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09/01/2017

Porto Alegre, 09 de janeiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.418

 

​​  Leilão GDT: preço internacional cai, mas leite em pó integral se mantém acima de US$ 3 mil/ton
 
No último leilão GDT, ocorrido nesta terça-feira (03/01), houve queda de 3,9% nos preços médios dos lácteos, que fecharam a US$3.463/tonelada.

O leite em pó integral foi o lácteo que apresentou maior queda, com variação negativa de 7,7% e média final de US$3.294/tonelada. Já o leite em pó desnatado fechou a US$ 2.660/tonelada, subindo 2,3% em relação ao leilão anterior.

A quantidade de produtos lácteos vendidos aumentou 0,3%, sendo comercializadas 22.396 toneladas. Na comparação com o mesmo período do ano passado a quantidade vendida caiu 33%, 3.275 toneladas a menos. 

Os preços futuros dos próximos leilões GDT também apresentaram queda e hoje apontam para um primeiro semestre com preços de leite em pó integral entre US$3.200/ton e US$3.400/ton. (GDT/Milkpoint)

 
 
 
Proteína animal é aposta para incrementar o agronegócio gaúcho 

Com o objetivo de auxiliar no incremento dos negócios no segmento, entidades focadas na produção de proteína animal vão elaborar um mapeamento do setor para identificar gargalos e elencar pontos que o Estado poderá atuar. A decisão foi tomada em reunião na última quinta-feira (05/01), no auditório Pery Pinto Diniz, no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em Porto Alegre, com representantes do setor público e da iniciativa privada. O Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) esteve representado pelo presidente Alexandre Guerra.

Na ocasião, foram estabelecidos cinco Grupos de Trabalho (GT) que definirão metas para os setores de aves/ovos, suínos, lácteos, bovinos/ovinos e peixes. O grupo responsável pelo setor lácteo será conduzido pelo diretor das Câmaras Setoriais, da Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação, Rodrigo Rizzo, e terá relatoria do secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto. O objetivo é elaborar, em seis meses, um documento final que será apresentado no dia 1º de junho de 2017. Os grupos serão coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) e pelo BRDE.  O primeiro encontro está marcado para o dia 12 de janeiro, na Seapi, às 9h.

A reunião foi convocada pelo presidente do BRDE, Odacir Klein, com o objetivo de discutir aspectos que agreguem valor ao produto gaúcho e identificar obstáculos no segmento de carnes. Estiveram presentes também o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, e o secretário da SDECT, Fábio Branco, além de representantes da Emater, da Seapi e do Ministério da Agricultura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Foto: Mauro Moraes/BRDE
 
 
Secretaria da Fazenda divulga valor da UPF para 2017

O novo valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF), que entrou em vigor dia 01/01/2017, está fixado em R$ 18,2722. A UPF serve como indexador para corrigir taxas e tributos cobrados pelo Estado e sofreu correção de 6,58% com base na variação do IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). 

Para a correção de impostos, como IPVA e ITCD, o novo valor da UPF passou a valer já no primeiro dia útil do ano, no caso segunda-feira (2). Em relação ao valor de taxas, a nova referência passa a vigorar 30 dias após a data de publicação. A UPF/2017 foi fixada por instrução normativa da Receita Estadual publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) na edição da última sexta-feira (23). (SEFAZ)

 
 
EUA: previsão do USDA aponta crescimento na oferta de leite em 2017

Os processadores de lácteos podem esperar uma expansão na oferta de leite, um crescimento nas exportações e maiores preços em um futuro próximo. Para 2017, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) citou um crescimento mais lento no número de vacas, mas, um leve aumento na produção de leite por animal. A previsão do USDA também é de aumentos anuais na produção de leite até 2024.

O relatório de dezembro prevê um aumento nos preços do leite para US$ 37,15 a US$ 38,91 por 100 quilos em 2017. Até 2020, o departamento previu que os preços do leite alcançarão US$ 40,54 por 100 quilos. As exportações comerciais de produtos lácteos deverão aumentar em todos os anos, de 4,04 bilhões de quilos (em uma base de gordura do leite) nesse ano para 5,53 bilhões de quilos em 2024, mas nem todos os produtos lácteos se beneficiarão.

O USDA disse que em 2017, "as exportações deverão cair devido à maior competição nos mercados de queijos, mas a força nas exportações de lactose e leite desnatado deverão apoiar maiores vendas baseadas em sólidos desnatados do leite. As previsões de importação foram reduzidas com relação ao relatório do mês anterior, tanto para produtos baseados em gordura, como para os baseados em sólidos desnatados".

As exportações representam cerca de 14% de toda a produção de leite dos Estados Unidos, comparado com menos de 8% há uma década, de acordo com o CoBank, de Denver. Isso aumenta a quantidade de exposição que as companhias de lácteos dos Estados Unidos têm aos riscos monetários, eventos geopolíticos e outros fatores imprevisíveis. "A previsão para os próximos anos é positiva, mas precária", disse o economista sênior do banco, Ben Laine. A análise do CoBank, divulgada em dezembro, notou que "um desafio imediato" é a capacidade de processamento não ter acompanhado o crescimento na produção de leite.

"Novas plantas de processamento e expansões de plantas nos próximos dois anos fornecerão algum alívio. Ao mesmo tempo, a indústria de lácteos dos Estados Unidos precisa fazer tudo o que puder para manter e desenvolver a demanda doméstica e a relação com os clientes. Isso inclui o desenvolvimento de produtos inovadores para se adaptar às mudanças de gostos dos consumidores".

Embora o consumo de leite fluido esteja baixo, o número de plantas de processamento aumentou, de acordo com o USDA e com o FDA (Food & Drug Administration). Em 2015, havia 456 plantas de leite, enquanto em 2008, esse número era de 400. O volume médio por planta caiu para 49,67 milhões de quilos em 2015, de 61,78 milhões de quilos em 2008.

Os preços do açúcar, um ingrediente popular no leite, sorvete e iogurte, deverão cair, com a oferta total de açúcar de beterraba e de cana de açúcar de fontes domésticas e importadas devendo aumentar a cada ano.

No geral, a economia crescerá lentamente. O USDA assume que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará 2,3% em 2017, 2,2% em 2018 e 2,1% em cada ano de 2019 a 2026. A renda per capita disponível crescerá ainda mais lentamente. O governo prevê um crescimento de 1,7% em 2017 (melhor do que 2016) e então uma queda de 1,5% em 2018 e uma estabilidade de 1,4% de 2019 a 2026. Esses números vêm de previsões macroeconômicas do departamento.

A inflação permanecerá baixa, pairando em torno de 2%. O Índice de Preço ao Produtor para bens brutos deverá aumentar mais rápido do que o índice para bens terminados. Nos próximos quatro anos, o índice para bens brutos deverá ir de 3,6% em 2017 para 2,9% em 2020. O índice para bens terminados deverá ser de 1,5% em 2017 (após um decréscimo de 1,7% em 2016) e 2,2% em 2020. O preço do petróleo bruto deverá ser de US$ 49,70 o barril nesse ano, aumentando para US$ 74 o barril em 2020.

Os impostos sobre mão de obra aumentarão nesse ano e em médio prazo. O governo assume que a taxa horária de compensação não-agrícola subirá 3,9% este ano e ficará em uma faixa de 3,6% a 3,8% até 2020. A taxa de desemprego ficará em torno de 4,7% nos próximos quatro anos. A população total dos Estados Unidos crescerá lentamente. Os economistas assumem um aumento anual de 0,8% nos próximos cinco anos. Os processadores de lácteos dos Estados Unidos poderão ficar de olho em mercados foras do país, onde há mais população.

Laine disse que a indústria está pronta para se beneficiar da demanda externa na Ásia, América Latina e África, impulsionada pelo crescimento da população e pelo aumento do consumo da classe média. Estatísticas compiladas pelo USDA mostram que, enquanto as populações dos Estados Unidos e da região Ásia/Oceania deverão aumentar 0,8% em 2020, a diferença é de escala. Um aumento de 0,8% no mercado doméstico significa cerca de 26 milhões de pessoas a mais. A taxa de crescimento na Ásia/Oceania resulta em 318 milhões de indivíduos a mais. Prevê-se que o PIB nessa região aumente pelo menos 4,3% a cada ano entre 2017 e 2020. (As informações são da Dairy Foods, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Argentina perde 460 fazendas leiteiras em 2016

Em 2016, a Argentina perdeu 460 fazendas leiteiras em produção, o que representa uma queda de 4%, "dado que mais que duplica a taxa média dos últimos anos (entre 1,5% e 2%)", segundo dados do primeiro relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Esse dado é considerado uma estimativa.

O relatório do OCLA indica também que ocorreu durante 2016 uma "forte queda no faturamento (por preço e volume) no final de 2015 e começo de 2016, estimada em 600.000 pesos (US$ 37.524,6) para uma fazenda média em 180 dias", o que "tem gerado uma complexa situação financeira para muitos produtores que aumentaram notavelmente seu endividamento e a taxas mais altas".

A produção de 2016 registraria uma queda entre 10% e 11% com relação ao ano anterior (totalizando 10,1 bilhões de litros de leite), com uma redução na ordem de 8% (considerando números constantes de fazendas leiteiras). O ano se apresentou com períodos nos quais a produção chegou a cair com relação ao ano anterior em mais de 20% - devido às chuvas ocorridas na bacia leiteira central.

Quanto à demanda agregada de lácteos, "a queda com relação ao ano anterior foi de 8% e, embora tenha exibido números vermelhos em seus dois componentes (mercado interno e exportações), a queda das exportações foi quatro vezes maior à registrada pelo consumo interno (20% versus 5,3%)".

Em consequência, a composição mercado interno/exportação passou de 80/20 nos dez primeiros meses de 2015 para 82/18 nesse ano, "bastante abaixo da média dos últimos 10 anos que foi de cerca de 24%".

O volume exportado em outubro foi de 23.200 toneladas, 16,6% a menos que em setembro e 42,3% a menos que no mesmo mês do ano anterior. "Algo pior ocorre quando se mede em valor, que subiu para US$ 65,8 milhões, 18,7% a menos que em setembro e 46% a menos que em outubro de 2015".

Nos 10 primeiros meses de 2016, as exportações alcançaram 247.000 toneladas, por um valor de US$ 655 milhões FOB e um preço implícito médio de US$ 2.644. "Esses números representaram quedas de 9% em toneladas, 32% em dólares e 25% em preço com relação ao mesmo período do ano anterior (janeiro-outubro)".

Com relação ao consumo, "no acumulado dos dez primeiros meses do ano, essa variável sofreu um retrocesso de 5,5% com relação ao mesmo período de 2015 (ajustado para o crescimento populacional, a queda é de mais de 6%)". 

Em 05/01/17 - 1 Peso Argentino = US$ 0,06254
15,9728 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do portal Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Uruguai: projeções preliminares apontam aumento de 2% a 4% na produção de leite em 2017
Em 2017, a produção de leite no Uruguai aumentará entre 2% a 4%, segundo estimativas preliminares do Instituto Nacional do Leite (Inale). O crescimento esperado não permitiria recuperar uma contração de cerca de 10% na produção no ano de 2016. O gerente do Inale, Gabriel Bagnato, disse que a firmeza do mercado internacional permite melhores negócios para as indústrias locais - o que se transmitiria aos produtores. "O resultado é algo em torno de 9 pesos (US$ 0,30) por litro, podendo haver alguma alta mais para frente. O preço ao produtor poderia subir um pouco mais". Bagnato foi moderadamente positivo sobre a continuidade da recuperação de preços registrada no segundo semestre desse ano. "Começamos 2017 com possíveis altas moderadas no primeiro semestre do ano e um pouco menos na segunda metade". A oferta mundial de leite segue em queda. Bagnato destacou a queda de 3% em outubro para a captação de leite na União Europeia (UE). A isso, somam-se baixas em torno de 4% na Nova Zelândia e de cerca de 10% na Austrália e na Argentina com relação ao ano anterior. "Os analistas preveem que um aumento nos preços não mudará a oferta no primeiro semestre. Para esse período, se manteria uma inércia para seguir ajustando um pouco os preços dos lácteos, ainda que em menor porcentagem". Para o segundo semestre, a tendência seria mais estável ou com algum ajuste para baixo sobre os valores do primeiro semestre. O endividamento, somado a uma redução do rebanho, mantém um cenário de desaceleração da produção". Em 02/01/17 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03360. 28,6230 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

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