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02/03/2017

 

Porto Alegre, 02 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.451

 

Mais seis empresas habilitadas ao Sisbi
Seis empresas gaúchas foram habilitadas a ingressar no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal(Sisbi-POA). Isso permite que os seus produtos sejam comercializados para todo o território nacional. O comunicado foi feito ontem, pelo Ministério da Agricultura, à Secretaria Estadual de Agricultura. Até então, 15 empresas do Estado estavam registradas no sistema. Segundo o secretário da Agricultura, Ernani Polo, a pasta tem buscado obter a habilitação do maior número possível de empresas, tendo em vista os ganhos que a expansão de mercados traz à geração de emprego e renda. 
 
Das novas empresas registradas, quatro são do setor de leite e duas do segmento de carnes. São elas: Nutri frango(Morro Reuter), Aida (Bento Gonçalves), BRQ (Tenente Portela), Boavistente (Nova Boa Vista), Frizzo (Planalto)e Bio (Boa Vista do Sul.Com a habilitação, as empresas precisam atender aos requisitos de padronização e harmonização dos procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e a segurança alimentar. O sistema visa harmonizar os procedimentos de inspeção em todo o país. (Correio do Povo)
 

 
Produtores de leite do México exigem participar de revisão do NAFTA

Os produtores de leite do México estão exigindo do governo federal que sejam considerados para a revisão do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), indicando que o setor leiteiro é fundamental para a economia. O presidente da Frente Nacional de Produtores e Consumidores de Leite, Álvaro González Muñoz, disse que os pequenos produtores de leite exigem ser parte ativa da iminente renegociação do tratado, "não fomos convidados para a divisão de lucros que o NAFTA tem gerado a empresários do setor".

"Tivemos que aguentar calados as perdas econômicas milionárias, porque as importações de leite em pó e derivados lácteos, uma razão de 200 mil toneladas anuais em média, multiplicadas por 23 anos, deslocaram mais de 300 mil unidades produtoras de alimentos e 500 mil empregos diretos e indiretos. Nós, os produtores do setor agropecuário, fazemos um chamado e uma convocação ao Presidente da República e aos titulares das dependências do próprio setor, a avaliar e lembrar que nosso país continua na mesma rota que se arrasta há 25 anos, de preferir a importação de alimentos, no lugar de promover a produção nacional".

González Muñoz acusou as grandes lojas de departamento de importar produtos que não são leite. "Esses produtos contêm maior quantidade de soro e são enriquecidos com vitaminas, minerais e proteínas, mas é errado apresentá-los ao mercado como produtos lácteos. Eles representam um risco à saúde dos consumidores, pois somente reidratam o leite em pó e acrescentam 'nutrientes'". Ele disse que é essencial incluir organizações de produtores e consumidores para defender os seus interesses e os interesses do país na tomada de decisões sobre o futuro das relações comerciais com a América do Norte.

"Nós não queremos continuar a ser uma moeda de troca nas negociações comerciais com o exterior. A única coisa que pedimos ao governo e às agências federais envolvidas nas negociações comerciais, como Sagarpa, Economia e Relações Exteriores, bem como organizações privadas no setor agrícola, é não omitir a parte de organizações do setor social, como em 1994, porque já nos cansamos de receber subornos em subsídios decrescentes". Ele lamentou que as negociações comerciais do país estejam apenas nas mãos do Ministério da Economia, Relações Exteriores, Agricultura, bem como, de assessores e líderes empresariais no setor agrícola. (Informador.mx, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

Austrália: Murray Goulburn registra perda de US$ 24,5 mi à medida que produção de leite cai

A maior processadora de lácteos da Austrália, Murray Goulburn, registrou uma perda de A$ 31,9 milhões (US$ 24,50 milhões) em seus resultados semestrais. Em um anúncio à bolsa de valores, a empresa disse que a receita caiu 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As ofertas de leite caíram 20,6%, resultado de os produtores terem deixado a companhia, dos cortes de produção nas fazendas e das condições sazonais. A dívida líquida para os seis meses foi de A$ 677 milhões (US$ 599,99 milhões), um aumento de mais de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Houve temores crescentes entre os trabalhadores de Murray Goulburn de que a empresa fecharia fábricas em Gippsland e no norte de Victoria. O comunicado de imprensa da companhia afirma que uma revisão de seus ativos continuava, mas que a decisão final ainda não tinha sido tomada.

A Murray Goulburn disse que consideraria aumentar os preços do leite nessa estação em mais 3 centavos (2,30 centavos de dólar) o quilo, desde que não houvesse mais "deterioração material" na ingestão de leite, preços dos produtos lácteos e taxas de câmbio.

As ações da Murray Goulburn caíram 7%, para 90 centavos (69,12 centavos de dólar). Em dezembro de 2015, as ações da empresa chegaram a A$ 2,56 (US$ 1,96). 

Em 01/03/17 - 1 Dólar Australiano = US$ 0,76808
1,30159 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do ABC Rural, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Clubes de assinatura: novo modelo de negócio para o setor lácteo

A revolução digital e a mudança do comportamento do consumidor, hoje centrado no consumo online, fez ressurgir na era da internet um antigo modelo de negócio: o de clubes de assinatura. Outrora, era comum assinar jornais e revistas por um determinado período e receber em casa as novas edições. Acontecia o mesmo com o leite: as garrafas eram deixadas, com o produto fresco, em frente às casas todas as manhãs. Em 2016, os clubes de assinatura no Brasil movimentaram cerca de R$ 690 milhões, um aumento de 15% em relação a 2015, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). 

Assim como o mercado lácteo, décadas atrás, se valia da mesma lógica dos clubes de assinatura de jornais e revistas, empreendedores do setor tem neste modelo uma grande oportunidade de negócios em tempos de consumo online. É o que recomenda o boletim de tendências do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae, que apresenta dicas de como este setor pode se valer dos clubes de assinatura para promover uma experiência diferenciada de consumo aos usuários. Os primeiros passos envolvem a definição do produto a ser oferecido e análise do valor percebido, a partir de seus diferenciais. Ou seja: oferecer ao cliente algo que ele não encontre em qualquer lugar, como o leite ou queijo de determinada região, um doce ou iogurte gourmet etc. A partir disso, é preciso calcular todos os custos (divulgação do serviço, logística, entrega) antes de definir o valor a ser cobrado ao assinante.  Como os valores das assinaturas são fixos, a análise do faturamento e a previsão de lucro são mais simples.

O mercado lácteo brasileiro já conta com alguns cases de sucesso em clubes de assinatura. Um deles é o Clube do Queijo, focado em produtos artesanais. Por R$ 140,00, o assinante recebe todos os meses, cinco tipos diferentes de queijos, que não são facilmente encontradas nos grandes centros comerciais e são provenientes de inúmeros pequenos produtores. Outro exemplo, mas que agrega outros produtos ao serviço, é o Oh! Minas que oferece bebidas, temperos, doces, compotas, queijos e até mesmo livros, utensílios domésticos e itens de decoração. A ideia é resgatar a cultura e as tradições mineiras, retratando os valores do estado - o valor da assinatura varia entre R$ 79,90 e R$ 99,90.(Agrolink com informações de assessoria)

 

 
Fechamentos de fazendas leiteiras dos EUA ultrapassaram a tendência de 10 anos
No total, 1.725 fazendas leiteiras em todo os Estados Unidos pediram seu fechamento no ano passado. Esse total representou saídas mais profundas que no ano anterior, quando 1.275 fazendas deixaram a indústria. As margens apertadas que variaram de US$ 12,70 a US$ 20,22 por 100 quilos após os custos de alimentação estiveram entre as razões pelas quais mais produtores de leite saíram da indústria no ano passado.  Enquanto a indústria continua perdendo fazendas leiteiras, o número de vacas permanece robusto à medida que o rebanho leiteiro nacional atingiu um máximo em 20 anos - de 9.328 milhões de vacas no ano passado. Dadas essas duas tendências nas estatísticas recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), fica evidente que as vacas e as fazendas leiteiras continuam a se consolidar em clusters. Ao avaliar os 10 principais estados leiteiros, medidos pelo total de fazendas leiteiras, esse grupo só perdeu 3,7% de suas fazendas no ano passado. Cada estado desse grupo também tinha mil ou mais fazendas leiteiras. Para os 40 estados restantes, as perdas totalizaram 4,9%. Com 9.520 fazendas com licenças para vender leite, Wisconsin possui 23% das fazendas leiteiras do país. O próximo da lista é Pensilvânia, com 6.650 fazendas. Em geral, o tamanho do rebanho do país subiu para 223 vacas por fazenda.  (As informações são da http://hoards.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

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