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Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.447

 

 Conseleite/SC 

A queda de produção e a competição entre as indústrias pela matéria-prima estão repercutindo no preço pago aos produtores rurais pelo leite. Esse viés de alta já se manifestou em janeiro e tende a evoluir neste primeiro quadrimestre: o Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite), reunido nesta semana em Joaçaba, definiu 2,7% de aumento nos valores de referência.

Os valores para o mês de fevereiro ficaram projetados com aumento entre 2 e 3 centavos: Leite acima do padrão R$ 1,2742 o litro, leite padrão R$ 1,1080 e abaixo do padrão R$ 1,0073.
"Esse valor ainda não cobre os custos de produção, principalmente para os produtores que têm tecnologia e mão de obra mais avançadas, mas as expectativas são de que os preços pagos aos criadores de gado leiteiro aumentem gradativamente", observa o presidente do Conseleite e vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC), Adelar Maximiliano Zimmer.

Entretanto, como de praxe, o mercado de lácteos está praticando preço superior aos fixados pelo Conseleite em pelo menos dez centavos acima dos valores de referência. O dirigente observa que ocorreu queda na produção em decorrência da diminuição do número de animais nos planteis em 2016. Houve também baixa na produtividade em função da qualidade da nutrição. Esse quadro, porém, será revertido em face das boas expectativas da safra de grãos 2016/2017. "Com a produção de milho em alta ocorre uma queda no preço dos insumos o que diminuirá os custos de produção e, consequentemente, oportunizará uma melhor rentabilidade aos produtores".

O presidente do Conseleite salienta que a proximidade das estações mais amenas, como outono e inverno, é boa para a produção leiteira. "O período de inverno aumenta a produtividade. Os produtores se preparam com estoques de silagem e as demais regiões do Brasil não produzem leite nessa época o que é bom para Santa Catarina. Além disso, o consumo é maior nesse período, o que aquece o setor".

PRODUÇÃO
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,9 bilhões de litros ao ano. Praticamente todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 75% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 8,3 milhões de litros/dia. (Faesc)
 
 

 
Leilão GDT: Preços do leite em pó integral e desnatado saem da estabilidade para queda

O leilão GDT realizado dia 21/02, apresentou queda de 3,2%, fechando o preço médio dos lácteos a RS$3.474/ tonelada. O queijo cheddar apresentou um decréscimo mais expressivo do que o leilão anterior, de 5,3%, fechando a média em RS$3.590/tonelada. 

Os leites em pó (integral e desnatado) saíram da estabilidade e apresentaram quedas de 3,7% e 3,8%, respectivamente. A média final do leite em pó integral fechou a RS$3.189/tonelada, enquanto o desnatado fechou a RS$2.574/tonelada.

O volume de vendas dos produtos lácteos também continua caindo, sendo comercializadas 20.479 toneladas, valor 7% menor comparado ao mesmo período do ano de 2016. 

Para os próximos leilões GDT, os preços futuros apresentados na tabela acima demonstram valores menores dos que indicados no último leilão. No caso do leite em pó integral, a média já está sendo cotada a US$3.200/toneladas. (Milkpoint/GDT)


 
Fonterra revisa para cima expectativas de captação de leite para 2016/2017

A maior cooperativa de lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, revisou para cima sua previsão para captação de leite em 2016-17, apesar da recente seca. "No geral, as captações de leite na Nova Zelândia da Fonterra mostraram sinais de melhora após condições climáticas desfavoráveis ao longo dos meses de pico", disse a cooperativa.

A Fonterra revisou sua previsão para a estação de 2016-17, prevendo que as captações na Nova Zelândia cairiam 5% com relação ao ano anterior. Esta é uma revisão para cima da previsão anterior da Fonterra, de um declínio de 7%. Em janeiro, as captações de leite da Fonterra na Nova Zelândia caíram 1% com relação a ano anterior, uma melhora com relação ao início da estação. Durante o período de 1 de junho até o final de janeiro, as captações caíram 5%. "A revisão se baseia nas condições de seca na Ilha do Norte", disse Fonterra. A produção total de leite da Nova Zelândia, incluindo a dos produtores que não são membros da Fonterra, está sob pressão devido à seca.

"A produção total de leite em dezembro caiu 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior", disse a Fonterra. A produção total de leite de 2016 na Nova Zelândia caiu 2% com relação ao ano anterior. "O clima adverso, particularmente durante os meses de pico colocou pressão para baixo nos volumes". Mas os preços das propriedades leiteiras na Nova Zelândia continuam resilientes, apesar da seca. O Real Estate Institute da Nova Zelândia informou que os preços para as fazendas leiteiras, medidos em seu índice, subiram 5,2% nos três meses até janeiro de 2017 em comparação com os três meses até dezembro de 2016. Os preços subiram 8,6% com relação ao ano anterior. A produção na Austrália e Nova Zelândia também vêm caindo. Na Austrália, a produção de leite em novembro caiu 6% com relação ao ano anterior.

A produção da União Europeia (UE) diminuiu pelo sexto mês consecutivo, com novembro tendo queda de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado. A produção ao longo dos 12 meses até novembro cresceu 1% com relação ao ano anterior. Mas a produção nos EUA está indo contra a tendência de queda em outros lugares, com a produção em dezembro aumentando 2% com relação ao ano anterior. 

A Fonterra atribuiu o aumento da produção a "condições climáticas favoráveis e aos preços dos grãos". E o aumento da oferta está ajudando os EUA a conquistar participação de mercado, com as exportações de leite dos EUA subindo 27% com relação ao ano anterior em novembro. "As exportações dos EUA continuam a crescer com um sexto mês consecutivo de crescimento positivo", disse a Fonterra. "A força de exportação recente fora da Nova Zelândia e da UE parece estar se suavizando". (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 
Lácteos/NZ 
Um novo relatório confirma que a indústria de laticínios dá a maior contribuição à economia da Nova Zelândia, disse o Ministro da Indústria, Nathan Guy. "O setor lácteo contribuiu com 7,8 bilhões do PIB da Nova Zelândia e é o maior exportador, consta de um relatório. Isto é apenas um lembrete de como a indústria de laticínios é importante", disse o Ministro. O relatório "Contribuição Econômica do Comércio de Láteos para a Nova Zelândia" elaborado pela Associação das Indústrias de Laticínios da Nova Zelândia (DCANZ) foi divulgado hoje. "Mesmo sendo o segundo ano de dificuldades, até março de 2016 o setor tinha conseguido exportar NZ$ 13 bilhões. De acordo com o relatório, o setor emprega mais de 40.000 trabalhadores e as vagas no setor mais que dobraram desde o ano 2.000, obtendo crescimento médio anual de 3,7%. A indústria de laticínios é especialmente importante em algumas regiões. Representa 14,8% da economia da Ilha Sul, 11,5% da economia da Costa Oeste, e 10,9% da economia de Waikato. Como Governo estamos investindo NZ$ 89 milhões em parceria com a indústria, para ajudar a desenvolver novos produtos, reduzir o impacto ambiental, aumentar a produtividade no campo e melhorar a educação agrícola. A DairyNZ estima que os agricultores gastaram cerca de NZ$ 1 bilhão nos últimos cinco anos em sistemas de gestão ambiental, como tratamento de efluentes, barreiras e manejo de terras vulneráveis. Isto equivale a NZ$ 90.000 por fazenda de leite. O relatório também destaca a importância de liberalização do comércio. Um modelo projetado no relatório, calcula que se todas as tarifas globais dos produtos lácteos fossem eliminadas, aumentaria o PIB do país em NZ$ 1 bilhão. É por isso que aberturas e acessos a mercados continuam em pauta, e a na luta para quebrar barreiras é prioridade." (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.446

 

  Conseleite indica retomada do preço do leite em fevereiro

O preço de referência do leite deve ter recuperação no mês de fevereiro no Rio Grande do Sul. Dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (21/2), na sede da Farsul, indicam alta de 6,27%, levando em conta um valor projetado de R$ 1,0034 frente ao preço de R$ 0,9442 consolidado em janeiro de 2017. O resultado vem depois de seis meses de queda no valor padrão apurado. Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, o preço de referência do leite volta à casa de R$ 1,00 puxado para alta do leite UHT (6,15%) e do leite em pó (9%). "O preço de referência é um sinalizador, mostra o comportamento do leite regido pelo mercado", justifica.

O presidente do Conseleite e Sindilat, Alexandre Guerra, explicou que o preço de referência não é um valor acabado. "As empresas geralmente pagam bonificações por qualidade e por quantidade, valores que não estão retratados nos números do Conseleite, que devem ser vistos apenas como balizadores", ponderou, lembrando das dificuldades de remuneração vividas tanto pelos produtos quanto pelas indústrias. Segundo ele, as indústrias estão pagando mais do que podem pelo produto no campo na tentativa de manter abastecimento.

O tesoureiro do Conseleite e diretor da Farsul, Jorge Rodrigues, diz que o resultado deste mês dá otimismo aos produtores, uma vez que já traz sinais de recuperação de consumo, tradicionalmente esperada para o mês de março com volta às aulas e fim da temporada de veraneio. Contudo, a evolução da receita da atividade no campo foi salientada pelos produtores que reclamam dos altos custos. Rodrigues argumentou que a produção leiteira tem perdido espaço para a soja, que oferece maior rentabilidade. Além disso, a falta de mão de obra para operacionalizar a atividade leiteira também é um dos agravantes desse cenário.
 


IMPACTO DO CALOR - Durante reunião do Conseleite, o assessor da Fetag Márcio Langer levantou o problema vivido nos últimos dias nos tambos com as altas temperaturas e o impacto na qualidade do leite. O calor de mais de 36°C tem afetado direto a produção, uma vez que eleva a acidez das cargas, o que, muitas vezes, obriga rejeição por parte da indústria. Segundo o setor, é preciso ajuste nos padrões do Riispoa para garantir o aproveitamento em casos esporádicos. Foi definido que um ofício do Conseleite será enviado ao Ministério da Agricultura pedindo revisão da questão. A pauta também será apresentada na próxima reunião da Aliança Láctea, que reúne os três estados do Sul, no dia 17 de março. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Jorge Rodrigues e Alexandre Guerra
Foto: Carolina Jardine
 

 
Laticínios criam grupo para debater rotulagem de lactose

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) criou grupo técnico para debater detalhes das resoluções RDC 135/2017 e RDC 136/2017, que alteram a rotulagem de produtos em relação à lactose. A decisão foi tomada em reunião na tarde desta terça-feira (21/2) na sede do Sindilat durante encontro mensal de indústrias associadas. As empresas têm 24 meses para atender às normas. A primeira reunião do grupo deve ocorrer no dia 14 de março, em Porto Alegre. Cada empresa deve indicar um participante para os debates tributários e de qualidade.

Durante o encontro, as empresas também avaliaram a tramitação do PL 214, que revisa incentivos fiscais para as empresas, na Assembleia Legislativa. "Estamos acompanhando o assunto. Não há margem para revisão", reforçou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.  A diretoria também comunicou aos associados que haverá reunião da Câmara Técnica do Conseleite no dia 21 de março, em Passso Fundo. No encontro, a ideia é avaliar a formação dos preços do leite e custos de produção. Guerra convidou os presentes a integrarem-se ao debate.

Lei do Leite - Palharini ainda informou que o Sindilat já encaminhou à Secretaria da Agricultura (Seapi) ajustes a serem realizados na Instrução Normativa (IN) 13, que normatiza a Lei do Leite. Os apontamentos surgiram após reunião com a técnica da Seapi Karla Oliz e associados neste mês de fevereiro. "A lei foi exaustivamente trabalhada pelo setor com apoio do Sindilat. Agora estamos na fase de ajustes finais", completou a consultora Letícia Cappiello.  

Reunido com as empresas, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, disse estar aberto aos ajustes necessários no texto para que a Lei do Leite contribua para o avanço do setor como um todo. Ele ainda informou que o Estado estuda um modelo delegado de inspeção, que autorize profissionais homologados a exercerem atividades hoje exclusivas de servidores.  "O poder público ficaria focado na defesa e fiscalização", pontuou Polo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Secretário Ernani Polo apresenta projeto da Fenasul a laticínios

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, esteve reunido, na tarde desta terça-feira (21/1), com laticínios gaúchos para angariar apoio para a realização da Expoleite/Fenasul, em Esteio.  A ideia é promover um evento gastronômico com apoio do setor laticinista para estimular o consumo e mostrar as potencialidades do produto de forma a movimentar a agenda da Fenasul.  

As empresas associadas ao Sindilat mostraram-se interessadas em colaborar com projeto. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, deve apresentar, nos próximos dias, um estudo sobre a viabilidade de adesão do sindicato e de um modelo atrativo para empresas e consumidores. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Casa Civil vai solicitar ao Governo prorrogação da NF-E
Entidades que representam os produtores rurais e a indústria de leite, aves, suínos e bovinos reuniram-se nesta segunda-feira (20/2) à tarde, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, com parlamentares e representantes do governo do Estado para tratar sobre a implantação da nota fiscal eletrônica (NF-e) no campo. O prazo para a medida entrar em vigor é 1º de abril deste ano. Após a manifestação dos dirigentes do Sindilat, Asgav, Sips, Sicadergs e Fetag, o subchefe da Casa Civil, Cesar Marsillac, se comprometeu de sugerir ao governador do Estado, José Ivo Sartori, a prorrogação do prazo e a criação de grupos de trabalho para tratar das peculiaridades de cada uma das cadeias produtivas. Marsillac garantiu que o setor será informado sobre uma definição até sexta-feira.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou que para os produtores de leite é inviável emitir a NF-e já que as coletas nas propriedades são diárias. O principal motivo é a falta de sinal de Internet no meio rural. O fato de que na nota fiscal usual não consta o valor do produto - o preço é definido sempre no mês seguinte à entrega, quando são feitos os pagamentos - é outro agravante. O pleito da entidade é que os produtores de leite sejam dispensados da emissão da NF-e e que possa ser utilizada a nota fiscal de entrada que hoje é feita sempre no final de cada mês pela indústria. Marsillac ficou de agendar uma reunião somente com representantes do setor lácteo para tratar das especificidades do setor lácteo.

 
A sugestão do presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, é que a NF-e seja facultativa pois os produtores que tiverem condições de adotar o novo sistema certamente vão aderir. O deputado Elton Weber sugere que os grupos de trabalho a serem criados façam reuniões mensais para discutir as dificuldades, definir os ajustes necessários e encaminhar uma solução. Também participaram da reunião o secretário da Agricultura, Ernani Polo, e representantes da Secretaria da Fazenda. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 
Conaprole
A Conaprole avaliará até o final do mês e em março, se está em condições de aumentar o preço do leite ao produtor. "Estamos conscientes das necessidades dos produtores. O trabalho agora é saber se podemos pagar", explicou o diretor da cooperativa, José Alpuin. Em médias os produtores receberam em janeiro 9,15 pesos/litro, ou US$ 0,32/litro). Um grupo importante dos associados da Conaprole utilizou os recursos que a cooperativa liberou do "Fundo de Retiro", que serviu para cobrir os passivos urgentes, mas, que são insuficientes para enfrentar os custos dos próximos meses. A conjuntura do mercado internacional dos lácteos parece haver alcançado certa estabilidade nos preços, e, tudo indica que não "vão crescer muito como em outras oportunidades", explicou. No início de 2017 a Conaprole conseguiu diversificar suas exportações de leite em pó para mercados como Rússia e Argélia, que se somaram ao predomínio que vinha mostrando o Brasil.  (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.445

 

  Leite/Oceania 

A Austrália se aproxima do final do verão. Nesta semana houve queda de temperatura. É um lembrete de que o fim da estação está próximo. A produção de leite continua firme e a matéria gorda promete bons retornos. 

Depois de atender à demanda doméstica de leite, as indústrias optam por produzir manteiga. As exportações totais de produtos lácteos da Austrália, entre julho e dezembro de 2016 atingiram 400.607 toneladas, 2,8% acima do volume exportado no mesmo período de 2015, de acordo com dados da Dairy Australia. Em valores, houve crescimento de 2,2% quando comparados com o ano anterior. Na Nova Zelândia a oferta apertada de matéria gorda é uma realidade.

 

Muitas indústrias estão conseguindo preços melhores para a manteiga. Depois de um início de ano com preços relativamente estáveis, esta semana mostraram mais firmes para a manteiga, leite em pó desnatado, leite em pó integral e o queijo cheddar. No leilão de 7 de fevereiro, GDT 181, os preços médios variaram de 7,5% a 12,4% a mais em relação ao anterior. A média geral de todos os contratos e as alterações percentuais foram: manteiga anidra, US$5.765 (+4.0%); manteiga, US$4.593 (+4.9%); manteiga em pó, US$2.245 (-7.5%); queijo cheddar, US$3.798 (+0.1%); lactose, US$910 (+12.4%); rennet caseina, $6.445 (-0.4%); leite em pó desnatado, US$2.608, (+0.1); e leite em pó integral, US$3.314 (+1.0%). (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
  

 
 

 
GOVERNO FEDERAL SIMPLIFICA NORMAS PARA AGROINDÚSTRIAS

O Ministério da Agricultura reduziu as exigências de equipamentos e de instalações que orientam a produção de laticínios, ovos e mel de pequenos negócios. Publicada na quarta-feira, a instrução normativa é voltada para estabelecimentos de até 250 metros quadrados.

No caso da utilização de leite proveniente somente da produção própria, por exemplo, é dispensado o laboratório. As instalações também podem ser anexadas à residência, desde que tenham acessos independentes e não precisam ter uma sede para o Serviço de Inspeção. Mas as propriedades devem manter cuidados relativos à temperatura e tempo de cozimento e de resfriamento. (Zero Hora)

DADOS PARCIAIS DO MILKPOINT RADAR INDICAM ALTA NOS PREÇOS PAGOS EM FEVEREIRO

Dados parciais do MilkPoint Radar, atualizados até o dia 19 de janeiro, apontam para um aumento nos preços líquidos recebidos pelos produtores, considerando os participantes que inseriram seus dados nos últimos 2 meses.

Os dados parciais dos produtores em análise, referentes ao pagamento de fevereiro (com fornecimento de leite em janeiro) apontam um preço líquido médio de R$1,4537/litro neste mês, de cerca de 2 centavos maior do que o de janeiro por estes mesmos produtores. É importante lembrar que este valor é ponderado pelo volume de cada produtor.  Sem esta ponderação, o valor médio recebido pelos produtores sobe para R$1,3320 em fevereiro, cerca de 4 centavos mais alto do que o divulgado no mês anterior (de R$1,2928).

A amostra em questão, dos produtores que inseriram seus dados em janeiro e fevereiro, corresponde a um valor de 231 dados, 76% do total de valores inseridos no aplicativo até agora. 

Até o momento, o mercado apresenta uma tendência de alta para os preços em todas as faixas de produção, com variações entre 2 centavos (produtores de 500 a 1.000 e de 3.000 a 6.000) e 6 centavos (Abaixo de 500 litros/dia). Os produtores com maior volume continuam a ganhar mais em média pelo litro de leite. Até o momento, produtores com volume acima de 6.000 litros por dia receberam 35 centavos a mais do que produtores abaixo de 250 litros/dia.

Gráfico 1 - Preços líquidos de leite por faixa de produção (janeiro x dados parciais de fevereiro). 

 
*Dados parciais, apenas de produtores que inseriram seus dados em janeiro e fevereiro, atualizados até o dia 19/01. Fonte: MilkPoint Radar

Quanto ao volume total da amostra, os dados destes produtores apontam uma produção total de 455.443 litros/dia, cerca de 85% do volume total do aplicativo neste mês, com média de 1.972 litros por produtor.

Em relação à evolução da oferta, analisando dados de produtores que inseriram informações no aplicativo, neste mês e no anterior, podemos verificar, até o momento, uma tendência de queda, com variação de -5,7%. 

É importante ressaltar também a representatividade de cada estado na amostra em análise. É importante ressaltar também a representatividade de cada estado na amostra em análise. O estado com mais contribuições é Minas Gerais, com 28,6% dos dados inseridos, seguido de Paraná (13,9%) e São Paulo (13,9%). Outros estados com representatividade significativa foram Rio Grande do Sul (10,4%), Goiás (9,5%) e Santa Catarina (9,5%). A soma dos demais estados foi 14,2%. Estas informações podem ser analisadas a partir do gráfico abaixo.

Gráfico 2 - Representatividade de cada estado no relatório parcial de fevereiro (considerando produtores que inseriram dados neste mês e no mês anterior). 

 
*Dados parciais, apenas de produtores que inseriram seus dados em janeiro e fevereiro atualizados até o dia 19/01. Fonte: MilkPoint Radar

Sobre o Radar:

O MilkPoint Radar é um sistema gratuito de compartilhamento de informações entre produtores de leite, desenvolvido pela AgriPoint. Nele, os produtores inserem mensalmente dados relativos ao volume, preço e qualidade do leite e tem acesso a relatórios comparativos de sua região e estado.
 
*É importante ressaltar que os dados parciais do MilkPoint Radar, aqui apresentados, ainda não foram revisados, nem consolidados, ou seja, nem todas as informações contidas neste relatório foram checadas e confirmadas como válidas para o resultado final e consolidado. Assim, qualquer informação ou valor aqui apresentado é passível de alteração a qualquer momento, com exclusão e inclusão de novos dados no sistema. Os valores consolidados do leite pago em fevereiro (e entregue em janeiro) serão divulgados no início de março. (Milkpoint)
 
 
Desempregados

Com a taxa de desemprego em alta e sem perspectivas de melhora para os próximos meses, sete em cada dez brasileiros desempregados estão dispostos a ganhar menos do que no último trabalho, mostra pesquisa inédita feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As principais justificativas para aceitar um salário menor são a necessidade de pagar as despesas e de voltar ao mercado de trabalho.
A maioria dos que topariam uma remuneração inferior é formada por homens e pessoas que fazem parte das classes C, D e E.

Entre os se recusam a receber menos, que são principalmente mulheres e pessoas que pertencem às classes A e B, argumenta-se que ganhar um salário menor significaria um retrocesso na carreira profissional. Eles afirmam também que, uma vez dado esse passo para trás, dificilmente conseguiriam voltar à remuneração anterior. Mesmo com a maioria aceitando salários menores, as oportunidades que aparecem são poucas. Segundo a pesquisa, 60% não estão sendo chamados para entrevistas.

Com a baixa oferta de vagas, existe uma parcela de 5,8% que desistiu de procurar trabalho e agora está apenas à espera de uma chance. Outros 14,2% recorrem a fontes alternativas de renda, enquanto não acham um trabalho formal. Os 80% restantes ainda procuram um emprego. "A questão não passa apenas pela qualificação, e sim pela fragilidade atual da economia brasileira, que não oferece as condições necessárias para que sejam criados novos empregos", afirma Roque Pellizzaro, presidente do SPC Brasil.

MELHORA APENAS APÓS JUNHO
De acordo com Pellizzaro, em 2017, a expectativa é de um cenário econômico melhor do que em 2016. No entanto, a recuperação deve se tornar mais sólida apenas no segundo semestre. O levantamento aponta também que metade dos desempregados está nesta condição por um período de até seis meses. A média do período sem trabalho é ainda maior, de 12,2 meses, ou um pouco mais de um ano. E, entre os que foram demitidos, nove em cada dez alegaram motivos externos, como a crise econômica ou a necessidade da empresa de cortar custos. A pesquisa, que entrevistou pessoalmente 600 brasileiros desempregados acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais, destaca que a maioria dos desempregados hoje é formada por mulheres (58%), pessoas que fazem parte das classes C, D e E (89%), possuem filhos (56%) e têm o ensino médio completo (65%). A idade média é de 36 anos. (Fonte: Diário do Comércio/SP )

 
 

 
Alta do preço do leite no mercado spot
Os preços do leite spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, subiram na primeira quinzena de fevereiro. Desde dezembro de 2016 as cotações estão em alta e corroboram com o cenário de produção de leite em queda nas principais regiões produtoras do país. egundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o preço médio está em R$1,375 por litro, posto na plataforma, com negócios em até R$1,50 por litro. Em Minas Gerais e Goiás, os negócios ocorrem em R$1,353 e R$1,345 por litro, respectivamente. Em curto prazo, a expectativa é de mercado firme e alta de preços do leite no mercado spot. (Scot Consultoria)
 

Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.444

 

Ernani Polo é o novo presidente do Conseagri 

Pela primeira vez, o Rio Grande do Sul assume a presidência do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri). O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, foi eleito o presidente em reunião que ocorreu nesta quinta-feira (16/02), na sede da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. O vice-presidente eleito é o secretário de Agricultura da Paraíba, Rômulo Montenegro. José Guilherme Leal, secretário da agricultura do Distrito Federal, assumiu como secretário do conselho. 

Polo salientou a importância do Conseagri no âmbito social e econômico. "Já temos algumas demandas que levaremos ao Ministério da Agricultura. A prioridade é trabalharmos no Plano Safra, reivindicando a redução da taxa de juros", afirmou, citando a queda da taxa Selic e redução da inflação, para que o setor tenha competitividade. Ele citou, também, a proposta para que o Plano Safra seja plurianual, a fim de se ter um planejamento a médio prazo, assim como a ampliação do seguro rural, fundamental para o apoio aos produtores.

Também foram eleitas diretorias regionais. Da região Sul, fica à frente o secretário Moacir Sopelsa, de Santa Catarina; do Sudeste, Octaciano Neto, do Espírito Santo; do Centro Oeste, José Guilherme, do Distrito Federal; do Norte, Clemente Barros, do Tocantins; do Nordeste, Guilherme Saldanha, secretário do Rio Grande do Norte. O Conseagri é uma unidade colegiada deliberativa que reúne todos os secretários estaduais de Agricultura. Seu objetivo é unificar procedimentos adotados pelos estados e, junto ao governo federal, tratar de assuntos relacionados às demandas do setor agropecuário e agrário do país. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Jair Mello, da CCGL: "mobilizamos 50 técnicos para participar do Interleite Sul 2017"

Conhecer o que os produtores vêm fazendo para obter resultados técnicos e econômicos satisfatórios na produção leiteira. Esse é o objetivo do Interleite Sul 2017, que será realizado nos dias 17 e 18 de maio em Chapecó/SC. Chegando na sua 7ª edição, o evento terá como parceiro realizador Wagner Beskow, pesquisador, consultor e sócio-diretor da Transpondo - empresa de pesquisa, treinamento e consultoria agropecuária, especializada na busca de soluções para os desafios da cadeia produtiva do leite como um todo.

Jair da Silva Mello - CCGL - Interleite Sul 2017 A Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) mobilizou 50 técnicos para participar do evento este ano. Segundo Jair da Silva Mello, Gerente de Suprimento de Leite da CCGL, desde 2007 a cooperativa leva uma delegação ao Interleite. "A publicação da data e temática do Interleite Sul gera sempre uma grande expectativa para os técnicos da CCGL e das cooperativas associadas. Estamos passando por um momento imprescindível para a busca de conhecimento e teremos a oportunidade de estar junto de palestrantes de alto gabarito e também, aproveitar para renovar a rede de contatos com empresas e profissionais da pecuária de leite".

De acordo com Jair, a AgriPoint tem expertise na realização de eventos e consegue trazer temas e discussões ajustadas para a região Sul. "Nesta edição de 2017, ainda há um adendo importante, que é a parceria com a Transpondo Consultoria por meio do Wagner Beskow, profissional que conhece como poucos a realidade e o potencial da região Sul. Não resta dúvidas, será um sucesso". Para ele, quem já participou de algum Interleite anterior, com certeza retornará este ano. "Quem nunca foi ao Interleite Sul, deve se programar, agendar a data e participar, pois, se o profissional da área do leite quer se qualificar e se atualizar, não pode perder um evento dessa grandeza", completou. 

Aproveite a oportunidade para interagir com profissionais do setor, ampliar a rede de contatos, fazer negócios e sair da rotina. Volte para casa com uma visão diferenciada, novas ideias e soluções reais para implementar em seu negócio. Vamos juntos fazer o futuro da pecuária leiteira da região Sul ainda mais produtiva! Confira a programação completa do evento: http://www.interleite.com.br/sul/. (Milkpoint)

 
 
No primeiro mês do ano as exportações de derivados de soro de leite cresceram 18%

No mês passado foram declaradas vendas externas de 5.210 toneladas de derivados de soro de leite, pelo valor FOB de US$ 6,21 milhões. Aumento em volume de 6,4% em relação a janeiro de 2016, mas, crescimento de 18,3% em divisas. Esse crescimento foi possível pela maior exportação de produtos com alto valor agregado a partir do estímulo - vigente desde o começo deste ano - de restituição de 5% sobre o valor FOB das exportações de produtos derivados de soro de leite. O preço médio de exportação registrado em janeiro passado foi de US$ 1.192/tonelada, um cifra 11% superior à do mesmo mês de 2016, graças à colocação de produtos mais elaborados do soro de leite (que é um subproduto da elaboração de queijos). No segmento mais baixo da linha de derivados fica o permeado de soro de leite (que contém fundamentalmente lactose e sais minerais) que é vendido, em valores atuais, a US$ 680-700/tonelada. Logo a seguir vem o soro doce (11-12% de proteína, e cerca de 10% de sais minerais), seguindo pelo lactosoro desmineralizado em 40%, ou D40 (mesmo nível de proteína do anterior, mas com 6% de sais minerais). 

 
Depois o ranking é ocupado pelo D90 (menos de 1% de sais, com 11-12% de proteína), que pode ser substituto do leite em pó em diversos processos da indústria alimentícia. Depois surgem as proteínas concentradas do soro (WPC usa sigla em inglês), cujo valor comercial depende do nível proteico (por exemplo: 40%, 60%, ou 80%). O posto seguinte é ocupado pela proteína isolada de soro (WPI, sua sigla em inglês), que contém um nível proteico superior a 90%. Um percentual menor das vendas de derivados corresponde a proteínas lácteas funcionais elaboradas para atender necessidades específicas de alguns clientes. Um exemplo: no mês passado a Arla Foods Ingredientes Argentina (sociedade integrada pela dinamarquesa Arla Foods e SanCor) declarou venda dos produtos Nutrilac BE 3250 por US$ 3.708/tonelada, Nutrilac CH 4560 por US$ 5.200 e US$ 5.050/tonelada, Nutrilac YO 770 por US$ 7.200/tonelada e Nutrilac YO 5015 por US$ 7.580/tonelada. Ver planilha [28% do volume dos produtos de soro de leite exportados pela Argentina no mês de janeiro de 2017 vieram para o Brasil, e foram responsáveis por 29% das divisas obtidas com estes produtos pelo país vizinho. Em janeiro de 2016 os percentuais foram de 17% e 18%, respectivamente. Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, houve crescimento de 70% e 87% das compras brasileiras, em volumes e valores, respectivamente. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Languiru é referência mundial no manuseio de máquina de envase da Tetra Pak


 
Gerente de negócio da Indústria de Laticínios da Languiru, Lauri Reinheimer (e) e vice-presidente Renato Kreimeier (c) receberam placa do diretor comercial da Tetra Pak, Cláudio Righi. Créditos foto: - Éderson Moisés Käfer e Leandro Augusto Hamester

A Cooperativa Languiru foi reconhecida pela Tetra Pak como a melhor do mundo em eficiência na operação da máquina de envase de leite UHT da multinacional, na linha A3/Flex TBA 1000 Mid Flexicap, além de figurar entre as cinco empresas com menor índice de perda de embalagem no manuseio da máquina em nível global no ano de 2016. Colaboradores, equipe técnica de operação e manutenção da máquina, gerência e direção da Languiru receberam placa da Tetra Pak durante evento realizado na Associação dos Funcionários da Languiru no dia 07 de fevereiro. Em termos de eficiência, a Indústria de Laticínios da Languiru obteve percentual de 98,07%, com perda de embalagem que equivale a apenas 0,69%. "Esses são resultados de excelência global, frutos do trabalho na gestão de operação e manutenção. O patamar de eficiência alcançado pela Languiru é o melhor do mundo para essa linha de equipamentos, e o nível de perdas figura entre os cinco melhores resultados em nível global. Acreditamos na parceria de longa vida com esse time", destacou o diretor comercial da Tetra Pak, Cláudio Righi, responsável pela Região Sul.

Para Righi, este desempenho é motivo de orgulho. "O que a Languiru conseguiu atingir é fabuloso. Aliás, os índices de eficiência e de perdas da Indústria de Laticínios da Languiru sempre chamaram a atenção da Tetra Pak. Ao analisarmos os indicadores, concluímos que a cooperativa contava com os melhores números nacionais, e num comparativo com outras linhas similares no mundo, não foi surpresa ao percebermos que a Languiru operava a linha com a melhor eficiência nesse formato no mundo. O que faz a diferença e coloca a cooperativa nesse patamar são, de fato, as pessoas, que como ninguém conseguem tirar tanta produtividade desta linha da Tetra Pak. A máquina roda sozinha porque vocês a operam com alta performance", parabenizou o diretor comercial, se dizendo orgulhoso em poder integrar este "time da Languiru".

O gerente técnico da Tetra Pak, José Carlos Garcia Júnior, igualmente enalteceu o alto desempenho da equipe Languiru. "Máquina, manutenção, qualidade e pessoas. A união desses fatores são os ingredientes que nos permitiram chegar a este patamar, sendo a melhor do mundo em performance. As pessoas são os pilotos deste equipamento e o desempenho é fruto do trabalho em equipe", afirmou, apresentando dados comparativos e elogiando o trabalho de governança "responsável pelo baixíssimo nível de desperdício". Entre as ações futuras da parceria entre Languiru e Tetra Pak, Garcia destacou a manutenção do crescimento sustentável, o foco nas pessoas e a manutenção mecânica do equipamento. "Esse é o tripé para o sucesso em eficiência", frisou.

O diretor comercial da Tetra Pak, Cláudio Righi, entregou placa ao vice-presidente da Languiru, Renato Kreimeier, e ao gerente de negócio da Indústria de Laticínios da cooperativa, Lauri Reinheimer. "São poucas as vezes em que conseguimos algo dessa grandeza, e homenagens fazem bem ao coração. Esse reconhecimento é fruto do trabalho dedicado, de longa data, de toda a equipe, com controles e excelência no dia a dia. Tudo isso nos permite entregar ao mercado consumidor um produto de qualidade", agradeceu Reinheimer.

Kreimeier igualmente parabenizou a toda equipe da Indústria de Laticínios. "Cada um desses colaboradores deu a sua contribuição para termos este reconhecimento mundial por parte da Tetra Pak. Esta é a Languiru que dá certo, e a premiação entra para a história da cooperativa, nos enche de orgulho", disse, destacando também a importância econômica e social do leite. "A produção leiteira envolve inúmeras famílias na região e a qualidade do leite Languiru inicia na propriedade dos nossos associados, na origem da matéria-prima, passando pelo transporte e processo de industrialização, com o envaze e a utilização de embalagens de qualidade", frisou, dividindo a alegria do prêmio também com o quadro social da cooperativa. "A Languiru valoriza as pessoas, e este trabalho feito para alcançar a distinção é prova disso, com a união de esforços e a qualificação de nossos associados e colaboradores", concluiu o vice-presidente. Além de colaboradores da Indústria de Laticínios, a solenidade de entrega da placa de reconhecimento ainda contou com a presença do diretor administrativo da Languiru, Euclides Andrade, do gerente de negócio da cooperativa, Fabiano Leonhardt, do gerente comercial da Tetra Pak, Flávio Mercante, e do gerente de processamento da fabricante de embalagens, Jonatan Furtado. (Assessoria de Imprensa Languiru)

 

 
Meirelles diz que venda de terra a estrangeiros começa em 30 dias
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na noite de quarta-feira (15) em entrevista à GloboNews que o governo se prepara para autorizar a venda de terra para estrangeiros. "Vamos liberar, nos próximos 30 dias", afirmou. Segundo ele, o agronegócio é um dos setores que mais crescem no país e, por isso, precisa de investimento. O ministro não deu mais detalhes sobre a medida nem informou que tipo de mecanismo legal seria utilizado para liberar o acesso de investidores de fora do Brasil ao mercado de propriedades rurais. (Valor Econômico)
 

Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.443

 

Maggi: país vive momento difícil e não há recursos para política de estoques

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, avaliou nesta segunda-feira (13/02) que o momento econômico do país impede que o governo destine recursos para uma política agrícola de estocagem e que poucos produtos são beneficiados pela ajuda estatal. "Nosso País vive momento difícil na economia e não temos recursos para exercer a política agrícola de estoques, por exemplo", disse o ministro após reunião com pecuaristas leiteiros em Uberaba (MG) e ser cobrado por eles para a criação de uma política para estoques reguladores e de preços mínimos para a cultura. "Não existe nada no governo e é muito difícil", afirmou.

Segundo ele, a saída para o setor enfrentar a oscilação de preços do leite vem da ampliação da produção e da posterior "ida ao mercado internacional, que é mais aberto e não tão exigente em questão de sanidade quanto a carne". Outra medida é o trabalho conjunto entre indústria e pecuaristas. "Indústria de leite e produtor têm de ter, juntos, uma política mais duradoura durante o ano e não deixar que haja a oscilação", opinou.

No encontro, Maggi ouviu novas reclamações de produtores sobre a entrada de leite em pó do Uruguai, que foi limitada em outubro do ano passado e, segundo ele, é investigada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). "O Ministério já abriu uma verificação do leite que foi importado do Uruguai em volumes muito superiores à capacidade de produção e encaminhamos à Camex. Temos de seguir o caminho normal da burocracia (...) e, se comprovado que o Uruguai usou de subterfúgios para trazer leite ao Brasil, podemos colocar cota e deixar de importar leite deles", disse.

O ministro afirmou, ainda, ser favorável à criação de uma linha de crédito para a silagem utilizada na alimentação animal durante a seca. "É a primeira vez a reivindicação apareceu. Anotamos e penso que é possível que haja um crédito especial para a silagem, que tem um custo muito elevado", concluiu. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

 

 
Riispoa foi encaminhado para a Casa Civil

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) encaminhou para a Presidência da República a revisão do RIISPOA, processo nº 00001.000978/2010-41. Os técnicos da Casa Civil estão analisando e na sexta-feira, 17/02, o chefe da Secretaria Jurídica, receberá o texto para análise técnica do processo e tomará as suas decisões. Em resumo: torna-se passível de publicação. (G100)

EUA - Exportações recordes de ingredientes lácteos em 2016

Vendas melhores no segundo semestre puxam os volumes exportados para o território positivo. Os volumes de exportação de lácteos dos EUA melhoraram durante 2016, liderados por vendas recordes de ingredientes lácteos. Os exportadores enviaram 1,89 milhões de toneladas de leite em pó, soro de leite, lactose, queijo e manteiga no ano passado, 3% acima do nível de 2015. As exportações totalizaram US$4,70 bilhões, queda de 10% em relação a 2015. O menor valor desde 2010. O número final de exportações foi auxiliado pelo forte segundo semestre do ano, quando o volume exportado subiu 15%, 19% só no quarto trimestre. Em termos de valor, as exportações subiram 11% no quarto trimestre.

 

O México continua sendo o maior mercado exterior para os produtos lácteos dos EUA, comprando US$1,22 bilhões em 2016, 5% menos em relação ao ano anterior. Os embarques para o Sudeste Asiático caíram 21%, para US$671 milhões, enquanto as exportações para o Canadá aumentaram 14%, atingindo o recorde de US$632 milhões. As exportações para a China caíram 15%, para US$384 milhões, e os embarques para a Coréia do Sul, Japão, Oriente Médio/Norte da África (MENA) caíram mais de 20%.

As exportações de leite seco desengordurado/leite em pó desnatado (NDM / SMP) atingiram o recorde de 602.268 toneladas em 2016, um aumento de 8% em relação ao ano anterior, segundo cálculos do USDEC. Dados oficiais do USDA mostram um aumento nas exportações de leite em pó integral (WMP) para o México. No entanto, dados de importação e fontes de comércio mexicanas não confirmam isso, e acreditamos que este volume representa vendas de SMP que foram classificadas erroneamente no porto. Portanto, ajustamos os dados de comércio de NDM/SMP e WMP para abril-dezembro para explicar essa classificação errada.

 

As exportações ajustadas para o México foram de 280 mil toneladas, 11% a mais, enquanto as vendas para o Sudeste Asiático (lideradas pelas Filipinas e Indonésia) foram de quase 200 mil toneladas, subindo 16%. As exportações de soro de leite dos EUA também atingiram alta recorde em 2016 de 500 mil toneladas, crescimento de 14%. As remessas para a China foram particularmente robustas, representando 211.949 toneladas, um aumento de 27%, enquanto as vendas para o Sudeste Asiático (100.249 toneladas) subiram 10%.

 

Os exportadores dos EUA enviaram 141.402 toneladas de proteína concentrada de soro de leite no ano passado, 36% a mais em relação ao ano anterior. Metade disso foi para a China, que aumentou as compras em 78% na comparação anual. As exportações totais de soro de leite modificado (principalmente soro de leite permeado) foram de 134.013 toneladas, um aumento de 11%, com a China, novamente, comprando quase a metade do volume. As exportações de soro de leite em pó foram de 191,763 toneladas, um aumento de 7%, 50% importadas pela China. As exportações de proteínas isoladas de soro de leite caíram 5% em 2016, o primeiro declínio em oito anos. As exportações de lactose superaram as altas anteriores, totalizando 362.110 toneladas, em 2016, aumento de 1%. As exportações de queijo caíram 9% em 2016 para o menor volume em quatro anos de 287.028 toneladas. As vendas para o México caíram apenas 1%, mas os volumes para a Coréia do Sul, Japão e MENA caíram entre 20-25%. No entanto, as exportações de queijo dos EUA melhoraram no quarto trimestre, com as remessas crescendo 10%, em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações de leite fluido e creme atingiram alta recorde de 114,4 milhões de litros, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. As vendas para o Canadá e México subiram 30% cada. As exportações de WMP (-25%, ajustado) e proteína concentrada de leite (-30%) ficaram abaixo dos níveis do ano anterior. As exportações de manteiga aumentaram 13%, mas totalizaram apenas 24.332 toneladas. (USDEC- Tradução Livre: Terra Viva)

Produtor rural de menor porte tem regras facilitadas para crescer e formalizar atividade

Instrução Normativa (IN) assinada pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), nesta terça-feira (14), estimula a criação e a formalização de agroindústrias familiares. As regras que orientavam a produção de laticínios, ovos e mel comuns aos médios e grandes produtores agora foram flexibilizadas para viabilizar os pequenos negócios. "A medida é para a indústria quase artesanal, formada por milhares de produtores, que só precisavam de oportunidade para crescer", afirmou o ministro.

A IN, que será publicada nesta quarta-feira, é voltada para estabelecimentos de até 250 metros quadrados. Com a mudança são adequadas as exigências de equipamentos e de instalações para essas pequenas agroindústrias sem, abrir mão de parâmetros higiênicos e sanitários, preservando a segurança dos alimentos e a saúde pública, explicou o secretário Luis Rangel (Defesa Agropecuária), acrescentando que são mantidos cuidados relativos à temperatura e tempo de cozimento ou de resfriamento dos produtos.

Exemplos de adequações são a dispensa, em situações específicas, de equipamentos, como o resfriador à placa, o tanque de estocagem e equipamento de pasteurização rápida. No caso da utilização de leite proveniente somente da produção própria é dispensado também o laboratório. As instalações também podem ser anexadas à residência, desde que tenham acessos independentes. Também, não precisam ter uma sede para o Serviço de Inspeção. A altura (pé direito), não teve medida mínima definida, mas deve ser suficiente para a disposição dos equipamentos e permitir boas condições de temperatura, ventilação e iluminação.

O secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, lembrou que a principal preocupação do ministro Blairo Maggi desde que assumiu o cargo foi o de desburocratizar e modernizar o agronegócio, lançando logo no início de sua gestão o programa Agro+ com esse objetivo. Segundo ele, de 380 problemas elencados por produtores, desde então, 300 estarão resolvidos. (As informações são do Mapa)

 

 
Emater auxilia prefeituras
Os técnicos da Emater vão auxiliar os municípios na elaboração dos Planos Municipais de Desenvolvimento Rural, exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para aprovar a utilização de recursos públicos oriundos de emendas parlamentares destinadas a investimentos na agricultura. O convênio que disponibiliza os profissionais da instituição para as prefeituras foi assinado com a Famurs, ontem, em Porto Alegre. O assessor técnico de Agricultura da Famurs, Ismael Horbach, diz que o ideal é que, mesmo sem prazo estipulado, os municípios finalizem o plano quanto antes. A gerente adjunta de Planejamento da Emater, Magda Tonial, diz que a instituição coloca seu conhecimento e ferramentas à disposição dos municípios. "Esse plano legitima e dá segurança aos gestores e ao próprio órgão que disponibiliza os recursos". (Correio do Povo)
 

Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.442

 

  IMPORTAÇÃO DE LÁCTEOS DISPAROU EM JANEIRO

Após fechar 2016 com um déficit de US$ 485 milhões - quase cinco vezes mais que no ano anterior -, a balança comercial do setor de lácteos iniciou 2017 com mais um déficit expressivo, contrariando as expectativas de analistas e empresas, que esperavam um arrefecimento das importações.

Em janeiro, as compras de lácteos no exterior cresceram 126% sobre igual mês de 2016, para 19.042 toneladas. O volume importado custou US$ 58,809 milhões, 176% mais do que em janeiro de 2016. Ao mesmo tempo, as exportações de lácteos em janeiro cresceram 11,4% em receita, para US$ 10,997 milhões e 51,8% em volume, para 4.154 toneladas, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela MilkPoint (ver infográfico).


 
Os números surpreenderam porque a expectativa, no fim de 2016, era de que a recente alta dos preços internacionais dos lácteos - que voltaram a níveis históricos de US$ 3.500 por tonelada - desestimulasse as importações em meio à perspectiva de recuperação da produção de leite no Brasil. Mas os analistas não contavam com um fator: a queda expressiva do dólar, que incentiva as importações. Em janeiro de 2016, o valor médio do dólar ficou em R$ 4,0547 e em janeiro deste ano, em R$ 3,1969.

Há outra razão tão relevante quanto o dólar, segundo analistas e indústria. Embora esteja em recuperação, a oferta doméstica de leite para processamento ainda é apertada, como indicam os preços ao produtor e dos produtos finais. "O mercado interno entrou 2017 com preço mais alto do que na mesma época do ano passado porque a produção caiu", observa Valter Galan, analista do MilkPoint.

Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, que reúne laticínios, concorda que a menor disponibilidade doméstica de leite estimula as importações, mas diz que a perspectiva ainda é de que as importações fiquem abaixo do ano passado à medida que o produção se recupera.

Um industrial afirma que ainda há falta de matéria-prima no mercado e que, diante da queda do dólar, a importação compensa. "Os preços subiram em dólar, mas a moeda americana caiu em janeiro deste ano sobre janeiro de 2016", diz. Ele acredita que a produção brasileira de leite deve parar de cair em 2017 após dois anos de recuo em decorrência de alta dos custos e problemas climáticos. Mas avalia que neste momento o produtor de leite ainda "está desanimado, resultado do baixo preço do leite no fim do semestre".

No atual ambiente de preços e do câmbio, a exportação de lácteos está menos competitiva. O cenário ideal, segundo Martins, da Viva Lácteos, seria um câmbio na casa dos R$ 3,50 e leite em pó a US$ 4 mil no mercado internacional. Mas ele aponta razões para otimismo. Em janeiro, diz, o Brasil exportou volumes significativos de leite condensado para Arábia Saudita e Emirados Árabes, reduzindo a dependência da Venezuela, que já foi o maior importador de lácteos do país. Há ainda expectativa de ampliar mercados, como o Chile, que enviará missão ao Brasil em março para habilitar ou reabilitar 18 estabelecimentos para exportação de lácteos. O México também está no radar dos exportadores. Conforme Martins, está em curso processo de habilitação de plantas e há pedido para corte de tarifas de importação, que em alguns casos, chegam a 60%. (As informações são do Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint)
 

MISSÃO COMERCIAL JAPONESA VISITA SETOR LEITEIRO DO URUGUAI

Uma missão de empresários japoneses e representantes da Corporação de Empresas Agrícolas e Pecuárias do Japão (ALIC), visitaram na semana passada no Uruguai algumas fazendas leiteiras e indústrias, procurando saber mais sobre a realidade do setor, seus produtos e analisar a possibilidade de negócios. O interesse está focado no leite em pó e queijo, basicamente, com a firme convicção de realizar as primeiras compras para aceitar as operações comerciais e compreender melhor os produtos.

A ALIC é uma agência estatal do governo japonês, dependente do Ministério da Agricultura do país, que se dedica à compra de alimentos e tem empresas associadas. É o órgão responsável por distribuir as cotas de importação de alimentos. "Aproximaram-se as empresas que concorreram especificamente para a compra de leite", disse Ricardo De Izaguirre, presidente do Instituto Nacional de Leite (INALE). Até agora as importações japonesas são feitas da Austrália e da Nova Zelândia, mas eles estão buscando expandir a lista de fornecedores e o Uruguai aparece como um produtor confiável de alimentos, com alta qualidade, certificações e controles estritos sobre matérias-primas e produção.

Além de leite em pó e queijo, as empresas japonesas importam da Austrália um outro produto que é uma espécie de leite congelado que não é fabricado no Uruguai.

De acordo com De Izaguirre, os empresários japoneses se reuniram com empresas de produtos lácteos uruguaios como Estancias del Lago (empreendimento do argentino Alejandro Bulgheroni), Indulcsa (agora propriedade do grupo francês Lactalis) e Cooperariva Nacional de Produtores de Leite (Conaprole), mas também visitaram algumas fazendas leiteiras para ver como funciona o setor leiteiro uruguaio. "Nós mostramos as análises que são feitas, as características dos produtos lácteos uruguaios, a qualidade e a sanidade dos produtos fabricados e a tranquilidade que significa ser livre de antibióticos e hormônios", disse De Izaguirre.

Ele disse que "há grandes possibilidades de realizar os primeiros negócios", embora o Japão deva pagar uma taxa que excede 50% do valor do produto. Na opinião do De Izaguirre "não se farão negócios de grande volume", mas sim "a compra de pequenos itens para ver como a operação comercial funciona" e assim, determinar como as empresas uruguaias cumprem as disposições acordadas. "Eles procuram seriedade nos produtos, mas também no cumprimento dos compromissos. Dizem que, quando fazem um acordo, cumprem os prazos estabelecidos no mecanismo comercial".

O primeiro encontro com a ALIC foi em 2015. Os visitantes conheceram uma fazenda de gado leiteiro e a planta Conaprole de Flórida, onde receberam informações e viram os processos de produção. Também visitaram a sede do INIA La Estanzuela, onde conheceram a produção de leite e visitaram o Instituto de Melhoramento Leiteiro, informando-se sobre as medidas tomadas pelo Uruguai para melhorar suas raças leiteiras. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

NZ: PRODUÇÃO DE LEITE NÃO DEVE TER GANHO NO ATUAL ANO PRODUTIVO

A Nova Zelândia não deverá ter um ganho na produção de leite no atual ano produtivo, mas o declínio pode ser significativamente menor do que muitos acreditam. O clima extremamente úmido na Ilha do Norte e uma abordagem cautelosa dos produtores após dois anos de aperto do cinto contribuíram para um declínio de 3% na produção de leite da Nova Zelândia durante a primeira metade do ano 2016/17 a partir de 1º de junho. Para outubro-novembro (pico da produção na primavera no Hemisfério Sul), a captação de leite caiu 5% com relação do mesmo período de 2015.


 
Os analistas projetam atualmente um declínio de 7% no leite da Nova Zelândia para a estação de 2016/17 inteira, mas dadas as condições de mercado e história de produção da Nova Zelândia, o Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) estima um declínio perto de 3%.

O clima úmido na primavera da Nova Zelândia certamente corroeu a produção da Ilha do Norte, e agora algumas partes da ilha estão enfrentando uma seca potencial. Entretanto, as condições de pastagem melhoraram em grande parte do país, em comparação com três meses atrás, tanto na Ilha do Norte como do Sul. E a produção da Ilha do Sul para o período de junho a novembro já estava superando a do Norte, que foi afetada pelo clima.

Após dois anos de operações deficitárias com preços ao produtor bem abaixo dos níveis de equilíbrio, os preços do leite cru na Nova Zelândia voltam a apoiar o crescimento. As estimativas de pagamento saíram do vermelho na primeira metade de 2016 e deverão permanecer assim no restante do ano 2016/17.

A Fonterra Co-operative Group, a maior produtora de lácteos do país - que capta mais de 80% do leite da Nova Zelândia - recentemente ajustou sua estimativa de produção de leite na estação inteira de -6% para -4%.

E as previsões de produção de leite da Nova Zelândia historicamente inclinam-se para o lado conservador, às vezes, de forma duvidosa. Por exemplo, durante os quatro meses do ano produtivo de 2015/16 (junho-maio), por exemplo, a Fonterra e analistas da indústria estavam alertando para um declínio de 6% naquele ano, com base nos baixos preços do leite ao produtor e nas preocupações climáticas relacionadas ao El Niño. 

Essas projeções foram indiscutivelmente uma força motriz por trás da subida do preço das commodities de curta duração no outono de 2015. Quando a poeira baixou no final do ano produtivo da Nova Zelândia, em 31 de maio de 2016, a produção de leite caiu apenas 1,6%.

Um episódio semelhante ocorreu nesta estação. Os preços das commodities subiram no último outono em conjunto com as previsões de queda da produção neozelandesa. (As informações são do http://blog.usdec.org, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

 
PP pede ao governo retirada da urgência
Em reunião, ontem, a Bancada do Partido Progressita (PP) na Assembleia Legislativa decidiu solicitar ao governador José Ivo Sartori a retirada da urgência ao PL 214, que reduz em 30% os créditos presumidos concedidos pelo governo do Estado às Indústrias. "Tiramos uma posição conjunta e é consenso entre os deputados do PP que a bancada não tem como votar o projeto da forma como está, pois fragiliza o setor produtivo, em especial a indústria", disse o líder João Fischer, o Fixinha. (Jornal NH)
 

Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.441

 

Sindicato discute financiamentos e linhas de crédito para maquinário

A fim de buscar caminhos para aumentar a competitividade da cadeia láctea, o Sindicato das Indústrias dos Laticínios do RS (Sindilat) reuniu-se na sede do BRDE no início da tarde dessa terça-feira (14/02), em Porto Alegre, com representantes de empresas de consultoria especializadas em desenvolvimento ambiental para debater financiamentos e linhas de crédito para compra de maquinários para produtores de leite do Estado.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário executivo, Darlan Palharini, apresentaram dados da produção gaúcha, destacando a posição e o crescimento do setor lácteo no Estado nos últimos anos. Guerra afirmou que ações de sustentabilidade ambiental são fundamentais para manter o equilíbrio no meio rural, e que o Sindilat projeta estudar esse assunto.  "O sindicato está sempre atuante em busca de novas alternativas e projetos que tornem o agronegócio uma atividade mais lucrativa e sustentável para todos os elos da cadeia", concluiu. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

 
Anvisa define regras para rótulos de produtos com lactose
 
Indústrias de alimentos terão 24 meses para atender às novas normas de rotulagem em produtos que contém lactose. As resoluções RDC 135/2017 e RDC 136/2017, publicadas pela Anvisa na última quinta-feira (9/2), instruem como os fabricantes deverão proceder para se adequar às mudanças. A determinação estava prevista pela Lei 13.305, de julho de 2016, regulamentada somente agora pela Anvisa.
 
Todos os alimentos com mais de 100 miligramas de lactose para cada 100 gramas ou mililitros do produto (ou seja, acima de 0,1%) deverão conter o escrito "CONTÉM LACTOSE" no rótulo. Para os alimentos na faixa entre 100mg e 1g por 100g, poderá ser usada a expressão "baixo teor de lactose" ou "baixo em lactose". Os produtos que tiverem quantidade menor de 100mg a cada 100g devem apresentar a inscrição "isento de lactose" ou similares, como "0% lactose" e "sem lactose". O limite estabelecido é baseado em referências técnicas de países que já adotam a mesma rotulagem, como Alemanha e Hungria. Entende-se que o valor é seguro para pessoas com intolerância à lactose. De acordo com a avaliação da Anvisa, a rede de laboratórios brasileiros tem capacidade para avaliar esses níveis do componente. 
 
A informação deverá ser escrita em caixa alta, em negrito e em contraste com o fundo da caixa, em local que não seja encoberto, removível pela abertura do lacre ou de difícil visualização. A altura mínima deve ser de 2mm e não pode ser menor que a letra da lista de ingredientes do alimento.
 
O prazo de 24 meses de adaptação foi definido com base no tempo que a indústria e os seus fornecedores necessitam para adequação e o fim dos estoques de embalagens atualmente existentes.  A engenheira de alimentos e fundadora da Viva Nutrição, Geórgia de Castro, explica que as empresas que não respeitarem as novas normas estão sujeitas a advertência, multa, apreensão de produto e até cancelamento de registro de produto, interdição parcial ou total do estabelecimento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Sindilat participa do lançamento da Expodireto Cotrijal 2017

A 18ª edição da Expodireto Cotrijal, que acontece entre os dias 6 e 10 de março, em Não-Me-Toque, foi lançada nesta terça-feira (14/02), em Porto Alegre. O diretor do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) Renato Kreimeier, esteve presente e destacou que o evento deve reunir um importante debate para a cadeia produtiva a partir da realização do Fórum Estadual do Leite, em sua 13ª edição. "A cadeia produtiva do leite é muito importante para o agronegócio gaúcho, gera renda para mais de 90% dos municípios, e o debate é necessário para o seu desenvolvimento". 

A Expodireto deve reunir mais de 500 expositores nacionais e internacionais de máquinas e equipamentos para a produção vegetal e animal, pesquisa, agricultura familiar, serviços, instituições financeiras e entidades de cerca de 70 países. A expectativa dos organizadores para este ano é de que o evento supere em pelo menos 15% o faturamento registrado no ano anterior, que ficou na casa de R$ 1,5 bilhão. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 14 de Fevereiro de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2017 é de R$ 2,3061/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

 

 
EXPANSÃO NOS ESTADOS UNIDOS
O veterinário gaúcho Jonas Baroni, que trabalha há três anos nos Estados Unidos, conta que o Compost Barn é bastante disseminado em fazendas de leite de menor porte daquele país. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 70%das fazendas com menos de cem animais em lactação abrigam seus rebanhos sem Compost Barn e Tie-stall Barns (em que os animais são criado sem baias individuais). Baroni observa que uma estratégia comum entre os norte-americanos é priorizar, no Compost Barn, os animais com queda na imunidade ou aqueles que necessitam de mais conforto, como as vacas recém-paridas e animais de segunda lactação ou mais. Segundo Baroni, produtores do estado de Kentucky também observaram o aumento da detecção do cio, tendo em vista o maior conforto térmico proporcionado pelo galpão. "Não existe uma forma mágica. É necessário um trabalho de reconhecimento da área rural e disponibilidade de alimento. Acredito que o CompostBarn seria uma excelente estratégia para o Rio Grande do Sul, porque, em muitos casos, os produtores sofrem com terrenos irregulares, sem sombreamento, os quais causam enorme estresse térmico e machucamos animais em produção. Os técnicos, veterinários e zootecnistas estão aptos a ajudar a introduzir o melhor sistema para cada propriedade", complementa. (Zero Hora)
 
 

Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.440

 

Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 10 de fevereiro de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de janeiro de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de fevereiro de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 
 

 
Confinamento confortável

Em 2015, o Rio Grande do Sul perdeu o posto de segundo maior produtor de leite do Brasil. Hoje, aparece atrás de Minas Gerais e Paraná, com um volume de 4,5 bilhões de litros por ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para retornar à vice-liderança, precisa encontrar formas de aumentar a produtividade do seu plantel. Uma das possibilidades, já em testes desde 2011 em várias regiões do País, é o uso de um novo tipo de confinamento, o Compost Barn. Diversos produtores gaúchos que já apostaram na prática acreditam que o sistema gera mais conforto e bem-estar animal com reflexos no aumento da produtividade. A experiência estará em discussão no 4˚ Fórum Itinerante do Leite, em Palmeira das Missões, em 25 de abril. O pesquisador da área de Saúde Animal e Qualidade do Leite da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), Alessandro de Sá Guimarães, explica que o Compost Barn, que pode ser traduzido por "estábulo de compostagem", chegou ao Brasil depois de ser adotado por produtores norte-americanos dos estados de Virgínia e Minnesota, no início dos anos 2000. O Compost Barn consiste em manter o rebanho leiteiro o tempo todo dentro de um galpão. O chão é coberto por uma "cama", de serragem ou outro material orgânico de fácil disponibilidade, que também absorve a urina e as fezes dos animais. Pelo menos duas vezes ao dia, com o uso de um trator, essa cama tem que ser revolvida para facilitar a entrada de oxigênio e favorecer o processo de compostagem. Esse manejo ocorre quando as vacas são levadas para a ordenha. 

A cama orgânica ajuda a evitar lesões de casco nos animais, ao substituir o piso de concreto usado no sistema de confinamento Free Stall. No Compost Barn as vacas não ficam retidas em baias e podem caminhar pelo galpão. Guimarães diz que o espaço que tem que ser disponibilizado é de 10 a 13 metros quadrados por animal, dependendo das características e do tamanho de cada raça. Os galpões também são equipados com ventiladores para aliviar o calor e manter seca a cama orgânica. De acordo com a Embrapa Gado de Leite, o investimento necessário para instalação do sistema varia entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil por vaca. O veterinário Marcos Souza de Freitas, único produtor de leite a adotar o sistema até o momento no município de Santa Rosa, trabalha com o Compost Barn desde outubro do ano passado. Em quatro meses, já comemora o resultado. Atualmente, ele usa o galpão para acomodar32 vacas Jersey - a capacidade máxima é para 60 animais. A produção média de cada vaca passou de 17 litros para os atuais 25 litros por dia. "No Compost Barn as tarefas são mais pontuais", acrescenta. Apesar de perceberem adesão crescente ao sistema tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil, pesquisadores e veterinários ainda não dispõem de números que deem a dimensão desse aumento. A Embrapa Gado de Leite deve concluir neste ano uma pesquisa sobre o Compost Barn no Brasil. O levantamento começou em 2014, focado em fazendas da região Sudeste. Apesar disso, foram enviados questionários eletrônicos para propriedades de todas as regiões brasileiras. " Queremos publicar um material com recomendações técnicas para orientar os produtores", adianta Guimarães.

É por conta da ausência da comprovação de dados que o vice-presidente do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite/RS), Jorge Rodrigues, recomenda cautela a quem pensa em apostar na prática. "Podemos dizer que ainda é um investimento de risco, porque não temos o domínio dessa tecnologia. No Rio Grande do Sul tem muita chuva e sabemos que a umidade é um limitador", alerta. Para Rodrigues, outro ponto que pode inviabilizar o sistema é a carência da matéria utilizada para acama orgânica - geralmente, serragem. " O produtor tem que estar ciente de que vai ter que ter esse material sempre disponível", adverte. A professora de Medicina Veterinária da Unijuí, Denize Fraga, diz que tem crescido muito a opção pelo Compost Barn no Nordeste e Noroeste do Estado. " Em função de a soja ter se alastrado na região, os produtores passaram a procurar alternativa para o seu rebanho em áreas pequenas", observa. Apesar da carência de estudos, este tipo de confinamento tem gerado resultados satisfatórios, segundo Denize. "É um sistema que proporciona mais conforto para o animal, porque reduz o estresse térmico, sobretudo no verão. É preciso ter em mente que a vaca necessita de água e alimento de qualidade, uma cama confortável e temperatura adequada. Disponibilizados esses itens, ela atinge o máximo de conforto e gera mais leite e mais renda para a propriedade". O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, diz que a produtividade é fundamental para aumentar a competitividade dos produtores gaúchos. "Por estarmos mais distantes dos estados consumidores, nosso custo logístico é maior; e tem ainda a questão tributária, que impacta a nossa produção", comenta. (Zero Hora)

  
 
A volta de um antigo inimigo das dietas de emagrecimento inquieta o mercado

Depois de décadas de ostracismo dietético a manteiga volta a ser tendência. Seu preço explode nos mercados mundiais e a escassez ameaça, mesmo a França, terra de bolos e croissants. Na Europa, o consumo subiu 1,4% em 2016 e a demanda continua crescendo, assim como nos Estados Unidos. De repente, as cotações da manteiga para a indústria voaram. "Em janeiro, a manteiga indústrial foi cotada a 4.350 €/tonelada na Europa, depois de ter atingido seu menor valor em abril, quando foi vendida a 2.450 €/tonelada", explica Gérard Calbrix, diretor financeiro da Associação de Processadores de Leite da França: um boom de 77%. "Já observamos mudanças da mesma amplitude, mas, não tão rápida", acrescenta Gérard Calbrix. Na Bretanha, o diretor de compras da Bridor, fornecedor do Brioche Dorée confirmou à AFP que a situação afeta os preços das compras em grande quantidade para seus brioches. A demanda exterior de bolos e doces industriais da França cresce mais do que nunca. Pela primeira vez em 2015, a França exportou mais de um bilhão de euros de bolos, confirmou Matthieu Labbé, da Federação de Empresas de Confeitaria e Doces (FEB). Dominique Chargé, da Federação Nacional dos Produtores de Leite não chega a falar em "escassez" de manteiga, mas, usa a palavra "tensão", porque "não temos estoque" admite ele, enquanto a União Europeia (UE) está com elevados estoques de leite em pó desnatado (cerca de 350.000 toneladas em janeiro de 2017). O coração desta crise, a superprodução mundial de leite em 2014/2015, coincidiu com a inversão histórica da abordagem científica em relação à manteiga na alimentação. Depois da queda no preço do leite, os produtores em dificuldade abateram suas vacas, reduzindo os volumes, para tentar sustentar as cotações dos lácteos.

"Comer Manteiga"
"O abate de vaca aumentou em toda a Europa", diz Gérard Calbrix. Desde o início da década de 2010, teses científicas mundiais reabilitaram a manteiga e as gorduras animais, que foram, durante muito tempo, acusadas de serem responsáveis por doenças cardiovasculares, grandes causadoras de morte em países ricos. Uma análise recente, muito comentada, divulgada no British Medical Journal, diz que não há aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares o consumo moderado de gorduras saturadas, encontrada, principalmente, na manteiga. Em junho de 2014, a revista norte-americana Time antecipou a mudança de tendência publicando uma enorme avelã de manteiga derretendo, com o título "consuma manteiga". Desde então o consumo explodiu nos Estados Unidos, que foi acompanhado pelo Canadá e Japão "aumentando as importações de manteiga", disse Gérard Dalbrix.

Reintegrar a matéria gorda ao leite
Em relação aos preços, agora que o pacote de 250 gramas na Alemanha, referência de mercado, subiu 40% nas varejistas Lidl e Aldi em outubro, o consumidor francês está até o momento, protegido desta explosão. Os preços franceses dependem de uma negociação anual entre os produtores e as grandes redes de distribuição. Para 2017 a negociação deverá ocorrer no final de fevereiro. "Por enquanto, as grandes redes não querem ouvir falar de aumentos, estamos em uma camisa de força, e temos um grande problema", acrescenta Gérard Calbrix. Um outro fator que protege os consumidores franceses, os maiores consumidores de manteiga do mundo por habitante (8 kg/ano): eles tendem a comer menos. No ano passado, as vendas de manteiga nas grandes redes caíram 1,9% em volume, ou 180.000 toneladas. Existe entretanto, um grande problema a resolver, restabelecer a matéria gorda ao leite, que serve para fabricar a manteiga, alerta o ministro da agricultura Stéphane Le Foll. Durante 15 anos o teor de gordura do leite na França, e na Europa tem diminuído a cada ano, inclusive através da seleção genética de vacas. "Serão necessários 10 a 15 anos para mudar a situação", prevê Gérard Calbrix. (Web-Agri - Tradução livre: Terra Viva)

 

 
Piá quer se tornar referência na produção de iogurtes
Na convenção de vendas realizada no final de janeiro em Gramado (RS), a Cooperativa Piá anunciou sua mudança de posicionamento. A alteração consiste em deixar de ser uma marca de leite que também tem iogurte para passar a ser uma marca de iogurte que também produz leite. "Queremos quebrar o paradigma do leite, com novo foco de marketing e eficiência total nas operações", afirma Gilberto Kny (foto), presidente da cooperativa. O leite sempre foi o carro-chefe da Piá desde o início da produção, em 1972, quando eram processados 2 mil litros de leite por dia. Hoje, o volume diário ultrapassa os 600 mil litros. A partir da década de 1980, a cooperativa passou a fabricar iogurtes. É nesta onda que a Piá pretende surfar, vendendo produtos de maior valor agregado e aproveitando o aumento de sua capacidade industrial a partir de março, quando a fábrica de iogurtes terá nova capacidade de produção. O novo posicionamento é um desdobramento do salto dado em 2001, quando a empresa, sem se descuidar da venda de leite longa vida, passou a investir em produtos de maior valor agregado, especialmente nos iogurtes. De lá para cá, a linha de produtos vem aumentando consideravelmente, de tal forma que a Piá possui a liderança absoluta no Sul. É a única região do Brasil onde a liderança não pertencia às grandes multinacionais lácteas, mas a uma forte marca regional. Para seguir conquistando o mercado, a Piá priorizará a ampliação da participação em Estados como Santa Catarina, Paraná e São Paulo, onde a marca já está nos refrigeradores das principais redes supermercadistas. De acordo com Kny, a localização da cooperativa é estratégica, pois a sede fica em Nova Petrópolis, próxima da região metropolitana de Porto Alegre. "Mais de 40% da população gaúcha está a menos de 90 quilômetros da nossa indústria, o que nos deixa fortalecidos comercialmente", explica. No ano passado, a Piá obteve um faturamento de R$ 708 milhões. (Amanhã)
 

Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.439

 

Secretaria da Agricultura esclarece dúvidas sobre a Lei do Leite 

Os principais laticínios que operam no Rio Grande do Sul reuniram-se nesta terça-feira (7/2) para debater dúvidas sobre a operacionalização da Lei do Leite. Após uma rodada de apontamentos realizada na manhã pela área técnica das empresas na sede do Sindilat, em Porto Alegre, à tarde foi a vez de esclarecer alguns dos pontos com a técnica da Secretaria da Agricultura (Seapi) Karla Oliz, que trabalha com a legislação. Ela explicou as mudanças propostas e levará para a Seapi pedidos de revisão na redação de alguns pontos da legislação.  As principais dúvidas referem-se ao cadastramento dos transportadores e à validação do treinamento. As empresas ainda têm dúvidas sobre como proceder no caso de avarias nos caminhões uma vez que o transvase (troca de leite de um tanque para outro) só está autorizado dentro de regras e locais específicos. Nesses casos, explicou Karla Oliz, o transportador deve realizar o registro da ocorrência, emitindo comunicado, de preferência, antes do transvase do leite para novo caminhão. Em caso de inviabilidade, explicou ela, os motoristas podem realizar fotos do caminhão para comprovar o ocorrido. Além disso, sempre devem ser consideradas as determinações estabelecidas pelo Serviço de Inspeção ao qual o estabelecimento esteja registrado. Karla Oliz explicou que uma reunião de alinhamento com a fiscalização já foi feita para aparar arestas e padronizar abordagens. 

Outro ponto de polêmica foi a obrigatoriedade de as indústrias informarem aos órgãos de fiscalização sobre cargas rejeitadas no ato da coleta nas propriedades rurais. Atualmente, cargas com teste do Alizarol (teste de qualidade) fora do padrão estipulado por uma determinada indústria podem não ser coletadas, mas não precisam ser reportadas à fiscalização, o que não impede que o produto seja recolhido por outros laticínios desde que atendam aos padrões mínimos de 72% no Alizarol e temperatura de 4°C para tanque de expansão e 7°C para imersão. "Uma empresa pode ter um padrão de exigência e só aceitar cargas com Alizarol acima de 73%. O que não quer dizer que uma carga com resultado 72% não possa ser processada para outro tipo de produto ou por outra empresa", explicou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. 

PERGUNTAS E RESPOSTAS: 
1) As indústrias estão com dificuldade em obter os códigos das propriedades rurais onde estão os animais no Sistema de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura (Seapi). Como as empresas devem proceder para obter esses códigos? 
RESPOSTA: A Seapi revisará a necessidade de fornecimentos dos códigos. 
2) Em caso de empresas que têm diferentes entrepostos e diferentes CNPJs, como deve ser feito o cadastramento dos transportadores? 
RESPOSTA: Os transportadores devem estar cadastrados em todos os estabelecimentos para os quais entregam leite. 
3) Há dúvidas sobre o treinamento de transportadores, aprovação do profissional e validade de cursos anteriores já ministrados. 
RESPOSTA: Ao fim do processo, o transportador passará por um teste de conhecimentos e a aprovação depende de acerto mínimo de 50%. O Treinamento será promovido pelos 
estabelecimentos, seja através de profissionais contratados ou através de instituições. O Serviço de Inspeção ao qual os estabelecimentos estejam registrados são responsáveis pela verificação do conteúdo programático e carga horária apresentados. Treinamentos anteriores à publicação da Instrução Normativa e que não tenham contemplado o disposto na mesma terão validade de 4 meses, a partir da data da publicação da Normativa. 
4) As empresas não têm condições de fornecer certificados aos transportadores aprovados por risco de processos trabalhistas. Como fazer para garantir a homologação sem esse risco? 
RESPOSTA: A SEAPI orienta na Instrução Normativa que estão aptas a ministrar treinamentos as instituições de ensino, de capacitação técnica, os profissionais das empresas ou consultores independentes na condição de que devam estar devidamente registrados em conselho profissional que esteja capacitado a atender o conteúdo programático. Cabe a cada estabelecimento decidir sobre a melhor opção, de acordo com cada situação específica. 
5) Os cadastros de transportadores já estão sendo recebidos pela Seapi? 
RESPOSTA: Não. A Seapi não fará o cadastramento de transportadores, apenas dará publicidade dos transportadores autorizados e cadastrados pelos estabelecimentos. O encaminhamento dessa informação ocorrerá entre os Serviços de Inspeção (SIF e SIM para a SEAPI). 
6) Como serão validados cadastros de transportadores e em que tempo? 
RESPOSTA: O cadastramento é realizado pelos estabelecimentos de processamento e pelos postos de refrigeração de leite e deverá estar disponível para o serviço de inspeção local respectivo como registro auditável desde 29/12/2016. 
7) Sobre cursos já realizados, como fica a questão da validade uma vez que a lei prevê duração de apenas 4 meses para os já realizados e duração de 24 para os novos? 
RESPOSTA: Treinamentos anteriores à publicação da Instrução Normativa e que não tenham contemplado o disposto na mesma terão validade de 4 meses, a partir da data da publicação da Normativa. 
As indústrias querem duração de 24 meses a contar da realização do último curso. O pedido será levado para análise da equipe técnica na Seapi. 
8) Como fica o treinamento de transportadores de fora do estado que atuam no RS? 
RESPOSTA: Todos os transportadores que transitarem com leite cru no RS deverão cumprir a lei, sendo submetidos a treinamento como os de mais. 
9) O transportador que atua para duas empresas diferentes, pode realizar o curso em uma empresa e ele valerá para a outra? 
RESPOSTA: Sim. Basta um treinamento para o transportador, ministrado por profissional habilitado a cada dois anos. O certificado é individual por transportador. 
10) Como se dará a identificação de caminhões? 
RESPOSTA: Os caminhões serão identificados com adesivo resistentes em formato de losango (50cmX50cm) com o escrito "Veículo Exclusivo para Transporte de Lácteos". Serão três adesivos por tanque, dois nas laterais e um na traseira que deverão ser aplicados com a supervisão da indústria e do Serviço de Inspeção local. Ao perder a habilitação, o caminhão deverá ter o adesivo removido no ato. 
11) Estabelecimentos cadastrados no SIF (regidas pela inspeção federal) devem se reportar à Secretaria da Agricultura (Seapi) quanto à Lei do Leite? 
RESPOSTA: Em um primeiro momento não haverá centralização de dados. Caso contrário, as informações serão repassadas entre os Serviços de Inspeção. 
12) O que deve ser feito no caso de férias de transportadores ou substituição esporádicas? Muitas vezes, aos domingos, quem faz a coleta é o filho do transportador, por exemplo. 
RESPOSTA: Todos os profissionais devem estar devidamente treinados e cadastrados, mesmo que atuem de forma esporádica. 
13) Quando o transportador tem um auxiliar para a coleta de amostras, como deve ser feito o credenciamento desse profissional? 
RESPOSTA: O auxiliar deverá ser treinado e cadastrado assim como o motorista. 
14) O transportador precisa portar o certificado ou apenas uma carteirinha? 
RESPOSTA: A legislação não prevê "carteirinha", bem como não prevê que o transportador cadastrado esteja portando o certificado de conclusão de treinamento. 
15) No caso das empresas identificarem um transportador como possível fraudador, a quem devem informar o fato para não correr risco de ser acionada civilmente pela fraude? Em caso de solicitar descredenciamento desse profissional, como será garantido que ele não será recontratado por outra empresa? 
RESPOSTA: As denúncias devem sempre ser reportadas ao Serviço de Inspeção ao qual o estabelecimento esteja registrado. O transportador que for condenado em processo judicial fica impedido de transportar de forma definitiva. O seu nome será excluído da relação de transportadores autorizados e as empresas a que ele estava cadastrado serão notificadas da exclusão do transportador. 
16) Como será feito o cadastro de transportadores que transportam leite de indústria para indústria, uma vez que eles não têm o menor contato com o produto? 
RESPOSTA: Todos os profissionais das empresas de transporte devem estar devidamente treinados e cadastrados, mesmo que não tenham contato direto com o produto. O treinamento serve também como conscientização dos profissionais, para que eles saibam da sua importância no processo de transporte do produto. 
17) As avaliações e provas dos transportadores devem estar nas indústrias e serem guardadas. As empresas precisam pedir os laudos ao Pas/Leite? 
RESPOSTA: Todos os testes e documentos que comprovem treinamento dos transportadores devem estar em posse das empresas, ficando à disposição do Serviço de Inspeção, como registros auditáveis. Aqueles que fizeram pelo PAS/Leite a empresa contratante deverá solicitar os documentos que comprovem a sua participação e aprovação. 
18) Quando um caminhão for danificado durante o transporte do leite, como deve ser feito a substituição uma vez que o transvase só fica autorizado em determinadas situações e regras especificas que delimitam o local onde deve ocorrer o processo? 
RESPOSTA: A Seapi entende que, em caso de danos que inviabilizem o caminhão de seguir a rota normal, a retirada do leite fica autorizada desde que o transporte seja feito por outro caminhão identificado e transportador cadastrado. O dano no caminhão deve ser registrado e notificado à empresa. A Seapi sugere que o motorista fotografe o caminhão avariado para justificar o infortúnio. Além disso, sempre devem ser consideradas as determinações estabelecidas pelo Serviço de Inspeção ao qual o estabelecimento esteja registrado. 
19) A lei diz que os caminhões não podem parar em lugar qualquer. Como fica a questão de necessidade de um reparo, ou se furar um pneu, e o motorista precisar parar em uma mecânica ou borracharia? 
RESPOSTA: O episódio deve ser notificado à empresa e, se possível, registrado com foto. Além disso, sempre devem ser consideradas as determinações estabelecidas pelo Serviço de Inspeção ao qual o estabelecimento esteja registrado. 
20) Como o trasvase deve ser feito obrigatoriamente em circuito fechado, como fica a questão de coleta de amostras no ato do trasvase? 
RESPOSTA: A equipe técnica da Seapi revisará a redação do artigo. 
21) É permitido a uma empresa pedir apoio esporádico de um caminhão de outra empresa? 
RESPOSTA: Sim, desde que o transportador esteja cadastrado com a empresa destinatária do leite e o veículo devidamente identificado E a apto a transportar leite. 
22) Ao rejeitar uma determinada carga no campo em função de não conformidade, por exemplo como resultado indevido para alizarol (mínimo de 72) ou temperatura acima do permitido, a empresa deve informar o leite a quem? 
RESPOSTA: O transportador deverá estar treinado e informar na sua planilha de trabalho os dados que inviabilizaram a coleta e o volume rejeitado. Os dados deverão ser armazenados na empresa e disponibilizados em casos de solicitação pela inspeção ou em auditorias. 
Em se tratando de empresas que utilizem alizarol em graduação superior ao preconizado na legislação específica, a Seapi sugere que o produtor tenha sempre vínculo com mais de uma empresa para que cargas instáveis a graduações superiores, mas estáveis ao mínimo preconizado pela legislação específica quanto ao alizarol, possam ser processadas. 
23) Dúvidas sobre o artigo 37, que fala sobre a perda de benefícios fiscais em casos de fraude. As indústrias alertam para que esse regramento seja mais específico para evitar penalizações indevidas. 
RESPOSTA: A redação vincula essa penalidade em caso de condenação em processo judicial por fraude em leite cru. Acreditamos estar bem especificado. Os casos omissos serão julgados pelo serviço de inspeção local ou em nível central correspondente. 
24) Na planilha a ser preenchida pelo transportador, cita "horário de saída da empresa". Como fica quando o transportador sair de sua casa? 
RESPOSTA: A Seapi avaliará substituição da expressão para "início da rota". 
25) A planilha com os dados documento de trânsito poderá ser aceito na versão digital? 
RESPOSTA: A Seapi informa que o documento digital pode ser aceito desde que possa ser auditado pelo fiscal no momento da fiscalização, mesmo em caso de ausência de sinal de internet. Do contrário, não será aceito. 
26) pela lei, os veículos não podem carregar nada além de produtos lácteos. Como as empresas farão para transportar insumos como acontece atualmente dentro das cabines e no espaço entre o caminhão e o tanque? 
RESPOSTA: A Seapi está reavaliando a redação da legislação como forma de definir que apenas ao tanque de aço inoxidável é considerado para fins da fiscalização a que trata essa legislação. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
WASDE: Rentabilidade dos lácteos deverá aumentar

A produção de leite prevista para 2017 aumentou desde o mês passado. A previsão é de que melhores retornos em 2017 resultem em um plantel de vacas levemente superior até o final de 2017. A produção de leite por vaca também aumentou, já que se espera que esses retornos continuem a aprimorar a qualidade das rações. Os estoques iniciais com base e matéria gorda e sólidos totais do leite aumentaram, de acordo com os dados de sobre estoques em 31 de dezembro; os estoques no final de 2017 estarão altos, refletindo o aumento dos estoques iniciais e a maior produção de lácteos em 2017. As importações de manteiga serão reduzidas, uma vez que a manteiga de leite interna estará mais competitiva em relação à da União Europeia (UE); as importações de sólidos do leite, menos matéria gorda, permanecem inalteradas. As exportações de manteiga mantêm-se inalteradas e as exportações de sólidos totais do leite aumentam levemente. As importações de sólidos totais estarão praticamente inalteradas devido às exportações mais fracas de leite seco desengordurado (NDM) que serão compensadas pelas maiores vendas de soro de leite. 

Em 2016, a produção de leite, a produtividade animal, o comércio e as estimativas de estoque foram atualizadas com base em dados até dezembro. As previsões dos preços do queijo e da manteiga são para menos, uma vez que a produção dos produtos deve refletir uma maior da produção de leite, além dos estoques iniciais estarem relativamente elevados.
A previsão dos preços de NDM permanece inalterada, mas o preço do soro de leite aumentou desde o mês passado, com base na demanda interna e internacional. O preço do leite ao produtor classe III aumentará, pois, os elevados preços do soro de leite compensará as perdas nas cotações dos queijos. O preço do leite ao produtor classe IV diminuirá à medida que a previsão do preço da manteiga também diminui. A previsão é de que a média do preço do leite subirá de US$17,70, [R$ 1,27/litro], para US$18,40/cwt, [R$ 1,31/litro]. (Dairy Herd- Tradução Livre: Terra Viva)
 

 
Leite: Diminuição das importações requer estímulo à produção nacional
O volume de leite importado pelo Brasil em 2016 foi 78,3% maior se comparado ao resultado de 2015, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Este cenário, avalia o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), entre outros fatores, foi reflexo da queda na captação brasileira, devido aos baixos preços pagos ao produtor em 2015, e o encarecimento nos custos com suplementação neste ano. Além disso, de acordo com o instituto, os preços no comércio internacional estavam atrativos, fomentando as importações brasileiras. Contudo, a partir do segundo semestre de 2016, as cotações no leilão GDT ganharam sustentação, mas tamanha queda na produção interna fizeram as importações se manterem firmes e, somente com a entrada da safra leiteira no Brasil, as compras externas recuaram. Segundo o Imea, a diminuição da importação de leite requer maior estímulo à produção nacional, ou seja, melhores preços ao produtor e a retomada do crescimento econômico fomentando todos os elos. (Uagro)
 

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.438

 

Região Sul pode unir inspeção de produtos de origem animal

 Na primeira reunião de 2017 do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, o Codesul, ontem, na Rural Show em Cascavel, no Paraná, os governadores José Ivo Sartori, Beto Richa (Paraná), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Raimundo Colombo (Santa Catarina) assinaram resolução que prevê unificar a inspeção de produtos de origem animal. Com isso, o serviço pode ser realizado por servidores estaduais e empresas credenciadas para essa finalidade. 

A proposta deve ser submetida à apreciação das assembleias legislativas. Se aprovada, dará permissão aos estados de reconhecimento bilateral na fiscalização de produtos de origem animal. Isso significa que um produto vistoriado em um estado não precisaria novamente ser verificado em outro estado que faz parte do Codesul, como exige o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa). 

Na reunião, Sartori reafirmou o papel estratégico do Mercosul e convidou os governadores a participarem do Encontro Brasil Sul e Argentina, no dia 31 de março, em Porto Alegre, para debater novas alternativas de integração. "Buscaremos juntos conseguir novos mercados", afirmou, lembrando do trabalho iniciado com a missão governamental do Rio Grande do Sul à Argentina em 2016. 

O presidente da Zona de Integração do Centro-Oeste Sul Americano (Zicosur), Juan Luis Mansur, governador da Província de Tucumán, disse que somando e articulando forças a região tem potencial para alimentar grande parte do mundo. Na terça-feira (7), Sartori e o presidente argentino, Mauricio Macri, trataram do encontro, durante reunião de trabalho em Brasília. 

Outros temas que entraram em pauta foram a criação de ouvidoria para o BRDE, atendendo à exigência do Banco Central (Bacen), e a aprovação de flexibilização das condições de crédito para ampliar e facilitar as operações no Mato Grosso do Sul, além da aprovação de financiamento para agroindústrias de produtores do Paraná. 

A Show Rural Coopavel dá a largada no calendário de grandes feiras agropecuárias do Brasil e vai até o dia 10. A mostra é o maior evento do agronegócio no Paraná e um dos mais importantes no País, com repercussão internacional. Promovida pela Coopavel Cooperativa Agroindustrial, a feira é um espaço de difusão de novas tecnologias para o aumento de produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais, trazendo o que há de mais moderno em termos de máquinas, equipamentos e técnicas de utilização sustentável do solo. (Jornal do Comércio)

 

 
Três grupos de consumidores impulsionam a demanda por proteína de soro

As exportações de soro de leite dos EUA estão altas e alguns fornecedores ampliam as fábricas para atender a demanda global por mais proteína. As exportações de soro de leite dos EUA aumentaram graças, em parte, a três grupos de consumidores ansiosos por mais energia procedente das proteínas. O último relatório mensal de dados comerciais do Conselho de Exportação dos Estados Unidos (USDEC) documentou o aumento nas exportações de soro de leite. No segundo semestre de 2016 até novembro, as exportações totais de soro subiram 32% em relação ao mesmo período em 2015, com um ganho de 47% somente em novembro, escreveu Al Levitt, do USDEC. "Mais da metade das vendas de novembro foram para a China, que registrou um novo recorde de 24.130 toneladas, 147% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. Cerca de 15.000 toneladas desse volume foram de proteína concentrada do soro de leite, também um recorde. Enquanto isso, as vendas para o Sudeste da Ásia subiram 63% ano a ano." O USDEC projeta que o comércio global de soro de leite crescerá 4,6% ao ano até 2021, o que deverá gerar mais de 400.000 toneladas de vendas adicionais de soro em 2021 em comparação a 2016. Apoia esse otimismo a crescente demanda pelas proteínas concentrada e isolada de soro de leite para atender as necessidades nutricionais dos consumidores. É um componente fundamental, e constitui a base para a discussão a seguir. 

Três grupos demográficos impulsionam a demanda global
Kristi Saitama, vice-presidente de ingredientes de marketing para exportação do USDEC, vê três grupos demográficos impulsionando a demanda global, cada um apresentando oportunidades de exportação em mercados identificáveis.

Esses grupos são:
1. Adultos e idosos conscientes da saúde. Em países como o Japão, a Coreia do Sul e a Costa Leste da China (incluindo as cidades de Pequim, Xangai e Cantão), há oportunidades de crescimento para alimentos e bebidas convencionais para saúde e bem-estar, e alimentos e bebidas com proteínas de soro de leite para um envelhecimento saudável. Nota-se que os Estados Unidos também se enquadram nesta categoria. De acordo com projeções das Nações Unidas, o número de pessoas com mais de 65 em todo o mundo triplicará de 530 milhões em 2010 para mais de 1,5 bilhões em 2050. Esta é uma oportunidade para a proteína de soro de leite, porque pode reduzir o risco de sarcopenia, a perda da massa muscular e da força relacionada a idade. 

2. Bebês e crianças. Em países como a China, Vietnã e Arábia Saudita, há potencial de crescimento para o uso de proteína de soro de leite em fórmulas de nutrição infantil. Cingapura também é incluída porque serve como uma base de produção para produtos de nutrição infantil para o Sudeste Asiático. Enquanto a amamentação continua a ser o método preferido de alimentação infantil, a proteína láctea pode desempenhar um papel importante na imagem global da nutrição infantil. 
3. Entusiastas fitness de classe média. Há oportunidades em países com uma classe média em ascensão, onde o mercado de nutrição esportiva é relativamente pequeno agora, mas pronto para decolar. Na China, no Sudeste Asiático e nas nações do Conselho de Cooperação do Golfo no Oriente Médio, há potencial para a nutrição de proteínas de soro de leite em pó e produtos para energia/nutrição para consumidores esportistas/fitness. Os benefícios da proteína de soro de leite para os atletas são bem documentados.

Alguns exportadores de produtos lácteos dos EUA apostam no soro de leite para expandir fábricas e construir outras. A Hilmar Cheese Company de Hilmar, Califórnia, é a maior fábrica de soro de leite e queijo do mundo, aponta Gwen Bargetzi, diretor de comunicações de marketing. E a fábrica de Dalhart, Texas, está quase atingindo a capacidade de produção da planta de Hilmar. A mais recente ampliação, a fábrica de leite em pó em Turlock, Califórnia, "contribuiu para fortalecer nosso posicionamento no mercado global de soro de leite, permitindo-nos oferecer portfólio de produtos lácteos para grandes clientes", acrescenta. "Nossa linha de produtos inclui proteínas de soro de leite concentradas projetadas para as bebidas UHT que ajudam os mercados emergentes a se familiarizarem com o soro de leite. Também oferecemos frações de ponta como a lactoferrina e alfa-lactalbumina para fórmulas infantis especiais na China, e proteínas isoladas de soro de leito tão populares entre atletas de elite que já estão se preparando para as próximas Olimpíadas", disse Bargetzi. "Estamos entusiasmados com a oportunidade de crescimento global para proteína de soro de leite", acrescenta. "As pessoas não veem o soro de leite como uma fonte barata de proteína, eles veem como um alimento eficiente. Essa é uma excelente oportunidade para ofertarmos proteínas de soro de leite tanto para alimentos funcionais, como complementos nutricionais." 

Swiss Valley Farms, eleito o Exportador do Ano 2016 pela revista Dairy Foods, está também otimista. O crescimento no mercado de soro de leite foi uma das razões pelas quais a Swiss Valley expandiu sua unidade de produção de queijos em Luana, Iowa, em 49 mil pés quadrados, [4.550 metros quadrados], ao custo de US$20,6 milhões. A fábrica produzirá mais queijo, aumentando significativamente o soro disponível para ser exportado e vendido no mercado interno, diz o CEO da Swiss Valley, Chris Hoeger.

"Os consumidores estão utilizando a proteína em pó como fonte proteica de alta qualidade adicionada facilmente aos produtos", disse Kara McDonald, vice-presidente de comunicações globais de marketing do USDEC. "Na verdade, 60% dos consumidores procuram lanches energéticos fáceis. Usam a proteína do leite em lanches, como bebidas esportivas, smoothies e barras que promovem consumo de proteína durante todo o dia. As proteínas lácteas também podem ser adicionadas a sopas e assados." O interesse crescente na proteína do soro de leite pode ser visto na popularidade de receitas online, tanto no mercado doméstico como no mercado global. Considere, por exemplo,  os cookies de proteína de morango e o sorvete de proteína.

Em todo o mundo, as pessoas estão encontrando várias maneiras de usar a proteína de soro de leite. Conforme relatado no Dairy Spotlight do USDEC, o número de lançamentos de novos produtos com proteína de soro de leite rastreados globalmente aumentou para cerca de 6.000 em 2015, de acordo com a Innova Market Insights. E o ritmo dos lançamentos está acelerando, a uma taxa composta de 34% de crescimento anual entre 2010 e 2015, em comparação com 6% entre 2005 e 2009. A concorrência global está disposta a aproveitar essas tendências. Mas os exportadores de produtos lácteos dos EUA estão se posicionando para atender à crescente demanda mundial. (USDEC - Tradução Livre: Terra Viva)

Rótulos/Itália 

Foi publicado no Diário Oficial da Itália o decreto que regulamenta rotulagem da origem do leite e produtos lácteos. O decreto entrará em vitor no próximo dia 19 de abril. Outros países como França e Portugal também receberam a aprovação da Comissão Europeia para a publicação de normas similares. 

A Itália, ao que parece, não recebeu aprovação explícita, mas, publicou seu decreto sem sofrer censura e Comissão Europeia, cujo projeto foi encaminhado há três meses atrás. O decreto italiano afeta não somente o leite de vaca, mas também de ovelha, cabra, búfala, e outros animais. O decreto estabelece que o leite e os produtos lácteos devem indicar obrigatoriamente no rótulo, claramente visível, e com fácil leitura, a origem da matéria-prima. Os termos a serem utilizados são os seguintes:
a)"País de ordenha: nome do país no qual o leite foi ordenhado".
b)"País de embalagem ou processamento: nome do país onde o produto foi embalado ou processado".

Quando o leite, ou o leite utilizado como ingrediente nos produtos lácteos, tiver sido ordenhado, embalado e processado no mesmo país, a indicação da origem pode ser uma só palavra: por exemplo, "LEITE DE ORIGEM: Itália". Se as fases de processamento e envase ocorrerem em território de vários países, com exceção da Itália, se pode utilizar, em função da origem, as seguintes indicações:
       - leite de países da UE: Se a ordenha ocorreu em um dos outros países europeus;
       - leite embalado ou processado em países da UE: se as etapas ocorrerem em mais de um país europeu.

Se os processo forem realizados fora da União Europeia, serão utilizadas as palavras "países fora da UE". Ficam excluídos do decreto, os produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP), ou Indicação Geográfica Protegida (IGP). (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
  

FATOR JOVEM NAS COMPRAS
A chegada dos jovens ao comando das propriedades rurais e a profissionalização do agricultor estão tendo impacto direto sobre as vendas de equipamentos de irrigação da Fockink. Acostumado ao uso da internet, esse público quer tecnologia também na hora do cultivo. - Aumentou muito a quantidade de equipamentos vendidos com telemetria e automação. Hoje, o produtor já quer fazer o controle à distância - afirma Siegfried Kwast, diretor-superintendente da Fockink. E essa percepção se traduz em números. Em cinco anos, as vendas desse tipo de equipamento passaram de fatia de 1% para 40% do total da empresa. (Zero Hora)