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23/03/2018

Porto Alegre, 23 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.701

 

 Fonterra eleva o preço do leite de NZ 6,40 para NZ$ 6,55, mas reduz os dividendos
 
A Fonterra fez anúncios variados com seu resultado parcial – elevando a previsão do preço do leite aos produtores em 15 centavos, mas, reduzindo a previsão de dividendos do ano também em 15 centavos. 

Contrariamente à algumas expectativas, a Fonterra assumiu inteiramente a queda do valor de mercado de 18,8% da chinesa Beingmate Baby & Child Food Co, adquirida em 2015 por NZ$ 756 milhões. A Beingmate anunciou perdas de NZ$ 208 milhões. A Fonterra fez a depreciação dos NZ$ 405 milhões, para NZ$ 244 milhões, refletindo os preços atuais das ações. A cooperativa prevê dividendos entre 25 e 35 centavos. No ano passado os dividendos foram de 40 centavos. Somando os dividendos e a previsão do preço do leite de NZ$ 6,55/kgMS, [R$ 1,19/litro], os produtores receberão este ano, entre NZ$ 6,80 e NZ$ 6,90, [R$ 1,24 e R$ 1,26], – o que a Fonterra diz se o terceiro maior da última década.
 
 
 
O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que o pagamento foi “uma boa notícia para a Nova Zelândia, pois, representa cerca de NZ$ 10 bilhões que entrarão na economia do país. “No entanto, estamos conscientes dos desafios que muitos dos agricultores estão enfrentando nesta temporada diante das condições climáticas adversas que impactam na produção. Embora o quadro global de oferta e demanda permaneça positivo e esperamos que os preços permaneçam nos níveis atuais, estaremos atentos a qualquer impacto sobre as condições de mercado que poderá ser causado pelo aumento da produção de primavera na Europa”.

Na primeira metade da temporada a Fonterra também pagou NZ$ 183 milhões pelos prejuízos causados à Danone. Isto junto com o prejuízo da Beingmate totalizou perdas de NZ$ 348 milhões no semestre. Com base normais, a Fonterra disse que o lucro líquido depois dos impostos chega a NZ$ 248 milhões. “Dado o possível impacto dessas decisões, o Conselho resolveu reduzir a previsão dos dividendos para 25 a 25 centavos por ação. Essa faixa de dividendos permitirá à diretoria cobrir o prejuízo da Beingmate, bem como a indenização à Danone.” (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)  
 
Produção láctea e integração do Mercosul em debate em Santa Rosa

Com o objetivo de discutir a cadeia produtiva do leite juntamente com produtores da região, a Cabanha Gema, de Santa Rosa, realizará o evento Manhã de Campo: A voz do Leite, no dia 7 de abril. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, participará dos debates, abordando as tratativas para avançar na integração da produção dos países do Mercosul. "É muito importante pensarmos no bloco econômico como um diferencial competitivo, como parceiros que têm muito a nos ajudar na busca de novos mercados internacionais", disse. Segundo Palharini, o Brasil precisa se equiparar ao Uruguai e Argentina em termos de competitividade e isso passa por aproximar o relacionamento.

De acordo com uma das proprietárias da cabanha Ângela Marasquin, um dos objetivos é mostrar aos produtores como se trabalha com Compost Barn e as vantagens do uso dessas grandes áreas cobertas na produtividade e conforto animal."Nós somos a primeira cabanha aqui na região com um galpão com esse sistema", pontuou. A expectativa de Marcos Freitas, também proprietário, é que cerca de 400 pessoas participem do evento. 

Na ocasião, também haverá palestra da Hermanns Insumos e Equipamentos sobre sistema de ordenha. Evandro Kurtz, da Gensur Brasil Genética, falará sobre a seleção de touros adequados para sistemas de produção. A Nutretampa abordará a adequação do concentrado conforme o sistema de produção. O proprietário da cabanha, Marcos Farias, falará sobre ferramentas para o aumento da eficiência produtiva do rebanho. Além disso, a Emater apresentará dados da produção leiteira regional. O evento incia-se às 9h e será transmitido ao vivo pelo programa A voz do campo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

México busca aumentar as exportações de produtos lácteos

Sigma, Lala e outros produtores de lácteos chamados de grau A, poderiam ter maior acesso ao mercado norte-americano e canadense, porque, dentro da renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), o México procura eliminar as barreiras estatais que permitem uma maior penetração desses alimentos em ambos os mercados - disse Kenneth Smith Ramos, chefe da Negociação Técnica do NAFTA da Secretaria de Economia.

Em uma visita à cidade onde participou do primeiro Fórum Internacional de Comércio Exterior COMCE Nordeste, ele mencionou que esta é uma proposta feita pela equipe de negociação mexicana e ele acha que pode ser alcançada. "Empresas bem-sucedidas como a Lala investiram nos Estados Unidos e de fato compraram empresas do setor de produtos lácteos como um mecanismo para resolver esses tipos de barreiras e ter presença no mercado norte-americano; mas nem todas as empresas mexicanas podem fazer isso. O que estamos procurando é que o mercado possa ser aberto completamente nos Estados Unidos e que essas restrições a nível estadual sejam eliminadas", explicou.

Ele ainda acrescentou: “Estamos buscando um maior acesso ao mercado canadense e americano de produtos lácteos. O Canadá ainda tem barreiras significativas a esse respeito, em produtos lácteos e aves e há restrições regulatórias dos Estados Unidos ao nível estatal que impedem a entrada de nossos produtos de, por exemplo, grau A (como iogurtes e leite fresco). Há barreiras não tarifárias e estamos procurando abrir isso". 

Smith Ramos acrescentou que outro objetivo da propostas feita pela equipe de negociação mexicana é permitir, em todos os três países, a entrada temporária de pessoas de negócios, isto é, profissionais e escritórios certificados; o que segundo ele, agregaria valor ao NAFTA.

"Um aspecto importante que enfatizamos no NAFTA é a entrada temporária de pessoas de negócios, com cadeias de produção integradas nos três países que foram desenvolvidas ao longo dos últimos 25 anos. A parte do movimento trabalhista é fundamental, não estamos falando de modificar a política de migração de qualquer um dos países, estamos falando de oferecer maiores facilidades para que profissionais e certos negócios certificados possam se mover livremente através de suas empresas e participar de projetos temporários em qualquer um dos três países. Este é um aspecto da flexibilidade do trabalho e de competitividade muito importante e que estamos promovendo”. (As informações são do El Financiero, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

Impostos/AR 
A AFIP, [Receita Federal da Argentina) prorroga por tempo indeterminado a redução de cinco pontos no recolhimento do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que incide sobre a captação de leite fluido pelas indústrias de laticínios. A resolução 4216 da AFIP – publicada no Diário Oficial de hoje prorroga o benefício fiscal “a partir de 01 de janeiro de 2018, inclusive, mesmo quando aplicável a transações realizadas antes dessa data”. A norma indica que, no caso de ter sido retido 6% entre 1º de janeiro de 2018 e 21 de março, “as quantias excedentes deverão ser devolvidas, aplicando-se o disposto no artigo 6 da Resolução Geral 2233, e suas emendas”. A restituição do benefício foi uma promessa do presidente Mauricio Macri durante a última reunião entre a Mesa do Setor lácteo e o Presidente, realizada no final de fevereiro passado. (Infortambo – Tradução livre: Terra Viva)

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