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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.813


Carbono negativo, irrigação e mercados: prioridades na Secretaria da Agricultura do RS

Empossado neste domingo, Giovani Feltes falou à coluna sobre os desafios no comando da pasta

Natural de São Leopoldo, na Região Metropolitana, Giovani Feltes chega ao comando da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul tendo a experiência política como maior ativo. Formado em Direito e Gestão Pública, foi vereador, prefeito, deputado estadual e federal, além de titular da Fazenda no governo de José Ivo Sartori. Sem relação direta com o agro, ele entende que tem pela frente "um desafio gigante" e, para dar conta de administrar  setor tão vital para a economia gaúcha, buscará se cercar de técnicos e dos próprios representantes do produtor rural.

Neste domingo de posse (01), Feltes conversou com a coluna sobre as primeiras orientações recebidas para a gestão da pasta. Leia abaixo trechos da entrevista.

O que o senhor traz da experiência na Fazenda que pode ser útil na gestão da Agricultura?

Assumir a Agricultura é igualmente desafiador, como foi na Fazenda. A ideia era traduzir aquele momento econômico para a população, dar-lhes  a entender as dificuldades que o Estado estava passando e que, em função disso, medidas nem sempre muito simpáticas eram absolutamente imperiosas. Agora, imagino que o desafio é igualmente gigante, afinal, estamos falando de uma secretaria que tem vinculação direta com metade praticamente do PIB do RS. Se tivermos um trabalho que possamos ser solidários, ajudar a reverberar as dificuldades, tentar minimamente ultrapassar gargalos, é uma forma de facilitação para que o agronegócio possa atuar, avançar. Manter e ampliar o significado e a relevância econômicos no RS.

Como fazer isso?

Obrigatoriamente, terei de buscar conversar com os atores da atividade, com as entidades representantes de todo o setor. Da mesma forma, fico bastante mais tranquilo porque com bom senso, razoabilidade e uma dose de experiência do ponto de vista de gestão pública fico confiante. Porque, assim como na Secretaria da Fazenda, os quadros da Agricultura são de excelência, historicamente reconhecidos na atividade que desempenham nos mais variados setores. 

Que orientações recebeu do governador para a pasta?

Avançar ainda mais na proximidade com o meio ambiente, com questões de legislação. Falamos também sobre a questão do carbono negativo, para que se possa uma vantagem, um instrumento importante e de valorização ainda maior do agro. E sobre o que já está acontecendo. Há de se destacar o secretário Domingos, que fez um trabalho da melhor qualidade, que conhece e é do setor, tem formação e mostrou plena disposição de continuar colaborando. Outra situação que se conversou foi sobre ter duas safras. Precisamos criar mecanismos e possibilidades para que isso aconteça efetivamente. É preciso maior volume de reserva de água e, para isso, eventualmente, mexer na legislação, sem comprometer a preservação do ambiente. A questão da irrigação, de se ter recursos para enfrentar isso. E a busca mais vigorosa por mercados, para mais facilidade de exportar produtos. 

O senhor já conversou com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural?

Ainda não tive oportunidade de conversar com o Santini de forma clara e objetiva sobre essa situação. Conheço o Ronaldo Santini há muitos, muitos anos e tive o privilégio de ter servido como deputado estadual com ele também, então tem uma relação, além de colega de secretariado, pessoal e de parlamentar. A relação política é de muitas décadas. 

Há demandas do agro relacionadas com questões tributárias. Como o conhecimento adquirido na Fazenda pode ajudar com isso?

Naturalmente, o governo toma conhecimento, e algumas dessas demandas e entraves fiscais/tributários são desde a minha época (como secretário da Fazenda) e não consneguiram ser necessariamente superadas, em outras, houve avanço inegável. Não tenho dúvida de que essas coisas, com o tempo, vão se ajeitando. Não entro mas na especificidade da coisa por conta de que vamos conversar com as entidades, observar aquilo que é possível, conversar dentro da esfera do governo, nos movimentando para produzir resultados que sejam benéficos para a economia do Rio Grande, do Estado como um todo. (Zero Hora)


Reservar para irrigar

O começo de 2023 reserva uma mudança tida como essencial no caminho para o avanço da irrigação no Rio Grande do Sul.

A definição sobre curso de água efêmero e intermitente sairá na forma de instrução normativa nos primeiros meses do ano, projeta a secretária do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann.

E por que essa questão técnica importa?

- A dificuldade na classificação acaba impedindo a reserva de água. A instrução normativa do departamento de recursos hídricos, em formulação, permitirá que dúvidas sejam esclarecidas, com base técnica - explica. Com o tempo seco outra vez prejudicando a safra de verão, a necessidade de ações voltadas à irrigação (que vem precedida da necessidade de reservar água nos meses de chuva) se reforça como prioridade. Marjorie afirmou que essa pauta "está dentro de todas as outras".

E acrescenta que o grupo técnico criado para tratar do tema teve "cuidado extremo" para que as propostas fossem independentes da pessoa no comando das pastas. Há ações de curto, médio e longo prazo. A instrução normativa que esclarece o conceito de curso da água entra no curto prazo, assim como iniciativas para amenizar impactos do tempo seco (seguro, auxílios, poços e açudes).

No médio/longo, entram a questão do bioma Pampa (onde há impasse judicial) e a reserva em "recursos hídricos mais potentes". - Além disso, a agricultura avançará em técnicas de reuso da água - completa a secretária. (Zero Hora)

 

Sancionado projeto de lei de implementação de programas de autocontrole para todo o setor agropecuário

A lei estabelece a obrigatoriedade da elaboração, implementação e monitoramento dos sistemas de autocontrole nos 18 setores regulados pela defesa agropecuária

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei nº 1293, de 2021, que dispõe sobre os programas de autocontrole no setor agropecuário. A lei estabelece a obrigatoriedade da elaboração, implementação e monitoramento dos sistemas de autocontrole nos processos produtivos em todos os 18 setores regulados pela defesa agropecuária.

A ideia é aperfeiçoar a atuação da defesa agropecuária, incorporando as informações geradas nos programas de autocontrole de responsabilidade dos agentes regulados, produtores agropecuários e indústria. O Estado permanece com a prerrogativa de exercer a fiscalização plena. Desta forma, o Estado incorpora à sua atuação a capacidade de tomar decisões mais acertadas tanto na fiscalização, quanto na atividade regulatória, por dispor de um conjunto de informações geradas nos processos produtivos, confrontadas com aquelas oriundas da fiscalização, mantendo o poder de atuação nos casos de infrações.

O setor produtivo, por sua vez, fica desonerado de uma grande quantidade de burocracia gerada por demandas individuais por informações em diferentes pontos do sistema. As informações de interesse serão compartilhadas com o Mapa por meio de plataforma eletrônica e processos, agilizando vários serviços, como, por exemplo, a emissão de certificados sanitários.

Foi ainda instituído o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária, de caráter voluntário, e que busca estimular a conformidade dos processos produtivos por meio do aumento da transparência das informações geradas no âmbito do setor produtivo. As empresas que aderirem ao programa terão uma série de incentivos, que têm na sua essência a redução ainda maior da carga burocrática em comparação ao sistema vigente.
Foi atualizado o valor das multas, com o objetivo de inibir irregularidades e o não cumprimento das normas sanitárias.

Os programas de autocontrole proporcionam modernização no âmbito da fiscalização, garantindo maior segurança jurídica, aprimoramento da qualidade dos produtos agropecuários, redução de gastos públicos e aprimoramento de capacidade de pronta atuação por parte dos agentes de fiscalização.

O presidente vetou trechos que tratavam da isenção de registro de insumos agropecuários fabricados pelo produtor rural para uso próprio e que atribuía ao Mapa a definição dos insumos que não teriam isenção de registro. Os procedimentos foram considerados inviáveis, pois exigiriam atualização da lista de agrotóxicos e produtos veterinários isentos de registro a cada novo ingrediente ativo desenvolvido. Além disso, há o fato de que o processo de registro de um agrotóxico envolve outros órgãos administrativos além do Mapa. (MAPA)


Jogo Rápido 

MP dos combustíveis prorroga desoneração de impostos federais por 60 dias
A Medida Provisória (MP) dos Combustíveis prorroga por 60 dias a desoneração de impostos federais sobre esses produtos, de acordo com nota divulgada na noite deste domingo pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O mandatário assinou há pouco a MP. Mais cedo neste domingo, o futuro presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já tinha afirmado que a prorrogação teria duração de 60 dias. (Valor Econômico)


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.812


PREÇO DA GASOLINA EM 2023: saiba o MOTIVO para aumento da GASOLINA e DIESEL e qual pode ser o valor da ALTA

A desoneração, que ajudou a conter o preço da gasolina na segunda metade de 2022, tem prazo para acabar

Com Estadão Conteúdo

Com o novo governo, muito se especula sobre o preço dos combustíveis em 2023. A expectativa é se com o governo Lula (PT) haverá aumento do preço da gasolina e diesel, atualmente desonerados, mas com prazo de validade para retomada da maior tributação. 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pedisse ao governo Bolsonaro para desistir de prorrogar o corte dos impostos federais sobre combustíveis.

Haddad comunicou a Lula ontem à tarde por meio de mensagem no celular, segundo fontes do governo Bolsonaro, a edição de medida provisória (MP) para prorrogar a desoneração por um mês. A prorrogação daria tempo para o novo governo se posicionar e tomar a decisão em torno da desoneração.

Sem ela, ocorre o aumento dos preços, com impacto na inflação. De acordo com o atual ministro de Minas e Energia, o preço da gasolina, diesel e etanol "vai aumentar a partir de janeiro por escolha do novo governo".

Valor do aumento da gasolina em 2023

Sem levar em conta a proposta de prorrogação por um mês da desoneração, o ministro estimou que "a partir de janeiro gasolina vai aumentar aproximadamente R$ 0,69 e diesel R$ 0,33".

O impacto da prorrogação da medida seria de R$ 52,9 bilhões no ano cheio. Setores do mercado financeiro pressionam pelo fim da desoneração para a melhoria das contas públicas.

A desoneração, que ajudou a conter o preço da gasolina na segunda metade de 2022, tem prazo para acabar em 31 de dezembro.

SUBIDA DOS IMPOSTOS E PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

Integrantes do PT já alertaram para o risco de subida dos impostos logo no primeiro dia de governo, o que poderia acabar em "pólvora" para os atos extremistas contra a posse do novo presidente.

O impacto na inflação, no risco de alta da Selic e na popularidade do presidente logo na largada do governo também foram postos na mesa.

Os Estados também devem aumentar o ICMS da gasolina a partir de janeiro, o que aumenta a pressão.

Na conversa com Haddad, Guedes apontou que o fim da desoneração seria de interesse do mercado financeiro, que não quer a volta da tributação de lucros e dividendos para compensar a perda de arrecadação com a desoneração e o seu impacto nas contas públicas.

Guedes tinha proposto taxar lucro e dividendos para compensar o custo do Auxílio Brasil e da manutenção da desoneração. (JC UOL)


Desequilíbrio marca ano de produtores de leite do Rio Grande do Sul
 
O setor do leite viveu um ano de altos e baixos no Rio Grande do Sul, com estiagem e alta no custo de produção
 
O setor do leite viveu um ano de altos e baixos no Rio Grande do Sul.
 
O ano começou com estiagem que impactou pastagens, preços que melhoraram no meio do ano e pressão de custos que voltou a preocupar o produtor no último trimestre de 2022.
 
A rotina de todo produtor de leite é igual: ordenha duas vezes ao dia, pegar alimento para as vacas e fazer o trato para que elas produzam bem.
 
O estado é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com um volume de 4,27 bilhões de litros/ano ou 12% da produção nacional.
 
Segundo a Emater, a estiagem no começo do ano impactou com força a atividade. com pouca pastagem ou silagem, o produtor precisou investir mais na dieta e a produção chegou a cair 19% no primeiro semestre.
 
Já os custos dos insumos, como os fertilizantes para produzir comida para o rebanho, subiram mais de 100% entre 2021 e 2022.
 
Em contrapartida os preços subiram cerca de 37% entre maio e  julho, com o preço médio do litro do leite no estado em R$3,41
 
Já em agosto o conseleite projetou o preço de referência do leite pago pela indústria aos produtores, em R$2,81 que representa uma redução de 14,8%.
 
Em setembro nova queda de 12%. Em outubro o litro sai por R$2,28
 
“Nós tivemos uma oscilação nunca vista antes em 2022. A cada quatro meses, nós convivemos com uma nova realidade diferente. A partir de setembro, tivemos situação de produtos importados, principalmente o leite em pó e queijo alguma coisa também mas dentro da média histórica, e isso forçou uma baixa dentro do mercado brasileiro”, diz Darlan Palharini, secretário-executivo Sindilat.
 
A forte queda do preço do leite fragiliza o produtor e incentiva abandono da atividade.
 
De acordo com a emater entre 2021 e 2015, 52 dos produtores de leite migraram para outras atividades. O número caiu de 84 para 40 mil.
 
Entidades temem que a falta de incentivo e políticas específicas para o setor acentuam ainda mais essa crise.
 
Outra questão inclui ter um preço fixo de venda do leite. hoje o produtor entrega e só vai descobrir quanto vai ganhar em 30 ou 40 dias. a indústria já discute essa situação mas destaca que o Rio Grande do Sul teria que ter uma política nesse sentido. Assista a matéria clicando aqui. (Canal Rural)
 

Caged tem saldo positivo de 135 mil empregos

Registro do último mês do ano divulgado ontem é resultado de 1,747 milhão de admissões e de 1,6 milhão de demissões

Após a criação de 162.029 vagas em outubro, dado revisado ontem, o mercado de trabalho formal registrou saldo positivo 135.495 carteiras assinadas em novembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. 

O resultado do mês passado decorreu de 1,747 milhão de admissões e de 1,612 milhão de demissões. Em novembro de 2021 houve abertura de 313,77 mil vagas com carteira assinada. No Rio Grande do Sul, igualmente há saldo positivo de 11.679 empregos. Foram 110.960 trabalhadores admitidos contra 99.281 demitidos. O segmento de mais destaque no Estado foi o de comércio, que registrou saldo de 6.165 postos, fruto de 33.729 contratados ante 27.564 dispensados. 

O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês no país, segundo estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast. As previsões eram de abertura líquida de 104 mil a 229,8 mil vagas em novembro, com média positiva de 146 mil postos de trabalho. No acumulado dos 11 primeiros meses de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 2,46 milhões de vagas. 

No mesmo período do ano passado havia criação líquida de 3,07 milhões de postos formais. Assim como no RS, também no Brasil foi o comércio que puxou a geração de empregos. O país teve saldo positivo de 105,9 mil postos formais em novembro. Logo a seguir aparece o setor de serviços, que abriu 92.213 vagas. A indústria, porém, fechou 25 mil vagas. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

Estado terá calor e pancadas de chuva pelos próximos dias
A próxima semana terá calor e pancadas de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 51/2022, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Até sábado (31/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com muito calor e temperaturas próximas de 40°C em diversas regiões. No domingo (01/01), o deslocamento de uma frente fria vai provocar pancadas de chuva e trovoadas, com possibilidade de temporais isolados. Na segunda (02/01), a nebulosidade associada à frente fria ainda permanecerá sobre o Estado, e deverão ocorrer pancadas de chuva na maioria das regiões. Na terça-feira (03/01), ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas nos setores Norte e Nordeste; no restante do Rio Grande do Sul, o ingresso de uma massa de ar seco manterá o tempo firme. Na quarta (04/01), o tempo seco e quente vai predominar em todo o Estado. Os totais esperados deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha e na Zona Sul. Nas demais regiões, os volumes deverão oscilar entre 15 e 30 mm, podendo superar 40 mm em alguns municípios da Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, milho silagem, arroz, feijão, olerícolas, frutíferas e fumo. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 
 
 

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Porto Alegre, 29 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.811


Novo valor da Unidade Padrão Fiscal altera taxas de repasses para o Fundesa e Fundoleite

O Governo do Estado fixou em R$ 24,7419 o valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF-RS) em 2023. A nova tarifa teve um aumento de 5,89% em relação a 2022 e foi publicada no Caderno do Governo (DOE) do Rio Grande do Sul na terça-feira (27/12). A variação do indexador regulado pelo Estado consta na Instrução Normativa 110/22, que entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro, alterando os valores que devem ser recolhidos pelo setor lácteo gaúcho através do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite). 

A taxa do Fundesa ficou definida em R$ 0,001534 por litro industrializado em 2023. Deste total, 50% será descontado na nota de compra de leite pago aos produtores, o que equivale a R$ 0,000767 por litro, e 50% pelas indústrias, também no valor de R$ 0,000767 por litro. Os valores arrecadados são aplicados na indenização dos proprietários por animais identificados pelo serviço oficial e sacrificados por conta de zoonoses, tuberculose e brucelose. Além disso, financiam a promoção de ações de prevenção contra doenças infectocontagiosas, sob controle e erradicação, reconhecidas nos programas oficiais de sanidade animal. Ao todo, 10 entidades integram o Fundesa, entre elas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Já com relação ao recolhimento para o Fundoleite, o valor será de R$ 0,001534 por litro adquirido, apenas pela indústria, sendo que o Estado bonifica 50% desse valor em ICMS. A iniciativa tem como objetivo as ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia produtiva do leite bovino e dos seus derivados para o aumento da competitividade do produtor de leite gaúcho e na divulgação de campanhas para a defesa e o aumento do consumo de lácteos.

As informações são da Assessoria de imprensa do Sindilat/RS


Feltes é confirmado na Agricultura e Marjorie segue no Meio Ambiente no RS

Anúncios dos dois secretários foram feitos através das redes sociais do governador eleito Eduardo Leite

Seguindo a intenção de tomar posse com todas as vagas do secretariado preenchidas, o governador eleito Eduardo Leite (PSDB) realizou mais dois anúncios no começo da tarde desta quinta-feira. O deputado federal Giovani Feltes (MDB), que tentou a reeleição, mas não renovou sua cadeira na Câmara dos Deputados, será o secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. Feltes ocupou a pasta da Fazenda no governo de José Ivo Sartori (MDB).

O outro anúncio foi a permanência de Marjorie Kauffmann (PSDB) à frente do Meio Ambiente e Infraestrutura. De 2019 até assumir a secretaria neste ano, quando da desompatibilização de Luiz Henrique Viana (PSDB) para concorrer a deputado estadual, Marjorie foi foi presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). 

Com os dois novos nomes, chega a 20 o número de secretários anunciados, de um total de 27 pastas, sendo uma extraordinária que ainda terá sua temática e data de efetivação a ser definida. Novos anúncios podem acontecer no decorrer da tarde.

Nesta semana, já haviam sido confirmados Gilmar Sossella (PDT), à frente da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Profissional, do economista mineiro Pedro Capeluppi, em Parcerias e Concessões, Luiz Henrique Viana (PSDB) em Sistemas Penal e Socioeducativo, e Danrlei (PSD), retorna à pasta de Esporte e Lazer.

Secretários já confirmados:

  • Casa Civil - Artur Lemos
  • Procuradoria-Geral do Estado - Eduardo Cunha da Costa (PGE)
  • Educação - Raquel Teixeira
  • Comunicação - Tânia Moreira
  • Casa Militar - Luciano Boeira
  • Fazenda - Pricilla Maria Santana
  • Segurança Pública - Sandro Caron
  • Obras Públicas - Izabel Matte
  • Assistência Social - Beto Fantinel
  • Saúde - Arita Bergmann
  • Desenvolvimento Rural - Ronaldo Santini
  • Logística e Transportes - Juvir Costella
  • Cultura - Beatriz Araújo
  • Desenvolvimento Econômico - Ernani Polo
  • Trabalho e Desenvolvimento Profissional - Gilmar Sossella
  • Parcerias e Concessões - Pedro Capeluppi
  • Sistemas Penal e Socioeducativo - Luiz Henrique Viana
  • Esporte e Lazer - Danrlei
  • Meio Ambiente e Infraestrutura - Marjorie Kauffmann
  • Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação - Giovani Feltes

As informações são do Correio do Povo

 

Carlos Fávaro assume Ministério da Agricultura na segunda-feira

A cerimônia de transmissão de cargo do atual ministro Marcos Montes para o novo ocupante está marcada para as 15h na sede da Pasta

O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) tomará posse no Ministério da Agricultura na próxima segunda-feira, dia 2 de janeiro. A cerimônia de transmissão de cargo do atual ministro Marcos Montes para ele está marcada para as 15h, na sede da Pasta.

Fávaro deverá anunciar Irajá Lacerda para a Secretaria-Executiva do ministério. Ele é advogado em Mato Grosso, especializado em regularização fundiária, direito agrário e ambiental, e foi chefe de gabinete do senador até recentemente. 

Lista completa de ministros confirmados:

  • Advocacia-Geral da União (AGU): Jorge Messias
  • Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Carlos Fávaro (PSD)
  • Casa Civil: Rui Costa (PT)
  • Cidades: Jader Filho (MDB)
  • Ciência e Tecnologia: Luciana Santos
  • Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil)
  • Controladoria-Geral da União (CGU): Vinícius Carvalho
  • Cultura: Margareth Menezes
  • Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira (PT)
  • Defesa: José Múcio Monteiro
  • Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)
  • Direitos Humanos: Silvio Almeida
  • Educação: Camilo Santana (PT)
  • Esporte: Ana Moser
  • Fazenda: Fernando Haddad (PT)
  • Gabinete de Segurança Institucional: Marco Edson Gonçalves Dias
  • Gestão: Esther Dweck
  • Igualdade Racial: Anielle Franco
  • Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)
  • Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT)
  • Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino (PSB)
  • Meio Ambiente: Marina Silva (Rede)
  • Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD)
  • Mulheres: Cida Gonçalves
  • Pesca: André de Paula (PSD)
  • Planejamento e Orçamento: Simone Tebet (MDB)
  • Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB)
  • Povos Indígenas: Sônia Guajajara (PSol)
  • Previdência Social: Carlos Lupi (PDT)
  • Relações Exteriores: Mauro Vieira
  • Relações Institucionais: Alexandre Padilha
  • Saúde: Nísia Trindade
  • Secretaria-Geral da República: Márcio Macêdo
  • Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT)
  • Trabalho: Luiz Marinho
  • Transportes: Renan Filho (MDB)
  • Turismo: Daniela do Waguinho (União Brasil)

As informações são do Valor Econômico


Jogo Rápido 

Piracanjuba conquista selo mais integridade
Piracanjuba conquistou o Selo Mais Integridade, premiação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que reconhece práticas de integridade por empresas do agronegócio. Para alcançar o prêmio, as companhias são avaliadas sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade, ética e ainda quanto ao empenho para a mitigação das práticas de fraude, suborno e corrupção. A certificação está em sua quinta edição e se divide em Selo Verde – concedido às empresas que conquistam o reconhecimento pela primeira vez, como é o caso da Piracanjuba -, e Selo Amarelo, destinado às companhias que conseguem renovar a premiação. A relação das premiadas foi divulgada na Portaria nº 15 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 15 de dezembro, que entra em vigor no próximo dia 30. A cerimônia de entrega do prêmio está prevista para a primeira semana de fevereiro de 2023. “É um orgulho alcançarmos esse reconhecimento, que é resultado de um esforço conjunto do nosso time para assegurar as melhores práticas de integridade no dia a dia da empresa”, destaca o gerente de Auditoria Interna e Compliance, Adriano Ferrer. Segundo o gerente, a estruturação do Programa de Compliance da empresa foi iniciada em 2021, em parceria com a consultoria Martinelli Advogados. A iniciativa envolveu a estruturação de uma área focada no tema, formalização em políticas e procedimentos de práticas já existentes, assim como a criação de novas, além de treinamentos que alcançaram todos os colaboradores. A partir da premiação formal do Selo Verde, a Piracanjuba estará apta a utilizá-lo em seus produtos, meios de comunicação e publicidade, pelo período de um ano. “Em 2023, a meta é renovarmos a premiação com a conquista do Selo Amarelo, demonstrando nosso comprometimento na melhoria contínua dos processos, reforçando nossos valores”, ressalta o gerente. O Selo Mais Integridade foi criado pelo Mapa, a partir da Portaria nº 2.462, de 12 de dezembro de 2017, para premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvam boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade. As primeiras premiações foram entregues em 2018. Entre os objetivos da iniciativa, estão: estimular a implementação de programas nos âmbitos econômico, social e ambiental e conscientizar empresas e cooperativas do agronegócio sobre seu relevante papel no enfrentamento às práticas concorrenciais corruptas e antiéticas. (As informações são da Assessoria de imprensa Piracanjuba)


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.810


O espelho uruguaio

Este artigo, elaborado pelo engenheiro agrônomo, Marcos Snyder, compara o setor leiteiro da Argentina com o do Uruguai, para ver quais problemas são comuns a ambos os países e quais são questões apenas da Argentina.

Argentina: segundo maior produtor de leite da América do Sul depois do Brasil, possui as maiores fazendas leiteiras, é o maior exportador da região e o 3º exportador de leite em pó integral do planeta.

Uruguai: 5º produtor da América do Sul (atrás do Brasil, Argentina, Colômbia e Chile), mas o 2º exportador de lácteos, competindo com a Argentina no comércio internacional de leite em pó integral.

O Uruguai é o país que, com uma produção de 590 litros por habitante por ano, produz mais leite per capita na América do Sul. O país também tem o maior consumo de leite da região, 266 litros/hab/ano, mas a alta produção permite que exportem 77% do que produzem.

O Uruguai, com 5,6 milhões de litros de leite/dia, produz aproximadamente 70% do que a província de Buenos Aires produz, ficando logo atrás da Argentina nas exportações de leite em pó integral. Em 2021, o país exportou 28.865 toneladas de leite em pó integral para o Brasil (+17% a mais que o volume exportado pela Argentina) e até agora em 2022 (jan-out) acumula 22.216 toneladas, 35% a menos que os embarques da Argentina para o Brasil.

Mas é muito interessante observar o que é exportado pelos dois países para a China, pois enquanto a Argentina vendeu ao gigante asiático 3.542 toneladas de leite em pó integral entre janeiro e setembro de 2022, o Uruguai acumula uma venda de 25.975 toneladas, desbancando a Austrália como segundo fornecedor da China desde 2021.

O país vem trabalhando na competitividade há anos e, recentemente, tramita até um possível acordo de livre comércio com os asiáticos.

Quando se fala em “competitividade”, costuma-se pensar no desempenho da produção primária e da indústria processadora, mas quando se trata de exportar, a competitividade não envolve apenas o produtor e a indústria, mas também o Estado com seus controles, seus impostos e as políticas públicas necessárias para facilitar a tarefa e garantir a entrada de divisas.

Estando os dois países à mesma distância da China, infere-se que a dificuldade da Argentina em aumentar seu volume de exportação se deve à falta de competitividade exportadora causada por um Estado ineficiente.

A cadeia de lácteos argentina possui um elo produtivo primário altamente competente, pois trabalha e cresce com os menores preços de matéria-prima do mundo, e um elo industrial local com capacidade para processar com eficiência os volumes necessários para competir e abastecer o mercado interno e externo. 

Mas é um ônus incluir o pesado Estado argentino com sua pressão tributária direta como o Imposto de Exportação, entre outros (9% para o leite em pó integral, principal produto lácteo exportado), e indireta como o atraso cambial (no mínimo 30% e a insólita gama de taxas de dólares fictícios existentes), adicionado a isso o imposto inflacionário (a COVID e a guerra afetam a todos, mas o Uruguai tem uma inflação anual de 9% enquanto a Argentina, de 83%).

Sem dúvida, seria promissor que o atual governo e os que virão reconsiderassem seriamente a mudança na forma de fazer as coisas para gerar a tão esperada reativação não só do setor leiteiro argentino (representado por 10.446 fazendas leiteiras, 670 empresas processadoras e 187.000 funcionários), mas também de toda a economia.

(Artigo do engenheiro agrônomo Marcos Snyder para o DairyLando, traduzido pelo Sindilat via linguee)


Leite - o alimento do mundo: consumo, produção e comercialização

A Índia e o Paquistão estão liderando a demanda e impulsionando o aumento do consumo global de laticínios, acompanhando o crescimento de suas rendas e populações. A indústria de laticínios também está em tendência no resto do mundo. Nos países de alta renda, o consumo per capita deve aumentar 0,4% ao ano, principalmente na forma de produtos lácteos.Em países de baixa e média/baixa renda, quase todo o consumo é na forma de produtos frescos, e espera-se que o consumo per capita aumente em 1,5% ao ano.O queijo é o segundo produto lácteo mais consumido na Europa e na América do Norte, e está sendo acompanhado por regiões onde tradicionalmente não fazia parte da dieta tradicional, como o sudeste asiático.

Enquanto algumas regiões são auto-suficientes, como Índia e Paquistão, o consumo total de laticínios na África, países do sudeste asiático e do Oriente Próximo e Norte da África deve aumentar mais rapidamente do que a produção, e isto significa que as importações aumentarão.

O leite em pó desnatado e o leite em pó integral são utilizados especialmente em confeitaria, leite em pó infantil e produtos de panificação. Uma pequena parte dos produtos lácteos, especialmente leite em pó desnatado e leitelho em pó, é utilizada na alimentação animal.

China, que importa ambos os produtos, leite em pó desnatado e soro em pó, fará isso em maior volume durante a próxima década.

Os soro de leite em pó estão ganhando destaque no processamento de suplementos nutricionais, especialmente na nutrição clínica, infantil e sênior.

O crescimento esperado em quase todas as regiões do mundo é impulsionado pelo aumento da produtividade das vacas leiteiras através da otimização dos sistemas de produção, melhoria da saúde animal e da eficiência alimentar, e melhoria genética.

A UE crescerá mais lentamente do que a média mundial, porque a taxa de crescimento da produtividade é mais lenta em relação ao declínio do rebanho leiteiro: 0,5% ao ano, comparado a 1% ao ano.

Atualmente, mais de 10% das vacas leiteiras estão em sistemas orgânicos localizados na Áustria, Dinamarca, Grécia, Letônia e Suécia, que, pelo mesmo motivo, produzem um quarto do que a produção convencional faz, com custos de produção mais altos.

A América do Norte tem o maior rendimento médio por vaca, são em sua maioria sistemas alojados com alimentação focada em altos rendimentos de rebanhos leiteiros especializados; e como se espera que a demanda doméstica por gorduras permaneça mais forte, os EUA irão exportar principalmente leite em pó desnatado.

A Nova Zelândia produz apenas 2,5% do leite do mundo, mas é o país mais voltado para a exportação. Seu sistema é basicamente pastoral e os rendimentos são consideravelmente menores do que na América do Norte e Europa, mas ainda assim competitivos. A disponibilidade de terras e as crescentes restrições ambientais limitam seu crescimento, mas é improvável que eles se concentrem para alimentar seus rebanhos.

A produção na África também crescerá, porque seus rebanhos crescerão, embora tenham baixos rendimentos: um terço dos rebanhos leiteiros do mundo, produzindo 5,6%, de modo que uma grande parte da produção de leite virá de caprinos e ovinos.

Quase 30 % da produção mundial de leite será utilizada para processar produtos lácteos. Em países de baixa e baixa renda média, a maior parte da produção de leite é utilizada para produtos lácteos frescos. A produção de manteiga, por exemplo, deve crescer um pouco mais rápido em relação à produção total de leite, e todos os outros produtos lácteos a taxas mais lentas.

Apenas 7% da produção mundial de leite entra nos mercados internacionais, mas nas versões integral e em pó desnatado, mais de 50% do que é produzido em todo o mundo é comercializado internacionalmente.

O comércio global de laticínios está ganhando impulso e se expandirá na próxima década, chegando a 14,2 MTM em 2031. Mas nem todos os produtos crescerão igualmente: 1,7% por ano para SMP, 1,6% por ano para queijo, 1,5% para soro em pó, 1,3% para manteiga e 0,9% para SMP, são as projeções de acordo com com a FAO; e a maior parte deste crescimento será coberta por mais exportações dos EUA, da UE e da Nova Zelândia.

A Austrália, apesar de perder participação no mercado internacional, continua sendo um dos principais exportadores de queijo e leite em pó desnatado. A Argentina é também um grande exportador de leite em pó desnatado, e está projetado para responder por 5% das exportações mundiais até 2031. Nos últimos anos, Belarus se tornou um grande exportador, orientando suas exportações principalmente para o mercado russo devido ao embargo imposto àquele país.

O leite está em toda parte. Ela é, foi e será uma parte fundamental de nossas culturas, de nossa composição humana. O leite e seus derivados não são apenas fontes vitais de nutrição para a população global, mas também um meio de subsistência para milhões de pessoas na cadeia de valor do leite em todo o mundo.

Você já tomou seu copo de leite hoje?

O leite é bom para você!

As informações são do Edairy News

A produção de leite na UE supera as expectativas

Leite/Europa – A produção de leite na Europa Ocidental vem aumentando desde o ponto mais baixo atingido em novembro.

Fontes da indústria percebem que a captação varia amplamente entre os países e regiões. Em algumas delas existem pontos percentuais a mais em relação ao ano anterior, e em outras pontos percentuais a menos. Há consenso de que a produção de leite supera as expectativas, mesmo que na comparação anual, até o momento, o volume ainda seja menor, em relação ao período antecedente. De acordo com dados publicados pelo site CLAL, a produção do leite de vaca na União Europeia (UE) em outubro chegou a 11.682 mil toneladas, um aumento de 1,5% em relação ao ano passado. No acumulado de janeiro a outubro, o volume estimado é de 121.820 mil toneladas, uma queda de 0,3% em comparação com a produção de leite na UE de janeiro a outubro de 2021. Entre os principais produtores do bloco ocidental, o volume as variações foram: Alemanha, 26.742 mil toneladas (-0,6%); França, 20.480 mil toneladas (-1%); Holanda, 11.480 mil toneladas (+0,3%) e Itália, 10.925 mil (-0,6%).

Fontes da indústria relatam que os preços pagos aos produtores estão em níveis recordes até o final do ano. Esses preços aumentaram constantemente ao longo de 2022, chegando à média de € 0,59/kg. No entanto, observadores do mercado avaliam que esse nível é insustentável, diante da queda nas cotações das commodities lácteas. A fraca demanda por ingredientes lácteos reduziu a necessidade de leite para as indústrias. Os preços do leite no mercado spot caíram dramaticamente. Em alguns casos, chegou à metade do preço pago ao produtor. Muitos analistas acham que as indústrias de laticínios reduzirão o preço do leite ao produtor no primeiro dia do próximo ano.

As fábricas estão bem abastecidas. Os fatores mais limitantes são a disponibilidade de caminhões e motoristas para captar o leite e entregá-lo nas indústrias. Também há dificuldades em encontrar funcionários para completar os diversos turnos de trabalho. Existem relatos de elevado número de licenças médicas e férias à medida que chegam as festas de final de ano.

A energia tem estado disponível, mas a custos muito elevados. A maioria dos países da Europa Ocidental planejou quantidades adequadas de abastecimento e, salvo se houver um inverno muito rigoroso, deve haver reservas suficientes para atender à maior parte das necessidades.

No Leste Europeu, além das áreas impactadas diretamente pelo conflito entre Ucrânia e Rússia, a produção de leite cresceu durante boa parte do ano, com a Polônia liderando a produção de leite dentro do bloco. De acordo com o site CLAL, no mês de outubro o país captou 1.025 mil toneladas, +2,1% em relação a outubro de 2021. No acumulado do ano até outubro de 2022, a Polônia produziu 10.730 mil toneladas de leite, registrando crescimento de 2,2% na comparação interanual.

Apesar dos danos e interrupções causados na rede de distribuição de energia pelo conflito entre a Ucrânia e a Rússia, as exportações de grãos pelos portos do Mar Negro foram retomadas, conforme acordo feito entre Moscou e Kiev. O ministério ucraniano relatou que 550 navios saíram transportando 13,8 toneladas de grãos ucranianos com destino à Ásia, Europa e África, dentro das condições acordadas. Tanto a Rússia como a Ucrânia gostariam de prorrogar o acordo, e as autoridades turcas já estão se reunindo com líderes dos dois países em conflito para negociar a expansão do comércio através do Mar Negro. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)  


Jogo Rápido 

Medida Provisória altera prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental
Medida visa evitar risco de proprietário rural ser responsabilizado por não ingressar no programa dentro do prazo previsto em razão de demora na análise do CAR. Foi publicada nesta segunda-feira (26) Medida Provisória n° 1.150 que altera o prazo para adesão ao PRA, originalmente previsto na Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, mais conhecida como Código Florestal. De acordo com a Medida Provisória, o proprietário ou possuidor do imóvel rural terá 180 dias para aderir ao PRA após ser convocado pelo órgão competente estadual ou distrital. Pelo Código Florestal, o prazo de adesão terminaria no próximo dia 31 de dezembro de 2022. A mudança ocorreu pois a adesão ao PRA requer que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) do imóvel rural tenha passado pela análise prévia dos órgãos estaduais e distrital. No entanto, as unidades federativas não terão condições de concluir as análises dos cadastros dentro do prazo previsto em lei. Desta forma, os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa ) e do Meio Ambiente (MMA) apresentaram a proposta de alteração do prazo de adesão ao PRA para evitar o risco de o proprietário/possuidor de imóvel rural ser responsabilizado por não ingressar no programa conforme o prazo previsto ou se tornar inelegível aos benefícios previstos na Lei nº 12.651 em razão de não ter o CAR analisado.  A medida não gera impacto financeiro, orçamentário ou diminuição de receita para o Poder Público. O que é o PRA: O programa prevê uma série de ações a serem adotadas pelo produtor rural com o objetivo de cumprir as normas de regularização ambiental. O Mapa destaca que adesão ao PRA reduz os custos e viabiliza economicamente a adoção de medidas como recomposição, regeneração da vegetação e compensação nas propriedades rurais, que estão previstas na legislação. Além disso, contribui para o alinhamento da produção agropecuária nacional com a sustentabilidade, combate às mudanças climáticas e fortalece o papel do Brasil como fornecedor mundial de alimentos produzidos com respeito ambiental e social. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 27 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.809


Pequena propriedade de jovem casal de pedras altas vira caso de sucesso estadual na produção leiteira

A manhã do sábado (17) foi de emoção para o jovem casal Gean e Alice Bellini – ele com 30 anos e ela com 27, moradores do assentamento Lago Azul, localizado a cerca de 40km da sede de Pedras Altas.

Ambos foram pegos de surpresa, quando receberam das mãos dos representantes na região da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), o troféu de 1º lugar como caso de sucesso entre todos os produtores de leite conveniados com a cooperativa no RS.

Quando se fala em surpresa, é isso mesmo, porque o casal não sabia que havia sido escolhido entre outras 20 regiões do Estado. A divulgação ocorreu no encontro anual realizado na quinta-feira (15), na sede da CCGL, em Cruz Alta, quando o zootecnista e assistente técnico de campo da CCGL para a região, Thiago Pereira Vieira, apresentou o caso de Gean e Alice. “Num ano muito difícil e desafiador para a produção leiteira, com muita seca no início do ano e um inverno rigoroso e chuvoso, terminarmos assim com esse prêmio, é muito gratificante”, assinala Thiago.

Para despistar e manter a surpresa, Gean e Alice foram convidados para uma ‘reunião’ na casa do pai dele, o ex-prefeito de Pedras Altas, Jair Bellini, no mesmo assentamento. A suposta reunião era com o atual prefeito do município, Volnei Oliveira, que também foi ‘cúmplice’ na surpresa e estava presente no momento da revelação, assim como a reportagem do TP.

SUCESSO – O casal começou com a produção leiteira em 2014, porém somente na primavera de 2018, o tambo passou a ser o primeiro gerenciado pelo sistema de assistência técnica da CCGL. Pouco antes, a Associação Municipal dos Produtores de Leite de Pedras Altas (Amplepa), da qual Gean é assistente técnico e tesoureiro, havia fechado contrato com a cooperativa para recolher a produção do município, dentro da parceria CCGL, Cooperativa Mista Aceguá Ltda (Camal) e Cooperativa Agropecuária Júlio de Castilhos (Cootrijuc).

Conforme explicou o assistente Thiago, logo após o primeiro planejamento forrageiro que fizeram, já em 2019, os resultados começaram a aparecer. “Um caso de sucesso é todo aquele em que os resultados, em qualquer segmento de atuação, são acima da média. E esta é a situação do Gean e da Alice”, comemora ele, lembrando que o sonho da Alice, em 2018, era a aquisição de uma máquina de lavar e hoje eles já adquiriram com a produção, além da máquina, um veículo de passeio, entre outras conquistas a mais do que o melhoramento das condições de produção.

De 2014 até 2022, o tambo do casal teve crescimento de 254% em quantidade de leite produzido e somente de 2018 até agora – após a assistência da CCGL, a produção cresceu 153%. A média de produção de litros de leite diários por vaca vem crescendo ano a ano, com 26 litros em 2020, 27,3 litros em 2021 e fechou em novembro de 2022 com média de 28,7 litros por animal. Além disso, dentro dos padrões das novas instruções normativas, implantadas a partir de 2018, o casal alcançou, segundo Thiago, médias anuais relevantes, como 18 mil de contagem bacteriana total (CBT) e 292 mil de contagem de células somáticas (CCS). “Lutamos para ter muitos Geans e Alices na região”, disse.

O casal produz num lote de assentamento com apenas 20 hectares. São 18 vacas em lactação e a atividade leiteira é o carro-chefe da propriedade. A produção diária em média é de 500 litros. “Passamos muitas dificuldades para chegarmos hoje e receber esse prêmio. Eu sempre gostei de tirar leite e como é bom ser reconhecido naquilo que se tem gosto em fazer. Espero que mais produtores possam confiar na assistência como confiei, pois seguindo as orientações o resultado vem”, destaca Jean, lembrando que tudo gira em torno da alimentação dos animais. “A qualidade do leite entra pela boca da vaca. Sem pastagem e silagem em abundância não se resultados”, alerta.

Emocionada, Alice assinalou que a existência da Amplepa é o grande incentivo, lembrando que a produção leiteira é penosa, quando se enfrenta o inverno do pampa e os calorões do verão. “Por isso também minha gratidão à família, que sempre nos incentivou a jamais desistir. Estamos muitos felizes”, agradeceu.

Ainda em tom de agradecimento, Gean lembrou do veterinário Toni Machado, que, conforme ele, foi fundamental no início da sua caminhada como produtor de leite.

AMPLEPA – Com 49 produtores sob sua responsabilidade, entre eles o casal premiado, a Associação Municipal dos Produtores de Leite de Pedras Altas (Amplepa), também é um caso de sucesso. Criada há mais de 20 anos, a entidade é que possibilita todo o suporte e também a superação dos obstáculos e dificuldades que a atividade impõe.

Presente no ato da entrega da premiação ao casal, o atual presidente, Leomir Savoldi, salientou o orgulho da associação pelo alcance da honraria. “Isso é a soma das parcerias que estabelecemos, o que reflete diretamente na qualidade do leite”, assinala, não deixando de citar o presidente anterior a ele, Evaldo Deoscar, que segundo Leomir foi fundamental na parceria com a CCGL/Camal/Cootrijuc.

Figura fundamental na cadeia produtiva, o associado da Amplepa e responsável pelo transporte diário da produção da associação, Ricardo Salvoldi, o Ricardinho, recordou os momentos de severas dificuldades para a retirada da produção das propriedades, enfrentando condições adversas e muito caminhão estragado. “Hoje seguimos com dificuldades, mas numa realidade bem melhor”, aponta.

PREFEITURA – A Prefeitura de Pedras Altas é também uma grande parceira da produção leiteira. Somente em 2022, conforme dados do termo de colaboração firmado com a Amplepa, além de diversos maquinários transferidos, como tratores, reboques, plantadeiras, ensiladeiras, entre outros, há um repasse mensal em dinheiro de R$ 33 mil, que somados aos equipamentos chega a um desembolso de mais de R$ 1,5 milhão no ano. Para 2023, haverá um incremento R$ 5 mil, passando o repasse mensal para R$ 38 mil.

TP POSTO DE LEITE – O posto de leite da CCGL/Camal/Cootrijuc, localizado em Aceguá, conforme o supervisor de produção Júlio Lemos, que também é vereador na cidade, recebe diariamente no forte da primavera, 102 mil litros, perfazendo mais de 3 milhões de litros por mês. Essa produção vem de oito municípios: Bagé, Hulha Negra, Candiota, Pedras Altas, Chuí, Santa Vitória do Palmar, Cerrito e São Lourenço do Sul. De Aceguá ela é transportada para Cruz Alta, na sede da CCGL, onde é processada.

Para Julio, o prêmio do casal representa uma superação, pois está se falando de pequenos produtores, oriundos de um assentamento. “Muitas vezes se olha apenas para os grandes. Isso é a prova que quando se tem a orientação correta e ela é seguida, os resultados aparecem, independente do tamanho da propriedade”, destacou. (Edairy)


A seca continua sendo uma preocupação na América do Sul

Leite/América do Sul – A seca continua sendo uma preocupação na América do Sul, principalmente no que se refere ao crescimento das culturas anuais, bem como a produção de leite no curto prazo. 

As pastagens estão se deteriorando. Continuam chegando relatos do Uruguai e da Argentina sobre os efeitos do fenômeno La Niña na região. Grandes áreas permaneceram quentes e secas durante a maior parte do ano. Outras áreas da América do Sul, ao contrário, relatam chuvas excessivas e inundações. As expectativas em relação à produção de leite no primeiro trimestre de 2023 são variadas. Mas, de um modo geral, as perspectivas são de queda na comparação anual. Os custos operacionais nas fazendas flutuaram este ano, e com poucas possibilidades de melhoria do clima de imediato, a previsão é de que os custos de ração e fertilizantes permanecerão estáveis e muito provavelmente aumentem em 2023.O comércio de leite em pó vem caindo de outubro para cá. O Brasil compensou o afastamento de três grandes parceiros comerciais da região, Argélia, China e Rússia, cujas compras diminuíram por diversos motivos. Contatos brasileiros dizem que as compras aumentaram por necessidade, devido às incertezas econômicas. Os vizinhos da América do Sul possuem grandes disponibilidades de queijo e leite em pó. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Clima volta a afetar produção de grãos no Rio Grande do Sul

Estimativas para a colheita de milho de verão no Estado já diminuíram

O fenômeno La Niña, que pela terceira safra seguida influencia o regime de chuvas no Sul do Brasil, já trouxe o primeiro impacto negativo para a safra de grãos no Rio Grande do Sul neste ciclo 2022/23. Com os problemas, a consultoria StoneX reduziu para 4,5 milhões de toneladas sua estimativa de colheita de milho no verão no Estado, ante as 5,4 milhões projetados no início do mês.

Em agosto, a projeção da Emater-RS apontava para uma colheita de milho verão de 6,1 milhões de toneladas, ante 2,9 milhões na safra 2021/22, que foi castigada pela seca.

“A irregularidade das chuvas no Estado durante a segunda quinzena de novembro e ao longo das primeiras semanas de dezembro, momento crucial para a determinação do potencial produtivo, acabou acarretando em perdas de produtividade”, avaliou a StoneX, em boletim.

Para a soja, que está em fase final de plantio, a consultoria disse que o clima adverso ainda não trouxe riscos de queda de rendimento das lavouras. A Emater gaúcha espera uma colheita de 20,5 milhões de toneladas, ante as 9,1 milhões da prejudicada temporada 2021/22.

Ainda segundo a empresa, a ocorrência de chuvas ideais ainda poderá amenizar a situação das lavouras milho, mas novas perdas não estão descartadas. “Precisamos de chuvas regulares em janeiro e fevereiro. Não adianta chover 100 milímetros em um dia e não cair água nos próximos 30 dias. O cenário ideal seria um volume de precipitações de 20 milímetrosdiário, mas como estamos em época de La Niña, a irregularidade das chuvas deve prevalecer”. reforçou João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX.

Segundo o diretor técnico da Emater-RS, Alencar Rugeri, com exceção do nordeste do Estado, todas as demais áreas sofrem com a irregularidade das chuvas. Rugeri afirma que há relatos  relatos de perdas em pequenas áreas, e pondera que ainda é cedo para revisar as estimativas sobre a produção gaúcha. (Valor Econômico)


Jogo Rápido 

SONDAGEM FGV: Sobe confiança do consumidor 
A confiança do consumidor subiu 2,7 pontos em dezembro ante novembro após dois recuos seguidos, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 88 pontos. Em médias móveis trimestrais o resultado caiu 0,3 ponto. “A melhora da confiança reflete um aumento do otimismo em relação aos próximos meses, principalmente das famílias de menor poder aquisitivo, que vêm se mantendo mais endividadas e sofrendo mais com os efeitos da inflação e taxa de juros elevada. As avaliações sobre o momento ainda se mantêm estáveis, mas com piora na percepção sobre o mercado de trabalho, o que gera cautela na intenção de compra”, avaliou a coordenadora de Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Viviane Seda Bittencourt. Em dezembro, o Índice de Situação Atual subiu 0,1 ponto, para 70,9 pontos. O Índice de Expectativas avançou 4,3 pontos, para 100,3. “O ano fecha com saldo positivo e zera as perdas acumuladas nos últimos dois anos, mas é necessário um grande caminho para que a confiança volte a superar o nível neutro, estimulando o consumo”, concluiu a coordenadora. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 26 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.808


Conseleite Minas Gerais

Na reunião do mês de novembro/2022, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de dezembro e a partir de janeiro de 2.023, apenas valores com revisão. Para calculadora do Conseleite MG serão considerados apenas os valores COM revisão.

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 23 de Dezembro de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2022 a ser pago em Novembro/2022

b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2022 a ser pago em Dezembro/2022

c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2022 a ser pago em Dezembro/2022 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2022 a ser pago em Janeiro/2023.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. 

O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite MG)


Ronaldo Santini será secretário de Desenvolvimento Rural do governo Leite

O deputado estadual Ronaldo Santini (Podemos) será o secretário de Desenvolvimento Rural no novo governo de Eduardo Leite, que assume em 1º de janeiro. 

Santini adiantou ao AGROemDIA que o desafio na nova pasta, a ser criada por Leite, é fortalecer a agricultura, especialmente os setores que enfrentam maiores dificuldades, como a pecuária leiteira.

Santini foi deputado federal nos últimos dois anos. Sua atuação na Câmara Federal teve como umas das prioridades o atendimento das demandas do setor agropecuário e de áreas como saúde e educação.

O futuro secretário de Desenvolvimento Rural do RS criou uma forte relação com os produtores de leite, sendo visto pelo setor como o seu porta-voz na Câmara Federal. 

“Vamos dar continuidade ao trabalho de fortalecimento dos produtores de leite na Secretaria de Desenvolvimento Rural”, diz Santini. 

“A pecuária leiteira é uma atividade muito importante para a economia gaúcha e precisa ser incentivada por meio de políticas públicas que criem melhores condições para o seu desenvolvimento”, acrescenta Santini.

No governo passado de Eduardo Leite, o parlamentar foi secretário de Turismo. À frente da pasta, apoiou o fortalecimento do turismo rural. “Temos que aproveitar o potencial de nossa área rural como um ativo turístico para gerar emprego e renda no campo”, pontua.

Na avaliação de Santini, o turismo rural também pode ser explorado pela pecuária leiteira. “A pecuária leiteira precisa de políticas públicas mais equilibradas com o mercado e, ao mesmo tempo, aproveitar todo o seu potencial, como o turístico.” (Agro em dia)

Congresso aprova o Orçamento de 2023, com salário mínimo de R$ 1.320

Projeto garante a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o acréscimo de um valor de R$ 150 para cada filho menor de 6 anos

O Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2023 (PLN 32/22), que garante a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o acréscimo de um valor de R$ 150 para cada filho menor de 6 anos. Além disso, o salário mínimo deverá passar de R$ 1.212 para R$ 1.320, um reajuste de quase 9%, quando a inflação estimada para este ano é de 5,8%.

Os benefícios foram possíveis após a promulgação da Emenda Constitucional 126, que ampliou o teto de gastos em R$ 145 bilhões, além de retirar outros R$ 24 bilhões do mesmo teto. Pela regra do teto, criada em 2016, as despesas só podem ser corrigidas pela inflação de um ano para o outro; mas faltaram recursos para vários programas no projeto do Orçamento enviado pelo Executivo.

Déficit
O relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse que, com o aumento das despesas, o déficit previsto é de R$ 231,5 bilhões para o ano que vem. Em relação às emendas de relator, de R$ 19,4 bilhões, o relator destinou metade do total para 5 áreas: R$ 4,3 bilhões para Desenvolvimento Regional, R$ 3 bilhões para Saúde, R$ R$ 1,8 bilhões para Cidadania, R$ 416 milhões para Agricultura e R$ 169 milhões para Educação.

As emendas de relator foram derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal. Com isso, o Congresso colocou na emenda constitucional 126 um dispositivo que determina que metade do valor destas emendas deveria ser redirecionado pelo relator do Orçamento para execução livre dos ministérios (classificação RP-2 no Orçamento). A outra metade elevou os recursos das emendas individuais. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)


Jogo Rápido 

UE: setor de lácteos está cada vez mais intensivo
Ao longo dos anos, a produção de leite da União Europeia (UE) tornou-se altamente intensificada e especializada. Em 2020, cerca de 80% do leite da UE foi produzido em sistemas intensivos (mais de 1,4 cabeças de gado por hectare), enquanto mais de 93% veio de explorações especializadas, com menor proporção nos países do leste da UE (por exemplo, na República Tcheca 64%, Eslováquia 67%, Hungria 76% e Polónia 88%), de acordo com o relatório de previsões de médio prazo da Comissão Europeia para os setores agrícolas. Essa transformação foi ainda mais diferenciada pela disponibilidade de investimento de capital, dependência de ração comprada (mais de 30% dos custos totais da fazenda em média) e demanda reduzida por mão de obra contratada devido a processos mais rápidos, automatizados e maiores requisitos de mão de obra. Paralelamente, as fazendas leiteiras da UE tornaram-se maiores (58 vacas por fazenda em 2020, em comparação com 38 em 2010), dependem mais de alimentos compostos e são caracterizadas por condições de produção mais controladas (por exemplo, alimentação computadorizada, robôs de ordenha, medição do desempenho de cada vaca e saúde). Toda essa evolução levou a uma maior produtividade. Em 2020-2022, o rendimento médio na UE foi de 7.500 kg/vaca (20% acima de 2010-2012). Ao mesmo tempo, a diferença entre os países ocidentais e orientais da UE diminuiu, assim como o rebanho comunitário. Em 2020, a produção de leite orgânico foi de 4% e a produzida em sistemas extensivos foi de 20%. Em geral, o aumento da produção não pode compensar a redução do rebanho leiteiro, de modo que a produção total de leite na UE pode diminuir 0,2% ao ano até 2032. Essa queda provavelmente será impulsionada pelos países da UE-14 (6 milhões de t), enquanto o resto da UE poderia compensar metade. De acordo com as previsões do relatório, as restrições ambientais devem reduzir ainda mais o rebanho leiteiro (-10% em relação a 2020-2022), principalmente em sistemas intensivos, enquanto sistemas alternativos de produção podem crescer. Em termos de desempenho, espera-se um aumento, mas será apenas metade do que foi no passado (0,9%). (As informações são do Agrodigital, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.807


O leite no país do futebol

OBSERVATÓRIO DO CONSUMIDOR - O Brasil é reconhecido mundialmente como o País do futebol. Desde a chegada do esporte no País, que ocorreu em 1894 por Charles Miller, o futebol se tornou uma ferramenta para amenizar tensões tanto políticas, quanto econômicas. 

E a Copa do Mundo já se configura como uma festa típica do calendário brasileiro. Neste contexto, o OC procurou avaliar o interesse dos usuários do Twitter sobre leite e derivados no período da Copa do Mundo de 2022. Entre 20 de novembro e 15 de dezembro, o OC analisou todos os tweets sobre leite e derivados no Brasil que mencionavam uma das seguintes palavras: campeonato, copa, futebol, jogo e mundial.

No período todo, os brasileiros publicaram apenas 4.237 tweets correlacionando lácteos e futebol. Isso corresponde a 1,55% do total de tweets sobre lácteos no mesmo período, o que sugere que para os consumidores não há grande associação entre o consumo de lácteos e os jogos da Copa do Mundo. 

No início do período avaliado, o termo mais citado nos tweets era "copa". Logo depois, foi "jogo". É interessante notar também que as menções a jogo se reduziram significativamente (30%) após a saída do Brasil do mundial. No geral, o conteúdo das postagens foi positivo. Apenas 17,8% das menções abordavam opiniões negativas sobre os lácteos.

Os estados que mais associaram lácteos com futebol no Twitter foram Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, nesta ordem (Figura 2). O leite foi o produto mais citado nessas postagens, estando presente em cerca de 31,7% dos tweets analisados (Figura 3).




A opinião dos torcedores e consumidores de lácteos no Twitter

A Figura 4 evidencia que durante o mundial de futebol, os usuários do Twitter falaram mais sobre o tamanho dos derivados do leite consumidos, seguido de textura e sabor. Já os acompanhamentos para os lácteos mais citados foram os produtos açucarados (Figura 5). Eles responderam sozinhos por 41% dos acompanhamentos mencionados juntamente com os lácteos durante a Copa do Mundo.

Por fim, o OC analisou a nuvem de palavras gerada com base nos tweets relacionando lácteos e Copa do Mundo no final de 2022. Conforme esperado, a nuvem de palavras traz muitas referências ao mundial de futebol, citando datas, times, comentaristas. Inclusive, uma comentarista muito citada, chamada Jojo Toddynho, precisou ser retirada da análise por estar viesando os resultados referentes à bebida láctea Toddynho.

No entanto, o conjunto das informações dos derivados lácteos mais citados, os atributos mais mencionados, os principais acompanhamentos e a nuvem de palavras sugerem uma busca por indulgência nos alimentos. Nas primeiras colocações no ranking de derivados lácteos mais citados estão queijos e sorvete. Apesar do apelo de saudabilidade dos queijos, na cultura brasileira, este produto também está muito associado ao prazer do consumo. Um dos atributos dos lácteos mais citados no Twitter foi o sabor. Os principais acompanhamentos dos lácteos citados no Twitter foram os produtos açucarados. E, por fim, a nuvem de palavras ressalta produtos e palavras ligados à indulgência: sorvete, condensado, pipoca, sobremesa. 

Conforme já mencionado em edições anteriores da Newsletter do OC, os brasileiros, assim como os povos latinos de um modo geral, apresentam forte tendência de busca por indulgência nos alimentos. Isso significa que eles tendem a buscar alimentos capazes de despertar um sentimento de clemência em quem os consome, privilegiando, assim, o prazer no consumo em detrimento de outros fatores, como aspectos nutricionais ou preço. Esse consumo tende a ser reforçado nas festividades e também nos períodos de crise e recessão.

Assim, as análises do OC reforçam os resultados de Siqueira (2018) no texto O consumo de leite e a Copa do Mundo, mostrando que mesmo não estando diretamente ligado à Copa do Mundo, o consumo de lácteos pode ser impactado positivamente nas festividades características do povo brasileiro para o mundial. 

Newsletter Observatório do Consumidor. Ano 1, nº 9 - Dezembro/2022
Coordenação: Kennya Beatriz Siqueira
Autores:Kennya Siqueira, Manuela Lana, Thallys Nogueira, Anna Letícia Monteiro, Darlan Silva, Ygor Guimarães 
Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


2022 gerou grandes impactos na cadeia do leite

Leite - O ano de 2022 foi marcado por acontecimentos que impactaram a cadeia do leite do Brasil. O ano teve início com redução dos efeitos da pandemia: taxas de vacinação crescentes, redução de casos e mortes por Covid-19 e retomada da economia.Mas, logo em março, o início da guerra entre Rússia e Ucrânia abalou as economias do mundo todo. Por serem grandes fornecedores globais de insumos (grãos, fertilizantes e petróleo), a guerra provocou uma crise energética mundial trazendo, dentre outras consequências, uma inflação de custos de um modo geral. No Brasil, um aumento considerável dos custos de produção de leite, associado ao período de entressafra resultaram numa inflação de lácteos que retraiu o seu consumo. No segundo semestre, o cenário político gerou volatilidade cambial e aumentou o nível de incertezas. E a possibilidade de uma recessão mundial aumentou a insegurança nos mercados.

A notícia mais positiva refere-se a uma desaceleração do custo de produção, medido pelo ICPLeite da Embrapa, que apresentou queda de 1,7% em novembro, influenciado principalmente pelo recuo de 4,5% no custo do concentrado. Essa foi a terceira queda consecutiva no ICPLeite.

As estimativas do quarto trimestre do ano indicam que a produção de leite parece ter se recuperado, mantendo-se semelhante à oferta de leite do mesmo período em 2021. Após 4 anos de altas consecutivas na produção leiteira, o setor apresenta 2 anos de quedas significativas. Para 2022, estima-se recuo de 4,4% na produção formal, atingindo uma oferta de 23,9 bilhões de litros.

A estimativa da Embrapa é que o consumo aparente de leite no Brasil tenha caído para 163 litros/habitante, retomando a quantidade consumida em 2010, impactado por um nível menor na renda da população, além de perda de poder de compra devido a taxas mais a altas na inflação nos primeiros meses de 2022. Apesar disso,

quedas nos índices da inflação e do desemprego ao longo do segundo semestre, foram fatores favoráveis ao cenário de vendas de lácteos. De acordo com a Scanntech, em termos de vendas de alimentos, o mês de novembro foi o segundo melhor mês do ano, perdendo apenas para o mês de abril que foi impulsionado pela Páscoa. Na comparação com o ano passado, o valor de vendas de alimentos está 11% maior. Esse resultado pode ter sido impulsionado também pela ampliação do Auxílio Brasil e Copa do Mundo.

O mês de dezembro é, historicamente, um período de incremento nas vendas de alimentos por conta das festas de fim de ano. Esse ano, o pagamento do 13º. salário deve injetar na economia cerca de R$ 251,6 bilhões de reais, o que equivale a 6% a mais do valor de 2021, já descontada a inflação. De acordo com a CNC, há a expectativa de que os brasileiros priorizem o pagamento de dívidas. Mas, os supermercados devem ser os maiores impactados, recebendo cerca de R$ 15,55 bilhões. Nos produtos lácteos que estão incluídos nas cestas de produtos que apresentam grande incremento de vendas com o Natal, tem-se o leite condensado e o creme de leite. Para este ano, estima-se crescimento de 32% nas vendas de leite condensado e 31% para creme de leite em relação à média de venda do ano.

Em termos de tendências de mercado para o próximo ano, o setor deve se atentar para 3 macrotendências: saudabilidade, sustentabilidade e influenciabilidade. Nas duas primeiras, os produtos lácteos estão em desvantagem visto que está havendo uma migração de hábitos de consumo da fauna para a flora, em busca de maiores benefícios para a saúde e menores impactos para o meio ambiente. Já a macrotendência influenciabilidade refere-se ao impacto que os influencers e as redes sociais estão tendo na criação de novos hábitos de consumo. Isso indica que o setor deve estar mais atento e investir mais neste tipo de mídia. 

As informações são do Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


Jogo Rápido 

Boletim Integrado Agrometeorológico No  50/2022 – SEAPDR 
Entre a quinta-feira (22) e o sábado (24), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com forte calor no período diurno em todo Estado. No domingo (25), o deslocamento de uma frente fria favorecerá o aumento da nebulosidade e deverão ocorrer pancadas de chuva e trovoadas, com possibilidade de temporais isolados. Na segunda (26), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, mas ainda ocorrerão pancadas de chuva nos setores Leste, Nordeste e Norte. Na terça (27) e quarta-feira (28), o tempo seco e quente vai predominar em todo Estado. Os volumes previstos deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha, Fronteira Oeste e Missões. No restante do Estado os valores deverão oscilar entre 15 e 30 mm, e poderão superar 40 mm em alguns municípios do Leste e Nordeste. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, soja, milho, milho silagem, arroz, bovinos de corte e matrizes bovinas leiteiras. Veja o boletim completo clicando aqui. (SEAPDR)


 
 
 

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Porto Alegre, 22 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.806


 

Receita Federal arrecada R$ 172 milhões em tributos no mês de novembro

A Receita Federal arrecadou R$ 172 bilhões no mês de novembro. Já com a correção da inflação, um aumento real de 3,25% comparado com o mesmo período do ano passado. O melhor resultado de arrecadação de tributos desde 2013.No acumulado de janeiro a novembro de 2022, o valor passa de R$ 2 trilhões, um aumento de 8,8%, já incluída a inflação.
 
Claudemir Rodrigues Malaquias., coordenador do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal atribuiu o crescimento aos impostos cobrados sobre as aplicações financeiras, que lucraram mais com o aumento dos juros e o imposto sobre empresas, principalmente do setor de serviços.
 
Outro destaque está na arrecadação de impostos administrados por outros órgãos que não a Receita Federal, como os royalties do petróleo, por exemplo. Nesse caso, a arrecadação em novembro cresceu praticamente 26% na comparação com novembro do ano passado. O resultado está atrelado ao aumento dos preços dos combustíveis.
 
Para Claudemir, o desempenho das commodities vai ser determinante também para o resultado da arrecadação em 2023.A arrecadação de tributos cresceu mesmo com a redução de impostos, como os 35% no IPI, o imposto sobre produtos industrializados, os 20% nos impostos de produtos importados e o corte na CIDE, cobrada sobre os combustíveis. (Agência Brasil)

RS terá Secretaria do Desenvolvimento Rural

Pasta aprovada pelo Legislativo irá trabalhar políticas públicas e programas voltados para a agricultura familiar

Com 49 votos favoráveis e nenhum contrário, a Assembleia Legislativa aprovou na noite de terça-feira a criação da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). A pasta irá trabalhar políticas públicas e programas voltados para a agricultura familiar. A Secretaria foi extinta em 2018, e suas atribuições transferidas para a Secretaria da Agricultura.

A retomada da SDR era um pleito direto da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), tratada ainda durante o segundo turno da campanha eleitoral junto ao então candidato e agora governador reeleito Eduardo Leite. Por isso, a entidade comemorou o acolhimento da proposta pelos parlamentares.

“Precisamos de uma Secretaria que dê atenção às pautas da agricultura familiar. Uma pasta que cuide especialmente desse segmento, seus programas, como o Troca-Troca de Sementes, de forrageiras, de irrigação. Sabemos que a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural é ampla, tem outros compromissos, como fiscalização, exportação, defesa sanitária. Pedíamos uma pasta específica. A Fetag se colocou à disposição para sugerir e atuar diretamente na construção de pautas para o setor, disse o vice-presidente da entidade, Eugênio Zanetti.

A recriação do órgão teve no deputado estadual Elton Weber (PSB), presidente da Frente da Agropecuária Gaúcha do Parlamento, um dos principais articuladores junto à equipe de transição do governo eleito para os próximos quatro anos. Weber sempre foi favorável à manutenção da Secretaria, devido ao perfil diferenciado da agricultura familiar. O parlamentar avaliou que, a partir de agora, será possível fortalecer programas, criar novas ferramentas de fomento e garantir que a execução das políticas públicas chegue, de fato, ao meio rural. Segundo ele, não haverá aumento de despesas com a retomada da SDR, mas a pasta que tornará mais ágil e efetivo o trabalho junto aos agricultores e aos municípios.

“A agricultura familiar é um segmento responsável por mais de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira, responsável por grande parte do Produto Interno Bruto dos municípios gaúchos. Por sua importância social e econômica, requer políticas diferenciadas e espaço próprio”, concluiu Weber. (Jornal do Comércio)

 

Receita publica novas regras sobre créditos de PIS e Cofins

Uma das novidades, segundo especialistas, é a mudança de entendimento sobre ICMS

A Receita está agora, portanto, se alinhando ao posicionamento da procuradoria. A instrução normativa inclusive cita, no artigo 171, o Parecer PGFN/SEI nº 14.483. “Estão sanando essa discussão”, diz a advogada Adriana Stamato, do escritório Trench Rossi Watanabe.

Apesar de trazer avanços, frisam os especialistas, a instrução normativa da Receita Federal também tem pontos críticos e que devem gerar judicialização.

Douglas Campanini, da Athros Auditoria e Consultoria, cita uma alteração que atinge em cheio as empresas que adquirem mercadoria para revenda. Antes da publicação da instrução normativa, tinham direito a créditos de PIS e Cofins sobre o IPI pago nessas aquisições. Agora, não mais.

Campanini destaca que o tratamento, a partir de agora, passa a ser o mesmo que a Receita Federal já havia estabelecido, em normas anteriores, para contribuintes que adquirem mercadoria como matéria-prima.

Outro ponto negativo para as empresas, segundo o consultor, trata sobre o prazo de cinco anos para uso dos créditos de PIS e Cofins. “Não havia previsão a respeito. Não faz nenhum sentindo”, critica.

A Receita Federal está mantendo o impedimento, além disso, de empresas que recolhem ICMS pelo regime de substituição tributária - o ICMS-ST - se beneficiarem da “tese do século”. Esse tema está em análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e deve ter uma solução em 2023.

Os ministros julgam dois processos em caráter repetitivo. A decisão, quando proferida, portanto, terá efeito vinculante para todo o Judiciário. Esse julgamento teve início do mês passado e o único a votar foi o relator, ministro Gurgel de Faria. Ele se posicionou a favor dos contribuintes.

“Substituídos ou não, ocupam posições jurídicas idênticas de submissão à tributação pelo ICMS, sendo certo que a distinção encontra-se tão somente no mecanismo especial de recolhimento”, disse o ministro ao fazer a leitura do seu voto. Se o entendimento prevalecer, a previsão na instrução normativa cairá por terra.

Em outro ponto da instrução normativa, considerado ruim para os contribuintes, a Receita Federal deixa claro - pela primeira vez - que despesas determinadas em acordos e convenções coletivas trabalhistas (como plano de saúde e vale-alimentação) não se enquadram como imposição legal e não geram créditos de PIS e Cofins.

De acordo com o advogado Leo Lopes, sócio do escritório FAS Advogados, existe previsão na legislação trabalhista de que as convenções têm força de lei. Consta no artigo 611 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“As empresas são obrigadas a pagar um valor mínimo de refeição, plano de saúde. Não tem qualquer margem de discricionariedade nesse ponto”, afirma o especialista. Não entram nessa cota de impedimento, no entanto, as despesas com vale-transporte ou contratação de fretados para o deslocamento de empregados que atuam no processo de produção de bens.

A Receita Federal publicou duas soluções de consulta, no ano passado, permitindo os créditos nesses casos e a instrução normativa traz essa previsão de forma expressa. Advogados veem como ponto positivo da instrução normativa.

Outra novidade importante para os contribuintes, diz o advogado Julio Janolio, do escritório Vinhas e Redenschi, beneficia exportadores que têm o direito de comprar matéria-prima com suspensão de PIS e Cofins.

Havia um imbróglio em relação ao frete. Normas anteriores da Receita Federal, segundo Janolio, previam o benefício somente para o frete rodoviário. A instrução normativa, agora, fala em frete rodoviário e marítimo.(Valor Economico)


Jogo Rápido 

Argentina – As indústrias pagam em média 61 pesos por litro de leite em dezembro
Preços/AR – Segundo dados do Departamento Nacional do Leite, o preço médio pago pelas fábricas de laticínios aos produtores, em dezembro, será de 61,59 pesos por litro. Este valor, se bem que representa um aumento mensal de 5,5% e interanual de 82,8%, é insuficiente para cobrir o aumento dos custos de produção. O litro de leite cru, segundo cálculo oficial, equivale a 35 centavos de dólar, deixando a Argentina como um dos países que menos paga a seus produtores, dentre as principais produtoras de leite. Por regiões, Santa Fe se encontra na média da tabela, com 61,50 pesos por litro, estando acima de Córdoba, mas abaixo de Buenos Aires, e inclusive da média nacional. A província que melhor paga o produtor continua sendo San Luís, com 64,86 pesos por litro, e o menor pagamento é em Salta, com 60,29 pesos por litro. (Fonte: Diario La Opinion – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 21 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.805


Verão começa nesta semana no Brasil, com impactos no início da safra 2022/2023

Na estação, as chuvas são mais frequentes em praticamente todo o país

O verão no Hemisfério Sul começa às 18h48 (horário de Brasília) de hoje (21/12) e termina no dia 20 de março de 2023 às 18h25. Devido às suas características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem muita importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia (por meio das hidrelétricas) e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

O período reflete o aumento da temperatura em todo país em função da posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo com condições favoráveis à chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

No verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde geralmente os totais de chuvas são inferiores a 400 milímetros (mm).

Impactos das chuvas no início da safra 2022/2023

No Matopiba, região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a efetivação da previsão de chuvas acima da média na região nos próximos meses, com exceção de áreas do sul de Tocantins e oeste da Bahia, principalmente em janeiro de 2023, podem auxiliar na manutenção da umidade no solo e favorecer as culturas na região, como a soja, milho primeira safra e algodão.

No Brasil Central, o retorno gradual das chuvas, que foi observado nos últimos meses, contribuiu para um aumento dos níveis de água no solo e tem sido importante para o estabelecimento das culturas de verão no campo, como a soja, milho, feijão e algodão. No entanto, as chuvas irregulares previstas para os próximos meses, além de um possível veranico, ou seja, chuvas abaixo da média, principalmente no mês de janeiro de 2023 em áreas de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, podem impactar negativamente o armazenamento de água no solo e as culturas que se encontrarem em estágios fenológicos mais sensíveis.

Já na Região Sul, a redução das chuvas em grande parte da região influenciada principalmente pela persistência do fenômeno La Niña, em especial no Rio Grande do Sul, causou restrição hídrica nas fases iniciais dos cultivos de verão. Além disso, as chuvas previstas dentro ou abaixo da média podem reduzir os níveis de água no solo, principalmente em áreas do centro sul do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, e impactar negativamente as culturas agrícolas que se encontrarem em estádios fenológicos mais sensíveis como a soja, milho primeira safra e feijão. (MAPA)


 

Lodo de tratamento de água pode regenerar solos

Pesquisa feita pela Embrapa Clima Temperado em parceria com a Corsan permite o uso deste resíduo para melhorar a qualidade de terrenos arenosos, com baixa retenção hídrica, tornandos mais férteis e menos suscetíveis à estiagem

Um estudo pioneiro no Brasil, coordenado por pesquisadores da Embrapa Clima Temperado, estabeleceu procedimentos para o emprego seguro do Lodo de Estações de Tratamento de Água (Leta) em solos agrícolas do Rio Grande do Sul. De acordo com os resultados divulgados, esse produto − que neste momento gera custos às companhias de saneamento pois tem de ser destinado a aterros sanitários − pode se tornar parte da cadeia de suprimentos agrícolas e beneficiar produtores, empresas de tratamento de água e o Estado.

Segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), financiadora da pesquisa, apenas as suas estações de tratamento de água geram 51 mil metros cúbicos de Letas anualmente, que representam custo extra à empresa. Dessa forma, a “Pesquisa e desenvolvimento do potencial do uso agrícola de lodos de estações de tratamento de água e de esgoto”, iniciada em 2015, buscou encontrar destinos mais eficiente e menos onerosos para essas substâncias, já tendo resultado em pelo menos duas experiências.

Ainda segundo Bamberg, coordenador da investigação, afirma que, em resumo, o processo realizado pelas Estações de Tratamento de Água (ETAs) para preparar a água bruta (normalmente proveniente de
rios e lagos) e depois entregá-la aos domicílios gera um produto conhecido como Leta (Lodo de Estação de Tratamento de Água). O pesquisador ressalta que os Letas não têm propriedade fertilizante, mas que tem outras características relevantes: podem condicionar solos muito arenosos e com baixa capacidade de retenção de hídrica, tornando-os mais agricultáveis e menos suscetíveis à estiagem e também podem ser usados como substrato para a germinação de plantas.

Ainda segundo Bamberg, a maior parte dos Letas é constituída por materiais inertes, principalmente, argila. Além disso, pode conter resíduos dos processos químicos utilizados para processar essa água. Então, para garantir o uso seguro deste material, a pesquisa também averiguou as quantidades confiáveis para uso destes químicos na agricultura e estabeleceu características rígidas que devem ser seguidas. Os apontamentos foram a base para a elaboração da Resolução Normativa nº 461/2022, do Conselho Estadual de Meio Ambiente (ConsemaRS).

O analista agropecuário de florestas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e membro do Consema, Valdomiro Haas, afirma que o conselho chancelou a resolução porque
“não dava pra deixar passar essa oportunidade de permitir que tanto produtor, quanto a estação de tratamento de água e o Estado se beneficiem”. A resolução dá segurança jurídica para o uso deste tipo de produto, desde que seguindo os parâmetros nele presentes, em solos agrícolas do Rio Grande do Sul.

Adilson e Valdomiro imaginam que os Letas podem integrar o mercado agropecuário em um futuro próximo e possibilitar um destino mais eficiente e sustentável para o que hoje é considerado dejeto, onera o Estado ocupa espaço de outros resíduos em aterros. (Correio do Povo)

 

Leite/Europa

A produção de leite em muitos países da Europa Ocidental está no ponto mais baixo da temporada. Fontes da indústria de laticínios acreditam que os volumes tenderão a aumentar até o final do inverno.

Depois de um verão com produção abaixo das expectativas, a produção de leite voltou ao campo positivo na comparação interanual em alguns poucos países. De acordo com dados disponibilizados pelo site CLAL, as estatísticas provisórias sobre a captação de leite de vaca no mês de outubro de 2022 no Reino Unido (RU), indicam que o volume subiu 2,3% em relação a outubro de 2021. No acumulado do ano, até outubro de 2022, no entanto, houve queda de 1,1%. De acordo com a entidade britânica do setor rural, AHDB, as entregas conjuntas da Inglaterra, Escócia e País de Gales (Grã-Bretanha) subiram 3,8% na comparação com novembro de 2021.

Os analistas atribuem o crescimento da produção ao clima favorável de outono, que melhorou o desenvolvimento das pastagens e aumentou a produtividade animal. O elevado preço do leite fez com que os produtores mantivessem as vacas mais tempo em produção, postergando a secagem das vacas e fornecendo rações concentradas para otimizar a produção de leite.

Analistas projetam crescimento do leite em 2023.

Como a inflação de alimentos e bebidas não alcoólicas na Grã-Bretanha atingiu 14,6%, recente pesquisa forneceu dados sobre como novos aumentos de preços impactam nas compras de carne e laticínios pelos consumidores. O estudo dos dados feito pela AHDB desenvolveu um modelo para prever a perda potencial de compras com o aumento dos preços. Os resultados do estudo, divulgados recentemente, sugerem que o leite de vaca e o queijo são produtos básicos da alimentação e são os lácteos mais resilientes em relação a algumas outras categorias de lácteos.

No ano passado, o preço médio do leite de vaca aumentou 32% e o do queijo 14%. A aplicação do modelo desenvolvido sugere que um aumento médio adicional de 5% no preço do leite resultaria em perda de 8% de compradores. E um aumento médio de 5% no preço do queijo, faria com que 1% dos compradores de queijo deixassem de consumir o produto.

À medida que os consumidores tentam se ajustar aos novos preços, promoções podem ser uma ferramenta valiosa para ajudar a trazer os compradores de volta a algumas categorias de alimentos. A União Europeia (UE) concordou em limitar o preço do petróleo bruto russo embarcado fora da UE a US$ 60/barril e proibir o petróleo russo de entrar no bloco pelo mar. É a aplicação de mais pressão sobre a Rússia pela invasão da Ucrânia, que por sua vez critica o preço máximo, alegando que ainda é muito alto, e que proporciona boa margem para o petróleo russo.

Enquanto isso, no Leste Europeu, fontes da indústria de laticínios dizem que a produção de leite em agosto de 2022, na Ucrânia foi de aproximadamente 711.000 toneladas, contra as 845.000 toneladas produzidas em agosto de 2021. O conflito com a Rússia suspendeu as atividades normais de alguns setores, inclusive o de laticínios, e recentes ataques com mísseis deixaram várias fábricas sem energia. Como resultado, as instalações de processamento foram suspensas e o leite precisou ser transferido para outras fábricas. Se de um lado as indústrias procuram honrar o compromisso de manter a captação do leite dos produtores, de outro a demanda está limitada, e o preço do leite e produtos lácteos podem ser encontrados com valores de 20% a 40% menores do que os vendidos na UE. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

PL DO AUTOCONTROLE: Senado envia projeto à sanção

O projeto de lei N° 1293/2021, o PL do Autocontrole, foi aprovado ontem pelo plenário do Senado Federal e segue, agora, para sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro. A matéria propõe um sistema de autocontrole sanitário, com inspeções periódicas na cadeia produtiva agropecuária. Também introduz o Programa de Incentivo à Conformidade e o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária. (Correio do Povo)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.804


GDT - Global Dairy Trade
   
 
Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat/RS​


Leite/América do Sul

A recente recuperação da produção de leite no Cone Sul foi impactada pelos efeitos do fenômeno La Niña, no último mês do ano, e também no 1º trimestre de 2023.A previsão é de que o evento climático continue no início do próximo ano. A estiagem prolongada, em particular, colocou em evidência o estresse hídrico provocado nas lavouras da região. Como consequência, a expectativa é de que haverá aumento dos custos operacionais ao nível das fazendas leiteiras.Como os preços oscilaram nos dois últimos anos, as expectativas de curto prazo não são necessariamente otimistas para os produtores da região.O ano passado foram fracas as importações de lácteos pelo Brasil, por diversos fatores, como defasagem cambial e inflação. Nos dois últimos trimestre de 2022, no entanto, houve uma recuperação da atividade no maior país da região. As remessas de leite em pó integral e de soro de leite no acumulado do ano aumentaram notavelmente em relação a 2021. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Conseleite/PR

ATENÇÃO: Na reunião do mês de novembro/2022, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite-Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de dezembro e a partir de janeiro de 2.023, apenas valores com  revisão.

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 20 de Dezembro de 2022 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Novembro de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Dezembro de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de  contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Dezembro de 2022 é de R$ 4,5568/litro.
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite  conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o  cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores  de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O  simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite Paraná)


Jogo Rápido 

Piá firma convênio com Grupo Andreazza  
A Piá anunciou um importante benefício para todos os seus produtores de leite associados pertencentes ao polo de Marau. A partir de agora, eles poderão realizar suas compras no Vantajão Atacado, do Grupo Andreazza, e ter o valor descontado do pagamento do leite fornecido para a Cooperativa.  Presidente da Piá, Jeferson Smaniotto explica que será preciso fazer um cadastro. “Cada produtor terá um limite de acordo com o volume de leite fornecido”, destaca, e completa: “O valor gasto será descontado do pagamento do leite. O que ele gastar, por exemplo, entre os dias 15 e 30 de um mês, será descontado do pagamento do leite”. Atualmente, a Cooperativa Piá realiza a captação de leite em 104 municípios do Rio Grande do Sul, chegando a um volume de, aproximadamente, 9 milhões de litros/mês.  Já o Vantajão Atacado traz um novo conceito de compras, cujo compromisso é manter o preço baixo e proporcionar economia para os consumidores.  Possui lojas em Caxias do Sul, Farroupilha, Marau, Montenegro e Vacaria. (Assessoria de imprensa da PIA)