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Porto Alegre, 09 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.456

 

Demanda por leites especiais cresce no Brasil

O crescimento no consumo de leite foi um dos temas discutidos no Fórum do Leite, que aconteceu nesta quarta-feira, dia 8, durante a Expodireto Cotrijal (RS), que destacou a demanda por leites especiais. CLIQUE AQUI para assistir entrevista do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. (Canal Rural) 
  

 
Preço tende a dificultar importação

A recuperação gradual dos preços internacionais do leite em pó deve dificultar a importação do produto pela indústria brasileira, diferentemente do que ocorreu em 2016. A projeção foi feita pelo pesquisador e consultor em agropecuária Wagner Beskow durante o 13˚ Fórum Estadual do Leite, ontem, na Expodireto. Segundo ele, a "enxurrada" de leite importado no ano passado, ocorrida depois de o governo federal ter autorizado a reidratação do leite em pó, estabeleceu uma forte concorrência. "A recuperação nos preços lá fora vem ocorrendo desde maio de 2016, o que diminui a atratividade do produto estrangeiro e dá mais competitividade para o leite gaúcho", avaliou. Ao mesmo tempo em que o produtor poderá não ter tanta concorrência em 2017, Beskow alertou que a cadeia deve se organizar para ampliar as exportações. 

 
O consultor sustentou que ações simples, muitas vezes, são mais eficientes do que grandes investimentos sem estruturas fixas, instalações e maquinários. "O balanceamento da dieta do rebanho, adubação adequada, correção do solo, atenção para o manejo alimentar e do pastoreio, genética animal e observação do cio, são algumas áreas de ação que geram resultados rápidos, de grande impacto na produção leiteira", afirma. O coordenador técnico de difusão da Cotrijal, agrônomo Alexandre Doneda, disse que "a alta produtividade depende de adubação orgânica, manejo adequado, rotação de culturas e formação de palhada".  Já o médico alergista Gil Bardini Alves observou que muitas pessoas têm feito dietas de restrições sem diagnóstico, um comportamento que reduz o consumo de leite, principal fonte de cálcio para nutrição humana. (Correio do Povo)

Nestlé anuncia compromissos até 2020
 
A Nestlé anunciou hoje (07/03) seus novos compromissos até 2020, junto com mais três metas, em apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030 das Nações Unidas. 
As metas de longo prazo são: contribuir na qualidade de vida de 50 milhões de crianças, tornando-as mais saudáveis, melhorar as necessidades básicas de 30 milhões de pessoas das comunidades nas quais a empresa se relaciona e buscar impacto ambiental neutro em todas as operações. Continuamos empenhados em gerar valor para a sociedade em três áreas de atuação: indivíduos e famílias, nossas comunidades e nosso planeta.
 
No Brasil, a Nestlé também está engajada para um futuro mais saudável e sustentável. Por exemplo, a fábrica de cápsulas Nescafé Dolce Gusto, em Montes Claros (MG), é a primeira unidade fabril da Nestlé no mundo a receber a certificação de Impacto Ambiental Neutro em três dimensões: água, resíduos e emissão de carbono. Só em um ano, mais de 66 mil m³ de água potável deixaram de ser retirados da natureza.

Um outro exemplo é o programa "Unidos por Crianças mais saudáveis" que tem como objetivo ajudar pais, responsáveis e educadores a promover uma rotina saudável de alimentação e a prática de atividade física regular entre crianças de 5 a 12 anos. O programa estimula o consumo diário de frutas, verduras, legumes, leguminosas e água, o porcionamento dos alimentos, além da prática regular de atividades físicas. Desde o lançamento do programa, mais de 8 mil crianças já foram impactadas. 
 
Globalmente, temos o compromisso de reduzir o açúcar que adicionamos aos nossos produtos em 5% até 2020. Só na Europa, alcançar este objetivo significará a retirada de pelo menos 18.000 toneladas de açúcar dos produtos Nestlé. 
 
Este e outros exemplos estão reunidos no relatório "Nestlé na sociedade: Criando Valor Compartilhado e cumprindo os nossos compromissos de 2016". O relatório detalha todos os nossos 42 compromissos "Nestlé na Sociedade", a serem alcançados até 2020. O progresso que fizemos e nossas ambições para o futuro, foi o que ajudou a Nestlé a estar presente no Índice Dow Jones de Sustentabilidade 2016. (Assessoria de imprensa Nestle/Guialat)

Dieese: preço da cesta básica cai em 25 das 27 capitais; leite integral registra queda

O preço da cesta básica caiu no mês de fevereiro em 25 das 27 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje (7). A maior queda ocorreu em Manaus (-5,14%). Foram registradas elevações apenas em Natal (0,59%) e São Luís (0,14%).

A cesta com conjunto de alimentos essenciais básicos mais cara em fevereiro foi a de Porto Alegre (R$ 435,51), apesar de ter registrado decréscimo de 4% no custo. Em seguida, estão as cidades de Florianópolis (R$ 434,13), São Paulo (R$ 426,22) e do Rio de Janeiro (R$ 424,55). Rio Branco (R$ 330,58) e Recife (R$ 344,06) registraram as cestas com menor valor.

Nos últimos 12 meses, 11 cidades acumulam alta. Maceió (6,89%), Natal (5,99%) e Porto Alegre (4,48%) registraram os aumentos mais expressivos. Entre as 16 cidades com queda, o destaque foram Manaus (-14,26%) e Boa Vista (-9,04%).

Alimentos
Os itens que registraram queda na maioria das cidades pesquisadas, em janeiro e fevereiro, foram feijão, carne bovina de primeira, tomate, açúcar e leite integral. O preço do óleo de soja, do café em pó e da farinha de mandioca, especialmente no Norte e Nordeste, por sua vez, teve predominância de alta.

O preço do feijão caiu em 26 das 27 capitais pesquisadas em fevereiro. O do tipo carioquinha teve alta apenas Goiânia (0,99%). Em Belém, a redução chegou a 33,62%. O preço do feijão-preto diminuiu em todas as localidades pesquisadas, com destaque para Rio de Janeiro (-10,33%), Curitiba (-9,74%) e Florianópolis (-9,41%).

Já o custo do óleo de soja subiu em 22 cidades. Os destaques foram Manaus (9,90%), Maceió (7,52%), Belém (7,31%) e Recife (6,57%). As capitais que apresentaram queda no preço do item foram Goiânia (-8,78%), Palmas (-2,37%), Porto Alegre (-1,90%), Rio de Janeiro (-1,06%) e Curitiba (-0,22%). Nos últimos 12 meses, no entanto, o óleo de soja acumula alta em 26 localidades. De acordo com o Dieese, a destinação do produto para elaboração de biocombustíveis explica a alta no preço do alimento.

Salário mínimo
O Dieese calcula o valor que o salário mínimo deveria ter para suprir despesas básicas do trabalhador com base no custo da maior cesta. Em fevereiro, o valor de referência foi o de Porto Alegre. Nesse levantamento, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.658,72. O valor é 3,90 vezes o mínimo atual de R$ 937. Em janeiro, o mínimo necessário era de R$ 3.811,29. (As informações são da Agência Brasil)
 

Leite: indústria tem que inovar para atender consumidor
Diretamente da Expodireto Cotrijal, Kellen Severo conversa com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a respeito do novo perfil de consumo da população, que tem optado cada vez mais por produtos sem lactose. Segundo Guerra, esse é mais um desafio para a indústria, que precisa inovar sempre para atender à necessidade do consumidor. CLIQUE AQUI para assistir entrevista do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. (Canal Rural) 
 

 

Porto Alegre, 08 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.455

 

Leite ajuda no crescimento infantil e no combate a doenças crônicas


 Na foto: Gil Bardini Alves - Crédito foto: Bruna Karpinski / Divulgação

Os benefícios do consumo do leite para a saúde humana em todas as faixas etárias foram apresentados pelo médico imunologista Gil Bardini Alves durante o Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (8/3) na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Convidado especial do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) para o evento, ele tem realizado tratamentos de dessensibilização exitosos em Santa Catarina. Com o auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal lotado, o especialista formado pela USP garantiu que o leite é rico em cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A, B2, B3, B12 e D. "O leite tem anticorpos que ajudam na imunidade e são muito eficazes para a saúde não só das crianças, mas também de adultos e idosos", afirmou. Segundo ele, os lipídios (gorduras) presentes no alimento auxiliam o sistema imunológico, ajudam a baixar os níveis de colesterol e a prevenir o câncer. Alves destacou ainda que as proteínas do leite de vaca (caseínas, lactoglobulina e lactoalbumina) atuam no crescimento das crianças, formação e manutenção dos órgãos e até na cicatrização. 
 
Segundo o médico, o alimento é uma importante fonte de cálcio para a nutrição humana, que faz parte da formação dos ossos e dos dentes. "A osteoporose pode ser prevenida com o consumo regular de cálcio, cuja fonte mais barata é o leite", ressalta. Já a proteína do soro de leite, acrescenta, está associada ao controle do diabetes, pois tem efeito que aumenta a produção de insulina pelo pâncreas. O imunologista aproveitou a oportunidade para esclarecer ao público sobre as diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca. "São doenças cuja única similaridade é que as duas são relacionadas à ingestão do leite", disse.
 
A intolerância à lactose, mais comum em adultos, trata-se da dificuldade de digestão do alimento devido à diminuição ou ausência da lactase, enzima presente no organismo que auxilia na degradação da lactose. O tratamento é a restrição parcial ou total da lactose, mas não de leite. Já a alergia, "uma doença bem mais grave", é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. Mais comum em bebês a partir dos seis meses de vida, o tratamento é a exclusão total de leite e derivados.
 
Melhorias na propriedade leiteira  
Também palestrou no Fórum do Leite 2017 o agrônomo Alexandre Doneda, coordenador técnico de difusão da Cotrijal. Em apresentação sobre a importância do solo na produção leiteira, ele abordou a relevância de medir a fertilidade por amostragem para que seja possível fazer a correção. Além da palhada obtida por meio do plantio direto, Doneda chamou a atenção para a necessidade da adubação orgânica. Segundo ele, o manejo dos dejetos gerados na propriedade pode ajudar a melhorar a fertilidade do solo. "Sempre é importante fazer a análise dos dejetos antes de utilizar na lavoura", ressaltou. Para evitar a erosão e contribuir com a conservação do solo, o técnico recomenda evitar o uso de grade para implantação das forrageiras de inverno. 
 
A produtora rural Tatiane Zimpel, de Santo Ângelo, relatou o histórico da produção de leite na propriedade familiar e os resultados obtidos por meio da assistência técnica. Wagner Beskow, sócio-diretor da Transpondo, falou sobre tecnologia, conhecimento, manejo, gestão e eficiência na produção de leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  

 
PREÇOS PAGOS AOS PRODUTORES APRESENTAM PRIMEIRA ALTA APÓS QUATRO MESES DE FORTE QUEDA

Os dados do MilkPoint Radar, referentes ao leite pago no mês de fevereiro (e fornecido em janeiro), apontam para alta nos preços pagos pelos produtores neste mês, após quatro meses de fortes quedas. 

O gráfico 1 mostra a evolução dos indicadores de preços, de setembro a fevereiro. O indicador de preços líquidos em média simples (média do preço pago a cada produtor, sem considerar o volume dos produtores) terminou o mês em R$ 1,303/litro, aumento de cerca de 5 centavos em relação ao valor monitorado no mês anterior. O preço médio ponderado pelo volume, por sua vez, fechou em R$ 1,443/litro, cerca de 4 centavos a mais do que o valor divulgado em janeiro. 

Gráfico 1: Evolução dos indicadores de preços líquidos do MilkPoint Radar, de setembro de 2016 a fevereiro de 2017.


Fonte: MilkPoint Radar

Além disso, os dados de fevereiro apontam para a alta no preço líquido em todas as faixas de produção. A maior alta nos preços pode ser vista pelos produtores com produção acima de 6.000 litros/dia, com aumento de 8 centavos em relação ao mês anterior. Além disso, as duas primeiras categorias (produtores abaixo de 250 litros/dia e de 250 a 500 litros/dia) apontaram alta de 3 centavos e, as demais categorias, apontaram alta de 6 centavos em média. Convém ressaltar ainda, que os produtores acima de 6.000 litros receberam em média 43 centavos a mais do que os produtores abaixo de 250 litros/dia. O gráfico 2 mostra os preços líquidos por média de volume de leite. 

Gráfico 2. Preços líquidos por faixa de produção (leite pago em fevereiro e janeiro).


 Fonte: MilkPoint Radar

O cenário de alta foi a realidade de grande parte dos produtores que participam do sistema: entre os usuários que inseriram os dados tanto de janeiro quanto de fevereiro, 70,8% apontaram altas nos preços enquanto 9,6% declararam estabilidade e 19,6% alta nos preços. Os motivos relatados pelos participantes que não apresentaram alta foram, principalmente, produtores com contratos em preços fixados em meses anteriores e o fato de que alguns laticínios acabaram pagando menos seus fornecedores pela diminuição das vendas de leite no período de férias escolares.

Gráfico 3. Tendência de variação do preço líquido - Fevereiro x Janeiro. 

 

Fonte: MilkPoint Radar

Neste mês, o sistema contou com 686 produtores de leite, um acréscimo de 2,1% sobre o mês passado. A média por produtor foi de 1.665 litros, volume 4,3% menor do que no mês anterior mas, ainda assim, muito acima da média nacional. O volume diário monitorado continuou próximo a 1,15 milhão de litros/dia, 1,6% mais baixo do que o valor monitorado em janeiro.

Os dados também indicam uma redução na oferta de leite: os produtores que inseriram dados nos dois últimos meses apresentaram uma queda no volume diário médio de -3,3%. 

A tendência de  pode ser explicada, principalmente, pelo perfil do sistema de produção dos produtores que participam do MilkPoint, que ainda são, em média, bem maiores dos que o produtor médio brasileiro, com um sistema de produção mais intensivo e que usam animais com perfil genético mais especializado na produção de leite. Nesta época do ano, de maior calor em todo o Centro-Sul, normalmente a produção deste perfil de fazendeiros começa a cair, notadamente em função da redução do conforto térmico das vacas. Além disso, podemos destacar como fatores secundários, a forte queda de preços observada no segundo semestre de 2016 e a ocorrência de veranicos em algumas importantes regiões de produção.

Entre os principais estados produtores de leite, todos apresentaram a mesma tendência. Quanto aos preços, o cenário foi de alta geral, indo de 2 centavos (Paraná) até 8 centavos (Minas Gerais). Já em relação a oferta, pudemos verificar quedar na produção de todos os estados analisados, sendo a maior delas vista em São Paulo (-6,4%) e a menor observada em Minas Gerais (-1,1%).

Gráfico 4 - Variação de preço por produtor nos principais estados em produção de leite - Pagamento de fevereiro (leite de janeiro) x janeiro (leite de dezembro).


Fonte: MilkPoint Radar

Dentre os preços líquidos médios destes estados, recebidos em cada faixa de produção, podemos ver que a tendência de preços foi semelhante à média nacional: produtores com maior volume diário ganham mais em média do que produtores com mais baixa produção. A maior média de preços pode ser observada em Minas Gerais, na faixa acima de 6.000 litros/dia, de R$ 1,66. Já o menor preço médio foi observado no Rio Grande do Sul, para produtores abaixo de 250 litros/dia, de R$ 1,05. Os preços médios de cada faixa de produção dos principais estados produtores podem ser observados no gráfico abaixo.

Gráfico 5 - Preço médio recebido por produtor nos principais estados em produção de leite - Pagamento de fevereiro (leite de janeiro) x janeiro (leite de dezembro).

 

Fonte: MilkPoint Radar

Em relação à qualidade, podemos ver que o teor de gordura apresentou alta neste mês, de 0,3%, fechando em 3,67%. Já o teor de proteína apresentou pequena queda em relação a janeiro, resultando em 3,23%, 0,3% a menos do que o valor divulgado no último mês. Quanto aos dados de CCS e CBT, podemos ver quem apresentaram queda: a CCS ficou em 379 mil/ml (-1,6%) e a CBT foi de 42 mil UFC/ml (-10,6%). Tais informações podem ser vistas na tabela 1 abaixo. (Fonte: MilkPoint Radar)

Tabela 1 - Indicadores MilkPoint Radar - Pagamento de Fevereiro x Janeiro. 

* Preço líquido (média nacional)
** Considerando produtores que colocaram dados nos dois meses

UE VINCULA ACORDO AGRÍCOLA A PROTEÇÃO DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

A União Europeia avisou ao Mercosul que um acordo para acesso de mais produtos agrícolas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai no mercado europeu dependerá de entendimento sobre indicações geográficas. Os dois blocos voltam a negociar entre os dias 20 e 24 em Buenos Aires, e os europeus elevam a prioridade para obter garantia do Cone Sul à proteção de dezenas de indicações geográficas - vinhos, queijos e outros produtos regionais.

As indicações geográficas definem vínculo entre um produto e um território. Certificam que certos produtos possuem qualidades e características particulares, ou reputação atribuída à uma origem geográfica e ao método de produção. Segundo fontes, o Brasil ignora desde 1997, por exemplo, a demanda europeia para reconhecer no país da indicação geográfica do presunto de Parma, de forma que produtores brasileiros não poderiam usar essa expressão em sua mercadoria.

O Brasil quer continuar a usar nomes como queijo parmesão ou salsicha tipo Viena, desde que não enganem o consumidor sobre a real procedência do produto. No entanto, os países europeus vêm endurecendo nas negociações comerciais que estão sendo feitas em todo o mundo.

A União Europeia diz ter obtido proteção em mercados que vão da Suíça a Honduras, passando por Vietnã, Ucrânia, África do Sul e Canadá. O recente acordo comercial com os canadenses prevê a proteção de 143 indicações geográficas europeias no mercado do Canadá.

No plano de Bruxelas, a próxima etapa é o Mercosul, onde técnicos europeus dizem estar os últimos países onde se pode ainda produzir "'vin blanc pétillant"' (espumante) e chamá-lo de "Champagne" impunemente.

Segundo a UE, o valor de produtos agrícolas protegidos pelo programa de indicações geográficas europeias alcançou US$ 54,3 bilhões em 2010. A perda de negócios seria significativa com outros países usando os mesmos nomes para vender seus próprios produtos.

Nos últimos cinco anos, o Brasil também passou a dar mais importância ao registro de indicações geográficas, devido ao valor agregado que pode proporcionar nas exportações. De 100 demandas, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) até recentemente concedeu 54 indicações geográficas. 

As negociações União Europeia-Mercosul, no fim do mês na Argentina, têm nova dimensão, com os dois lados insistindo que o interesse político para acelerar a conclusão de um acordo aumentou, em meio à retórica anticomércio adotada pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump. O que ninguém ignora é a dificuldade para a UE melhorar sua oferta agrícola - e agora, com mais condicionantes. (As informações são do jornal Valor Econômico)
 

CRV Lagoa lança Catálogo Leite Europeu 2017
A CRV Lagoa acaba de lançar o Catálogo Leite Europeu 2017, com reprodutores nacionais e importados das raças Holandês Preto e Branco, Holandês Vermelho e Branco, Jersey, Holandês Frisian, Jersolando e Pardo Suíço, incluindo 15 novidades. Todos os touros disponíveis na publicação foram selecionados seguindo a filosofia de melhoramento genético de bovinos leiteiros da Central: geração de vacas eficientes, saudáveis e de fácil manejo. Os reprodutores também contam com os índices exclusivos Vida + Eficiente e Vida + Saudável, exclusivo da CRV. "Através dos resultados práticos desses índices, pudemos comprovar que a qualidade genética do rebanho gera uma diferença significativa na performance fenotípica, nos desempenhos produtivo e sanitário e na fertilidade das vacas leiteiras", destaca Wiliam Tabchoury, gerente Contas Leite da CRV Lagoa. "Além dos reprodutores, o catálogo apresenta gama de produtos, serviços e soluções para a gestão inteligente dos rebanhos leiteiros, já que a CRV Lagoa atua como conselheira confiável dos produtores de leite brasileiros", completa Luis Adriano Teixeira, gerente de Vendas e Marketing da Central. A edição digital do Catálogo Leite Europeu 2017 já pode ser acessada no site www.crvlagoa.com.br ou no aplicativo CRV Lagoa Publicações, disponível nas plataformas Android e Apple. (Agrolink)
 

 

Porto Alegre, 07 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.454

 

  VENEZUELA IMPULSIONA EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE EM PÓ

No mês de fevereiro, novamente o saldo da balança comercial de lácteos apresentou queda. Em comparação a janeiro, o valor do déficit ficou em US$39 milhões, variação 18% menor. Já em volumes, o déficit ficou em 12,5 mil toneladas, variação 16% inferior.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. FONTE: MDIC. 

 

Em relação ao mês anterior, as movimentações de importação caíram 13,2% e em termos de valor, foi 9% inferior. O volume exportado também apresentou queda, de 3,2%. Em valores, a baixa foi de 32%. Porém, quando comparado ao mesmo período do ano de 2016, em questão de volumes importados, houve um aumento de 96,1% e de exportados o aumento foi de 46,9%. 

Diferente do mês passado, o volume de exportações de leite em pó integral apresentou uma expressiva alta de 1854%. Este fato se justifica pelo maior volume vendido à Venezuela, com a comercialização de 1.300 mil toneladas versus 66 toneladas do mês anterior. O volume de leite em pó integral importado foi 17% maior do que janeiro, sendo 9.700 mil toneladas comercializadas.

Com a menor oferta de manteiga no mundo, as transações deste produto foram menos intensas. Ao se comparar com o mês passado, o volume exportado caiu 69% com a comercialização de 1.200 toneladas, enquanto as importações caíram 51%, com 300 toneladas comercializadas. Mas, em comparação com janeiro de 2016, as importações foram 22% maiores. 

O soro de leite, neste mês, voltou a ser exportado, com 25 toneladas comercializadas. As importações apresentaram queda de 47% comparado com o mês de janeiro deste ano e totalizou 1.100 mil toneladas negociadas. (Milkpoint/MDIC)
 

 
LEILÃO GDT: PREÇOS DOS LEITES EM PÓ CAEM SIGNIFICATIVAMENTE
Na média dos produtos lácteos, o leilão GDT desta terça-feira (07/03) novamente apresentou queda, porém mais significativa que o leilão anterior, atingindo 6,3%. A média final ficou em US$3.512/toneladas e o volume de vendas em 22,328 toneladas, variando 9% para cima.

A queda significativa também pôde ser observada no leite em pó desnatado, que fechou a US$2.118/tonelada, valor 15,5% menor. Já o leite em pó integral apresentou decréscimo de 12,4%, finalizando a média a US$2.782/tonelada. 

O queijo cheddar também apresentou queda, com preço médio a US$3.435, valor 4,2% menor do que o leilão anterior. As quedas ocorreram para todas as entregas futuras, porém em menor grau nos meses de julho e agosto. (Milkpoint/GDT)


 

PIB BRASILEIRO ENCOLHE 7,2%; AGROPECUÁRIA LIDERA OS RECUOS

A economia brasileira encolheu pelo segundo ano consecutivo em 2016, confirmando a pior recessão desde 1930. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas, caiu 3,6% no ano passado, segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira, 7. Com dois anos de recessão, o PIB brasileiro acumula retração de 7,2%.

Pelos dados do IBGE, é a maior retração desde 1948, mas séries históricas mais antigas, como as do Ipea, apontam para a maior recessão desde 1930, quando o mundo vivia a Grande Depressão, provocada pela quebra da Bolsa da Nova York. O resultado veio um pouco abaixo do recuo de 2015, de 3,8%, e dentro das expectativas dos analistas. O tombo foi generalizado entre todas as atividades econômicas, com a agropecuária liderando os recuos (-6,6%), seguida pela indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%).

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de dados sobre antes de 1948. Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. "É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos", afirmou Rebeca.

Empobrecimento
"A população empobreceu", afirmou Rebeca ao analisar a divisão do PIB pelo número de habitantes, o PIB per capita. De 2014 a 2016, o PIB per capita caiu 9,1%. No mesmo período, a população cresceu 0,9% ao ano. A queda de 9,1% é "bastante relevante", de acordo com a pesquisadora. "Nos três últimos anos, como a população continua crescendo, a queda do PIB per capita amplificou. O bolo encolheu e a quantidade de pessoas aumentou. Tem que colocar muita água no feijão."

No quarto trimestre, a queda do PIB foi de 0,9% em relação aos três meses anteriores, a oitava nesta comparação. Nesta análise, a agropecuária cresceu 1%, enquanto a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram.

Depois de dois anos de contração do PIB, os analistas afirmam que já há sinais de melhora, como a queda da inflação e juros, e o crescimento da confiança de consumidores e empresários. Mas a indicação é que a recuperação ainda será frágil diante da alta taxa de desemprego, que compromete a retomada do consumo, um dos motores do crescimento nos últimos anos. Pelos dados do PIB, o consumo das famílias caiu 4,2% em relação a 2015, enquanto a despesa do governo caiu 0,6%. 

Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 10,2%, o terceiro recuo seguido. O dado é olhado pelos economistas para medir a capacidade da economia de crescer. Apesar do tombo generalizado entre todas as atividades, as exportações mostraram alta de 1,9%, impedindo um declínio maior do PIB.

O governo tem adotado o discurso de que o PIB vai mostrar crescimento já no primeiro trimestre deste ano. De acordo com as projeções dos analistas ouvido pelo Banco Central, a economia deve ter alta de 0,49% em 2017 e de 2,39% em 2018. Em 2015, o quadro já fora ruim, quando houve declínio de 3,8%. Em 2014, o PIB cresceu apenas 0,5% - dado revisado após taxa positiva original de 0,10%. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)
 

 
ICPLeite/Embrapa
O custo de produção de leite em janeiro recuou -1,43%, em relação aos custos apurados para dezembro de 2016. Quando ocorre uma variação nos custos como o apresentado, o que configura um quadro conjuntural de deflação, ou seja, o inverso da inflação. Este resultado tem por base o Índice de Custos de Produção de Leite - ICPLeite/Embrapa, calculado pela Embrapa Gado de Leite. O principal motivo para esta retração nos custos se deu pela queda de preços na ração para vaca e nos farelos de soja, milho, trigo e algodão. Isto fez com que o grupo Concentrado tivesse queda de -3,05% no mês. O grupo Produção e compra de volumosos, também apresentou queda de -1,18%, dada a redução do custo de silagem. Os grupos Reprodução e Sanidade apresentaram também valores negativos -0,28 e -0,04 respectivamente. Os grupos Mão-de-obra, Sal Mineral, Qualidade do Leite e Energia e Combustível não apresentaram variação de custos este mês. (Embrapa)
 

 

Porto Alegre, 06 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.453

 

  Mitos e verdades sobre o leite serão tema de discussão na Expodireto

Os mitos e as verdades vinculados ao leite serão tema de debate no painel "Leite de vaca e lactose: mitos e verdades", na Expodireto, no dia 8/03, às 10h, no auditório central feira, em Não-Me-Toque (RS). O médico alergologista e imunologista Gil Bardini Alves explicará os benefícios do leite, as diferenças entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite e desmitificará alguns conceitos atribuídos ao alimento. "O leite é muito importante para a nossa absorção de cálcio e vitamina D", adianta Bardini. A atividade faz parte do 13º Fórum Estadual do Leite, que é promovido pela Cotrijal e CCGL, com o apoio do Sindilat e Senar. "Nada melhor do que aproveitar um evento de credibilidade para transmitir informações sobre a importância do leite para a saúde das pessoas, quebrar paradigmas e mostrar isso ao próprio produtor", complementa o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

O Fórum começará às 9h com a palestra "Impacto da conservação do solo na produtividade se forragens", ministrada pelo engenheiro agrônomo e coordenador técnico de difusão da Cotrijal, Alexandre Doneda. O produtor de leite Mauro Zimpel irá apresentar o painel "Foco e assistência técnica: a combinação para a busca de resultados" e o sócio diretor da Transpondo, Wagner Beskow, irá falar sobre "Tecnologias de resultado em um mercado globalizado".

A Expodireto Cotrijal é um evento internacional que reúne os principais segmentos que formam o agronegócio mundial, constituindo espaço de acesso à tecnologia, informações, negócios e divulgação de produtos e serviços direcionados ao setor primário. Este ano, a feira será realizada de 6 a 10 de março. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 
Preços/NZ
Os economistas do BNZ reduziram a projeção no preço do leite ao produtor da Fonterra para NZ$ 6,10/kgMS nesta temporada. A mudança ocorre diante da expectativa de que no GlobalDairyTrade (GDT) de quarta-feira haverá uma queda acentuada nas cotações das commodities lácteas. 

A Bolsa de Futuros da Nova Zelândia está prevendo queda acentuada no principal produto negociado, o leite em pó integral (WMP), em torno de 9% - apesar de da Bolsa de Futuros nunca fazer projeções confiáveis. Com o aumento constante dos preços desde o final do ano passado, a expectativa era de que a Fonterra elevasse a previsão de pagamento dos atuais NZ$ 6/kgMS estabelecidos em 18 de novembro de 2016. No entanto, no final do mês passado, optou por manter o valor de NZ$ 6/kgMS. Esta postura reflete um conhecimento antecipado, de que a produção de leite que estava em queda, deve ser revertida neste final de ciclo, em decorrência da melhora nas condições do tempo. A Fonterra aumentou a oferta de WMP no último GDT realizado duas semanas atrás e isto pode ter sido responsável pelo enfraquecimento das cotações. Se essa tendência for mantida, com a Fonterra aumentando o volume de leite ofertado na próxima semana, e também nos eventos futuros, os preços continuarão sob pressão. Os economistas dos grandes bancos estão prevendo preços mais elevados do que os valores divulgados pela Fonterra. 

O Westpac acredita em NZ$ 6,20/kgMS, os economistas do ANZ NZ$ 6,25/kgMS, mais recentemente o BNZ projetou NZ$ 6,40/kgMS, e isoladamente ficaram os economistas do ASB, que mantiveram a previsão de NZ$ 6/kgMS desde o início da temporada, optando por elevar os valores pouco antes do Natal para NZ$ 6,50/kgMS. No entanto, Nathan Penny, do ASB disse que estão analisando uma possível redução. Portanto, a projeção deve cair dos NZ% 6,50/kgMS se os resultados do GDT da próxima quarta-feira não forem favoráveis. O economista sênior do BNZ, Carig Ebert, disse que a análise dos indicadores fundamentais sugere "uma queda considerável" no índice de preços GDT da próxima quarta-feira, na ordem de 7 a 9%. "As recentes quedas da produção de leite da União Europeia (UE) e da Nova Zelândia (NZ) são menos intensas. As chuvas melhoraram as perspectivas da última temporada na NZ, e recentemente a Fonterra reviu a queda de -7% para -5%. Assim sendo, aumentou o volume oferecido no último leilão. "Nosso próprio levantamento aponta para queda entre -2,5% e -2% da produção até o final da temporada. Antes a expectativa era de -4% a -3%. Mais leite na NZ e redução da queda na UE pressionam os preços internacionais para baixo, e um pouco antes do que esperávamos. Assim, ajustamos o preço do leite de NZ$ 6,40 para NZ$ 6,10/kgMS. 

Por isso, acreditamos que a previsão da Fonterra de NZ$ 6,00/kgM pode prevalecer. Claro que o resultado final dependerá de muitos outros fatores, inclusive o comportamento dos preços globais nos próximos meses. Mas, sem dúvida, será um resultado substancialmente melhor do que o verificado na temporada 2015/2016, de NZ$ 3,90/kgMS". Ebert disse que o foco muda, cada vez mais, para os preços da temporada 2017/18. "Neste momento, a nossa previsão continua em NZ$ 6,00/kgMS, que é ligeiramente menor do que outras estimativas. Possivelmente, em um futuro próximo, haverá mais riscos de quedas do que no presente, uma vez que os preços das commodities lácteas estão mais elevados do que os preços internacionais de petróleo e grãos. É importante levar em consideração a ampla margem de erro em torno de qualquer previsão futura, nesta fase do processo". (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

Preços LTO 

O cálculo preliminar do preço médio do leite padrão, em janeiro de 2017, foi de € 32,94/100 kg, [R$ 1,10/litro]. Aumento de € 0,54/100 kg em relação ao mês anterior. Se comparado com janeiro de 2016, houve aumento de € 3,70/100 kg, ou mais de 12,6%. Em janeiro muitas das indústrias aumentaram o preço do leite. 

Somente a FrieslandCampina e a Milcobel reduziram, enquanto Muller, Valio e Dairy Crest mantiveram os preços estáveis. Nos Estados Unidos o preço do leite também caiu. Recentemente a Fonterra confirmou sua previsão para a temporada 2016/17.
 

A Arla apresentou o resultado anual de 2016. O desempenho final do preço - que corresponde aos adiantamentos mais a distribuição de lucro aos associados - caiu 8,3%, saindo de € 33,7/100 kg em 2015 para € 30,9/100 kg em 2016. Como em janeiro de 2017, o preço do leite da DOC não foi calculado nem publicado em decorrência da fusão entre a DMK e a DOC os produtores receberam o mesmo valor. Uma segunda alteração diz respeito ao preço da Valio. Com efeito retroativo a partir janeiro de 2015 o preço do leite da Valio foi incluído e o preço da DOC foi excluído. Como resultado a média de janeiro de 2017 não pode ser comparável com publicações anteriores. 

Excluindo Valio e incluindo DOC a média das principais indústrias da União Europeia em janeiro de 2017 chega a € 32,70 por 100 quilos de leite padrão. Um aumento de € 0,61 quando comparado com dezembro e mais de € 4,08/100 kg (+14,2%) acima da média de janeiro de 2016. A tabela a seguir mostra as "novas" médias dos preços do leite desde janeiro de 2015, enquanto o gráfico compara a "velha" média das publicações anteriores (incluindo DOC, e excluindo Valio).

 

Dado que os preços da empresa Valio são maiores em relação aos da empresa DOC, a média dos preços ficará maior quando comparada com as publicações anteriores.
 


A variação verificada no preço da Fonterra, em euros, corresponde à variação cambial. A Cooperativa neozelandesa mantém o preço desde novembro de 2016. O preço do leite Classe III nos Estados Unidos caiu de US$ 17,40/cwt, [R$ 1,24/litro], em dezembro, para US$ 16,77/cwt, [R$ 1,20/litro], em janeiro. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

Mercado LTO 

A captação de leite em dezembro na União Europeia (UE) caiu 3%. Desde junho de 2016 o volume de leite cai. As maiores quedas foram registradas na França, Alemanha e Reino Unido. Mesmo assim, a captação em todo o ano de 2016 ficará apenas ligeiramente abaixo dos níveis de 2015, como resultado da forte produção no início do ano. 

Também na Oceania (Austrália e Nova Zelândia) e América do Sul (Argentina, brasil e Uruguai), em alguns momentos houve queda acentuada na produção de leite, principalmente em decorrência de condições climáticas desfavoráveis e baixos preços do leite na maior parte de 2016. Apenas nos Estados Unidos um dos mais importantes exportadores, houve crescimento na produção de leite. O percentual variou entre 2 e 3% como o verificado nos últimos meses de 2016.
 


 
Até o final de dezembro do último ano o mercado mostrava sinais positivos. Em particular, os preços dos lácteos com alto teor de gordura como a manteiga e leite em pó integral, que tiveram grandes aumentos e chegaram a níveis elevados. Desde o início de 2017, o mercado de lácteos está sob pressão. Isto se aplica em particular ao leite em pó. Tanto os preços do desnatado como integral mostram volatilidade. Isto ocorre principalmente pela fraca demanda nos mercados europeus. A cotação da manteiga sobe sem parar para níveis elevados. Depois de um breve período de declínio na segunda quinzena de fevereiro, os preços estão acima de € 400/100 kg, [US$ 4.100/tonelada]. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

 
Exportações/UE 
Em 2016, as exportações comunitárias de produtos lácteos tiveram comportamentos variáveis. Enquanto caíram as remessas de leite em pó desnatado, leite em pó integral e leite condensado, aumentaram as vendas de manteiga, e queijo. As exportações de leite em pó integral em 2016 foram de 380.449 toneladas, 19.665 toneladas a menos que em 2015. Destaque para Omã, que importou 30% menos, ficando em 45.696 toneladas. As exportações de leite em pó desnatado em 2016 foram 574.188 toneladas, 17% menos que em 2015. Uma das principais quedas foram as remessas para o Egito, para onde as exportações diminuíram 25%. As exportações de leite condensado totalizaram 277.410 toneladas, 22% menos que em 2015. A Líbia reduziu em mais da metade as compras do item. Já as exportações de manteiga e butteroil aumentaram em 20% em relação a 2015, alcançando 207.342 toneladas. Destaque-se que as remessas para a Arábia Saudita aumentaram 5.369 toneladas (31%). Foram vendidas 800.119 toneladas de queijo em 2016, registrando aumento de 11% em relação a 2015. Os incrementos ocorreram para vários mercados, dentre eles, Arábia Saudita, e Japão. As exportações de soro de leite em pó totalizaram 552.971 toneladas, que é 4.522 toneladas a menos que em 2015. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 03 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.452

 

Cadeias da proteína animal expõem gargalos ao governo

 
Foto: Vitorya Paulo

ncentivo à competitividade, ajustes na legislação trabalhista, isonomia fiscal e melhorias na assistência técnica e no acesso à informação foram os assuntos que pautaram as apresentações dos grupos de trabalho (GTs) dos setores de aves/ovos, suínos, lácteos, bovinos/ovinos e peixes, na manhã dessa quinta-feira (02/03), na sede do BRDE, em Porto Alegre (RS). A fim de exibir os seus diagnósticos e identificar gargalos da produção, os grupos apresentaram os pontos que precisam ser avaliados e discutidos com os órgãos públicos para alavancar a produção de proteína gaúcha. Estavam presentes o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, além do presidente do BRDE, Odacir Klein. Representando o setor lácteo, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, apresentou os gargalos da cadeia leiteira, elencando tópicos principais como produção, indústria, mercado e políticas públicas. Guerra citou como um dos entraves do setor as leis trabalhistas que precisam ser atualizadas para a realidade da vida no campo, uma vez que a rotina é diferente da cidade. "Quem produz leite trabalha de segunda à segunda e só encerra seu dia tarde da noite. Precisamos de uma legislação que seja condizente com essa realidade", afirmou. Posteriormente, outros setores usaram o exemplo de Guerra para argumentar favoravelmente sobre as mudanças nas leis.

Os laticínios, de acordo com Guerra, tem seu maior problema concentrado na questão tributária. "Para enfrentar o desafio da guerra fiscal, precisamos da força do governo", disse ele, citando outros aspectos, como a necessidade de capacitação de profissionais, a baixa adesão ao Sisbi e os novos hábitos de consumo, entre outros. Sobre as políticas públicas, Guerra citou a necessidade de simplificação tributária, rejeição do PL 214 e a aplicação racional da IN 62, com atendimento nas propriedades e o uso dos dados para fomentar a melhoria da qualidade do produto. "Precisamos trabalhar em conjunto e criar um programa de incentivo para o aumento da produção de leite, devido à ociosidade da indústria no Rio Grande do Sul", concluiu.

O secretário Fábio Branco citou que as demandas dos setores têm curto, médio e longo prazo, e todas devem ser elencadas como responsabilidade do Estado, assim como a conscientização por parte pública, para mostrar o que prejudica o RS. A opinião também foi partilhada pelo secretário Tarcisio Minetto, que pontuou a necessidade das conversas e alinhamentos internos no Executivo. Em seu pronunciamento, Ernani Polo focou na necessidade de rever a burocracia dos processos. "Há um descompasso da legislação com a realidade", disse, afirmando que as leis devem, sim, ser adaptadas. Para ele, alguns setores estão perdendo a sua "musculatura" devido a essas dificuldades. Após algumas dúvidas levantadas sobre a vacinação da febre aftosa, as entidades presentes marcaram reunião no próximo dia 15 para discutir apenas esse assunto. No dia 30 de março, os GTs e os representantes dos órgãos públicos se reunirão novamente para encaminhar os assuntos tratados na reunião de hoje e avaliar a possibilidade de operacionalização das demandas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Índice de preços da FAO é o maior em 2 anos

O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ficou em 175,5 pontos em fevereiro, 0,5% acima do indicador revisado de janeiro e 17,2% mais que no mesmo mês de 2016. Com isso, o índice que representa uma cesta de produtos comercializados em todo o mundo atingiu o maior valor desde fevereiro de 2015. À exceção dos óleos vegetais, todos os alimentos tiveram alta no mês passado, segundo a FAO, com destaque para os cereais, que subiram 2,5% e chegaram ao maior valor desde junho de 2016. "As cotações do trigo aumentaram 3% devido à maior intensidade no comércio mundial e problemas logísticos nos EUA. O milho e o arroz mantiveram os preços em alta em função de uma demanda forte", afirma a FAO. O indicador de lácteos chegou ao maior valor desde agosto de 2014, com alta mensal de 0,6%, também devido ao aumento da demanda por leite e derivados.

 

As carnes subiram 1,1% em Fevereiro ante janeiro, sendo que as de bovinos e ovinos se valorizaram mais que a de aves e suínos. Já o indicador para os óleos vegetais caiu 4,1% em fevereiro. Essa é a primeira queda desde outubro de 2016. "Enquanto houve um aumento na produção de óleo de palma na Ásia, a demanda pelo produto manteve-se estável. A cotação da soja caiu em razão da expectativa de superprodução no Brasil e Argentina e pelos grandes estoques de óleo nos EUA e Argentina", diz a FAO. (Valor Econômico)

UE: queda na produção de leite no último trimestre supera o determinado pelo programa de redução

Pelo programa de redução da produção de leite, lançado pela Comissão Europeia para o período de outubro a dezembro de 2016, foi marcada uma redução de 1,029 bilhão de litros, o que representaria uma diminuição de 2,9% das captações da UE-28. De acordo com os dados mais recentes da Comissão Europeia, as entregas no último trimestre de 2016 diminuíram 3,4%, ou seja, a redução foi maior do que o esperado pelo programa.

Esta diferença é devido ao fato de que, em vários países, a produção caiu mais do que requerido. É o caso da França e do Reino Unido, onde a produção caiu mais de duas vezes do que o solicitado, bem como Alemanha, com uma redução um pouco maior do que o solicitado.

Em contrapartida, em outros países, apesar do programa de redução, a produção aumentou. É o caso dos Países Baixos, Itália e Polônia. Na Irlanda, a produção caiu, mas menos do que o solicitado. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoin)

 
 

Rede varejista britânica Asda lança leite de animais criados a pasto

A rede varejista britânica, Asda, lançou o leite free range - de animais criados ao ar livre, fora de confinamento - em mais de 100 de suas lojas. A decisão veio nove meses depois que os defensores da World Animal Protection enviarem e-mails para supermercados, incluindo a Asda, pedindo leite free range. A campanha "Full Fact Milk", da instituição, vem convocando os supermercados a estocar leite de vacas criadas fora de confinamento desde dezembro de 2014.

leite free range - Asda 

Uma pesquisa da YouGov, encomendada pela World Animal Protection em 2015, descobriu que 87% dos entrevistados queriam comprar leite de vacas livres, que fossem criadas em pastagens e que isso significasse que os produtores receberiam um bom preço pelo seu leite. A mesma pesquisa revelou que 56% das pessoas pagariam mais pelo leite.

pasture promise O novo leite terá o rótulo Pasture Promise, que garante que as vacas foram criadas em pastagens por um período mínimo de seis meses do ano. Ian Woodhurst, diretor de campanhas agrícolas da World Animal Protection, disse que a Free Range Dairy Network estabeleceu um conjunto simples de padrões para os produtores, para fornecer aos consumidores uma clara garantia de que estão comprando leite de vacas que desfrutam da liberdade de pastar. "Para usar o rótulo Pasture Promise, os produtores devem comprometer-se a deixar suas vacas em pastagens por pelo menos seis meses do ano. A Free Range Dairy Network (a empresa de interesse comunitário por trás do rótulo) desenvolveu padrões de produção que serão auditados independentemente como parte da avaliação Red Tractor realizada na fazenda, garantindo que os produtores cumpram os padrões".

Woodhurst disse que o rótulo Pasture Promise é um esquema de rotulagem credenciado que, juntamente com alguns outros critérios, exige que as vacas permaneçam em pastagem por 180 dias e noites. "É executado através de Red Tractor e, até onde sabemos, esse é o único rótulo que tem esses requisitos de pastejo e é totalmente auditado".

O leite, em variantes integral e semidesnatado, está disponível em garrafas de um e dois litros por £ 0,90 (US$ 1,11) e £ 1,50 (US$ 1,85), respectivamente. Woodhurst disse que espera que a liderança da Asda seja um catalisador para que outros varejistas sigam o exemplo. "Parabenizamos a decisão da Asda de ser o primeiro supermercado a vender uma linha de leite que satisfaça as preocupações dos consumidores sobre o bem-estar das vacas e lhes permite comprar leite com a garantia de que é oriundo de animais que tiveram a liberdade de pastar durante pelo menos seis meses do ano".

"O produto também resolve as preocupações de que os produtores de leite devem receber um preço justo pelo seu leite. Esperamos que outros supermercados sigam o exemplo da Asda". Ele acrescentou que a Free Range Dairy Network recrutou produtores de leite a pasto para fornecer o produto e que, a partir das evidências até agora, ele estava "confiante de que haverá muitos produtores que podem satisfazer os critérios para o rótulo Pasture Promise - aumentando a oferta de leite free range para atender a demanda futura dos consumidores".

Woodhurst disse que sua comunicação tem ocorrido majoritariamente com varejistas. "Nós nos reunimos com a First Milk, mas atualmente não temos planos para entrar em um diálogo com os principais processadores, embora estejamos sempre abertos para nos reunir com eles. O foco da nossa campanha Full Fact Milk foram os supermercados e seus dedicados grupos de laticínios - a quem pudemos demonstrar a demanda dos consumidores para que eles estocassem e vendessem leite free range. Nós pensamos que é importante que os consumidores possam escolher o leite que é produzido na maneira que querem, isto é, de vacas que são livres pastar nos campos onde podem demonstrar seus comportamentos naturais, particularmente em termos de suas hierarquias sociais". 

Para ele, a nova marca free range pode até mesmo agregar valor ao leite, para que ele não seja considerado apenas como uma commodity barata, mas também, ajude as pessoas a compreender como é produzido e o trabalho exigido. 

A World Animal Protection (antiga WSPA) procura criar um mundo onde o bem-estar animal seja valorizado e a crueldade animal termine. Ativa em mais de 50 países, trabalha diretamente com animais e com as pessoas e organizações que podem garantir que os animais sejam tratados com respeito e compaixão. Woodhurst destacou que a instituição trabalhou em questões do setor leiteiro na Índia, Holanda e Suécia, apoiando melhorias de bem-estar para vacas leiteiras através de uma série de campanhas públicas, trabalhando com produtores, empresas e governos. 

Em 02/03/17 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,23471
0,80978 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (Dairy Reporter, traduzido pela Equipe MilkPoint)

  

Outono - período importante para produção de matéria gorda e melhorar o BCS
Produção/NZ - O outono é uma estação importante para aumentar a produção de matéria gorda e o melhorar o escore corporal dos animais (BCS) antes de chegar o inverno. A Costa central da Ilha Sul continua seca, com poucas chuvas e temperaturas elevadas, em todo o mês de fevereiro, fazendo com que o crescimento das pastagens fique em níveis baixos, apenas compatíveis com a terra árida. Enquanto isso, a maior parte da Nova Zelândia desfruta de tempo quente depois das recentes chuvas. As chuvas de outono precisam começar logo nas regiões secas, e com noites frescas, pois qualquer recuperação ficará limitada às temperaturas do solo. Os agricultores da Costa Oeste focam no crescimento das pastagens. A abundância de alimentos para armazenar e o bom estabelecimento das culturas de inverno precisam compensar a umidade excessiva da primavera e do verão. A produção global encontra-se estagnada, tendo a Europa registrado quedas pelo sexto mês consecutivo, que são contrabalançadas pela produção dos Estados Unidos, que está em alta nos últimos quatro meses. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 02 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.451

 

Mais seis empresas habilitadas ao Sisbi
Seis empresas gaúchas foram habilitadas a ingressar no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal(Sisbi-POA). Isso permite que os seus produtos sejam comercializados para todo o território nacional. O comunicado foi feito ontem, pelo Ministério da Agricultura, à Secretaria Estadual de Agricultura. Até então, 15 empresas do Estado estavam registradas no sistema. Segundo o secretário da Agricultura, Ernani Polo, a pasta tem buscado obter a habilitação do maior número possível de empresas, tendo em vista os ganhos que a expansão de mercados traz à geração de emprego e renda. 
 
Das novas empresas registradas, quatro são do setor de leite e duas do segmento de carnes. São elas: Nutri frango(Morro Reuter), Aida (Bento Gonçalves), BRQ (Tenente Portela), Boavistente (Nova Boa Vista), Frizzo (Planalto)e Bio (Boa Vista do Sul.Com a habilitação, as empresas precisam atender aos requisitos de padronização e harmonização dos procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e a segurança alimentar. O sistema visa harmonizar os procedimentos de inspeção em todo o país. (Correio do Povo)
 

 
Produtores de leite do México exigem participar de revisão do NAFTA

Os produtores de leite do México estão exigindo do governo federal que sejam considerados para a revisão do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), indicando que o setor leiteiro é fundamental para a economia. O presidente da Frente Nacional de Produtores e Consumidores de Leite, Álvaro González Muñoz, disse que os pequenos produtores de leite exigem ser parte ativa da iminente renegociação do tratado, "não fomos convidados para a divisão de lucros que o NAFTA tem gerado a empresários do setor".

"Tivemos que aguentar calados as perdas econômicas milionárias, porque as importações de leite em pó e derivados lácteos, uma razão de 200 mil toneladas anuais em média, multiplicadas por 23 anos, deslocaram mais de 300 mil unidades produtoras de alimentos e 500 mil empregos diretos e indiretos. Nós, os produtores do setor agropecuário, fazemos um chamado e uma convocação ao Presidente da República e aos titulares das dependências do próprio setor, a avaliar e lembrar que nosso país continua na mesma rota que se arrasta há 25 anos, de preferir a importação de alimentos, no lugar de promover a produção nacional".

González Muñoz acusou as grandes lojas de departamento de importar produtos que não são leite. "Esses produtos contêm maior quantidade de soro e são enriquecidos com vitaminas, minerais e proteínas, mas é errado apresentá-los ao mercado como produtos lácteos. Eles representam um risco à saúde dos consumidores, pois somente reidratam o leite em pó e acrescentam 'nutrientes'". Ele disse que é essencial incluir organizações de produtores e consumidores para defender os seus interesses e os interesses do país na tomada de decisões sobre o futuro das relações comerciais com a América do Norte.

"Nós não queremos continuar a ser uma moeda de troca nas negociações comerciais com o exterior. A única coisa que pedimos ao governo e às agências federais envolvidas nas negociações comerciais, como Sagarpa, Economia e Relações Exteriores, bem como organizações privadas no setor agrícola, é não omitir a parte de organizações do setor social, como em 1994, porque já nos cansamos de receber subornos em subsídios decrescentes". Ele lamentou que as negociações comerciais do país estejam apenas nas mãos do Ministério da Economia, Relações Exteriores, Agricultura, bem como, de assessores e líderes empresariais no setor agrícola. (Informador.mx, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

Austrália: Murray Goulburn registra perda de US$ 24,5 mi à medida que produção de leite cai

A maior processadora de lácteos da Austrália, Murray Goulburn, registrou uma perda de A$ 31,9 milhões (US$ 24,50 milhões) em seus resultados semestrais. Em um anúncio à bolsa de valores, a empresa disse que a receita caiu 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As ofertas de leite caíram 20,6%, resultado de os produtores terem deixado a companhia, dos cortes de produção nas fazendas e das condições sazonais. A dívida líquida para os seis meses foi de A$ 677 milhões (US$ 599,99 milhões), um aumento de mais de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Houve temores crescentes entre os trabalhadores de Murray Goulburn de que a empresa fecharia fábricas em Gippsland e no norte de Victoria. O comunicado de imprensa da companhia afirma que uma revisão de seus ativos continuava, mas que a decisão final ainda não tinha sido tomada.

A Murray Goulburn disse que consideraria aumentar os preços do leite nessa estação em mais 3 centavos (2,30 centavos de dólar) o quilo, desde que não houvesse mais "deterioração material" na ingestão de leite, preços dos produtos lácteos e taxas de câmbio.

As ações da Murray Goulburn caíram 7%, para 90 centavos (69,12 centavos de dólar). Em dezembro de 2015, as ações da empresa chegaram a A$ 2,56 (US$ 1,96). 

Em 01/03/17 - 1 Dólar Australiano = US$ 0,76808
1,30159 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do ABC Rural, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Clubes de assinatura: novo modelo de negócio para o setor lácteo

A revolução digital e a mudança do comportamento do consumidor, hoje centrado no consumo online, fez ressurgir na era da internet um antigo modelo de negócio: o de clubes de assinatura. Outrora, era comum assinar jornais e revistas por um determinado período e receber em casa as novas edições. Acontecia o mesmo com o leite: as garrafas eram deixadas, com o produto fresco, em frente às casas todas as manhãs. Em 2016, os clubes de assinatura no Brasil movimentaram cerca de R$ 690 milhões, um aumento de 15% em relação a 2015, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). 

Assim como o mercado lácteo, décadas atrás, se valia da mesma lógica dos clubes de assinatura de jornais e revistas, empreendedores do setor tem neste modelo uma grande oportunidade de negócios em tempos de consumo online. É o que recomenda o boletim de tendências do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae, que apresenta dicas de como este setor pode se valer dos clubes de assinatura para promover uma experiência diferenciada de consumo aos usuários. Os primeiros passos envolvem a definição do produto a ser oferecido e análise do valor percebido, a partir de seus diferenciais. Ou seja: oferecer ao cliente algo que ele não encontre em qualquer lugar, como o leite ou queijo de determinada região, um doce ou iogurte gourmet etc. A partir disso, é preciso calcular todos os custos (divulgação do serviço, logística, entrega) antes de definir o valor a ser cobrado ao assinante.  Como os valores das assinaturas são fixos, a análise do faturamento e a previsão de lucro são mais simples.

O mercado lácteo brasileiro já conta com alguns cases de sucesso em clubes de assinatura. Um deles é o Clube do Queijo, focado em produtos artesanais. Por R$ 140,00, o assinante recebe todos os meses, cinco tipos diferentes de queijos, que não são facilmente encontradas nos grandes centros comerciais e são provenientes de inúmeros pequenos produtores. Outro exemplo, mas que agrega outros produtos ao serviço, é o Oh! Minas que oferece bebidas, temperos, doces, compotas, queijos e até mesmo livros, utensílios domésticos e itens de decoração. A ideia é resgatar a cultura e as tradições mineiras, retratando os valores do estado - o valor da assinatura varia entre R$ 79,90 e R$ 99,90.(Agrolink com informações de assessoria)

 

 
Fechamentos de fazendas leiteiras dos EUA ultrapassaram a tendência de 10 anos
No total, 1.725 fazendas leiteiras em todo os Estados Unidos pediram seu fechamento no ano passado. Esse total representou saídas mais profundas que no ano anterior, quando 1.275 fazendas deixaram a indústria. As margens apertadas que variaram de US$ 12,70 a US$ 20,22 por 100 quilos após os custos de alimentação estiveram entre as razões pelas quais mais produtores de leite saíram da indústria no ano passado.  Enquanto a indústria continua perdendo fazendas leiteiras, o número de vacas permanece robusto à medida que o rebanho leiteiro nacional atingiu um máximo em 20 anos - de 9.328 milhões de vacas no ano passado. Dadas essas duas tendências nas estatísticas recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), fica evidente que as vacas e as fazendas leiteiras continuam a se consolidar em clusters. Ao avaliar os 10 principais estados leiteiros, medidos pelo total de fazendas leiteiras, esse grupo só perdeu 3,7% de suas fazendas no ano passado. Cada estado desse grupo também tinha mil ou mais fazendas leiteiras. Para os 40 estados restantes, as perdas totalizaram 4,9%. Com 9.520 fazendas com licenças para vender leite, Wisconsin possui 23% das fazendas leiteiras do país. O próximo da lista é Pensilvânia, com 6.650 fazendas. Em geral, o tamanho do rebanho do país subiu para 223 vacas por fazenda.  (As informações são da http://hoards.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

Porto Alegre, 01 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.450

 

Comissão Executiva dá largada para Fenasul 2017

A Comissão Executiva da Feira Nacional de Agronegócios do Sul (Fenasul) irá se reunir para dar início à organização do evento no dia 14 de março. O encontro, agendado para a Secretaria da Agricultura (Seapi), deve mobilizar promotores e entidades parceiras da exposição. A agenda de organização foi definida em reunião preliminar entre entidades e o secretário da Agricultura, Ernani Polo, na tarde desta quarta-feira (01/03), que contou com a presença da gerente administrativa do Sindilat, Julia Bastiani. 

Além do Sindilat, representantes da Gadolando, do Parque de Exposições Assis Brasil, Farsul, Simers, Ocergs, Fetag e Senar deverão ser indicados para participar da Comissão Executiva, que também será responsável pela divulgação da feira. A Fenasul 2017 será realizada de 24 a 28 maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A exposição é uma das grandes vitrines da pecuária leiteira gaúcha. Além de concurso morfológico, o evento reúne debates técnicos e lideranças voltadas à produção laticinista. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

  

 
LEITE/CEPEA: preço reage impulsionado pela menor oferta

O preço do leite recebido pelo produtor subiu em fevereiro, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Na "média Brasil" (GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA), o valor líquido foi de R$ 1,2152/litro, aumento de 2,7 centavos/litro ou de 2,2% em relação a janeiro e de 17,0% sobre fev/16. Contabilizando-se frete e impostos, o preço bruto médio foi de R$ 1,3219/litro, 2% superior ao do mês anterior e 18,6% acima do de fev/16, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de jan/17). 

Segundo pesquisadores do Cepea, as reações nos preços do leite, que caíram entre setembro e dezembro e se estabilizaram em janeiro, estiveram atreladas principalmente à menor oferta. Além do clima adverso, especialmente excesso de chuvas, em algumas bacias produtoras, que vem refletindo em queda na produção desde janeiro, os menores investimento na atividade leiteira - reforma e manutenção das pastagens, compra de animais, medicamentos - reforçam a diminuição na disponibilidade do produto. O típico aquecimento do consumo com o retorno das aulas contribuiu para as valorizações do leite, embora a demanda continue abaixo do esperado por agentes.

A captação do leite pelos laticínios/cooperativas diminuiu em todos estados acompanhados pelo Cepea em janeiro. Em relação a dezembro/16, houve queda de 3,69% no Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L), ante um ligeiro recuo observado no mês anterior, de 0,1%, após seis meses consecutivos de aumentos. Bahia e Goiás registraram as maiores quedas em jan/17, de 5,48% e de 4,15%, respectivamente, seguidos por Santa Catarina (3,93%), São Paulo (3,21%), Minas Gerais (2,47%), Rio Grande do Sul (1,64%) e Paraná (0,27%). 

Para março, a expectativa é que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita de matéria-prima e pela recuperação gradativa da demanda. Dos agentes entrevistados pelo Cepea, 58,5% apostam em nova valorização do leite no próximo mês, enquanto 38,5% acreditam em estabilidade. Apenas 3,1% dos colaboradores consultados esperam queda nas cotações para março.

Por outro lado, segundo colaboradores do Cepea, nesta entressafra, prevista para iniciar entre março e abril, não são esperados aumentos de preços na intensidade ocorrida no mesmo período do ano passado. Isso porque os menores custos, influenciados principalmente pela desvalorização dos concentrados, podem estimular produtores de leite a aumentar a quantidade de ração fornecida aos animais, elevando o volume de leite produzido.

Quanto aos derivados, o preço do leite UHT subiu 4,33% de janeiro para fevereiro no atacado do estado de São Paulo - foi o terceiro aumento seguido -, com a média mensal (até o dia 23) indo para R$ 2,472/litro. No ano, a alta desse derivado chega a 9%. Para o queijo muçarela, após seis meses de queda, devido à baixa demanda e o acúmulo de estoques na indústria, os preços reagiram, acompanhando o UHT. A média parcial de fevereiro foi de R$ 14,93/kg, aumento de 1,94% em relação à de janeiro. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do CEPEA/Esalq.)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em FEVEREIRO/17 referentes ao leite entregue em JANEIRO/17.  
 
 
Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE.
 
 
 
Desburocratização do Agro+ é modelo para outros ministérios
 
O programa Agro+ do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, iniciativa do ministro Blairo Maggi, que visa a desburocratização e modernização do setor, está sendo seguido por outros ministérios, a pedido do presidente Michel Temer. Propostas de ministros de diferentes áreas estão sendo examinadas na Casa Civil, disse o presidente, durante cerimônia, nesta segunda-feira (20), em que o governo de São Paulo lançou a versão local do programa em parceria com a Federação da Agricultura estadual (Faesp). "Depois que o Blairo fez, reuni os ministros para que fizessem o mesmo", observou em seu discurso, no evento que teve a presença do governador Geraldo Alckmin. Temer destacou a importância do agronegócio para a economia brasileira. "É a força motriz da economia", enfatizou. Destacou as missões internacionais que Maggi tem realizado, "divulgando a agricultura brasileira" e as ações de sustentabilidade ambiental, "que mantém preservados 61% do território nacional na forma original". E acrescentou que "o Brasil respeita o meio ambiente e o Acordo do Clima de Paris".


 
Prazos
O ministro Blairo Maggi disse esperar que todos os estados implantem o Agro+ local até o fim deste ano, assim como os municípios, informou. São Paulo foi o segundo estado a aderir ao programa, depois do Rio Grande do Sul. O Distrito Federal está com lançamento agendado para a segunda quinzena de maio, durante a feira AgroBrasília. Os estados de Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro e Goiás, já demonstraram interesse ou estão com seus planos avançados.

"As regras precisam ser ajustadas para estados para que a flexibilização feita pelo governo dê resultado", enfatizou o ministro, acrescentando que a reprodução do modelo demonstra tratar-se de uma política consistente . É preciso evitar que novas barreiras locais emperrem os negócios, segundo ele. Maggi destacou que, em relação ao crédito rural, o Banco do Brasil já adotou medidas de desburocratização.

O ministro enviou recentemente à Casa Civil da Presidência da República sugestões de mudanças no Riispoa, que facilitarão a vida dos produtores rurais, sendo, muitas das alterações, relativas à carne. O Riispoa (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal) prevê normas de inspeção industrial e sanitária de recebimento, manipulação, transformação, elaboração e preparo de produtos. Essas mudanças estavam previstas como parte das medidas do Agro+, quando do lançamento do programa, em agosto do ano passado.

 
Veja outras medidas que integram o Agro+:
 
Transparência e Parcerias
- Lançamento do Sistema de rótulos e produtos de origem animal;
- Acordo com a CNA (troca de informações sanitárias, de 2 anos para 3 meses);
- Cooperação com a ABRAFRIGO, ABIEC, ABPA, VIVA LÁCTEOS;
- Parcerias com entidades da sociedade civil organizada;

Melhoria do processo regulatório e normas técnicas
- Alteração da temperatura de congelamento da carne suína  (-18°C para -12°C);
- Isenção de registro para estabelecimentos comerciais de produtos veterinários;

Facilitação do comércio exterior
- Fim da reinspeção nos portos e carregamentos vindos de unidades com SIF;
- Revisão de regras de certificação fitossanitárias;
- Aceite de laudos digitais também em espanhol e inglês;
- Permitir a utilização de containers para armazenamento de produtos lácteos
- Simplificação de procedimentos da vigilância internacional, em portos e aeroportos, sem abrir mão da qualidade e segurança do serviço.
- Atualização do RIISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, de 1952. (As informações são do Mapa)

C'EST QUI LE PATRON?

Imagina se o consumidor pudesse escolher o quanto vai pagar pelo litro de leite em vez de apenas decidir entre ofertas pré-determinadas? É o que acontece na França. A marca C'est qui le patron? (Quem é o chefe?, em tradução livre) já vendeu 5 milhões de caixas em quatro meses oferecendo essa possibilidade. Detalhe: o preço médio pago tem sido maior do que o cobrado por outras marcas. O motivo? A quantia paga aos produtores estava muito baixa.

A definição do preço final que será cobrado é determinada a partir de uma pesquisa na internet. Além do valor, os consumidores acompanham todo o processo produtivo: desde o tipo de alimentação das vacas, sem organismos geneticamente modificados, até a embalagem, onde letras garrafais indicam que "este leite paga ao seu produtor o preço justo". É um alento para o setor, que tem enfrentado uma crise decorrente da queda das cotações no mercado.

A partir do preço médio do litro do leite de 0,69 euros, cada escolha do internauta - como produção 100% francesa, período de pastagem, remuneração dos produtores e até a possibilidade de eles tirarem férias - aumenta ou diminui o valor do produto. Atualmente, o litro vendido pela marca custa 0,99 euros. Graças ao sucesso, já estão sendo planejados lançamentos futuros como manteiga, iogurte, ovos, purê de maçã, pêssegos, carne moída e presunto. (Zero Hora)

 

CNA PEDE APOIO AO MERCOSUL
Em um momento em que os principais líderes mundiais seguem atônitos com o discurso e atitudes protecionistas do primeiro mês de governo do presidente americano Donald Trump, a superintendente de relações internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Lígia Dutra Silva, mostrou que tem presença de espírito: em visita a Washington para debater segurança alimentar e o papel da Organização Mundial do Comércio (OMC), aproveitou a oportunidade e fez duras críticas à política de subsídios adotada no país. Durante a apresentação, pediu comércio internacionalmais justo e capaz de oferecer aos produtores brasileiros e do Mercosul os meios para alcançar novos mercados. No seminário, realizado pelo International Food Policy Research Institute (IFPRI), a representante da CNA citou especificamente a questão dos custeios agrícolas concedidos pelos Estados Unidos aos seus produtores, que têm alto poder de distorção ao comércio agrícola e prejudicam os produtores do bloco sul-americano - o apoio doméstico a agricultores é considerado um dos principais entraves das tratativas multilaterais. Apesar de não ter efeito prático, o gesto da dirigente é importante. Espera-se que o Brasil, como um dos grandes produtores mundiais de alimentos e dono de papel estratégico para garantia da segurança alimentar do mundo, seja o primeiro a se levantar e criticar o endurecimento de discursos protecionistas. Ainda mais quando vem do país que mais ganhou com acordos de livre comércio. (Zero Hora)
 
 

Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.449

 

Exportações de lácteos procuram manter o impulso de 2016

Exportações/EUA - Os Estados Unidos recuperaram a participação nas exportações no segundo semestre, mas os desafios precisam ser superados. Em volume, os exportadores norte-americanos de lácteos tiveram o melhor segundo semestre da história, em 2016. Dado os muitos desafios enfrentados pela indústria - competidores agressivos e câmbio desfavorável - foi um desempenho particularmente sólido. O volume dos produtos (leite em pó, soro de leite, lactose, queijo e manteiga) subiram 15% nos últimos seis meses, quanto compardos com a segunda metade de 2015. As 996.000 toneladas exportadas entre julho e dezembro foi o segundo maior volume embarcado, abaixo apenas do 1 milhão de toneladas vendidas no mesmo período de 2013.

 

O desempenho de muitos produtos atingiram recordes no segundo semestre (queijos +4%; NDM/SMP + 21%), mas o soro de leite foi a estrela. O carregamento de soro de leite cresceu 33% de julho a dezembro, com embarques recordes para a China. A tendências dos preços incentivou os aumentos. O soro de leite dos Estados Unidos (EUA) teve vantagem de preços em relação ao soro de leite da União Europeia (UE) durante quase todo o segundo semestre. Os preços da manteiga e dos queijos dos EUA, que estavam significativamente mais caros que os da UE e Oceania desde a primavera de 2015, ficaram mais competitivos a partir do outono, quandos os cotações internacionais das commodities lácteas começaram a recuperação.

 

Os números do segundo semestre sugerem que os EUA recuperaram parcela importate das exportações perdidas em 2015 e na primeira metade do último ano. Enquanto o volume com exportação dos principais produtos lácteos norte-americanos aumenta 15% de julho a dezembro, o volume da UE cai 1%, e o volume da Nova Zelândia subiu apenas 1%, em relação ao mesmo período do ano anterior. As perspectivas para que as exportações continuem ganhando volume são positivas. Os preços norte-americanos estão mais alinhados com o mercado mundial, e os EUA continua tendo o maior excedente de produtos exportáveis. No entanto, os mercados mundiais estão, atualmente, em uma pausa, depois do rápido aumento de preços verificado no segundo semestre de 2016. Os compradores diminuíram, particularmente aqueles importadores mais sensíveis aos preços. Os elevados estoques de leite em pó desnatado (SMP) na União Europeia (UE) (352.000 toneladas nos estoques de intervenção equivalem a 1,5% da produção anual de leite da UE) continuam como uma sombra sobre o mercado. Também o dólar valorizado, e os fracos preços do petróleo deprimem o poder de compra em todo o mundo. Por isso, os exportadores norte-americanos esperam pelo recuo das compras do México, de longe o nosso maior cliente. O relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) informa que devido às preocupações em relação a uma possível guerra comercial, os compradores mexicanos estão procurando novos fornecedores. Isto ficou evidente em uma recente compra de 15.000 toneladas de SMP da UE. Os exportadores norte-americanos terminaram 2016 com muita força, mas, 2017 inicia com um misto de otimismo e cautela. (Usdec - Tradução livre: Terra Viva)

 

 
Cooperativa Piá promove curso sobre reprodução bovina

Nos dias 21 e 22 de fevereiro, a Assistência Veterinária da Cooperativa Piá realizou o curso "Atualização em reprodução bovina com auxílio de ultrassom", em parceria com a Ourofino - Saúde Animal. Cerca de 12 profissionais que atuam diretamente na área de reprodução com uso de imagem da Piá participaram do evento, que foi ministrado pelo médico veterinário e doutor em reprodução bovina, Roney dos Santos Ramos. Curso contou com a participação de médicos veterinários da Piá. 

O objetivo da atividade foi promover a atualização dos conhecimentos dos participantes, visando qualificar, ainda mais, as visitas aos produtores de leite. "A intenção é sempre proporcionar uma melhor eficiência produtiva do rebanho dos associados e, com isso, otimizar a produção leiteira e consequentemente aumentar os rendimentos", destaca o presidente da Cooperativa, Gilberto Kny. O curso contou com uma parte teórica, que aconteceu na sede da empresa em Nova Petrópolis, e também com aula prática realizada na propriedade do produtor Eduardo Blauth, em Estância Velha. (Assessoria de Imprensa Piá)

 
 
Plano Nacional de Saúde Animal será finalizado neste ano

Um dos desafios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) neste ano é criar o Plano Nacional de Sanidade Animal, que terá medidas para avaliar serviços veterinários nos estados, intensificar emergências sanitárias e agilizar indenizações nos casos de sacrifício em rebanhos, além de atualizar os programas dessa área, segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA). O Plano prevê um comitê nacional de sanidade animal, consultivo e permanente, que será apoiado por grupos temáticos temporários para assessoramento.

A elaboração do plano foi tratada em reunião com representantes da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), além de representantes de entidades da bovinocultura, avicultura, suinocultura, caprino-ovinocultura, aquicultura e apicultura, na segunda-feira (20), quando também foi feita uma retrospectiva das atividades realizadas no ano passado.

Em 2017, será estruturado o Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (SISBRAVet). O sistema cuida da elaboração e organização das técnicas voltadas à vigilância das doenças dos animais, desde a prevenção, detecção até a contenção de focos. O SISBRAVet deverá ter também um aplicativo (e-Sisbravet) com módulos de atendimento a ocorrências zoosanitárias, gestão de programas sanitários e das emergências.

Livre de aftosa
Na bovinocultura, 2017 é o ano de buscar a condição de país livre de febre aftosa para, em 2018, ter esse status reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Marques lembrou que, na 44ª reunião da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) 2017, em Pirenópolis (GO), em abril, será discutida estratégia para a retirada gradual da vacinação contra a doença. O plano de contingência para febre aftosa e o manual de fiscalização da vacinação e venda de vacinas foram revisados em 2016 e serão publicados neste ano, como suporte às ações do programa. Foi apresentada ainda a perspectiva da abertura de comércio com 17 países para bovinos vivos de abate e para reprodução.

Para a suinocultura, o Mapa quer buscar condições à erradicação da peste suína clássica (PSC) no país e ampliação da zona livre da doença, que hoje já engloba 16 estados e 99% da suinocultura industrial. "É um projeto de governo previsto dentro do Plano Plurianual (PPA 2016-2019)", disse Guilherme Marques. E lembrou que o projeto é prioritário, pois o risco de contaminação da zona livre é permanente, já que focos foram registrados em estados do Norte e Nordeste anos atrás. Em estados dessas regiões, houve auditorias e treinamentos para identificar e debelar eventuais casos. Para 2017, o Mapa também vai começar a trabalhar na implantação do sistema de compartimentação de suínos para febre aftosa sem vacinação e para PSC.

"No setor avícola os controles serão intensificados e as cobranças serão mais duras em função do risco de ingresso da Influenza Aviária no país", comentou o diretor do DSA. Com esse objetivo, será implantado um programa de risco diferenciado para os estabelecimentos avícolas, levando em conta a condição sanitária e a continuidade do programa de certificação de compartimentos. Outra novidade será a certificação de quarentenas privadas, para que o setor privado realize quarentenas e triagem de aves importadas. Na área internacional, estão em negociação 27 acordos sanitários. (Mapa)

 
 
Santa Clara lança novas versões de queijos fatiados

A Santa Clara amplia a sua linha de produtos, lançando as embalagens de 400 gramas para os tradicionais queijos Lanche e Mussarela fatiados. Os queijos derretem facilmente e são ideais para pizzas, torradas, sanduíches e lanches em geral.

A linha de queijos fatiados da Santa Clara ainda conta com as seguintes versões: Mussarela fatiada 150 gramas e 1 kg, Mussarela Zero Lactose 150 gramas, Queijo Prato Lanche fatiado 150 gramas e 1 kg, Prato Light 150 gramas e o recém lançado Provolone 150 gramas. Os consumidores já podem encontrar as novidades nos mercados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 

Assembleia do Fundesa discute aplicação de recursos em fundo mundial
Conselheiros do Fundesa deliberaram na tarde de ontem sobre a aplicação dos recursos destinados ao Fundo Mundial da OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal). Em novembro, durante visita da diretora geral da OIE ao estado, o Fundesa anunciou a doação de US$ 80 mil para o fundo da entidade. O auditor fiscal federal agropecuário Bernardo Todeschini, explicou de que forma funciona o fundo e quais são as principais diretrizes de aplicação dos recursos. O Fundo Mundial da OIE é composto por doações dos países membros e é utilizado para executar programas de saúde animal em países que não têm condições de implementar medidas. A sugestão que será encaminhada pelo Fundesa será de trabalhar inicialmente temas ligados à febre aftosa no Brasil, começando pelo Rio Grande do Sul e arredores. (FUNDESA)
 

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.448

 

Leite/América do Sul

Na Argentina, nas duas últimas semanas, chuvas fortes atingiram as principais bacias leiteiras, incluindo áreas já anteriormente afetadas da província de Santa Fe. Como resultado, o volume de leite continua caindo, ocorrendo escassez de suprimentos para as necessidades da indústria. Com o reinício das aulas em poucas semanas, a demanda de engarrafadores deve aumentar rapidamente. A expectativa é de que a oferta ficará apertada em curto prazo. Com esta previsão, algumas indústrias estão se concentrando na produção de queijo, em vez de outros lácteos. No Uruguai, a produção está em queda principalmente em decorrência das elevadas temperaturas do verão e barro em muitas bacias leiteiras. Os componentes do leite também estão sazonalmente em queda. No entanto, o suprimento está compatível com a produção de queijo. Por outro lado, o volume de creme é insuficiente para manteiga e outros produtos à base de matéria gorda. De acordo com o Instituto Nacional do Leite (INALE), em dezembro.

O volume de leite enviado para as fábricas foi de 164,8 milhões de litros, 7,4% abaixo do mês anterior, e 4,6% menor do que o volume de um ano atrás. De janeiro a dezembro de 2016 as plataformas das indústrias receberam 1.773 milhões de litros de leite, representando queda de 10,2% em relação ao mesmo período de 2015. No Brasil, a produção de leite está sazonalmente baixa em muitas regiões em decorrência da instabilidade das condições climáticas. Os níveis de matéria gorda e proteína do leite estão baixos. Em consequência, a captação de leite e o fornecimento de manteiga são insuficientes para cobrir a forte demanda das fábricas. Ainda assim, os produtores de leite brasileiros estão concentrados em melhorar a produção doméstica para depender menos de importações. De fato, recentemente uma cooperativa brasileira ampliou sua capacidade de processar mais leite e creme. Os pedidos de leite engarrafado/UHT das instituições educacionais melhoraram, pois, a maioria das escolas estão refazendo os estoques depois das férias de verão. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

 
Leite/Europa

A produção de leite na Europa Ocidental nas primeiras semanas de janeiro foi menor do que a do mesmo período do ano passado, de acordo com muitas fontes. Isto foi especialmente observado na Alemanha, França, Reino Unido e Suécia. As temperaturas mais baixas em 2017 foram fatores significativos. O Parlamento da União Europeia votou a favor da aprovação do Tratado Comercial e Econômico com o Canadá (CETA). Isto significa, em linhas gerais, que a União Europeia (UE) libera ao Canadá acesso ilimitado ao mercado lácteo do bloco. Em troca, o Canadá eliminará determinadas tarifas sobre alguns produtos lácteos da UE, que por sua vez não terá acesso ilimitado ao mercado canadense, embora seja maior do que o acesso atual. O acordo entrará em vigor em abril de 2017, ou o mais rapidamente possível, desde que todas as etapas internas, de ambos os lados, tenham sido observadas e concluídas. 

O tratado é provisório. Isto significa que deve ser ratificado pelas autoridades e parlamentos nacionais e regionais, o que é esperado que ocorra. Para reduzir a poluição por fosfato e atender os requisitos da Comissão Europeia (CE), a Holanda apresentou um plano que significa reduzir em 100.000 o número de vacas do plantel do país. A CE agora aprovou e aceitou o plano. A CE decidiu encerrar o programa de armazenamento privado subsidiado de produtos lácteos no final de fevereiro. O programa teve como objetivo colocar em estoque produtos lácteos excedentes no mercado. Até o final de dezembro foram estocadas 151 milhões de libras, [68.495 toneladas], de leite em pó desnatado e 59 milhões de libras, [26.762 toneladas], de manteiga. A produção de leite na Rússia em dezembro de 2016 caiu 76% em relação à produção de novembro. A produção total de 2016 foi 0,24% menor do que a verificada em 2015, que tinha crescido 0,16% em relação à produção de 2014. O preço do leite ao produtor russo em dezembro subiu 1,76% quando comparado com o valor de novembro. Mas, a média anual dos preços do leite ao produtor em 2016 caiu 3,7% em relação à média de 2015. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
 
Uruguai: Conaprole financiará custos de reservas forrageiras aos produtores de leite

Nesta semana, a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) definirá um financiamento especial para os seus produtores voltado para compra dos insumos necessários para realizar reservas forrageiras, disse o diretor da Conaprole, José Alpuin.

Ele disse que é necessário aproveitar a boa colheita do milho para silagem, mas que isso exige um consumo significativo de combustível, algo que o produtor não está em condições econômicas de arcar no momento pela "asfixia financeira que lhe afeta".

Esses recursos que a Conaprole financiará em seis meses vai permitir que os produtores de leite levantem a colheita, já que para explorá-la como reservas para o outono e inverno, um custo significativo será exigido, disse Alpuin. 

Quanto aos mercados, observa-se que o Brasil continua sendo um dos mercados prioritários para o Uruguai, podendo gerar uma maior chance de exportações em breve (se for considerado que o abastecimento de produtos lácteos exportados da Argentina vai diminuir, afetado pelas enchentes, disse Alpuin).

Também é verdade que o Brasil está produzindo leite em bons níveis, mas é evidente que deixou em aberto essa possibilidade mencionada, disse o gerente. Ao Brasil é exportado principalmente leite em pó.

A Conaprole está exportando - como normalmente é feito - principalmente para mercados como o Brasil que, junto com Rússia, Argélia e Cuba são os principais em uma ampla gama de mais de 60 países, disse Alpuin. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 
Inesperadamente a Fonterra não alterou o preço do leite ao produtor
De acordo com a Lei de Reestruturação da Indústria de Laticínios da Nova Zelândia, a Fonterra precisa divulgar, trimestralmente, o preço do leite ao produtor. Ontem a cooperativa se limitou a confirmar a previsão anunciada em novembro de NZ$ 6,00/kgMS. Combinado com a bonificação por ação para 2017, que está prevista entre 50 e 60 centavos, o pagamento total aos produtores chegará ao final da temporada entre NZ$ 6,50 e NZ$ 6,60/kgMS. O presidente da Fonterra, John Wilson disse que a cooperativa está confiante de que esta previsão está em nível adequado, depois do aumento de 75 centavos ocorrido em novembro do ano passado. "As perspectivas globais permanecem positivas. Desde novembro, o mercado mundial das commodities lácteas encontra-se relativamente equilibrado e esperamos que os preços globais continuem nesse patamar, ou até aumente gradualmente na segunda metade da temporada - conforme a visão da maioria dos analistas globais", disse Wilson. A Fonterra também anunciou que irá aumentar a Taxa de Adiantamento Mensal para os agricultores. Em março a taxa será de NZ$ 4,85/kgMS. "A confiança no mercado global de lácteos nesta fase da temporada, combinada com a força de nossa Cooperativa, nos habilita a aumentar as Taxas de Adiantamento além do que normalmente faríamos nesta época do ano", acrescentou Wilson. O relatório da Fonterra de fevereiro diz que a coleta de leite da cooperativa na Nova Zelândia está dando sinais de recuperação. Inicialmente a expectativa é de que haveria queda de 7% nesta temporada. No entanto houve revaliação, e agora a projeção é de que a queda seja de 5% em relação à temporada passada. (Interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.447

 

 Conseleite/SC 

A queda de produção e a competição entre as indústrias pela matéria-prima estão repercutindo no preço pago aos produtores rurais pelo leite. Esse viés de alta já se manifestou em janeiro e tende a evoluir neste primeiro quadrimestre: o Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite), reunido nesta semana em Joaçaba, definiu 2,7% de aumento nos valores de referência.

Os valores para o mês de fevereiro ficaram projetados com aumento entre 2 e 3 centavos: Leite acima do padrão R$ 1,2742 o litro, leite padrão R$ 1,1080 e abaixo do padrão R$ 1,0073.
"Esse valor ainda não cobre os custos de produção, principalmente para os produtores que têm tecnologia e mão de obra mais avançadas, mas as expectativas são de que os preços pagos aos criadores de gado leiteiro aumentem gradativamente", observa o presidente do Conseleite e vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC), Adelar Maximiliano Zimmer.

Entretanto, como de praxe, o mercado de lácteos está praticando preço superior aos fixados pelo Conseleite em pelo menos dez centavos acima dos valores de referência. O dirigente observa que ocorreu queda na produção em decorrência da diminuição do número de animais nos planteis em 2016. Houve também baixa na produtividade em função da qualidade da nutrição. Esse quadro, porém, será revertido em face das boas expectativas da safra de grãos 2016/2017. "Com a produção de milho em alta ocorre uma queda no preço dos insumos o que diminuirá os custos de produção e, consequentemente, oportunizará uma melhor rentabilidade aos produtores".

O presidente do Conseleite salienta que a proximidade das estações mais amenas, como outono e inverno, é boa para a produção leiteira. "O período de inverno aumenta a produtividade. Os produtores se preparam com estoques de silagem e as demais regiões do Brasil não produzem leite nessa época o que é bom para Santa Catarina. Além disso, o consumo é maior nesse período, o que aquece o setor".

PRODUÇÃO
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,9 bilhões de litros ao ano. Praticamente todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 75% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 8,3 milhões de litros/dia. (Faesc)
 
 

 
Leilão GDT: Preços do leite em pó integral e desnatado saem da estabilidade para queda

O leilão GDT realizado dia 21/02, apresentou queda de 3,2%, fechando o preço médio dos lácteos a RS$3.474/ tonelada. O queijo cheddar apresentou um decréscimo mais expressivo do que o leilão anterior, de 5,3%, fechando a média em RS$3.590/tonelada. 

Os leites em pó (integral e desnatado) saíram da estabilidade e apresentaram quedas de 3,7% e 3,8%, respectivamente. A média final do leite em pó integral fechou a RS$3.189/tonelada, enquanto o desnatado fechou a RS$2.574/tonelada.

O volume de vendas dos produtos lácteos também continua caindo, sendo comercializadas 20.479 toneladas, valor 7% menor comparado ao mesmo período do ano de 2016. 

Para os próximos leilões GDT, os preços futuros apresentados na tabela acima demonstram valores menores dos que indicados no último leilão. No caso do leite em pó integral, a média já está sendo cotada a US$3.200/toneladas. (Milkpoint/GDT)


 
Fonterra revisa para cima expectativas de captação de leite para 2016/2017

A maior cooperativa de lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, revisou para cima sua previsão para captação de leite em 2016-17, apesar da recente seca. "No geral, as captações de leite na Nova Zelândia da Fonterra mostraram sinais de melhora após condições climáticas desfavoráveis ao longo dos meses de pico", disse a cooperativa.

A Fonterra revisou sua previsão para a estação de 2016-17, prevendo que as captações na Nova Zelândia cairiam 5% com relação ao ano anterior. Esta é uma revisão para cima da previsão anterior da Fonterra, de um declínio de 7%. Em janeiro, as captações de leite da Fonterra na Nova Zelândia caíram 1% com relação a ano anterior, uma melhora com relação ao início da estação. Durante o período de 1 de junho até o final de janeiro, as captações caíram 5%. "A revisão se baseia nas condições de seca na Ilha do Norte", disse Fonterra. A produção total de leite da Nova Zelândia, incluindo a dos produtores que não são membros da Fonterra, está sob pressão devido à seca.

"A produção total de leite em dezembro caiu 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior", disse a Fonterra. A produção total de leite de 2016 na Nova Zelândia caiu 2% com relação ao ano anterior. "O clima adverso, particularmente durante os meses de pico colocou pressão para baixo nos volumes". Mas os preços das propriedades leiteiras na Nova Zelândia continuam resilientes, apesar da seca. O Real Estate Institute da Nova Zelândia informou que os preços para as fazendas leiteiras, medidos em seu índice, subiram 5,2% nos três meses até janeiro de 2017 em comparação com os três meses até dezembro de 2016. Os preços subiram 8,6% com relação ao ano anterior. A produção na Austrália e Nova Zelândia também vêm caindo. Na Austrália, a produção de leite em novembro caiu 6% com relação ao ano anterior.

A produção da União Europeia (UE) diminuiu pelo sexto mês consecutivo, com novembro tendo queda de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado. A produção ao longo dos 12 meses até novembro cresceu 1% com relação ao ano anterior. Mas a produção nos EUA está indo contra a tendência de queda em outros lugares, com a produção em dezembro aumentando 2% com relação ao ano anterior. 

A Fonterra atribuiu o aumento da produção a "condições climáticas favoráveis e aos preços dos grãos". E o aumento da oferta está ajudando os EUA a conquistar participação de mercado, com as exportações de leite dos EUA subindo 27% com relação ao ano anterior em novembro. "As exportações dos EUA continuam a crescer com um sexto mês consecutivo de crescimento positivo", disse a Fonterra. "A força de exportação recente fora da Nova Zelândia e da UE parece estar se suavizando". (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 
Lácteos/NZ 
Um novo relatório confirma que a indústria de laticínios dá a maior contribuição à economia da Nova Zelândia, disse o Ministro da Indústria, Nathan Guy. "O setor lácteo contribuiu com 7,8 bilhões do PIB da Nova Zelândia e é o maior exportador, consta de um relatório. Isto é apenas um lembrete de como a indústria de laticínios é importante", disse o Ministro. O relatório "Contribuição Econômica do Comércio de Láteos para a Nova Zelândia" elaborado pela Associação das Indústrias de Laticínios da Nova Zelândia (DCANZ) foi divulgado hoje. "Mesmo sendo o segundo ano de dificuldades, até março de 2016 o setor tinha conseguido exportar NZ$ 13 bilhões. De acordo com o relatório, o setor emprega mais de 40.000 trabalhadores e as vagas no setor mais que dobraram desde o ano 2.000, obtendo crescimento médio anual de 3,7%. A indústria de laticínios é especialmente importante em algumas regiões. Representa 14,8% da economia da Ilha Sul, 11,5% da economia da Costa Oeste, e 10,9% da economia de Waikato. Como Governo estamos investindo NZ$ 89 milhões em parceria com a indústria, para ajudar a desenvolver novos produtos, reduzir o impacto ambiental, aumentar a produtividade no campo e melhorar a educação agrícola. A DairyNZ estima que os agricultores gastaram cerca de NZ$ 1 bilhão nos últimos cinco anos em sistemas de gestão ambiental, como tratamento de efluentes, barreiras e manejo de terras vulneráveis. Isto equivale a NZ$ 90.000 por fazenda de leite. O relatório também destaca a importância de liberalização do comércio. Um modelo projetado no relatório, calcula que se todas as tarifas globais dos produtos lácteos fossem eliminadas, aumentaria o PIB do país em NZ$ 1 bilhão. É por isso que aberturas e acessos a mercados continuam em pauta, e a na luta para quebrar barreiras é prioridade." (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)