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23/12/2016

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.417

 

​​Lactalis detalha projeto de expansão no RS

O diretor de Relações Institucionais Lactalis, Guilherme Portella, detalhou os projetos da multinacional francesa para o Rio Grande do Sul durante evento, na Sede Acadêmica da Unijuí, na tarde desta quinta-feira (22/12). Conforme recente anúncio, o grupo investirá mais de R$ 100 milhões. "Precisaremos captar 500 milhões de litros de leite além do 1 bilhão que já captamos", afirmou a grupo composto por estudantes, professores, produtores e autoridades. Portella afirmou que o investimento em Ijuí será destinado para a ampliação de produção de composto lácteo, expansão da área de estocagem e criação de novas de linhas de produção de queijos. "A empresa está criando um programa para se aproximar do produtor rural e aumentar a estabilidade no fornecimento", afirmou Portella. Com isso, o objetivo é elevar em 32% a produção de queijo. "Nossa missão é que o produtor consiga produzir mais com um preço menor", salientou o dirigente.

Durante o evento, o vice-presidente da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação no Noroeste do Estado (Fidene), Martinho Luís Kelm, reiterou a disponibilidade da Universidade em realizar parceria com a Lactalis para o desenvolvimento de pesquisas e projetos visando a melhoria da cadeia produtiva do leite na região. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Letra de Crédito pode ser contratada para investimento

A partir de agora, os recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) passarão também a contemplar os financiamentos de investimento, além do custeio rural. A normativa foi autorizada pelo CMN. As instituições financeiras que operam com o crédito rural devem obrigatoriamente direcionar 14% dos recursos que captarem via LCA para custeio rural a uma taxa de até 12,75% ao ano. Com a resolução, elas poderão direcionar os recursos também para financiamentos de investimento rural, com a mesma taxa. (Jornal do Comércio)

Setor mobilizado contra PL 214

P ode ficar para 2017 a apreciação d o P L 214/2015, que contingencia benefícios concedidos por meio de créditos fiscais presumidos de ICMS, que integra as medidas do ajuste fiscal encaminhado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa. Apesar de ter entrado na pauta do dia ontem, o que provocou a mobilização do setor agropecuário, um acordo entre os deputados deslocou a matéria para o fim da pauta. As atividades econômicas que recebem os incentivos fiscais alegam que perderão competitividade em relação aos demais estados se o projeto for aprovado, estabelecendo redução de até 30% nos créditos fiscais presumidos. A Secretaria da Fazenda diz que estudará caso a caso ao fazer a revisão. Em 2015, as desonerações fiscais do ICMS por créditos presumidos alcançaram R$ 2,5 bilhões, segundo a Fazenda. Se o projeto for aprovado na AL, o governo estima o aumento de R$ 300 milhões na arrecadação ao ano, entre 2016 a 2018. 

O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, defende que o Estado faça os ajustes necessários levando em conta as características de cada setor. "A suinocultura entende que não tem possibilidade nenhuma de sofrer cortes de créditos presumidos porque já está fragilizada na questão da isonomia perante os outros estados, especialmente o Paraná, que vem registrando crescimento na produção em cima dos incentivos concedidos pelo governo", diz. O diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, também alega que a redução dos incentivos fiscais impacta na competitividade. "Há cinco anos, 50% da carne avícola vinha de outros estados para abastecer o nosso. 

Depois, conquistamos um equilíbrio, mantendo certa isonomia, e tivemos condições até de atender o mercado externo. Os créditos presumidos não são benefícios, são mecanismos para competirmos e para gerarmos empregos", defende. O mesmo entendimento tem o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Darlan Palharini. Para ele, a indústria de queijo é um exemplo de quem utilizou bem a desoneração. "Há dois anos, quando não havia esse incentivo, era normal as gôndolas dos mercados estarem cheias de queijos de Santa Catarina e Paraná. Hoje em dia, temos queijos nossos preenchendo as gôndolas", cita. Palharini acrescenta que, ao conceder benefício fiscal, o Estado preserva empregos no campo. "O custo social é muito alto. É muito mais barato o governo dar incentivo fiscal do que ter que arcar com desempregos e com o êxodo rural", enfatiza. O presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), Wladimir Dall'Bosco, lembrou que, nas últimas três semanas, diversos setores se reuniram com secretários estaduais. Ele acredita que o Estado levará em conta o impacto econômico. (Correio do Povo)

Leite longa vida parou de cair no mercado atacadista

O preço médio do leite longa vida ficou estável no atacado na primeira quinzena de dezembro, em relação a quinzena anterior. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o litro ficou cotado, em média, em R$2,37. Com estoques menores, o varejo aumentou as compras e esta maior movimentação deu sustentação aos preços do produto que vinham em queda desde julho deste ano. Alguns fatores nos mostram que o mercado do leite deverá seguir mais firme nos próximos meses: no mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as empresas, os preços foram de estáveis a ligeira alta na primeira metade dezembro. 

 
Outro ponto é a queda na produção de leite na região Sul do país. A expectativa em curto prazo é preços mais firmes para o leite longa, mas em função da menor demanda por leite fluído no período de final e começo de ano, os aumentos devem ser comedidos. Alguns lácteos como a manteiga e o creme de leite já tiveram reajustes nas últimas quinzenas, em função da demanda maior por estes produtos para as festas de final de ano. (www.noticiasagricolas.com.br)

Nova Zelândia prevê crescimento dos lácteos em 2018

O último relatório do Ministério da Indústria de Base (MPI) da Nova Zelândia sobre o panorama para os próximos anos (SOPI) diz que a receita com exportações de lácteos deve crescer em 2018. As perspectivas para todo o setor primário são estáveis durante esse ano, mas, a indústria de laticínios começa a se recuperar. O diretor de política setorial do MPI, Jarred Mair, diz no relatório que as receitas com exportações do setor primário da Nova Zelândia deverão aumentar em uma média de 5,4% ao ano, atingindo NZ$ 47,9 bilhões (US$ 47,5 bilhões) até o final do ano fiscal encerrado em junho/2021.

Previsão de grande crescimento dos lácteos
A receita de exportação de lácteos deverá aumentar 3% em 2017, após um declínio em 2016, mas espera-se um aumento de 24% em 2018, chegando a NZ$ 17 bilhões (US$ 12,3 bilhões). A produção de leite deverá retornar aos níveis anteriores após dois anos de queda. A previsão é de que os recentes aumentos nos preços internacionais dos produtos lácteos sejam sustentáveis até 2018, aumentando o preço do leite ao produtor da queda de NZ$ 4,24/kgMS (quilos de sólidos do leite), em 2016, para NZ$ 7,94/kgMS em 2021, embora fique distante do recorde de NZ$ 8,40/kgMS atingido em 2014.
Fatores por trás do declínio

O SOPI mostra que apesar do declínio em 2016, os lácteos foram responsáveis pela maior parte das receitas com exportações em 2016 para a Nova Zelândia (36%). A primavera mais úmida do que o normal foi a responsável pelo declínio de 1,7% na produção de sólidos do leite na temporada 2016/17, diz o relatório. No pico de produção, em outubro, caiu 6,1% em relação ao ano passado, devido os pastos alagados. Foi destacado, ainda, que a queda no número de vacas em ordenha contribuirá para a menor produção nesta temporada.
 

Receitas com exportações do setor lácteo, 2013-2021

Ano

Atual

Previsão

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

NZ$ milhões

13.139

17.791

14.050

13.289

13.690

17.030

18.300

19.450

20.650

Valores até 30 de junho de cada ano

Leite em pó integral

5.104

8.393

5.385

4.609

4.820

6.490

7.010

7.450

7.920

Manteiga, AMF e cremes

1.910

2.699

2.219

2.378

2.810

3.520

3.770

4.010

4.250

Leite desnatado & Manteiga em pó

1.832

2.285

1.762

1.347

1.510

1.930

2.080

2.210

2.340

Caseína & proteínas

1.674

1.925

2.129

1.834

1.570

1.800

1.930

2.050

2.180

Cheese

1.441

1.482

1.557

1.720

1.640

1.790

1.920

2.040

2.160

Fórmulas infantis

555

401

415

685

680

740

800

850

900

Outros produtos lácteos

623

607

582

716

660

750

800

850

900

Total

13.139

17.791

14.050

13.289

13.690

17.030

18.300

19.450

20.650

Variação %

-1,8

35,4

-21

-5,4

3

24,4

7,5

6,3

6,2

© Ministry for Primary Industries Situation and Outlook for Primary Industries - Dezembro de 2016

Demanda chinesa crescente
A demanda da China continua crescendo, diz o relatório. Um volume recorde de produtos  lácteos foi importado durante o ano móvel que terminou em setembro de 2016, apesar da queda das importações de leite em pó. A China está importando volumes maiores de manteiga, queijo e leite líquido da Europa, bem como mais leite líquido da Nova Zelândia. A tendência de forte demanda global por manteiga deve continuar devido a opção dos consumidores ocidentais pelo natural ao invés de gorduras processadas.

Melhores notícias para os produtores
O Dairy NZ estima que o preço médio de equilíbrio para os produtores de leite da Nova Zelândia é de NZ$5,05/kgMS (US$3,64). Os autores do relatório dizem esperar que a maioria dos produtores esteja tendo lucro na temporada 2016/17 depois da última revisão de pagamentos. (edairynews)

 
MAIS LEITE NO MERCADO
Ao ampliar a fábrica de leite em pó em Cruz Alta, com investimento de R$ 120 milhões, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) pretende dobrar a capacidade de processamento em três anos - de 1 milhão de litros diários para 2,2 milhões de litros. Desde junho, quando inaugurou a nova estrutura, a cooperativa aumentou em 23% a captação de leite - por meio de novos produtores e também pelo incremento da produtividade nas fazendas. Em seis meses, foram criadas 150 novas vagas de trabalho. O incremento de produção resultou em 20% de aumento no faturamento de 2016, na comparação com o ano passado. (Zero Hora)

 

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