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Porto Alegre, 21 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.376

 

 Reconstituição do leite

O Diário Oficial da União desta sexta-feira (21) publicou a Instrução Normativa (IN) nº 40, que proíbe a reconstituição do leite em pó importado pelas indústrias localizadas na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetada pela seca.

Segundo o texto, apenas o leite em pó nacional pode ser usado para produzir leite UHT e pasteurizado. A IN do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) altera o artigo 1º da medida publicada em julho deste ano com a finalidade de conter a queda dos preços ao produtor nacional. Ela não especificava a origem do leite em pó, permitindo assim tanto o produto nacional quanto o de outros países. A proibição do produto importado para reconstituição vinha sendo reivindicada pelos representantes do setor e por parlamentares gaúchos que se reuniram esta semana com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de leite com 4,7 bilhões de litros por ano. Minas Gerais aparece em primeiro lugar no ranking, com 9,4 bilhões de litros por ano. "A medida mostra a preocupação do ministro Blairo Maggi com o produtor rural e com o setor produtivo, para garantir a sua permanência na atividade", ressalta Geller.

Produção de leite
A produção brasileira de leite é de aproximadamente 35 bilhões de litros por ano e vinha crescendo 4% ao ano na última década. Na região Sul o crescimento foi de 7% ao ano. Nos dois últimos anos, no entanto, houve queda na produção, principalmente na região Nordeste. Segundo a Secretaria de Política Agrícola, no primeiro semestre deste ano a redução foi de 6% para o país. No Nordeste, a queda foi maior, 12%, o que levou o governo a autorizar a reconstituição de leite e a sua venda na área da Sudene. A Sudene abrange a região semiárida brasileira, ou seja, todos os estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. (Mapa)
 

  
 
Certificação
A experiência para alcançar certificações no setor lácteo foi debatidas nesta quinta-feira (20), durante encontro de representantes do setor leiteiro e da missão governamental que está na Europa. O encontro ocorreu na Casa do Leite, em Paris. Conforme o coordenador técnico da Famurs, Mário Ribas do Nascimento, a ideia é promover a troca de experiências para que o estado avance neste setor. A proposta visa levar técnicos franceses ao estado e aperfeiçoar os processos para a obtenção de certificações como as de denominação de origem e indicação de procedência.

A França é considerada a maior potência agrícola da Europa. O governo tem uma política forte de subsídios aos produtores, evitando o êxodo do campo para as grandes cidades. A união das cadeias produtivas garante os títulos de país com os melhores queijos, melhores vinhos e melhores mostardas. Isso faz com que o produtor ganhe mais credibilidade, poder de negociação e marketing. O selo é concedido pelo Instituto Nacional de Origem e Qualidade (INAO, na sigla em francês).

Na reunião, representantes da Sodiaal - cooperativa de produtores de leite e derivados francesa - manifestaram interesse de expandir negócios e investir no Rio Grande do Sul, informou Nascimento. Recentemente, a marca adquiriu unidades em Minas Gerais para a produção de lácteos. Estiveram presentes ao encontro o presidente da Famurs, Luciano Pinto, e o coordenador da Rede Gaúcha de Incubadoras e Parques Tecnológicos, Artur Gibbon. (Governo do RS)

Lácteos 

Ainda que existam boas perspectivas no médio e longo prazo para os lácteos, a conjuntura continua sendo complicada para o setor. Depois da queda nas cotações registradas no início do mês na plataforma da companhia neozelandesa Fonterra (Global Dairy Trade), nesta terça-feira o valor do leite em pó mostrou uma leve recuperação. O preço da tonelada subiu 2,9%, chegando ao valor de US$ 2,706. 
 
A melhora, no entanto, não foi suficiente para recuperar a perda registrada no começo do mês, quando o produto teve queda de 3,8%. O problema é o estoque. As grandes reservas mundiais de lácteos, que segundo o último relatório do Rabobank calculou em 6,5 milhões de toneladas acima do normal, é um freio que não deixa os preços decolarem. No entanto, uma queda na produção faria com que as cotações sejam recuperadas no futuro. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 

Uruguai 

"Felizmente este ano foi de boas notícias no que diz respeito a habilitações para o mercado internacional", destacou Martin Berrutti. O gerente comercial de Estâncias del Lago disse no "Amanhecendo com o Campo" que está exportando leite em pó integral para o Brasil, e conseguiram ingressar na Rússia e México. Nos próximos dias será obtida a abertura do mercado chinês. Esclareceu que a habilitação para a China está em fase final e seria "o último dos grandes mercados, por seu enorme potencial de compra". Atualmente a empresa não está sendo pressionada a fazer negócios, já que pode colocar, até janeiro, grande parte de sua produção no Brasil, destacou Berrutti. Assegurou ainda, que o espírito comercial de Estancias del Lago "foca sempre na diversificação do mercado e se aparecer algum negócio que fique próximo aos níveis de preços do Brasil, estamos dispostos a conversar". Comentou que hoje o Brasil está pagando em torno de US$ 3.100/tonelada de leite em pó, para entrega em janeiro. 

De qualquer forma, o gerente comercial da empresa disse que estão dispostos a fechar negócios de US$ 2.950 a US$ 3.000/tonelada, para não perder contato com os mercados do Norte da África e Oriente Médio. Mas, lembrou que "não estão em apuros, nem com pressões comerciais". Finalizou dizendo que o mercado internacional para o leite em pó integral está firme, mas, com uma demanda que não é elevada. A demanda "é discreta, mas os negócios continuam e isto ocorre pela baixa produção de vários países do Mercosul e outras partes do mundo". (El País - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
 

FIL/IDF x FAO
Durante a Cúpula Mundial do Setor Lácteo, realizada em Roterdã, A Federação Internacional de Laticínios (FIL/IDF), assinou com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), um compromisso para enfrentar o desfio da sustentabilidade. Em nome da cadeia láctea mundial, as duas entidades firmaram um Declaração conjunta, assumindo a Agenda de Desenvolvimento Sustentável de 2030 das Nações Unidas. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 20 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.375

 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 20 de outubro de 2016 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Setembro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Outubro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
  
 
Lactalis investe em fábricas e em novos produtos no Brasil

Quando receber o governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB) hoje em Paris para a assinatura de um protocolo de intenções, o presidente global da Lactalis, Daniel Jaouen, não vai apenas assumir o compromisso de investir pouco mais de R$ 100 milhões no Estado nos próximos oito anos. A cerimônia também jogará luz sobre a acelerada expansão da multinacional francesa de lácteos no Brasil. Conhecida por ser "low profile", a dona da marca Président está fazendo barulho. Presente no país desde 2013, a Lactalis primeiro se concentrou em fincar os alicerces na nova fronteira. Gastou cerca de R$ 2 bilhões em aquisições, conforme cálculos que circulam no mercado, montou uma rede formada por 15 fábricas espalhadas por sete Estados só não há unidade na região Norte, passou a contar com mais de 13 mil fornecedores de leite e está na fase final do processo de integração dos diferentes ativos e culturas absorvidos. Mas, ainda que o ajuste de processos e padrões continue, é hora de estreitar os laços com o consumidor. Nesse sentido, a empresa está lançando uma linha de produtos Président fabricados no Brasil e voltada ao mercado doméstico e se prepara para ampliar os aportes em marketing. Com um portfólio que também inclui duas marcas internacionais (Parmalat e Glabani) e nove nacionais (Balkis, Batavo, BoaNata, Cotochés, DaMatta, DoBon, Elegê, Poços de Caldas e Santa Rosa), a Lactalis sabe que um dos desafios que enfrenta é não perder a identidade em nenhum dos elos da cadeia produtiva. "A empresa ainda é uma criança no Brasil. Começamos a caminhar, mas ainda não estamos correndo", afirma Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis para a América Latina. 

Ele observa que os investimentos feitos na "fundação" das operações no país, por exemplo, já saltaram aos olhos. Como informou o Valor em maio, a companhia já ficou em segundo lugar no ranking de captação da Leite Brasil (entidade que reúne produtores) em 2015, com volume de quase 1,6 bilhão de litros de leite, 12% superior ao do ano anterior. Mais que isso: com os esforços empreendidos até agora, o Brasil passou a representar cerca de 70% da receita da múlti na América Latina a região responde por quase 10% das vendas globais, que giram em torno de € 17 bilhões por ano. A Lactalis mantém unidades de produção em 43 países. São 229 no total, com um número de funcionários que se aproxima de 75 mil. "Mas nossa ambição para o Brasil é muito maior", diz Sauvageot, que tem 56 anos e está radicado no país há dois. No futuro próximo, caberá também a equipe formada por ele liderar a estratégia de expansão do grupo em outros mercados da América do Sul. "Vamos construir uma empresa muito grande na América Latina, com investimentos expressivos", afirmou o executivo ao Valor. Mas antes disso a "criança" tem aprender a correr. E é sobre esse crescimento o encontro desta quinta entre presidente global Jaouen e o governador Sartori. Com os mais de R$ 100 milhões que serão anunciados, a Lactalis vai ampliar as quatro unidades que tem em operação no Rio Grande do Sul e erguer uma nova, focada em proteína de soro. 

E, segundo Sauvageot, certamente o montante será gasto em bem menos tempo que os oito anos previstos no protocolo de intenções que será assinado. Paralelamente, afirmou o presidente da Lactalis para a América Latina, os aportes para a melhora da qualidade do leite cru recebido de seus fornecedores no país continuam. Até porque alguns padrões globais do grupo têm de ser respeitados. Na França, por exemplo, a matéria-prima utilizada pela companhia tem, no máximo, 30 mil germes por mililitro, enquanto no Brasil a média supera 500 mil. "Estamos desenvolvendo um trabalho com 1,5 mil produtores da nossa rede de fornecedores para baixar esse nível para menos de 200 mil. Está dando resultados e vamos ampliá-lo", disse. Ele esclareceu que no processo de industrialização do produto os germes são eliminados, na França ou no Brasil. Mas o que não representa risco para a saúde pode afetar, ainda que minimamente, o sabor dos produtos finais o que, para uma marca com o status da Président, pode ser bastante prejudicial. E que, muitas vezes, a solução é simples. Como o nível de contaminação no Brasil é alto por causa da água, a instalação de um sistema de purificação com cloro nas fazendas dos fornecedores já resolve boa parte do problema. E um sistema de aquecimento da água é considerado indispensável. Nada do outro mundo, a bem da verdade. Esse cuidado com o leite, aliado ao apoio técnico para a ampliação da produtividade dos pecuaristas, já tornou viável o lançamento de queijos mussarela, prato, minas frescal e reino com a marca Président no mercado doméstico. Sem contar o requeijão, um produto tipicamente brasileiro que a empresa pretende começar a exportar. A manteiga da marca ainda é importada, mas se tudo der certo os investimentos na tecnologia necessária para iniciar a produção por aqui também serão feitos, disse Sauvageot. "Seguindo esses passos ¬ investimentos na qualidade da matéria-prima, nos padrões das fábricas, na cadeia de fornecedores e na parte comercial e de marketing, construiremos a número um em lácteos no Brasil". Palavra de presidente. (Valor Econômico)

A competitividade dos custos de produção do leite desloca-se substancialmente

Os resultados recentes do Relatório de Lácteos IFCN 2016 publicado no dia 12 de outubro indica uma substancial queda nos custos em fazendas de leite em 2015. Os custos de produção caíram de US$ 46 para US$ 40,5/100 kg em média, em todas as fazendas analisadas.

 

As principais razões para isso foram: taxas de câmbio e a capacidade dos produtores de cortarem despesas que afetam a competitividade dos custos diante de um segundo ano de crise. Assim como 2014 foi um ano top para muitos do mundo do leite, 2015, até o momento, pode ser considerado o pior das últimas décadas para a maioria. Na verdade, a média dos preços do leite no mundo caíram 33% dos elevados níveis de 2014, para chegar a US$ 29,4/100 kg de Energia Corrigida do Leite (4% de matéria gorda e 3,3% de proteína), em 2015. "Nós estamos enfrentando a terceira crise nos preços do leite desde 2007. Essas crises e também outros fatores provocaram as maiores mudanças na competitividade que eu já vi em toda a minha carreira de economista do setor lácteo", disse Dr. Torsten Hemme, diretor do IFCN. Em média, os agricultores reduziram seus custos em US$ 5,5/100 kg ECM. Fortes reduções de custos atingiram locais como a Europa Ocidental, Central e também países do Leste Europeu, devido às taxas de câmbio e os efeitos do pós cotas, enquanto os custos ficaram estáveis ou subiram, na China, Índia, Estados Unidos relacionados às taxas de inflação, trabalho e alimentação. 

 
No entanto, a redução nos preços do leite foi bem mais forte do que o declínio dos custos. Como resultado a renda das fazendas enfrentou queda grave, que continuou em 2016. De acordo com o Dr. Amit Saha, "Os produtores de leite que enfrentaram os piores resultados em termos de rentabilidade em 2015 foram os da Europa Ocidental, América do Norte, e Oceania, que não recebiam o suficiente para cobrir os custos. Em outras regiões a situação foi menos terrível, com cerca de 30% das fazendas não cobrindo seus custos". Enquanto no Brasil e na Nova Zelândia a situação financeira das fazendas de leite estão melhorando, com o ligeiro aumento dos preços atuais, as coisas estão ficando mais desafiadoras nos Estados Unidos, União Europeia, China e Índia. A introdução do Relatório original destaca que mesmo com a crise, houve aumento de 1,8% na produção de leite, e 80% deste crescimento ocorreu na União Europeia e Índia. Na China e Estados Unidos a produção ficou estabilizada, enquanto no Brasil, Turquia e Nova Zelândia houve redução. (IFCN - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Roberto Muniz propõe regras para distribuição de recursos à defesa agropecuária

O senador Roberto Muniz (PP-BA) fez uma apresentação, nesta quinta-feira (20), em reunião da Comissão de Agricultura (CRA), sobre projeto de sua autoria que disciplina a distribuição de recursos do Orçamento da União para a defesa agropecuária. A proposta (PLS 379/2016) começou sua tramitação legislativa na quarta-feira (19).

De acordo com o projeto, haverá percentuais fixos, a exemplo do Fundo de Participação dos Estados (FPE), para os repasses dos entes federados às ações de inspeção e controle da saúde dos animais e vegetais. Roberto Muniz afirma que o objetivo é garantir o desenvolvimento de uma agropecuária competitiva, com a possibilidade de planejamento e gestão financeira do setor, cujas atividades estão diretamente ligadas à qualidade dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros.

Segundo o senador, com os novos percentuais de repasse, haverá melhorias na execução dos recursos do Ministério da Agricultura que já são destinados atualmente para os estados, e a possibilidade de maior controle da pasta sobre as ações de defesa sanitária agropecuária em todos os entes da federação.

A proposta (PLS 379/2016) prevê a partilha de 80% dos recursos destinados aos repasses federais, ficando os outros 20% destinados, a critério do Ministério, para possível compensação a entes federados ou para emergências sanitárias. Atualmente, os recursos financeiros para as ações de defesa são deliberados por meio de convênios entre a União e os entes da Federação.

O projeto altera esse processo, ao instituir a transferência mensal, direta e obrigatória dos recursos para contas correntes dos entes federativos, na proporção de um doze avos (1/12) do valor previsto para o exercício. O projeto veda a utilização dos recursos para o pagamento de despesas de caráter continuado.

- Há ainda a definição da contrapartida dos entes favorecidos, levando-se em conta sua capacidade financeira ou se sua localização está na abrangência das superintendências de desenvolvimento regionais ou na faixa de fronteira. O projeto prevê a prestação de contas como medida de controle e transparência, através de demonstrativos disponibilizados em site para este fim na Internet - explicou o senador.

Roberto Muniz ressaltou ainda que a organização é necessária, já que a natureza continuada das ações de defesa não pode sofrer com a suspensão ou contingenciamento dos recursos. Ele lembrou que as atividades relacionadas à defesa agropecuária são, em geral, de natureza contínua e carecem de uma segurança financeira.

- A suspensão ou contingenciamento dos recursos orçamentários, mesmo que por breves períodos, podem colocar em risco os seus objetivos - afirmou.

O senador entende que um sistema robusto de defesa, com aperfeiçoamento no planejamento e na gestão financeira, vai ao encontro do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Ele argumentou ainda que sua proposta apresenta ao sistema alternativas viáveis de financiamento aos órgãos executores, cujas atuações estão atreladas às questões de saúde, segurança alimentar, meio ambiente, economia sustentável e emprego e renda.

Critérios
A distribuição dos recursos, explica o senador na justificação da proposta, será balizada pelos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária, já previstos no regulamento do Suasa, que deverão conter as metas, as responsabilidades de cada instância do sistema, os recursos necessários, inclusive contrapartidas financeiras e fontes de financiamento.

Ele propõe ainda que a distribuição leve em consideração metas e parâmetros relativos à realidade de cada estado e município, incluindo nos aspectos físico e territorial: área plantada (ha), extensão de fronteiras internacionais (Km²), imóveis rurais cadastrados; no aspecto técnico e demográfico: rebanhos registrados (cabeças) e população rural; e no aspecto econômico: valor bruto da produção de lavouras (R$), exportações agropecuárias (U$) e participação de pessoal ocupado na agricultura familiar.

Tramitação
O projeto será analisado pelas Comissões de Agricultura (CRA) e de Assuntos Econômicos (CAE), recebendo decisão terminativa na última. A presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), designou como relator o senador Wellington Fagundes (PR-MT), que é médico veterinário. (Agência Senado)

 

Censo Agro
A Comissão de Agricultura do Senado aprovou ontem emenda de R$ 1,156 bilhão ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017, para realização do Censo Agropecuário no ano que vem. O último censo da área data de 2006 e vem sendo adiado em função do ajuste fiscal. Agora, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso ainda precisa acatar a emenda na proposta de orçamento federal para o próximo ano e o plenário do Congresso ainda aprovar esses recursos. Mesmo assim, em tese, esse montante corre risco de contingenciamentos futuros. (Valor Econômico)

 

Porto Alegre, 19 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.374

 

Aliança Láctea define pedido em bloco


Foto: Darlan Palharini/ Sindilat

A Aliança Láctea Sul Brasileira encaminhará, nos próximos dias, documento a deputados, senadores, governo e lideranças do agronegócio nacional com três pedidos emergenciais. O setor lácteo dos  três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) quer um teto nacional de importação de leite, definições de cotas para aquisições do Uruguai e a proibição da reidratação de leite importado. O encaminhamento veio de reunião nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. "Alinhamos temas que são urgentes no setor para os três estados", pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou as indústrias gaúchas.

Em Brasília, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, informou que, até sexta-feira (21/10), deve ser publicada portaria proibindo a reidratação de leite em pó vindo do Uruguai. A informação foi repassada ao deputado Elton Weber durante reunião que também contou com representantes da Contag e Fetag. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Reidratação de leite em pó deve ter solução esta semana
 

O Ministério da Agricultura irá editar até a sexta-feira uma portaria proibindo a reidratação de leite em pó importado do Uruguai. O produto vinha sendo comprado há meses, basicamente para abastecer o Nordeste, que a partir da publicação da portaria terá de utilizar somente matéria-prima nacional. A edição da portaria foi anunciada hoje à tarde pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, durante reunião coordenada por Contag e Fetag-RS, em Brasília. O governo também estuda a compra de leite em pó através da Conab. 

Segundo o deputado Elton Weber, as medidas trazem alento aos agricultores que sofrem com a queda de preço do leite no Estado. Ontem, Weber entregou um oficio do Sindilat ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, demonstrando os danos das importações de lácteos do Uruguai. "Com estas medidas a situação tende a melhorar, mas vamos continuar acompanhando a situação, e ver o que será necessário à frente", ponderou o deputado. Além do presidente da Contag, Alberto Broch, e do Secretário-Geral da Fetag-RS, Pedrinho Signori, participaram da audiência o deputado federal Heitor Schuch e o deputado estadual, Edson Brum. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)

 
Discussão sobre os valores de referência do leite

Em reunião realizada na manhã de terça-feira (18), os métodos de cálculo que compõem o valor do preço de referência do leite e seus derivados, fornecidos pelo Conseleite, foram apresentados pelos professores da Universidade de Passo Fundo (UPF) Marco Antônio Montoya e Eduardo Belisário Finamore. Na ocasião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, e representantes das indústrias e cooperativas Cotrilac, Deale, RAR, Languiru, Cosulati e Santa Clara debateram e tiraram suas dúvidas sobre os critérios determinantes que geram vários questionamentos, tanto aos produtores quanto às empresas. Guerra abriu a discussão pontuando que "o Conseleite é justamente o fórum para debater o preço do leite, não se podendo fazer várias reuniões paralelas e independentes para não gerar mais dúvidas".

Os trabalhos começaram com um explicação sobre como atua o Conseleite, que reúne oito representantes dos produtores rurais e oito representantes das indústrias dos laticínios, com estatuto e regulamentos próprios.  Montoya pontuou que a metodologia do Conseleite é a que mais se sobressaiu ao longo dos anos. O objetivo de estabelecer a referência é representar um valor justo para a remuneração, tanto para os produtores rurais, quanto para as indústrias. Finamore ressaltou que os preços de referência são apenas indicativos, não representam um preço mínimo nem máximo, e são de livre adesão pelas indústrias. Guerra ainda alertou sobre a necessidade de trazer mais indústrias para fazer parte do Conseleite, agregando e dando mais realidade e transparência ao processo do cálculo dos preços de referência. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Associações 

 
 
 
Lácteos/Reino Unido 

As exportações de lácteos têm papel essencial para impulsionar a indústria e estimular crescimento, diz a Dairy UK à secretária de estado do Defra, Andrea Leadsom, em uma reunião especial semana passada. A Secretária de Estado juntou-se ao Grupo de Exportações da Dairy UK, como convidada especial, na reunião organizada pelo AHDB Dairy, para discutir o plano de exportação do governo para comida e bebida. A reunião foi uma oportunidade para discutir desafios atuais e futuros junto às negociações da Brexit e para reiterar as prioridades da Dairy UK em termos de comércio e exportações de lácteos.

Dra Judith Bryans, CEO da Dairy UK, diz: "A indústria tem trabalhado arduamente para desenvolver as exportações de lácteos e abrir novas oportunidades com países no mundo todo.  A estratégia que publicamos no início desse ano definiu os próximos passos necessários para ajudar a indústria de lácteos do Reino Unido a tomar seu devido lugar no mercado global e já fizemos progresso significativo trabalhando com o Defra. "No entanto, com 80% das nossas exportações de lácteos destinados a países da União Europeia, é absolutamente vital que mantenhamos nosso acesso ao mercado da União Europeia sem quaisquer barreiras tarifárias ou não-tarifárias.  O governo precisa manter a continuidade e evitar qualquer rompimento nas parcerias comerciais já existentes."

"Se quisermos nos manter competitivos, precisamos de um nível de igualdade com nossos parceiros europeus e globais." Peter Dawnson, presidente do Grupo de Exportações da Dairy UK, diz: "A reunião foi muito positiva com debate construtivo com a Secretária de Estado. Estamos confiantes que ela reconheça plenamente os nossos principais pontos de interesse e que ela compartilhe do nosso entusiasmo e compromisso para expandir as exportações de lácteos." (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

Lançado pela Embrapa, aplicativo Roda da Reprodução facilita o processo de gestão do rebanho leiteiro

Facilitar o processo de gestão do rebanho leiteiro pelos produtores e agentes de extensão rural. Esse é o objetivo do aplicativo Roda da Reprodução, lançado no último dia 28 de agosto pela Embrapa. A ferramenta exibe, em meio digital, o quadro físico usado no campo para acompanhar o ciclo de reprodução do rebanho - desde o momento da cobertura ou inseminação artificial da novilha até o parto.


  
Segundo André Luiz Monteiro Novo, Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos/SP, a ideia surgiu por meio da equipe do Balde Cheio inspirada pelas necessidades dos produtores de leite. 

"Há dois anos, começamos a usar diversos aplicativos disponíveis e vimos um grande potencial para essa nova plataforma no meio rural. Pensamos imediatamente em adaptar algumas ferramentas que usamos já há bastante tempo (a roda da reprodução física por exemplo) para este novo formato. A ideia era ampliar o acesso a essas ferramentas assim como provocar o interesse de jovens e adolescentes na gestão da atividade leiteira. A partir daí envolvemos os colegas da Embrapa Informática em Campinas que aceitaram o desafio e nos deram um grande apoio. Queríamos replicar o visual e as funcionalidades da roda 'física' no meio virtual e juntos, fizemos isso em tempo recorde".

O aplicativo funciona da mesma forma que a Roda da Reprodução convencional, porém com algumas facilidades inerentes do meio digital como acessibilidade, facilidade e rapidez de acesso à informação. Na roda física, o animal é representado por um ímã colorido, posicionado e movido de acordo com a fase reprodutiva em que se encontra. Seguindo o mesmo padrão, a versão digital representa cada animal por um círculo da mesma cor do ímã, que se movimenta automaticamente pela roda. 
 
Dessa forma, o produtor consegue visualizar a qualquer momento a situação reprodutiva do rebanho e, por meio do registro dos animais em fase de reprodução (vacas e novilhas cobertas), a roda gera várias informações, como: proximidade do parto, vacas em aberto para serem cobertas, vacas já cobertas a espera de confirmação de prenhez, vacas próximas à secagem, distribuição de partos, entre outros, em uma só imagem. 

O app também disponibiliza outras funcionalidades, como a exibição das categorias isoladamente e a possibilidade de o produtor enviar a imagem do quadro por e-mail ou whatsapp para o técnico analisar. Na fazenda a praticidade de ter todas as informações no bolso ajuda o produtor e os funcionários a identificar imediatamente o estado produtivo ou reprodutivo de cada animal. "Até o momento, as avaliações têm sido muito positivas. Há destaque para a rapidez no registro da informação, a mobilidade e o envolvimento de jovens no processo de gestão da atividade com a ferramenta", destacou André em entrevista ao MilkPoint. 

Ele ressalta que a presença de plataformas digitais no campo tem aumentado a cada dia. "A ideia tem sido muito bem recebida pois o conceito de exposição visual de todo o rebanho na roda é intuitivo, com grande impacto visual dos problemas e informações necessárias no dia a dia de quem maneja um rebanho leiteiro. Apesar disso, noto que os produtores ainda não perceberam todo o potencial que as novas ferramentas podem ter para o auxílio das atividades cotidianas". 

Para André, os principais desafios do manejo reprodutivo na pecuária leiteira brasileira ainda são reflexos da falta de alimentos volumosos de qualidade, manejo inadequado e falta de conforto. "Além disso, muitas fazendas leiteiras não têm o mínimo de informações para gerenciar o rebanho. Pode parecer inacreditável, mas dados essenciais como data do parto, data de cobertura, diagnóstico de prenhez e data de secagem ainda são desconhecidos para muita gente". Criado com base nos padrões de usabilidade do Google, a Roda da Reprodução é simples de ser usada e funciona no sistema Android, além de ser compatível com outros aplicativos e permitir integração com outros sistemas. A equipe de desenvolvimento da Embrapa Informática Agropecuária planeja criar, até o início do próximo ano, uma versão para a plataforma iOS da Apple. (Embrapa)

 

Sartori antecipa ida a Paris para negociar com empresa de laticínios
No quarto dia da missão do governo do Estado na Europa, o governador José Ivo Sartori não participará da última agenda na Alemanha. Ele foi chamado às pressas para uma reunião em Paris, na França, nesta quarta-feira. O encontro será com a direção da empresa Lactalis, um dos maiores grupos de laticínios do mundo, dono das marcas Elegê, Parmalat e Batavo no Brasil. Na reunião emergencial, será discutida a ampliação da produção no Rio Grande do Sul, através da captação de maior quantidade de leite oriunda de produtores gaúchos. Já havia a expectativa de um anúncio de mudança da sede da empresa no Brasil, de São Paulo para Porto Alegre. Dessa maneira, se tudo ocorrer bem na reunião de negociação, o aumento da produção no Estado também deve ser sinalizado. Atualmente, 60% da captação nacional de leite da empresa vem do Rio Grande do Sul. São quatro fábricas no Estado, que mobilizam 8 mil produtores de leite. As sedes no RS, situadas em Três de Maio, Ijuí, Santa Rosa e Teutônia, são responsáveis por dois mil empregos diretos, com o envio de mais de 900 milhões de litros de leite por ano à multinacional. Conforme a Lactalis, a produção atual gera R$ 1,5 bilhão, por ano, para a economia do Rio Grande do Sul. (ClicRBS)
 

 

Porto Alegre, 18 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.373

 

  Leite tem nova queda no mercado gaúcho
 
O preço de referência do leite divulgado nesta terça-feira (18/10) pelo Conseleite indica nova queda no mercado gaúcho. O valor projetado para o mês de outubro é de R$ 0,9539, redução de 4,58% em relação ao consolidado de setembro, que fechou em R$ 0,9997. A redução foi puxada pela queda do valor do leite pasteurizado (-11,70%) e do leite UHT (-6.68%). Apesar da diminuição de preço de referência nos últimos meses, o leite ainda está acima da valorização de anos anteriores. O leite UHT, por exemplo, nos últimos 12 meses, acumula alta de 26%, o que se justifica pelos picos históricos do produto apurados na entressafra. "Também é preciso considerar que, na ponta, as indústrias pagam mais do que isso por litro uma vez que há remuneração adicional por qualidade e quantidade", explicou o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra.
 
O professor da UPF Eduardo Belisário Finamore pondera que os dados do Rio Grande do Sul estão inseridos em um contexto nacional, regidos pelo livre mercado e acompanham a realidade de outros estados. A redução do UHT em outubro, pontua ele, foi menor do que vinha sendo verificada nos meses anteriores. "Nossa expectativa é que o leite UHT agora tenda a se estabilizar", sugere.
 
O presidente do Conseleite pontuou a interferência do mercado internacional no contexto nacional e salientou que o leite em pó importado foi o "grande vilão". "Tivemos uma alta expressiva no primeiro semestre e, agora, estamos enfrentando uma queda considerável. A indústria não quer baixar o preço e não baixamos o preço porque queremos. É porque o mercado se autorregula pela lei da oferta e da procura", argumentou Guerra. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, lembrou que o aumento substancial do produto foi decorrência da falta de leite no mercado brasileiro, com picos em junho e julho, e, agora, a queda é inevitável. "O mercado de leite é São Paulo e Rio de Janeiro. Quando começa a safra em Minas Gerais e Goiás, o volume impacta todo o mercado, o que se agrava com a importação de leite do Uruguai", pondera.
 
REUNIÃO ALIANÇA LÁCTEA - Durante a reunião do Conseleite, lideranças ainda alinharam uma posição a ser apresentada durante encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. Jorge Rodrigues disse que criar cotas específicas ao Uruguai é difícil neste momento. A sugestão é delimitar um teto para as importações nacionais, independente da origem do leite adquirido. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, "é preciso trabalhar com o governo reforçando a questão social". "Trabalhamos com livre mercado, mas precisamos de um acordo privado que limite as aquisições". (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine
 
  
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Outubro de 2016 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2016 é de R$ 2,4714/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite/PR)
 
 
 
Leilão GDT apresenta leve alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (18/10), apresentou leve alta em relação ao evento anterior, com o preço médio dos produtos lácteos comercializados 1,4% maior, fechando em US$2.965/ton. O leite em pó integral apresentou leve alta de 2,9%, fechando a um preço médio de US$2.760/ton. Já o leite em pó desnatado teve queda de 0,3%, chegando a US$2.204/ton. O queijo cheddar teve queda de 3,7%, com o preço de US$3.290/ton.

O volume de vendas de produtos lácteos foi 7% inferior ao leilão anterior e 8,6% inferior que o mesmo período do ano passado, com um total de 31.525 toneladas comercializadas. Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram reação positiva para novembro, com alta de 2,3% a um preço de US$2.791/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses não demonstram nenhuma expectativa de grandes movimentos de preços, oscilando no patamar entre US$2.687 a US$2.834/ton. (Milkpoint/gDT)

 

Weber defende medidas contra queda do preço do leite em Brasília

A forte importação de leite que prejudica agricultores familiares gaúchos será tratada pelo deputado Elton Weber (PSB), nesta quarta-feira (19), com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em Brasília. A reunião, às 15h30min, contará com a presença de representantes da Fetag-RS e da Contag. A intenção é articular um encontro com o Ministério da Fazenda e o Itamaraty.

A orientação foi do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que recebeu de Weber um levantamento do Sindilat sobre o impacto negativo da entrada de produtos lácteos causa no mercado do Estado. De janeiro a setembro deste ano, ingressaram 182,23 milhões de quilos de produtos lácteos no país contra 96,62 milhões no mesmo período de 2015, um aumento de 88,6%. Já as exportações caíram de 54,62 milhões de quilos no mesmo período para 39,28 milhões de quilos, recuo de 39,05%.
Para o setor, uma das alternativas seria o governo encaminhar um acordo comercial com o Uruguai, baseado nas importações entre 2013 e 2015, garantindo ao Brasil uma programação de produção na entressafra, o que permitiria reduzir a variação de preço ao produtor e garantiria maior renda. Outra medida, segundo Weber, seria a compra governamental para enxugar mercado. "A situação está crítica, um produtor que há dois meses recebia R$ 1,70 hoje está recebendo R$ 1,20, o preço despencou no campo."
Durante a audiência com Padilha, o deputado também pediu agilidade na liberação de Proagro e do seguro agrícola para agricultores de 12 municípios atingidos pelo granizo no começo do mês nas regiões Noroeste e Celeiro, especialmente em lavouras de canola, milho e trigo. Padilha se comprometeu a acionar o Banco do Brasil (BB) para dar celeridade aos processos. "Saímos confiantes, pretendemos marcar uma reunião com BB e Fetag no Estado já na próxima semana."
A audiência, marcada pelo deputado federal Heitor Schuch, também tratou da participação brasileira na 7ª Conferência das Partes (COP7).  Padilha informou a lideranças que irá solicitar o credenciamento de pelo menos um representante do setor produtivo como observador. A COP7 reunirá os países que aderiram à Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, de 7 a 12 de novembro, na Índia. Padilha garantiu que a maioria dos integrantes do governo reconhece a importância econômica e social da cultura e apoia o setor produtivo. Segundo ele, essa deverá ser a posição adotada pela delegação brasileira no evento em Nova Délhi, cuja pauta principal é o debate de medidas restritivas ao tabaco. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)
 

População brasileira
Mais de 90% da população brasileira viverá em cidades no ano de 2030, segundo previsão divulgada nesta segunda-feira (17) pela encarregada nacional do Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil, Rayne Ferretti. Ela lembrou que o Brasil está localizado no continente mais urbanizado do mundo, a América Latina, e se configura atualmente como o país mais urbanizado da região. Dados do último censo, realizado em 2010, indicam que 84,4% da população brasileira é urbana. A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 91,1% e que, em 2050, toda a América Latina seja 86% urbana. A encarregada da ONU disse que a urbanização, muitas vezes, é vista como uma oportunidade e uma espécie de motor para o desenvolvimento, mas que os desafios relacionados ao tema persistem. Na América Latina, especificamente, ela citou problemas de ordem econômica e ambiental, expansão desordenada, segregação socioeconômica e questões relacionadas à saúde, segurança e efeitos da mudança climática. "A gente identifica algumas necessidades muito especiais para as cidades latino-americanas e caribenhas. A gente fala muito dos três 'R' do redesenvolvimento urbano, que seriam a Regeneração, a Renovação e Reabilitação das nossas cidades. A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso", explicou Rayne. (Agência Brasil)
 

 

Porto Alegre, 17 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.372

 

  Caminhos da Competitividade é tema do 2º Fórum Itinerante do Leite em Santa Maria 

Entender porque há tanta diferença de rentabilidade entre os 105 mil tambos existentes nos 467 municípios que operam com o setor leiteiro. Este é o objetivo do 2º Fórum Itinerante do Leite, evento que será realizado no dia 24 de outubro, na Universidade Federal de Santa Maria, no município de Santa Maria (RS). O encontro contará com a participação de pesquisadores e líderes de entidades representativas da cadeia produtiva do leite. Eles discutirão a importância do manejo e da alimentação do gado para alcançar a eficiência produtiva, apontando quem ganha dinheiro com o leite e quais são as perspectivas dessas propriedades e do mercado de lácteos. No turno da tarde, a programação prossegue com oficinas técnicas sobre boas práticas, sucessão, políticas públicas, inspeção, sanidade e sistemas de produção. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, será um momento de mostrar a produtores e indústrias sistemas produtivos que vêm dando certo, mesmo em anos difíceis. "Produzir leite com qualidade e rentabilidade é uma equação delicada e que exige muito do produtor. Estaremos reunidos para debater exatamente as sutilezas que fazer o diferencial de alguns tambos e sistemas produtivos", pontuou Guerra, que participará do painel. Ao seu lado, devem estar o diretor da Farsul e presidente da Aliança Láctea Jorge Rodrigues, o pesquisador e consultor da Transpondo, de Cruz Alta, Wagner Beskow, o secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori, e a professora de Tecnologia do Leite e Derivados da UFSM, Neila Richards.

O evento dá continuidade ao ciclo estadual promovido pelo Sindilat, Canal Rural, Sistema Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi) e Ministério da Agricultura e iniciado em Ijuí no primeiro semestre desse ano. O Fórum terá transmissão ao vivo pelo Canal Rural a partir das 10h, diretamente do Auditório Flavio Miguel Schneider, do Centro de Ciências Rurais, prédio 42 da UFSM. A apresentação ficara a cargo do analista financeiro do Canal Rural, Miguel Daoud. INSCREVA-SE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

  
 
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 14 de outubro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de setembro de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de outubro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul) 

 
 
 
Plano Agro+ já atendeu a 89 demandas do setor privado voltadas à redução da burocracia
 
O Plano Agro+ possibilitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) adotar, até agora, 89 ações para facilitar a vida dos produtores e exportadores agrícolas. Segundo o coordenador do plano, Ricardo Cavalcanti, o setor produtivo tem contribuído com grande número de sugestões para simplificar, modernizar e desburocratizar normas e procedimentos do Mapa. 
 
Parte significativa das medidas adotadas por meio do Agro+ diz respeito à eliminação de dificuldades enfrentadas pelos produtores para ampliar as exportações. Pelos cálculos do coordenador, apenas 10% das demandas apresentadas pelas entidades do agronegócio precisarão de mais tempo para serem atendidas. Em curtíssimo prazo foram padronizados procedimentos, atualizados cadastros e iniciada a revisão de manuais. O plano foi lançado pelo Mapa em 24 de agosto deste ano.
 
Entre os destaques do Agro+, Cavalcanti aponta a redução da temperatura de congelamento de -18°C para -12°C dos cortes suínos, que vai diminuir o gasto de energia elétrica, aliviando o custo de produção dos frigoríficos.
 
Outra medida foi a dispensa do carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas carcaças bovinas, dentro das plantas frigoríficas, sendo mantida apenas a carimbagem para os países importadores que exigem o selo do SIF. A medida vai garantir menos perdas na hora da limpeza das carcaças e agilidade no processo de produção. (MAPA)
 
 
Missão da Rússia vem ao Brasil entre 21/11 e 02/12; indústrias lácteas serão inspecionadas
 
Uma missão de técnicos da Rússia vem ao Brasil entre 21 de novembro e 2 de dezembro para inspecionar plantas frigoríficas de carnes bovina, suína e de aves, além de indústrias de produtos lácteos. O comunicado foi feito ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pelo Rosselkhoznadzor, o serviço sanitário russo.
 
Segundo o documento enviado ao ministério pela Rússia, técnicos de outros países da União Eurasiática também podem vir ao Brasil para a inspeção, como determina a legislação do bloco econômico. A União Eurasiática é formada pela Bielorússia, Armênia, Cazaquistão e Quisguistão, além da Rússia.
 
A visita dos russos foi anunciada no início desta semana (10) pelo secretário secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, depois de se reuniu com o vice-chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Yevgeny Nepoklonov, em Moscou. (As informações são do Mapa)

 
 
"Integração com Alemanha é oportunidade concreta para RS", diz Sartori
 
Integração e cooperação no setor de máquinas e implementos agrícolas foi pauta de reunião com Ministro da Turíngia - Foto: Palácio Piratini Secretário Ernani Polo destaca encontro com o ministro da Turíngia, estado da Alemanha que concentra maior número empresas na área de inovação
 
O 34º Encontro Econômico Brasil Alemanha, que segue até 18 de outubro na cidade germânica de Weimar foi aberto oficialmente, na manhã desta segunda-feira (17). Esse é um dos principais compromissos da missão gaúcha liderada pelo governador José Ivo Sartori, com o intuito de consolidar um novo perfil para as relações econômicas do Rio Grande Sul.O secretário da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo, participa da missão e acompanha também esta integração com a Alemanha.
 
Com uma agenda diversificada, o encontro tem como foco ampliar a interação empresarial e entre os setores público e privado, com potencialização do comércio e da expansão de novos investimentos. Após a solenidade de abertura, o governador afirmou, em entrevista à imprensa, que a missão gaúcha à Alemanha representa mais do que a simples atração de investimentos para o Rio Grande do Sul. "É a oportunidade concreta de propor a integração de alguns segmentos industriais gaúchos, em cadeia globais de valor, por meio de associações, como é o exemplo germânico do Medical Valley", disse Sartori, que acredita que essa nova perspectiva deva ter desdobramentos no intercâmbio científico e tecnológico. "Não há tempo a perder. Só não investe no Rio Grande do Sul quem não quiser", destacou o governador.
 
" Em 2017 o encontro econômico Brasil/Alemanha, que acontece todos os anos, será realizado pela 1ª vez no Rio Grande do Sul. O objetivo é trocar experiências para crescer juntos com desenvolvimento sustentável. Na reunião que tivemos com Wolfgang Tiefensee, Ministro da Economia e Ciência de Turíngia, falamos sobre cooperação técnica de transferência de tecnologia. Colocamos a importância da troca de experiências em tecnologia embarcada na aérea de máquinas e equipamentos agrícolas. Esta integração com a Alemanha será muito importante também para o setor primário gaúcho", avalia o secretário Ernani Polo.
 
O presidente do Conselho de Diretores da Federação das Indústrias Alemãs (BDI) para a América Latina, Andreas Renchler, destacou que após um período de dificuldades profundas, o Brasil já apresenta indícios de recuperação econômica. "A União Européia também vive um período de desafios, com a saída do Reino Unido. Na Alemanha, estamos trabalhando para que nosso setor industrial continue crescendo, com a integração de muitos refugiados. As crises devem ser vistas como impulso para melhorar a economia de forma sustentável". Esteve presente também o secretário de Estado da Alemanha, Uwe Beckmeyer, ministro federal para Economia e Energia.
 
O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, destacou que o volume do comércio bilateral é significativo e está no topo da agenda da CNI. "Continuamos voltados para a superação das dificuldades. Para ter sucesso na tarefa de retomar a economia brasileira, é preciso conectar nosso país com a economia global. A Alemanha é o nosso quarto parceiro comercial e o segundo principal destino da União Européia, representando 15% das exportações. Temos acompanhado ativamente as negociações e a expressiva liderança alemã é fundamental nesse processo, principalmente para evitar a dupla tributação", salientou. A solenidade de abertura do 34º Encontro Econômico Brasil Alemanha foi prestigiada pelo ministro de Economia e Ciência da Turíngia, Wolfang Tiefensee e pelo presidente da Fiergs, Heitor Müller. Também participaram da programação os secretários gaúchos Fábio Branco (Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia), Carlos Burigo (Geral de Governo) e além do presidente do Cientec, Marc Richter, e da presidente do Badesul, Susana Kakuta.
 
O evento é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias Alemãs (BDI), com apoio da Câmara de Comércio Brasil Alemanha. Ocorre anualmente, de forma alternada em solos germânico e brasileiro. Em 2017, será a vez do Rio Grande do Sul sediar o encontro, agendado para ocorrer de 12 a 14 de novembro, na Fiergs. (Seapi)

 

Governo deve limitar reidratação do leite
Depois de conversar com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, o secretário estadual
da Agricultura, Ernani Polo, disse que o governo federal vai publicar amanhã uma nova redação para a Instrução Normativa 26 limitando a permissão para areidratação do leite em pó à matéria-prima comprada no Brasil.(Correio do Povo)

 

 

Porto Alegre, 14 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.371

 

  Sindilat quer limite à reconstituição de leite em pó no Brasil

 O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) quer que o governo federal permita a reconstituição de leite em pó apenas para aqueles produzidos em território nacional. A reivindicação resultaria em alteração na redação da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura. A ação busca sensibilizar integrantes dos ministérios da Agricultura e Relações Exteriores, parlamentares e lideranças de que a medida é uma das alternativas mais eficazes para conter a crise de renda que atinge o setor lácteo nacional. Nesta sexta-feira (14/10), o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou ofício ao chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos em que pede freio a reconstituição com base em produto importado. Nele, o Sindilat pontua: "A nossa sugestão é que este leite em pó que poderá ser reconstituído tenha a sua matéria prima originada somente de produtor de leite do Brasil e de estabelecimento industrial localizado em território nacional, ficando expressamente proibida a utilização de leite em pó importado".

Segundo entende o Sindilat, a reconstituição de leite em pó deve ser uma exclusividade das indústrias localizados em território nacional. Segundo o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, é preciso urgência em uma ação do governo em apoio ao setor lácteo tendo em vista o crescente índice de importação, principalmente em se tratando de cargas vindas do Uruguai.  Atualmente, o ingresso de leite do Prata tem reduzido a lucratividade da atividade e, consequentemente, afastado dezenas de produtores da atividade.

O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, contra 85,55 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 79,29%, representando 67,83 milhões de quilos). Já as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. Nos primeiros oito meses de 2015 o país exportou 45,19 milhões de quilos e, no mesmo período desse ano, apenas 32,25 milhões de quilos (queda de 28,65%, equivalendo a 12,95 milhões de quilos). As importações de leite em pó integral e desnatado passaram de 56,64 milhões de quilos nos primeiros oito meses de 2015 para 104,83 milhões de quilos nos oito primeiros meses deste ano - aumento de 85,09%. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
  
 
Leite derramado

O Brasil é o sexto maior consumidor de leite do mundo, e o produto, tão comum na culinária, é protagonista num cabo de guerra que envolve produtores brasileiros, o governo do Brasil e o Uruguai. Produtores de leite do Brasil reclamam que estão à mercê do mercado internacional, já que o Brasil importa leite em pó do Uruguai. Com isso, 850 mil famílias que dependem do alimento estariam sob risco de passar fome. A discussão sobre o problema já se arrasta há 14 anos na Câmara. Em 2002, o ex-deputado Agnaldo Muniz (PPS-RO) apresentou projeto de lei proibindo a importação de leite.

Preços baixos
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, apontou que o Estado responde por 13% da produção nacional de leite e que 300 mil pessoas estão ligadas diretamente à produção do insumo. Ele defende a diminuição das importações vindas do Uruguai, pelo menos temporariamente, pois os produtores brasileiros não têm como concorrer com os preços baixos do vizinho.

Terra de leite e mel
O presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, pintou uma situação apocalíptica. Os preços estão defasados e, desde de maio de 2016, a situação ficou mais preocupante pelo aumento do volume importado do Uruguai. Principalmente de leite em pó, que só pode ser importado para ser reidratado na região atendida pela Sudene, por força de normativas do Ministério da Agricultura. "Não estamos com falta de leite no Brasil, por que importar? Estamos prejudicando nossa produção com importação desnecessária", disse.

Preço mínimo
O primeiro tesoureiro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Nestor Bonfanti, e o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo (PP), também compararam a situação do leite com o Livro das Revelações. "As oscilações de preços prejudicam os produtores e desestabilizam o mercado", disse Polo. Segundo ele e Bonfati, a resposta é o estabelecimento de uma política de preço mínimo para o leite brasileiro.

Tentar acordo
Num raro consenso entre empresários, trabalhadores e governo do Estado, o governo federal ficou com o papel de advogado do diabo. O diplomata Otávio Brandelli, do Ministério das Relações Exteriores, explicou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) não permite que sejam estabelecidas restrições quantitativas no comércio internacional. "Oficialmente, as cotas de limitação de quantidade de comércio são proibidas mundialmente. Nenhum país quer ver suas exportações limitadas", disse. A saída é tentar um acordo entre os produtores brasileiros e uruguaios, como já foi feito entre Brasil e Argentina. (Jornal do Comércio)


Piá celebra Dia das Crianças com doação de brinquedos

A Piá comemorou o Dia das Crianças da melhor maneira possível. A Cooperativa realizou a doação de, aproximadamente, 300 brinquedos para crianças carentes do bairro Fazenda Pirajá, de Nova Petrópolis, e das instituições Rango Solidário, Amigos do Bem e Horta Comunitária Joanna de Ângelis, de Novo Hamburgo. A ação foi organizada pelo projeto "Amigos do Coração", formado por funcionários da Cooperativa que desenvolvem ações sociais nas comunidades onde a Piá atua, levando mais qualidade de vida a quem precisa. 
 
O grupo de voluntários realizou a coleta dos brinquedos nas filiais da cidade e também de Ivoti. "O objetivo desta campanha foi de levar um pouco de alegria para aquelas crianças cuja as famílias não têm condições de presentear nesta data que é tão importante", destaca o presidente da Piá, Gilberto Kny. (Assessoria de Imprensa Piá)


Importação de leite em pó bate recorde em setembro 

O volume de leite em pó importado em setembro é o maior da história, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O conteúdo equivalente a 225 milhões de litros é sete vezes maior do que a média histórica para o mês. O pesquisador do Cepea, Wagner Yanaguizawa, explica que o déficit de leite em 2016 foi o principal motivo para o aumento da importação.

A tendência até o fim do ano, na opinião do pesquisador, é de que a importação de leite continue aquecida, apesar do aumento da captação no segundo semestre. Isso porque é mais barato trazer o produto da Argentina, por exemplo, do que comprar no mercado interno. A competitividade do leite nacional está cada vez mais enfraquecida devido aos altos custos com a produção.

Yanaguizawa acredita em um crescimento no volume de leite produzido no país, resultado da melhor regularidade de chuvas dos últimos 2 anos, que contribuiu para o cultivo de pastagens. Isso vai causar pressão nos preços até pelo menos março de 2017, mas vale lembrar que desde o início deste ano, o acumulado é de alta de mais de 50%.

Para finalizar, o pesquisador diz que o foco dos produtores agora é oferta e demanda, já que o consumo nos supermercados caiu nos últimos dois meses, mas a produção está a todo vapor devido ao cenário climático favorável. (Canal Rural)
 

Embrapa abre Inscrições para o Simpósio de Melhoramento Genético de bovinos de leite
Os rumos dos programas de melhoramento genético das raças leiteiras serão debatidos durante o Simpósio de Melhoramento Genético de Bovinos de Leite entre os dias 8 e 11 de novembro, em Juiz de Fora/MG. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento (clique aqui) até o dia 1º de novembro. Junto com o Simpósio, será realizado o II Talking About Computing and Genomics - TACG. São esperados pesquisadores e professores, com o objetivo de gerar reflexões e impulsionar a busca de soluções tecnológicas. A programação completa do evento já foi definida. Clique aqui para acessar. (Girolando)
 

 

Porto Alegre, 13 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.370

 

  Medidas protetivas no setor de alimentício será tema de seminário

Intensificar medidas protetivas do setor de alimentos, bem como orientar acerca das ações a serem adotas para a criação dessas ações, esses são os objetivos do III Seminário de Segurança Alimentar - Competências e Responsabilidades, que será realizado no dia 31/10, das 9h às 17h, no Auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede do Ministério Público, em Porto Alegre. O evento faz parte do Programa Segurança Alimentar e se propõe a debater as competências e responsabilidades na produção, distribuição e comercialização de alimentos, assim como suas implicações e riscos à saúde. 

O seminário será dividido em três painéis: "Competências para a fiscalização e inspeção sanitária", das 9h às 12h; "Responsabilidades dos Fornecedores perante o CDC", das 13h30min às 15h e "Responsabilidades funcionais (Administrativa, Civil e Criminal)", das 15h15min ás 17h. Promovido pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica (Caocon), com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), o evento contará com profissionais da área da agricultura, saúde, justiça, administração e contabilidade.

As inscrições se encerram no dia 24 e devem ser feitas no site do Ministério Público: https://www.mprs.mp.br/ceaf/evt/inscricao?idevento=371. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
 
UE: produção de leite tende a diminuir 3% no último trimestre incentivada pelo "esquema de redução"

O Esquema de Redução da Produção de Leite da União Europeia (UE) anunciado em julho e que operará no último trimestre de 2016 foi praticamente todo preenchido. Em função das ofertas dos inscritos, a produção se reduziria em 1,06 milhão de toneladas no último trimestre de 2016, o que significaria uma baixa de 3% (em relação ao último trimestre de 2015).

Há diversidade entre os países: desde um volume de redução de 286.000 toneladas na Alemanha, mais de 100.000 toneladas na França e no Reino Unido e até menos de 1.000 toneladas em Malta e Chipre.

Participam do esquema mais de 52.000 produtores dos 28 estados da União Europeia (UE). Em média, cada produtor reduziria 16,5% no último trimestre sua produção de leite. A maioria dos produtores são da França, da Alemanha, da Irlanda, da Áustria e da Holanda. No final desse período, os produtores terão 45 dias para demonstrar que reduziram a produção e, portanto, podem ter acesso ao pagamento de 0,14 euros (US$ 0,15) por quilo de leite reduzido (em meados de fevereiro). 
Em 11/10/16 - 1 Euro = US$ 1,11698
0,89515 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do http://www.tardaguila.com.uy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: exportações de leite multiplicaram por cinco, em cinco anos

As exportações de leite dos Estados Unidos multiplicaram por cinco, em cinco anos, atingindo US$ 7,1 bilhões em 2014. Os acordos comerciais dos EUA com outros 20 países (Free Trade Agreements) permitiram uma elevação das exportações de US$ 690 milhões antes do início desses acordos para US$ 2,8 bilhões em 2015.

Estudo do USDA (Departamento de Agricultura do país) indica que o cenário pode ficar ainda melhor. Quando incrementado, o TPP (Parceria Transpacífico), que engloba 12 países, poderá render mais US$ 300 milhões por ano em exportações nesse setor.

O mercado norte-americano de leite está maduro, e a saída agora é o mercado externo, segundo técnicos do governo dos EUA. Estudo do USDA indica que cada US$ 1 exportado em leite movimenta outros US$ 3 na economia interna norte-americana.

Os Estados Unidos, que tinham 4% das exportações mundiais em 2004, já estão com 14%. A colocação do produto no mercado externo reflete também no bolso do produtor. De 2004 a 2014, a renda média anual dos produtores aumentou US$ 7.560.

Enquanto isso, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicou que as importações brasileiras de leite e de derivados cresceram 186% no mês passado, em relação a igual período de 2015, atingindo US$ 53,8 milhões. No acumulado do ano, somam US$ 310,4 milhões, 62% mais do que as de janeiro a setembro de 2015. (As informações são do jornal Folha de São Paulo)

Retração no consumo 

A inflação arrefeceu, mas não o suficiente para estimular o consumidor a ampliar suas compras nos super e hipermercados. Ainda pressionado pelo medo de perder o emprego, e com a renda achatada, mantém hábitos adquiridos quando a recessão parecia mais aguda e a inflação, mais alta. O brasileiro continua buscando promoções, embalagens econômicas e mostra preferência pelo atacarejo. A retração do consumo atingiu o varejo em cheio, causando queda no volume de vendas em todas as categorias avaliadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em hipermercados e supermercados, as vendas de alimentos, bebidas e fumo registram queda de 2,9% neste ano, até julho. Em 12 meses, chega a retração chega a 3,1%. "O humor dos consumidores muda à medida que há melhora na perspectiva sobre a economia de 2017, com inflação mais baixa, redução da taxa básica de juros [Selic] e queda no nível do desemprego. Mas, efetivamente, não houve mudança significativa nos indicadores macroeconômicos", diz Maximiliano Bavaresco, sócio-diretor da Sonne Consultoria.

Embalagens econômicas
Nas categorias com embalagens maiores ou econômicas, as vendas crescem 25% neste ano, em relação a 2015, diz Arruiz. Fabricantes de detergentes para roupas, limpadores, papel higiênico, fraldas, leite em pó, achocolatados, refrigerantes e sucos estão entre as que mais exploram esse formato, afirma. Tiago Oliveira, gerente de soluções para lojistas da Kantar Worldpanel, diz que o aumento do consumo de marcas com posicionamento de preço inferior ao de marcas líderes se mantém. Ele cita como exemplos o aumento nas vendas de marcas como Seara, em carnes; Itambé, em leite; e Brilhante, em detergente para roupas.

Marcas próprias
As marcas próprias, com preços em média 40% mais baratos, continuam como aposta dos supermercados. Com o lançamento de 250 produtos da Prezunic, a Cencosud Brasil prevê um avanço de 88% nas vendas de marcas próprias este ano, sobre 2015, com destaque para itens como leite condensado, creme de leite, arroz e açúcar. (Supermercado Moderno)

Inadimplência 

A inadimplência do consumidor obteve alta de 4,7% em setembro de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC, descontados efeitos sazonais. No entanto, no acumulado em 12 meses (entre outubro de 2015 e setembro de 2016 contra os 12 meses antecedentes) a inadimplência desacelerou 0,4 p.p. no mês, subindo 1,8% no período. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior, setembro apresentou queda de 3,4%, enquanto no acumulado do ano houve alta de 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, a maior elevação ocorreu no Norte (4,7%), seguida das regiões Nordeste (3,2%), Centro-Oeste (3,1%) e Sudeste (1,6%). Já a região Sul obteve queda de 1,0%. (Supermercado Moderno)
 

Alíquota zero sobre importação de milho vai até o final deste ano
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou a alíquota zero para a importação de milho até 31 de dezembro deste ano. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11). O limite de importação é de 1 milhão de toneladas. Os países do Mercosul já tinham alíquota zero. Mas os outros países pagavam 8%. São eles que podem se beneficiar agora da decisão da Camex. A medida deverá ajudar na importação para o abastecimento interno e regular o preço de mercado. A primeira isenção da alíquota de milho ocorreu em abril deste ano. (As informações são do Mapa)
 

 

Porto Alegre, 11 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.369

 

  2º Prêmio Sindilat de Jornalismo entra na reta final de inscrições

As inscrições para o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo entram em sua reta final nesta segunda quinzena do mês de outubro. A iniciativa, que busca valorizar o trabalho da mídia focada no agronegócio e a produção de reportagens sobre o setor lácteo, recebe trabalhos até o dia 1º de novembro. A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, em 1º de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Serão quatro categorias premiadas: mídia impressa, mídia eletrônica, online e fotografia. Os trabalhos inscritos devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios, e serão avaliados por uma comissão julgadora composta por profissionais da área de comunicação social e por executivos representantes das instituições ligadas ao setor lácteo. Todos os materiais devem ter data de publicação/veiculação entre 01/12/2015 e 01/11/2016. Os três primeiros colocados nas quatro categoria receberão troféus e o grande vencedor de cada um delas um Iphone.

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por email (imprensasindilat@gmail.com) ou entregar em mãos na sede do Sindilat (Av Mauá, 2011/505 - Porto Alegre das 9:00h até as 18:00h) até o dia 1º de novembro de 2016. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até o dia 21 de novembro.

O concurso tem caráter exclusivamente cultural, não está vinculado à compra de nenhum tipo de produto e não está subordinado ou vinculado a qualquer modalidade de sorte ou jogo, nem tampouco ao pagamento de qualquer valor, conforme a Lei 5.768 de 20/12/71 e o Decreto de Lei 70.951 de 09/08/72 (texto do Artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71: "Independe de autorização, não se lhes aplicando o disposto nos artigos anteriores: I- a distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio realizado diretamente por pessoa jurídica de direito público, nos limites de sua jurisdição, como meio auxiliar de fiscalização ou arrecadação de tributos de sua competência; II- a distribuição gratuita de prêmios em razão do resultado de concurso exclusivamente cultural, artístico, desportivo ou recreativo, não subordinado a qualquer modalidade de álea ou pagamento pelos concorrentes, nem vinculação destes ou dos contemplados à aquisição ou uso de qualquer bem, direito ou serviço"). Antes de efetuar a sua inscrição, leia atentamente o regulamento CLICANDO AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
 
Estado quer ação da Aliança Láctea contra importações 

 
Foto: Carolina Jardine

Reunidas na tarde desta segunda-feira na sede da Farsul, em Porto Alegre, lideranças do setor lácteo gaúcho alinharam as pautas que serão apresentadas na reunião da Aliança Láctea no dia 19 de outubro, em Curitiba (PR). Na lista de prioridades da cadeia produtiva está angariar apoio do Paraná e de Santa Catarina à reivindicação de limites às importações de produtos lácteos, principalmente do Uruguai. Coordenando a reunião, o presidente da Aliança Láctea, Jorge Rodrigues, informou que o trabalho de informação aos parlamentares e autoridades deve começar nos próximos dias, antes mesmo do encontro agendado para a próxima semana. 
 
Presente na reunião desta segunda-feira, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforçou a urgência em se solucionar o impasse com o país vizinho sob pena de comprometer a saúde financeira de todo o setor produtivo. "Querem que o setor encaminhe um acordo privado com o Uruguai, mas precisamos é que o governo assuma a frente desse processo pelo bem de milhares de famílias que sobrevivem da atividade." Na pauta da Aliança Láctea também devem estar questões sanitárias que permitam a busca de uma uniformização das políticas de controle de brucelose e tuberculose dos três estados do Sul. "Hoje, soubemos que os três estados têm trabalhado nesta pauta e queremos criar um fluxo de informação que possa auxiliar a todos os membros", exemplificou Palharini. (Jornal do Comércio)
 
Setor de lácteos do Canadá prospera, enquanto ministro da Agricultura rejeita críticas dos EUA

A indústria de lácteos do Canadá tem mostrado ser um forte direcionador econômico, aumentando seu Produto Interno Bruto (PIB) de C$ 15,2 bilhões (US$ 11,55 bilhões) em 2009 para C$ 19,9 bilhões (US$ 15,12 bilhões) em 2015, de acordo com um novo relatório do Dairy Farmers of Canada chamado "Update on the Economic Impacts of the Dairy Industry in 2015". O relatório mostrou que o setor de lácteos do Canadá viu um aumento de 26% nas vendas de lácteos, um aumento de 29% na produção e um crescimento de 24% na atividade de processamento desde 2009 - direcionado em grande parte pela adição de 11.700 fazendas leiteiras desde 2009.

O aumento na atividade da indústria de lácteos dentro do Canadá significa que existem agora 221.000 empregos em período integral no país associados com a indústria de lácteos, um aumento de 3% desde 2013. Embora a indústria de lácteos tenha reduzido sua dependência do trabalho manual a nível de fazenda, o número de empregos a nível de processamento de produtos com valor agregado aumentou, mostrou o estudo.

O relatório recente citou que a indústria de lácteos está viva e bem em todas as províncias do Canadá, com Quebec e Ontário sendo os locais da maioria das fazendas leiteiras (5.766 e 3.834 operações leiteiras, respectivamente). Assim, Quebec e Ontário continuam liderando o país na produção de leite. Em particular, Ontário destaca-se principalmente por sua concentração de processadoras de lácteos. Como resultado, aproximadamente 46% dos impactos do processamento de lácteos estão nessa província, comparado com 32% dos impactos gerados pela produção.

O oposto ocorre em Quebec, onde 40% dos impactos da produção são gerados, comparado com 30% dos impactos do processamento. Isso é principalmente devido à concentração do setor de processamento e, em particular, o setor de processamento de lácteos em Ontário. Por exemplo, as vendas por companhias de processamento de lácteos em Ontário alcançaram C$ 7,6 bilhões (US$ 5,77 bilhões) em 2015, comparado com C$ 5,4 bilhões (US$ 4,10 bilhões) em Quebec. Em outras regiões, a produção respectiva e as participações no processamento são muito similares umas com as outras. O setor de lácteos do Canadá tem sido alvo de críticas, entretanto, especialmente dos Estados Unidos, que acreditam que o Canadá está violando acordos comercias por reduzir as importações de ingredientes lácteos dos Estados Unidos.

No começo desse mês, dois senadores dos Estados Unidos alegaram que a Estratégia Nacional de Ingredientes do Canadá e o programa de preços VI de Ontário violam oscompromissos comerciais que o país tinha com os Estados Unidos, encorajando os produtores de leite a comprar produtos lácteos locais ao invés de importados. Em resposta aos desafios legais dos grupos de lácteos internacionais, o ministro da Agricultura do Canadá, Lawrence MacAulay, disse que "não estava nem um pouco preocupado" e que nunca tinha se preocupado muito com ameaças em sua vida, em um evento à imprensa do Comitê de Agricultura e Silvicultura do Senado na semana passada.

A organização Dairy Farmers of Ontario também respondeu dizendo que sua estratégia de ingredientes estava em prática para direcionar o crescimento de valor agregado nos ingredientes lácteos para os mercados doméstico e de exportação, visando colocar o setor de lácteos do Canadá em uma posição mais competitiva. E foi o que aconteceu: a indústria de lácteos do Canadá contribuiu com aproximadamente C$ 3,6 bilhões (US$ 2,73 bilhões) em tarifas locais, provinciais e federais, provando ser um dos pilares da economia canadense. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Setor atacadista
A pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), mostrou crescimento do faturamento do setor atacadista distribuidor em termos reais (deflacionados). Houve crescimento de 1,91% em agosto, na comparação com julho. Em relação a agosto de 2015, houve ligeira alta de 0,19%. Mas, no acumulado do ano, de janeiro a agosto, o faturamento apresentou queda de -0,97% em relação ao mesmo período do ano passado. "A proximidade das festas de fim de ano e o arrefecimento da inflação vão contribuir para que o faturamento real do setor volte a ser positivo em 2016, ainda que seja um pequeno crescimento de 1%", afirma José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD. (Supermercado Moderno)
 

 

Porto Alegre, 10 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.368

 

Programa Brasil Mais Produtivo é lançado no RS

O Programa Brasil Mais Produtivo foi lançado na última sexta-feira (7/10) pelo ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, na sede da Fiergs, em Porto Alegre. O programa tem o objetivo de aumentar a produção das pequenas e médias empresas em pelo menos 20%, como uma resposta rápida para o dilema da baixa produtividade da indústria brasileira. O ministro salientou que quatro setores foram escolhidos para participar do programa: moveleiro, confecções e calçados, alimentos e bebidas, e metalmecânico. O Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat) participou do evento e foi representado por sua gerente administrativa Julia Bastiani.
 
Além do Rio Grande do Sul, o Brasil Mais Produtivo também já foi lançado no Ceará, Goiás, Maranhão, Bahia, Acre, Rondônia, Santa Catarina, Espírito Santo e Amazonas. O foco do programa é avaliar a cadeira produtiva das empresas e sugerir mudanças para redução de sete tipos de desperdícios mais comuns: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.
 
Para participar, é preciso ter entre 11 e 200 funcionários e arcar com uma contrapartida de R$ 3 mil, que pode ser financiada pelo BNDES. O programa tem um custo de R$ 18 mil, e os R$ 15 mil restantes são pagos pelo governo. As empresas interessadas devem acessar a página do Brasil Mais Produtivo (www.brasilmaisprodutivo.gov.br) e completar o cadastro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
  
Sindilat apoia evento da UFRGS

 

Pelo segundo ano consecutivo, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) foi apoiador do 4º Simpósio da Ciência do Agronegócio, nos dias 06 e 07 de outubro, na Faculdade de Agronomia da UFRGS. O evento é organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios (Cepan) e tem como objetivo incentivar a construção de alianças para a inovação e a sustentabilidade no agronegócio.

Sete pesquisadores e empreendedores debateram sobre o agronegócio no contexto urbano, suas implicações sociais, econômicas e ambientais. No intervalo das palestras, o Sindilat promoveu o Milk Break, momento em que os participantes puderam degustar leite e seus derivados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Varejo obtém margem bruta recorde na venda de leite UHT

O ano de 2016 tem sido marcado por uma grande variação nos preços de lácteos. Mesmo com a economia em crise, a forte queda na produção de leite em 2016 (no primeiro semestre, a redução foi de 6,4% x o 1º semestre de 2015) fez com que os preços em todos os elos apresentassem altas expressivas. 

Entre os derivados, o produto que apresentou maior variação de preços foi o leite UHT que, segundo dados do MilkPoint Mercado, chegou a ser vendido pela indústria para o varejo próximo aos R$4/litro.

No entanto, os altos preços tiveram seu reflexo no consumo: com o repasse de preços do varejo para o consumidor, empresas reportaram uma forte diminuição nas vendas, o que fez com que rapidamente os preços despencassem. Se antes os varejistas se esforçavam para conseguir o volume que precisavam a quase R$4/litro, agora já há diversas negociações na casa de R$2/litro e muitos laticínios já começaram a aceitar valores até abaixo de R$2/litro. 

Como muitas vezes ocorre nessa queda de braços entre indústria e varejo, mesmo com a forte queda nos preços recebidos pela indústria, o setor varejista conseguiu segurar preços: em setembro, a queda do leite UHT no varejo foi de 12%, muito menor do que o recuo dos preços no atacado, que tiveram queda de 24,4% no mesmo mês, em sequência à queda de 22,5% já ocorrida em agosto.

Com a forte mudança no cenário e a capacidade do varejo em segurar a queda ao consumidor, em apenas três meses este elo saiu de sua menor participação (analisando os dados a partir de 2004) nas margens brutas de leite UHT em junho (6,8%) para a maior participação nas margens brutas de leite UHT em setembro (38,3% do valor final do produto).

Já a indústria, por sua vez, teve sua participação reduzida de 55,7% em junho para 17,5% do valor final do UHT em setembro, enquanto a participação do produtor oscilou de forma menos expressiva: saiu de 37,5% para 44,2%. Porém, em função da queda nos preços pagos ao produtor nos últimos 30 dias, sua participação já está diminuindo, com alguma recuperação por parte da indústria. "Apesar dos números ainda não indicarem isso em função da defasagem entre o que ocorre no mercado e a consolidação dos dados, o fato é inequívoco: o produtor está tendo redução na fatia porcentual, além de queda no valor absoluto", diz Marcelo P. Carvalho, CEO da AgriPoint. 

O gráfico 1 a seguir apresenta as informações citadas:

Gráfico 1 - Distribuição das margens do leite UHT por elo (em %).

 

Ao analisarmos os dados em valor, podemos ver que a tendência também foi muito semelhante: como a queda do preço do leite UHT no varejo foi menor que no atacado, mesmo com a redução nos valores do produto ao consumidor, o varejo ainda conseguiu aumentar sua margem bruta, chegando a R$1,42/litro, contra R$0,65/litro de margem da indústria em setembro. Importante salientar que tais valores são brutos, ou seja, não consideram os custos de cada elo.

"É interessante notar que os momentos de melhor remuneração do produtor coincidiram com margens elevadas também para a indústria", constata Marcelo.

Gráfico 2 - Distribuição das margens do leite UHT por elo (em R$/litro).

 

Resta saber quando o varejo reduzirá os preços, estimulando o consumo em um momento de elevação da oferta, seja pela recuperação da produção interna, seja pelas importações recordes de leite em pó. (MilkPoint)

Exportações de lácteos dos Estados Unidos vai para o Território Positivo

Recordes de vendas de leite em pó para o México e soro de leite em pó para a China abrem o caminho. As exportações norte americanas, em agosto, atingiram US$ 402 milhões, aumento de 3% em relação ao mesmo mês de 2015 e é o primeiro incremento na comparação ano sobre ano, em mais de dois anos.

Em volume, as exportações representaram 172.764 toneladas de leites em pó, queijos, manteiga, soro e lactose durante o mês, 23% mais em relação ao mesmo mês do ano passado, e a maior quantidade desde maio de 2015. As vendas para o México foram de US$ 119,5 milhões, 31% mais que no mesmo mês de 2015. As exportações de leite em pó para o México atingiram o recorde em volume, 32.883 toneladas, 80% a mais que no último ano. As remessas de soro de leite para China foram mais que o dobro que os níveis de agosto de 2015, e representaram 45% dos embarques de soro de leite dos Estados Unidos para o exterior. O volume de soro de leite em pó foi o mais elevado desde maio de 2015, quando houve o recorde vendas (9.308 toneladas). (USDEC - Tradução livre: Terra Viva)
 

 
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebe, até o dia 11 de novembro, sugestões à proposta que regulamenta a declaração obrigatória sobre a presença de lactose nos rótulos de alimentos. O objetivo da medida é alertar pessoas que têm dieta que restringe essa substância. (Jornal do Comércio)


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Porto Alegre, 07 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.367

 

Governo revisará situação das importações do Uruguai


Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Depois de uma tarde de discussões acaloradas sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor lácteo brasileiro nesta sexta-feira (7/10) na Comissão de Agricultura do Senado, em Brasília, representantes dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores ficaram de buscar alternativas que ajudem a corrigir possíveis distorções na relação de compra do leite uruguaio. Nas próximas semanas, o governo federal deve checar os números de importação de lácteos daquele país na busca de um acordo que prime pelo bom senso, uma vez que, segundo os produtores, as exportações anteriormente direcionadas à Venezuela vêm sendo escoadas ao mercado brasileiro.  "A indústria é favorável ao Mercosul, mas nós precisamos de cotas para não sermos surpreendidos com altos índices de leite no mercado nacional que derrubam o preço e inviabilizam a atividade. Precisamos de uma ação do governo nem que seja com a compra de parte da produção ou incentivos fiscais", sugeriu o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra. A sugestão do Sindilat é, de imediato, adotar monitoramento do mercado de forma a equilibrar a importação de leite, fixar cotas para o Uruguai  e trabalhar na desoneração de máquinas e equipamentos para uso dos produtores e da indústria.
Ao lado do setor, a senadora e presidente da comissão, Ana Amélia Lemos, reforçou o coro como forma de proteger milhares de pequenos produtores que vivem do leite no país. "O problema é mais complexo do que imaginávamos porque envolve regras internacionais, custo de produção e questões sociais". Entre as hipóteses em análise está a criação de cotas para o leite do Prata, o que não é bem visto pelo Ministério das Relações Exteriores, que teme retaliações. "Temos que pensar que talvez eles também queiram fechar outros mercados para o Brasil", alertou o diretor do Departamento do Mercosul, Otávio Brandelli. Contudo, é preciso avaliar que há produtos na pauta de exportação brasileira que não têm livre acesso ao mercado Uruguaio como se gostaria, como a carne de franco, por exemplo.
Outra demanda defendida pelos produtores e que deve, agora, ganhar apoio do Senado, é a revisão da Instrução Normativa (IN) nº 26, que autoriza os laticínios da região da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado. Presente ao encontro, o vice-presidente da Fetag, Nestor Bonfanti, cobrou um encaminhamento que traga efeito e que seja viável para resolver a questão do leite gaúcho. "Os agricultores estão nervosos e precisam de tranquilidade para investir na produção. Precisamos que as autoridades pensem com muito carinho", conclamou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Balança comercial de lácteos: importações em equivalente-leite têm recorde no ano

Em setembro, a balança comercial do setor lácteo prosseguiu em queda, representando déficit em volume de mais de 22 mil toneladas, redução de 13,2% sobre o déficit apresentado em agosto/16. O saldo da balança de lácteos foi de US$57,2 milhões negativos.

 
Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

 
O volume de exportação de lácteos foi maior em 9,9% que o mês anterior, e o valor, 15,9% maior. Contudo, quando comparado a este mesmo período de 2015, o volume é 25,3% inferior, visto que em agosto de 2015 foi representado por 9,42 mil toneladas ante as 7,03 mil toneladas atuais. Referente às importações, o volume foi elevado em 12,4%, resultando em 29,13 mil toneladas. O valor, também superior ao último mês, foi de US$80,9 milhões. O leite em pó integral teve volume importado de 14,9 mil toneladas em setembro (22,1% superior ao mês de agosto); 4,8 mil toneladas de leite em pó desnatado (9,5% x agosto); 2,7 mil toneladas de soro de leite (volume 23,6% inferior em relação a agosto, e 146,4% superior que setembro de 2015) e 4,8 mil toneladas de queijos (10,8% x agosto).

As importações de leite em pó tiveram principal origem no Uruguai, totalizando 12,2 mil toneladas em setembro, e na Argentina, que enviou pouco mais que 6 mil toneladas. Chile e Estados Unidos, com representações menores, também enviaram leite em pó ao Brasil neste mês, sendo as quantidades de 625 toneladas e 859,6 toneladas, respectivamente. Ao analisar as quantidades em equivalente-leite (o quanto de leite é utilizado para fabricar cada produto), a quantidade importada foi de 224,9 milhões de litros em setembro, superior em 16,7% em relação a agosto. No comparativo com setembro de 2015, o aumento nas importações em equivalente-leite é de 170%.

As exportações em equivalente-leite também foram maiores em setembro do que no último mês, com volume de 43,3 milhões de litros (9,1% x agosto). Entretanto, quando comparado a este mesmo período de 2015, o volume total é ainda muito inferior, sendo 34,10% abaixo. Seguindo em atenuação, o saldo da balança comercial de lácteos para setembro de 2016 foi negativo em 183,16 milhões de litros, cerca de 30 milhões a menos que o mês anterior. Até o mês vigente, o ano de 2016 apresentou déficit na balança comercial de lácteos representado por 1,18 bilhões de litros. (Fonte: MDIC/Milkpoint)

Reino Unido/2016: produção de leite deverá cair em 1 bilhão de litros

O volume de leite produzido nas fazendas leiteiras do Reino Unido deverá cair em um bilhão de litros em 2016, de acordo com o UK Dairy Group. A oferta de leite do Reino Unido vem caindo a uma taxa consistente de 6-7% por mês desde abril, disse o grupo, e isso não tem dado sinais de que vai parar. As captações de leite em setembro deverão ser de 1,08 milhão de litros - que é 7,5% a menos que no mesmo mês de 2015.

Ao mesmo tempo, o grupo também mostrou que o volume geral de leite captado na União Europeia (UE) está caindo, com as captações de julho caindo 1,4% enquanto a produção da Nova Zelândia está caindo cerca de 1,7% por mês. Entretanto, a redução vista na UE e na Nova Zelândia vem em um período quando o volume de leite produzido nas fazendas dos Estados Unidos tem aumentado - com as captações crescendo 2% em agosto.

De acordo com o Dairy Group, os mercados continuarão firmes até que o declínio na oferta chegue ao final, o que significa que os preços equivalentes do Reino Unido precisam aumentar para 0,30 libras esterlinas (US$ 0,38) por litro para que os produtores possam ter esperanças de reparar seus negócios prejudicados. Como resultado, o grupo está prevendo que o preço do leite no Reino Unido alcançará 0,26 libras esterlinas (US$ 0,33) por litro em janeiro de 2017 e 0,30 libras esterlinas (US$ 0,38) por litro em abril de 2017.

O porta-voz do Dairy Group, Nick Holt-Martyn, disse que há um atraso natural entre as melhoras no mercado e as mudanças no preço ao produtor. Esse atraso ocorre, disse ele, à medida que leva tempo para as tendências claras de mercado se estabelecerem e para fluírem em toda a cadeia de fornecimento. Embora seja difícil saber exatamente de quanto tempo será esse atraso, a avaliação dos últimos cinco anos sugere um atraso de 3-5 meses. 

Várias importantes companhias de lácteos do Reino Unido agiram para aumentar o preço do leite ao produtor em outubro. Companhias como Dairy Crest, Arla Fodos e First Milk aumentaram o preço do leite em outubro pago a seus fornecedores entre 1 a 2 centavos de libra (1,28 a 2,57 centavos de dólar) por litro, após alguma recuperação no mercado de lácteos.

A Dairy Crest anunciou um aumento de 1,5 centavos de libra (1,93 centavos de dólar) por litro, que será feito gradativamente em dois meses a partir de 1 de outubro. Um aumento de 1 centavo de libra (1,28 centavo de dólar) por litro entrou em efeito em 1 de outubro e mais um aumento de 0,5 centavo de libra (0,64 centavo de dólar) por litro será aplicado em 1 de novembro.

Outra companhia de lácteos britânica, a First Milk, também anunciou que aumentaria o preço do leite pago aos fornecedores durante o mês de outubro em 2 centavos de libra (2,57 centavos de dólar) por litro, tornando esse o maior aumento mensal desde 2007. Além disso, a Arla Foods também anunciou que aumentaria seu preço do leite em outubro em 2 centavos de libra (2,57 centavos de dólar) por litro.
Em 04/10/16 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,28886 
0,77573 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do http://www.agriland.ie, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Indústria reage em setembro e sinaliza expansão no 4º tri

A forte queda da produção industrial em agosto parece não ter revertido a tendência de recuperação lenta do setor. Para economistas, os primeiros dados divulgados de setembro indicam que a atividade nas fábricas voltou ao terreno positivo no período, ainda que em magnitude insuficiente para compensar o tombo de 3,8% ocorrido no oitavo mês do ano. Como a retração foi forte, piorou a percepção sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, mas o "efeito rebote" pode provocar crescimento da atividade nos últimos três meses de 2016. A produção de automóveis aumentou 14,1% de agosto para setembro, depois de ter recuado 15,2% no mês anterior. Os cálculos baseiam-¬se em números divulgados pela Anfavea, dessazonalizados pela MCM Consultores. Segundo dados divulgados ontem pela entidade que reúne as montadoras de veículos, a produção do setor caiu 3,9% de agosto para o mês passado. A própria Anfavea, porém, salienta que o desempenho caminha para a estabilidade, mas fatores pontuais têm provocado variações inesperadas.

 Entre eles, a entidade ressalta o menor número de dias úteis em setembro e a dificuldade dos consumidores em conseguir financiamento de veículos novos em razão da greve dos bancos. Tendo como uma das bases o desempenho do setor automotivo, A MCM espera, ainda de forma preliminar, alta de 0,6% da produção industrial total na passagem mensal. "A indústria vai continuar seu processo de retomada lenta", afirma o economista Leandro Padulla, para quem o setor vai voltar a crescer no último trimestre do ano. Entre julho a setembro, Padulla estima redução de 0,8% do PIB industrial, desempenho em grande parte explicado pelos problemas pontuais da indústria automobilística, que teve paralisações acima da média em agosto. Em função disso, o economistas reviu ligeiramente sua projeção para a queda do PIB total no terceiro trimestre, de cerca de 0,5% para 0,7%. Nos próximos meses, porém, a atividade do setor manufatureiro, deve seguir melhorando, afirma ele, devido à continuidade da normalização da produção pelas montadoras. Além da volta à normalidade nas fábricas de automóveis, a recomposição de estoques, principalmente nos fabricantes de bens intermediários, e a reação da confiança do empresariado são outros fatores que devem ajudar a indústria nos últimos três meses do ano, avalia Padulla. Em seu cenário, a trajetória um pouco melhor do setor deve levar o PIB a avançar 0,2% no último trimestre de 2016. Outro importante indicador antecedente do comportamento da produção, as vendas de papelão ondulado encerraram setembro em nível pouco inferior ao de igual mês de 2015, na avaliação de Gabriella Michelucci, presidente da associação que reúne empresas do setor (ABPO). Os dados ainda não foram divulgados.

Em relação a agosto, a expectativa é de queda de cerca de 2%, afirma Gabriella, mas a redução não é vista como piora do desempenho. "Não estamos virando a economia do avesso positivamente, mas deixamos de ter perdas importantes", diz a executiva, também diretora de papelão ondulado da Klabin. Apesar da queda no último mês, a ABPO projeta alta de 0,7% nas vendas no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado. "O setor de papelão ondulado consolidou um início de recuperação em agosto", avalia a presidente da associação, trajetória que credita principalmente ao ajuste de estoques na indústria. As embalagens, explica ela, são produtos com um giro alto e entrega diária. Por isso, quando as fábricas diminuem o volume de mercadorias paradas e precisam voltar a produzir mais, o segmento de papelão ondulado é um dos primeiros a perceber a retomada.

Para os últimos três meses do ano, Gabriella trabalha com recuo próximo de 1% da expedição de papelão ante igual intervalo do ano anterior, mas também não vê a perspectiva como um resultado ruim, já que o último trimestre do ano passado foi também de recuperação para o setor. Na média de 2016, a expectativa é de queda entre 1% e 1,5%, depois de redução de 2,8% em 2015. "A percepção é que paramos de cair para crescer em 2017." Os dados de importação também sinalizam continuidade no processo de retomada de produção industrial. Setembro foi o segundo mês consecutivo com forte desaceleração na queda de importação de bens intermediários. De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), a importação de intermediários caiu 2,3% em setembro. No mês anterior o recuo foi de 0,5%, sempre na comparação com igual período de 2015, pelo critério da média diária. Apesar de ainda não terem migrado para o campo positivo, as variações representam quedas bem mais amenas que as do decorrer no ano. No acumulado até setembro, a queda na importação de intermediários foi de 20,1%. No primeiro quadrimestre do ano, a importação dessa classe de produtos recuou 30,2%. Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial, (Iedi), diz que as quedas bem mais amenas nos desembarques de insumos pela indústria podem indicar retomada de produção, sinalizando que o pior momento ficou para trás. Ele pondera, porém, que há influência de outros fatores, como o real mais valorizado perante o dólar, que estimula as compras do exterior e arrefece o fenômeno da substituição de importações em curso desde o início do ano. Por enquanto, diz Cagnin, é difícil avaliar qual componente tem pesado mais. 

A confiança, ressalta Tabi Thuler Santos, coordenadora da sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV), é outro dado que também melhorou em setembro, ao avançar 2,1% no mês passado, para 88,2 pontos, melhor nível desde julho de 2014. "Esperamos que a indústria retome a trajetória observada desde março, de quedas na comparação anual cada vez menores e taxas mensais com pequenos avanços". A preocupação, agora, é com a resposta da demanda interna, especialmente diante dos sinais de que o setor externo está impulsionando mesmo a atividade industrial, dada a valorização recente do câmbio. Segundo Tabi, há inclusive evidências de exportadores que estão reduzindo sua margem de lucro para continuar a vender para o exterior e não perder o cliente, já que a demanda doméstica ainda é insuficiente. Nesse cenário, o risco de volta de acúmulo de estoques pelo varejo existe, afirma. Por enquanto, diz, a indústria continua a reduzir suas mercadorias paradas, mas a recuperação do setor só será mais forte quando a demanda interna der sinais claros de reação, o que tende a acontecer apenas a partir do ano que vem, caso as reformas sejam aprovadas.

Cagnin, do Iedi, tem preocupação semelhante. Ele alerta para a perda de fôlego que já aparece nos números de exportação exatamente em razão da apreciação da moeda nacional nos últimos meses. Em agosto o volume de exportação de manufaturados cresceu 25% contra mesmo mês de 2015. No acumulado até o mês a alta foi de 9,1%. Cagnin lembra, porém, que fatos pontuais contribuíram para a aceleração do quantum embarcado em agosto. Entre eles a exportação de aeronaves, que mais que dobrou no mês em relação a igual período do ano passado. Nas comparações trimestrais, destaca Cagnin, o volume embarcado de manufaturados cresceu 12,3% de janeiro a março. No segundo trimestre a alta caiu para 9,2%. No último trimestre de 2015 a alta foi de 13,7%, compara o economista do Iedi, sempre contra igual trimestre do ano anterior. "O câmbio perde o efeito dinamizador da exportação", avalia Cagnin. Ao mesmo tempo a economia doméstica ainda não mostra sinais de que existirá demanda para uma produção que pode não ir mais para o mercado externo. Ele diz, porém, que não é caso de se falar de um quadro "catastrófico" e sim de acompanhar os indicadores dos próximos meses com atenção. De qualquer forma, estima, a expectativa é de que as variações de quantum exportado de manufaturados até o fim do ano continuem positivas, embora em desaceleração e caminhando para a estabilidade. (Valor Econômico)

 

 

Hábitos nutricionais 
Realizada com 30 mil pessoas em 63 países, a pesquisa mostra que o consumidor cada vez mais modifica seus hábitos nutricionais por sensibilidades alimentares, alergias e desejo de se manter saudável. Cerca de 30% dos entrevistados no Brasil dizem que alguém em casa sofre algum tipo de alergia ou intolerância, sendo que lactose, produtos lácteos, frutos do mar e trigo são os mais citados. Por outro lado, 31% adotam uma alimentação com baixo teor de gordura; 28% consomem açúcar com moderação e 22% preferem produtos com baixo teor de sódio. Entre os itens que mais eles tentam incluir no cardápio diário estão aves (62%), grãos e orgânicos (57% cada) e ovos (56%). Os brasileiros também apontaram os alimentos que tentam excluir da alimentação: itens de origem animal com antibióticos e hormônios (61%); com sódio (55%); com gorduras saturadas ou trans, além de acondicionados em embalagens BPA (54% cada). O BPA é o Bisfenol A, um composto utilizado na fabricação de policarbonato, um tipo de resina usada na produção da maioria dos plásticos. Convencido de que a alimentação caseira é mais saudável (80% dos entrevistados), o brasileiro espera encontrar nos supermercados produtos com atributos específicos: 68% gostaria de produtos 100% naturais; 56% com baixo teor ou sem gordura; 54% com baixo teor ou sem açúcar;  52% orgânicos;  e 52% com baixo teor de sódio. (Fonte: Supermercado Moderno)