Pular para o conteúdo

22/02/2017

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.447

 

 Conseleite/SC 

A queda de produção e a competição entre as indústrias pela matéria-prima estão repercutindo no preço pago aos produtores rurais pelo leite. Esse viés de alta já se manifestou em janeiro e tende a evoluir neste primeiro quadrimestre: o Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite), reunido nesta semana em Joaçaba, definiu 2,7% de aumento nos valores de referência.

Os valores para o mês de fevereiro ficaram projetados com aumento entre 2 e 3 centavos: Leite acima do padrão R$ 1,2742 o litro, leite padrão R$ 1,1080 e abaixo do padrão R$ 1,0073.
"Esse valor ainda não cobre os custos de produção, principalmente para os produtores que têm tecnologia e mão de obra mais avançadas, mas as expectativas são de que os preços pagos aos criadores de gado leiteiro aumentem gradativamente", observa o presidente do Conseleite e vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC), Adelar Maximiliano Zimmer.

Entretanto, como de praxe, o mercado de lácteos está praticando preço superior aos fixados pelo Conseleite em pelo menos dez centavos acima dos valores de referência. O dirigente observa que ocorreu queda na produção em decorrência da diminuição do número de animais nos planteis em 2016. Houve também baixa na produtividade em função da qualidade da nutrição. Esse quadro, porém, será revertido em face das boas expectativas da safra de grãos 2016/2017. "Com a produção de milho em alta ocorre uma queda no preço dos insumos o que diminuirá os custos de produção e, consequentemente, oportunizará uma melhor rentabilidade aos produtores".

O presidente do Conseleite salienta que a proximidade das estações mais amenas, como outono e inverno, é boa para a produção leiteira. "O período de inverno aumenta a produtividade. Os produtores se preparam com estoques de silagem e as demais regiões do Brasil não produzem leite nessa época o que é bom para Santa Catarina. Além disso, o consumo é maior nesse período, o que aquece o setor".

PRODUÇÃO
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,9 bilhões de litros ao ano. Praticamente todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 75% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 8,3 milhões de litros/dia. (Faesc)
 
 

 
Leilão GDT: Preços do leite em pó integral e desnatado saem da estabilidade para queda

O leilão GDT realizado dia 21/02, apresentou queda de 3,2%, fechando o preço médio dos lácteos a RS$3.474/ tonelada. O queijo cheddar apresentou um decréscimo mais expressivo do que o leilão anterior, de 5,3%, fechando a média em RS$3.590/tonelada. 

Os leites em pó (integral e desnatado) saíram da estabilidade e apresentaram quedas de 3,7% e 3,8%, respectivamente. A média final do leite em pó integral fechou a RS$3.189/tonelada, enquanto o desnatado fechou a RS$2.574/tonelada.

O volume de vendas dos produtos lácteos também continua caindo, sendo comercializadas 20.479 toneladas, valor 7% menor comparado ao mesmo período do ano de 2016. 

Para os próximos leilões GDT, os preços futuros apresentados na tabela acima demonstram valores menores dos que indicados no último leilão. No caso do leite em pó integral, a média já está sendo cotada a US$3.200/toneladas. (Milkpoint/GDT)


 
Fonterra revisa para cima expectativas de captação de leite para 2016/2017

A maior cooperativa de lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, revisou para cima sua previsão para captação de leite em 2016-17, apesar da recente seca. "No geral, as captações de leite na Nova Zelândia da Fonterra mostraram sinais de melhora após condições climáticas desfavoráveis ao longo dos meses de pico", disse a cooperativa.

A Fonterra revisou sua previsão para a estação de 2016-17, prevendo que as captações na Nova Zelândia cairiam 5% com relação ao ano anterior. Esta é uma revisão para cima da previsão anterior da Fonterra, de um declínio de 7%. Em janeiro, as captações de leite da Fonterra na Nova Zelândia caíram 1% com relação a ano anterior, uma melhora com relação ao início da estação. Durante o período de 1 de junho até o final de janeiro, as captações caíram 5%. "A revisão se baseia nas condições de seca na Ilha do Norte", disse Fonterra. A produção total de leite da Nova Zelândia, incluindo a dos produtores que não são membros da Fonterra, está sob pressão devido à seca.

"A produção total de leite em dezembro caiu 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior", disse a Fonterra. A produção total de leite de 2016 na Nova Zelândia caiu 2% com relação ao ano anterior. "O clima adverso, particularmente durante os meses de pico colocou pressão para baixo nos volumes". Mas os preços das propriedades leiteiras na Nova Zelândia continuam resilientes, apesar da seca. O Real Estate Institute da Nova Zelândia informou que os preços para as fazendas leiteiras, medidos em seu índice, subiram 5,2% nos três meses até janeiro de 2017 em comparação com os três meses até dezembro de 2016. Os preços subiram 8,6% com relação ao ano anterior. A produção na Austrália e Nova Zelândia também vêm caindo. Na Austrália, a produção de leite em novembro caiu 6% com relação ao ano anterior.

A produção da União Europeia (UE) diminuiu pelo sexto mês consecutivo, com novembro tendo queda de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado. A produção ao longo dos 12 meses até novembro cresceu 1% com relação ao ano anterior. Mas a produção nos EUA está indo contra a tendência de queda em outros lugares, com a produção em dezembro aumentando 2% com relação ao ano anterior. 

A Fonterra atribuiu o aumento da produção a "condições climáticas favoráveis e aos preços dos grãos". E o aumento da oferta está ajudando os EUA a conquistar participação de mercado, com as exportações de leite dos EUA subindo 27% com relação ao ano anterior em novembro. "As exportações dos EUA continuam a crescer com um sexto mês consecutivo de crescimento positivo", disse a Fonterra. "A força de exportação recente fora da Nova Zelândia e da UE parece estar se suavizando". (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 
Lácteos/NZ 
Um novo relatório confirma que a indústria de laticínios dá a maior contribuição à economia da Nova Zelândia, disse o Ministro da Indústria, Nathan Guy. "O setor lácteo contribuiu com 7,8 bilhões do PIB da Nova Zelândia e é o maior exportador, consta de um relatório. Isto é apenas um lembrete de como a indústria de laticínios é importante", disse o Ministro. O relatório "Contribuição Econômica do Comércio de Láteos para a Nova Zelândia" elaborado pela Associação das Indústrias de Laticínios da Nova Zelândia (DCANZ) foi divulgado hoje. "Mesmo sendo o segundo ano de dificuldades, até março de 2016 o setor tinha conseguido exportar NZ$ 13 bilhões. De acordo com o relatório, o setor emprega mais de 40.000 trabalhadores e as vagas no setor mais que dobraram desde o ano 2.000, obtendo crescimento médio anual de 3,7%. A indústria de laticínios é especialmente importante em algumas regiões. Representa 14,8% da economia da Ilha Sul, 11,5% da economia da Costa Oeste, e 10,9% da economia de Waikato. Como Governo estamos investindo NZ$ 89 milhões em parceria com a indústria, para ajudar a desenvolver novos produtos, reduzir o impacto ambiental, aumentar a produtividade no campo e melhorar a educação agrícola. A DairyNZ estima que os agricultores gastaram cerca de NZ$ 1 bilhão nos últimos cinco anos em sistemas de gestão ambiental, como tratamento de efluentes, barreiras e manejo de terras vulneráveis. Isto equivale a NZ$ 90.000 por fazenda de leite. O relatório também destaca a importância de liberalização do comércio. Um modelo projetado no relatório, calcula que se todas as tarifas globais dos produtos lácteos fossem eliminadas, aumentaria o PIB do país em NZ$ 1 bilhão. É por isso que aberturas e acessos a mercados continuam em pauta, e a na luta para quebrar barreiras é prioridade." (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *