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Porto Alegre, 16 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.461

 

Criado grupo de acompanhamento para implantação da NF-e

Para solucionar os entraves e discussões que a implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-E) para os produtores gaúchos tem causado, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e entidades do setor decidiram formar um grupo de acompanhamento. A decisão foi tomada em audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (16/3), no Plenarinho da Assembleia. 

A criação do grupo foi uma sugestão do deputado estadual Elton Weber, por achar que a prorrogação da data de implantação da NF-e na zona rural é a decisão mais acertada enquanto não houver sinal de Internet adequado. Assim como o parlamentar, muitos representantes do campo também manifestaram esta mesma apreensão.

A gerente administrativa do Sindilat, Julia Bastiani, reafirmou na reunião a posição tomada pelo sindicato de que a emissão de notas pelo produtor deve ser extinta, já que ele entrega o leite diariamente e só remete o documento fiscal no final do mês. O subsecretário adjunto da Receita Estadual, Paulo Cestari, afirmou que irá avaliar esta sugestão.

O assessor da Anatel, Sidnei Ochmann, disse que conforme base legal está disponibilizada a todos os municípios gaúchos, desde 2016, o atendimento por acesso individual por telefonia fixa para usuários até 30 quilômetros contados a partir do limite urbano da localidade-sede do município. 

Nesta semana, após pressão da Fetag-RS e de Weber, o secretário Estadual da Fazenda, Giovani Feltes, anunciou a prorrogação da entrada em vigor da NF-e de 1º de abril deste ano para 1º de janeiro de 2019. (Assessoria de Imprensa Sindilat com informações da Assembleia Legislativa)

 

 
Laticínios sugere alinhamento com a Seapi para controle de vacinação de brucelose

 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) pretende pedir o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para operacionalizar o controle de vacinação contra brucelose, conforme exigência da IN 19/MAPA, pelas indústrias de laticínios. A proposta é encaminhar um documento à Seapi solicitando que Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDA) possam emitir comprovantes da regularidade com a vacinação dos fornecedores de leite cadastrados diretamente aos laticínios. De posse desses certificados, as empresas conseguiriam cumprir o regramento previsto no artigo 19 da referida IN.

A decisão foi tomada nesta terça-feira (14/3) na primeira reunião do Grupo de Qualidade do Sindilat, criado para alinhar com os laticínios associados questões referentes aos processos ligados à garantia da qualidade. No encontro, os dirigentes técnicos das empresas também avaliaram as resoluções que alteram a rotulagem de produtos em relação à informação sobre lactose. Publicadas em fevereiro, as resoluções RDC 135/2017 e RDC 136/2017 obrigam que todo produto lácteo que possuir mais de 0,1% lactose traga alerta no rótulo.

Segundo a consultora técnica do Sindilat, Letícia Cappiello, muitas indústrias já estão aptas a atender às normas de rotulagem dos produtos que contêm lactose. Contudo, os 24 meses de adaptação estabelecidos pela Anvisa darão tranquilidade ao processo para as demais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

A Índia, o maior produtor de leite, é responsável por 18,5% de toda produção mundial

A Índia ocupa o primeiro lugar na produção de leite, representando 18,5% da produção mundial, alcançando uma produção anual de 146,3 milhões de toneladas na temporada 2014/15, contra 137,69 milhões de toneladas na temporada 2013/14, crescimento de 6,26%. Considerando que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) registrou crescimento de 3,1% na produção mundial de leite de 765 milhões de toneladas em 2013 para 789 milhões de toneladas em 2014. A disponibilidade per capita de leite na Índia aumentou de 176 gramas por dia em 1990-91 para 322 gramas por dia em 2014-15. É mais do que a média mundial de 294 gramas por dia durante 2013.

Isto representa um crescimento sustentado na disponibilidade de leite e produtos lácteos para a população crescente, e a produção de leite se transforma em uma importante fonte secundária de renda para milhões de famílias do meio rural envolvidas na agricultura. O sucesso da indústria de laticínios é resultado de um sistema integrado de cooperativas de coleta de leite, transporte, processamento e distribuição. A transformação em leite em pó e outros produtos, permite minimizar o impacto sazonal sobre os fornecedores e compradores, a distribuição no varejo de produtos lácteos, proporcionando a partilha dos lucros com os agricultores, que investem no aumento da produtividade. Um modelo que pode ser utilizado por outros produtos agrícolas, ou cadeia de produtores.

De acordo com o Ministro da Agricultura, Radaha Mohan Singh a Índia continua sendo o maior produtor de leite do mundo, com 155 milhões de toneladas em 2015/16. Ele disse que a produção total de leite subiu 4,3% entre julho e outubro de 2016, em relação ao mesmo período de 2015. "Pelas últimas informações disponíveis, o total da produção de leite até outubro foi de 105,41 milhões de toneladas", nos oito primeiros meses da temporada. (News18.com/The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

Mercado chinês de restaurantes atrai laticínios estrangeiros

Em uma cozinha industrial em um arborizado subúrbio residencial da região central de Xangai há uma silenciosa evolução culinária em andamento. Ao lado de prateleiras lotadas de montanhas de manteiga do tamanho de pães de forma e peças de queijos de cinco quilos, chefs estão fazendo experiências com ingredientes exóticos que sua fornecedora da Nova Zelândia, a Fonterra Cooperative Group, quer tornar onipresentes na China: os lácteos. 

Comuns nas dietas ocidentais, o creme de leite, o queijo e a manteiga são itens raramente utilizados nas cozinhas comerciais chinesas. Os exportadores de lácteos estão trabalhando para mudar isso.

A cooperativa de lácteos holandesa Royal FrieslandCampina abriu uma cozinha para treinamento em Xangai em janeiro, unindo-se à Fonterra na estratégia de ensinar os cozinheiros chineses a usar produtos à base de leite e a incorporá-los a pratos populares. Em Hong Kong, onde mais de um século de controle britânico ajudou a inspirar pratos como o arroz de forno com queijo e pães de manteiga e abacaxi, os lácteos representam cerca de 5% dos ingredientes usados nas refeições, segundo a FrieslandCampina. Se essa proporção fosse igualada, se criaria um mercado de US$ 7,5 bilhões por ano na China.

Lácteos - China 
"Podemos ver a ascensão da classe média e a abertura e o ajuste aos alimentos ocidentais", disse Batthew Pang, vice-presidente de serviços alimentícios da FrieslandCampina na China. "Não tivemos essa escala de crescimento potencial em serviços alimentícios em nenhum outro lugar."

A US$ 150 bilhões por ano, o setor de serviços alimentícios da China é o maior do mundo depois do dos EUA e o do Japão, e a culinária estilo ocidental está ganhando popularidade, disse Sally Peng, gerente de contas sênior da empresa de pesquisa NPD Group em Xangai.

A Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, começou a treinar chefs chineses em 2015 e atualmente realiza workshops em Xangai, Pequim, Guangzhou e Chengdu para os clientes, entre os quais as redes locais de padarias Hoililand e de pizzarias Champion.

A Fonterra vendeu o equivalente a 271 milhões de litros de leite em produtos de consumo e de serviços alimentícios para a China no trimestre que terminou em 31 de outubro, um aumento de 36% em relação ao ano anterior. A margem bruta na China nas duas categorias subiu de 32% para 39%, informou a companhia em novembro. "Uma nova geração de chineses da parte continental do país passou a admirar mais a cultura ocidental - ou está mais adaptada a ela -, especialmente no que diz respeito à alimentação", disse Pang, da FrieslandCampina.

Estudos mostram que uma alta proporção de chineses é incapaz de absorver a lactose, o principal carboidrato do leite, que lhes provoca inchaço, flatulência, cólicas e náuseas. No entanto, a intolerância à lactose está se tornando um problema menor à medida que mais pessoas são expostas a produtos à base de leite desde os primeiros anos de vida, disse Pang. (As informações são do Bloomberg)
 

Crise/Uruguai
O Instituto Nacional de la Leche (Inale) aposta no crescimento do setor lácteo para superar as limitações provocadas pela crise nos últimos três anos. Um fator especial é o financiamento de longo prazo para enfrentar o elevado endividamento de mais de US$ 300 milhões. As soluções para o endividamento de curto prazo começaram com renegociações, e outros com gerenciamento. Mas, também a solução para as dívidas de longo prazo está no crescimento da produção, mediante aumento de produtividade, destacou a El Observador o presidente do Inale, Ricardo de Izaguirre. Ele destaca ações fundamentais: de um lado o aumento da produtividade das fazendas de leite com um serviço de extensão adequado em projetos de cinco anos, e, por outro lado, conseguir um financiamento de longo prazo e amortizações flexíveis. Nessas duas direções estão conseguindo avanços importantes, sustentou Izaguirre. É preciso investir no desenvolvimento de tecnologias, mas, também no tratamento de efluentes e irrigação, o que requer apoio financeiro no curto prazo. Os projetos nessas duas linhas estão avançando e devem dinamizar o setor. A cada 15 dias são realizadas reuniões com diversos atores vinculados à assistência técnica. Espera-se atingir impactos essenciais com a visita dos próprios técnicos às fazendas. No que se refere ao aspecto financeiro, é preciso analisar cada produtor individualmente. Para isso estão sendo realizadas reuniões com o Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (NIA) o Instituto Nacional de Colonização (INC), e o Instituto de Plano Agropecuário (IPA) e com a Universidad da República (Udelar). Antes foram realizadas reuniões com os industriais e com entidades dos produtores de leite. (Fonte da Notícia:El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 15 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.460

 

   Derivados do leite estarão em destaque na Expoleite/Fenasul

Os derivados do leite serão destaque na 40º Expoleite e na 17ª Fenasul, eventos que serão realizados entre os dias 24 e 28 de maio, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A escolha pelos produtos, como manteiga, queijo, iogurte e creme de leite, entre outros, foi definida em reunião realizada na terça-feira (14/3) no local. Na ocasião, foi criada uma comissão executiva, liderada pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), que ficará encarregada da organização da feira. No dia 28 de março, será realizada uma nova reunião para definir os detalhes da programação. 

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, ressalta que a ideia é trazer palestrantes da área da saúde. "Além de esclarecer dúvidas, estes profissionais vão falar sobre as indicações e os benefícios de consumir produtos lácteos", comenta.

O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, destacou que a ampliação da temática da feira irá deixá-la mais atrativa ao público. "A nossa expectativa é grande para o evento. Estamos nos organizando entre as entidades para realizar várias atividades", adiantou o coordenador da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues.

A Expoleite/Fenasul será realizada com o apoio do Sindilat, Farsul, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil), Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag),  Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e Federação Gaúcha de Laço. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Felipe Wizzoto

 

 
Weber comemora prorrogação de prazo para emissão de Nota Fiscal Eletrônica

Até a sexta-feira (17) será publicado um decreto estadual que prorroga o prazo de obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica para agricultores gaúchos. O decreto é fruto da pressão da Fetag-RS em conjunto com o deputado estadual Elton Weber, que foi informado do novo cronograma nesta manhã pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes.

No caso dos produtores integrados, o prazo foi prorrogado de 1º de abril para 1º de outubro deste ano. Para os demais agricultores a exigência entra em vigor em janeiro de 2019. "A medida era urgente frente a total falta de condições do produtor para emitir a Nota Fiscal por falta de um sinal decente de telefone e Internet", comemora Weber.

A nova prorrogação ocorre quase três meses após a aprovação do Projeto de Lei 34/2016 do deputado Elton Weber na Assembleia Legislativa, em 21 de dezembro. O projeto prevê o reenquadramento de produtores como microprodutores de acordo com a elevação do teto de renda anual, que subiria de 15 mil UPF´s para 25.200 UPF´s (R$ 257.161,50 para R$ 432.031,31). Com esta classificação, o produtor seria obrigado a emitir a NF-e somente a partir de 2019. 

Porém, o projeto foi vetado pelo governador José Ivo Sartori neste mês. Desde então o deputado trabalha pela derrubada do veto, previsto na pauta de votação da próxima semana da Assembleia. Weber argumenta que independentemente da prorrogação ter saído, os tetos estão muito defasados. "Eu lamento que a lei ainda não esteja em vigor, se passou um ano desde que apresentei o projeto." (Assessoria de Imprensa Deputado Elton Weber)

USDEC: Cresce exportações mundiais de lácteos; Para o México, há desaceleração

Os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraram que os volumes de exportação de soro e leite em pó aumentaram pelo oitavo mês consecutivo, mas os dados também confirmaram um abrandamento das exportações de leite para o México, o maior mercado de exportação para os EUA. Os dados parecem confirmar de alguma forma a preocupação da indústria láctea com o potencial impacto negativo da Administração Trump retirando os EUA da Parceria Transpacífica (TPP), que inclui o México.

"Isso coloca o setor agrícola dos EUA em uma desvantagem competitiva", disse o presidente da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF), Jim Mulhern, na época. Os envios ao México caíram 2%, para US$ 93 milhões em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado e foram o menor valor desde agosto de 2015. 

"Os dados oficiais do USDA continuam a mostrar um aumento nas exportações de leite em pó integral para o México. No entanto, acreditamos que esse volume representa vendas de leite em pó desnatado que foram mal classificadas no porto", disse o USDEC em sua análise mensal do mercado. Por outro lado, as exportações globais de leite em pó desnatado aumentaram 13% em relação há um ano, devido ao aumento das vendas para o Paquistão e para o Sudeste Asiático.

As exportações de soro de leite nos Estados Unidos registraram o crescimento mais forte, de 41.220 toneladas em janeiro de 2017, um aumento de 24% em relação ao ano passado. De acordo com o USDEC, quase metade das vendas de exportação de soro de leite foi para a China, um mercado que aumentou suas importações lácteas em 73% nos últimos oito meses. Kristi Saitama, vice-presidente de vendas de ingredientes de exportação do USDEC, escreveu em um blog recentemente que três grupos demográficos estão impulsionando a demanda por proteína de soro de leite na China, incluindo: adultos e idosos conscientes sobre questões de saúde, bebês e crianças e "entusiastas fitness da classe média".

De acordo com projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), a população demográfica com mais de 65 anos atingirá aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas em 2050 em todo o mundo, com a China representando o maior segmento desta faixa etária. Além disso, as empresas chinesas estão cada vez mais à procura de soro de leite como uma fonte principal de proteína para produtos de nutrição infantil, como fórmula infantil.

A indústria de lácteos dos Estados Unidos pressionou o Canadá várias vezes para abandonar o que chama de políticas comerciais "protecionistas" que criam incentivos para que os produtores canadenses adquiram produtos lácteos no mercado interno em vez de cumprir as regras e regulamentos estabelecidos no NAFTA. 

O USDEC descobriu que as exportações de leite fluido e creme de leite dos EUA aumentaram 12% em janeiro, mas os envios para o Canadá começaram a diminuir. Os exportadores venderam 3,11 milhões de litros para o Canadá em janeiro de 2017, contra uma média de 6,91 milhões de litros/mês no quarto trimestre de 2016 - queda de 55%. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Parmalat compra companhias de queijos no Chile

Parmalat anunciou que sua subsidiária La Vaquita Holding adquiriu algumas empresas do setor de queijos do Chile. As empresas adquiridas incluem quatro instalações de produção com cerca de 600 funcionários. O portfólio de marcas inclui, entre outros, "La Vaquita" e "Kümey". Em 2016, as empresas adquiridas geraram uma receita líquida de cerca de 95 milhões de euros (US$ 99,98 milhões). O valor das empresas adquiridas foi fixado em cerca de 100 milhões de euros (US$ 105,25 milhões) e a aquisição foi totalmente financiada pelo grupo com recursos próprios. A Parmalat disse que o acordo reforça sua presença na América do Sul, expandindo-se geograficamente em um país onde opera através de um contrato de licenciamento. A La Vaquita, que tem quatro fábricas no Chile, também inclui as marcas Mulpulmo, Président e Santa Sara, e produz uma variedade de queijos, cream cheese e manteiga. (Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 
Bando ANZ: cresce a oferta global de leite
A oferta global de leite voltou a aumentar graças a condições de produção favoráveis no Hemisfério Norte, avaliou nesta terça-feira, dia 14, o banco ANZ. Para a instituição, a produção na Nova Zelândia deverá superar as expectativas na atual temporada, enquanto os estoques europeus tendem a ser maiores. O banco, contudo, diz que essa maior disponibilidade internacional não significará necessariamente pressão sobre os preços. Isso porque os requerimentos de importação na China podem crescer de 10% a 20% em 2017. Caso isso se confirme, os valores do leite em pó poderão se sustentar acima de US$ 2.800 por tonelada. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

 

Porto Alegre, 14 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.459

 

  NOTA OFICIAL

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) vem a público manifestar-se sobre a 12º fase da Operação Leite Compensado deflagrada nesta terça-feira (14/3) nas cidades de Nova Araçá, Casca, Marau, Estrela e Travesseiro.

O Sindilat repudia qualquer tipo de adulteração no leite e defende, assim como seus associados, uma postura ética e respeitosa perante os consumidores.  Desta forma, o sindicato apoia integralmente a operação deflagrada pelo Ministério Público do RS, Ministério da Agricultura, Receita Estadual e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) no intuito de assegurar a qualidade dos produtos lácteos produzidos em todos os municípios do Estado do Rio Grande do Sul.

O Sindilat recomenda aos consumidores que continuem buscando marcas de sua confiança. A ação de supostos malfeitores no setor, além de por em risco a saúde dos consumidores, impõe uma concorrência desleal ao mercado e às centenas de laticínios que atuam com alto rigor e controle de qualidade, comprometidos com a sanidade e integridade dos alimentos que fabricam.  

Os laticínios também entendem que, com a implementação completa da Lei do Leite, fraudes deverão ser ainda mais coibidas. O Sindilat vem trabalhando com afinco na legislação e operacionalização dos regramentos propostos e defende medidas que evitem que cargas rejeitadas por uma empresa possam chegar a outras. 

O Rio Grande do Sul é o estado da federação onde a produção láctea é a mais fiscalizada no país. É importante ressaltar que o leite e seus derivados são alimentos de alto valor nutricional e utilizados na alimentação de milhares de pessoas. Qualquer ação de adulteração deve ser vista como um ato de agressão à saúde humana e punida com o rigor da lei.

Sem mais no momento,

 
Alexandre Guerra
Presidente do Sindilat/RS

Porto Alegre, 14 de março de 2017

 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 14 de Março de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2017 é de R$ 2,3111/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 
 
França busca alianças estratégicas para expandir setor lácteo; Brasil também é alvo
A França, um país que é do tamanho do Estado de Minas Gerais, produz 1,9 milhão de toneladas de 1,2 mil tipos de queijo por ano. Não há uma única região na qual a atividade queijeira não faça parte da cultura e da economia local. 

O brie, de pasta mole e crosta branca, é produzido na região de Seine-et-Marne. Já o comté, um dos mais populares, é produzido nas montanhas da Franche-Comté, na região do Jura, por pequenas cooperativas conhecidas como fruitières. Na categoria dos queijos de cheiro forte está o maroilles, da região de Picardie. Mas os que fazem mesmo sucesso, em matéria de produto gourmet, são os da Normandia. 

Três são considerados pelos mestres queijeiros de todo o mundo como soberbos: o camembert, o livarot e o pont-l'êveque. O camembert, por exemplo, uma criação da época da Revolução Francesa, no final dos anos de 1790, é feito de leite cru. Não por acaso, o queijo conta a história da França e ajuda a economia do país a movimentar € 26 bilhões por ano, principalmente no mercado interno. Agora, os produtores franceses e a sua indústria de lácteos querem aumentar a presença no Brasil. "Com certeza, vamos ter mais queijos franceses na mesa dos brasileiros. Isso é bastante claro para nós", diz Laurent Damiens, 52 anos, diretor de marketing do Centro Nacional Interprofissional de Economia Leiteira (CNIEL), organismo fundado nos anos 1970, que reúne federações de produtores, cooperativas de laticínios e indústrias daquele país.

Damiens esteve no Brasil com uma missão de executivos franceses. Ele se reuniu com importadores e participou do Bonjour French Food em São Paulo, evento que vem sendo realizado em alguns países, entre eles Japão e Austrália, com o objetivo de apresentar o agronegócio francês. De acordo com Michel Bianchi, consul geral da França em São Paulo, o Brasil faz parte de um bloco de países nos quais a expectativa é de expansão do comércio. 

"Hoje, das ações dos organismos de comércio exterior, cerca 40% se concentram na América Latina, como México, Cuba, Argentina e Brasil". No entanto, o País ainda importa pouquíssimos produtos lácteos franceses. Na última década, as compras variaram entre 1,6 mil toneladas por ano a 1,9 mil toneladas. Para os Estados Unidos, a França vende 25 mil toneladas de 400 tipos. No caso das importações brasileiras, a exceção foi 2013, ano em que o País importou 3,4 mil toneladas, por US$ 20,5 milhões. 

Aumentar a presença no mundo também é uma questão de sobrevivência para os produtores de leite da França e faz parte da estratégia de negócios dessa cadeia produtiva. Isso porque atualmente o país produz mais do que consome e está se preparando para produzir muito mais nos próximos anos. A meta do setor é chegar em 2020 processando anualmente até 27 bilhões de litros de leite de vaca. Atualmente são 24,5 bilhões de litros por ano. O volume extra, de cerca de três bilhões, devem ser dedicados exclusivamente à exportação.

A cadeia leiteira na França passou por uma radical transformação nas últimas duas décadas, baseada na concentração em todos os setores. De 150 mil produtores daquela época, hoje há 67 mil. Porém, o número de vacas leiteiras permanece praticamente inalterado: 3,7 milhões, principalmente das raças holandesa, montbéliarde e normanda. "Antes, a média era de 25 vacas por produtor, agora é de 55 vacas", diz Damiens. "Em dez anos, 35 mil produtores passaram a ter 100 vacas ou mais." A produção média anual tem sido de 370 mil litros por fazenda.

Além da concentração, nos últimos cinco anos, as fazendas francesas investiram € 4 bilhões para se modernizar, principalmente em instalações visando o conforto e o bem estar dos animais. De acordo com Damiens, isso é reflexo de uma nova geração de pecuaristas que estão indo para o campo. "Temos como certo que 90% dos produtores que deixaram o leite por se aposentarem, os filhos não herdaram a atividade", diz ele. "Hoje, quem está indo para o campo produzir leite são profissionais da cidade em busca de qualidade de vida, como administradores, publicitários, advogados, com uma super formação e que pensam em economia de escala."

A contrapartida de alianças que visam a venda de produtos lácteos processados tem um motivo. A indústria francesa do setor também tem passado por transformações profundas. Isso porque, com a globalização, o modelo americano de negócio repercutiu em todas as economias do mundo. Em paralelo à concentração de fazendas houve também uma concentração da indústria de lácteos. Até o final dos anos 1990, havia cerca de mil indústrias, hoje há 300 empresas operando 650 fábricas no país. Entre elas estão cinco grandes grupos mundiais: Lactalis, que chegou ao Brasil em 2013, e Danone, no País desde os anos 1970, além de Bel, Savencia e Sodiaal.

A pesquisa é um dos pilares dessas gigantes. Somente a Lactalis, por exemplo, possui uma equipe 200 engenheiros em seus laboratórios franceses. De acordo com Damiens, a concentração no setor gerou uma maior competitividade no segmento. "O setor de laticínios é onde tem ocorrido uma maior variedade de novos produtos no mundo inteiro e a França não fugiu à regra", afirma ele. "No ano de 2014, por exemplo, chegamos a lançar no mercado cerca de 450 novas variedades de queijos, entre eles os aromatizados, por exemplo."

Mas, em um segmento de negócios maduros como é o de queijos, o país mantém intactas algumas diretrizes que estão mais para a tradição que para os modismos. Como os produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP), um selo de qualidade regulamentado pela União Europeia nos anos 1990. Hoje, do total de 186 laticínios com o selo, 50 estão na França: 45 para queijos, três para manteiga e dois para creme de leite. "Esses produtos são ainda mais refinados", diz Damiens. "Podemos trazer ao Brasil o que os brasileiros quiserem." 

A França exporta lácteos para cerca de 140 países. Mas, de acordo com René Quirin, conselheiro agrícola do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Desenvolvimento Internacional, poderia ser mais. "Exportamos € 9,6 bilhões em lácteos, como queijos, creme e nata. Os queijos representam € 4,2 bilhões da receita", afirma Quirin. "Podemos exportar mais porque temos qualidade sanitária e rastreabilidade em toda a cadeia." Em volume, a França exportou 671,8 mil toneladas de queijos em 2015.

No segmento dos lácteos, a expansão das vendas externas ganhou impulso nos últimos 15 anos, muito em função de programas oficiais do governo para incrementar o comércio internacional. Além dos Estados Unidos, que é o maior cliente fora da Europa, os franceses vendem dez mil toneladas somente para o Japão. O maior atrativo dos queijos franceses é justamente a variedade. Só para comparação, a Itália possui cerca de 650 tipos, quase a metade da França. A Espanha possui 450 tipos. Além dos queijos, a França possui outros produtos, como manteiga, creme de leite, leite em pó, leite fluído, iogurte e sobremesas à base de leite. Eles ajudam a engordar o volume das exportações de 1,6 milhão de toneladas, mas ainda restritas aos países europeus.

Benoit Trivulce, consul comercial do governo francês para a América Latina, diz que o seu país está aberto ao mundo. "Estamos em busca de alianças estratégicas em pesquisa, segurança alimentar e também ao comércio", afirma Trivulce. "Na última década, o Brasil se tornou um país estratégico não apenas para os lácteos franceses", diz ele. "Nós temos uma variedade de produtos que vão dos tradicionais vinhos a frutas frescas, como maçã, damasco e kiwi." 

Trivulce é um dos encarregados do governo em encontrar lugar no mundo para os produtos franceses, em troca de parcerias. As exportações do agronegócio francês chegaram a € 63 bilhões em 2015, dos quais 67% foram para os países da própria Europa. "Acreditamos no Brasil porque o País teve dois anos de turbulências econômicas e políticas e no entanto continua muito forte na agroindústria e pujante como mercado consumidor", diz Trivulce. "A França pode servir ao Brasil de plataforma para acessar mercados na própria União Europeia, região com um potencial de 160 milhões de consumidores de produtos sofisticados, como por exemplo peças de couro. Ou mesmo acessar outros mercados, como o continente africano." (As informações são do Dinheiro Rural)

 

 
Conaprole aumenta preço do leite aos produtores no Uruguai
A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) subiu em 50 centavos de peso (1,74 centavos de dólar) por litro o valor do leite pago aos produtores pelo produto enviado durante o mês de fevereiro. Dessa forma, o preço desse período foi de $ 9,80 (US$ 0,34) por litro, informou o diretor da cooperativa, José Alpuin. Esse valor é para leite com 3,83% de gordura e 3,30% de proteína. Uma boa contribuição é feita através do preço quando o produtor enfrenta pesadas despesas preparando reservas de forragem para o próximo outono e inverno. Além disso, as captações de leite em fevereiro passado caíram em média 4% em relação ao mesmo período de 2016. A queda deveu-se principalmente ao forte declínio nos últimos 10 dias do mês devido às temperaturas muito elevadas que afetaram a produção das vacas. 
Em 09/03/17 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03493
27,8471 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 13 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.458

 

Curso vai capacitar técnicos municipais em boas práticas no leite

Para aperfeiçoar a qualidade do leite e aumentar a produção, é necessário que técnicos e responsáveis por garantir a sanidade em laticínios e em postos de resfriamento de leite atendam a legislação nacional e estadual. Pensando nisso, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) promove, nos dias 3 e 4 de abril, curso de capacitação em Boas Práticas de Fabricação. Será das 9h às 17h, na sede da entidade. A consultora de qualidade e médica veterinária, Letícia Cappiello, será a ministrante do curso. 

Na primeira etapa de capacitação, serão apresentadas a Instrução Normativa 62, de 2011, do Ministério da Agricultura, e a Lei 14.835/2016, da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, a chamada "Lei do Leite". Em seguida, Letícia irá descrever os programas de autocontrole e orientará os participantes sobre os procedimentos operacionais obrigatórios nas empresas. Por último, explicará como funciona o programa de coleta à granel e a implantação de controles no transporte de matéria-prima aplicados no Estado. No total, são 14 horas/aula. Durante o treinamento, serão utilizados exemplos das situações vivenciadas diariamente nos laticínios e experiências apresentadas pelos participantes. Maiores informações diretamente na FAMURS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  

 
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 10 de março de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de fevereiro de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de março de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)
 
  

Presidente da Languiru fala da cadeia leiteira em reunião de lideranças do Sindicato de Trabalhadores Rurais

  

 Créditos: Leandro Augusto Hamester

No início do mês de março o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia/Westfália (STR) realizou Encontro do Conselho de Lideranças da entidade em sua sede, no Bairro Languiru. Na primeira reunião de 2017, representantes da Secretaria da Saúde de Teutônia falaram de campanha de vacinação contra a febre amarela, com foco no trabalho de prevenção; o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, palestrou sobre perspectivas do setor lácteo gaúcho para os próximos meses; e profissionais abordaram questões relacionadas à produtividade do milho e ao Programa Troca-Troca/RS.
"Este encontro é um momento muito importante, que sempre aborda temas relevantes e de interesse dos produtores rurais, além de apresentar algumas das ações desenvolvidas e planejadas pelo Sindicato. É fundamental o envolvimento das nossas lideranças comunitárias", destacou a presidente do STR, Liane Brackmann, reafirmando a importância da palestra de Bayer. "A produção leiteira é muito representativa e a grande maioria dos nossos associados, assim como dos associados da Languiru, é de produtores de leite."

Tradição e desenvolvimento
O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, palestrou sobre o tema "Tradição e desenvolvimento da atividade leiteira na região", considerando que o Vale do Taquari é uma das principais bacias leiteiras do Estado. "Contamos com boas condições para produzir, principalmente em se falando do clima e da água. No entanto, há pontos em que precisamos evoluir. Uma de nossas maiores dificuldades está relacionada à escassez de mão de obra, o que encarece o custo de produção", disse.
Para ele, o trabalho de orientação e assistência técnica aos produtores é fundamental. "Deve haver esta troca constante de experiências e de aprendizado, atendendo às exigências de qualidade e de legislação. Nesse contexto, o trabalho desenvolvido pelo Departamento Técnico da Languiru e pela equipe do Sindicato é muito importante, buscando constantemente o envolvimento e a aproximação com os produtores rurais", enumerou.
Bayer ainda falou dos benefícios para a saúde do consumo de leite e dos volumes mundiais de produção e consumo. "O Brasil possui 1,3 milhão de produtores de leite e o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor, atrás apenas de Minas Gerais. A tendência para os próximos anos é de um aumento mundial da produção de leite. Países em desenvolvimento oferecem condições climáticas favoráveis para a atividade, permitindo o pastoreio dos animais na maior parte do ano, diminuindo os custos de alimentação, de mão de obra e de capital empregado", explicou.

Importação
O presidente se disse preocupado com os volumes de importação de leite em pó de países vizinhos, como Argentina e Uruguai. "A importação de leite em pó para o Brasil duplicou de 2015 para 2016. Por outro lado, as exportações brasileiras são, em geral, pouco competitivas, dependendo da situação do mercado externo. Paralelamente a isso, o forte aumento de produção no país levou à plena disponibilidade de leite, enfraquecendo preços de leite cru ao produtor e também no atacado e no varejo", lamentou Bayer, sugerindo que é necessário unir esforços diante dessa situação. "A redução de impostos para quem importa e a queda na cotação do Dólar facilitam a entrada de leite em pó estrangeiro no Brasil, o que prejudica muito a cadeia leiteira local. Importante esclarecer que não somos contra a importação, até pelo fato de que o Brasil precisa de relações comerciais internacionais, mas que essa comercialização seja em volumes que não tragam problemas aos produtores e à indústria brasileira. O associativismo é a única saída para a sustentabilidade dos pequenos produtores", afirmou, apresentando indicadores da disparidade dessa balança comercial: em 2016, o Brasil importou 241,1 milhões de quilos de leite em pó, diante de apenas 56 milhões de quilos exportados, diferença superior a 185 milhões de quilos.

Sobre perspectivas financeiras para o setor, Bayer adiantou que os preços que chegaram a ser pagos em 2016 não retornam mais, apesar da expectativa de melhora. "O que mais pode beneficiar a rentabilidade da cadeia leiteira é a redução do custo de produção. Porém, um grande problema é a ociosidade nas plantas industriais pela falta de matéria-prima. Hoje, a ociosidade da capacidade industrial instalada no Rio Grande do Sul chega a 30%, sendo que, num cenário ideal, esse índice deveria ser de, no máximo, 15%. De fato, o ano de 2016 foi muito difícil, mas estamos fazendo o melhor pela Languiru e pelos nossos associados", concluiu o presidente. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Iogurte pode contribuir com o tratamento da depressão, diz pesquisa dos EUA

Pessoas com depressão poderão em breve ter um novo e inusitado aliado na luta contra a doença: o iogurte. Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, mostrou que os lactobacilos, bactéria probiótica encontrada no iogurte, regulam o nível de um metabólico chamado kynurenine, cujo aumento está associado à depressão.

iogurte - depressão - pesquisa

Tratamento natural
De acordo com os autores, a descoberta mostra que o aprofundamento na compreensão do microbioma intestinal pode nos permitir tratar a saúde mental naturalmente, eliminando as drogas tóxicas. "A grande esperança para este tipo de pesquisa é que não precisaremos nos preocupar com drogas complexas e efeitos colaterais quando podemos apenas lidar com o microbioma. Seria mágico apenas mudar sua dieta, mudar as bactérias que você ingere, e consertar sua saúde - e seu humor.", disse Alban Gaultier, coordenador do estudo.

Bactérias aliadas da saúde
Seu experimento mostrou que quando ratos foram submetidos ao estresse - um dos fatores de risco da depressão - a única alteração na composição do microbioma intestinal foi a perda de lactobacilos, seguida pelo aumento do níveis de kynurenine no sangue e do aparecimento de sintomas de depressão. Por outro lado, o simples fato de inserir a bactéria em sua alimentação fez os sintomas praticamente desaparecerem.

"Uma única cepa de lactobacilos já é capaz de influenciar o humor. Essa é a mudança mais consistente que nós observamos em diferentes experimentos e diferentes configurações que chamamos perfis de microbioma. Vimos que os níveis de lactobacilos se correlacionam diretamente com o comportamento desses camundongos", explicou Ioana Marin, coautora do estudo.

Com base nas novas descobertas, Gaultier planeja começar a estudar se o efeito também acontece em humanos. Promissoramente, as mesmas substâncias biológicas e mecanismos pelos quais os lactobacilos afetam o humor de camundongos também são vistos em seres humanos, sugerindo que o efeito pode ser o mesmo.

Tratamento complementar
Entretanto, os pesquisadores ressaltam que o iogurte ainda não deve ser visto como um tratamento único. Embora não haja mal em pessoas com depressão comerem iogurte, em hipótese alguma elas devem parar o tratamento sem consultar seus médicos. (As informações são da VEJA)

 

 
Faturamento com a exportação com lácteos aumentou 45% no primeiro bimestre
O faturamento com exportações de produtos lácteos nos dois primeiros meses deste ano aumentou, em dólares 45%, alcançando US$ 89 milhões, contra os US$ 61 milhões em igual período de 2016. A elevação se explica com a melhora nas cotações dos produtos exportados, informou o Instituo Nacional de la Leche (Inale). As exportações de leite em pó foram superiores, embora as de queijo tenham caído levemente, enquanto houve queda nas vendas de manteiga, em relação ao primeiro bimestre de 2016. As receitas com leite em pó integral aumentaram 59%, graças ao aumento de 18% em volume, e de 34% nos preços. Já as divisas com leite em pó desnatado cresceram 57%, com elevação de 31% nos volumes vendidos, enquanto o preço médio foi reajustado em 20%. O faturamento de queijos aumentou 17%, mas caiu 3% em volume que foi compensado pelos 21% de aumento nos preços. Finalmente, o faturamento com manteiga subiu 19%, mas em volume caiu em igual percentual, embora o preço tenha subido 47%, na comperação inter-anual. Os preços de exportação de fevereiro melhoraram em relação aos de janeiro para queijos, 8%; manteiga, 4%; e leite em pó integral 1%. Os preços de leite em pó desnatado caíram 3%. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 10 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.457

 

Intolerância a lactose requer supervisão médica

 Na Expodireto Cotrijal, Kellen Severo conversa com o médico alergologista Gil Bardini Alves sobre o aumento de diagnósticos de intolerância a lactose pelo mundo. Ele afirma que é preciso haver a confirmação clínica do problema através de exames indicados por um especialista e acompanhamento do paciente. "Caso a vítima de intolerância a lactose mantenha uma restrição alimentar, ela pode ser levada a um déficit de cálcio", diz o médico.  CLIQUE AQUI para assistir a entrevista na íntegra (Canal Rural) 

 

 
Bastidores do leite: "plantamos 17 ha de grãos para silagem e nosso compost barn abriga 60 animais"

O produtor de leite e leitor do MilkPoint, José Renato de Lima, enviou um vídeo para a nossa equipe mostrando as instalações do compost barn e as silagens recém produzidas na sua propriedade: a fazenda Chácara São José, localizada em Cerqueira César/SP. Ele produz leite desde 1996 e também trabalha com a venda de animais.

No início, José Renato trabalhava com animais Girolando ½ sangue, com bezerro ao pé. Ao longo do tempo, ele foi inseminando as crias com Holandês Vermelho e Branco (HVB) até um grau de sangue de 15/16 ou 31/32. "Estou revendo esse grau de sangue e devo chegar a no máximo 15/16 de Holandês e em alguns casos somente até 7/8. Nos animais que estão nesse limite de grau, tenho inseminado com Jersey e posteriormente volto com o HVB por mais duas gerações. No início, também utilizei Pardo Suíço e principalmente Simental Leiteiro (Fleckvich alemão ou Montbeliarde francês). Gostei do Simental, mas interrompi o uso, pois tive que descartar animais ainda jovens com câncer no olho". 

Segundo ele, uma das características do Simental é ter a cabeça branca e a falta de pigmentação ocular favorece o câncer de pele. "Tenho que fazer descarte involuntário em uma parte do rebanho (animais com problemas de produção, reprodução, sanidade, alta contagem de células somáticas [CCS], entre outros. Eventualmente, há descarte voluntário - quando ocorre a venda de animais para a produção - e nesse caso o valor recebido é muito melhor", pontuou. 

Atualmente, mais da metade do rebanho está alojado no compost barn e a estratégia é que os animais em início de lactação e mais produtivos usufruam da estrutura. "Eu construí o compost barn com a ideia de confinar os animais durante o dia, para que eles evitassem lama e desfrutassem de sombra. Em contrapartida, eles pastariam de noite, porém, não conseguimos adaptá-los para isso: eles ficavam pouco tempo no pasto e retornavam rapidamente para buscar alimentos no cocho, que estava vazio. A partir deste momento eu optei pelo confinamento total. Agora no verão fizemos a silagem mas ainda estou fornecendo aos animais capim verde adicionado de cevada, polpa cítrica, caroço de algodão, sal mineral, bicarbonato (ou tamponante) e ureia (ou sulfato de amônia)".

O compost barn da fazenda possui 600m² e comporta em média 60 animais. Toda a recria, o lote menos produtivo e em final de lactação, ficam no verão em um regime de semiconfinamento, no qual o volumoso é o pastejo e há uma suplementação de concentrado no coxo. No período seco, apesar de ainda ocorrer algum pastejo, também ocorre o fornecimento de silagem e concentrado no coxo.

A dieta foi elaborada para uma produção média de 20-22 kg/leite/dia por cabeça. Alguns animais do rebanho produzem 28 kg e para eles, há uma suplementação extra na ordenha em função dessa maior quantia produzida. 

Para a elaboração da silagem da safra de verão deste ano, foram plantados 17 ha de grãos (5 ha de sorgo + 12 ha de milho). A produtividade do milho foi de aproximadamente 35 toneladas/ha e na sequência o plantio da safrinha se concretizou. A lona das silagens anteriores é utilizada coma uma proteção extra para chuva de pedras e ataques de seriemas. "Como minha propriedade fica próxima da estrada e da cidade, tenho uma perda considerável já que muitas espigas são furtadas", acrescentou o proprietário. Assista o Vídeo (MilkPoint)

 
 
Produtores de Queijo Minas Artesanal embarcarão para a França

Um grupo de produtores de queijo de Minas Gerais embarcará para a França, em junho, para conhecer o processo de maturação dos queijos de leite cru. Na oportunidade, eles também irão expor a produção das sete regiões certificadas de Minas Gerais e participar do "Mondial du Fromage" (Mundial do Queijo), um dos certames mais tradicionais do mundo. A oportunidade é considerada fundamental para divulgar o Queijo Minas Artesanal no mundo

De acordo com o superintendente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Altino Rodrigues, a viagem é um complemento do curso de formação em cura de queijos artesanais, realizado em fevereiro pela professora da Escola de Produtos Lácteos EnilBio de Poligny, na França, Délphine Gehant. "Nosso objetivo é levar produtores, representantes de cooperativas e associações de queijos das sete regiões certificadas para conhecer, na prática, o sistema de maturação de queijos com leite cru existente na França. Achamos que essa iniciativa seria um complemento perfeito, para que a gente possa evoluir. Vamos visitar grandes cavas de maturação e pequenos produtores, com locais de maturação de menor porte. A experiência será completa", explicou Rodrigues.

A viagem começa no dia 3 de junho. Até o dia 10 de junho, os produtores mineiros visitarão várias unidades de maturação. Entre 11 e 13 será realizado o "Mondial du Fromage", na cidade de Tours, e os mineiros participarão junto com produtores de todo o mundo. Ao todo, 40 pessoas participarão da viagem, sendo que deste total 25 serão produtores. Além dos queijos que serão inscritos no concurso, os produtores mineiros também irão exporoutras peças do Queijo Minas Artesanal, permitindo que os participantes, especialistas e visitantes do concurso degustem os queijos produzidos nas sete regiões cerificadas de Minas Gerais que são: Serro, Araxá, Canastra, Campo das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre e Triângulo Mineiro.

"Nesta edição os produtores estarão presentes e poderão acompanhar o concurso e apresentar os queijos para os visitantes e especialistas presentes no evento. Isto é importante para que eles apresentem o produto", disse Rodrigues. Devido à legislação brasileira, o queijo mineiro não poderá ser comercializado durante o evento, mas expectativa é que até 2019, a legislação seja modificada e permita a negociação dos produtos fora do País.

"Estamos felizes pela oportunidade de expor e concorrer ao prêmio, mas a oportunidade de comercializar os queijos seria muito importante para os produtores. Devido à legislação brasileira o queijo não poderá ser comercializado, mas esperamos que em 2019, o governo brasileiro tenha modificado as leis. Neste evento, os produtores são os convidados de honra e terão a oportunidade mostrar os queijos", disse a mestre queijeira e presidente da OMG SerTãoBras, Débora de Carvalho Pereira.

As expectativas em relação ao concurso são positivas. Em 2015, Débora inscreveu no concurso francês o Queijo Minas Artesanal produzido na Estância Capim Canastra, em São Roque de Minas, na região Central do Estado. O produto conquistou a medalha de prata do certame. "Vamos apresentar os queijos mineiros e esperamos alcançar bons resultados. Em 2015, levei um queijo e ganhamos medalha de prata, imagina com todos estes produtores participando", explicou Débora. (Diário do Comércio/Guialat)

Whey protein: estudos revelam novos benefícios

O whey protein, queridinho dos adeptos à musculação, também pode trazer benefícios à saúde que vão muito além da construção de músculos. De acordo com dois estudos realizados por pesquisadores da Universidade Newcastle, no Reino Unido, tomar o suplemento antes do café da manhã ajuda a prevenir o diabetes tipo 2. A substância, vendida em pó, é derivada do soro do leite e também pode ser encontrada em alimentos como leite e queijo. Em um estudo com homens obesos, ela também se mostrou eficiente em melhorar os níveis de açúcar no sangue.

Prevenção do diabetes
No primeiro estudo, 12 homens obesos foram divididos em 2 grupos. O primeiro deveria descansar por 30 minutos e o segundo, andar na esteira pelo mesmo período, segundo informações da revista especializada Diabetes Times. Em seguida, os participantes receberam 20 gramas do suplemento ou um placebo antes de consumirem um café da manhã repleto de carboidratos. Os resultados mostraram que, aqueles que tomaram whey protein antes da refeição não apresentaram pico de açúcar no sangue logo após se alimentarem.

Controle do nível de açúcar
No segundo estudo, 11 homens com diabetes tipo 2 receberam 15 gramas do suplemento. Os resultados, apresentados durante a Conferência de Profissionais de Diabetes do Reino Unido, mostraram que o nível de açúcar dos participantes se manteve estável. Os voluntários também se sentiram mais saciados, o que ajudou a controlar o desejo de petiscar antes do almoço. "Nós sabemos que um alto nível de glicose após comer pode contribuir para um controle deficiente de glicemia e também pode ser prejudiciais à saúde cardiovascular. Nós mostramos que consumir uma pequena quantidade de proteína do soro de leite antes de uma refeição pode ajudar as pessoas a evitar os altos níveis de glicose no sangue e ajudá-las se sentirem mais satisfeitas após as refeições.", disse Daniel West, autor do estudo, ao Diabetes Times.

Benefícios cardiovasculares
Uma pesquisa publicada em outubro do ano passado já havia mostrado efeitos benéficos do suplemento para a saúde cardiovascular. Cientistas da Universidade de Reading, no Reino Unido, concluíram que o suplemento pode ajudar a reduzir o risco de doença cardíaca ao baixar a pressão arterial, o colesterol e tornar os vasos sanguíneos mais saudáveis. Aqueles que tomaram o suplemento apresentaram um risco 8% menor de desenvolver uma condição cardíaca mortal. (Veja/TerraViva)

 
 

Preços do leite em recuperação na U E 
A Comissão Europeia publicou esta semana as suas perspetivas de curto prazo para as culturas arvenses, carne e produtos lácteos na União Europeia em 2017 e 2018. Os principais resultados mostram que, fruto de uma quebra na oferta de leite na região no final de 2016, os preços do leite têm vindo a recuperar. De acordo com o relatório, "as exportações e a procura interna conduziram a uma subida histórica dos preços da manteiga e uma recuperação significativa dos preços do queijo". Ficamos também a saber que as entregas de leite na União Europeia cresceram cerca de 0,4% face a 2015, contudo os números variam de acordo com os Estados-Membros. Países como Holanda, Irlanda, Itália e Polónia aumentaram o número de entregas de leite, mas Portugal Reino Unido, Bélgica e França registaram quebras na recolha de leite. O documento sublinha que em 2017 poderão existir vários fatores a influenciar o preço do leite e de outros produtos lácteos, nomeadamente um pico que se avizinha na recolha de leite na região e uma recuperação na recolha de leite na Nova Zelândia. "Por outro lado, os preços das rações relativamente baixos irão ajudar as margens dos produtores", acrescenta. (Vidarural/Edairy News)
 

 

Porto Alegre, 09 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.456

 

Demanda por leites especiais cresce no Brasil

O crescimento no consumo de leite foi um dos temas discutidos no Fórum do Leite, que aconteceu nesta quarta-feira, dia 8, durante a Expodireto Cotrijal (RS), que destacou a demanda por leites especiais. CLIQUE AQUI para assistir entrevista do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. (Canal Rural) 
  

 
Preço tende a dificultar importação

A recuperação gradual dos preços internacionais do leite em pó deve dificultar a importação do produto pela indústria brasileira, diferentemente do que ocorreu em 2016. A projeção foi feita pelo pesquisador e consultor em agropecuária Wagner Beskow durante o 13˚ Fórum Estadual do Leite, ontem, na Expodireto. Segundo ele, a "enxurrada" de leite importado no ano passado, ocorrida depois de o governo federal ter autorizado a reidratação do leite em pó, estabeleceu uma forte concorrência. "A recuperação nos preços lá fora vem ocorrendo desde maio de 2016, o que diminui a atratividade do produto estrangeiro e dá mais competitividade para o leite gaúcho", avaliou. Ao mesmo tempo em que o produtor poderá não ter tanta concorrência em 2017, Beskow alertou que a cadeia deve se organizar para ampliar as exportações. 

 
O consultor sustentou que ações simples, muitas vezes, são mais eficientes do que grandes investimentos sem estruturas fixas, instalações e maquinários. "O balanceamento da dieta do rebanho, adubação adequada, correção do solo, atenção para o manejo alimentar e do pastoreio, genética animal e observação do cio, são algumas áreas de ação que geram resultados rápidos, de grande impacto na produção leiteira", afirma. O coordenador técnico de difusão da Cotrijal, agrônomo Alexandre Doneda, disse que "a alta produtividade depende de adubação orgânica, manejo adequado, rotação de culturas e formação de palhada".  Já o médico alergista Gil Bardini Alves observou que muitas pessoas têm feito dietas de restrições sem diagnóstico, um comportamento que reduz o consumo de leite, principal fonte de cálcio para nutrição humana. (Correio do Povo)

Nestlé anuncia compromissos até 2020
 
A Nestlé anunciou hoje (07/03) seus novos compromissos até 2020, junto com mais três metas, em apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030 das Nações Unidas. 
As metas de longo prazo são: contribuir na qualidade de vida de 50 milhões de crianças, tornando-as mais saudáveis, melhorar as necessidades básicas de 30 milhões de pessoas das comunidades nas quais a empresa se relaciona e buscar impacto ambiental neutro em todas as operações. Continuamos empenhados em gerar valor para a sociedade em três áreas de atuação: indivíduos e famílias, nossas comunidades e nosso planeta.
 
No Brasil, a Nestlé também está engajada para um futuro mais saudável e sustentável. Por exemplo, a fábrica de cápsulas Nescafé Dolce Gusto, em Montes Claros (MG), é a primeira unidade fabril da Nestlé no mundo a receber a certificação de Impacto Ambiental Neutro em três dimensões: água, resíduos e emissão de carbono. Só em um ano, mais de 66 mil m³ de água potável deixaram de ser retirados da natureza.

Um outro exemplo é o programa "Unidos por Crianças mais saudáveis" que tem como objetivo ajudar pais, responsáveis e educadores a promover uma rotina saudável de alimentação e a prática de atividade física regular entre crianças de 5 a 12 anos. O programa estimula o consumo diário de frutas, verduras, legumes, leguminosas e água, o porcionamento dos alimentos, além da prática regular de atividades físicas. Desde o lançamento do programa, mais de 8 mil crianças já foram impactadas. 
 
Globalmente, temos o compromisso de reduzir o açúcar que adicionamos aos nossos produtos em 5% até 2020. Só na Europa, alcançar este objetivo significará a retirada de pelo menos 18.000 toneladas de açúcar dos produtos Nestlé. 
 
Este e outros exemplos estão reunidos no relatório "Nestlé na sociedade: Criando Valor Compartilhado e cumprindo os nossos compromissos de 2016". O relatório detalha todos os nossos 42 compromissos "Nestlé na Sociedade", a serem alcançados até 2020. O progresso que fizemos e nossas ambições para o futuro, foi o que ajudou a Nestlé a estar presente no Índice Dow Jones de Sustentabilidade 2016. (Assessoria de imprensa Nestle/Guialat)

Dieese: preço da cesta básica cai em 25 das 27 capitais; leite integral registra queda

O preço da cesta básica caiu no mês de fevereiro em 25 das 27 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje (7). A maior queda ocorreu em Manaus (-5,14%). Foram registradas elevações apenas em Natal (0,59%) e São Luís (0,14%).

A cesta com conjunto de alimentos essenciais básicos mais cara em fevereiro foi a de Porto Alegre (R$ 435,51), apesar de ter registrado decréscimo de 4% no custo. Em seguida, estão as cidades de Florianópolis (R$ 434,13), São Paulo (R$ 426,22) e do Rio de Janeiro (R$ 424,55). Rio Branco (R$ 330,58) e Recife (R$ 344,06) registraram as cestas com menor valor.

Nos últimos 12 meses, 11 cidades acumulam alta. Maceió (6,89%), Natal (5,99%) e Porto Alegre (4,48%) registraram os aumentos mais expressivos. Entre as 16 cidades com queda, o destaque foram Manaus (-14,26%) e Boa Vista (-9,04%).

Alimentos
Os itens que registraram queda na maioria das cidades pesquisadas, em janeiro e fevereiro, foram feijão, carne bovina de primeira, tomate, açúcar e leite integral. O preço do óleo de soja, do café em pó e da farinha de mandioca, especialmente no Norte e Nordeste, por sua vez, teve predominância de alta.

O preço do feijão caiu em 26 das 27 capitais pesquisadas em fevereiro. O do tipo carioquinha teve alta apenas Goiânia (0,99%). Em Belém, a redução chegou a 33,62%. O preço do feijão-preto diminuiu em todas as localidades pesquisadas, com destaque para Rio de Janeiro (-10,33%), Curitiba (-9,74%) e Florianópolis (-9,41%).

Já o custo do óleo de soja subiu em 22 cidades. Os destaques foram Manaus (9,90%), Maceió (7,52%), Belém (7,31%) e Recife (6,57%). As capitais que apresentaram queda no preço do item foram Goiânia (-8,78%), Palmas (-2,37%), Porto Alegre (-1,90%), Rio de Janeiro (-1,06%) e Curitiba (-0,22%). Nos últimos 12 meses, no entanto, o óleo de soja acumula alta em 26 localidades. De acordo com o Dieese, a destinação do produto para elaboração de biocombustíveis explica a alta no preço do alimento.

Salário mínimo
O Dieese calcula o valor que o salário mínimo deveria ter para suprir despesas básicas do trabalhador com base no custo da maior cesta. Em fevereiro, o valor de referência foi o de Porto Alegre. Nesse levantamento, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.658,72. O valor é 3,90 vezes o mínimo atual de R$ 937. Em janeiro, o mínimo necessário era de R$ 3.811,29. (As informações são da Agência Brasil)
 

Leite: indústria tem que inovar para atender consumidor
Diretamente da Expodireto Cotrijal, Kellen Severo conversa com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a respeito do novo perfil de consumo da população, que tem optado cada vez mais por produtos sem lactose. Segundo Guerra, esse é mais um desafio para a indústria, que precisa inovar sempre para atender à necessidade do consumidor. CLIQUE AQUI para assistir entrevista do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. (Canal Rural) 
 

 

Porto Alegre, 08 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.455

 

Leite ajuda no crescimento infantil e no combate a doenças crônicas


 Na foto: Gil Bardini Alves - Crédito foto: Bruna Karpinski / Divulgação

Os benefícios do consumo do leite para a saúde humana em todas as faixas etárias foram apresentados pelo médico imunologista Gil Bardini Alves durante o Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (8/3) na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Convidado especial do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) para o evento, ele tem realizado tratamentos de dessensibilização exitosos em Santa Catarina. Com o auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal lotado, o especialista formado pela USP garantiu que o leite é rico em cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A, B2, B3, B12 e D. "O leite tem anticorpos que ajudam na imunidade e são muito eficazes para a saúde não só das crianças, mas também de adultos e idosos", afirmou. Segundo ele, os lipídios (gorduras) presentes no alimento auxiliam o sistema imunológico, ajudam a baixar os níveis de colesterol e a prevenir o câncer. Alves destacou ainda que as proteínas do leite de vaca (caseínas, lactoglobulina e lactoalbumina) atuam no crescimento das crianças, formação e manutenção dos órgãos e até na cicatrização. 
 
Segundo o médico, o alimento é uma importante fonte de cálcio para a nutrição humana, que faz parte da formação dos ossos e dos dentes. "A osteoporose pode ser prevenida com o consumo regular de cálcio, cuja fonte mais barata é o leite", ressalta. Já a proteína do soro de leite, acrescenta, está associada ao controle do diabetes, pois tem efeito que aumenta a produção de insulina pelo pâncreas. O imunologista aproveitou a oportunidade para esclarecer ao público sobre as diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca. "São doenças cuja única similaridade é que as duas são relacionadas à ingestão do leite", disse.
 
A intolerância à lactose, mais comum em adultos, trata-se da dificuldade de digestão do alimento devido à diminuição ou ausência da lactase, enzima presente no organismo que auxilia na degradação da lactose. O tratamento é a restrição parcial ou total da lactose, mas não de leite. Já a alergia, "uma doença bem mais grave", é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. Mais comum em bebês a partir dos seis meses de vida, o tratamento é a exclusão total de leite e derivados.
 
Melhorias na propriedade leiteira  
Também palestrou no Fórum do Leite 2017 o agrônomo Alexandre Doneda, coordenador técnico de difusão da Cotrijal. Em apresentação sobre a importância do solo na produção leiteira, ele abordou a relevância de medir a fertilidade por amostragem para que seja possível fazer a correção. Além da palhada obtida por meio do plantio direto, Doneda chamou a atenção para a necessidade da adubação orgânica. Segundo ele, o manejo dos dejetos gerados na propriedade pode ajudar a melhorar a fertilidade do solo. "Sempre é importante fazer a análise dos dejetos antes de utilizar na lavoura", ressaltou. Para evitar a erosão e contribuir com a conservação do solo, o técnico recomenda evitar o uso de grade para implantação das forrageiras de inverno. 
 
A produtora rural Tatiane Zimpel, de Santo Ângelo, relatou o histórico da produção de leite na propriedade familiar e os resultados obtidos por meio da assistência técnica. Wagner Beskow, sócio-diretor da Transpondo, falou sobre tecnologia, conhecimento, manejo, gestão e eficiência na produção de leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  

 
PREÇOS PAGOS AOS PRODUTORES APRESENTAM PRIMEIRA ALTA APÓS QUATRO MESES DE FORTE QUEDA

Os dados do MilkPoint Radar, referentes ao leite pago no mês de fevereiro (e fornecido em janeiro), apontam para alta nos preços pagos pelos produtores neste mês, após quatro meses de fortes quedas. 

O gráfico 1 mostra a evolução dos indicadores de preços, de setembro a fevereiro. O indicador de preços líquidos em média simples (média do preço pago a cada produtor, sem considerar o volume dos produtores) terminou o mês em R$ 1,303/litro, aumento de cerca de 5 centavos em relação ao valor monitorado no mês anterior. O preço médio ponderado pelo volume, por sua vez, fechou em R$ 1,443/litro, cerca de 4 centavos a mais do que o valor divulgado em janeiro. 

Gráfico 1: Evolução dos indicadores de preços líquidos do MilkPoint Radar, de setembro de 2016 a fevereiro de 2017.


Fonte: MilkPoint Radar

Além disso, os dados de fevereiro apontam para a alta no preço líquido em todas as faixas de produção. A maior alta nos preços pode ser vista pelos produtores com produção acima de 6.000 litros/dia, com aumento de 8 centavos em relação ao mês anterior. Além disso, as duas primeiras categorias (produtores abaixo de 250 litros/dia e de 250 a 500 litros/dia) apontaram alta de 3 centavos e, as demais categorias, apontaram alta de 6 centavos em média. Convém ressaltar ainda, que os produtores acima de 6.000 litros receberam em média 43 centavos a mais do que os produtores abaixo de 250 litros/dia. O gráfico 2 mostra os preços líquidos por média de volume de leite. 

Gráfico 2. Preços líquidos por faixa de produção (leite pago em fevereiro e janeiro).


 Fonte: MilkPoint Radar

O cenário de alta foi a realidade de grande parte dos produtores que participam do sistema: entre os usuários que inseriram os dados tanto de janeiro quanto de fevereiro, 70,8% apontaram altas nos preços enquanto 9,6% declararam estabilidade e 19,6% alta nos preços. Os motivos relatados pelos participantes que não apresentaram alta foram, principalmente, produtores com contratos em preços fixados em meses anteriores e o fato de que alguns laticínios acabaram pagando menos seus fornecedores pela diminuição das vendas de leite no período de férias escolares.

Gráfico 3. Tendência de variação do preço líquido - Fevereiro x Janeiro. 

 

Fonte: MilkPoint Radar

Neste mês, o sistema contou com 686 produtores de leite, um acréscimo de 2,1% sobre o mês passado. A média por produtor foi de 1.665 litros, volume 4,3% menor do que no mês anterior mas, ainda assim, muito acima da média nacional. O volume diário monitorado continuou próximo a 1,15 milhão de litros/dia, 1,6% mais baixo do que o valor monitorado em janeiro.

Os dados também indicam uma redução na oferta de leite: os produtores que inseriram dados nos dois últimos meses apresentaram uma queda no volume diário médio de -3,3%. 

A tendência de  pode ser explicada, principalmente, pelo perfil do sistema de produção dos produtores que participam do MilkPoint, que ainda são, em média, bem maiores dos que o produtor médio brasileiro, com um sistema de produção mais intensivo e que usam animais com perfil genético mais especializado na produção de leite. Nesta época do ano, de maior calor em todo o Centro-Sul, normalmente a produção deste perfil de fazendeiros começa a cair, notadamente em função da redução do conforto térmico das vacas. Além disso, podemos destacar como fatores secundários, a forte queda de preços observada no segundo semestre de 2016 e a ocorrência de veranicos em algumas importantes regiões de produção.

Entre os principais estados produtores de leite, todos apresentaram a mesma tendência. Quanto aos preços, o cenário foi de alta geral, indo de 2 centavos (Paraná) até 8 centavos (Minas Gerais). Já em relação a oferta, pudemos verificar quedar na produção de todos os estados analisados, sendo a maior delas vista em São Paulo (-6,4%) e a menor observada em Minas Gerais (-1,1%).

Gráfico 4 - Variação de preço por produtor nos principais estados em produção de leite - Pagamento de fevereiro (leite de janeiro) x janeiro (leite de dezembro).


Fonte: MilkPoint Radar

Dentre os preços líquidos médios destes estados, recebidos em cada faixa de produção, podemos ver que a tendência de preços foi semelhante à média nacional: produtores com maior volume diário ganham mais em média do que produtores com mais baixa produção. A maior média de preços pode ser observada em Minas Gerais, na faixa acima de 6.000 litros/dia, de R$ 1,66. Já o menor preço médio foi observado no Rio Grande do Sul, para produtores abaixo de 250 litros/dia, de R$ 1,05. Os preços médios de cada faixa de produção dos principais estados produtores podem ser observados no gráfico abaixo.

Gráfico 5 - Preço médio recebido por produtor nos principais estados em produção de leite - Pagamento de fevereiro (leite de janeiro) x janeiro (leite de dezembro).

 

Fonte: MilkPoint Radar

Em relação à qualidade, podemos ver que o teor de gordura apresentou alta neste mês, de 0,3%, fechando em 3,67%. Já o teor de proteína apresentou pequena queda em relação a janeiro, resultando em 3,23%, 0,3% a menos do que o valor divulgado no último mês. Quanto aos dados de CCS e CBT, podemos ver quem apresentaram queda: a CCS ficou em 379 mil/ml (-1,6%) e a CBT foi de 42 mil UFC/ml (-10,6%). Tais informações podem ser vistas na tabela 1 abaixo. (Fonte: MilkPoint Radar)

Tabela 1 - Indicadores MilkPoint Radar - Pagamento de Fevereiro x Janeiro. 

* Preço líquido (média nacional)
** Considerando produtores que colocaram dados nos dois meses

UE VINCULA ACORDO AGRÍCOLA A PROTEÇÃO DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

A União Europeia avisou ao Mercosul que um acordo para acesso de mais produtos agrícolas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai no mercado europeu dependerá de entendimento sobre indicações geográficas. Os dois blocos voltam a negociar entre os dias 20 e 24 em Buenos Aires, e os europeus elevam a prioridade para obter garantia do Cone Sul à proteção de dezenas de indicações geográficas - vinhos, queijos e outros produtos regionais.

As indicações geográficas definem vínculo entre um produto e um território. Certificam que certos produtos possuem qualidades e características particulares, ou reputação atribuída à uma origem geográfica e ao método de produção. Segundo fontes, o Brasil ignora desde 1997, por exemplo, a demanda europeia para reconhecer no país da indicação geográfica do presunto de Parma, de forma que produtores brasileiros não poderiam usar essa expressão em sua mercadoria.

O Brasil quer continuar a usar nomes como queijo parmesão ou salsicha tipo Viena, desde que não enganem o consumidor sobre a real procedência do produto. No entanto, os países europeus vêm endurecendo nas negociações comerciais que estão sendo feitas em todo o mundo.

A União Europeia diz ter obtido proteção em mercados que vão da Suíça a Honduras, passando por Vietnã, Ucrânia, África do Sul e Canadá. O recente acordo comercial com os canadenses prevê a proteção de 143 indicações geográficas europeias no mercado do Canadá.

No plano de Bruxelas, a próxima etapa é o Mercosul, onde técnicos europeus dizem estar os últimos países onde se pode ainda produzir "'vin blanc pétillant"' (espumante) e chamá-lo de "Champagne" impunemente.

Segundo a UE, o valor de produtos agrícolas protegidos pelo programa de indicações geográficas europeias alcançou US$ 54,3 bilhões em 2010. A perda de negócios seria significativa com outros países usando os mesmos nomes para vender seus próprios produtos.

Nos últimos cinco anos, o Brasil também passou a dar mais importância ao registro de indicações geográficas, devido ao valor agregado que pode proporcionar nas exportações. De 100 demandas, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) até recentemente concedeu 54 indicações geográficas. 

As negociações União Europeia-Mercosul, no fim do mês na Argentina, têm nova dimensão, com os dois lados insistindo que o interesse político para acelerar a conclusão de um acordo aumentou, em meio à retórica anticomércio adotada pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump. O que ninguém ignora é a dificuldade para a UE melhorar sua oferta agrícola - e agora, com mais condicionantes. (As informações são do jornal Valor Econômico)
 

CRV Lagoa lança Catálogo Leite Europeu 2017
A CRV Lagoa acaba de lançar o Catálogo Leite Europeu 2017, com reprodutores nacionais e importados das raças Holandês Preto e Branco, Holandês Vermelho e Branco, Jersey, Holandês Frisian, Jersolando e Pardo Suíço, incluindo 15 novidades. Todos os touros disponíveis na publicação foram selecionados seguindo a filosofia de melhoramento genético de bovinos leiteiros da Central: geração de vacas eficientes, saudáveis e de fácil manejo. Os reprodutores também contam com os índices exclusivos Vida + Eficiente e Vida + Saudável, exclusivo da CRV. "Através dos resultados práticos desses índices, pudemos comprovar que a qualidade genética do rebanho gera uma diferença significativa na performance fenotípica, nos desempenhos produtivo e sanitário e na fertilidade das vacas leiteiras", destaca Wiliam Tabchoury, gerente Contas Leite da CRV Lagoa. "Além dos reprodutores, o catálogo apresenta gama de produtos, serviços e soluções para a gestão inteligente dos rebanhos leiteiros, já que a CRV Lagoa atua como conselheira confiável dos produtores de leite brasileiros", completa Luis Adriano Teixeira, gerente de Vendas e Marketing da Central. A edição digital do Catálogo Leite Europeu 2017 já pode ser acessada no site www.crvlagoa.com.br ou no aplicativo CRV Lagoa Publicações, disponível nas plataformas Android e Apple. (Agrolink)
 

 

Porto Alegre, 07 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.454

 

  VENEZUELA IMPULSIONA EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE EM PÓ

No mês de fevereiro, novamente o saldo da balança comercial de lácteos apresentou queda. Em comparação a janeiro, o valor do déficit ficou em US$39 milhões, variação 18% menor. Já em volumes, o déficit ficou em 12,5 mil toneladas, variação 16% inferior.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. FONTE: MDIC. 

 

Em relação ao mês anterior, as movimentações de importação caíram 13,2% e em termos de valor, foi 9% inferior. O volume exportado também apresentou queda, de 3,2%. Em valores, a baixa foi de 32%. Porém, quando comparado ao mesmo período do ano de 2016, em questão de volumes importados, houve um aumento de 96,1% e de exportados o aumento foi de 46,9%. 

Diferente do mês passado, o volume de exportações de leite em pó integral apresentou uma expressiva alta de 1854%. Este fato se justifica pelo maior volume vendido à Venezuela, com a comercialização de 1.300 mil toneladas versus 66 toneladas do mês anterior. O volume de leite em pó integral importado foi 17% maior do que janeiro, sendo 9.700 mil toneladas comercializadas.

Com a menor oferta de manteiga no mundo, as transações deste produto foram menos intensas. Ao se comparar com o mês passado, o volume exportado caiu 69% com a comercialização de 1.200 toneladas, enquanto as importações caíram 51%, com 300 toneladas comercializadas. Mas, em comparação com janeiro de 2016, as importações foram 22% maiores. 

O soro de leite, neste mês, voltou a ser exportado, com 25 toneladas comercializadas. As importações apresentaram queda de 47% comparado com o mês de janeiro deste ano e totalizou 1.100 mil toneladas negociadas. (Milkpoint/MDIC)
 

 
LEILÃO GDT: PREÇOS DOS LEITES EM PÓ CAEM SIGNIFICATIVAMENTE
Na média dos produtos lácteos, o leilão GDT desta terça-feira (07/03) novamente apresentou queda, porém mais significativa que o leilão anterior, atingindo 6,3%. A média final ficou em US$3.512/toneladas e o volume de vendas em 22,328 toneladas, variando 9% para cima.

A queda significativa também pôde ser observada no leite em pó desnatado, que fechou a US$2.118/tonelada, valor 15,5% menor. Já o leite em pó integral apresentou decréscimo de 12,4%, finalizando a média a US$2.782/tonelada. 

O queijo cheddar também apresentou queda, com preço médio a US$3.435, valor 4,2% menor do que o leilão anterior. As quedas ocorreram para todas as entregas futuras, porém em menor grau nos meses de julho e agosto. (Milkpoint/GDT)


 

PIB BRASILEIRO ENCOLHE 7,2%; AGROPECUÁRIA LIDERA OS RECUOS

A economia brasileira encolheu pelo segundo ano consecutivo em 2016, confirmando a pior recessão desde 1930. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas, caiu 3,6% no ano passado, segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira, 7. Com dois anos de recessão, o PIB brasileiro acumula retração de 7,2%.

Pelos dados do IBGE, é a maior retração desde 1948, mas séries históricas mais antigas, como as do Ipea, apontam para a maior recessão desde 1930, quando o mundo vivia a Grande Depressão, provocada pela quebra da Bolsa da Nova York. O resultado veio um pouco abaixo do recuo de 2015, de 3,8%, e dentro das expectativas dos analistas. O tombo foi generalizado entre todas as atividades econômicas, com a agropecuária liderando os recuos (-6,6%), seguida pela indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%).

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de dados sobre antes de 1948. Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. "É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos", afirmou Rebeca.

Empobrecimento
"A população empobreceu", afirmou Rebeca ao analisar a divisão do PIB pelo número de habitantes, o PIB per capita. De 2014 a 2016, o PIB per capita caiu 9,1%. No mesmo período, a população cresceu 0,9% ao ano. A queda de 9,1% é "bastante relevante", de acordo com a pesquisadora. "Nos três últimos anos, como a população continua crescendo, a queda do PIB per capita amplificou. O bolo encolheu e a quantidade de pessoas aumentou. Tem que colocar muita água no feijão."

No quarto trimestre, a queda do PIB foi de 0,9% em relação aos três meses anteriores, a oitava nesta comparação. Nesta análise, a agropecuária cresceu 1%, enquanto a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram.

Depois de dois anos de contração do PIB, os analistas afirmam que já há sinais de melhora, como a queda da inflação e juros, e o crescimento da confiança de consumidores e empresários. Mas a indicação é que a recuperação ainda será frágil diante da alta taxa de desemprego, que compromete a retomada do consumo, um dos motores do crescimento nos últimos anos. Pelos dados do PIB, o consumo das famílias caiu 4,2% em relação a 2015, enquanto a despesa do governo caiu 0,6%. 

Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 10,2%, o terceiro recuo seguido. O dado é olhado pelos economistas para medir a capacidade da economia de crescer. Apesar do tombo generalizado entre todas as atividades, as exportações mostraram alta de 1,9%, impedindo um declínio maior do PIB.

O governo tem adotado o discurso de que o PIB vai mostrar crescimento já no primeiro trimestre deste ano. De acordo com as projeções dos analistas ouvido pelo Banco Central, a economia deve ter alta de 0,49% em 2017 e de 2,39% em 2018. Em 2015, o quadro já fora ruim, quando houve declínio de 3,8%. Em 2014, o PIB cresceu apenas 0,5% - dado revisado após taxa positiva original de 0,10%. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)
 

 
ICPLeite/Embrapa
O custo de produção de leite em janeiro recuou -1,43%, em relação aos custos apurados para dezembro de 2016. Quando ocorre uma variação nos custos como o apresentado, o que configura um quadro conjuntural de deflação, ou seja, o inverso da inflação. Este resultado tem por base o Índice de Custos de Produção de Leite - ICPLeite/Embrapa, calculado pela Embrapa Gado de Leite. O principal motivo para esta retração nos custos se deu pela queda de preços na ração para vaca e nos farelos de soja, milho, trigo e algodão. Isto fez com que o grupo Concentrado tivesse queda de -3,05% no mês. O grupo Produção e compra de volumosos, também apresentou queda de -1,18%, dada a redução do custo de silagem. Os grupos Reprodução e Sanidade apresentaram também valores negativos -0,28 e -0,04 respectivamente. Os grupos Mão-de-obra, Sal Mineral, Qualidade do Leite e Energia e Combustível não apresentaram variação de custos este mês. (Embrapa)
 

 

Porto Alegre, 06 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.453

 

  Mitos e verdades sobre o leite serão tema de discussão na Expodireto

Os mitos e as verdades vinculados ao leite serão tema de debate no painel "Leite de vaca e lactose: mitos e verdades", na Expodireto, no dia 8/03, às 10h, no auditório central feira, em Não-Me-Toque (RS). O médico alergologista e imunologista Gil Bardini Alves explicará os benefícios do leite, as diferenças entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite e desmitificará alguns conceitos atribuídos ao alimento. "O leite é muito importante para a nossa absorção de cálcio e vitamina D", adianta Bardini. A atividade faz parte do 13º Fórum Estadual do Leite, que é promovido pela Cotrijal e CCGL, com o apoio do Sindilat e Senar. "Nada melhor do que aproveitar um evento de credibilidade para transmitir informações sobre a importância do leite para a saúde das pessoas, quebrar paradigmas e mostrar isso ao próprio produtor", complementa o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

O Fórum começará às 9h com a palestra "Impacto da conservação do solo na produtividade se forragens", ministrada pelo engenheiro agrônomo e coordenador técnico de difusão da Cotrijal, Alexandre Doneda. O produtor de leite Mauro Zimpel irá apresentar o painel "Foco e assistência técnica: a combinação para a busca de resultados" e o sócio diretor da Transpondo, Wagner Beskow, irá falar sobre "Tecnologias de resultado em um mercado globalizado".

A Expodireto Cotrijal é um evento internacional que reúne os principais segmentos que formam o agronegócio mundial, constituindo espaço de acesso à tecnologia, informações, negócios e divulgação de produtos e serviços direcionados ao setor primário. Este ano, a feira será realizada de 6 a 10 de março. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 
Preços/NZ
Os economistas do BNZ reduziram a projeção no preço do leite ao produtor da Fonterra para NZ$ 6,10/kgMS nesta temporada. A mudança ocorre diante da expectativa de que no GlobalDairyTrade (GDT) de quarta-feira haverá uma queda acentuada nas cotações das commodities lácteas. 

A Bolsa de Futuros da Nova Zelândia está prevendo queda acentuada no principal produto negociado, o leite em pó integral (WMP), em torno de 9% - apesar de da Bolsa de Futuros nunca fazer projeções confiáveis. Com o aumento constante dos preços desde o final do ano passado, a expectativa era de que a Fonterra elevasse a previsão de pagamento dos atuais NZ$ 6/kgMS estabelecidos em 18 de novembro de 2016. No entanto, no final do mês passado, optou por manter o valor de NZ$ 6/kgMS. Esta postura reflete um conhecimento antecipado, de que a produção de leite que estava em queda, deve ser revertida neste final de ciclo, em decorrência da melhora nas condições do tempo. A Fonterra aumentou a oferta de WMP no último GDT realizado duas semanas atrás e isto pode ter sido responsável pelo enfraquecimento das cotações. Se essa tendência for mantida, com a Fonterra aumentando o volume de leite ofertado na próxima semana, e também nos eventos futuros, os preços continuarão sob pressão. Os economistas dos grandes bancos estão prevendo preços mais elevados do que os valores divulgados pela Fonterra. 

O Westpac acredita em NZ$ 6,20/kgMS, os economistas do ANZ NZ$ 6,25/kgMS, mais recentemente o BNZ projetou NZ$ 6,40/kgMS, e isoladamente ficaram os economistas do ASB, que mantiveram a previsão de NZ$ 6/kgMS desde o início da temporada, optando por elevar os valores pouco antes do Natal para NZ$ 6,50/kgMS. No entanto, Nathan Penny, do ASB disse que estão analisando uma possível redução. Portanto, a projeção deve cair dos NZ% 6,50/kgMS se os resultados do GDT da próxima quarta-feira não forem favoráveis. O economista sênior do BNZ, Carig Ebert, disse que a análise dos indicadores fundamentais sugere "uma queda considerável" no índice de preços GDT da próxima quarta-feira, na ordem de 7 a 9%. "As recentes quedas da produção de leite da União Europeia (UE) e da Nova Zelândia (NZ) são menos intensas. As chuvas melhoraram as perspectivas da última temporada na NZ, e recentemente a Fonterra reviu a queda de -7% para -5%. Assim sendo, aumentou o volume oferecido no último leilão. "Nosso próprio levantamento aponta para queda entre -2,5% e -2% da produção até o final da temporada. Antes a expectativa era de -4% a -3%. Mais leite na NZ e redução da queda na UE pressionam os preços internacionais para baixo, e um pouco antes do que esperávamos. Assim, ajustamos o preço do leite de NZ$ 6,40 para NZ$ 6,10/kgMS. 

Por isso, acreditamos que a previsão da Fonterra de NZ$ 6,00/kgM pode prevalecer. Claro que o resultado final dependerá de muitos outros fatores, inclusive o comportamento dos preços globais nos próximos meses. Mas, sem dúvida, será um resultado substancialmente melhor do que o verificado na temporada 2015/2016, de NZ$ 3,90/kgMS". Ebert disse que o foco muda, cada vez mais, para os preços da temporada 2017/18. "Neste momento, a nossa previsão continua em NZ$ 6,00/kgMS, que é ligeiramente menor do que outras estimativas. Possivelmente, em um futuro próximo, haverá mais riscos de quedas do que no presente, uma vez que os preços das commodities lácteas estão mais elevados do que os preços internacionais de petróleo e grãos. É importante levar em consideração a ampla margem de erro em torno de qualquer previsão futura, nesta fase do processo". (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

Preços LTO 

O cálculo preliminar do preço médio do leite padrão, em janeiro de 2017, foi de € 32,94/100 kg, [R$ 1,10/litro]. Aumento de € 0,54/100 kg em relação ao mês anterior. Se comparado com janeiro de 2016, houve aumento de € 3,70/100 kg, ou mais de 12,6%. Em janeiro muitas das indústrias aumentaram o preço do leite. 

Somente a FrieslandCampina e a Milcobel reduziram, enquanto Muller, Valio e Dairy Crest mantiveram os preços estáveis. Nos Estados Unidos o preço do leite também caiu. Recentemente a Fonterra confirmou sua previsão para a temporada 2016/17.
 

A Arla apresentou o resultado anual de 2016. O desempenho final do preço - que corresponde aos adiantamentos mais a distribuição de lucro aos associados - caiu 8,3%, saindo de € 33,7/100 kg em 2015 para € 30,9/100 kg em 2016. Como em janeiro de 2017, o preço do leite da DOC não foi calculado nem publicado em decorrência da fusão entre a DMK e a DOC os produtores receberam o mesmo valor. Uma segunda alteração diz respeito ao preço da Valio. Com efeito retroativo a partir janeiro de 2015 o preço do leite da Valio foi incluído e o preço da DOC foi excluído. Como resultado a média de janeiro de 2017 não pode ser comparável com publicações anteriores. 

Excluindo Valio e incluindo DOC a média das principais indústrias da União Europeia em janeiro de 2017 chega a € 32,70 por 100 quilos de leite padrão. Um aumento de € 0,61 quando comparado com dezembro e mais de € 4,08/100 kg (+14,2%) acima da média de janeiro de 2016. A tabela a seguir mostra as "novas" médias dos preços do leite desde janeiro de 2015, enquanto o gráfico compara a "velha" média das publicações anteriores (incluindo DOC, e excluindo Valio).

 

Dado que os preços da empresa Valio são maiores em relação aos da empresa DOC, a média dos preços ficará maior quando comparada com as publicações anteriores.
 


A variação verificada no preço da Fonterra, em euros, corresponde à variação cambial. A Cooperativa neozelandesa mantém o preço desde novembro de 2016. O preço do leite Classe III nos Estados Unidos caiu de US$ 17,40/cwt, [R$ 1,24/litro], em dezembro, para US$ 16,77/cwt, [R$ 1,20/litro], em janeiro. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

Mercado LTO 

A captação de leite em dezembro na União Europeia (UE) caiu 3%. Desde junho de 2016 o volume de leite cai. As maiores quedas foram registradas na França, Alemanha e Reino Unido. Mesmo assim, a captação em todo o ano de 2016 ficará apenas ligeiramente abaixo dos níveis de 2015, como resultado da forte produção no início do ano. 

Também na Oceania (Austrália e Nova Zelândia) e América do Sul (Argentina, brasil e Uruguai), em alguns momentos houve queda acentuada na produção de leite, principalmente em decorrência de condições climáticas desfavoráveis e baixos preços do leite na maior parte de 2016. Apenas nos Estados Unidos um dos mais importantes exportadores, houve crescimento na produção de leite. O percentual variou entre 2 e 3% como o verificado nos últimos meses de 2016.
 


 
Até o final de dezembro do último ano o mercado mostrava sinais positivos. Em particular, os preços dos lácteos com alto teor de gordura como a manteiga e leite em pó integral, que tiveram grandes aumentos e chegaram a níveis elevados. Desde o início de 2017, o mercado de lácteos está sob pressão. Isto se aplica em particular ao leite em pó. Tanto os preços do desnatado como integral mostram volatilidade. Isto ocorre principalmente pela fraca demanda nos mercados europeus. A cotação da manteiga sobe sem parar para níveis elevados. Depois de um breve período de declínio na segunda quinzena de fevereiro, os preços estão acima de € 400/100 kg, [US$ 4.100/tonelada]. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

 
Exportações/UE 
Em 2016, as exportações comunitárias de produtos lácteos tiveram comportamentos variáveis. Enquanto caíram as remessas de leite em pó desnatado, leite em pó integral e leite condensado, aumentaram as vendas de manteiga, e queijo. As exportações de leite em pó integral em 2016 foram de 380.449 toneladas, 19.665 toneladas a menos que em 2015. Destaque para Omã, que importou 30% menos, ficando em 45.696 toneladas. As exportações de leite em pó desnatado em 2016 foram 574.188 toneladas, 17% menos que em 2015. Uma das principais quedas foram as remessas para o Egito, para onde as exportações diminuíram 25%. As exportações de leite condensado totalizaram 277.410 toneladas, 22% menos que em 2015. A Líbia reduziu em mais da metade as compras do item. Já as exportações de manteiga e butteroil aumentaram em 20% em relação a 2015, alcançando 207.342 toneladas. Destaque-se que as remessas para a Arábia Saudita aumentaram 5.369 toneladas (31%). Foram vendidas 800.119 toneladas de queijo em 2016, registrando aumento de 11% em relação a 2015. Os incrementos ocorreram para vários mercados, dentre eles, Arábia Saudita, e Japão. As exportações de soro de leite em pó totalizaram 552.971 toneladas, que é 4.522 toneladas a menos que em 2015. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 03 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.452

 

Cadeias da proteína animal expõem gargalos ao governo

 
Foto: Vitorya Paulo

ncentivo à competitividade, ajustes na legislação trabalhista, isonomia fiscal e melhorias na assistência técnica e no acesso à informação foram os assuntos que pautaram as apresentações dos grupos de trabalho (GTs) dos setores de aves/ovos, suínos, lácteos, bovinos/ovinos e peixes, na manhã dessa quinta-feira (02/03), na sede do BRDE, em Porto Alegre (RS). A fim de exibir os seus diagnósticos e identificar gargalos da produção, os grupos apresentaram os pontos que precisam ser avaliados e discutidos com os órgãos públicos para alavancar a produção de proteína gaúcha. Estavam presentes o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, além do presidente do BRDE, Odacir Klein. Representando o setor lácteo, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, apresentou os gargalos da cadeia leiteira, elencando tópicos principais como produção, indústria, mercado e políticas públicas. Guerra citou como um dos entraves do setor as leis trabalhistas que precisam ser atualizadas para a realidade da vida no campo, uma vez que a rotina é diferente da cidade. "Quem produz leite trabalha de segunda à segunda e só encerra seu dia tarde da noite. Precisamos de uma legislação que seja condizente com essa realidade", afirmou. Posteriormente, outros setores usaram o exemplo de Guerra para argumentar favoravelmente sobre as mudanças nas leis.

Os laticínios, de acordo com Guerra, tem seu maior problema concentrado na questão tributária. "Para enfrentar o desafio da guerra fiscal, precisamos da força do governo", disse ele, citando outros aspectos, como a necessidade de capacitação de profissionais, a baixa adesão ao Sisbi e os novos hábitos de consumo, entre outros. Sobre as políticas públicas, Guerra citou a necessidade de simplificação tributária, rejeição do PL 214 e a aplicação racional da IN 62, com atendimento nas propriedades e o uso dos dados para fomentar a melhoria da qualidade do produto. "Precisamos trabalhar em conjunto e criar um programa de incentivo para o aumento da produção de leite, devido à ociosidade da indústria no Rio Grande do Sul", concluiu.

O secretário Fábio Branco citou que as demandas dos setores têm curto, médio e longo prazo, e todas devem ser elencadas como responsabilidade do Estado, assim como a conscientização por parte pública, para mostrar o que prejudica o RS. A opinião também foi partilhada pelo secretário Tarcisio Minetto, que pontuou a necessidade das conversas e alinhamentos internos no Executivo. Em seu pronunciamento, Ernani Polo focou na necessidade de rever a burocracia dos processos. "Há um descompasso da legislação com a realidade", disse, afirmando que as leis devem, sim, ser adaptadas. Para ele, alguns setores estão perdendo a sua "musculatura" devido a essas dificuldades. Após algumas dúvidas levantadas sobre a vacinação da febre aftosa, as entidades presentes marcaram reunião no próximo dia 15 para discutir apenas esse assunto. No dia 30 de março, os GTs e os representantes dos órgãos públicos se reunirão novamente para encaminhar os assuntos tratados na reunião de hoje e avaliar a possibilidade de operacionalização das demandas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Índice de preços da FAO é o maior em 2 anos

O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ficou em 175,5 pontos em fevereiro, 0,5% acima do indicador revisado de janeiro e 17,2% mais que no mesmo mês de 2016. Com isso, o índice que representa uma cesta de produtos comercializados em todo o mundo atingiu o maior valor desde fevereiro de 2015. À exceção dos óleos vegetais, todos os alimentos tiveram alta no mês passado, segundo a FAO, com destaque para os cereais, que subiram 2,5% e chegaram ao maior valor desde junho de 2016. "As cotações do trigo aumentaram 3% devido à maior intensidade no comércio mundial e problemas logísticos nos EUA. O milho e o arroz mantiveram os preços em alta em função de uma demanda forte", afirma a FAO. O indicador de lácteos chegou ao maior valor desde agosto de 2014, com alta mensal de 0,6%, também devido ao aumento da demanda por leite e derivados.

 

As carnes subiram 1,1% em Fevereiro ante janeiro, sendo que as de bovinos e ovinos se valorizaram mais que a de aves e suínos. Já o indicador para os óleos vegetais caiu 4,1% em fevereiro. Essa é a primeira queda desde outubro de 2016. "Enquanto houve um aumento na produção de óleo de palma na Ásia, a demanda pelo produto manteve-se estável. A cotação da soja caiu em razão da expectativa de superprodução no Brasil e Argentina e pelos grandes estoques de óleo nos EUA e Argentina", diz a FAO. (Valor Econômico)

UE: queda na produção de leite no último trimestre supera o determinado pelo programa de redução

Pelo programa de redução da produção de leite, lançado pela Comissão Europeia para o período de outubro a dezembro de 2016, foi marcada uma redução de 1,029 bilhão de litros, o que representaria uma diminuição de 2,9% das captações da UE-28. De acordo com os dados mais recentes da Comissão Europeia, as entregas no último trimestre de 2016 diminuíram 3,4%, ou seja, a redução foi maior do que o esperado pelo programa.

Esta diferença é devido ao fato de que, em vários países, a produção caiu mais do que requerido. É o caso da França e do Reino Unido, onde a produção caiu mais de duas vezes do que o solicitado, bem como Alemanha, com uma redução um pouco maior do que o solicitado.

Em contrapartida, em outros países, apesar do programa de redução, a produção aumentou. É o caso dos Países Baixos, Itália e Polônia. Na Irlanda, a produção caiu, mas menos do que o solicitado. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoin)

 
 

Rede varejista britânica Asda lança leite de animais criados a pasto

A rede varejista britânica, Asda, lançou o leite free range - de animais criados ao ar livre, fora de confinamento - em mais de 100 de suas lojas. A decisão veio nove meses depois que os defensores da World Animal Protection enviarem e-mails para supermercados, incluindo a Asda, pedindo leite free range. A campanha "Full Fact Milk", da instituição, vem convocando os supermercados a estocar leite de vacas criadas fora de confinamento desde dezembro de 2014.

leite free range - Asda 

Uma pesquisa da YouGov, encomendada pela World Animal Protection em 2015, descobriu que 87% dos entrevistados queriam comprar leite de vacas livres, que fossem criadas em pastagens e que isso significasse que os produtores receberiam um bom preço pelo seu leite. A mesma pesquisa revelou que 56% das pessoas pagariam mais pelo leite.

pasture promise O novo leite terá o rótulo Pasture Promise, que garante que as vacas foram criadas em pastagens por um período mínimo de seis meses do ano. Ian Woodhurst, diretor de campanhas agrícolas da World Animal Protection, disse que a Free Range Dairy Network estabeleceu um conjunto simples de padrões para os produtores, para fornecer aos consumidores uma clara garantia de que estão comprando leite de vacas que desfrutam da liberdade de pastar. "Para usar o rótulo Pasture Promise, os produtores devem comprometer-se a deixar suas vacas em pastagens por pelo menos seis meses do ano. A Free Range Dairy Network (a empresa de interesse comunitário por trás do rótulo) desenvolveu padrões de produção que serão auditados independentemente como parte da avaliação Red Tractor realizada na fazenda, garantindo que os produtores cumpram os padrões".

Woodhurst disse que o rótulo Pasture Promise é um esquema de rotulagem credenciado que, juntamente com alguns outros critérios, exige que as vacas permaneçam em pastagem por 180 dias e noites. "É executado através de Red Tractor e, até onde sabemos, esse é o único rótulo que tem esses requisitos de pastejo e é totalmente auditado".

O leite, em variantes integral e semidesnatado, está disponível em garrafas de um e dois litros por £ 0,90 (US$ 1,11) e £ 1,50 (US$ 1,85), respectivamente. Woodhurst disse que espera que a liderança da Asda seja um catalisador para que outros varejistas sigam o exemplo. "Parabenizamos a decisão da Asda de ser o primeiro supermercado a vender uma linha de leite que satisfaça as preocupações dos consumidores sobre o bem-estar das vacas e lhes permite comprar leite com a garantia de que é oriundo de animais que tiveram a liberdade de pastar durante pelo menos seis meses do ano".

"O produto também resolve as preocupações de que os produtores de leite devem receber um preço justo pelo seu leite. Esperamos que outros supermercados sigam o exemplo da Asda". Ele acrescentou que a Free Range Dairy Network recrutou produtores de leite a pasto para fornecer o produto e que, a partir das evidências até agora, ele estava "confiante de que haverá muitos produtores que podem satisfazer os critérios para o rótulo Pasture Promise - aumentando a oferta de leite free range para atender a demanda futura dos consumidores".

Woodhurst disse que sua comunicação tem ocorrido majoritariamente com varejistas. "Nós nos reunimos com a First Milk, mas atualmente não temos planos para entrar em um diálogo com os principais processadores, embora estejamos sempre abertos para nos reunir com eles. O foco da nossa campanha Full Fact Milk foram os supermercados e seus dedicados grupos de laticínios - a quem pudemos demonstrar a demanda dos consumidores para que eles estocassem e vendessem leite free range. Nós pensamos que é importante que os consumidores possam escolher o leite que é produzido na maneira que querem, isto é, de vacas que são livres pastar nos campos onde podem demonstrar seus comportamentos naturais, particularmente em termos de suas hierarquias sociais". 

Para ele, a nova marca free range pode até mesmo agregar valor ao leite, para que ele não seja considerado apenas como uma commodity barata, mas também, ajude as pessoas a compreender como é produzido e o trabalho exigido. 

A World Animal Protection (antiga WSPA) procura criar um mundo onde o bem-estar animal seja valorizado e a crueldade animal termine. Ativa em mais de 50 países, trabalha diretamente com animais e com as pessoas e organizações que podem garantir que os animais sejam tratados com respeito e compaixão. Woodhurst destacou que a instituição trabalhou em questões do setor leiteiro na Índia, Holanda e Suécia, apoiando melhorias de bem-estar para vacas leiteiras através de uma série de campanhas públicas, trabalhando com produtores, empresas e governos. 

Em 02/03/17 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,23471
0,80978 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (Dairy Reporter, traduzido pela Equipe MilkPoint)

  

Outono - período importante para produção de matéria gorda e melhorar o BCS
Produção/NZ - O outono é uma estação importante para aumentar a produção de matéria gorda e o melhorar o escore corporal dos animais (BCS) antes de chegar o inverno. A Costa central da Ilha Sul continua seca, com poucas chuvas e temperaturas elevadas, em todo o mês de fevereiro, fazendo com que o crescimento das pastagens fique em níveis baixos, apenas compatíveis com a terra árida. Enquanto isso, a maior parte da Nova Zelândia desfruta de tempo quente depois das recentes chuvas. As chuvas de outono precisam começar logo nas regiões secas, e com noites frescas, pois qualquer recuperação ficará limitada às temperaturas do solo. Os agricultores da Costa Oeste focam no crescimento das pastagens. A abundância de alimentos para armazenar e o bom estabelecimento das culturas de inverno precisam compensar a umidade excessiva da primavera e do verão. A produção global encontra-se estagnada, tendo a Europa registrado quedas pelo sexto mês consecutivo, que são contrabalançadas pela produção dos Estados Unidos, que está em alta nos últimos quatro meses. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)