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22/12/2016

Porto Alegre, 22 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.416

 

​​Fundesa muda regras para indenização de rebanho leiteiro

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) aprovou alterações no Programa de Indenização por Abate ou Sacrifício Sanitário de Animais Positivos da Pecuária Leiteira por Brucelose ou Tuberculose. A partir de agora, a indenização será aplicada levando em consideração a idade dos animais. A medida, proposta pelo Conselho Técnico Operacional da Pecuária de Leite, presidido por Darlan Palharini, foi atendida pelo Conselho Deliberativo em assembleia geral realizada no dia 15 de dezembro, em Porto Alegre, e entrou em vigor de imediato.

A expectativa é valorizar os animais que possuem capacidade produtiva mais elevada. Terneiras de até 12 meses, novilhas de 13 a 24 meses, vaca jovem de 25 a 36 meses, vaca adulta de 37 a 60 meses e acima de 60 meses correspondem a diferentes valores que variam de R$ 972,00 (para as sem registro) a R$ 2.700,00 (animais puro de origem, que são comprovados através do registro do animal nas associações de gado). O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, alertou, no entanto, que o produtor precisa comprovar a sua situação de contribuinte para receber a indenização em caso de sacrifício sanitário, quando é feito dentro do estabelecimento rural, ou de abate, quando o animal é encaminhado a um abatedouro que reúne as condições sanitárias necessárias. 

O abate ou sacrifício é feito somente após os testes terem apontado reação positiva para Brucelose ou Tuberculose, as enfermidades mais impactantes para o rebanho leiteiro. A indicação é de que, quando houver alguma suspeita por parte dos produtores, a situação clínica seja informada à Inspetoria de Defesa Agropecuária da localidade para que possa ser avaliada por um médico veterinário. "Existe o direito do pagamento de indenização, porque é feita a retenção do animal, mas o direito é do produtor contribuinte", alerta. O criador deve solicitar a indenização antes mesmo de ocorrer o abate, que tem prazo de 30 dias para ser realizado. Posteriormente, é feita a comprovação da contribuição e o pedido para pagamento é repassado ao Fundesa.

Durante a assembleia, também foi realizada a eleição da nova diretoria e Conselho Fiscal para o biênio 2017/2018. Segue na presidência do Fundesa Rogério Kerber acompanhado do vice-presidente Carlos Sperotto. Para o conselho, foram eleitos como membros titulares Alexandre Guerra, Ladislau Boes e Nestor Freiberger. Como suplentes estão Carlos Joel da Silva, Valdecir Folador e José Eduardo dos Santos. A posse acontece em 1º de fevereiro de 2017. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Vacas selecionadas para tolerância ao calor perdem menos produção de leite no verão, segundo pesquisa
As vacas selecionadas para seu DNA para tolerância ao calor perdem menos produção de leite durante o clima quente e se recuperam melhor, de acordo com um estudo recente. O estudo, liderado pela pesquisadora, Josie Garner, demonstrou a validade das predições baseadas em testes de DNA para tolerância ao calor em vacas leiteiras.

Dois grupos de vacas com pesos similares, com rendimento similar de produção foram expostas a eventos de calor suave a moderado - de até 33oC - por quatro dias por duas horas à tarde, imitando as flutuações de temperatura e umidade que ocorrem em um dia de verão. Ambos os grupos tiveram redução na produção, mas as vacas selecionadas usando marcadores de DNA genômicos para tolerância ao calor se saíram melhor. Essas vacas perderam 5% menos produção de leite do que as vacas que era susceptíveis ao calor, e as vacas susceptíveis ao calor se recuperaram mais lentamente dentro do período medido de duas semanas.

Durante o período de calor de quatro dias, as vacas tolerantes ao calor registraram declínio de 12% na produção de leite, com as vacas susceptíveis ao calor reduzindo em 18%. As vacas tolerantes ao calor voltaram a seu estado fisiológico e ingestão de alimentos de antes do desafio do calor em seis dias, enquanto o outro grupo retornou no nono dia. Garner disse que embora as vacas tolerantes ao calor tenham sido mais rápidas em retornar ao seu estado fisiológico normal - estado antes do desafio do calor - nenhum grupo retornou ao nível de produção pré-desafio durante as duas semanas em que foram monitoradas. Mas os resultados mostraram que as vacas tolerantes ao calor foram menos afetadas pelo desafio.

Garner disse que ambos os grupos tinham a mesma temperatura corporal - 39ºC -, mas as vacas tolerantes ao calor foram melhores em dissipar o calor durante o desafio e uma média de meio grau mais frio do que as vacas susceptíveis ao calor. As vacas tolerantes ao calor se livraram de mais calor por respiração e também através da pele do que as vacas sensíveis ao calor.

A validação da tolerância ao calor para as predições de DNA levou 18 meses, com o trabalho inicial para estabelecer as previsões genômicas para tolerância ao calor em vacas leiteiras combinando 11 anos de dados de estações meteorológicas e dados de produção de leite de mais de 366.000 vacas, bem como dados genômicos. Um Australian Breeding Value para a tolerância ao calor está sendo desenvolvido por cientistas do Centro AgriBio.

Garner, que cresceu na região leiteira de Bega, NSW, e agora vive em uma fazenda leiteira vacinando vacas com seu parceiro, aproveitou a oportunidade para completar o estudo enquanto trabalhava como pesquisadora no Ellinbank. Foi uma oportunidade para seu PhD e ela estava "intrigada", de forma que incluiu uma avaliação em profundidade de fisiologias e genéticas das vacas. Garner também compreendeu o impacto que o calor tem na indústria.

Além de manter a saúde e a produção em um clima mais quente, esta pesquisa também foi considerada uma vitória para o bem-estar animal, porque as vacas são criadas para ser mais resistentes em condições mais quentes. A pesquisa de Garner foi publicada recentemente na revista científica internacional Nature-Scientific Reports. (Informações são do The Weekly Times)

Lutando com a oferta de leite para incentivar aumentos de preços em 2017

O último relatório trimestral do Rabobank diz que a expectativa é de que os preços dos produtos lácteos continuem se recuperando no ano novo devido as dificuldades com os volumes mundiais de produção de leite. A distribuição de leite na UE provavelmente não se recuperará até a segunda metade de 2017, devido aos incentivos financeiros para cortar a produção, bem como o aumento das taxas de abate em várias regiões importantes. Os meses de pico da Oceania foram afetados pelos baixos preços do leite e pelo clima ruim, então é improvável uma recuperação de volume significativa até que comece a nova temporada em meados de 2017.

O aumento da demanda por importações na China também deve ajudar a aumentar os preços, embora em menor grau do que a redução da oferta. No entanto, o aumento dos preços das commodities poderia, por sua vez, diminuir a demanda de outras significativas regiões importadores, o que pode, em parte, autolimitar a pressão crescente sobre os preços. Também se espera que os níveis de estoque dificultem os preços de alguns produtos, levando a uma maior divergência nos preços de diferentes commodities. Os preços do leite em pó desnatado (SMP), provavelmente, continuarão baixos em decorrência dos elevados estoques, enquanto os das manteigas subirão em 2017, segundo as previsões do Rabobank. (AHDB Dairy - Tradução Livre: Terra Viva)

Compradores de lácteos chineses estão menos satisfeitos com seu leite

A satisfação dos clientes está em uma espiral de baixa entre os consumidores de lácteos chineses, de acordo com o último relatório de pesquisa nacional sobre as atitudes dos compradores com relação ao leite fluido, que também destacou como o público está agora demandando produtos de maior qualidade. Os resultados da pesquisa, feita pela Associação para Qualidade da China (CAQ), que monitora os padrões, podem ser divididos nas áreas de satisfação, formato e distribuição.

O primeiro se refere à satisfação, imagem da marca e qualidade percebida - com todos caindo com relação ao ano anterior, segundo o relatório. Apesar dessa tendência de baixa nas opiniões ser apenas marginal, ainda deve ser vista como um alerta claro aos processadores e fornecedores de leite, escreveram os autores.

De acordo com o analista de mercado chinês, CCM, os consumidores de leite são sensíveis ao preço, embora, ao mesmo tempo, atribuam maior valor à qualidade e procedência e respondam pouco à atividade promocional. Cada vez que os preços aumentaram, os níveis de satisfação caíram. O relatório também mostrou a maior popularidade do leite fresco e do leite UHT. O leite UHT, em particular, ganhou popularidade porque seu processo de esterilização de alta temperatura garante aos consumidores preocupados que não há mais bactérias presentes no produto.

Um pouco mais de 30% do mercado agora prefere o leite UHT, segundo a pesquisa do CAQ, enquanto a segunda maior preferência pertence ao leite fresco, principalmente por seus valores nutricionais em relação aos leites aromatizados. O terceiro ponto chave refere-se a uma preferência substancial pelo leite líquido sobre o leite em pó, que os analistas atribuem a uma consciência das propriedades nutricionais no leite líquido.

E o último ponto lida com as preferências de distribuição: os supermercados ainda representam os lugares mais convenientes para comprar leite. De acordo com a pesquisa, quase 90% dos entrevistados preferiram os supermercados, enquanto o comércio eletrônico representou apenas 2% do mercado de compra de leite. Lojas de conveniência e entrega direta foram o segundo e terceiro canais mais populares após as vendas de supermercados.

Como defensora do potencial que o mercado de lácteos da China tem para os fornecedores internacionais de leite, a CCM disse que as mudanças nas preferências dos consumidores vêm criando novos mercados de lácteos que estão abertos para novos fornecedores. Esses mercados atuariam como contrapeso para a queda gradual no crescimento da demanda de leite líquido que a indústria viu nos últimos anos, acrescentou. (Informações são do Dairy Reporter)

 
Emater tem orçamento de R$ 229 milhões aprovado para o próximo ano no Estado
Os conselhos técnico e administrativo da Emater (CTA) e administrativo da Ascar (Conad) aprovaram o Plano Anual de Trabalho e o Orçamento da Instituição para 2017, com a presença de representantes de 21 entidades que integram os conselhos. Para o próximo ano, a Emater/RS-Ascar vai aplicar R$ 229 milhões no desenvolvimento de atividades socioassistenciais de natureza jurídica e constitucional, "compromisso mantido com o Estado há quase 62 anos, no fortalecimento e na qualificação dos agricultores familiares e demais públicos assistidos pela nossa instituição", avalia o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn. Os recursos provêm de convênios com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e com as prefeituras, além de chamadas públicas, dos serviços prestados de Classificação e Certificação, de Assistência Técnica e Crédito Rural e da elaboração de Proagro. De acordo com o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, "foi muito boa a compreensão dos conselheiros quanto aos resultados positivos apresentados pela gestão da Emater que, apesar de enxuta e da redução orçamentária, manteve o nível de atendimento das ações econômicas e técnico-sociais desenvolvidas por todos os colegas extensionistas no campo", disse. O diretor também ressalta os elogios recebidos por vários conselheiros, que manifestaram uma expectativa positiva quanto à execução da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) pela Emater/RS-Ascar, apesar da atual situação de dificuldades por que passa o Estado. "Estamos otimistas, pois nossa atuação comprometida com o bem-estar de milhares de famílias que vivem no meio rural é reconhecida por representantes de muitas entidades parceiras da Extensão Rural", observa Moura. (Jornal do Comércio)

 

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