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10/01/2017

Porto Alegre, 10 de janeiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.419

 

​​Agronegócio brasileiro atrai investimentos neozelandeses

Até 2016, pelo menos 70 empresas já se instalaram no país e a previsão é que neste ano, mais 10 companhias invistam por aqui. Grande produtor de laticínios, ovinos, lãs e frutas como o kiwi e a maçã, a Nova Zelândia, país localizado na Oceania, deve investir mais no Brasil em 2017 e o agronegócio é o setor que deve puxar grande parte destes investimentos.

De acordo com Ralph Hays, cônsul da Nova Zelândia em São Paulo e comissário da New Zealand Trade & Enterprise (NZTE), agência que promove as relações entre os dois países, são as empresas de tecnologia agrícola que devem aportar com mais força no país neste ano. "Temos observado uma crescente demanda por novas tecnologias capazes de ampliar a capacidade produtiva", diz Hays. "É um cenário de grandes oportunidades, especialmente no segmento de agronegócios".
Ele também destaca que a crescente pressão para que empresas adotem padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar podem gerar negócios no Brasil, já que a Nova Zelândia é reconhecida por desenvolver tecnologias seguras e sustentáveis na agricultura e pecuária. "Com o aumento da demanda global por alimentos e a escassez dos recursos naturais, é fundamental encontrar soluções que contribuam para o aumento da produtividade com menor impacto possível para o meio ambiente".

Até o ano passado, cerca de 70 empresas neozelandesas chegaram no Brasil e, segundo as projeções de Hays, neste ano pelo menos 10 novas companhias devem se instalar por aqui. Além de tecnologia, elas seriam dos setores de alimentos e bebidas, equipamentos de gerenciamento de fazendas (a cerca elétrica, por exemplo, foi criada na Nova Zelândia), medidores de leite, genética, semeadoras, e identificação eletrônica de animais.

A Nova Zelândia foi considerada pelo Banco Mundial como o melhor país do mundo para fazer negócios ("Doing Business Report 2017"). Hoje, é o maior exportador mundial de laticínios e carne ovina. Na América Latina, destaca-se o intenso comércio agrícola com o Chile.

Há alguns anos, pecuaristas neozelandeses investiram no Brasil e hoje, são uns dos maiores produtores de leite do país. A Fazenda Leitíssimo, localizada em Jaborandi (BA) investiu primeiramente em pastagens para posteriormente criar gado. Na Nova Zelândia, essa é a premissa para que o rebanho seja produtivo, o investimento em pastagens. Em Minas Gerais, a LivestockImprovement Corporation (LIC), maior cooperativa de produtores de leite do mundo também já está presente e atua no setor de genética. (Globo Rural - POR VIVIANE TAGUCHI) 

 
 
Rotulagem do país de origem de carnes e lácteos entra em vigor na França

A França colocou em execução seu teste de dois anos de rotulagem obrigatória do país de origem (COOL, da sigla em inglês) para carnes e lácteos em alimentos preparados, neste mês. A iniciativa se refere a refeições prontas com certa quantidade de carne ou leite nelas. Se o prato contém mais de 8% de carnes e 50% de leite, suas origens precisam ser mencionadas no rótulo. Somente refeições com 100% de carne e leite da França podem conter o rótulo "Produit d'origine Française".

A Interbev, associação comercial francesa que representa os processadores de carne e os pecuaristas do país, disse que está satisfeita com "os avanços significativos feitos", dando aos consumidores "informações claras e transparentes" sobre os produtos que compram.

A associação vem fazendo campanha pela rotulagem da origem de carnes frescas e processadas desde o escândalo "Horsegate", de 2013, quando testes de DNA mostraram a presença de carne de cavalo em alimentos pré-preparados, como lasanha com carne bovina - disseminando uma crise de confiança entre os consumidores.

Entretanto, nem todos estão felizes com a decisão de fazer esse teste; a FoodDrinkEurope (FDE) disse que o piloto terá um efeito negativo na cadeia de fornecimento, porque somente se aplica à França e "determina um precedente irreversível para a fragmentação do Mercado Único da UE para alimentos e bebidas".

A Associação Europeia de Lácteos (EDA) também afirma que as indústrias de lácteos em regiões da fronteira serão afetadas, à medida que têm até cinco Estados Membros da UE em sua área de captação de leite. "A Comissão Europeia falhou claramente em proteger o princípio do mercado único, que é de um ponto de vista político o pior cenário para a União", disse o secretário geral da EDA, Alexander Anton.

Em sua defesa, a diretora geral da organização de direitos dos consumidores, BEUC, Monique Goyens, disse que o secreto francês está de acordo com a Regulamentação de Informações de Alimentos (FIC), à medida que seu principal objetivo é proteger os consumidores e responder à sua demanda por informações sobre a origem de seus alimentos.

A legislação do FIC diz que os Estados Membros podem introduzir rotulagens obrigatórias adicionais se houver evidências de que a maioria dos consumidores acham que essa informação é importante.

De acordo com uma pesquisa do Eurobarometer de 2013, 90% dos respondentes concordaram que é importante que a origem da carne usada em alimentos processados seja rotulada, enquanto 84% eram favoráveis à rotulagem da origem do leite nos produtos lácteos.

O presidente do grupo de direitos do consumidor francês, Que Choisir, Alain Bazot, está fazendo campanha pela rotulagem obrigatória da origem há vários anos, junto com a associação agrícola, FNSEA e outras e lançou uma petição on-line no ano passado pedindo a rotulagem obrigatória para carnes processadas.

Essa não é a primeira vez que a COOL é testada na França; no ano passado, o país lançou quatro programas piloto de rotulagem de alimentos em quatro regiões, incluindo 60 Casino, Carrefour Market, and Simply Market stores in Île-de- France, Hauts-de-France, Rhône-Alpe e Haute Normandie. 

Esses testes viram mais de 2 milhões de rótulos colocados em quase 1.200 alimentos, usando: o sistema Nutri-Score que tem um logo com cinco cores que classifica o alimento de A (bom) até E (ruim); sistema Sens, que usa uma mistura de cores e um logotipo para indicar o quão frequentemente um certo alimento pode ser consumido de forma saudável; o logotipo Nutri-Repère, que explica os componentes, como gordura, açúcar, sais e mostra quantas calorias contém; e uma réplica do sistema Traffic Lights, usado no Reino Unido, similar ao Nutri-Repère, que quebra um produto em componentes, bem como indica o quanto da quantidade diária recomendada esse produto tem.

 

A Comissão Europeia enviará um relatório sobre os efeitos dos esquemas de "rotulagem visual" ao Conselho e o Parlamento em dezembro de 2017, mas nenhuma decisão sobre sua legalidade é esperada até então. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Mapa fecha 26 unidades técnicas para melhorar gestão e economizar recursos
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União uma portaria, na última sexta-feira (30), extinguindo 26 das 84 Unidades Técnicas Regionais (Utras). A decisão foi baseada em estudos técnicos que levaram em consideração o valor bruto de produção agropecuária, o número de estabelecimentos registrados e fiscalizados e demandas de atividades em cada unidade.

O fechamento das 26 unidades representa economia de cerca de R$ 1,1 milhão por ano, gastos atualmente apenas com a manutenção do patrimônio e do material de expediente. Os cerca de 100 servidores serão realocados em outras unidades do Ministério da Agricultura nos estados, onde há maior necessidade da mão de obra, formada principalmente por auditores.

O estudo inicial, concluído no primeiro semestre deste ano, recomendava o fechamento de 54 unidades. Nesta primeira etapa, no entanto, serão fechadas 26 unidades. As demais poderão ser extintas no segundo semestre de 2017, após nova atualização e detalhamento dos dados já levantados.

A atualização do estudo foi feita por meio de sistema de avaliação das demandas de trabalho nas áreas de inspeção e de fiscalização, em conjunto pelas Secretarias Executiva, de Defesa Agropecuária e de Política Agrícola do ministério.

O secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, explicou que será possível melhorar a gestão com o aproveitamento mais eficiente da força de trabalho. Novacki assegurou que não haverá prejuízos nem descontinuidade na prestação de serviços por parte do ministério.  De acordo com a portaria, as Utras serão extintas a partir do dia 1º de janeiro de 2017, com prazo de 30 dias para o remanejamento dos servidores e o encerramento das atividades. 

Serão fechadas as seguintes unidades: Passos, Muriaé, Governador Valadares, Almenara e Paracatu, em Minas Gerais; Barra Mansa, Nova Friburgo e Itaperuna, Bom Jesus e Macaé, no Rio de Janeiro; Blumenau, Joinville e Lajes, em Santa Catarina; Ouro Petro D'Oeste, Ji-Paraná, Cacoal, Ariquemes, em Rondônia; Campina Grande e Patos, na Paraíba; Colatina e Venda Nova do Imigrante, no Espirito Santo; Caruaru, em Pernambuco; Picos, no Piauí; Teixeira de Freitas, na Bahia, Jacarezinho, no Paraná, e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. (As informações são do Mapa)

 
Na média do Estado, valor foi de R$ 1,20
De acordo com dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no pagamento de dezembro, referente à produção entregue em novembro, foi verificada queda nos preços em três das cinco regiões pesquisadas em Minas Gerais. Na média do Estado, o litro foi cotado a R$ 1,20, retração de 3,48%. A maior retração ocorreu no Triângulo e Alto Paranaíba, 4,52%. Nestas localidades, o litro de leite foi cotado, na média líquida, a R$ 1,24. Queda também na região Sul e Sudoeste, onde o produtor recebeu R$ 1,23 por litro negociado, valor 2,92% inferior ao praticado em novembro. Na Zona da Mata, o pecuarista recebeu 3,58% a menos pelo litro de leite, que foi vendido a R$ 1,19. Após três meses de retração, os produtores da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) registraram, em dezembro, pequena elevação nos valores, 0,9%, com o leite negociado a R$ 1,17, na média líquida. Já no Vale do Rio Doce, a alta chegou a 1,02% e o leite foi comercializado a R$ 1,13. (Diário do Comércio)

 

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