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16/01/2017

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.423

 

​​  Controle nos benefícios fiscais

O s polêmicos benefícios fiscais concedidos no Rio Grande do Sul, cujas informações - ou a falta delas - têm sido fruto de intensa discussão entre deputados, sindicalistas e lideranças de todas as áreas econômicas, finalmente terão um acompanhamento sobre seus efeitos e cumprimento de promessas de quem usufrui das isenções. Grupo coordenado pelo subsecretário da Receita Estadual, Mário Wunderlich, começou a debater o assunto na semana passada na Secretaria da Fazenda. O acompanhamento será feito em quatro processos: a concessão, o monitoramente sobre os resultados e condições estabelecidas, a fiscalização do que não foi atendido e a proposição de revisão visando a renovação ou a implementação de melhorias. Esta é a primeira vez que a Fazenda estadual se debruça com intensidade sobre o assunto. Um plano de ação deverá estar pronto até o final do mês de janeiro. Os créditos presumidos das isenções andam ao redor de R$ 2,5 bilhões anuais. (Correio do Povo)
 
 
RS: atividade leiteira garante sucessão familiar em propriedade de Nova Bréscia
É com orgulho que o jovem casal Diogo Zambiasi (32) e Gabriela Bagatini (27), de Nova Bréscia, fala dos investimentos e das conquistas relacionadas à bovinocultura leiteira -- atividade que desenvolvem na propriedade em que também moram os pais de Diogo, na localidade de Morro Seco. Atualmente com 13 vacas em lactação, que produzem uma média diária próxima dos 290 litros de leite, ambos trabalham juntos, com garantia de bom retorno financeiro, qualidade de vida para a família e perspectiva de crescimento.

Nesse sentido, olhar para o recém-instalado free stall -- que possibilita o conforto dos animais, especialmente nos dias de chuva -- é também recordar de um tempo em que quase pensaram em desistir da atividade. Especialmente pela dificuldade de alcançar a tão almejada qualidade do leite -- com baixa contagem bacteriana --, hoje tão exigida pela indústria. Foi há dois anos e meio que o casal participou de uma palestra dentro da programação do Dia do Leite. "Pode-se dizer que esta atividade foi um divisor de águas; para nós", analisa Diogo.

"O mais engraçado é que não queríamos nem ir nesse evento, de tão desanimados que estávamos", lembra o jovem. Foi o incentivo de um tio que os fez participar e assim conhecer o palestrante em questão, o engenheiro agrícola da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos -- que hoje atua no escritório de Mato leitão. Com uma linguagem simples e direta, Barden ministrou capacitação sobre nutrição e qualidade do leite. "Foi o suficiente para que passássemos a enxergar a importância de se qualificar e se manter atualizado", observa Gabriela.

O próximo passo foi a realização de cursos no Centro de Formação de Agricultores de Teutônia (Certa). A cada capacitação, temas como nutrição animal, criação correta da terneira, melhoramento genético e higiene na hora da ordenha eram levados para casa e aplicados com seriedade no dia a dia. "Foi um salto de qualidade", garante Gabriela. "Se há dez anos tínhamos 20 vacas produzindo, hoje são 13 que resultam no mesmo volume de leite entregue para a integradora, que ainda valoriza esse esforço com o acréscimo de alguns centavos a mais no pagamento por litro", ressalta a jovem.

Nesse contexto, até mesmo o relacionamento com o pai de Diogo mudou. "Por haver certa; tradição; na forma de fazer, tínhamos dificuldade de fazê-lo entender que algumas mudanças eram necessárias para que a atividade tivesse continuidade", relembra Diogo. Para o casal os tempos mudaram e se, antigamente, as vacas da propriedade produziam leite apenas para o consumo da família, hoje, devem ser encaradas como negócio. "Foi somente dessa forma que conseguimos permanecer, com ânimo e fazendo investimentos, sempre com os dois pés bem fincados no chão", afirma o agricultor.

O entendimento com os pais, que deixam o filho e a nora livres para tomar as decisões sobre a atividade, também foram fundamentais para o retorno de Gabriela para a propriedade após um tempo dedicado ao trabalho em uma loja da cidade. "Hoje não troco a minha rotina por nada", garante. A motivação do casal também pode ser observada nos planos para o futuro. "Não descartamos a possibilidade de instalar uma agroindústria para a fabricação de queijos ou de bebidas lácteas", salienta Diogo. "Mas é algo que ainda está em fase de estudo", sorri.

Também pensando no futuro, a Emater/RS-Ascar local, por meio do técnico em agropecuária, Cristiano Laste, incluiu o casal no Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, do Governo do Estado. Por meio do Programa, de acordo com Laste, será possível promover a gestão e a adequação socioeconômica e ambiental da propriedade. "A intenção é trabalhar de forma sistêmica, realizando o acompanhamento das atividades e promovendo a implantação de um sistema capaz de gerar instrumentos e conhecimento para diagnosticar, projetar, monitorar e avaliar as atividades da família", finaliza. (Emater/RS)

La Niña deve acabar em fevereiro, aponta agência americana
 
As condições de La Niña do Oceano Pacífico devem voltar a ser neutras em fevereiro, de acordo com previsão da Agência Americana de Pesquisas Atmosféricas e Oceânicas (NOAA, na sigla em inglês). "A redução das anormalidades na temperatura superficial e as condições marginalmente frias na superfície do Oceano Pacífico sugerem o retorno de condições neutras no próximo mês", afirma o órgão, em nota.

O fenômeno La Niña é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico e está associado ao clima quente e seco nos EUA. No Brasil, o fenômeno está associado à menor regularidade de chuvas no Sul e clima mais úmido no Nordeste.

Apesar do enfraquecimento do fenômeno, o NOAA ressalta que os impactos climáticos causados pela La Niña devem continuar sendo sentidos nos próximos meses, com temperaturas acima da média e pouca chuva em grande parte do sul dos EUA, e temperaturas abaixo da média e muita chuva no norte do país. Após esse período, as condições neutras no Pacífico devem perdurar até agosto ou outubro, segundo a agência. (As informações são do jornal Valor Econômico)

A importância de manter conquistas

Os avanços que o Rio Grande do Sul vem obtendo na área de sanidade animal apontam que estamos no caminho certo. O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), cumprindo sua missão constitucional, tem investido recursos na qualificação da produção, atuando fortemente no quesito de biossegurança e estabelecendo - de forma preventiva - condições para evitar ou diminuir eventuais riscos sanitários, o que é fundamental. A autoridade máxima em saúde animal no mundo esteve no Rio Grande do Sul em novembro de 2016 e sua presen- ça aqui consolidou as ações do fundo. A diretora geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eloit, pontuou que o trabalho e o estímulo à adoção de critérios de biossegurança são fundamentais. 

A mensagem que ela trouxe, de que as produções têm que focar em prevenir, tem a ver com a demanda internacional existente pelo uso prudente de antimicrobianos. Para que isso se viabilize é necessária a adoção de medidas de biossegurança cada vez mais intensas nas produções. Para 2017 seguimos com a intenção de fazer com que todos - e especialmente o produtor - participem do sistema de defesa sanitária. Mais do que nunca fica claro que defesa sanitária é responsabilidade de todos. Nos dias atuais em que crescem as transações comerciais entre os diferentes mercados, existindo uma intensificação do trânsito de pessoas, produtos e animais, há a necessidade crescente de uma atenção maior e de uma participação mais intensa de todos no que diz respeito aos cuidados relacionados à defesa sanitária. Essa é uma condição indelegável. Todos - oficial e privado - têm que dar a sua participação em sinergia. 

Nós tivemos nos últimos anos situa- ções de aparecimento de eventos sanitá- rios importantes no mundo. Influenza aviária nos EUA, a PED (doença que atinge suínos) na América do Norte, que chegou a alcançar países da América do Sul. Agora, o aparecimento de eventos de influenza aviária na Ásia e na Europa e a difusão da peste suína africana na Rússia. A todo o momento acompanhamos notícias importantes de enfermidades que acabam aparecendo em diferentes pontos do globo. Evidentemente que o Brasil, como um país de intensa participação no mercado internacional de carnes, especialmente, tem que estar atento e ser muito eficiente no sistema de defesa sanitária, garantindo que se mantenha livre destes eventos. Esse éogrande desafio para o ano de 2017: trabalhar os critérios básicos de biossegurança, a adoção nas diferentes cadeias eoestímulo ao produtor para que tenha uma participação mais efetiva no processo de defesa sanitária animal. (Rogério Kerber, Presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa)/Correio do Povo)
 

4º Fórum Itinerante do Leite
O debate se inicia de manhã com o tema "A versatilidade dos lácteos em incorporar mais propriedades funcionais ou de saúde". À tarde estão previstas oficinas com temas como legislação, a qualidade do leite na elaboração de produtos lácteos, bem-estar de vacas leiteiras, alimentação animal e a saúde animal versus a qualidade do leite. Data: 25 de abril de 2017 Local: Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, em Palmeira das Missões (RS). (Correio do Povo)

 

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