas em razão do risco de acesso a segredos industriais por concorrentes. O advogado Douglas Mota, do escritório Demarest, afirma que a banca se preparava para ingressar com ações judiciais em 16 Estados antes da alteração dos prazos. "Todas tinham como principal argumento a possibilidade de quebra do segredo industrial", afirma. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer discutir o modelo do Bloco K. Além do sigilo das fórmulas de produção das companhias, a indústria questiona se o Fisco terá condições de processar todas essas informações que serão geradas. 

Há discussão também sobre os custos que serão gerados com a implantação da ferramenta. Segundo estimativa da Associação de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), as companhias gastariam 3% da sua produtividade para manter o programa de informações exigidos pelo Bloco K. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Humberto Barbato, a decisão do Confaz é um passo importante para que se ampliem as discussões sobre a exigência da ferramenta. "A complexidade exigida pelo Bloco K geraria uma carga burocrática que a indústria não conseguiria atender. Seria praticamente impossível de ser cumprida." Em outubro, por meio Ajuste Sinief nº 8, o conselho já havia autorizado o adiamento do prazo para as indústrias com faturamento anual igual ou superior a R$ 78 milhões ¬ o prazo, inicialmente, também era 2016 e agora será em 1º de janeiro de 2017. Indústrias e comerciantes atacadistas conseguiram ainda mais prazo: 1º de janeiro de 2018. (Valor Econômico)

Leite Fresco Piá apresenta nova campanha assinada pela Matriz

Já está no ar a nova campanha publicitária desenvolvida pela agência Matriz para o Leite Fresco da Piá.
E o comercial para televisão traz como atores principais os personagens que fizeram com que a Cooperativa existisse e se tornasse o que é: seus produtores fundadores. No filme, eles contam situações reais vivenciadas na rotina do campo, mostrando o que os inspira todos os dias. Em meio as histórias, o objetivo da campanha é apresentar ao público o novo produto da Piá, destacando suas principais qualidades como a seleção de produtores, a excelência da matéria prima, os processos de produção, a praticidade e segurança da nova embalagem e o prazo de validade do produto. 

Além do comercial para a televisão em canais abertos e fechados, o trabalho assinado pela Matriz vai contemplar spot para rádio, anúncios em jornais e revistas, flyer, PDV, mídia externa com outdoor quíntuplo e frontlight, internet com ações no Facebook, Instagram,  Youtube e Web Banners. (Assessoria de Imprensa Piá)

 

Leite/Europa 

A Europa Ocidental continua com bastante leite, embora possa ser observada queda em alguns países. Relatórios preliminares da Eurostat mostram que a produção de leite da UE-28 de janeiro a setembro está 1,4% maior que os níveis de um ano antes. As variações percentuais entre janeiro e setembro desse ano, e o mesmo período de 2014 de países membros selecionados foram: Alemanha (+1,1%); França (-0,4%). Reino Unido (+1,5%); Bélgica (+5,4%); Itália (+0,4%); e Irlanda (+9,9%). Os volumes produzidos pressionam os preços do leite em pó, quebrando as cotações do leite em pó integral e do leite em pó desnatado. O preço do leite em pó desnatado está perto dos valores de intervenção. A manteiga está em bom equilíbrio, com os preços inalterados. Poucas interrupções no fluxo de processamento são esperadas para as semanas de férias do final de ano, porque muitas indústrias manterão o ritmo de trabalho, com exceção de algumas indústrias de queijos especializados. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

Leite/Oceania

A produção de leite na Austrália está sendo bastante afetada pelas condições adversas, com a seca se espalhando por significativas bacias leiteiras. Há o declínio sazonal, e os volumes estão abaixo dos níveis de um ano atrás. De acordo com a Dairy Australia, a produção de leite em outubro de 2015 atingiu 1.093 bilhões de litros, -0,4% em relação a outubro de 2014. No acumulado da temporada houve aumento de 2% em relação à campanha passada. Ainda de acordo com a Dairy Australia, a produção de várias commodities em setembro de 2015 mostraram as seguintes variações percentuais em relação a 2014: manteiga (-7,5%); butteroil (+23,8%; leite em pó desnatado (+10,6%); leite em pó integral (-5,9%); leitelho em pó (-17.1%); queijo (+2%); e soro de leite (-17.2%). (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Mais uma no clube do bilhão

A cooperativa Languiru, de Teutônia, está cheia de motivos para comemorar. Além de celebrar 60 anos, chegou à casa do bilhão. Em novembro, alcançou faturamento bruto de R$ 1 bilhão e deve fechar 2015 com mais de R$ 1,1 bilhão.

- É um número bastante expressivo. Nosso faturamento bruto tem evoluído consideravelmente a cada novo exercício - observa o presidente Dirceu Bayer.

Em 2002, a cooperativa somou R$ 140 milhões. Dez anos depois, havia chegado a R$ 641 milhões e, no ano passado, teve faturamento bruto de R$ 970 milhões.

Na semana passada, a coluna mencionou a performance da Cotrisal, que também faturou o primeiro bilhão. Em tempos de crise, notícias como essas são mais do que bem-vindas. (Zero Hora)

 
 
Brent caiu a US$ 37,93
Na sexta¬-feira, o petróleo caiu para seus níveis mais baixos desde a crise financeira. O barril do Brent, referência global, fechou a US$ 37,93, uma queda de 4,5%, que é o menor patamar desde dezembro de 2008. O WTI, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), encerrou o dia em queda de US$ 1,14 (¬3,1%), a US$ 35,62. A oferta de petróleo no mundo continua a inchar, enfrentando problemas para armazenar estoque. (Valor Econômico)​
 

         

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.166

 

   Sindilat entrega prêmios em noite de comemoração

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) recebeu, nesta quinta-feira (10/12), autoridades, lideranças do setor, parlamentares, associados e imprensa para seu tradicional jantar de confraternização. Com a presença do governador José Ivo Sartori, dos secretários de Estado Maria Helena Sartori, Ernani Polo e Tarcísio Minetto e deputados a solenidade foi marcada por emoção e entrega de prêmios e homenagens. Na ocasião, o Sindilat anunciou os vencedores do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo e do troféu Destaque 2015, que homenageou personalidades e instituições que atuam em prol do agronegócio.

No jantar, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou as conquistas e dificuldades do sindicato ao longo do ano. No âmbito estadual, citou a Lei do Leite, projeto construído em parceria com entidades do setor, e o enfrentamento de momentos adversos como a greve dos caminhoneiros e o projeto de lei que previa redução de 30% dos créditos presumidos. "Essa medida foi essencial para manter a competitividade do produto gaúcho", destacou Guerra. 

Em Brasília, encampou o projeto de lei que permite o uso de créditos de PIS/COFINS para ações de qualificação da produção leiteira. "O setor lácteo viveu um ano de margem ajustadas e muito trabalho para manter-se vivo em meio à crise anunciada", avaliou o presidente do Sindilat. Com o objetivo de assegurar a qualidade do produto e mostrar  a seriedade da cadeia produtiva, o Sindilat concretizou, no segundo semestre, um projeto de pesquisa inédito de avaliação do desempenho de medidores de vazão e a coleta automática de amostras de leite. Os estudos que estão sendo operacionalizados pela Embrapa Clima Temperado com apoio da Cosulati, em Capão do Leão, terão os seus primeiros resultados já no início de 2016.

Homenageada com o Troféu Destaque 2015, na categoria Responsabilidade Social, a secretária de Políticas Sociais e primeira-dama, Maria Helena Sartori, agradeceu a parceria do Sindilat em relevantes ações sociais desenvolvidas ao longo do ano. Além da doação de 25 mil litros de leite a hospitais e instituições do Estado no dia Estadual do Leite, esteve ao lado do governo nas arrecadações de mantimentos para os atingidos durante as enchentes de Porto Alegre. Aproveitou a oportunidade para agradecer mais uma doação feita pelo Sindilat, desta vez de mil unidades de achocolatados, que serão repassadas à Fundação de Proteção Especial do RS. Em seu pronunciamento, o governador José Ivo Sartori fez coro ao discurso da primeira dama reforçando a solidariedade das indústrias lácteas gaúchas. E pediu apoio dos presentes para que se envolvam em ações sociais seguindo o exemplo dado pelo Sindilat. 

No Prêmio Destaques 2015, além da primeira dama, outras oito personalidades do setor público e privado receberam a distinção por terem se destacado em suas áreas de atuação ao longo do ano. Foram reconhecidos com o prêmio:

Destaque Agronegócio Nacional: 
Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. 

Destaque Agronegócio Estadual:
Secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo

Destaque Setor Público
Secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto

Destaque Inovação
Sociedade Educacional Três de Maio - SETREM

Destaque Responsabilidade Social
Secretária de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori

Destaque Pesquisa
Embrapa Clima Temperado 

Destaque Industrial
Cooperativa Languiru

Destaque Personalidade 
Empresário Zildo De Marchi 

Destaque Servidor Público
Fiscal federal agropecuário do MAPA, Ana Lucia Stepan 
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Divulgados vencedores do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo
 
A festa de comemoração do Sindilat ainda foi marcada pela entrega do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O objetivo foi reconher os melhores trabalhos produzidos pela mídia especializada no setor lácteo. O primeiro colocado em cada categoria recebeu, além do troféu, um Iphone 6. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, aproveitou para destacar o empenho de todos os profissionais na cobertura diária do setor. 
 
Conheça os vencedores: 
 
Impresso
1º lugar: Cleidi Pereira / Zero Hora (RS) - Foco no futuro do Leite
2º lugar: Danton Jr e Bruna Karpinski / Correio do Povo (RS) - Robô substitui mão de obra na ordenha
3º lugar: Bruna Karpinski / Correio do Povo (RS) -  Queijo com identidade serrana
 
Eletrônico
1º lugar: Dulciana Sachetti/RBSTV Santa Rosa (RS) - Modelo Confinamento Free Stall: tecnologia leiteira garantindo a sucessão familiar no campo 
2º lugar: Marcelo Kielling / Rádio Diário-Diário da Manhã (RS) - Produtividade e os Desafios da produção leiteira no RS
3º lugar: Bruna Essig/ Canal Rural (RS) - Chuva traz impactos à produção de leite
 
Fotografia
1º lugar: Diogo Zanatta / Zero Hora (RS) - Para não deixar furo
2º lugar: Diogo Zanatta/ Zero Hora (RS) - Qualidade Remunerada 
3º lugar: Tarsila Pereira/Correio do Povo (RS) - Produtores de leite protestam contra a crise
 
On Line
1º lugar: Ângela Prestes/ Destaque Rural  (RS) -  Compost Barn - Mais Produtividade e Conforto 
2º lugar: Carlos Guimarães Filho/Gazeta do Povo (PR) - Campos Gerais, onde o leite e a soja se encontram 
3º lugar: Bruna Essig/ Canal Rural (RS) - Mapa investe R$ 387 milhões na cadeia do leite 
 (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

PIB AGRO/CEPEA: Agronegócio pode ter leve queda em 2015

Nem o agronegócio resiste à crise econômico-política instalada no País. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o PIB do setor recuou 0,51%, sinalizando para queda anual de 0,7% em 2015 em relação a 2014, conforme cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A divulgação de dados oficiais referentes aos meses mais recentes pode alterar ligeiramente este resultado. O movimento baixista ocorre tanto na agricultura quanto na pecuária, que caem a taxas semelhantes: 0,49% e 0,54%, respectivamente, até setembro.

As retrações mais expressivas ocorrem no segmento industrial (queda de 1,31%, até setembro), mas os resultados dos segmentos primário e de serviços relacionados ao agronegócio também recuam: 0,30% e 0,64%, respectivamente, no acumulado até setembro. O único segmento do agronegócio que cresceu neste período foi o de insumos, 1,22%, puxado pela forte alta dos preços de fertilizantes decorrente do câmbio. Em contrapartida, o volume importado diminuiu 13% na comparação de janeiro a outubro de 2015 e o mesmo período de 2014, segundo dados da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos).

No segmento "dentro da porteira" do setor agrícola, os preços médios (agregado dos produtos considerados no cálculo do PIB) estão 4,08% menores que na média de jan-set/2014, ao passo que a produção das mesmas culturas pode ter expansão anual de 4,4%. No balanço, registra estabilidade. Já a renda do segmento primário da pecuária tem sido pressionada pelos menores volumes de produção, uma vez que, em preços, o cenário é de alta no comparativo com 2014. O resultado era negativo em 0,55% até setembro.

Na agroindústria, os piores cenários foram registrados para o etanol e produtos têxteis-vestuaristas. A indústria de base agrícola vai acumulando retração de 1,25% e a pecuária, de 1,7%.

Na avaliação da equipe Cepea, o câmbio segue positivo para as exportações, mas a desvalorização do Real não tem sido suficiente para compensar a forte queda dos preços internacionais. De janeiro a setembro, os preços de exportação do agronegócio, em Reais, estiveram 6% abaixo dos observados no mesmo período de 2014.

Para 2016, a maior preocupação dos produtores está relacionada ao crédito. A liberação dos recursos do Plano Safra 2015/16 está atrasada e os produtores têm enfrentado dificuldade na contratação de empréstimos a juros subsidiados previstos no Plano Plurianual Agrícola. Conforme instituições bancárias, a queda nos depósitos à vista e na poupança, ao lado das exigências crescentes de garantias, têm limitado o atendimento à demanda de financiamento rural. Conforme pesquisadores do Cepea, são preocupantes as informações de que o crédito para investimento estaria sofrendo forte queda, podendo comprometer o crescimento em 2016 e, talvez, por mais anos.

"A agropecuária brasileira é movida essencialmente por tecnologia, que alcança os produtores rurais por meio de novos insumos (sementes e melhoria genética animal, agroquímicos, maquinários etc.) e novas práticas agronômicas e administrativas capazes de enfrentar ou mitigar os contínuos desafios ligados ao clima e à incidência maior de pragas e doenças e à volatilidade dos mercados. São fatores que tornam o segmento bastante intensivo no uso de crédito. O prolongamento da crise econômica e política tem grande potencial de atingir o processo de crescimento do agronegócio brasileiro ao reduzir o volume e aumentar o custo do crédito e de outros instrumentos de política agrícola (seguro e apoio à comercialização, pesquisa e extensão), dado o constrangimento fiscal", avalia o professor Geraldo Barros, coordenador do Cepea.

Nas perspectivas do Cepea, a economia doméstica deve permanecer em nível recessivo em 2016, com menores níveis de emprego e salário real. No cenário externo, principal alavanca do agronegócio brasileiro, as perspectivas também trazem preocupação. O dólar deverá seguir em elevação ao mesmo tempo em que os juros norte-americanos deverão dar um primeiro salto depois de anos seguidos de estagnação em níveis baixíssimos. A isso se soma o crescimento mundial mais lento, principalmente da China. Os pesquisadores acrescentam ainda o cenário de preços de commodities estagnados ou em queda.

"A válvula de escape para o Brasil será uma alta ainda maior do dólar no mercado interno, compensando a evolução dos preços internacionais. Entretanto, o recrudescimento da inflação poderá levar as autoridades monetárias a avançar na elevação dos juros e nas intervenções no mercado cambial, em prejuízo do agronegócio (mesmo considerando-se o contrapeso do impacto sobre os preços nos insumos)", comenta Geraldo Barros.

No balanço, dizem os pesquisadores, não há como não antever um ano de 2016 difícil para o agronegócio e também para os demais setores da economia. O agronegócio ficará à mercê de como se consumarem os fatores de incerteza (clima, pragas e doenças, dólar, preços internacionais) que definirão em que direção o PIB do setor vai se mover em relação à baixa taxa observada no ano que termina. Independentemente dessa direção, a mudança não deve ser expressiva, antecipam. (As informações são do Cepea)

Dália Alimentos apresenta nova era na atividade leiteira
 

Uma nova era na atividade leiteira, em que máquinas desempenham a função do homem na realização da ordenha, já é realidade na Dália Alimentos. Na última quinta-feira, dia 10 de dezembro, a cooperativa inaugurou um projeto único na América Latina onde robôs são os responsáveis pela ordenha dos animais.

Pioneiro e inovador em sua concepção, o projeto associativo possui 16 produtores de leite associados e recebeu investimento de R$ 5 milhões, financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O projeto inaugurado está localizado na comunidade de Linha Tigrinho Baixo, em uma área com 13 hectares no município de Nova Bréscia. Outros três encontram-se em fase de construção nos municípios de Roca Sales, Arroio do Meio e Candelária.

Durante a inauguração, os olhares do público - mesclado entre delegados, suplentes, conselheiros, direção, comunidade local, regional e estadual, lideranças e autoridades, associados e familiares - estiveram voltados para as instalações do empreendimento. O pavilhão central, dividido em pista de alimentação, área de camas e sala de espera, tem capacidade para 262 animais. No momento encontram-se alojados 115 animais em lactação e 66 vacas secas e novilhas. A produção atual é de 2,5 mil litros, com estimativa de atingir 6,5 mil litros em sua capacidade máxima.

Totalmente automatizado, o projeto opera com três robôs da marca DeLaval, importados da Suécia, os quais realizam a ordenha das vacas 24 horas por dia, sete dias por semana. Cancelas, que são abertas conforme diagnostico de um chip acoplado em cada animal, determinam a direção de cada vaca. Desta forma, elas sabem o momento exato de ordenhar ou se alimentar. (Assessoria de Imprensa Dália)

 
Descerramento da placa alusiva à inauguração 
Foto: Carina Marques

Balança comercial de lácteos: importações de leite em pó caem 50% em novembro

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de 371 toneladas em novembro, volume 25 vezes menor que o apresentado em outubro. Em valores, a balança de lácteos voltou a ter saldo positivo: enquanto em outubro houve um saldo negativo de US$12,6 milhões, em novembro houve um superávit de US$14,3 milhões.

Tabela 1 - Exportações e importações por categoria de produto

Fonte: MDIC

Novamente, o maior volume das exportações foi de leite em pó integral, com pouco mais de 5.800 toneladas exportadas a um preço médio de US$5.417/ton, com grande parte do volume destinado ao mercado venezuelano.

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente da Argentina (48,8%), seguido por Uruguai (46,8%) e Estados Unidos (4,4%). Desde julho deste ano, Uruguai e Argentina tem mantido praticamente as mesmas participações nas importações brasileiras de leite em pó.


 
Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 81,6 milhões de litros em novembro, baixa de 41,8% em relação a outubro. Por outro lado, as exportações em equivalente-leite tiveram alta de 15%, totalizando 66,7 milhões de litros.

De janeiro a novembro deste ano, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de cerca de 496 milhões de litros, mais do que o triplo do déficit apresentado ao longo do ano inteiro de 2014, que foi de 159 milhões de litros. O gráfico 2 a seguir apresenta este cenário, mostrando o histórico mensal do saldo da balança de lácteos 2014 x 2015. (A matéria é da Equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)

 

 
Seapi entrega 40 veículos
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) entrega 40 veículos para inspetorias veterinárias municipais utilizarem em ações de defesa sanitária animal e vegetal, hoje. São dez caminhonetes Mitsubishi L200 tracionadas e 30 veículos Renault Sandero, adquiridos com recursos federais, em convê- nio com o Ministério da Agricultura. O secretário Ernani Polo disse que "aparelhar e dar condições aos servidores para realizar ações em defesa agropecuária é uma meta a ser perseguida constantemente". (Correio do Povo)
 

Porto Alegre, 10 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.165 

   Lançamento do AVISULAT - Setores debates desafios das cadeias produtivas para 2016

Investir em tecnologia e sanidade animal, aumentar a produtividade, ampliar os mercados e fortalecer a imagem do leite são alguns dos desafios listados pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, para 2016, durante o lançamento da 5ª edição do AVISULAT, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (10/12), na Fiergs, em Porto Alegre. No AVISULAT - Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios, que será realizadao entre os dias 22 e 24 de novembro de 2016, serão discutidas a situação das cadeias produtivas de aves, suínos e laticínios. 

Segundo Guerra, o primeiro semestre do próximo ano promete ser complicado para o setor, visto o aumento nos custos de produção. "Por trás da indústria láctea, nós temos mais de 100 mil famílias no campo que precisam se manter", ressaltou. Na ocasião, o economista da Unidade de Estudos Econômicos do Sistema FIERGS, Oscar Frank Junior, destacou que o aumento da energia elétrica em 52,3% e de combustíveis em 17,7% impactou diretamente nesse custo. De acordo com o economista, o aperto monetário, a inflação e a instabilidade política foram responsáveis pela queda de confiança e investimentos na indústria, no setor de serviços e também para o consumidor. 

Além do Sindilat, o encontro reuniu os presidentes da ASGAV, SIPS e FIERGS, o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e outros representantes da indústria. Foram apresentados, ainda, os preparativos para a edição 2016 do AVISULAT. A proposta do evento é promover novos negócios, apresentar inovações e ampliar o debate sobre as principais demandas dos setores. Durante o encontro, Ernani Polo destacou a importância de criar espaços para debater as dificuldades e conquistas de cada setor. "Ações integradas, como o AVISULAT, precisam ser promovidas, pois é por meio da construção coletiva que iremos encontrar as melhores saídas para enfrentar as dificuldades impostas pelo cenário político e econômico do país", disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, falou sobre os desafios do lácteo gaúcho
Crédito: Vinicios Sparremberger
 
 
 
De acordo com USDEC, excedente de lácteos pode estar em 400.000 toneladas em todo o mundo

O mercado de lácteos está mais do que adequadamente abastecido em 2016, à medida que há cerca de 400.000 toneladas de excedente em produtos lácteos no mundo, a maioria na forma de leite em pó, de acordo com o Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC). O vice-presidente executivo de estratégias e insights do USDEC, Marc Beck, disse que grande parte do leite da Europa foi transformado em pó durante esse período de excesso de produção.

Na China, onde Beck disse que é difícil calcular os números, o crescimento daprodução de leite no país deverá manter a boa oferta. Beck falou durante um webinário recente do USDEC. Para que o mercado de lácteos veja uma recuperação, terá que haver uma construção sustentada dos preços, que permitirá que margens atrativas retornem aos produtores. Em seu "cenário perfeito", Beck disse que haverá a necessidade de ter piso de preços equivalentes a US$ 3.000 por tonelada, para ter uma recuperação real.

"Precisamos que os mercados voltem ao equilíbrio", disse ele. "Uma das coisas que estamos sentindo é que os mercados hoje parecem altamente sensíveis, considerando a tensão pela qual a cadeia de abastecimento está passando agora. Isso resistirá a alguma volatilidade contínua. É um mercado altamente emocional". O mercado de lácteos é sensível, disse Beck, de forma que haverá "solavancos" ao longo do caminho para a recuperação. A recuperação real, disse ele, provavelmente não acontecerá até o terceiro ou quarto trimestre de 2016.

"Eu acho que também precisamos ver uma expansão mais forte da demanda que pode ajudar a levantar o que o mercado perdeu, da China e da Rússia. Essas são grandes questões; por essa razão, acho que provavelmente teremos que passar pelo primeiro e pelo segundo trimestre antes de começarmos a ver algumas mudanças de preços". Beck acredita que os preços do queijo retornando ao normal é tão importante quando os preços dos produtos em pó para o mercado de lácteos. Os preços globais dos queijos estão abaixo da média agora. Os preços, que tiveram uma média dos últimos 10 anos de US$ 3.865 por tonelada, estão atualmente em cerca de US$ 3.000. "Teremos que ver mais expansão no setor de fast food e de serviços alimentícios que podem acabar aumentando os níveis dos preços".

Alan Levitt, vice-presidente de comunicações do USDEC, disse que a proteína continuará importante em um futuro previsível, embora tenha permanecido fraca no último ano e meio. Entretanto, Levitt disse que a população ainda está aumentando e isso será área de foco para os produtores de leite. Beck disse que a proteína do soro do leite, em particular, pode ter grandes conversões no mercado global. (As informações são do Dairy Reporter)

Reação nas exportações do campo

Contrariando uma tendência de queda que deu o tom desde janeiro, as exportações brasileiras do agronegócio cresceram em novembro. Nos 11 primeiros meses do ano ainda houve recuo, puxado pelas quedas das cotações internacionais de boa parte das commodities agrícolas vendidas pelo país no exterior. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques do setor somaram US$ 6,6 bilhões no mês passado, 8,2% mais que em novembro de 2014. Na comparação, as importações caíram 20,3%, para US$ 993 milhões. Assim, o superávit setorial subiu 15,5%, para US$ 5,6 bilhões.

 

De acordo com Tatiana Palermo, secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, "o aumento das exportações só não foi maior por causa da queda, quase generalizada, dos preços médios dos principais produtos de exportação do agronegócio". No caso do "complexo soja" (inclui grão, farelo e óleo), que geralmente lidera o ranking das exportações do agronegócio brasileiro, as vendas externas aumentaram 68% em novembro sobre o mesmo mês de 2014, para US$ 1,1 bilhão. 

O item mais vendido nessa lista, a soja em grão, rendeu US$ 551 milhões, ante US$ 80,9 milhões em novembro do ano passado. As exportações de óleo de soja e as de farelo foram menores ¬ 7,6% e 7,4%, respectivamente. As exportações de carnes caíram 9,7% em novembro, para US$ 1,3 bilhão, as de açúcar e etanol diminuíram 5,2%, para US$ 780 milhões, e as de café caíram 18,7%, para US$ 498,3 milhões. Dentre os itens que tiveram resultado positivo em relação ao mesmo mês de 2014 estão os produtos florestais (US$ 813 milhões, alta de 7,9%) e os cereais, farinhas e preparações (US$ 862 milhões, alta de 46%), grupo puxado pelo milho. Principal mercado para as exportações brasileiras do agronegócio, a China importou US$ 836 milhões em novembro, aumento de 77,5% frente ao mesmo mês de 2014. 

Nos primeiros 11 meses do ano, as vendas externas do agronegócio nacional caíram 9,6%, para US$ 81,4 bilhões. As importações renderam US$ 12,2 bilhões, uma queda de 20,8% nesse período, e o superávit setorial caiu 7,3%, para US$ 69,18 bilhões. No intervalo, as exportações de soja e derivados recuaram 12%, para US$ 27,1 bilhões, enquanto as de carnes caíram 15,6%, para US$ 14 bilhões, e as de açúcar e etanol diminuíram 20%, para US$ 7,5 bilhões. No caso dos produtos florestais houve alta de 3,6%, para US$ 9,4 bilhões. (Valor Econômico)
 

Classe Rural terá desconto
A presidente Dilma Rousseff sancionou a medida provisória 688, que prevê novos descontos para bandeiras tarifárias aplicadas a consumidores da classe rural. Estão incluídas as cooperativas de eletrificação rural que fornecem energia para irrigação e aquicultura. "As bandeiras não serão mais cobradas da classe rural", simplifica o diretor financeiro da Federarroz, Gustavo Thompson Flores. No entanto, ainda é necessário aguardar que a Aneel regulamente a medida. Em nota, a Casa Civil informou que, por outro lado, irá onerar os demais consumidores de energia que ratearão o valor correspondente ao desconto concedido na bandeira tarifária à classe rural. (Correio do Povo)
 

 

    

         

Porto Alegre, 09 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.164

 

  Desafios das cadeias produtivas de avos, suínos e laticínios para 2016 serão apresentados em Porto Alegre

As entidades organizadoras do V AVISULAT - Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios realizam no dia 10 de dezembro, quinta-feira, às 9h, no Centro de Eventos FIERGS (Av. Assis Brasil, 8787 - Sala D3 - 300), em Porto Alegre/RS, Café da Manhã com o tema Desafios das cadeias produtivas para o cenário econômico de 2016, para imprensa e convidados do setor.

O evento tem como objetivo refletir o ano que encerra sob o ponto de vista desses setores, destacar os desafios para 2016 a partir de dados e leitura de cenários e apresentar os preparativos para a 5ᵃ edição do AVISULAT, de 22 a 24 de novembro de 2016. O café da manhã contará com a Palestra Cenário Econômico Perspectivas para 2016, apresentada por Oscar Frank Junior, Economista da Unidade de Estudos Econômicos do Sistema FIERGS.

"A magnitude da crise que atinge o Brasil e o RS impõe desafios para os governos e o setor privado. O entendimento dos principais balizadores da atual conjuntura e dos possíveis cenários para 2016 pode ser decisivo para o ramo empresarial, qualificando o processo de tomada de decisão. Além disso, o setor de alimentos apresenta algumas peculiaridades que o diferenciam dos demais. Quando levadas em consideração, essas características ajudam a delimitar de forma mais acurada a resposta do segmento diante de mudanças na economia.", avalia o economista.

Promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura - Asgav; Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do RS - SIPS e Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do RS - Sindilat, em parceria com a FIERGS, o V AVISULAT (www.avisulat.com.br) reunirá toda a cadeia produtiva da Avicultura, Suinocultura e Laticínios para promover negócios, apresentar inovações, ampliar o debate sobre as demandas dos setores e divulgar trabalhos e pesquisas da comunidade científica. Destaca-se na programação, o Encontro Internacional de Negócios, área especial reservada para estreitar relacionamentos e fechar negócios entre exportadores e importadores de carnes de aves e suínos, ovos e leite e produtos industriais destes setores.

"O AVISULAT reúne três setores que, apesar da crise desse ano, estão em plena atividade. Preparar-se para 2016 a partir da análise de cenários é fundamental para equilibrar áreas que ainda precisam de recuperação. Produzimos alimentos que têm a preferência na mesa do consumidor, fator que nos ajuda a enfrentar a crise", destaca José Eduardo dos Santos, Coordenador Geral AVISULAT 2016. Na última edição, em 2014, o AVISULAT contou com um público de 5 mil pessoas por dia, US$ 18 milhões em expectativa de negócios, compradores de 7 países e 114 reuniões no Encontro Internacional de negócios. (Fonte: Exame, adaptado pela Equipe Milknet)
 
 
Mercado de lácteos deverá ser desafiador em 2016, diz USDEC

O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) espera outro ano desafiador para o mercado de lácteos em 2016 à medida que Rússia e China continuam reduzindo sua dependência das importações. Embora a produção continue crescendo firmemente desde 2010, com um extra de 2% ou 5 milhões de toneladas a cada ano, o mercado se enfraqueceu bastante nos últimos 18 meses. Uma grande razão para a queda na demanda tem sido o crescimento das importações da China - ou a falta dele - nos dois últimos anos. 

A Rússia cortou grande parte de suas importações de lácteos de todo o mundo. Rússia e China, combinados, importaram 18 milhões de toneladas de leite em 2014; hoje, importam 10 milhões de toneladas. "É um declínio enorme. São 8 milhões de toneladas de leite ou 11% do leite mundial. Para piorar, a produção de leite continua crescendo", disse o vice-presidente de comunicações do USDEC, Alan Levitt.

Levitt disse que as tendências deverão continuar em 2016 à medida que os fornecedores ainda estão empurrando quantidades que correspondem aos níveis de importação para 2014, níveis que ele disse que "não existem mais". Embora Levitt espere que a China aumente suas importações nos próximos anos, ele não prevê crescimento como nos anos anteriores.

Embora China e Rússia não tenham ajudado o mercado, houve ganhos na Europa, particularmente na Irlanda e na Holanda. Levitt disse que esses dois países aumentaram em 10% a produção. Do lado da compra, ele disse que as importações de muitos países viram crescimento de duplo dígito, mas não o suficiente para preencher as lacunas que a China criou.

Levitt disse que ainda haverá "estoques que pairarão sobre o mercado" e que adiarão a recuperação do mesmo, incluindo os estoques europeus de leite em pó desnatado, que está em seu maior nível em cinco anos. Levitt disse que há mais de 250.000 toneladas, o dobro do nível desejado de mercado, em estoque e isso pode aumentar mais antes de terminar 2015. "Nos Estados Unidos, temos um estoque acumulando também", disse Levitt, dizendo que os estoques de leite em pó comercial alcançaram um recorde no final de julho.

Os estoques continuarão sendo problemáticos também em 2016, disse ele, e vão provavelmente mais que adiar a recuperação do mercado mesmo após a recuperação da oferta e da demanda. (As informações são do Dairy Reporter)

Mobilização por novo PPCI

Representantes das entidades ligadas às cadeias de aves, suínos e pecuária de corte e de leite iniciaram mobilização pela flexibilização das exigências dos Planos de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) de granjas, aviários, pocilgas, estábulos e galpões. A demanda será apresentada ao secretário da Agricultura, Ernani Polo, amanhã. 

Na avaliação do setor produtivo, as construções localizadas em áreas afastadas devem ser tratadas de forma diferenciada. A ideia é estabelecer uma estratégia de trabalho que leve à revisão do marco legal dos estabelecimentos de produção que oferecem "risco desprezível" devido à localização em áreas de pouca movimentação. "Estamos falando de construções destinadas à produção e que não têm a presença permanente de pessoas", explica o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber. Na avaliação das entidades, as edificações rurais não podem ser comparadas à indústria ou áreas destinadas ao lazer, que oferecem mais riscos devido à aglomeração de pessoas. "Buscamos uma adequação da lei à nossa realidade", comenta o diretor-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos. 

Segundo o secretário Ernani Polo, o setor busca um mecanismo para alteração na lei. "Vamos trabalhar para excluir estabelecimentos de baixo risco", prometeu. Conforme Polo, a exigência atual gera custos e aumenta a burocracia. "Não faz muito sentido ter um PPCI para um aviário. É um custo a mais e entendemos que não uma necessidade que ele seja implementado." Em Santa Catarina, a diferenciação do PPCI para atividades rurais foi feita por meio de instrução normativa. (Correio do Povo)

Kátia Abreu negocia reforço de R$ 350 milhões para o seguro rural em 2016

O orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) pode ganhar reforço em 2016, passando de R$ 400 milhões para R$ 750 milhões. Isso porque a ministra Kátia Abreu negocia com os ministérios da Fazenda e do Planejamento e o Tesouro Nacional o remanejamento de R$ 350 milhões do Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) para o seguro rural. O anúncio foi feito nesta terça-feira (8) pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), André Nassar, em Brasília.

"A proposta é que se busque consenso dentro do governo para que seja realocada para o seguro rural parte dos recursos de garantia de sustentação de preço, como o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e Prêmio para Escoamento do Produto (PEP)", disse Nassar.

De acordo com o secretário de Política Agrícola, o Mapa fez um levantamento dos montantes destinados ao Pepro e PEP e chegou à conclusão que, ao final do ano, os valores não são integralmente usados. Desta forma, assinalou Nassar, esses recursos poderão ser transferidos para o PSR, dando apoio aos produtores rurais. "Com isso, praticamente dobrará o volume de recursos para o seguro", enfatizou o secretário. (As informações são do Mapa)

Cesta básica 
Em novembro, houve aumento do conjunto de bens alimentícios básicos nas 18 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas ocorreram em Brasília (9,22%), Campo Grande (8,66%), Salvador (8,53%) e Recife (8,52%). O menor aumento foi registrado em Belém (1,23%). A capital com maior custo da cesta básica foi Porto Alegre (R$ 404,62), seguida de São Paulo (R$ 399,21), Florianópolis (R$ 391,85) e Rio de Janeiro (R$ 385,80). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 291,80), Natal (R$ 302,14) e João Pessoa (R$ 310,15).  Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em novembro de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.399,22, ou 4,31 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. (Fonte: Jornal do Comércio)


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Porto Alegre, 08 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.163

 

 Projeto associativo de ordenha robotizada será inaugurado em Nova Bréscia

A Dália Alimentos inaugura no dia 10 de dezembro o primeiro condomínio com ordenha robotizada executado de forma associativa. Instalado no município de Nova Brécia, o empreendimento, que teve o investimento de R$ 5 milhões, utiliza robôs na ordenha das vacas e tem capacidade para alojar 262 animais. É o único do Brasil e da América Latina constituído por pequenos produtores de leite associados. O evento ocorre a partir das 15h na sede do condomínio, localizado na linha Tigrinho Baixo. 

O projeto de produção associativa visa o aumento da produtividade e renda dos associados. Os produtores são sócios do condomínio e participam por meio da aquisição de cotas, variáveis de acordo com o número de animais alojados. Inicialmente, o condomínio opera com 115 vacas em lactação e 66 animais entre vacas secas e novilhas. Com produção inicial de 2,5 mil litros/dia, a estimativa é atingir 6,5 mil litros/dia em sua capacidade máxima. 

Trata-se do primeiro de um total de quatro empreendimentos que demandaram o investimento total de R$ 20 milhões. Os outros três projetos, localizados nos municípios de Roca Sales, Arroio do Meio e Candelária, ainda estão em fase de construção. Cada condomínio utiliza três conjuntos de robôs da marca DeLaval, importados da Suécia. Segundo a cooperativa, cada projeto integrará, em média, 15 famílias e 262 animais, totalizando 1.048 animais alojados e 60 famílias envolvidas diretamente na iniciativa.

Financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o valor foi utilizado para a aquisição de 12 conjuntos de robôs, além da edificação dos pavilhões com 120 metros de comprimento cada, silos, habitação para os funcionários, máquinas, equipamentos, programas e sistema de informática, entre outros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Legenda: Condomínio em Nova Bréscia será o primeiro a ser inaugurado no dia 10
Foto: Carina Marques
 
 
 
Prêmio Folha Verde destaca os melhores do setor primário 

Pessoas e instituições com atuação destacada no desenvolvimento do agronegócio gaúcho foram reconhecidas com o Prêmio Folha Verde, nesta segunda-feira (07/12). O mérito foi concedido pela Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo. Na 5ª edição, foram homenageadas pessoas, instituições e empresas em dez categorias. A solenidade ocorreu no Teatro Dante Barone, em Porto Alegre.   

Segundo o presidente da Comissão, Adolfo Brito, o prêmio valoriza o setor rural gaúcho, responsável por 40% do PIB gaúcho. "Dar valor a quem produz é dar valor a quem coloca o alimento na mesa de todos nós", afirmou. O presidente da Assembleia, Edson Brum, também prestigiou a solenidade, ressaltando a importância do setor primário no desenvolvimento do Estado. Os vencedores foram eleitos por uma comissão julgadora a partir de indicações de deputados estaduais.
 
Vencedores

-Agrícola: Tarcísio José Minetto, secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS

-Pecuário: Associação Brasileira de Angus

-Florestal: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS)

-Cooperativas Agrícolas: Sistema Ocergs - Sescoop/RS

-Sindicato de Empregados e Trabalhadores Rurais: Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS)

-Propriedade Agropecuária Modelo: Olivas do Sul Agroindústria Ltda.

-Mídia Agrícola: Programa Rio Grande Rural, Emater

-Reforma Agrária: Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS)

-Setor Público Agropecuário: Emater

-Agricultura Ecológica: Cooperação de Produtores Ecologistas de Garibaldi Ltda. (Coopeg)
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 


Legenda: Prêmio Folha Verde distinguiu pessoas, instituições e empresas com atuação em prol do setor primário e do desenvolvimento da economia gaúcha
Crédito: Marcelo Bertani/Agência ALRS

Estudo do Rabobank estima que consumo per capita de lácteos deve ficar estagnado no Brasil

Depois de uma década de crescimento expressivo, a demanda por lácteos está esfriando no Brasil. Um estudo do banco holandês Rabobank estima que o consumo per capita de lácteos deve ficar estagnado em 174 litros (equivalente leite) neste ano no país e cair para 170,7 litros em 2016. A recuperação deve começar a partir de 2017 - uma demanda per capita de 171,16 litros -, com a esperada retomada da atividade econômica.

Segundo o estudo, assinado por Andrés Padilla, analista sênior do Rabobank Brasil, a atual crise econômica no país - com desemprego crescente e inflação em alta - está impactando a renda real do brasileiro, um fator determinante para o crescimento do consumo desse tipo de produto. Com isso, as vendas de lácteos devem se retrair antes de se recuperar, de forma gradual, entre 2017 e 2020.


 
"Os efeitos da recessão vão continuar em 2016", afirma o analista. Conforme o banco holandês, a expectativa hoje é que economia brasileira tenha contração de 2,9% em 2015 e recue mais 1,4% no próximo ano.

Segundo o estudo, no fim de 2014, o consumo de lácteos no Brasil alcançou o equivalente a 174 litros per capita, um incremento de 32% sobre os 132 litros de 2005. O Rabobank aponta, entretanto, que o aumento da demanda não foi equilibrado durante a década passada. Entre 2005 e 2010, a taxa de crescimento anual foi de 3,7% e entre 2010 e 2015, ficou em 1,9%.

Padilla observa que o crescimento da renda real e da população tem uma correlação de 98% com o avanço do consumo de alguns alimentos, como lácteos. Assim, o menor crescimento da população e da renda a partir de 2010 explicam a desaceleração no consumo. Enquanto a real da renda avançou 3,5% por ano de 2005 a 2010, desacelerou para 2,7% de 2010 a 2014. A população também cresceu menos - o avanço foi de 1,1% ao ano no primeiro período e de 0,9% no segundo período. A previsão do IBGE é que cresça apenas 0,74% por ano no período 2015-2020. O envelhecimento da população também tem impacto no consumo de lácteos.

Segundo o analista, a correlação entre renda real e consumo de alimentos é forte em países de renda média baixa, como o Brasil. Naqueles de renda média maior, a situação é diferente. "As pessoas não vão consumir mais [lácteos] do que já consomem", afirma Padilla.

Ele acrescenta que nos últimos anos o consumo de lácteos no food service (restaurantes e lanchonetes) cresceu muito e que quando há redução da renda real "essa é a primeira coisa que as pessoas diminuem [as idas a restaurantes]".

Outros fatores explicam a desaceleração no crescimento do consumo de lácteos, de acordo com o estudo do Rabobank. A maturação do consumo em algumas categorias, em particular de leite fluido, é uma delas. O consumo de leite fluido hoje no Brasil é de 39 litros per capita, um volume superior à maioria dos outros países latino-americanos e não tão distante de níveis vistos em alguns países desenvolvidos, como a Itália (48 litros) e França (51 litros).

Além disso, como observa o estudo, 80% do consumo do leite fluido no Brasil ocorre no Sudeste e Sul, onde o volume per capita ficou em 53 litros e 63 litros, respectivamente em 2014. "Nesses níveis, há espaço limitado para o crescimento nessas duas regiões. Considerando que outras regiões do Brasil têm mercados dinâmicos e demografia diferente - nos quais o leite fluido é menos importante -, uma desaceleração no Sul e Sudeste não pode ser compensada pelo avanço em outra categoria", diz o estudo.

O Rabobank aponta ainda que outras categorias, como queijo e iogurte, "têm muito mais espaço para crescimento no Brasil e não enfrentam saturação em regiões importantes".

A avaliação é que as únicas categorias que devem registrar retração de 2015 a 2020 são leite pasteurizado e cru, que já vem numa trajetória de declínio de longo prazo. Essa redução, diz o banco, continuará a beneficiar o consumo de leite longa vida.

Nesse período, a perspectiva é de um crescimento marginal no consumo de lácteos como um todo, mas algumas categorias devem desempenhar melhor que outras, segundo o banco (ver gráfico). A demanda por leite longa vida e por queijo deve crescer a uma taxa anual próxima de 2% em volume até 2020. (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Tecnologia retém produtor
Após identificar a gestão como uma das principais necessidades da atividade leiteira, o estudante Dionatan Hamester, 23 anos, desenvolveu uma ferramenta para ajudar o produtor a tomar decisões. Foi assim que nasceu, há cinco anos, a Control Milk, uma startup com sede em Teutônia que fornece relatórios zootécnicos, financeiros e gráficos da criação e ordenha. O sistema usa dados históricos, avalia padrões de produção, detecta problemas a serem resolvidos preventivamente e aponta datas corretas para reprodução, alertando o produtor para não esquecer do período recomendado. Graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Univates e sem ligação com o campo, Hamester uniu-se ao sócio, Vilson Mayer, formado em Ciências Agrárias, para criar o programa que hoje está em mais de 200 propriedades dos três estados da região Sul e na Bahia. A ferramenta também tem despertado o interesse de cooperativas, que podem fazer a tecnologia chegar à propriedade rural. Usuário do software, o produtor de leite Diego Dickel, 22 anos, de Teutônia, afirma que a possibilidade de acesso à tecnologia na propriedade pesou na opção que fez por permanecer no campo. "Consigo ver exatamente o período de lactação e verificar bem a previsão de parto, por exemplo", explica. (Correio do Povo)

 

         

Porto Alegre, 07 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.162

 

 Sindilat e itt Nutrifor discutem parcerias

Representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) reuniram-se, na última sexta-feira (04/12), com integrantes do Instituto Tecnológico em Alimentos para a Saúde (itt Nutrifor), da Unisinos, em São Leopoldo, para discutir futuras parcerias. O objetivo é investir no desenvolvimento de novas pesquisas no setor lácteo em geral, a fim de aprimorar a qualidade nos processos de produção de leite. 

A visita ao Instituto vem de encontro com a preocupação do Sindilat em desenvolver novas técnicas que auxiliem no crescimento do setor lácteo gaúcho. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a ideia é trabalhar em prol da cadeia do leite e servir de intermediário entre o mercado e a academia. "Essa aproximação é fundamental para que possamos modernizar os nossos processos, avançar em alguns marcos regulatórios e auxiliar na idealização de novos produtos", destacou. 

A coordenadora do itt Nutrifor, Denize Righetto Ziegler, avaliou que o investimento em pesquisas no setor lácteo é um passo importante. "O estudo nessa área ainda é muito escasso. Nós, como universidade, estamos de braços abertos para mudar esse cenário", disse. Segundo a profissional, esse encontro foi fundamental para estreitar ainda mais as relações com o sindicato. "O Sindilat é um parceiro de muito tempo e foi fundamental na construção do instituto, colaborando desde o início", completou. 

Durante o encontro, os representantes do Sindilat puderam conhecer toda a estrutura do itt Nutrifor, cuja atuação está ligada ao desenvolvimento de novos alimentos, tecnologias e processos, estudos clínicos e nutricionais, segurança alimentar e análises de alimentos. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 


Representantes do Sindilat e do itt Nutrifor durante encontro 
Crédito: Vinícios Sparremberger/Sindilat 
 
 
 
Mais tempo para a gestão da propriedade

Acostumada a acordar às 5h30min para a primeira ordenha do dia, a família Nólio, de Paraí, vive hoje uma nova realidade. Passados três meses desde a chegada do robô Lely Astronaut, importado da Holanda, ainda está reorganizando a rotina, que mudou completamente. Agora, todos têm mais tempo livre para outras atividades e para descansar. "Ainda estamos um pouco
'perdidos', tentando arrumar ocupação para essas horas que sobram", relata Ezequiel Nólio, de 34 anos, que ganhou três horas livres por dia. No sistema convencional de ordenha, o tambo era tocado por Ezequiel e a mãe, Sueli. O pai, Pedro Nólio, sempre cuidou mais da lavoura. "Era muito serviço para só duas pessoas", recorda o sucessor. Com 75 vacas, o acúmulo de tarefas se acentuava cada vez mais pela falta de mão de obra. Foi esta condição que motivou o investimento de R$ 1 milhão, entre máquina, acessórios e melhorias que foram necessárias na propriedade. "Vivíamos correndo contra o tempo. Agora, o relógio despertador
ficou no passado", brinca. Para ajustar o rebanho à capacidade do robô, a família descartou dez animais. A adaptação de apenas três das 65 vacas precisou de algumas semanas. A das demais durou poucos dias. O robô trabalha 24 horas por dia. O criador pode acompanhar todo o processo a distância, pelo celular. "Toda a vida do animal na propriedade fica registrada no sistema", destaca Ezequiel. O leite impróprio para consumo -- colostro ou alterado pelo uso de medicamentos -- é descartado automaticamente em um recipiente à parte.

"O trabalho braçal praticamente  acabou. Agora o trabalho que temos é fazer a gestão dos dados que o sistema apresenta", simplifica Ezequiel. Além da melhoria na qualidade de vida dos produtores, o novo equipamento já apresenta resultados no volume e qualidade da produção.  Com o aumento do número de ordenhas, a propriedade contabiliza incremento de 4 a 5 litros por vaca ao dia. Antes, com duas ordenhas diárias, a produção média era de 30 litros por vaca ao dia. Agora, com a média de três ordenhas por dia, a produção média por animal varia de 34 a 35 litros por dia. A meta é, em dois anos, chegar a uma produção média de 40 litros por vaca ao dia, atingindo produção de 2,4 mil litros de leite ao dia com 60 animais. 

Os testes feitos em laboratório também apresentam melhorias nos parâmetros que indicam qualidade -- contagem bacteriana e células somáticas. Estes resultados estão diretamente ligados à sanidade. Com o maior número de ordenhas por dia, as vacas apresentam menos problemas de saúde do úbere. O leite produzido pela propriedade é entregue à cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa. O diretor industrial de Lácteos da Santa Clara, João Seibel, destaca a importância de ampliar a produtividade para diluir o custo do equipamento. Segundo
o técnico, o investimento é viável para médios produtores, com 60 a 200 vacas em lactação, que poderão aproveitar 100% da capacidade do robô. (Correio do Povo)

Mercado de ingredientes lácteos deve alcançar quase US$ 60 bilhões até 2020

Os ingredientes lácteos, incluindo leite em pó, soro de leite, lactose e caseína, deverão alcançar US$ 59,8 bilhões até 2020, com um crescimento anual de aproximadamente 5,6%, de acordo com um relatório recente. O mercado atualmente está em US$ 45,6 bilhões (dados de 2015), disse o MarketsandMarkets, em um relatório.

A analista do MarketsandMarkets, Shobhana Sekaran, disse que o leite em pó tem sido o ingrediente mais dominante no mercado, com 61% de participação em 2014. "Os leites em pó permitem o desenvolvimento em formulações de uma ampla gama de produtos nutricionais, funcionais e econômicos. Os leites em pó adicionam sabor e funcionalidade a biscoitos, pães, bolos, biscoitos e muffins. O realce do sabor ajuda a trazer um sabor único ao produto no momento de assar e aquecer". O mercado de ingredientes lácteos está atualmente sendo direcionado por um foco do consumidor em dietas saudáveis, especialmente à medida que a população começa a envelhecer, prevalecendo as questões de saúde.

"Uma população envelhecendo demanda alimentos nutricionais ao invés de alimentos comuns, o que direciona o mercado de ingredientes lácteos [na América do Norte]. Junto com isso, a demanda dos consumidores por alimentos nutritivos em esportes é muito alta na América do Norte, que também aumenta o mercado para ingredientes lácteos". O envelhecimento da população não é a única questão; as pessoas em todo o mundo estão agora mais focadas do que nunca em hábitos saudáveis de consumo e demandam alimentos diversificados. Os ingredientes lácteos estão sendo apoiados por isso, bem como por uma necessidade crescente de alimentos convenientes e bebidas lácteas.

Além da saúde, o MarketsandMarkets acredita que os níveis crescentes de renda disponível, particularmente na região da Ásia-Pacífico, ajudará o mercado a aumentar nos próximos cinco anos. "Com o aumento da população e o aumento das rendas, o uso de ingredientes lácteos deverá aumentar devido à demanda dos consumidores", disse Sekaran sobre essa região. "A Ásia-Pacífico é a região de mais rápido crescimento para os ingredientes lácteos devido à sua orientação crescente em direção aos alimentos ocidentais". Outros importantes direcionadores incluirão o crescimento nos setores de aplicação, inovações, pesquisa e desenvolvimento. Isso ajudará a expandir a aplicação do mercado de ingredientes e acelerará seu crescimento. 

Entretanto, o desafio para o crescimento no mercado de ingredientes lácteos é aumentar as alternativas lácteas, de acordo com o MarketsandMarkets. Produtos como a soja estão facilmente disponíveis e a um custo menor do que os lácteos. Outros fatores que poderiam frear o crescimento incluem o aumento nos consumidores afetados pela intolerância à lactose e às alergias alimentares. As companhias também estão adotando outras estratégias de crescimento, como lançamentos de novos produtos, aquisições, acordos e joint ventures para lidar com a maior demanda por ingredientes lácteos em mercados emergentes. Essas estratégias ajudaram as companhias a criar uma grande base de clientes e parceiros em importantes mercados.

Sekaran citou algumas das maiores inovações nos últimos anos, incluindo o lançamento pela Glanbia Nutritionals em abril de 2014 do New Whey Protein - Hydrovon 195, uma proteína para ser tomada pós-exercício físico para acelerar a recuperação e o reparo muscular, bem como o lançamento do PRONATIV em abril de 2013, pela Lactalis, uma proteína usada em aplicações para a saúde. (As informações são do Dairy Reporter)

 
 
Preços/UE
O produtor de leite da União Europeia (UE) recebeu no mês de outubro o valor médio de 30,5 €/100 kg em relação ao valor de setembro (1,9% mais). A elevação é pequena mas o que é realmente positivo foi que o preço subiu pela primeira vez, desde as baixas continuadas que são verificadas desde janeiro de 2014, ou seja 21 meses seguidos. Entretanto, é bom esperar para saber se foi apenas um leve aumento conjuntural, ou se foi iniciada uma mudança de tendências. Ao nível internacional, no último leilão da Fonterra realizado na semana passada, o preço médio teve aumento de 3,6%, depois de três eventos consecutivos em baixa. Na Espanha o preço em outubro também subiu. Passou de 30,4 centavos/litro em setembro, para 31 centavos/litro, em outubro. (Fonte da Notícia:Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

 

         

Porto Alegre, 04 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.161

 

 Conhecidos os finalistas do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo

O 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo conheceu nesta quinta-feira (3/12) seus finalistas. Após uma tarde de muito trabalho, a Comissão Julgadora apontou três nomes em cada uma das quatro categorias: impresso, eletrônico, fotografia e on line. Os vencedores serão divulgados em jantar no dia 10/12, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS).

O presidente da Comissão Julgadora e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS, Milton Simas Júnior, ficou satisfeito com a qualidade dos trabalhos apresentados. "As matérias mostram a inovação na ordenha e nos processos do campo", pontuou.  

O grupo de julgadores ainda contou com a coordenadora da Assessoria de Imprensa da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Regina Sakakibara, a jornalista da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) Izabel Rachelle, o 1º tesoureiro da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (Arfoc), Itamar Aguiar, e o diretor da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Francisco Vitorino. Pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), participaram o presidente Alexandre Guerra e a consultora Letícia Vieira.

OS FINALISTAS

Impresso

- Bruna Karpinski / Correio do Povo (RS) -  Queijo com identidade serrana
- Cleidi Pereira / Zero Hora (RS) - Foco no futuro do Leite
- Danton Jr e Bruna Karpinski / Correio do Povo (RS) - Robô substitui mão de obra na ordenha

Eletrônico

- Bruna Essig / Canal Rural (RS) - Chuva traz impactos à produção de leite
- Dulciana Sachetti / RBSTV Santa Rosa (RS) - Modelo Confinamento Free Stall: tecnologia leiteira garantindo a sucessão familiar no campo
- Marcelo Kielling / Rádio Diário-Diário da Manhã (RS) - Produtividade e os Desafios da produção leiteira no RS

Fotografia

- Diogo Zanatta / Zero Hora (RS) - Para não deixar furo
- Diogo Zanatta / Zero Hora (RS) - Qualidade Remunerada 
- Tarsila Pereira / Correio do Povo (RS) - Produtores de leite protestam contra a crise

On-Line
- Ângela Prestes / Destaque Rural (RS) -  Compost Barn - Mais Produtividade e Conforto 
- Bruna Essig / Canal Rural (RS) - Mapa investe R$ 387 milhões na cadeia do leite 
- Carlos Guimarães Filho / Gazeta do Povo (PR) - Campos Gerais, onde o leite e a soja se encontram 
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Sistema permite controle e quantidade

Já implementada em outros estados do Brasil, a robotização da atividade leiteira é vista como uma forma de aumentar a produtividade por vaca, que hoje é de 1,6 mil quilo por ano no país -- embora em algumas regiões esse índice passe de 7 mil quilos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a produção chega próxima de 9 mil quilos. "Para ter uma maior produtividade temos que fazer inovações e agregar valor para poder manter o ciclo viável para produtor e indústria", afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Alexandre Guerra. Além disso, a robotização minimiza um problema antigo do setor, que é o déficit de mão de obra para a atividade. "Pelo tempo de trabalho que a atividade exige, a automação é uma solução para o produtor", acrescenta o presidente do Sindilat.

Professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), o veterinário Carlos Bondan recomenda que, ao instalar o sistema, o produtor volte suas atenções ao controle do ambiente em que os animais se encontram, de forma a diminuir o estresse animal. "Como a ordenha acaba tirando muito tempo dos envolvidos, com a ordenha robotizada sobra esse tempo para encontrar pontos que estão falhos e corrigi-los", observa. O calor é apontado como o principal fator de estresse. Por isso, a preocupação com a ventilação dentro do condomínio é considerada fundamental. "Se o produtor se preocupa com o controle da temperatura interna dos galpões, os animais sofrerão menos estresse confinados do que expostos às condições ambientais que temos no verão", acredita Bondan. Em um ambiente confortável, a tendência é aumentar a produção. 

A preocupação crescente com a qualidade do leite também é contemplada pelo sistema robotizado. Como se trata de um circuito fechado, o leite sai direto da vaca, a uma temperatura entre 36 e 38 graus, para dentro do tanque de refrigeração, onde a temperatura cai para 2 a 4 graus. Segundo Bondan, esse processo faz com que não ocorram proliferações microbiológicas. "No momento em que a vaca está sendo ordenhada neste equipamento, uma análise indica como se encontram alguns parâmetros que indicam a qualidade do leite", acrescenta. "O equipamento só tem um problema: é muito caro." (Correio do Povo)

 

Santa Clara realiza 15º Encontro de Criadores com Registro

A Cooperativa Santa Clara promove no dia 11 de dezembro a 15ª edição do Encontro de Criadores de Gado de Leite com Registro. Todos os produtores associados que registram seus animais estão convidados a participar do evento, que é gratuito.

O evento acontecerá na Sede da ASCLA, em Carlos Barbosa (em frente à indústria de Laticínios) e contará com palestras técnicas sobre período de transição e estratégias de sucessão, além de um painel com a senadora Ana Amélia Lemos sobre o Cenário Político e da Agricultura.

Programação
9h30min - Recepção
10 horas - Abertura
10h30min - Palestra "O Cenário Político e as Perspectivas para a Agricultura em 2016", com a senadora Ana Amélia Lemos
11h30min - Palestra "Estratégias para a sucessão nos empreendimentos rurais familiares", com o Consultor em Pesquisas e Gestão Empresarial da Consultoria Macrovisão, Lucildo Ahlert
12h30min - Almoço 
13h30min - Palestra "Ambiência e Conforto para Vacas no Período de Transição", com o médico veterinário da Elanco, Márcio Lima
14h30min - Apresentação da Cooperativa Santa Clara
15 horas - Encerramento
(Assessoria de Imprensa Santa Clara)

Uruguai suspende exportações para a Venezuela por falta de pagamento

Em julho, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sorria ao fechar um acordo multimilionário de importação de alimentos do Uruguai, destinada a combater a escassez antes das eleições legislativas da Venezuela. Mas, em vez de pagar os US$ 267 milhões acordados, os venezuelanos depositaram em novembro menos de um quinto dessa quantia, segundo o governo uruguaio. Isso interrompeu os carregamentos para a Venezuela. Os exportadores uruguaios afirmam que apenas um terço do leite e um décimo do queijo previstos no acordo foram despachados para a Venezuela. Os carregamentos não chegaram nem perto das 235 mil toneladas contratadas. 

Atingida pela recessão e uma queda nos preços do petróleo, a Venezuela sofre com falta de divisas, o que afeta o objetivo de Maduro de encher as prateleiras com carne importada, lácteos e medicamentos antes da votação em que seu partido, o PSUV, pode perder a maioria na Assembleia Nacional, no domingo. Fornecer aos venezuelanos uma ampla variedade de produtos com preços controlados funcionou no passado.

Cinco fontes que trabalham nos dois principais portos venezuelanos, no entanto, afirmam que o total de importações caiu 60% em comparação a 2014. Maduro afirma que o país perdeu mais de 60% da renda de que dispunha em 2014, devido ao crash do petróleo. Essas perdas têm minado a estratégia de abastecer o país à véspera da eleição. (As informações são da Reuters)

Brasil mantém cota para importação de leite em pó argentino

Empresários do setor de produtos derivados do leite do Brasil e da Argentina acertaram nesta segunda-feira, 28, em Buenos Aires, a manutenção, ao longo deste ano, do acordo para exportação de leite em pó argentino destinado ao mercado brasileiro. Os limites foram renovados para o período de fevereiro deste ano a janeiro de 2014. A informação é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), confirmada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que acompanhou as negociações.

A renovação mantém em 3,6 mil toneladas mensais a quantidade de leite em pó que os argentinos podem exportar para o Brasil. A medida visa a proteger o mercado doméstico e evitar que se repitam episódios como o ocorrido em 2009, quando a exportação de 10 mil toneladas do produto em um único mês prejudicou o mercado brasileiro. De acordo com a CNA, as importações do leite em pó da Argentina e do Uruguai dobraram entre 2008 e 2009. A entidade pediu ao governo uma política de licenças não automáticas para importação de lácteos, que resultou no primeiro acordo em 2009 e vem sendo renovado. (Agência Brasil)

 
 
Mercado do leite em queda no Uruguai
Segundo o Instituto Nacional de La Leche (Inale), a estimativa do preço médio do leite pago ao produtor no Uruguai em outubro ficou em US$0,26 por litro. Este é o menor valor nominal registrado desde outubro de 2009. Na comparação com o mês anterior, o preço caiu 1,7%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o produtor está recebendo 32,3% a menos por litro de leite. Com relação à captação, os números apontam, para outubro, 204,8 milhões de litros de leite, contra 189,3 milhões captados em setembro deste ano, ou 8,2% mais. Porém, na comparação com o volume do mesmo período do ano passado, houve redução de 1,9% na captação. (Scot Consultoria)

 

    

 

         

Porto Alegre, 03 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.160

 

 Torneiros leiteiros serão regulamentados
               
Um grupo de trabalho foi formado nesta quinta-feira (3/12) para regulamentar os torneiros leiteiros no Brasil. O assunto foi discutido durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura (MAPA), que ocorreu em Brasília. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, que participou do encontro, avaliou a medida como satisfatória. Isso porque há uma ausência de padronização em relação a esses eventos, que são bem tradicionais em feiras de agronegócios do país. O Sindilat integrará o grupo, que deverá começar a discutir o assunto já a partir de janeiro de 2016.  
Na reunião foi aprovada a participação da Aliança Láctea Brasileira, que é formada pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, na Câmara Setorial. Outra novidade é que na próxima segunda-feira (7/12) haverá encontro de representantes do Ministério da Agricultura com o governo Uruguaio, para definir a unificação de normas  entre os dois países envolvendo o queijo processado. 
Durante a reunião foi debatido ainda o andamento do programa Leite Saudável, que busca melhorar a qualificação do produtor. Segundo os dados apresentados, alguns estados estão com dificuldades em aprovar os seus projetos, o que não é o caso do Rio Grande do Sul.  

Reunião da Câmara Setorial da Cadeia de Leite e Derivados 
Crédito: Divulgação/Sindilat
 
 
 
Agropecuária terá PIB positivo em 2015, prevê secretário de Política Agrícola do Mapa
A agropecuária apresentará Produto Interno Bruto (PIB) crescente em 2015, comprovando que o setor continua investindo em aumento de produção e produtividade, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), André Nassar. Nesta quarta-feira (2), ele divulgou nota técnica analisando o resultado do PIB agropecuário do 3º trimestre deste ano, que teve queda de -2% em relação a igual período de 2014. Os números foram anunciados nessa terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com Nassar, a variação anual (quatro trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. "Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014, demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014." Abaixo, a íntegra da nota técnica do secretário de Política Agrícola:

PIB agropecuário do 3º trimestre de 2015

O IBGE divulgou em 01 de dezembro de 2015 os resultados do PIB do 3º trimestre de 2015.

Os principais resultados são os seguintes: 


 
O PIB agropecuário apresentou queda de -2% no 3º trimestre de 2015 em relação ao 3º trimestre de 2014. Essa queda ocorreu por conta de menores produções em lavouras colhidas no terceiro trimestre, sobretudo café, cana-de-açúcar e trigo.

Na taxa acumulada em 4 trimestres a agropecuária apresentou crescimento de 2,1%. O mesmo resultado foi observado na taxa acumulada nos 3 trimestres de 2015 (2,1%). Já o PIB total caiu em ambos os casos. Os dados do terceiro trimestre são bom indicativo do que deverá ocorrer no ano de 2015. Ou seja, o PIB agropecuário em 2015 deverá crescer ao redor de 2%.

A mensagem positiva está no fato de que a agropecuária apresentará PIB crescente em 2015, comprovando que o setor continua investindo em aumento de produção e produtividade. O gráfico 1 mostra que a variação anual (4 trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014 demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014. Os dados de 2014 e 2015 mostram que o setor tem conseguido crescer a uma taxa ao redor de 2% ao ano sem interrupção nos últimos 6 trimestres.

O gráfico2 traz o PIB agropecuário trimestral em valores correntes de 2013 a 2015. Em 2015 o comportamento do PIB agropecuário segue a tendência normal de queda ao longo do ano por conta da entressafra do segundo semestre. (As informações são do Mapa)


 
Custo da pecuária leiteira tem nova alta

O custo de produção da pecuária leiteira teve nova alta em novembro. O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção para a atividade, que mede a variação do custo, subiu 2 % em novembro na comparação com outubro. Em relação a novembro de 2014, os custos subiram 14,2%.    
 
A alta dos combustíveis e óleos lubrificantes, de 7,9%, e os suplementos minerais com variações positivas de 6,6%, puxaram os custos para cima. Outros itens que pesaram mais no bolso do produtor de leite foram os medicamentos veterinários e alguns fertilizantes.

Importante destacar que, depois de quatro meses de alta, os preços do milho e do farelo de soja recuaram em novembro, mas este fato não foi suficiente para puxar o indicador para baixo. A expectativa é de mercado mais frouxo para os alimentos concentrados em curto em médio, com a menor movimentação no mercado interno e para exportação. (Fonte: Scot Consultoria)

RS: reunião em Frederico Westphalen articula formação da Câmara Setorial Regional de Leite

O Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen recebeu, na terça-feira (01), lideranças envolvidas na cadeia produtiva do leite para a primeira reunião de articulação e organização da Câmara Setorial Regional do Leite, que abrange municípios das regiões Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea.

A proposta da criação de uma Câmara Setorial de Leite que envolva os municípios destas regiões para organizar a cadeia produtiva do leite surgiu em outubro deste ano, durante o Seminário Regional do Leite, realizado durante a Feira Regional da Agricultura Familiar, Agroindústria, Artesanato e Biodiversidade, em Frederico Westphalen.

Participaram da primeira reunião de articulação representantes de cooperativas, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Secretaria da Agricultura de Frederico Westphalen, de laticínios da região, o assistente técnico regional de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, o assistente técnico estadual, Jaime Ries, e o coordenador estadual da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes.

O grupo avaliou como positiva a proposta para formação da Câmara Setorial Regional do Leite. Sem dúvida é um grande passo no sentido de organizar a cadeia produtiva do leite na nossa região, afirmou Sangaletti.

Na primeira quinzena de janeiro será realizada nova reunião, buscando a participação paritária entre órgãos públicos, privados, produtores e de representantes da indústria, abrangendo todos os atores envolvidos na cadeia produtiva do leite.

Nesse espaço de tempo, o coordenador estadual da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes, avaliará as formas possíveis para oficializar a criação da Câmara Setorial Regional, que é a primeira em discussão no interior do Estado. (Fonte: Emater/RS)

 
Aquisição
A Coca-Cola deverá entrar em breve no mercado de produtos lácteos no Brasil. Ontem, a companhia, através da Leão Alimentos, e a mineira Laticínios Verde Campo, sediada em Lavras (Sul de Minas), anunciaram que assinaram um contrato de intenções com cláusula de compra. Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a possível operação. Porém, as empresas informam que as negociações ainda estão em curso e não têm prazo estabelecido para a conclusão. Em nota conjunta, as empresas afirmam que os valores e conceitos dos fundadores da Verde Campo sobre inovação e qualidade estão alinhados com o que o Sistema Coca-Cola oferece aos seus consumidores. "Se concretizada essa negociação, o Sistema Coca-Cola Brasil irá inaugurar sua entrada em produtos refrigerados, abrindo oportunidades para no futuro ampliar sua atuação em novos segmentos de bebidas", informa. A empresa mineira tem 15 anos de mercado. A Verde Campo produz iogurtes e queijos. "Já consolidada no mercado de diet e light, a companhia é pioneira e líder absoluta em produtos lácteos sem lactose, sendo proprietária da marca Lacfree". (Diário do Comércio)
 

 

    

         

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.159

 

 Robô substitui mão-de-obra na ordenha

A ideia de que um robô execute as tarefas do dia a dia no campo, possibilitando ao produtor mais tempo livre, há alguns anos lembraria um roteiro de ficção científica. Na produção de leite, porém, este cenário começa a virar realidade. Em dois empreendimentos iniciados neste ano no Rio Grande do Sul, ainda em fase de adaptação, a penosa prática da ordenha passou a ser feita pela máquina, sem a necessidade de mão de obra humana. De início, o aparelho conhecido como Sistema de Ordenha Voluntária (VMS, na sigla em inglês), provocou a desconfiança de alguns produtores associados à Dália Alimentos na pacata Nova Bréscia, onde o robô já está em atividade. Afinal, é a própria máquina que identifica, com um laser, a localização dos tetos, encaixando as teteiras no local correto por meio de um braço pneumático. Antes, cada teto é higienizado pelo próprio robô. Todo o processo de ordenha dura até sete minutos e pode ser repetido cinco vezes por dia, enquanto as granjas normais fazem duas ordenhas. "É um projeto que proporciona conforto e bem-estar aos animais e aos produtores de leite", define o supervisor de Gado Leiteiro da Dália Alimentos, Fernando Oliveira de Araújo. Após a ordenha, o leite é encaminhado automaticamente para um resfriador, e de lá segue para o transporte. "Depois que sai da vaca, ninguém coloca a mão no leite", observa Araújo. O sistema totalmente automatizado permite que apenas cinco funcionários trabalhem no condomínio. A estrutura conta, ainda, com um gerador, que é acionado em caso de queda de energia.

Prestes a ser inaugurado oficialmente, no dia 10, o Condomínio Dei Produttori di Latte Brescia -- batizado em homenagem aos imigrantes italianos -- conta com 16 produtores associados. O investimento de R$ 5 milhões na compra dos equipamentos, importados da Suécia, foi feito pela Dália Alimentos, em parceria com a prefeitura, que cedeu o terreno, e com os produtores, que entraram com o rebanho e com a silagem. Outros três empreendimentos serão inaugurados ano que vem em Roca Sales, Arroio do Meio e Candelária. Embora a ordenha robotizada já exista no Estado (leia mais na página 2), este é o primeiro empreendimento da América Latina em formato associativo com pequenos produtores. Em Nova Bréscia, a ordenha robotizada começou a ser feita em outubro. O local conta, até o momento, com 181 animais -- todos da raça Holandês --, sendo 115 em produção de leite. A capacidade, no entanto, é para 210 em lactação, que serão ordenhados por três robôs. Por enquanto, o período é de adaptação, já que todos os animais eram criados a pasto antes de entrar no condomínio. A produção, hoje, está em cerca de 2,5 mil litros por dia, número considerado baixo para o sistema. "Muda toda a rotina, então essa é uma lactação de transição", explica Araújo. A expectativa é de que, na próxima lactação, a produção fique acima de 30 litros por vaca, o que resultaria em um total de 6,3 mil litros por dia. Para o produtor, a implantação do sistema representa mais tempo para dedicar-se a outras atividades. "Dá para desfrutar da qualidade de vida a que todo ser humano tem direito", afirma Admir Lorenzon, 62 anos, que destinou 20 vacas ao condomínio. "Se não fosse esse projeto, alguns iriam desistir da produção", acredita.

A remuneração ao produtor irá funcionar de acordo com o valor de mercado de cada animal. A ideia da ordenha robotizada surgiu no Conselho de Administração da cooperativa, que demonstrou preocupação com o fato de que muitas famílias não conseguiam fazer a sucessão no campo. "Vimos que o leite é uma atividade rentável, se bem conduzida, mas que teríamos que ter propostas novas. E fomos buscar soluções mundo afora", explica o presidente do conselho, Gilberto Piccinini, que também preside o Instituto Gaúcho do Leite (IGL). A compra dos equipamentos foi concretizada em 2013, após viagem à Suécia. Segundo Piccinini, a viabilidade do investimento está associada à busca por escala de produção. "Essa escala diminui os custos e damos ao produtor a perspectiva de uma melhor qualidade de vida", observa. (Correio do Povo)

 
 
 
Carrossel eleva rendimento

Diferente do sistema que utiliza apenas o braço robótico, a ordenhadeira rotatória, com capacidade para ordenhar 50 vacas em dez minutos, vem sendo utilizada por grandes produtores de leite que não conseguem encontrar mão de obra para a atividade. Há três anos, a Rasip, de Vacaria, investiu na compra de um equipamento como este e conseguiu duplicar o tambo. Na época, a empresa tinha entre 500 a 600 vacas em lactação. Agora, são mil animais em lactação.

Com a ordenhadeira rotatória, há possibilidade de ampliar o tambo para 1,2 mil vacas. "Funciona como uma linha de montagem", explica o diretor de operações da Rasip Lácteos, Celso Zancan. Cada vaca usa uma tornozeleira eletrônica e é ordenhada três vezes ao dia. Para gerenciar a máquina, importada da Alemanha, são necessários cinco funcionários. No sistema convencional seriam necessárias oito pessoas para trabalhar no processo completo de ordenha. "O rendimento é maior", avalia Zancan, referindo-se à mão de obra automatizada.

O equipamento rotatório demora quatro horas para ordenhar os mil animais, criados em confinamento. A Rasip produz de 25 mil e 28 mil litros de leite por dia, em média. Toda a produção é destinada à fabricação de queijo tipo grana. (Correio do Povo)

Tetra Pak e DeLaval aumentarão n° de vacas leiteiras na China até 2020 e promoverão treinamentos

A Tetra Pak e a DeLaval assinaram um acordo com a Associação de Lácteos da China para treinar 150 gerentes de fazendas leiteiras durante os próximos cinco para que eles sejam capazes de administrar fazendas leiteiras de grande escala. A iniciativa é parte dos planos do governo de aumentar o número de vacas leiteiras criadas nessas fazendas de 45% para 60% até 2020 e melhorar a eficiência de produção, aumentando a qualidade dos produtos e melhorando os padrões de bem-estar animal.

A vice-presidente de comunicações da Tetra Pak para a Grande China, Angela Mou, disse que o programa de treinamento inclui gestão de fazendas leiteiras, cria, nutrição e prevenção de doenças. Isso será fornecido por meio de palestras na Universidade de Agricultura (UAC) de Pequim, um estágio de dois meses em uma fazenda modelo da China e uma oportunidade para visitar e estudar na fazenda Hamra, da De Laval, e outras fazendas leiteiras na Suécia.

"Esse programa de treinamento é aberto para gerentes e técnicos de fazendas leiteiras em toda a China, se eles cumprirem o critério de seleção. A UAC selecionará 150 candidatos usando três critérios e os trainees deverão ser gerentes gerais ou gerentes técnicos de fazendas leiteiras (com mais de 300 vacas leiteiras). Eles deverão ter mais de três anos de experiência de trabalho relevante e deverão ter uma base educacional no manejo de animais ou em medicina veterinária".

De acordo com Mou, a indústria de produção leiteira na China tem tradicionalmente sido limitada a fazendas familiares, com somente uma ou duas vacas. À medida que a demanda por leite fluido está crescendo agora em escala massiva, o governo chinês se comprometeu a tornar a indústria de lácteos mais produtiva, criando fazendas maiores e mais eficientes. "Entretanto, o ritmo de crescimento em fazendas de tamanho médio e grande excedeu o número disponível de produtores com habilidades apropriadas. Dessa forma, o investimento em talento qualificado é requerido".

"O leite fluido não é tradicionalmente consumido na China e no Sudeste da Ásia, mas é visto como uma adição saudável à dieta local. Entretanto, as maiores rendas, o crescimento populacional, a urbanização e as mudanças no gosto e na dieta estão levando a uma maior demanda por leite fluido e produtos lácteos".

O professor, Li Shengli, da UAC, e o cientista chefe de Produção Leiteira do Ministério da Agricultura da China, disseram que o consumo de leite fluido ainda está baixo, em menos de 20 litros per capita. "Isso é aproximadamente metade do consumo na Ásia e um quinto da média na Europa. Entretanto, o aumento da renda disponível, combinada com o desejo das pessoas de melhorar sua qualidade de vida, significa que o tamanho e o potencial de crescimento do mercado doméstico é enorme; a China precisa desenvolver sua própria indústria de lácteos".

A Tetra Pak iniciou o programa de treinamento com a UAC em 2013, para treinar gerentes e técnicos para fazendas modernas. Após dois anos do programa piloto, o programa de treinamento mostrou eficácia e foi reconhecido pela indústria de lácteos, bem como pelo governo.

A primeira colaboração da Tetra Pak e da DeLaval foi melhorar as fazendas que forneciam leite cru para o Programa de Nutrição Escolar da China; até 2014, todas as 194 fazendas envolvidas no projeto alcançaram padrões de qualidade da União Europeia (UE). Os esforços conjuntos das companhias também incluem o desenvolvimento de treinamento virtual para produtores por meio de programas de televisão e distribuição gratuita de DVDs e livretos educacionais.

"Os ministérios chinês e sueco assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) em 2012 para fortalecer a cooperação agrícola bilateral, especialmente no setor leiteiro. Como parte do MoU 2012, cada ano os dois ministério enviam grupos de trabalho para se reunir e discutir áreas de cooperação". (As informações são do Dairy Reporter)

PIB brasileiro cai 1,7% no terceiro trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto), medida da produção e da renda do País, caiu 1,7% no terceiro trimestre deste ano na comparação aos três meses imediatamente anteriores, para R$ 1,481 trilhão, informou ontem o IBGE. É o terceiro trimestre consecutivo de queda do PIB, a mais longa sequência desde o ano de 1990, quando o governo Collor confiscou o dinheiro depositado na caderneta de poupança para tentar conter a hiperinflação. O PIB já havia caído 0,8% no primeiro trimestre e 2,1% no segundo na comparação com os três meses anteriores, segundo dados revisados pelo IBGE. A economia entra tecnicamente em recessão depois de retrair por dois trimestres seguidos. Segundo Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o resultado do PIB reflete a fraqueza da demanda interna brasileira, afetada pela piora do emprego e renda, crédito mais restrito e inflação mais alta. "Estamos vendo assim taxas mais negativas na economia", disse Claudia. 

Pela avaliação da FGV (Fundação Getulio Vargas), entretanto, a recessão começou há ainda mais tempo, no segundo trimestre de 2014, quando houve uma piora geral dos indicadores econômicos. Quando comparado ao mesmo período de 2014, o PIB teve um recuo de 4,5% de julho a setembro. A economia assim recuou 3,2% no ano e 2,5% no acumulado de quatro trimestres (12 meses). Nesta base de compara- ção, foi a queda mais intensa da série histórica da pesquisa, iniciada em 1996; e também a sexta queda consecutiva, a maior sequência da série histórica. A manutenção do quadro de recessão fez a economia brasileira registrar o segundo pior desempenho no mundo. O País ocupou, no terceiro trimestre deste ano, a vice-lanterna (41ª posição) do ranking de 42 países que já divulgaram o resultado do PIB no período, apontou a agência classificadora de risco Austin Rating. A retração de 4,5% na atividade econômica brasileira no terceiro trimestre ante o mesmo trimestre do ano anterior só não foi pior do que o desempenho da Ucrânia, país que enfrentou guerra civil, cujo PIB amargou recuo de 7% no período. A economia brasileira sofre com uma combinação de fatores, desde a perda de dinamismo do crescimento econômico global até a conta de anos de uma polí- tica econômica que fragilizou as finanças públicas. 

A crise política também não dá trégua. Os principais componentes do PIB tiveram queda neste terceiro trimestre. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias recuou 1,5%, e os investimentos tiveram queda de 4% frente aos três meses anteriores. Pela ótica da oferta, a indústria teve uma baixa de 1,3% no mesmo tipo de comparação. Segundo o IBGE, o consumo do governo -- o que inclui União, estados e municípios -- continuou crescendo no terceiro trimestre, em 0,3% frente aos três meses anteriores. Frente ao mesmo período de 2014, porém, houve queda de 0,4%. O setor agropecuário contribuiu negativamente para o PIB, uma das surpresas da divulgação, com baixa de 2,4% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Frente ao mesmo período de 2014, a queda foi de 2%. Os dados revisados apontam um recuo ainda maior da agropecuária no segundo trimestre. O valor anterior, de 2,7% de queda, foi ampliado para 3,5%. Segundo a gerente do IBGE, o terceiro trimestre concentrou a colheita de culturas que estão com safra menor neste ano, como café, cana-de-açúcar, laranja e algodão. Claudia disse que o setor responde por 5,2% do PIB brasileiro, e não foi, portanto, o que mais pesou no resultado. (Jornal do Comércio)

 
 
Exportações
As exportações de soja em grãos, farelo e óleo de soja, milho, carne suína, etanol e petróleo bruto do Brasil nos primeiros 11 meses de 2015 já superam os volumes registrados no ano de 2014 inteiro, em um momento em que a desvalorização do real favorece a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.  (Fonte: Reuters)

         

Porto Alegre, 01 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.158

 

 Leilão GDT: apesar de alta, preços permanecem baixos

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (1/12) registrou alta de 3,6% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.419/tonelada. É a primeira subida depois de 3 quedas seguidas no leilão.

O leite em pó integral apresentou alta de 5,3%, sendo comercializado a US$ 2.260/tonelada. O leite em pó desnatado também subiu, indo a US$1.918/ton (3,2%). Já o queijo cheddar manteve a queda do evento passado, chegando a US$2.829/tonelada (-1,5% sobre o último leilão).

Apesar da alta, os preços ainda permanecem expressivamente abaixo dos valores observados entre 2013 e início de 2014, quando o mercado ficou no patamar de US$5.000/ton.

Neste leilão foram vendidas 28.158 toneladas de produtos lácteos, valor cerca de 28,3% inferior ao mesmo período do ano passado. Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também tiveram aumento, com os preços futuros oscilando entre US$2.175 (para fevereiro de 2016) e US$2.454/ton (para junho de 2016). Esses dados mostram que, de acordo com o Leilão GDT, durante o primeiro semestre de 2016 não devemos ter uma retomada dos preços observados no passado recente. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)

 

 
 
Prêmio Sindilat de Jornalismo tem 60 trabalhos inscritos
O 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo começou com o pé direito. Encerradas as inscrições nesta segunda-feira (30/11), foram cadastrados 60 trabalhos de jornalistas de diferentes estados e veículos divididos em quatro categorias: impresso, on line, eletrônico e fotografia. A Comissão Julgadora terá agora um árduo trabalho para eleger os finalistas e os grandes vencedores, que serão conhecidos em festa no Hotel Plaza São Rafael na noite do dia 10/12, em Porto Alegre. 

O corpo de jurados do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo é formado por integrantes da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (Arfoc), Federação da Agricultura do RS (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) e Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Santa Clara conquista 8º Carrinho AGAS

Os Queijos Santa Clara são mais uma vez destaque no Carrinho AGAS, distinção concedida pela Associação Gaúcha de Supermercados para os melhores fornecedores do Estado, eleitos pelos supermercadistas. Quem recebeu o prêmio em nome da Cooperativa foi o diretor Administrativo e Financeiro Alexandre Guerra. O troféu foi entregue pelo diretor da Agas Leonardo Taufer, em evento na Casa NTX, em Porto Alegre.

Este é o terceiro ano que a categoria Queijos é contemplada na pesquisa, que visa se adequar aos hábitos dos consumidores gaúchos. A Santa Clara é reconhecida pela qualidade de seus produtos, recebendo premiações especialmente pela sua linha de queijos, que contempla mais de 20 tipos.

Este é o oitavo Carrinho AGAS conquistado pela Santa Clara. Nas edições anteriores, a Cooperativa foi a Melhor Fornecedora de Laticínios (2010, 2011 e 2012), Bebidas Lácteas (2004), Alimentos Resfriados (2003) e de Queijos em 2013 e 2014, desde que a categoria passou a fazer parte da pesquisa.

A pesquisa é realizada com um questionário aplicados para dirigentes dos 251 maiores supermercados gaúchos e a apuração, realizada pela AGAS em parceria com a Nielsen Brasil, tem como critérios qualidade do produto ou serviço, relacionamento com o varejo, índices de ruptura, capacidade de inovação e cumprimento de prazos. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 
Confirmação
Presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia, Adolfo Brito recebeu a confirmação de que, a partir de 1˚ de janeiro de 2016, serão abertas inscrições para instalação de telefone fixo e Internet de até 1 megabyte em propriedades rurais localizadas a até 30 quilômetros das sedes dos municípios gaúchos. A determina- ção atende à nova resolução da Anatel. A empresa Oi, vencedora da licitação, será a responsável pelos serviços. Após as inscrições, a operadora terá 90 dias para a instalação. O custo aproximado será de R$ 69 a R$ 79 por mês. Segundo Brito, em fevereiro de 2016 será proposta, em parceria com o deputado Elton Weber, a cria- ção de subcomissão para acompanhar a prestação dos serviços. (Correio do Povo)