Pular para o conteúdo

 
 

Porto Alegre, 07 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.729

 

Fenasul reflete dificuldades, mas projeta superação
 

Foto: Carolina Jardine 
A Fenasul 2018, de 16 a 20 de maio, deve marcar um movimento de união do setor laticinista para enfrentar as dificuldades que vêm corroendo a rentabilidade de toda cadeia produtiva.  A tônica foi destaca nos discursos de autoridades presentes no lançamento da exposição, realizado na manhã desta segunda-feira (7/5) no Gabinete da Secretaria da Agricultura, em Porto Alegre. Confiante, o secretário da Agricultura, Odacir Klein, disse que a exposição terá muito sucesso porque, além de diversos patrocinadores, terá esforço expressivo do setor e do governo do Estado, que garantiu infraestrutura e serviços. O evento também contou com a presença do deputado e ex-secretário Ernani Polo, que deu início às tratativas para realização da mostra ao fim de seu mandato.  "Apesar da crise, será um evento excelente com bons resultados", frisou Klein.

Neste ano, a Fenasul e a Expoleite ocorrerão em paralelo a evento da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC), a Copa do Mundo do Cavalo Crioulo. A ideia é reunir forças e levar público ao Parque de Exposições Assis Brasil. Ação essa que deve contar com o apoio da Prefeitura de Esteio. 

A exposição também espera ter aumento na participação de animais. Segundo o presidente da Gadolando, Jorge Fonseca da Silva, a previsão é ter de 30 a 40 produtores e cerca de 200 exemplares da raça Holandês, bem acima dos 136 inscritos em 2017. "Os produtores estão estrangulados e trazer um animal para Esteio custa entre R$ 800 e 1200. Se tivermos recursos para subsidiar a vinda de produtores, podemos chegar a 250 inscritos", prevê, lembrando que o prazo para cadastrar bovinos da raça terminar no final desta semana.  Com o objetivo de enxugar despesas, a organização da feira estuda cortar o uso de pistas cobertas, um conforto implementado apenas nos últimos anos. Além do gado Holandês e do Crioulo, a Fenasul ainda deve contar com provas do cavalo Árabe e aguarda-se confirmação de exposição de aves. Presente no lançamento, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, anunciou apoio ao evento com cota de patrocínio. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Indústria, comércio e agricultura fundam a Câmara de Comércio Brasil-Argentina

Foto: Dudu Leal / Assessoria de Comunicação do Sistema FIERGS 
 
Com a finalidade de promover e incentivar o desenvolvimento das relações comerciais e econômicas entre a Argentina e o Estado do Rio Grande do Sul, foi fundada nesta segunda-feira (7/5) em Porto Alegre, a Câmara Empresarial Argentino-Brasileira do Rio Grande do Sul (CEAB-RS). A solenidade, que ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), contou com a participação do embaixador do país no Brasil, Carlos Magariños.  A nova entidade terá Fiergs, Fecomercio e Farsul são associados honorários. Os demais associados, pessoas físicas e jurídicas, terão seis meses de carência para contribuir. A presidência da CEAB-RS será exercida de forma rotativa entre os representantes dos três setores - indústria, comércio e agricultura. 

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, participou da cerimônia e destacou a importância desta parceria estratégica para o setor lácteo. "Vamos fazer conversações e troca de experiências em busca de novos mercados por meio de ações conjuntas entre os dois países", comentou Palharini. A Argentina tem 10 mil produtores de leite e produz 10 bilhões de litros por ano. Entre as atividades já programadas pela CEAB-RS para 2018 está uma missão comercial do setor de alimentos com visita de empresas argentinas ao Rio Grande do Sul; uma missão comercial, organizada pela Fiergs, de empresas brasileiras à Argentina; e a participação da CEAB-RS na Federação de Câmaras de Comércio Brasil-Argentina. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Importação de leite sobe 40% em abril

De acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em abril, o Brasil importou 39,9% a mais de leite em relação a março, sendo internalizados 91,2 milhões de litros em equivalente leite. Mesmo assim, com as importações mais "tímidas" no começo do ano, o acumulado dos quatro primeiros meses de 2018 é inferior ao volume importado no mesmo período tanto de 2017 quanto de 2016 (-39,7% e -29,6% respectivamente), como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Evolução das importações brasileiras em equivalente leite nos 4 primeiros meses do ano. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.

 
Em abril, o destaque fica o para o leite em pó integral. No mês, foram importadas 6,5 mil toneladas, 111% de aumento em relação a março, mas ainda 13,5% menor quando comparadas às 7,6 mil toneladas importadas em abril/2017. A explicação para essa quantidade importada - mesmo com o dólar em franca valorização em abril - é o fato de esse leite em pó entregue em abril ter sido negociado em meados de fevereiro e em março, quando o dólar estava em torno de R$ 0,20 mais baixo, e o mercado interno vivenciava um momento de demanda de leite em pó integral aquecida e preços em alta.
Entre outros destaques, o leite em pó desnatado (1,2 mil toneladas importadas) teve queda mensal de 14,7% nas importações, com a demanda interna fraca e mercado bem abastecido. Nos queijos, as 2,1 mil toneladas importadas representaram queda mensal de 6,3%. Já a manteiga, ainda por reflexo dos preços internos altos, oferta escassa de gorduras e demanda mais ativa, teve um aumento de 13,4% em seu volume importado, chegando a 669,9 toneladas em abril. Confira na tabela 1 o saldo dos produtos lácteos negociados internacionalmente em abril pelo Brasil.
Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 
Com uma maior importação em relação a março e queda de 18,8% nas exportações, o saldo da balança comercial teve nova queda, chegando a -83 milhões de litros de leite, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.  (MilkPoint)
 

 
 
Queda de preços do leite longa vida pressionou os resultados da Jussara

Depois de ter registrado um resultado recorde em 2016, a Usina de Laticínios Jussara viu seu lucro recuar 97%, saindo de R$ 45,047 milhões para R$ 1,263 milhão no ano passado, de acordo com o balanço publicado pela companhia. A receita líquida da Jussara, que tem sede em Patrocínio Paulista (SP), também diminuiu, a despeito do aumento de 5% nos volumes comercializados, refletindo, sobretudo, a queda dos preços do leite longa vida no mercado. As vendas líquidas da empresa somaram R$ 794,333 milhões, retração de 4,65% em comparação com os R$ 833,042 milhões de 2016. 

 
 
Assim como outras empresas do setor de lácteos, a Jussara foi afetada por um mercado desaquecido e com maior oferta em 2017. A produção inspecionada de leite para processamento cresceu no ano passado, o que fez os preços ao produtor caírem 6% na média no pais, de acordo com Odorico Alexandre Barbosa, diretor-superintendente da Jussara. A disponibilidade de leite longa vida também aumentou em função da maior quantidade de matéria-prima. Os preços do longa vida da indústria ao varejo, no entanto, caíram de forma mais acentuada, 16%, afirmou. "Houve excedente de oferta de matéria-prima e retração no consumo", disse o empresário. Nesse ambiente, as margens da Jussara foram bastante pressionadas, saindo de "atípicos" 12% em 2016 para apenas 1,7% em 2017. Apesar do último ano difícil, Barbosa mostra otimismo e espera um 2018 com melhores resultados. Até em função do próprio ciclo do setor de leite, que intercala períodos de oferta mais elevada de matéria-prima com os de menor disponibilidade, o diretor da Jussara avalia que 2018 "tende a ser melhor que no ano passado". Segundo ele, "o primeiro trimestre ainda está lento", mas as margens "estão mais razoáveis", num cenário de preços "mais comportados" do leite ao produtor. Apostando na melhora do mercado, Barbosa acredita que a Jussara conseguirá alcançar um faturamento bruto entre R$ 1,050 bilhão e R$ 1,080 bilhão este ano. A empresa esperava atingir a marca de R$ 1 bilhão em 2017, mas a queda nos preços do leite longa vida num mercado desaquecido a impediu de bater a meta. A Jussara encerrou o último ano com receita bruta de R$ 929 milhões, abaixo dos R$ 947 milhões registrados no ano anterior. (Valor Econômico)
 
 

Leite/Espanha - Captação recorde de leite na Espanha em março
Em março passado, a captação de leite na Espanha continuou subindo em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas, de forma menos intensa em comparação com os dois primeiros meses de 2018. O incremento em março foi de 1,6%.  Em fevereiro havia sido de 3,7%, e em janeiro de 5,2%. Os pecuaristas espanhóis produziram 627.322 toneladas de leite em março, de acordo com os últimos dados publicados. É um volume mensal recorde.  No primeiro trimestre de 2018 foram captadas 1,8 milhões de toneladas de leite, representando aumento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2018. O preço médio recebido pago foi de 32,4 centavos/litro, caindo 0,5 centavos quando comparado com fevereiro. Ainda assim este preço é 1 centavo maior que o valor pago um ano atrás, e 2 centavos mais que o pago há dois anos. É semelhante ao preço de 2015, mas, fica 6,7 centavos abaixo do valor recebido pelos produtores em 2014. O preço na Espanha está bem abaixo da média da UE-15. O preço calculado pela LTO Nederland em março foi de 33,58 centavos/kg, ou 34,61 centavos/litro, portanto 2,2 centavos/litro acima do preço espanhol. (Agrodigital - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

 
 

Porto Alegre, 04 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.728

 

  Sindilat participa do 2°seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai Gaúcho

A segunda edição do Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai Gaúcho, que ocorreu na quinta-feira (3/5), em Erechim, contou com a presença de 600 produtores de leite da região Norte do Rio Grande do Sul para debater os desafios do setor lácteo. Na ocasião, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, apresentou dados e alternativas para o mercado. Ele também abordou a conjuntura atual e as perspectivas da atividade leiteira. "Se não tivermos o escoamento da produção, corremos o risco que o preço do leite não tenha uma recuperação das margens necessárias ao produtor. A indústria precisa trabalhar com resultado positivo nas suas atividades. Por isso, acreditamos que a alternativa seja a regulamentação do PEP (Prêmio de Escoamento do Produto)", pontou, ressaltando que o setor também necessita que o governo trabalhe a simetria de custos de produção dos países do Mercosul e a compras Governamentais. 

De acordo com o chefe do escritório municipal da Emater de Erechim, Walmor José Gasparin, o foco principal do seminário foi discutir ações tecnológicas na cadeia produtiva do leite, visando prestar esclarecimentos, principalmente, para os produtores da indústria. Além do debate sobre o cenário geral do setor, os produtores que passaram pelo evento puderam participar de quatro palestras que trataram de assuntos específicos da cadeia produtiva. Segundo Gasparin, os assuntos discutidos vão ao encontro às principais demandas do mercado. “Só irão seguir no setor os produtores que assumirem postura de empresários do leite. Além disso, é preciso aplicar a gestão na produção”, destacou. 

A nutrição da vaca leiteira de alta produção foi o tema da primeira atividade do evento, ministrada pelo mestre em zootecnia, Jorge Schafhãuser Junior. Doutor em Agrossistemas da UFSC, Vilmar Fruscalso ministrou palestra a respeito das bezerras de leite lactante. Por sua vez, Marcos Schwarzer, especialista em automação e robótica, apresentou aos produtores como funciona a produção de leite com ordenha robótica. Jorge Lemainski, mestre em Ciências Agrárias (UB), encerrou o evento abordando a fertilidade, manejo, conservação do solo para alta produção de forragem e para produtores de alimentos conversados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Darlan Palharini
 
 
Sindilat marca presença no 8º Seminário Técnico Dairy Quality Day

Troca de informações e atualização profissional proporcionada pelo conhecimento técnico/científico de renomados especialistas na área da cadeia de produção de leite. Assim, foi a quinta-feira (3/5) em mais uma edição do 8º Seminário Técnico Dairy Quality Day – Qualidade em Leite, evento realizado pela CapLab, empresa fornecedora de equipamentos e insumos para laboratórios, em Passo Fundo (RS). Segundo o diretor comercial da CapLab, Vinicius Capeleto, a proposta do evento é estar mais próximo da indústria para promover a troca de conhecimentos. Capeleto destacou a participação de mais de 200 representantes de laticínios. O seminário é itinerante e, a cada ano, ocorre em um estado diferente.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, apresentou o cenário lácteo na visão da indústria e ponderou que o grande desafio é que 99% da produção de leite e derivados é destinada ao mercado interno. "Temos produto com qualidade para exportar, mas o grande entrave é o nosso custo de produção que tem duas variáveis determinantes, que é a produtividade baixa por propriedade rural e alguns insumos na produção de leite no Brasil são mais caros do que na Argentina, Uruguai e Nova Zelândia, por exemplo", pontou. Neste sentido, é que que o Sindilat está trabalhando para ter acesso a esses custos e apresentar a demanda aos governos estaduais e federais.

A consultora do Sindilat, Letícia Vieira, acompanhou as palestras que destacaram temas de grande interesse da cadeia, com uma extensa programação que abordou, de forma geral, o controle de qualidade na indústria de lácteos. Segundo Letícia, o evento aprofundou temas de interesse do setor. Tradicionalmente, os encontros promovidos pela CapLab colaboram para a adoção de melhorias que resultem na maior qualidade do leite e seus derivados produzido nas indústrias.

Para Letícia, eventos com esse perfil, ou seja, 100% focados em questões técnicas e científicas de interesse da cadeia produtiva, são importantes para levantar quais são os erros e acertos que vêm sendo praticados pelas indústrias nos seus processos de fabricação. “O Sindicato precisa estar junto nessas ocasiões, pois além de uma integração com todos os elos da cadeia, é uma oportunidade para conhecer as demandas das empresas sobre questões de qualidade. Consideramos fundamental saber que tipo de conhecimento estão gerando e qual experiência ainda estão precisando”, destacou Letícia.

Entre os palestrantes da edição de Passo Fundo estiveram Carlos Boldan (professor na Universidade de Passo Fundo e orientador do Programa de Residência Integrada em Medicina Veterinária da UPF), que falou sobre a qualidade do leite no Rio Grande do Sul; Antônio Carvalho (especialista em Microbiologia e coordenador do Inovaleite), mostrou uma abordagem diferenciada em relação à microbiologia do leite; Múcio Furtado (técnico em laticínios da DuPont), que abordou os defeitos de fabricação em queijos; Paulo Henrique Fonseca da Silva (técnico em laticínios e mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos), que mostrou como escolher a melhor destinação para o leite (UHT, em pó ou queijos); Maria Cristina Mosquim (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo - ABIQ) sobre pontos importantes da revisão da IN 51 e 62; e por último, Alexandre Leal (médico veterinário e auditor fiscal federal do MAPA) e Ivone Suffert (auditora fiscal federal do MAPA), que informou como o Ministério da Agricultura está abordando o controle de resíduos biológicos e antibióticos na cadeia láctea. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Letícia Vieira

Pacote Agrícola vai estar disponível aos produtores rurais na segunda-feira 

Um dos programas responsáveis por incentivar os produtores rurais a permanecerem no campo e a sucessão familiar nas propriedades, o Pacote Agrícola estará disponível a partir de segunda-feira, dia 7. Alterações na redação que autoriza a concessão do subsídio foram aprovadas pela câmara de vereadores no dia 26 de abril. O início do pagamento estava inicialmente previsto para abril, mas foi necessário adequar a redação da lei. Com a alteração, o pagamento do Pacote Agrícola terá como base os dados consolidados do valor adicionado de 2016 para o enquadramento da faixa de subsídio a ser concedido.

Outra novidade do Pacote Agrícola 2018 é que o incentivo contempla, também, o Programa Troca-Troca de Sementes. A inclusão do Troca-Troca no Pacote Agrícola foi necessária devido a não renovação do contrato do governo do Estado com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Teutônia. Conforme a sub-secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Nara Regina Nichterwitz, o valor de R$ 150 mil, que antes era liberado ao STR para repassar sementes aos produtores, agora estará disponível na secretaria municipal de Agricultura e Meio Ambiente, incluso no Pacote Agrícola. Para receber o benefício, o produtor poderá apresentar o comprovante do pagamento emitido pelo STR de Teutônia. “Assim, a garantia da soma do valor orçado dos dois programas será mantido em favor dos agricultores do município de Teutônia e será concedido por meio do Pacote Agrícola”, salienta. 

Para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Gilson Hollmann, o subsídio é um importante incentivo para que os produtores rurais permaneçam e invistam em suas propriedades. “Sabemos da importância desses programas, na função social deles em manter o homem no campo, bem como oportunizar a sucessão familiar na propriedade. Por isso nos esforçamos ao máximo para mantermos e ampliarmos estes incentivos. Sentimo-nos gratificados em oferecer aos nossos produtores o Pacote Agrícola e os inúmeros outros programas, que tornam o setor agrícola de Teutônia cada vez mais forte”, destaca. 

Os produtores rurais que desejam participar do Programa Pacote Agrícola deverão comparecer na secretaria municipal de Agricultura e Meio Ambiente, sala 38 da prefeitura, munidos do talão de produtor, comprovantes de aplicação do recurso e conta bancária para efetuar o depósito. O subsídio estará disponível até o dia 28 de setembro. Todas as alterações na legislação do Pacote Agrícola também foram aprovadas pelo Conselho Municipal de Agricultura de Teutônia, em reuniões realizadas nos dias 13 de março e 10 de abril. (Jornal do Comércio)

Maggi pede harmonização das leis de insumos agrícolas no Conselho Agropecuário do Sul

Ministros da Agricultura que integram o Conselho Agropecuário do Sul (CAS) assinaram nesta quinta-feira (3), em Assunção (Paraguai), três documentos relativos ao trabalho de 15 anos desenvolvido pelo organismo, aos efeitos das mudanças climáticas sobre o agro e sobre a adaptação do setor às propostas do Acordo de Paris.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu que as reuniões do CAS tomem decisões no sentido de harmonizar as legislações entre os países participantes, como as que se referem ao uso de insumos agrícolas. Ele lembrou que existem substâncias permitidas no Paraguai e proibidas no Brasil. “São pontos que precisam ser mais debatidos pelos ministros do conselho”, enfatizou. Maggi sugeriu também durante seu discurso que sejam incluídas nas discussões do conselho as negociações em curso relacionadas ao agronegócio para o fechamento de acordo entre o Mercosul e a União Europeia. A entidade é composta por ministros do Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile e Bolívia.

No documento do balanço das atividades do conselho foram lembrados esforços conjuntos para a sanidade animal e vegetal na região, para a sustentabilidade agropecuária, adaptações às mudanças do clima e discutidas a importância da região como abastecedora de alimentos para o mundo e a agricultura familiar.

A constituição do CAS está ligada, como foi lembrado, a ocorrência de febre aftosa na região no ano de 2002 e as implicações econômicas e sanitárias que poderiam ter ocorrido sem a articulação e a coordenação que houve entre os países membros da entidade. Um dos pontos em documento assinado pelos ministros destaca que a agricultura é um dos setores mais vulneráveis ao impacto das alterações climáticas, “que podem afetar a produção de alimentos e os meios de vida da população rural”. Daí, a importância de avançar em questões como o acesso ao Fundo Verde para o Clima, de acordo com o texto.

Essas preocupações estão sendo apresentadas pelo CAS na 48ª reunião dos órgãos subsidiários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece até o próximo dia 10, em Bonn, na Alemanha. (MAPA)

 
 
 

Otimismo
A confiança voltou a subir entre empresários do setor de supermercados, conforme medição da Associação Paulista de Supermercados (Apas). De acordo com a pesquisa, 36% dos empresários se diziam otimistas em março, um aumento de 4,5 pontos porcentuais na comparação com fevereiro. A maioria, 42% dos empresários, diz ter uma posição de neutralidade, mas esse indicador recuou 2 pontos desde fevereiro. A Apas chama atenção para o fato de que tem aumentado a confiança dos empresários com relação à possibilidade de criação de novas vagas de emprego no setor no futuro. Em março, 43% dos empresários se diziam otimistas com relação às expectativas futuras para empregos em seu negócio. Em fevereiro, essa parcela era de apenas 11%. (Diário do Comércio/SP)

 
 

Porto Alegre, 03 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.727

 

Baixo preço do leite ao produtor está atrelado à redução do consumo
Preço do leite - Entre o final de 2016 e durante todo o ano de 2017, e ainda nos primeiros meses de 2018, houve uma redução substancial no preço pago ao produtor. Neste mesmo período, houve um aumento médio de 4,5% de produtividade por produtor no Brasil e uma redução de 4% no consumo de todos os produtos lácteos. 

E esta diminuição resultou numa sobra de 10% de leite, o que refletiu diretamente no preço pago ao produtor. A principal redução foi no leite UHT, iogurtes e leite em pó, com aumento de 2% somente no consumo na manteiga. 'Esta sobra de leite puxou o preço para baixo, pois ninguém colocou o produto fora', salientou Darlan Palharini, representante do Sindicato das Indústrias do Leite do Rio Grande do Sul (Sindilat), durante o 18º Encontro do Grupo de Leite de Venâncio Aires, realizado na quinta-feira, 26, pela manhã, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR). Na ocasião, ele abordou o tema ´Mercado futuro do leite`.

Em agosto e setembro de 2016, o preço pago ao produtor atingiu o pico máximo chegando a R$ 1,596. Em dezembro do mesmo ano e durante o ano de 2017, houve uma acentuada redução e não foi superior a R$ 1 e em 2018, está em torno de R$ 1,002. 'O mercado já começa a dar notícias da redução no consumo de leite UHT e do leite em pó a partir de maio de 2018', alertou Palharini. Segundo ele, um dos fatores é o alto número de desempregados no Brasil, que deixam de consumir leite. A classe econômica que mais consome estes produtos são a B, C, D e E e são justamente as mais afetadas com a questão do desemprego. 'Como não há um canal de exportação e não temos outras alternativas, somos muito dependentes do mercado interno, que hoje está freado.'

Palharini frisou que a economia brasileira está em recuperação, porém, muito lenta. A expectativa do setor de lácteos do estado é que 2018 seja melhor que 2017, mas ele acredita que a recuperação maior deverá ocorrer nos próximos anos. A interrogação é se a recuperação da economia vai influenciar no aumento do consumo e, na atividade leiteira, fechar as contas está complicado. 'Se tivermos vacas leiteiras que produzem no mínimo 20 litros por dia, a conta não fecha e praticamente é quase impossível o produtor não ter prejuízo. O leite não pode somente depender do mercado interno brasileiro. Precisamos ter alternativas para o escoamento da produção', referiu.

Para tanto, o Sindilat buscou o apoio do governo brasileiro, que já acenou que não tem como ajudar por falta de recursos. 'O principal instrumento que precisamos agora é o programa de escoamento da produção, caso contrário, o País vai se afogar no leite. É urgente e necessário que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reajuste o preço do leite em pó.'
Novos mercados
Palharini referiu ainda que o Sindilat tem se empenhado muito na busca de novos mercados de comercialização e que o setor depende muito de compra governamental ou do mercado interno. Entre as dificuldades enfrentadas pelo setor, ele aponta que o Rio Grande do Sul consome somente 40% do total que produz e o restante é exportado para outros estados brasileiros, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. O Rio Grande do Sul é hoje o estado maior produtor de leite do Brasil, envolvendo 65 mil produtores. Aumento de produtores soma 25%, o aumento de produtividade soma 7% por produtor e o setor contabilizou uma redução de 22% de produtores no último ano. 

'Nunca o setor enfrentou uma redução tão acentuada no consumo como nos últimos anos.'
DARLAN PALHARINI, representante do Sindilat. (Folha do Mate)

 
 
Pico de vacas e de leite, sem capital levou a Fonterra a um dilema

Dilema/NZ - Keith Woodford explica como o pico de animais, e de leite, mas, sem capital, levou a Fonterra a ficar em uma posição difícil. A Nova Zelândia atingiu seu pico de vacas, 5,02 milhões em 2014/15 e desde então os números declinam lentamente. O pico de leite também foi atingido no mesmo ano, com a produção de 1,9 bilhão de quilos de sólidos do leite (kgMS), e desde então fica alguns percentuais abaixo. O dilema da Fonterra é que seus planos de negócios está baseado na necessidade crescer mais que 30% nos próximos sete anos. Esta foi a mensagem principal da Fonterra apresentada aos seus investidores em dezembro de 2017, pelo presidente Theo Spierings, que ressaltou várias vezes "a liderança pela eficiência de escala", e concluindo que "A Fonterra tem uma forte oportunidade de investimentos". É notável que a Fonterra está vendo o futuro do mundo bem diferente da visão do atual Governo da Nova Zelândia. O Governo diz que o futuro deve estar ligado mais sobre atividades de maior valor agregado. A perspectiva da Fonterra concorda em parte com o crescimento do valor agregado, mas, sem abrir mão do aumento da produção.

Para detectar as especificidades do que a Fonterra projeta para o futuro, é preciso analisar em detalhes o que ela vem apresentando aos investidores que não são produtores de leite. Os investidores profissionais são instituições e investidores diversos que focam no preço das ações. E são também a principal fonte potencial de capital adicional. Eles não possuem votos, e não aparecem nas Assembleias, que são destinadas aos produtores associados, e as mensagens do dia refletem essa situação. A última apresentação feita pela Fonterra a investidores profissionais foi no dia 7 de dezembro de 2017, durou seis horas, com intervalo de uma hora para almoço. Todos os diretores da Fonterra estavam presentes, com a liderança do presidente Theo Spierings. Comparada com as assembleias de acionistas as apresentações com os investidores possuem mais substância e menos rodadas de cunho profissional. A diretoria da Fonterra disse aos investidores que a Cooperativa tem uma posição admirável mas, que, é necessário crescer muito mais. A meta para 2025 é ter 30 bilhões de litros equivalente leite (LME). Em 2017 a Fonterra supriu o mercado global com 22,4 bilhões de LME. O termo LME não é familiar para a maioria dos neozelandeses, mas, tornou-se uma unidade padrão internacional para comparar as diferentes composições do leite. Um litro da Nova Zelândia é aproximadamente igual a 1,15 LME, com alguma variação sazonal em decorrência da produção de sólidos do leite em cada estação do ano. E, 1 kg de sólidos do leite (matéria gorda e proteína), kgMS, corresponde a 13 LME Assim, a Fonterra quer outros 570 milhões de kgMS a cada ano em todo o mundo. A Fonterra estima que poderá aumentar a oferta de leite na Nova Zelândia à taxa de 1,5% ao ano, o que resultaria em 170 milhões de kgMS por ano até 2025. No entanto, isso parece muito otimista. Alguns classificam mesmo de irrealista.Olhando para o futuro, há fortes ventos contrários em relação à produção de leite da Nova Zelândia.  

Em primeiro lugar, há a questão das penalidades aos produtores de leite que alimentarem seus animais com alta ingestão de PKE (torta de palma). Essas penalidades começam na próxima primavera. Em segundo lugar, cerca de 23.000 hectares de terra foram retirados da produção de leite nos últimos dois anos, e outras ainda serão aposentadas, seguindo a tendência de mudança da produção leiteira de pequenas fazendas, para a criação de gado de corte. Terceiro, a crescente pressão para que haja resposta em relação a questões de conformidade de nutrientes. Quarto, que as políticas ambientais estão gerando desconfiança juntos aos agricultores. E, quinto, todo mundo está preocupado com o surto de Mycoplasma.
A Fonterra tem uma preocupação adicional que é estar perdendo Market share para outras companhias, saindo de 96% de participação no ano 2000, para cerca de 82% este ano, e que certamente será menor nos próximos dois anos, com a chegada de novos concorrentes com capacidade adicional de processamento. Independentemente de a Fonterra obter ou não algum crescimento na Nova Zelândia, ou, se de fato, ocorrerá queda significativa, fica claro que os volumes sobre os quais a Fonterra está falando só podem vir de grandes investimentos no exterior.

As recentes discussões a respeito da compra da SanCor na Argentina faziam parte dessa estratégia global. No entanto, nas últimas semanas a Fonterra perdeu a disputa para um comprador local. A Fonterra também se interessou pela compra da Murray Goulburn (MG) na Austrália. Outra vez, as negociações da Fonterra não deram em nada, e a Saputo do Canadá está próxima de se tornar o comprador. Uma alternativa será a Fonterra trabalhar forte para manter sua oferta atual de leite no exterior. Na Austrália, a Fonterra se beneficiou muito nos últimos dois anos diante do comportamento autodestrutivo da MG. No entanto, com a Saputo no controle da MG ocorrerá grande competição para o fornecimento de leite das fazendas australianas. A razão pela qual a Fonterra acha que precisa de mais leite é principalmente, mas não apenas por causa da China. A Fonterra vê a capacidade do aumento de oferta de leite chinês bastante limitada, enquanto a demanda dos consumidores deverá crescer oito bilhões de LME até 2025. Preencher essa lacuna, se ocorrer, exigirá que as importações chinesas aumentem em mais de 75% neste período de tempo. A Fonterra vê muitas oportunidades na China, com manteiga e creme na vanguarda, mas, que não serão os únicos lácteos. Fora da categoria manteiga, onde a Fonterra é claramente a número 1, o desafio não declarado é se a Fonterra terá ou não sistemas e capacidade de aproveitar as oportunidades emergentes de agregação de valor. O registro histórico sugere que isso não acontece. O que ficou óbvio para os participantes do seminário com os investidores profissionais, mas, não foi dito, era que a Fonterra não tem recursos para financiar sua própria transformação. A combinação de grande crescimento em volumes, combinado com transformação em valor agregado implica um grande volume de capital.   As empresas têm três maneiras de financiar seu crescimento. A primeira é pelos lucros acumulados. No entanto, a Fonterra está sob considerável pressão de seus agricultores de que a maior parte dos lucros deve ser devolvida à produção, e é essa prática atual. De fato, este ano parece que não haverá lucros para distribuir e os dividendos prometidos virão do balanço patrimonial. 

A segunda opção de financiamento é assumir mais dívidas. No entanto, a Fonterra não está em posição de assumir muito mais dívidas se deseja manter seus atuais ratings financeiros (que determinam as taxas de juros). A terceira opção é assumir mais capital. O desafio para a Fonterra é que apenas os agricultores que produzem leite podem ser acionistas. Uma das formas de contornar isso seria a Fonterra assumir mais acionistas, abrindo filiais para os agricultores australianos. Fala-se sobre isso, mas, é uma ponte muito longa. O outro caminho seria vender unidades dentro do chamado Fundo de Acionistas da Fonterra. Na realidade, isso significa vender unidades para investidores profissionais, que compartilham dos lucros apesar não terem um voto forma em relação à política da empresa. A desvantagem é que um investimento adicional substancial por parte desses investidores externos causaria considerável protesto entre os acionistas. A preocupação é que seja um passo grande demais para os princípios cooperativos e a perda do controle de fato.

Talvez o primeiro passo seja a Fonterra reduzir suas ambições e se concentrar em trabalhar com o leite que possui na Nova Zelândia. Ainda continuará a ser o maior fornecedor de produtos lácteos do mercado internacional. Estabelecer sistemas para maximizar o lucro desse leite e encontrar o capital necessário para financiar essa transformação deve ser mais do que suficiente para manter o negócio robusto. De qualquer ângulo que se olhe, a Fonterra está preso em uma pedra fincada em um lugar difícil. Não pode culpar ninguém, além de si mesma. ( interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 A digitalização mudará o jogo no campo

A digitalização irá transformar a forma como se faz agricultura no mundo, e da mesma forma -- impiedosa, para os despreparados -- como atingiu outras indústrias. Segundo André Savino, diretor de Marketing da Syngenta para o Brasil, isso significa mudar do jogo. "Como a Netflix fez com a Blockbuster", afirmou o executivo, referindo-se ao impacto que o streaming de filmes teve sobre o mercado de DVDs. Aniquilou toda uma indústria de entretenimento que não se adaptou. No campo, a situação não é diferente. A adaptação para a digitalização determinará quem manterá a competitividade e quem desaparecerá.

Esse migração digital ficou mais evidente em 26 de março, quando a multinacional suíça, agora controlada por chineses, anunciou a aquisição da mineira Strider. Foi o primeiro negócio fechado no país com uma empresa de agricultura digital. O valor não foi revelado. "A digitalização trará um ganho de eficiência sem precedentes", disse ele.  Sediada em Belo Horizonte, a Strider é uma jovem empresa digital focada em soluções para o agronegócio que conseguiu superar as estatísticas que apontam para uma curta vida de dois anos de existência para startups. Criada em 2013, conseguiu ganhar musculatura nacional. Está posicionada de Norte a Sul do país, com um time de 60 funcionários que entregaram mais de 3 milhões de hectares e 2 mil fazendas produtoras de grãos e cana- de-açúcar monitorados.

Com a aquisição, tornou-se também a primeira "agtech" 100% brasileira a passar para as mãos de uma multinacional. "Vemos muito potencial ainda a ser explorado no Brasil. Pretendemos aumentar a densidade - ter mais clientes por cidade", diz Luiz Tangari, CEO da Strider. A Syngenta vinha trabalhando até então apenas com parcerias no Brasil. Ainda tem meia dúzia delas, mas para "ser relevante para o agricultor", diz Savino, era preciso evoluir do ambiente de colaboração para trazer a agenda digital para dentro da multinacional. No exterior, a companhia adquiriu a Ag Connections e, mais recentemente, a empresa de sensoriamento remoto Farmshots.

Parceiras desde praticamente a fundação da Strider, o namoro virou noivado há cerca de seis meses, quando a Syngenta fez a primeira abordagem de compra à Strider. Na semana passada, o casamento foi sacramentado pelo Cade. Como todo o setor, de agroquímicos à maquinário, o agronegócio passa por uma corrida tecnológica que faça frente aos desafios de plantio e controle de pragas com a mudança em curso no clima e de saturação da inovação aos moldes antigos -- a descoberta de novas moléculas, em processos longos e caros. O uso preciso de insumos traz racionalidade ao uso de recursos naturais, como a água e solo, reduz os custos do agricultor e eleva a produtividade na lavoura.
Segundo a Strider, "só acertando o timing foi possível reduzir em 20% a população de pragas" em fazendas que adotaram suas tecnologias. Com a aquisição, Tangari passa a reportar diretamente à área de digital da Syngenta no Brasil, sob a diretoria de André Savino, e a Dan Burdett, líder digital global. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
 

Uruguai - Captação da indústria aumentou 4%
Produção/Uruguai - O volume de leite enviado para as indústrias no primeiro trimestre deste ano aumentou 4%, mostrando uma contínua recuperação da produção, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). As remessas no mês de março acumularam uma produção de 133 milhões de litros, o que significou aumento de 4,5% em relação a igual mês do ano passado. Por outro lado, os envios acumulados nos três primeiros meses de 2018 totalizaram 415,3 milhões de litros de leite, representando 4% de aumento, na comparação com o mesmo período de 2017. Nos últimos 12 meses encerrados em março, a captação total da indústria chegou a 1.898 milhões de litros, representando 6,5% de aumento em relação ao período imediatamente anterior. O preço médio recebido pelo produtor em março, foi de 10,11 pesos por litro, [R$ 1,25/litro], ou US$ 0,36, representando aumento de 5% em ambas as moedas, em relação a fevereiro. (El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Porto Alegre, 02 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.726

 

GDT 
Na última terça-feira (01/05/2018) ocorreu o 211º evento do GDT (Global Dairy Trade), no qual o índice de preços fechou em leve queda de 1,1%, com o preço médio a US$ 3.465/tonelada. Neste leilão, foram negociadas 19.508 toneladas, número próximo ao volume negociado no último leilão, mas 13,8% abaixo em relação às 22.633 toneladas negociadas no evento correspondente há um ano (02/05/2017). Em março, o volume de leite captado pela Fonterra na Nova Zelândia (maior cooperativa do país) foi 3% menor em relação a março de 2017, enquanto o acumulado da safra até o momento aponta para captação 2,1% menor em relação à safra passada. Por outro lado, a sinalização de aumento de produção em outros mercados importantes, como União Europeia e Estados Unidos, faz um contraponto à situação da produção neozelandesa.

Nas gorduras, após uma forte recuperação nos preços no leilão passado, o índice de preços do AMF caiu 1,9%, e a média fechou a US$ 6.032/tonelada com expectativas de novas quedas, uma vez que os contratos futuros apresentam desvalorização em quase todos os meses negociados. Ao mesmo tempo, a manteiga manteve-se estável (após duas altas consecutivas), fechando a US$ 5.647/tonelada - com boa competitividade quando comparada com a manteiga da Europa, atualmente em torno de US$1.400/tonelada mais cara. O queijo cheddar teve sua quarta alta consecutiva (+3,1% no índice de preços), atingindo 4.024/tonelada, o maior valor desde outubro/2017. Nos leites em pó, ocorreram movimentos distintos entre o desnatado (alta) e o integral (baixa) neste leilão. No leite em pó desnatado, depois de fortes quedas nos preços em março, os números positivos de importação da China neste início de ano (+10,9% no acumulado de jan-mar em relação ao volume importado no mesmo período de 2017), e o aumento nos embarques da Nova Zelândia com destino à América do Sul e o Oriente Médio ajudaram na recuperação dos preços, e a média fechou US$1.999/tonelada, com uma alta de 3,6% no índice. Já no leite em pó integral, as elevações recentes de preços diminuíram a competividade do produto da Oceania frente ao fornecido pela Europa, ajudando a justificar a queda de 1,5% no índice de preços, que fechou em US$ 3.231/tonelada. (MilkPoint / GDT)


 
CAMPO DE TRABALHO
Os 6.094 postos de trabalho na agropecuária criados no primeiro trimestre no Rio Grande do Sul colocam o Estado com o segundo melhor desempenho em vagas formais no ano, atrás apenas de Goiás. Boa parte, claro, pela sazonalidade, como a colheita da maçã. Vacaria, por exemplo, foi o município brasileiro com o melhor saldo no campo, de janeiro a março. Bom Jesus ficou em sexto no ranking nacional. Confira ao lado os 10 primeiros no Estado e o número de empregos rurais criados com carteira assinada. (Zero Hora)

Impostos/EUAO que gera a cadeia láctea.

Enquanto os norte-americanos apresentam suas declarações ao imposto de renda, eles devem agradecer a indústria de laticínios dos Estados Unidos por gerar US$ 64 bilhões de impostos, de acordo com o "Dairy Delivers". O aplicativo também examina o efeito cascata da indústria de laticínios em outros setores da economia norte-americana e conclui que a cadeia láctea é responsável por US$ 24,9 bilhões de impostos estaduais e municipais e outros US$ 39,5 bilhões em impostos federais. Abaixo está um dos muitos relatórios de uma página que a ferramenta pode gerar. (Usdec - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 

Vacinação contra a aftosa segue até o dia 31 de maio
A primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa foi iniciada on¬tem e se estende até dia 31 de maio. A homologação da vacina por parte dos proprietários deverá ser informada nas inspetorias de defesa agropecuária até o dia 7 de junho, cinco dias úteis após o término. O ato oficial que marca a cam¬panha de imunização do rebanho gaúcho contra a febre aftosa acontecerá hoje, no município de Barra do Ribeiro e contará com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Odacir Klein, sendo realizado às 11h, na fazenda de propriedade de Selito Carboni, junto a BR-116, cerca de 800 metros após o trevo de entrada ao município. É importante ressaltar que os produtores devem adquirir as doses nas agropecuárias credenciadas, atentando para as condições de conservação (que deve ser entre dois e oito graus) e a aplicação da mesma. A expectativa para 2018, de acordo com a área técnica da Secretaria da Agricultura, é de vacinar 13.736 milhões de animais, entre bovinos e bubalinos. A meta de imunização é de ao menos 90% deste total. Em maio de 2017, a cobertura foi de 98,93% e, em no¬vembro, de 97,48%. (Jornal do Comércio)

 

Porto Alegre, 30 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.725

 

Sindilat debate o cenário lácteo com produtores de Venâncio Aires

Foto: Diego Barden dos Santos/Emater

O mercado futuro do leite e os desafios da cadeia foram os principais assuntos abordados durante a 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires, que ocorreu na quinta-feira (26/4), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município. Segundo o engenheiro agrícola Diego Barden dos Santos, da Emater de Venâncio Aires, havia uma demanda dos produtores para falar sobre este tema. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou do encontro para esclarecer como funciona a comercialização e a formação de preços.

"Falamos sobre o cenário lácteo e as iniciativas do sindicato para defender o setor. Um dos problemas é o excesso de oferta. Precisamos de alternativas para escoar a produção", comentou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, citando como exemplo as compras governamentais e o PEP - Prêmio para o Escoamento de Produto, instrumento muito utilizado pelo setor de arroz, por exemplo. Entretanto, no caso do PEP, é preciso que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) "regre" este ferramenta para que possa ser utilizado também pelo setor lácteo, em leilões para leite em pó, queijos e leite UHT. 

Na ocasião, Palharini falou sobre estas e outras ferramentas de incentivo, além de abordar a necessidade de equalização de alguns custos de produção com o Mercosul. "Mas isso requer que os produtores também pressionem os governos, para que demandas como estas sejam atendidas", ressaltou. Mais de 70 produtores participaram da reunião.

Criado em 2015, o Grupo do Leite de Venâncio Aires realiza encontros periodicamente, em geral a cada dois meses. O espaço foi constituído com o objetivo de ser um fórum de discussão da cadeia no município, que tem 176 produtores de leite. Juntos, eles produzem, em média, 8,7 milhões de litros de leite por ano. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

   
 
EEX será a primeira bolsa a oferecer o comércio futuro de leite líquido

A Bolsa Europeia de Energia (EEX) expandirá o comércio de produtos lácteos com o futuro de leite líquido - Liquid Milk Future - a partir de 15 de agosto de 2018. A EEX se tornará a primeira bolsa da Europa a oferecer esse produto. Até agora, a EEX oferece negociações com futuros de manteiga, leite em pó desnatado e soro de leite em pó.

O volume do contrato é de 25.000 kg. Para a liquidação financeira do novo produto, a EEX utiliza o índice EEX European Liquid Milk, que é igualmente composto pelos preços do leite da Alemanha, dos Países Baixos, da Dinamarca e da Irlanda. Os preços baseiam-se no "Observatório do Mercado do Leite" da Comissão Europeia, de acordo com o Artigo 12 (a) do Regulamento (UE) No. 2017/1185 - Anexo II.4 (a).

Atendendo às necessidades do mercado
Sascha Siegel, chefe de commodities agrícolas da EEX, disse que com a expansão da linha de produtos, a EEX está atendendo às necessidades dos mercados de lácteos europeus e permitindo que os clientes se protejam contra os riscos de preços com precisão ainda maior.
"O desenvolvimento dos preços da manteiga, leite desnatado e soro de leite em pó nos últimos anos mostrou que os mercados europeus de lácteos estão sujeitos a tensões significativas nos preços. Estamos convencidos de que o novo produto é um complemento atraente para a gestão de risco nos mercados agrícolas", disse Siegel.

A EEX oferece a comercialização de produtos agrícolas desde maio de 2015. Em 2017, 137.820 toneladas de equivalentes de commodities foram negociadas no mercado de derivativos de leite da EEX. Como resultado, o volume aumentou 68% em relação ao ano anterior (2016: 82.050 toneladas de equivalente de commodity). A EEX desenvolve, opera e conecta mercados seguros, líquidos e transparentes para energia e produtos relacionados. A EEX faz parte do Grupo Deutsche Börse. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Leite em pó/UE

A Comissão Europeia estuda a possiblidade de fazer leilões quinzenais de leite em pó, em lugar de mensais, como ocorre atualmente, com o objetivo de reduzir os estoques, que em março totalizaram 375.701 toneladas. Em relação à negociação União Europeia (UE) x México que se transformou no Tratado de Livre Comércio União Europeia México (TLCUEM) o bloco europeu conseguiu proteção para todas as denominações de origem que propôs.

A última venda de leite em pó feita pela Comissão Europeia, realizada no dia 19 de abril teve um êxito singular, já que conseguiu vender mais que todas as outras rodadas realizadas desde dezembro de 2016. Na oportunidade foram ofertadas 91.855 toneladas, e foram aceitas 24.066 toneladas pelo valor mínimo de 1.050 €/toneladas, quase € 650 menos do que o preço de intervenção. No conjunto, as 18 ofertas anteriores, venderam, juntas, 10.248 toneladas. A próxima venda será realizada no dia 15 de março, disponibilizando 115.112 toneladas.

UE consegue proteção para todas as denominações de origem propostas
Na negociação do Tratado de Livre Comércio entre o Mercosul e a UE, um dos grandes desafios é chegar a um acordo em relação à denominação de alguns produtos como os queijos. Essa situação também ocorreu nas negociações que a UE faz com o México para assinar o TLCUEM. Nessa negociação a UE conseguiu proteger todas as denominações de origem que propôs. "O acordo garantirá a proteção contra a imitação de 340 alimentos e bebidas europeias pelo México, as denominações de Indicações Geográficas", afirma o bloco europeu em um comunicado oficial.

Dentre essas proteções estão o queijo Comte da França, o queijo São Jorge de Portugal, o salame Szegedi da Hungria e a geléia Topoloveni Magiun da Romênia. O bloco europeu propôs ao México uma lista de 340 produtos que deveriam ser reconhecidos e protegidos, dentre os quais 67 tiveram oposição por parte do setor privado mexicano. Ainda continua sem definir a denominação do queijo "manchego". UE entende que o termo deve ser aplicado somente ao queijo de ovelha do centro da Espanha, mas, o México tem seu próprio "manchego" feito com leite de vaca. Para a UE a denominação de origem permite aos consumidores saber que são artigos genuínos e que os produtores europeus ganham um prêmio pela qualidade de seus produtos, uma vez que sua fabricação seja proibida no exterior. Os produtos incluem queijos, vinhos, presuntos, manteiga, cerveja, entre outros.

Durante as negociações, A Câmara Nacional das Indústrias de leite (Canilec) do México argumentou que não deveria impedir a utilização do nome "manchego" nos queijos mexicanos, porque são fabricados com leite de vaca e não são tão curados, enquanto que o da Espanha é elaborado com leite de ovelha, tem cura prolongada e custa muito mais caro. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Expoclara reúne novidade em tecnologia e genética para o leite
Para a produção de bom leite são necessárias boas vacas, mas também tecnologia. A 11ª edição da Expoclara reúne mais de 200 desses animais, das raças Holan¬desa e Jersey; traz inovações nas técnicas de melhoramento genéti¬co, maquinário agrícola de ponta e os produtos derivados do leite que, por fim, chegam a casa do consu¬midor. Com o tema "Onde o campo e a cidade se encontram", a expo¬sição busca fazer bons negócios na Fenachamp, em Garibaldi, entre os dias 3 e 6 de maio. Esta edição irá contar com balcões de negócios no lugar de leilões. Todos os produtores que expõem na feira, associados da Cooperativa Santa Clara, poderão fechar vendas a qualquer momen¬to. "Foi uma demanda que recebe¬mos dos expositores de gado leitei¬ro para esta edição. Uma forma de compor a renda familiar durante a feira", diz o diretor da Expoclara 2018, José Dotta. A Expoclara também terá o Campo Tecnológico Sustentável, desenvolvido em parceria com Emater-RS e Embrapa. A atração apresenta energias alternativas viáveis para a produção no campo, formas mais econômicas de irriga¬ção e fruticultura, além de apre¬sentar as etapas do circuito do leite para os visitantes. O Programa de Melhoramento Genético da Coo¬perativa também é um dos pontos altos no quesito tecnologia, prática que pode definir a longevidade e produção do animal a partir do sê¬men. "A margem de lucro do leite não é muito grande, então os asso¬ciados têm que investir em produ¬tividade. No caso da Santa Clara, é a boa genética que consegue asse¬gurar uma maior escala de produ¬ção", diz Rogerio Bruno Sauthier, presidente da Cooperativa Santa Clara. Esta edição marca os 21 anos da feira e os 106 anos da cooperati¬va formada por 5,5 mil associados. (Jornal do Comércio) 

 

Porto Alegre, 27 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.724

 

   Presidente do Sindilat pede alteração em regra do RIISPOA
 
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, em conjunto com os presidentes dos sindicatos representativos dos estados de Mato Grosso, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Ceará, entregou na quinta-feira (26/4) ao diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura (Mapa), José Luis Vargas, ofício relatando as dificuldades das indústrias em se adequar às exigência contidas no novo Regulamento e Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), em vigor desde março de 2017.

O artigo 258 do Decreto 9.013/2017 (RIISPOA) prevê que os estabelecimentos devem manter permanentemente o leite sob temperatura de 4°C. Com base na realidade do setor, as entidades sugerem que a temperatura determinada para conservação e estocagem do leite passe a ser de 6ºC. Embora as indústrias de laticínios estejam trabalhando para se adequar à determinação, algumas dificuldades impedem que o regulamento seja colocado em prática, independentemente do porte do estabelecimento.

Entre os gargalos apontados pelos dirigentes está o fato de que as fábricas foram dimensionadas para atender às regras da Instrução Normativa 62 (IN 62), que prevê o resfriamento do leite a 4°C sem a necessidade de manter a essa temperatura; a forte demanda na aquisição de equipamentos para o frio para atender a um mercado formado por cerca de 3 mil fábricas; o alto valor do investimento em equipamentos em um período de queda significativa do consumo; o aumento do fluxo de entrega do produto, associado às altas temperaturas externas que impedem a manutenção da temperatura exigida; além da escassa oferta energética, dependendo da região onde o laticínio está localizado.

De acordo com o ofício assinado pelo presidente do Sindilat gaúcho e pelos demais estados, existem trabalhos publicados no Brasil e também no exterior que mostram que a manutenção do leite a 6°C por 48 horas não altera as contagens de psicrotróficos (micro-organismos) quando comparados a 4ºC.

O documento foi entregue dentro da programação do 4º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria da Alimentação e de Laticínios, realizado nos dias 26 e 27 de abril, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. O evento, que reuniu 22 presidentes de sindicatos e contou com a representação de 16 estados brasileiros, além de trocas de experiências também abriu espaço para debater questões sindicais e de oportunidades para o setor.

De acordo com Guerra, a agenda incluiu conversa com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) durante a reunião na CNI e visita ao Ministério da Agricultura (Mapa). "Abordamos o tema relativo ao Impacto Regulatório, e fomos informados de que a Anvisa está criando um novo fluxo de execução para permitir uma construção mais efetiva dessa regulação", salientou o presidente do Sindilat. Segundo ele, o setor terá a oportunidade de falar sobre os prazos necessários para implantação das mudanças.  "A reestruturação da agenda vai minimizar os impactos com gastos devido às constantes mudanças de embalagens, por temas definidos na Anvisa", destacou o dirigente.

No Ministério da Agricultura, a comitiva de representantes da indústria conheceu o funcionamento do SISMAN - Sistema de Monitoramento de Atos Normativos, ferramenta da Agricultura que até o próximo ano permitirá que pessoas físicas e jurídicas deem sugestões em processos de consultas públicas. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 
Foto: Miguel Ângelo/CNI
 
 
Lideranças debatem escoamento da produção em audiência pública na Festileite

As alternativas para escoar a produção e aumentar a competitividade do setor lácteo foram debatidas em audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (27/4) em Anta Gorda, durante a 7ª Festileite. Na ocasião, o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, contribuiu com relato sobre os desafios para conquistar novos mercados. "Ainda esbarramos no custo de produção, que é bem mais alto em relação a outros países", comentou, ressaltando a importância de ter instrumentos, como as compras governamentais e o PEP - Prêmio para o Escoamento de Produto, para acessar mercados internacionais. Certa de 250 pessoas, entre estudantes, produtores de leite e autoridades participaram do encontro, que ocorreu na Sociedade Cultural e Recreativa Carlos Gomes. 

O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, doutor em Economia dos Recursos Naturais, mestre em Ciências Agrícolas e considerado umas das referências no setor lácteo nacional, participou do debate. Para o deputado Alceu Moreira, proponente da audiência pública, o debate "não poderia ter sido melhor". Segundo o parlamentar, o amplo conhecimento técnico de Spies possibilita uma discussão que mostra quais são as possibilidades sem trabalhar com "coitadismos". Moreira se comprometeu a alguns encaminhamentos para debater em Brasília: a simetria com o Mercosul - possibilidade de livre comércio para insumos entre os países e o preço mínimo para o leite. 

Também estavam presentes na audiência pública o diretor da Laticinios Domilac, Rodrigo Pohlo, o assessor da Fetag Márcio Langer, o veterinário Fernando Groff, da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi), e o fiscal federal agropecuário da superintendência do Ministério da Agricultura no RS, Roberto Lucena, responsável pelo Programa Mais Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Receita do leite longa vida despencou em 2017
 
Num ano em que o consumo de leite longa vida no país superou as expectativas da indústria e cresceu 2,8%, batendo recorde, a receita do segmento caiu mais de R$ 2 bilhões, afetando a rentabilidade das empresas. Em 2017, a produção nacional ultrapassou os 7 bilhões de litros, de acordo com estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV). No ano anterior, havia somado 6,830 bilhões de litros.

O crescimento no longa vida, segundo o presidente da ABLV, Laércio Barbosa, foi estimulado sobretudo pela maior oferta de matéria-prima no ano passado, quando a produção brasileira de leite inspecionada avançou 4,1%, para 24,1 bilhões de litros. Mas a maior oferta - num mercado patinando - derrubou os preços do leite longa vida comercializado pela indústria, o que fez a receita do segmento recuar 13%, saindo de R$ 17 bilhões em 2016 para R$ 14,750 bilhões no ano passado, estima o presidente da ABLV.

"O crescimento da produção ficou acima da expectativa. Como houve aumento grande de produção de leite no ano passado, a maior parte da oferta adicional foi direcionada para o longa vida, que é um produto de giro mais rápido", afirma Barbosa. E o crescimento da produção doméstica de matéria-prima também desestimulou a importação de lácteos em 2017 (ver quadro) pelo país, diferentemente do ano anterior.


 
Embora tenha havido uma recuperação do consumo de leite longa vida no segundo semestre do ano passado - graças justamente aos preços mais baixos -, a rentabilidade da indústria nacional seguiu pressionada. A razão é que as cotações do produto vendido pelas empresas caíram mais do que as da matéria-prima.

Segundo o dirigente, os preços médios de venda do leite longa vida no atacado recuaram quase 16% entre 2016 e 2017, para R$ 2,10 o litro. As cotações do leite ao produtor no país também recuaram na mesma comparação, mas de forma menos acentuada - 8,8%, para R$ 1,14 o litro.

Ainda que o mercado de leite longa vida esteja apresentando um comportamento instável desde o início do ano, a expectativa da ABLV é de novo crescimento do consumo no país em 2018, até maior do que o do ano passado. "Se a economia do país crescer 2,5%, o segmento pode avançar além disso", diz Barbosa. Segundo ele, a recuperação ainda não é firme, e o mercado de bens de consumo, como o leite, tem refletido fatores que antes não pesavam tanto, como menor disponibilidade de dinheiro em determinados meses do ano.

Mesmo assim, Barbosa é otimista e também prevê recuperação dos preços do leite longa vida após a forte queda do ano passado. Entre fevereiro e março deste ano, os preços do produto já subiram. O cenário já reflete os sinais de que a oferta de matéria-prima este ano deve crescer com menos ímpeto no país. Para a ABLV, o maior custos dos grãos usados na ração do rebanho leiteiro este ano e a acomodação dos preços ao produtor - no primeiro trimestre já houve queda de 10% em relação a igual período de 2017 - devem segurar o crescimento da oferta de leite. A previsão é de avanço de 2% a 3%. Com quase 30 associados, a ABLV ampliou sua atuação e abriga agora também, além do leite, outros lácteos longa vida, como leite condensado, creme de leite e bebidas lácteas. (As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint)

Leite/Europa 

Na Europa, e particularmente na Alemanha, a produção de leite continua elevada, mas, no período gelado, entre fevereiro e março o crescimento diminuiu. No total, existe menos leite do que o planejado pelas indústrias de laticínios. 

Assim a oferta de produtos lácteos na Europa Ocidental está mais apertada do que o desejável, pressionando os preços em todos os mercados, mas, especialmente para a manteiga e creme. Os produtores de leite são beneficiados porque a tendência de preços firmes no mercado estabiliza o valor pago pelo leite cru. É possível o retorno dos preços da manteiga. A produção de leite na União Europeia (UE) nos últimos doze meses, março de 2017 a fevereiro de 2018, comparado com o período anterior, aumentou 2,9% de acordo com a Eurostat. A variação percentual dos volumes nos principais países produtores da UE são: Alemanha, 32,2 milhões de toneladas, +1,6%; França, 24,7 milhões de toneladas, +2%; Reino Unido, 15,2 milhões de toneladas, +4,6%; Holanda, 14,3 milhões de toneladas, -0,1%; e Itália, 12,1 milhões de toneladas, +4,8%. No primeiro bimestre de 2018 a produção de leite da UE acumulou crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2017, divulgou o site CLAL.

A produção de queijo na UE nos últimos doze meses encerrados em fevereiro de 2018, comparada com o período anterior, cresceu 2,7% de acordo com a Eurostat. As variações entre os maiores produtores foram: Alemanha, 2%; França, -0,3%; Itália, 5,3%; Holanda, -1,6%; e Polônia, 5%. E no primeiro bimestre de 2018 a produção de queijo subiu 3,4% em relação ao primeiro bimestre de 2017.
Na Europa Oriental, a produção de leite na Polônia nos últimos doze meses encerrados em fevereiro de 2018, comparado com a produção de março de 2016 a fevereiro de 2017, aumentou 4,8% de acordo com a Eurostat. Enquanto que a produção de leite acumulada de janeiro e fevereiro de 2018 subiu 3,3% quando comparada com os primeiros dois meses de 2017. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 

Rentabilidade/AR 
Um boletim divulgado pelo Observatório da Cadeia Láctea (OCLA) com dados do INTA mostra que a rentabilidade foi negativa em fevereiro e março de 2018. Segundo cálculos do Instituto de Economia do INTA publicados pelo OCLA, a rentabilidade média ponderada de todas as regiões produtoras de leite foi em fevereiro e março -0,1% e -0,2%, respectivamente, contra +2,4% e +2,5% nos mesmos meses de 2017.  No mês de março o preço médio do litro de leite foi 5,94 pesos, [R$ 1,02/litro], de acordo com a informação de 286 empresas, o que representa um aumento mensal de 3%, e interanual de 15%. A produção de leite em "tambo" constante subiu 14% em relação a março de 2017, mas, houve queda de 2% em relação a fevereiro de 2018. Os preços, pesos/por litro, por províncias foram: Buenos Aires, 6,09; Córdoba, 5,84; Entre Ríos, 5,89; La Pampa, 5,81; Santa Fe, 5,93; Santiago Del Estero, 5,88; San Luis, 5,89; Salta, 6,27. A bonificação por sólidos totais foi de 85,68 pesos/quilo. As exportações apresentaram crescimento de 6% em volume e houve variação de 5% no preço do leite em pó integral. As vendas para o mercado interno registraram queda de 4% para o leite fluido, e de 1% em outros produtos. Mesmo assim houve alta de 15% no preço do leite em pó. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)

 

 

Porto Alegre, 26 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.723

 

  Setor Lácteo será tema de audiência pública em Anta Gorda (RS) 

Para debater o atual momento e alternativas do setor leiteiro, representantes da cadeia produtiva participarão de audiência pública nesta sexta-feira (27/4) em Anta Gorda (RS). O debate, que integra a programação da 7ª Festileite, iniciará as 9h no Parque Municipal de Eventos. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, estará presente para contribuir com relato referente aos desafios da indústria, produtores e Governo da crescente necessidade de exportar achar canais para escoar a produção de leite. 

Na terça-feira (24/4), durante reunião dos Associados, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, convidou os associados a participarem das audiências públicas que estão sendo realizadas para debater o setor lácteo em todo o país.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Camex autoriza início de tratativas para abertura de contencioso na OMC

Os ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizaram por unanimidade o início das tratativas de abertura de contencioso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contestando barreiras impostas pela União Europeia à carne de frango brasileira. A proposta foi encaminhada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) depois que o bloco econômico decidiu embargar exportações alegando a presença de salmonella no produto.

“A comunidade europeia argumenta com uma questão sanitária, mas se os frigoríficos brasileiros pagarem uma tarifa de 1.024 euros por tonelada e mandarem tudo como carne in natura, o produto entra na UE sem problemas sanitários”, informou o ministro Blairo Maggi. “Então não é uma questão de saúde. E é isso que nós vamos reclamar na OMC”, explicou. Pagando a tarifa extra-cota, as exigências sanitárias quanto a salmonellas são reduzidas de 2600 tipos da bactéria para dois.

O ministro Blairo Maggi encontrou-se antes da reunião da Camex com os ministros de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, para esclarecer os problemas enfrentados com a UE.

Cota tarifária
A UE impõe critérios microbiológicos diferentes para detecção e controle de Salmonella para carnes de aves in natura sem sal e carnes de aves in natura com sal. O critério aplicado à carne de aves sem sal restringe-se à detecção de apenas dois tipos de bactéria (S. Enteritidis e S. Typhimurium). Nas carnes de aves salgada e temperada (cruas), o critério é de detecção de Salmonella spp (qualquer um dos mais de 2.500 tipos da bactéria).

Em função da semelhança existente entre os dois produtos de carne de aves (não submetidas a nenhum processo de preservação além do resfriamento ou o congelamento), o Mapa entende que a adoção de critérios tão distintos constitui barreira sanitária às importações e à comercialização, sobretudo em virtude da falta de comprovação ou evidência científica que sustente o tratamento diferenciado.

Resolução de controvérsias
A abertura de um painel acionando o Sistema de resolução de controvérsias na OMC proposto pelo Mapa visa fazer com que prevaleçam segurança e previsibilidade no sistema multilateral de comércio.
A Camex é integrada pelos ministros: chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o preside; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; das Relações Exteriores; da Fazenda; dos Transportes, Portos e Aviação Civil; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Mercosul
Ainda na reunião desta quarta-feira (25) o Conselho de Ministro da Camex aprovou a criação de Grupo de Trabalho para harmonizar critérios de avaliação de risco de insumos agropecuários utilizados no Mercosul. A medida visa promover a competitividade do agronegócio na região, com base na harmonização de procedimentos regulatórios.

O grupo abordará questões referentes aos custos de insumos agrícolas, como agroquímicos, máquinas, equipamentos agrícolas e peças. A facilitação do comércio na região é o objetivo principal do grupo de trabalho. 

A secretaria executiva da Camex delegou a coordenação do GT ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A primeira reunião deverá ser convocada ainda nesta semana. (MAPA)

Produção de leite na UE cresceu 3,5% nos dois primeiros meses do ano
 
O último relatório do Observatório do Mercado de Leite da União Europeia (UE) mostra que nos dois primeiros meses de 2018 a produção acumulada aumentou 3,5% em relação ao mesmo período de 2017. Em toda a UE, apenas cinco países, entre janeiro e fevereiro, registraram dados negativos, com a redução máxima ocorrendo na Hungria (queda de 3%). Já na Holanda, a baixa foi de 0,5%. No lado oposto estão Bulgária, onde houve aumento de 27,9% e Romênia, onde o aumentou atingiu 10,4%. A Irlanda registrou um aumento de 5,6%; Alemanha e Espanha registraram aumento de 4,5%, enquanto na França, esse aumento foi de 3,8%.

 

Fevereiro de 2018
No mês de fevereiro, foi registrado um aumento de 2,9%, o que se traduz em um aumento de 340 mil toneladas. Três países respondem por grande parte desse aumento: Alemanha, Itália e França, apresentando um aumento quantitativo de 90.000, 61.000 e 60.000 toneladas, respectivamente. (As informações são do Agronews Castilla y León)

SIAL Paris

Foi há mais de meio século que o International Food Show (SIAL) tinha como objetivo tornar-se a maior rede mundial de feiras de alimentos. A aposta foi ousada mas deu certo, e a próxima edição do SIAL Paris já está marcada para o período de 21 a 25 de outubro de 2018 em Paris Nord Villepinte, na capital francesa.

Este evento bienal tornou-se o lugar de encontro para representantes da indústria de alimentos mundial. “O setor de alimentos terá os olhos voltados para Paris em outubro de 2018”, alerta Nicolas Trentesaux, diretor da rede SIAL. “Não nos esqueçamos de que a agroalimentar é uma das indústrias mais dinâmicas na maioria dos países do G20! Chegar ao SIAL Paris é justamente descobrir oportunidades de crescimento, assim como novas tendências; É um excelente trampolim para alcançar os objetivos ambiciosos com os quais as partes interessadas em alimentos estão comprometidas.

Para o diretor, o SIAL Paris é uma plataforma única de inspiração que permite testar novos mercados, lançar novos produtos e conhecer os principais profissionais do setor para discutir os desafios futuros.” E também é um laboratório real: departamentos de pesquisa e desenvolvimento D de todo o mundo estão finalizando suas inovações para poder testá-las nos corredores do show. Mais de 2.500 inovações serão apresentadas em uma prévia mundial no SIAL Innovation para inspirar cada vez mais a indústria agroalimentar”, anunciou o diretor.

Sial Paris 2018
De 21 a 25 de outubro 2018
Paris Nord Villepint
Informações: 11 98136-1126 ou e-mail: brazil@promosalons.com
(Newtrade)
 

 

Fenasoja será aberta amanhã

Começa nesta sexta-feira, em Santa Rosa, mais uma edição da Feira Nacional da Soja (Fenasoja). A abertura oficial do evento está marcada para as 10h. Logo após, ocorre a cerimônia de encerramento oficial da colheita da soja no Brasil, com a presença do ministro de Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, do vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli, de secretários de Estado, deputados e senadores. Durante a tarde, uma audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal vai debater a segurança no campo e os desafios para a produção. Na próxima semana, começam os julgamentos morfológicos e haverá concurso leiteiro das raças Holandês e Jersey. No espaço ExpoRural, que terá 32 expositores, caravanas de produtores conhecerão novidades em tecnologias aplicadas ao campo. No total, a feira, que segue até 6 de maio, receberá 600 expositores e espera público de 250 mil visitantes. (Correio do Povo)

 

 

Porto Alegre, 25 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.722

 

  Secretário-executivo do Sindilat vai palestrar na 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires

O secretário-executivo do Sindicato Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Darlan Palharini, será o palestrante da 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires, que acontece nesta quinta-feira (26), a partir das 10h30min, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires.

A presença de Palharini, representando a indústria gaúcha, foi definida ainda em novembro de 2017, quando os pecuaristas da região manifestaram a intenção de conhecer mais a fundo o funcionamento do mercado de leite. O secretário-executivo do Sindilat vai abordar o tema “Mercado Futuro do Leite e Desafios da Cadeia”, em evento que promete casa cheia, com a participação que deve superar 100 produtores de leite de Venâncio Aires e municípios do entorno. 

Segundo o engenheiro agrícola do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos, o atual preço pago pelo litro do leite é o grande gargalo do produtor.  Mesmo com as dificuldades, conta o técnico, a produtividade vem se mantendo, e, em alguns casos, até crescendo na região. “Apesar da queda no número de produtores na nossa cidade, registramos uma maior produção e até mesmo ampliação do rebanho”, afirma Santos. Nos últimos anos, em função da crise, 16 criadores abandonaram a atividade. Hoje, o município conta com 160 propriedades leiteiras. A produção de leite na região de Venâncio Aires é realizada em propriedades com média de 9 a 10 hectares e, o rebanho médio, flutua entre 12 a 15 cabeças por produtor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Brasil e Paraguai simplificam regras para o comércio bilateral de bovinos

O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Marques, e o presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (SENACSA) do Paraguai, Hugo Frederico Benitez, assinaram acordo de simplificação do comércio de bovinos entre os dois países. Na prática, foi feita a revisão do Certificado Veterinário Internacional (CVI) para o comércio de bovinos para reprodução entre o Brasil e o Paraguai.

O ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Marcos Medina, participou da assinatura, realizada em agenda paralela à 45ª Reunião da Comissão Sul Americana para Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), realizada em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, durante esta semana. Participaram também representantes dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, envolvidos nesta movimentação internacional de animais, devido à sua proximidade com o Paraguai.

A revisão do Certificado Veterinário Internacional realizada pelo DSA, seguiu as normas da Comissão Regional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para as Américas. Entre as simplificações, está a eliminação de exames laboratoriais que não eram mais exigidos pela OIE para o comércio internacional de bovinos. Mas o diretor do DSA afirma que “será mantido o nível de segurança sanitário necessário a este comércio”.

A estimativa é de que, com esta atualização, até o fim deste ano, deverão ser exportadas 45 mil cabeças de bovinos do Brasil para o mercado paraguaio. Os animais serão destinados à reprodução e melhoramento genético do rebanho daquele país. (As informações são do Mapa)

Preço/SC 

O setor leiteiro em Santa Catarina começa a demonstrar sinais de recuperação. Por quase um ano os preços praticados pelos laticínios na compra de leite dos produtores rurais foram de queda, mas o momento agora é outro.  Em reunião do Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite/SC), na última semana em Chapecó, os valores de referência para o mês de abril demonstraram crescimento de 3,3%.

O leite entregue em março para processamento industrial a ser pago em abril pelos laticínios terá aumento entre três e quatro centavos/litro. Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão R$ 1,2897/litro; leite padrão R$ 1,1215 e abaixo do padrão R$ 1,0195. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.

O aumento do consumo do leite UHT (longa vida) e do leite em pó foi um dos fatores que ocasionou a melhora. Segundo o conselheiro José Carlos Araújo a recuperação de preços do varejo do leite UHT foi de R$ 0,929, o queijo mussarela foi de R$ 0,612, o leite spot (comercializado entre as empresas) de R$ 0.1638 e o leite em pó de R$ 0,465.

As expectativas da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) são de que a retomada no setor seja lenta e gradativa. O vice-presidente do Conseleite e vice-presidente do extremo oeste da FAESC Adelar Maximiliano Zimmer mantém as perspectivas de alta nos preços até o mês de julho com preservação dos ganhos em setembro.

“Os ânimos estão sendo renovados. O momento vivenciado até então era prejudicial para indústrias e produtores, mas estamos superando uma fase difícil”, complementou, salientando que Santa Catarina conta, atualmente, com aproximadamente 80 mil produtores de leite, dos quais 60 mil são comerciais, que geram 8,3 milhões de litros/dia com capacidade industrial estruturada para processar até 10 milhões de litros de leite/dia. (Faesc)

Produção/UE 

O volume de leite denominado “fluxo da primavera”, o pico anual de produção decorrente das excepcionais condições sazonais das pastagens, ficou abaixo das expectativas este ano, devido o mau tempo, embora isso possa se tornar um lucro para os produtores. 

Neve e chuva através do Reino Unido fizeram com que as vacas permanecessem em estábulos mais tempo do que o normal, junto com pastagens escassas, e fazendeiros europeus, incluindo os da Irlanda e da França, também enfrentaram desafios similares. O Comitê britânico de Desenvolvimento Rural (AHDB) informa que a produção de leite da Grã-Bretanha na temporada 2017-18 foi 349 milhões de litros maior que a temporada anterior, destacando que as condições meteorológicas adversas fez com que 19 milhões de litros de leite não fossem captados em fevereiro e início de março, por causa da neve.

Crescimento desacelera
Embora a primavera pareça estar chegando agora, o atraso reduziu o volume de produção de leite em toda a Europa. De acordo com o AHDB, a produção em toda União Europeia (UE) aumentou entre 4-6% desde setembro. John Allen, consultor da Kite Consulting disse: “O tempo, provavelmente reduziu 2% no crescimento entre um ano e outro por toda a Europa e também no Reino Unido. “A produção europeu em seu conjunto cresceu 2%, na comparação anual”. A desaceleração significou que, da perspectiva do preço “foi relativamente bom. De um modo geral cresceu pouco”.

Embora Allen reconheça que as fazendas, ao nível individual foram durante atingidas pelo mau tempo, isto pode não ter sido totalmente ruim. “A maioria precisou manter as vacas em estábulos por mais três ou quatro semanas, isto pode não ter sido de todo ruim”. O “leite da primavera” deverá atingir seu pico na terceira semana de maio, em vez de na primeira ou na segunda, acrescentou. (Agrimoney – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Preços/EUA
“Estamos vendo uma contínua mudança na estrutura do setor lácteo, que vem sendo dominada por produtores cada vez maiores”, explica Scott Brown, economista da Universidade de Missouri. Como os produtores continuam a lutar contra os preços baixos do leite, a paisagem do setor continua mudando no país, à medida que a produção de leite passa das fazendas menores para as médias e destas para as grandes. “Estamos presenciando uma alteração estrutural contínua, que passa a ser dominada cada vez mais por grandes produtores”, explica Scott Brown. “recentemente participei da reunião anual da Federação dos Agricultores (DFA), e eles mostraram que 25% do leite captado é fornecido por 115 fazendas, e os últimos 25% são enviados por 7.800 produtores. Um quadro muito diferente para eles”. Brown espera que os produtores de leite ainda consigam ver o preço do leite se recuperar em relação às quedas acentuadas verificadas no início de 2018, mas, ele não acredita que a melhora seja muito grande, mesmo com a recuperação nas cotações dos queijos. “O preço atual do queijo no mercado é de US$ 1,60, e se continuar, penso que no máximo os preços do leite voltam ao que eram no final de 2017, no mercado das hipóteses, e apenas no segundo semestre deste ano”, acrescentou Brown. Ainda assim, como a maioria dos produtores se lembra, os preços de 2017 não ficaram acima da linha de equilíbrio para a maioria das fazendas. “Eu não acredito que os preços de 2018 propiciem maior rentabilidade, e o segundo semestre também deverá ser muito desafiador”, completa Brown. (Dairy Herd – Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 24 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.721

 

Audiências públicas debatem setor leiteiro
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, convidou os associados a participarem das audiências públicas que estão sendo realizadas para debater o setor lácteo em todo o país. Depois do encontro realizado em Lajeado ontem (23/04), na quinta-feira (26/04) haverá agenda na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis (SC). Na sexta-feira (27/04), está previsto debate em Anta Gorda (RS), durante a 7ª Festleite. O dirigente pediu apoio dos laticínios para dar voz aos dilemas vividos pela indústria frete à opinião pública. Durante reunião de associados realizada na tarde desta terça-feira (24/04), Guerra ainda apresentou dados divulgados pelo Fundesa que relatam os avanços de contribuições e indenizações do setor lácteo. Os números, indicam ele, apontam aumento considerável das indenizações referentes a abates de animais decorrentes de casos de tuberculose e brucelose. Em 2017, foram feitos 406,8 mil testes para as duas doenças, valor 7,7% maior do que os 377,4 mil do ano de 2016. Desde que o Fundesa foi criado, em 2007, já foram pagas indenizações referentes ao abate de 10,3 mil animais em relação à tuberculose e à brucelose, sendo que parte desse total se refere à ação motivada pelo programa Mais Leite Saudável que estimulou a testagem dos rebanhos gaúchos.

IN 62 - Durante a reunião, os representantes dos laticínios ainda conheceram os recentes dados apresentados pelo Ministério da Agricultura sobre uma possível alteração nas INs 62 e 51, que regulam os padrões de qualidade do leite. Presente em Brasília quando da apresentação oficial da proposta, a consultora do Sindilat Leticia Vieira relatou as possíveis alterações aos associados. O Sindilat é favorável a ações que contribuam com a qualidade desde que praticadas em prazos exequíveis. O sindicato aguarda a publicação da consulta pública para se manifestar sobre o tema. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Na foto: Letícia Vieira - Crédito: Carolina Jardine

 
Entressafra eleva valor do leite no Rio Grande do Sul

 

Crédito: Carolina Jardine

Com o avanço da entressafra do leite no Rio Grande do Sul que coloca a produção no menor nível do ano, o valor de referência do litro voltou a subir em abril. Segundo dados apresentados pelo Conseleite durante reunião na manhã desta terça-feira (24/04), na Fetag, o valor projetado para o leite padrão com base nos primeiros dez dias do mês é de R$ 1,0579, 2,2% acima do consolidado de março, que fechou em R$ 1,0351, também acima dos R$ 0,9901 estimados. Nos últimos três meses (fevereiro-abril), o Conseleite indica alta acumulada de 9,58%. 

O professor da UPF Eduardo Finamore explicou que a trajetória de alta do leite justifica-se pelo aumento de praticamente todos os produtos do mix, com exceção do requeijão (-1,13%). O leite UHT teve elevação de 2,84% e o leite condensado, 10,37%. Contudo, alerta Finamore, apesar do reajuste verificado, o leite no Rio Grande do Sul este ano ainda está abaixo dos valores praticados em 2016 e 2017. Conduzindo a reunião, o presidente do Sindilat e vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, pontuou que, comparando os primeiros meses de 2018 com o mesmo período de 2017, a produção vem em expansão e o impacto da entressafra está menor este ano, com baixa de 15% da captação em relação à média do Estado que é de 12,6 milhões de litros/dia. "O primeiro trimestre indica crescimento de captação em relação ao mesmo período de 2017", complementa. 

Guerra indicou que maio deve ser marcado por estabilidade de produção nos tambos gaúchos, um movimento que será reforçado pelo aumento de consumo das famílias em função de períodos de temperaturas mais baixas. Além disso, acrescenta o dirigente, a importação de leite em pó está 56% menor neste primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, e os produtos estão chegando a preços 8% menores no Brasil. "Temos que ver como produzir de forma viável com o mercado desta forma como está  agora. Como ainda não temos essa competência, precisamos da ajuda do governo neste momento". O alerta, indica Guerra, refere-se ao leite UHT que está sendo comercializado abaixo de valores de anos anteriores e que configura 80% da produção do Rio Grande do Sul. "Isso nos preocupa porque tem impacto forte na indústria e no produtor", salientou. Representando o Ministério da Agricultura, o fiscal e ex-superintendente do Mapa/RS Roberto Schöreder acredita que as importações do Uruguai não são responsáveis pela crise no setor. Em sua participação na reunião do Conseleite, Schöreder indicou que a fiscalização no Rio Grande do Sul é rigorosa e que, em todas as últimas análises realizadas, os resultados estavam dentro de padrões de conformidade. "O leite gaúcho vai bem e hoje é o mais fiscalizado e totalmente confiável". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Conseleite PR 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 24 de Abril de 2018 na sede da  FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Março de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 
 
 

 Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)   

 
 
Comissão aprova regras para produção de queijo artesanal 

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Regional aprovou o Projeto de Lei 2404/15, dos deputados Zé Silva (SD-MG) e Alceu Moreira (PMDB-RS), que regulamenta a elaboração e a comercialização de queijos artesanais. O objetivo da proposta é facilitar venda desses produtos no Brasil. O projeto autoriza a comercialização de queijo artesanal em todo o território nacional mediante critérios higiênico-sanitários, como a exigência de certificação de propriedade livre de tuberculose e o controle da potabilidade da água usada nos processos de elaboração do queijo e nas atividades de ordenha.

O relator da matéria na comissão, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), mudou o texto para esclarecer que os queijos podem ser considerados como artesanais com base em critérios regionais e culturais, e não apenas territoriais. Outra alteração feita pelo relator tem o objetivo de reconhecer também como queijos artesanais aqueles produzidos em assentamentos familiares e em grupos de produtores de até quinze participantes. Além disso, o parecer de Colatto prevê que os órgãos de defesa sanitária ficarão encarregados de orientar os queijeiros artesanais sobre a implantação de programas de boas práticas agropecuárias de produção leiteira e de fabricação de queijos artesanais.

Obstáculos
De acordo com Valdir Colatto, a proposta é de extrema importância para os produtores, que há anos enfrentam enormes dificuldades para conseguirem autorização para comercializarem seus produtos no país. Como exemplo dos problemas enfrentados, ele citou um episódio de setembro de 2017, quando a vigilância sanitária descartou cerca de 600 quilos de alimentos que seriam vendidos no festival Rock in Rio, inclusive queijos artesanais. Apesar de os alimentos estarem próprios para consumo e dentro dos prazos de validade, foram jogados no lixo por não possuírem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF)."Todos somos favoráveis a que o Poder Público garanta a segurança dos alimentos comercializados no país; entretanto, as exigências para que um estabelecimento seja inspecionado pelo SIF e o produto possa ser vendido no Brasil, ou até mesmo exportado, estão fora do alcance do pequeno produtor", argumentou Colatto. 

Tramitação
O projeto, que tem caráter conclusivo (quando o projeto é votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensada a deliberação do Plenário) já havia sido aprovado também pela Comissão de Seguridade Social e Família, e ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Canal Rural)

 
 

EUA: declínio da economia agrícola termina
Renda/EUA - Pelo terceiro mês consecutivo, a renda média da produção nos Estados Unidos estará em aproximadamente US$ 60 bilhões, a metade do pico atingido em 2013, diz o think tank da Universidade do Missouri FAPRI em uma previsão para 2018 que também prevê estresse financeiro contínuo nos próximos anos. Um aumento modesto nos preços de milho, soja e trigo em 2019 colocará a renda em acréscimo ano depois de ano. Apesar de austero, a previsão de longo prazo do FAPRI é mais otimista que as projeções do USDA de que a renda do produtor não aumentaria na próxima década. "A força da renda do produtor no longo prazo provavelmente dependerá de algum novo empurrão do lado da demanda", afirmou o diretor da FAPRI Pat Westoff. O boom de biocombustíveis absorveu a capacidade de produção dos Estados Unidos, enquanto que o apetite voraz da China beneficiou os produtores em todo o mundo. Altos estoques em todo o mundo, parte disso como consequência de excesso de oferta, sugere que levará mais de um ano inteiro para que os preços das commodities se fortaleçam. "Os mercados de commodities continuarão voláteis", diz a FAPRI. Será difícil que os preços de cultivos se recuperem neste ano porque dos cinco anos consecutivos em que a produtividade de grãos e oleaginosas excedem as tendências de longo prazo. Depois de grandes incrementos na produção de carne e leite nos Estados Unidos em 2017, os aumentos de produção neste ano pesarão nos preços de gado de corte e laticínios, ao menos que a demanda seja excepcionalmente forte. (Agrolink)

Porto Alegre, 23 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.720

 

Necessidade de reforço na vigilância foi debatida em reunião da Cosalfa
A importância dos sistemas de vigilância passiva, com a notificação de suspeitas, foi reforçada durante a 45ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que ocorreu na semana passada (16, 17, 19 e 20/4), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O evento, que ocorre anualmente, contou com a participação de quatro técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi). Durante o encontro, foi debatido o recente caso de aftosa na Venezuela. 

"Precisamos reforçar a vigilância, para evitar que a doença reingresse, e cobrir os pontos de risco, priorizando ações de fiscalização na fronteira, por exemplo", explicou o veterinário Fernando Groff, coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa no Rio Grande do Sul, da Seapi. Em seu relato sobre o encontro, o técnico também destacou a importância de ter sistemas de compensação eficientes, citando como exemplo o Fundesa, que no Estado indeniza os produtores que eliminarem animais com a doença. 

Diante do atual cenário, Brasil e Rio Grande do Sul devem manter-se alerta. Segundo Groff, todos os atores envolvidos na cadeia produtiva, desde produtores, transportadores e indústria, incluindo as entidades ligadas ao Fundesa e o poder público, precisam estar alinhados à esta preocupação constante com a vigilância. Entre os cuidados que devem ser tomados, está a desinfecção dos equipamentos e a inspeção clínica dos animais. O coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa ressaltou ainda que os novos focos da doença na Venezuela impactam a médio e longo prazo nas diretrizes gerais previstas pelo plano estratégico com metas para 2020. "Mesmo que tenhamos áreas livres de aftosa, não podemos deixar de ter um plano. Temos que nos manter mobilizados", enfatizou, recordando episódio que ocorreu no Japão, país onde a doença retornou após mais de cem anos. Também participaram da reunião da Cosalfa os técnicos Graziane Rigon, Marcelo Goecks e Michele Maroso, todos da Seapi. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
UMAPARCERIA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CADEIAS DO TRIGO, ARROZ E LEITE

instabilidade de três importantes culturas do agronegócio gaúcho tem nos preocupado. Os problemas que trigo, arroz e leite vêm passando nos fizeram procurar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a elaboração de um projeto de desenvolvimento das culturas. Não se trata de encontrar medidas paliativas, mas um planejamento estruturante que envolva políticas agrícolas de caráter duradouro na busca por alterar um cenário que vem se mostrando nefasto para o desenvolvimento do setor. Um ponto em que as dificuldades convergem está no Mercosul. A nossa posição não é contrária ao bloco ou aos países irmãos, mas trata da necessidade de uma mudança na postura brasileira perante o acordo que, atualmente, atinge diretamente o setor produtivo.  Falamos de um tratado internacional e queremos que ele seja exercido na sua plenitude, garantindo a liberdade de mercado não apenas para produtos, mas também para insumos, nivelando a competitividade. Ainda no cenário internacional, é preciso viabilizar as exportações para que se busque novos mercados. Isso passa por uma questão muito complexa, o chamado Custo Brasil, uma carga tributária pesada que nos põem em desvantagem com nossos concorrentes. Ao olharmos pontualmente para o setor lácteo, entre as medidas a serem tomadas está a de trabalhar em cima da efetiva produção leiteira. 

Os recentes acontecimentos envolvendo o leite uruguaio foi um duro embargo para nossos produtores. O Mapa foi fortemente pressionado pelos Ministérios de Relações Exteriores e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) para sustar a proibição da entrada do produto do país vizinho. Isso mostra a necessidade de não apenas prospectar novos mercados, mas de estar sempre atento às importações, especialmente do Mercosul. No caso da triticultura, o pensamento está em proteger uma cultura que é extremamente importante nos três estados do Sul por ser complementar à soja. Mesmo que a nossa produção não seja suficiente para o abastecimento do consumo nacional, é preciso dar sustentabilidade a ela por meio de um caminho de preço, como os leilões PEP e Pepro, já antecipados como política agrícola. A cadeia não pode ser construída apenas na dependência de ser complementar a outra. O arroz é o tema mais complexo, pois possui um endividamento elevado. Mesmo que algumas medidas já tenham sido acenadas, são ações protelatórias. Atualmente, existe um passivo acumulado nos últimos anos que deixou um grande número de agricultores em dificuldades sendo financiados pela indústria, obrigando-os a entregar sua produção a um preço vil. Temos que sanar esse produtor para que ele volte para o sistema financeiro. (Correio do Povo)

União Europeia e México ampliam acordo comercial incluindo o setor lácteo

Às vésperas de outra rodada crucial de negociações com o Mercosul, esta semana em Bruxelas, a União Europeia (UE) anunciou a atualização de seu acordo de livre comércio com o México após dois anos de negociações. Segundo Bruxelas, pelo novo acordo praticamente todo o comércio de mercadorias com o México será agora livre de tarifas, incluindo no setor agrícola. Para os mexicanos, a ampliação das condições preferenciais de trocas com o bloco europeu é essencial para reduzir sua dependência em relação aos Estados Unidos. Atualmente, 80% das exportações mexicanas vão para os Estados Unidos, mas isso pode mudar diante da política protecionista de "America First" implementada pelo presidente americano, Donald Trump. Washington tenta arrancar concessões maiores do México e do Canadá na negociação da atualização do Nafta, o acordo de livre comércio entre as três economias. Em 1997, o México foi o primeiro país na América Latina a assinar um acordo global com a União Europeia. O tratado entrou em vigor em 2000, e agora foi atualizado. Conforme a União Europeia, o México melhora o acesso preferencial para vários tipos de queijos europeus como Gorgonzola e Roquefort, que atualmente são submetidos a tarifas de até 2%. Também ganhou uma cota de exportação para leite em pó, que começa com 30 mil toneladas e aumenta para 50 mil em cinco anos.

A Europa conta com um aumento substancial de suas exportações de carne suína, que agora ficam livres de tarifa de importação. Os mexicanos vão eliminar também as alíquotas para produtos como chocolate, hoje com taxa de 30%, e pasta, hoje com taxa de 20%. A Europa conseguiu a garantia de proteção de 340 indicações geográficas de alimentos e bebidas, desde queijo São Jorge, de Portugal, a salame Szegedi, da Hungria. De seu lado, o México diz ter obtido "acesso equitativo" para produtos de carnes, além de melhor acesso para exportar de suco de laranja, atum, aspargos, mel, entre outros produtos. As empresas dos dois lados vão ter maior acesso também a compras governamentais, um mercado gigantesco. Com a renovação do acordo com o México e os acordos com o Japão e Cingapura a ponto de entrar em fase de ratificação, a União Europeia concentrará agora os esforços para concluir a negociação do acordo de livre comércio com o Mercosul. Nesta semana, em Bruxelas, negociadores dos dois blocos esperam avançar significativamente nas barganhas. A expectativa é de anunciarem um acordo político até meados do ano. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
Produção/NZ

A produção de leite da Nova Zelândia no mês de março caiu 2% em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Associação das Indústrias de Laticínios da Nova Zelândia. No total, foram produzidos 174 milhões de quilos de sólidos (kgMS) em março de 2018, abaixo dos 178 milhões produzidos em março de 2017.  A queda na produção pode ser atribuída à prolongada seca que prejudica as condições de crescimento na maior parte da temporada e impactou principalmente na qualidade das pastagens. Este foi o quarto mês consecutivo em que a produção de leite cai na Nova Zelândia, quando comparada com o mês do ano anterior.

Previsão de produção de leite na UE
Enquanto isso, a expectativa é de que a captação de leite na União Europeia (UE) suba 1,4% em 2018 com a projeção de uma desaceleração do crescimento na coleta de leite apenas em 2019, principalmente por causa dos preços mais baixos, de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia sobre o setor lácteo. Se a captação para este ano está prevista para crescer 1,4%, para 2019, a projeção é de que tenha elevação de apenas 0,5%. (Farmers Journal - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Languiru distribui cerca de R$ 2,4 milhões em sobras aos associados - Cooperativa teutoniense também remunera o capital do quadro social e apresenta resultado líquido superior a R$ 17,6 milhões
Faturamento bruto de R$ 1,228 bilhão, resultado líquido de R$ 17,6 milhões, patrimônio líquido de R$ 192,4 milhões, sobras de aproximadamente R$ 2,4 milhões a serem distribuídas aos associados e remuneração do capital do quadro social. Essas foram algumas das boas notícias apresentadas pela Cooperativa Languiru na sua Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada no dia 08 de fevereiro, no Salão Social da Associação dos Funcionários da Languiru, com a participação de mais de 200 pessoas, entre associados, colaboradores, autoridades e representantes de entidades parceiras. (Assessoria de Imprensa Languiru)