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20/12/2016

Porto Alegre, 20 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.414

 

​​2016 termina com preço do leite estabilizado no Rio Grande do Sul

Depois de um ano de pico histórico e consequente redução, o preço de referência do leite termina 2016 em estabilidade no Rio Grande do Sul. O valor consolidado de novembro ficou em R$ 0,9457, acima do projetado de R$ 0,9362. Para dezembro, o preço de referência estimado é de R$ 0,9407, apenas 0,53% abaixo do mês anterior. Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, além da sazonalidade normal da safra, os números refletem o momento econômico de contenção das importações. Isso porque, além do aumento dos preços do leite em pó nos últimos leilões no mercado internacional, a questão cambial tornou menos atrativa a importação pelo Brasil, o que garante maior estabilidade de preços no mercado interno. "As indústrias estão trabalhando na ribanceira. Tivemos um ano todo de inflação e estamos vendendo o leite UHT no mesmo preço do ano passado", pontuou Guerra. A posição é compartilhada pelo assessor da Fetag, Márcio Langer. "Tivemos alguns meses em 2016 que até achamos que as coisas estavam boas, mas agora estamos pior do que antes", lamenta, alertando para desestímulo no campo em função do aumento dos custos de produção. Entre as metas do Conseleite para 2017, foram alinhados dois pontos principais a serem pleiteados: a garantia de restrições à reidratação de leite em pó importado e políticas de apoio do governo através de compra governamentais

O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, disse que muitos produtores estão trabalhando no vermelho em função de endividamento para aquisição de maquinários e insumos. Segundo ele, a previsão é que muitos deixem a atividade nos próximos anos. "Levamos um baque com a importação do Uruguai, mas temos que ter claro que vivemos em um cenário globalizado. Se nosso preço estiver acima, vamos ter novamente esse baque", frisou, lembrando que o que determina preço ao produtor é o mercado.

Os dados tabulados pela Universidade de Passo Fundo (UPF) foram apresentados na manhã desta terça-feira (20/12) em reunião mensal do Conseleite pelo secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. O encontro, realizado na sede do Sindilat, em Porto Alegre, contou com a presença de diversos representantes do setor industrial e dos produtores.

Exportações - Palharini ainda fez análise dos dados referentes à balança comercial dos lácteos. Em 2016, houve aumento de importações e redução de exportações, principalmente puxada pela menor aquisição de lácteos pela Venezuela. Nos primeiros 11 meses de 2016, os embarques brasileiros de lácteos somaram 51,2 mil toneladas frente a aquisições de 222,1 mil toneladas. . (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Carolina Jardine

 
 
Laticínios avaliam pacote do governo Sartori

Reunidos no final da manhã desta terça-feira (20/12), representantes dos principais laticínios que atuam no Rio Grande do Sul avaliaram o impacto do pacote de ajustes financeiros proposto pelo governo José Ivo Sartori. A principal medida de impacto no setor é a aprovação do PL 214, que dá a possibilidade de o governo cortar em até 30% os créditos presumidos concedidos ao setor laticinista. O projeto estava com o relator, deputado Elton Weber, para análise e teve debate retomado em função das propostas de ajustes emergenciais encaminhadas pelo Executivo. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, argumentou que a retirada dos créditos presumidos inviabiliza a produção láctea no Rio Grande do Sul, uma vez que serve apenas como correção de diferenças fiscais com outros estados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Carolina Jardine
 
 
Leilão GDT: Após 2 meses de alta, preços apresentam estabilidade

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (20/12) apresentou relativa estabilidade de preços. O preço médio dos lácteos ficou em US$3.656/tonelada, queda de -0,5%. O leite em pó integral apresentou queda de -0,8%, fechando a US$3.568/ton. O leite em pó desnatado não teve variações, fechando seu preço a US$2.621ton. O queijo cheddar teve alta de 1,9%, com preço de US$3.826/ton. Nos 4 leilões anteriores, os preços de lácteos haviam apresentado alta. Tais variações eram justificadas pelas quedas de produção em importantes regiões produtoras, como Nova Zelândia, Austrália e Europa. (MilkPoint/GDT)

 
 
 
 
Aprovado decreto italiano que obriga a indicação da origem dos produtos lácteos

O Ministro italiano da Agricultura, Mauricio Martina, acaba de sancionar o decreto para constar obrigatoriamente nos rótulos a origem da matéria-prima dos produtos lácteos, uma vez que foi aprovado pela Câmara e pelo Senado italiano.
 Afetará muitos produtos lácteos como leite UHT, manteiga, iogurte, queijo, mussarela, etc. o decreto se aplica a leite de vaca, cabra, ovelha e búfala. O decreto italiano estabelece que o leite e seus derivados deverão obrigatoriamente indicar no rótulo a origem da matéria-prima enumerando:

a)"País de ordenha": nome do país no qual o leite foi ordenhado;
b) "País de embalagem ou transformação": nome do país em que o produto foi embalado ou industrializado.
Se as fases do processamento e embalagem for realizado em vários países, com exceção da Itália, pode utilizar para indicar a origem do leite as seguintes expressões:
 
Leite de países da UE = se a ordenha foi realizada em um dos vários países da UE.
Leite embalado e transformado em países da UE = se estas fases forem realizadas em um ou vários países da UE.
Se a operação foi realizada fora da UE se dirá "países não UE".
Estão excluídos da obrigação do decreto os produtos de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP).
Segundo o Ministério italiano, 67% dos consumidores do país estão dispostos a pagar entre 5 e 20% a mais por um produto lácteo italiano. Além disso, 9 em cada 10 italianos querem conhecer a origem dos ingredientes dos alimentos.(Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 
Retrospectiva 2016 Nova Zelândia
Depois de duas temporadas miseráveis, existe a esperança de que os produtores de leite finalmente serão capazes de sair do prejuízo. O GlobalDairyTrade teve quatro aumentos consecutivos significativos, e os produtores de leite da Fonterra podem esperar um pagamento total em 2016/17 de NZ$ 6,50- $ 6,60 /kgMS, [R$ 1,18 a R$ 1,20/litro], antes das retenções, um salto enorme em relação aos NZ$ 4,30, [R$ 0,78/litro], de 2015/16. A expectativa é de que outras indústrias de laticínios cheguem ao mesmo nível. Não é bem um retorno aos dias de glória - o que seria NZ$8,50/kgMS, [R$ 1,55/litro], da Fonterra em 2013/14 - mas está bem à frente da estimativa inicial de NZ$ 5,05, [R$ 0,91/litro], do DairyNZ/kgMS. Não está tudo bom: o clima úmido da primavera reduziu a produção e o Reserve Banco [Banco Central] não equalizou a montanha de dívidas do setor lácteo - NZ$39 bilhões, pois os produtores pegaram mais empréstimos para passar pelos anos de baixa produção. Mas enquanto aguardam mais algumas boas temporadas para reparar os danos causados, ao menos as coisas estão prosperando. Chris Lewis, presidente da Federated Farmers Waikato, [Federação de Agricultores de Waikato], deu uma resposta apropriadamente cautelosa em novembro: "Estamos numa fase em que estamos quase começando a acreditar nisso", disse ele. (The Country - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

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