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07/03/2017

 

Porto Alegre, 07 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.454

 

  VENEZUELA IMPULSIONA EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE EM PÓ

No mês de fevereiro, novamente o saldo da balança comercial de lácteos apresentou queda. Em comparação a janeiro, o valor do déficit ficou em US$39 milhões, variação 18% menor. Já em volumes, o déficit ficou em 12,5 mil toneladas, variação 16% inferior.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. FONTE: MDIC. 

 

Em relação ao mês anterior, as movimentações de importação caíram 13,2% e em termos de valor, foi 9% inferior. O volume exportado também apresentou queda, de 3,2%. Em valores, a baixa foi de 32%. Porém, quando comparado ao mesmo período do ano de 2016, em questão de volumes importados, houve um aumento de 96,1% e de exportados o aumento foi de 46,9%. 

Diferente do mês passado, o volume de exportações de leite em pó integral apresentou uma expressiva alta de 1854%. Este fato se justifica pelo maior volume vendido à Venezuela, com a comercialização de 1.300 mil toneladas versus 66 toneladas do mês anterior. O volume de leite em pó integral importado foi 17% maior do que janeiro, sendo 9.700 mil toneladas comercializadas.

Com a menor oferta de manteiga no mundo, as transações deste produto foram menos intensas. Ao se comparar com o mês passado, o volume exportado caiu 69% com a comercialização de 1.200 toneladas, enquanto as importações caíram 51%, com 300 toneladas comercializadas. Mas, em comparação com janeiro de 2016, as importações foram 22% maiores. 

O soro de leite, neste mês, voltou a ser exportado, com 25 toneladas comercializadas. As importações apresentaram queda de 47% comparado com o mês de janeiro deste ano e totalizou 1.100 mil toneladas negociadas. (Milkpoint/MDIC)
 

 
LEILÃO GDT: PREÇOS DOS LEITES EM PÓ CAEM SIGNIFICATIVAMENTE
Na média dos produtos lácteos, o leilão GDT desta terça-feira (07/03) novamente apresentou queda, porém mais significativa que o leilão anterior, atingindo 6,3%. A média final ficou em US$3.512/toneladas e o volume de vendas em 22,328 toneladas, variando 9% para cima.

A queda significativa também pôde ser observada no leite em pó desnatado, que fechou a US$2.118/tonelada, valor 15,5% menor. Já o leite em pó integral apresentou decréscimo de 12,4%, finalizando a média a US$2.782/tonelada. 

O queijo cheddar também apresentou queda, com preço médio a US$3.435, valor 4,2% menor do que o leilão anterior. As quedas ocorreram para todas as entregas futuras, porém em menor grau nos meses de julho e agosto. (Milkpoint/GDT)


 

PIB BRASILEIRO ENCOLHE 7,2%; AGROPECUÁRIA LIDERA OS RECUOS

A economia brasileira encolheu pelo segundo ano consecutivo em 2016, confirmando a pior recessão desde 1930. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas, caiu 3,6% no ano passado, segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira, 7. Com dois anos de recessão, o PIB brasileiro acumula retração de 7,2%.

Pelos dados do IBGE, é a maior retração desde 1948, mas séries históricas mais antigas, como as do Ipea, apontam para a maior recessão desde 1930, quando o mundo vivia a Grande Depressão, provocada pela quebra da Bolsa da Nova York. O resultado veio um pouco abaixo do recuo de 2015, de 3,8%, e dentro das expectativas dos analistas. O tombo foi generalizado entre todas as atividades econômicas, com a agropecuária liderando os recuos (-6,6%), seguida pela indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%).

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de dados sobre antes de 1948. Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. "É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos", afirmou Rebeca.

Empobrecimento
"A população empobreceu", afirmou Rebeca ao analisar a divisão do PIB pelo número de habitantes, o PIB per capita. De 2014 a 2016, o PIB per capita caiu 9,1%. No mesmo período, a população cresceu 0,9% ao ano. A queda de 9,1% é "bastante relevante", de acordo com a pesquisadora. "Nos três últimos anos, como a população continua crescendo, a queda do PIB per capita amplificou. O bolo encolheu e a quantidade de pessoas aumentou. Tem que colocar muita água no feijão."

No quarto trimestre, a queda do PIB foi de 0,9% em relação aos três meses anteriores, a oitava nesta comparação. Nesta análise, a agropecuária cresceu 1%, enquanto a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram.

Depois de dois anos de contração do PIB, os analistas afirmam que já há sinais de melhora, como a queda da inflação e juros, e o crescimento da confiança de consumidores e empresários. Mas a indicação é que a recuperação ainda será frágil diante da alta taxa de desemprego, que compromete a retomada do consumo, um dos motores do crescimento nos últimos anos. Pelos dados do PIB, o consumo das famílias caiu 4,2% em relação a 2015, enquanto a despesa do governo caiu 0,6%. 

Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 10,2%, o terceiro recuo seguido. O dado é olhado pelos economistas para medir a capacidade da economia de crescer. Apesar do tombo generalizado entre todas as atividades, as exportações mostraram alta de 1,9%, impedindo um declínio maior do PIB.

O governo tem adotado o discurso de que o PIB vai mostrar crescimento já no primeiro trimestre deste ano. De acordo com as projeções dos analistas ouvido pelo Banco Central, a economia deve ter alta de 0,49% em 2017 e de 2,39% em 2018. Em 2015, o quadro já fora ruim, quando houve declínio de 3,8%. Em 2014, o PIB cresceu apenas 0,5% - dado revisado após taxa positiva original de 0,10%. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)
 

 
ICPLeite/Embrapa
O custo de produção de leite em janeiro recuou -1,43%, em relação aos custos apurados para dezembro de 2016. Quando ocorre uma variação nos custos como o apresentado, o que configura um quadro conjuntural de deflação, ou seja, o inverso da inflação. Este resultado tem por base o Índice de Custos de Produção de Leite - ICPLeite/Embrapa, calculado pela Embrapa Gado de Leite. O principal motivo para esta retração nos custos se deu pela queda de preços na ração para vaca e nos farelos de soja, milho, trigo e algodão. Isto fez com que o grupo Concentrado tivesse queda de -3,05% no mês. O grupo Produção e compra de volumosos, também apresentou queda de -1,18%, dada a redução do custo de silagem. Os grupos Reprodução e Sanidade apresentaram também valores negativos -0,28 e -0,04 respectivamente. Os grupos Mão-de-obra, Sal Mineral, Qualidade do Leite e Energia e Combustível não apresentaram variação de custos este mês. (Embrapa)
 

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