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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.520


Inscrições para o Prêmio Referência Leiteira vão até esta sexta-feira

As inscrições para o Prêmio Referência Leiteira se encerram nesta sexta-feira (15/10). O projeto, capitaneado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), pela Emater/RS e pela Secretaria da Agricultura, tem como objetivo destacar as propriedades em termos de eficiência produtiva e qualidade do leite. A iniciativa ainda visa evidenciar o trabalho realizado dentro das porteiras em relação ao bem-estar animal e à saúde dos produtores e funcionários. As inscrições devem ser feitas junto aos escritórios municipais da Emater/RS.

Em sua primeira edição, o prêmio avaliará indicadores de tambos gaúchos no período de outubro de 2021 a junho de 2022 em três categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Grau de Competitividade. “O prêmio é uma forma de reconhecermos o trabalho que vem sendo realizado pelas propriedades e, dessa forma, incentivá-las a implementarem medidas que reflitam em um setor mais competitivo”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat.

Após a realização da inscrição, os extensionistas da Emater/RS farão o aferimento dos dados ao longo dos meses de forma a indicar os melhores resultados de acordo com a categoria. Serão premiados os três melhores produtores em cada categoria. A entrega dos prêmios deve ocorrer durante a Expointer 2022.

Confira o regulamento em https://www.sindilat.com.br/site/wp-content/uploads/2021/09/1o-Premio-Referencia-Leiteira-RS-versao-final.pdf. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Uruguai – Terceiro maior fornecedor de leite em pó integral para a China

As importações chinesas de lácteos continuam firmes e o Uruguai está entre um dos principais fornecedores.

Entre janeiro e agosto as compras externas de lácteos do país asiático acumulam elevação de 29,6% em volume em relação a igual período do ano passado.

No caso do leite em pó integral, as importações totalizaram 683.567 toneladas nos primeiros oito meses de 2021, 41% mais em relação a um ano atrás, de acordo com dados do site CLAL processados pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA).

O Uruguai se mantém como o terceiro principal fornecedor de leite em pó. (Fonte: Blasina y Asociados - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

EUA: indústria de lácteos publica relatório de sustentabilidade

O Innovation Center for U.S. Dairy divulgou seu Relatório de Sustentabilidade Dairy U.S. Dairy bienal 2020, incluindo o progresso feito em 2019 e 2020 em gestão ambiental e compromissos de responsabilidade social mais amplos para pessoas, animais e comunidades.

O relatório fornece uma contabilidade transparente do progresso e impacto que a comunidade de lácteos tem feito dentro do U.S. Dairy Stewardship Commitment desde seu lançamento em 2018. As empresas de laticínios e processadores que voluntariamente assinaram o Stewardship Commitment representam 75 por cento da produção de leite dos EUA e se dedicam a alimentar uma crescente população global com alimentos e bebidas lácteos produzidos de forma responsável.

“A indústria de laticínios dos EUA continuou a priorizar a responsabilidade social, ajudando pessoas e comunidades a prosperar, ao mesmo tempo em que promove práticas sustentáveis e se torna uma solução ambiental”, disse Lisa Watson, Responsável Social, Centro de Inovação de Lácteos dos EUA. “É o resultado da colaboração intersetorial entre produtores de leite, empresas e outras partes interessadas importantes que trabalham juntos para enfrentar desafios complexos de sustentabilidade e acelerar mudanças positivas.”

Em 2020, a indústria de lácteos dos EUA experimentou interrupções significativas em seus negócios individuais, fazendas leiteiras, cooperativas e empresas causadas pela pandemia da Covid-19. Apesar dos desafios, o Relatório mostra o progresso da indústria de laticínios ao defender coletivamente seus compromissos de responsabilidade social. Os principais destaques do relatório incluem:

  • Mais de 95 por cento dos recursos dos processadores foram recuperados, redirecionados e colocados em uso benéfico, como doados para alimentar pessoas famintas, reaproveitados para fins industriais e para alimentar animais e enviados para compostagem (vs. enviados para aterro).
  • Os laticínios dos EUA forneceram 1,538 bilhões de porções de leite nutritivo, queijo e iogurte em 2020 para bancos de alimentos na rede Feeding America, um aumento de 33 por cento em relação a 2019 e um aumento de 107 por cento desde 2016.
  • A indústria de laticínios sustentou 3,3 milhões de empregos nos EUA e contribuiu com US $ 752,93 bilhões no impacto econômico total.
  • Ao fazer uso da água na produção de leite, os processadores de laticínios dos EUA foram positivos para a água, retornando mais do que retirando de fontes municipais e outras.

A Iniciativa U.S. Dairy Net Zero foi lançada como um esforço de toda a indústria para tornar práticas e tecnologias sustentáveis mais acessíveis para fazendas leiteiras de todos os tamanhos e incluiu parcerias corporativas iniciais com a Nestlé e a Starbucks.

Inédito no setor de laticínios dos EUA, o relatório também incorpora dados de processador agregados nacionalmente de métricas do Stewardship Commitment. Processadores de laticínios desenvolveram e forneceram suporte contínuo para uma ferramenta de relatório para servir como uma forma confiável e consistente de calcular e rastrear o progresso de sustentabilidade do processador. Agregações de GEE e intensidade de água, bem como outras métricas de sustentabilidade, servirão como base para relatórios futuros. (As informações são do CSRWire, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos este ano

Os brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos desde o início deste ano. O valor foi atingido nesta quarta-feira (13), segundo cálculo do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado, marca só foi atingida em 22 de dezembro. O valor corresponde ao total pago para a União, estados e municípios na forma de impostos, taxas, multas e contribuições. Segundo a ACSP, a alta da inflação e a melhora da economia explicam a antecipação em quase 70 dias da marca de R$ 2 trilhões alcançada neste ano. "A retomada da atividade econômica, devido ao avanço da vacinação, é um dos principais fatores que levaram ao aumento do valor pago em impostos", afirmou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo. O impostômetro foi criado em 2005 e busca estimar o valor total de impostos, taxas, contribuições e multas que a população brasileira paga para a União, os estados e os municípios. O total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet, na página do Impostômetro (www.impostometro.com.br). Na ferramenta, é possível acompanhar quanto o país, os estados e os municípios estão arrecadando com cada tipo de tributo. (Fonte: G1)


 

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Porto Alegre, 13 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.519


Prêmio Referência Leiteira foi tema do Vitrine Rural

Destacar propriedades com relação às suas eficiências produtivas e qualidade do leite. Esse é um dos objetivos do Prêmio Referência Leiteira, temática abordada pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, em entrevista para programa Vitrine Rural, da Rádio Luz e Alegria, neste sábado (09/10). Ele esclareceu que o prêmio analisará três pilares: a qualidade do leite, a produtividade por hectare e as horas trabalhadas na atividade leiteira como geração de resultados. “Outro ponto que conta dentro dessa questão da Referência Leiteira são as propriedades que hoje já são certificadas, livres de tuberculose ou brucelose, ou que já tenham encaminhado o processo de certificação”, explicou.

Além desse assunto, o representante do Sindilat falou sobre a importância do armazenamento de água para a produção leiteira, sobre o abandono de produtores da área no Rio Grande do Sul e o preço do leite ao produtor nos próximos meses. “O momento é de bastante cautela e diminuição de preço. O valor deverá ficar na faixa de 10 até 20 centavos, dependendo da linha de derivados que cada laticínio coloca no mercado”, projetou.

Para conferir a entrevista completa, acesse o link (a partir de 1h07min): https://www.luzealegria.com.br/podcasts/vitrine-rural-09-10-2021/

Para saber mais sobre o Prêmio Referência Leiteira, acesse o link: https://www.sindilat.com.br/site/wp-content/uploads/2021/09/1o-Premio-Referencia-Leiteira-RS-versao-final.pdf. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Conseleite/MT: Queda de 0,48% no preço do leite a ser pago em outubro

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Agosto a ser pago em Setembro e para o leite entregue no mês de Setembro a ser pago em Outubro de 2021. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural. (As informações são do Conseleite-MT)

 

Whey protein: como o produto do soro do leite foi de descarte poluente a um ingrediente caro

Barrinhas, bebidas lácteas, chocolates, iogurtes. Hoje em dia, não é difícil encontrar no supermercado uma grande variedade de produtos com proteína do soro do leite (whey protein, em inglês). Inclusive, eles geralmente são bem mais caros do que as versões tradicionais, não enriquecidas com o nutriente.

Mas o que muita gente não sabe é que há algumas décadas o soro do leite era um descarte da indústria de laticínios, subproduto gerado na fabricação de queijo. Em média, para fazer 1 kg de queijo são necessários 10 litros de leite, e o que sobra no processo são 9 litros de soro de leite.

Num passado recente, cerca de 25 a 30 anos atrás, era comum que esse soro de leite fosse dado a animais ou, para piorar, descartado no meio ambiente. E, se ele tem proteínas para o nosso corpo, no descarte indevido vira um belo de um poluente.

"Estimativas apontam que, aqui no Brasil, são produzidas cerca de 5 milhões e 400 mil toneladas de soro de leite por ano, oriundas de queijo feito com inspeção federal. Olha o montante disso. Antes, você jogava isso fora, mas por ser rico em compostos orgânicos, consequentemente o soro de leite polui muito. Agora, não, você não pode descartar indiscriminadamente, você tem que tratar o soro, e o tratamento é caro. Então, começou-se a realizar pesquisas sobre ele", explica Leila Spadoti, especialista do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos do Governo do Estado de São Paulo).

Basicamente, as pesquisas sobre soro de leite identificaram dois pontos principais: o primeiro é que ele é rico em proteínas; o segundo, que era possível utilizá-lo, de diferentes formas, em novos produtos. Resumindo, foi assim que o soro de leite trouxe novos produtos ao mercado (entre eles os compostos lácteos, que têm rótulos parecidos com o de leite, mas contêm aditivos).

"Do total de soro produzido no mundo inteiro, a gente está conseguindo usar de 50% a 60%, o resto não tem aplicação ainda. Os cientistas costumam sugerir aplicações nas indústrias alimentícia e na farmacêutica pela quantidade de nutrientes que ele possui", complementa Spadoti.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, em 2018, avaliou cem laticínios espalhados pelo país. Desse total, apenas 60% aproveitavam totalmente o soro de leite. E 27% não só não aproveitavam o soro em outros produtos, como descartavam em sistemas de tratamento de efluentes ou doavam para alimentação animal.

Outro estudo da mesma entidade, publicado em abril de 2021, trouxe um panorama da questão ambiental envolvendo o soro de leite. Apesar das múltiplas formas de reutilização do soro, muitos produtores ainda consideram a substância como um rejeito, por conta da sua facilidade em proliferar bactérias e fungos.

Há, ainda, uma prática problemática, que é o uso do soro de leite in natura para a irrigação do solo. O soro consegue estimular o crescimento de plantas e melhorar a estrutura do solo, aumentando a eficiência na retenção de água. Entretanto, resíduos de antibióticos aplicados em animais são encontrados no soro e, mesmo em baixas concentrações, podem ocasionar contaminação de bactérias nos alimentos cultivados.

O estudo traz uma terceira questão alarmante, dessa vez envolvendo o descarte do soro. Os tratamentos de efluentes contendo soro de leite, apesar de eficazes, causam outros problemas, como a produção de lodo contaminado com produtos químicos, além do alto consumo de energia.

Para especialistas, a destinação indevida do soro de leite produzido nos laticínios ainda tem graves impactos ao meio ambiente nos dias de hoje, e são necessários mais investimentos em tecnologia e pesquisa para resolver essa questão.

Se de um lado há muito o que ser feito, do outro já existem diagnósticos - a inclusão do soro em novos produtos pode ser um caminho mais econômico e sustentável. No Ital, as pesquisas com soro de leite seguem algumas linhas, como o desenvolvimento de bebidas gaseificadas, tipo refrigerantes, além do uso em sorvetes e bebidas lácteas, visando principalmente à utilização do soro oriundo de pequenos laticínios.

Há, ainda, públicos específicos que pagam fortunas para terem suas proteínas concentradas. Você já deve ter ouvido falar, inclusive. Com muito marketing e apelo nos universos de esportes e fitness, o soro de leite passou a ser chamado pelo seu nome em inglês: whey protein.

É o que explica Patrícia Blumer, pesquisadora de novos produtos no setor de lácteos do Ital: "Vamos pegar o leite, o leite tem 3% e pouco de proteína, o soro tem entre 0,6% e 1%. Então, ele tem menos proteína e tem mais água. Mas junto com ele, você tem os minerais, as vitaminas do complexo B presentes, entre outros. Esse soro também pode ser ultrafiltrado, é um tratamento específico em que você concentra as proteínas dele, já que ele tem pouca proteína como líquido. Concentra as proteínas do soro e dá aquele nome chique de whey protein, que, na verdade, é o termo em inglês para proteína do soro".

Para Guilherme Tavares, professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o avanço tecnológico ao redor do mundo e o aumento da demanda por parte dos consumidores em produtos específicos incentivam o surgimento de novos produtos lácteos, algo que deve seguir pelos próximos anos. Ele destaca a expansão de concentrados proteicos, como o whey, além de outros produtos voltados para facilitar a digestão. "O soro de leite é um bom exemplo de como o conhecimento ajuda a reinventar uma cadeia produtiva. A academia estuda o leite há muitos anos e continuamos estudando, porque estamos longe de exaurir tudo o que pode ser feito com ele", conclui.

Linha do tempo

O soro de leite foi descoberto há cerca de 3 mil anos, quando o leite era transportado usando estômagos de bezerros: o leite coagulava naturalmente, transformando-se em soro e coalhada.

A evolução desse processo de armazenamento deu origem à indústria do queijo (e, consequentemente, do soro).

  • O soro de leite é cerca de 80% a 90% do volume total de leite utilizado na produção de queijos e possui aproximadamente 55% dos nutrientes do leite. No começo, o soro de leite era considerado um produto de pouco valor e as indústrias procuravam meios mais econômicos de lidar com ele, como o descarte. O soro era pulverizado em campos ou jogado em rios, lagos e até em oceanos, práticas agora proibidas por conta do alto teor poluente dessa substância.
  • Havia também a venda do soro como ração animal, algo com baixo retorno às indústrias.
  • Existem referências históricas do uso do soro de leite para fins medicinais, datadas de 1623. A substância era utilizada para tratar sepse, doenças estomacais e cicatrização de feridas.
  • Os estudos medicinais com o soro se difundiram na Europa entre os séculos 17 e 18.
  • As legislações internacionais contra o descarte de resíduos produzidos por indústrias no meio ambiente, o que inclui o soro de leite, começaram há, aproximadamente, 40 anos. Os primeiros registros são dos anos 1980.
  • Aqui no Brasil, as legislações correspondentes são resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão do Ministério do Meio Ambiente: a resolução 20, de 1986, e a 430, de 2011.
  • Aplicar o soro em produtos também é um caminho mais barato, já que para tratá-lo em redes de esgoto tem um alto custo.
  • Os estudos de utilização do soro começaram por meio de sua forma primária sólida, a lactose.
  • Em 1995, eram produzidas anualmente 150 toneladas de soro de leite em todo o mundo.
  • No início do século 21, o "boom" dos alimentos funcionais, os concentrados de proteína, impulsionaram a aplicação do soro em novos produtos, como o whey protein.
  • De acordo com dados do IBGE, em 2010 a produção de queijos no Brasil com inspeção federal foi de 896 mil toneladas, o que também resultou na produção de, aproximadamente, 8 bilhões de litros de soro de leite.
  • Entre 2007 e 2020, o Ministério da Agricultura publicou uma série de instruções normativas para definir a composição de produtos lácteos, como composto lácteo, leite em pó, leite condensado, entre outros.
  • No Brasil, o tratamento industrial do soro teve uma aceleração nos últimos anos, com a implementação de fábricas processadoras dessa substância em alguns estados, como Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rondônia. (As informações são do UOL, adaptadas pela equipe MilkPoint)

 Jogo Rápido

Emitidas orientações para encarar La Niña

O Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Rio Grande do Sul (Copaaergs) emitiu orientações aos produtores rurais para o final da safra de inverno e o início da safra de verão em seu boletim trimestral divulgado ontem. As recomendações tomam como base a constatação de que a probabilidade de ocorrência do fenômeno climático La Niña – resfriamento da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical que costuma reduzir a ocorrência de chuvas no Rio Grande do Sul – passa de 70%. Para outubro e novembro, a previsão sinaliza precipitações abaixo da média e, para dezembro, são esperados padrões próximos da média climatológica. No caso de culturas de outono-inverno (trigo, aveia e cevada), que estão entrando em fase de colheita, o Copaaergs recomenda continuar monitorando a ocorrência de doenças de final de ciclo e pragas. Para o arroz, cultivo de primavera-verão, a sugestão é dimensionar a área conforme a disponibilidade de água dos reservatórios, além de escalonar o plantio de acordo com as cultivares – primeiro as de ciclo longo e depois as de médio e precoce. Em lavouras de milho e feijão, a semeadura deve ser iniciada quando a temperatura do solo a 5 cm de profundidade estiver acima de 16°C e houver umidade adequada da terra. Para a soja, recomenda-se começar o plantio apenas quando for constatada umidade adequada do solo, evitando períodos em que houver previsão de chuvas intensas. O Conselho reúne especialistas em agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 11 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.518


Fórum Tecnológico do Leite apresentará temáticas sugeridas por produtores em formato on-line

Com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), a 15ª edição do Fórum Tecnológico do Leite tem como objetivo aproximar-se dos produtores e técnicos de campo a fim de auxiliá-los em suas propriedades. Os temas, que serão abordados entre 19 e 21 de outubro, sempre a partir das 20h, foram definidos por meio de sugestões dos próprios produtores e terão o intuito de trazer mais inovação e tecnologia para as propriedades. As palestras são gratuitas e acontecerão de forma virtual, transmitidas pelo YouTube do Colégio Teutônia.

No primeiro dia de evento (19/10), o tema será “Quais os benefícios da Gestão Reprodutiva?”. No dia seguinte (20/10), o fórum esclarecerá dúvidas sobre “Qual sistema se adapta melhor na minha realidade?”, e no último dia de evento, na quarta-feira (21/10), o assunto “Como gerenciar resultados produtivos e financeiros na propriedade?” será debatido entre os convidados. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essas são temáticas fundamentais para proporcionar maior conhecimento aos produtores e auxiliar na gestão de seus negócios. “É muito importante que se tenha cada vez mais eventos em que se discutam assuntos como esses. Será um momento de esclarecimentos, em que o diálogo será de produtores para produtores”, relata.

O evento é uma realização do Colégio Teutônia, de Teutônia (RS), e da Emater/RS-Ascar, e também conta com o apoio governamental da Secretaria de Agricultura e da Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Governo do Estado, além da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e das empresas: Samaq Massey Ferguson, Machado Agropecuária, Ordemax Sistemas de Ordenha, Dália Alimentos, Sicredi, Nutron, Certel Energia, Cooperagri, Tangará, Duagro Soluções Sustentáveis, Launer Química, Maná, Languiru e Milkparts. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da assessoria de imprensa da Languiru)


Brasil gasta cada vez menos com o agro, diz estudo

Os gastos do governo federal com a agropecuária estão em seu menor patamar em pelo menos quatro décadas, de acordo com um levantamento recente da área técnica do Ministério da Agricultura. Para além de retratar as mudanças das políticas públicas para o agronegócio nesse período, o estudo mostra os desdobramentos das profundas transformações do setor nesse período.

Em 2020, os gastos em políticas de apoio à produção agropecuária, subsídios aos produtores, ações fundiárias e de financiamento do Ministério da Agricultura e suas subsidiárias foram de R$ 15,5 bilhões, a maior parte com equalização de juros docrédito rural. O montante corresponde a 0,4% do total empenhado pela União no exercício, de quase R$ 3,6 trilhões. Os números contrastam com os de grande parte dos últimos 40 anos. Em 1980, por exemplo, as despesas com a agropecuária representaram 7,5% dos empenhos totais da União, chegando, em valores atualizados, a R$ 32 bilhões.

Os desembolsos foram ainda maiores em 1987, quando passaram de R$ 80 bilhões, em valores atualizados, ou quase 12% do empenho total do governo no ano. Ao longo desse período, cresceram a produção, a produtividade e as exportações do setor no país e houve reformas legislativas e abertura econômica. Mas a principal mudança foi o surgimento de novas fontes de financiamento da produção agropecuária, um ônus bem mais pesado para os cofres da União até meados dos anos 1990. “A partir da década de 90, ocorreu um esforço para tornar a agricultura mais competitiva”, diz José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Política e Informação do Ministério da Agricultura, responsável pelo levantamento. “A redução nos gastos é resultado da maturidade que o setor alcançou ao longo do tempo”.

No trabalho, Gasques compilou os dados sobre os gastos públicos no setor desde 1980. Os valores, deflacionados a preços do ano passado, incluem as despesas com as políticas agrárias e de regularização fundiária. “Havia uma política forte de subsídios na agricultura no fim dos anos de 1980. Era difícil financiar a agricultura, e o governo fazia isso lançando títulos no mercado. Era dispendioso - e com inflação elevada, era também um problema sério”, afirma. De lá para cá, agronegócio ampliou suas exportações e aproximou-se do mercado de crédito privado, especialmente depois dos anos 2000. O Estado passou a ser menos um fornecedor de recursos e mais um agente equalizador de operações entre privados, o que reduziu os gastos, diz Gasques.

Além disso, explica ele, o governo também abandonou operações de alto risco, como a formação de estoques públicos de alimentos, e apoiou reformas importantes, como a do crédito rural, que evoluiu para a criação de títulos do agronegócio posteriormente. A estabilização da moeda, com a criação do real, por sua vez, foi essencial para que as exportações deslanchassem.

Se, de um lado, as despesas federais com o setor despencaram, de outro, cresceu o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária. “Não temos evidências, em trabalhos publicados, que mostram que essa saída do governo tenha afetado a agropecuária ou reduzido produção”, ressaltou. Ele destaca, no entanto, que a desigualdade permanece como um dos problemas do campo. Os gastos com as políticas fundiárias foram os que tiveram “maior esvaziamento” nos últimos anos, relata Gasques.

Apesar da redução, há uma estabilidade nos gastos recentes, inclusive com aumentos na equalização de juros e no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Essa tendência deve se manter, aposta Gasques. “Há mudanças que vão acontecer no financiamento, com a priorização do Pronaf e a concentração de gastos nos pequenos e médios agricultores, deixando que os maiores tenham acesso a recursos livres e outras fontes de mercado”, afirmou. “A mudança na forma de operar no crédito também envolve um seguro rural cada vez mais presente”.

A diminuição dos gastos públicos com a agricultura coloca o Brasil em situação que, em termos de subsídios, opõe-se à de países mais ricos e até concorrentes no mercado internacional. Em um cálculo que faz uma correlação entre as despesas com o suporte financeiro aos produtores e o valor bruto da produção, o grau de proteção do agronegócio brasileiro é de 1,1%. Nos Estados Unidos o índice é de 12%, na União Europeia, de 19%, e no Japão, de 41,3%. A média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as maiores economias do mundo, é de 13,3%. (Valor Econômico)

 

Consumir queijos é saudável para o coração? Estudos explicam

O queijo é um dos alimentos mais popular entre os brasileiros. Uma recente pesquisa desenvolvida pela Tetra Pak em parceria com a Lexis Research, apontou que 84% dos entrevistados no Brasil o consomem regularmente no café da manhã, além disso, 46% afirmaram ter aumentado a ingestão durante a pandemia. Esse hábito costuma ser repreendido por alguns profissionais de saúde devido à presença de gordura saturada no alimento, mas um estudo publicado na PLOS Medicine indica que o consumo moderado pode ser benéfico para a saúde do coração.

Publicado em setembro deste ano, o estudo analisou amostras de sangue de mais de quatro mil adultos na Suécia — país com um dos maiores índices de consumo de laticínios no mundo. Durante 16 anos, os pesquisadores acompanharam o grupo para detectar problemas de saúde relacionados ao coração, como ataques cardíacos, derrames e outros. As informações são do “Yahoo Life”.

Os participantes foram separados por categorias de idade, estilo de vida, hábitos alimentares e outros fatores de risco. A partir disso, foi possível destacar que aqueles com níveis mais elevados de biomarcadores de ingestão de gordura láctea tiveram um risco menor de doença cardiovascular em comparação com os demais. Além dos resultados dessa pesquisa, os autores também examinaram as descobertas de outros 17 estudos envolvendo quase 43 mil pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido e Dinamarca, e observaram que as evidências combinadas mostraram resultados semelhantes.

As conclusões dos outros estudos apontam que o tipo de laticínio consumido (queijo, iogurte, leite ou manteiga) pode ser mais importante do que o teor de gordura quando se trata de saúde. Por exemplo, a ingestão de queijo não aumentou o colesterol ruim (LDL), enquanto o consumo de manteiga foi associado ao índice elevado de mortalidade. “Nosso estudo sugere que reduzir a gordura láctea ou cortar o consumo de laticínios pode não ser a melhor escolha para a saúde do coração. É importante lembrar que, embora esses alimentos possam ser ricos em gordura saturada, também são ricos em muitos outros nutrientes e podem fazer parte de uma dieta saudável.

No entanto, outras gorduras, como as encontradas em frutos do mar, nozes e óleos vegetais podem ter maiores benefícios à saúde do que as gorduras lácteas”, explicou a autora principal da pesquisa, Kathy Trieu. Mais estudos são necessários para entender como o queijo e os alimentos lácteos protegem a saúde cardiovascular, enfatizaram os autores. Apesar do benefício ao coração, destacado na pesquisa, o consumo de queijos deve ser moderado e, preferencialmente, acompanhado por um nutricionista. Segundo Madelyn Fernstrom, editora do NBC News Health and Nutrition, o objetivo é limitar, não eliminar toda a gordura saturada da dieta. (Fonte: Revista Isto É)


 Jogo Rápido

Produtores investem na produção de leite no RS

Redução preocupa produtores, mas produto ainda é entregue para as indústrias. Para assistir a matéria veiculada no Jornal do Almoço, CLIQUE AQUI. (Fonte: Globoplay)


 

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Porto Alegre, 08 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.517


Produtividade média por vaca registra expansão de 64% em uma década

A produtividade do Sul é a maior entre as regiões brasileiras: 3.619 litros por vaca/ano. Em seguida destacam-se o Sudeste, 2.581 litros por vaca/ano e o Centro-Oeste, 1.689 litros por vaca/ano.

A produtividade aumentou entre 2019 e 2020 em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, com redução de 1,6%, ou 15 litros por vaca/ano. O maior aumento absoluto de produtividade entre 2019 e 2020 foi observado no Sul com 71 litros por vaca/ano. O maior aumento relativo, no entanto, ocorreu no Sudeste, 2,3%.

As maiores produtividades estaduais ocorreram nos três estados da região Sul, seguidos de Minas Gerais, Alagoas e Sergipe. Santa Catarina esteve na primeira posição, ainda que tenha sofrido decréscimo em 2020, devido ao clima mais seco, piora na qualidade do volumoso e alto custo do concentrado.

O maior aumento de produtividade ocorreu no Paraná, com expressivos 170 litros por vaca/ano ou 5,1%. Alagoas e Sergipe representam o Nordeste nos TOP 6. São estados com produtividade acima da média nacional, ilustrando o avanço tecnológico que ocorre também na pecuária de leite nordestina. (Fonte: CILeite/Embrapa, adaptada pelo Sindilat)


RS registra superávit de R$ 1,7 bilhão até agosto

O superávit orçamentário do Rio Grande do Sul, de janeiro a agosto, foi de R$ 1,7 bilhão. O resultado primário ficou em R$ 4 bilhões, bastante superior ao mesmo período do ano passado, quando chegou a R$ 1,1 bilhão. Os dados constam do Relatório de Transparência Fiscal do 2º quadrimestre de 2021, apresentado nesta quinta-feira. No período, o endividamento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – que ficou em 183,65%.

O limite máximo para os estados é de 200%, o que significa que a dívida corrente líquida (DCL) não pode ser duas vezes maior do que a Receita Corrente Líquida (RCL). Pela primeira vez desde a edição da LRF, a relação DCL/RCL ficou abaixo desse limite de 200%. Segundo o governo do Estado, o resultado deve-se à combinação da estabilidade da DCL e da expressiva melhora da RCL, a qual, além do crescimento do ICMS, foi positivamente impactada com a desestatização da CEEE-D e do reconhecimento da receita de Imposto de Renda retido dos servidores desde janeiro de 2021, seguindo a regra federal.

Sem os efeitos contábeis da capitalização prévia à venda da CEEE-D e considerando o critério federal integral para a apuração da RCL, o índice estaria em 199%, bastante próximo ao limite da LRF, indicando a incapacidade de o Estado contratar novas operações de crédito. As informações fazem parte do Relatório de Transparência Fiscal (RTF), publicado quadrimestralmente, com análise das receitas e das despesas e com o objetivo de ampliar a transparência na gestão financeira.

Esta edição tem origem no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) do 4º bimestre de 2021 e no Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 2º quadrimestre de 2021, elaborados pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), publicados no Diário Oficial do Estado no último dia 30 de setembro, além de dados da Receita e do Tesouro do Estado. “O fato de as finanças estarem em situação superavitária neste momento revela os resultados de todas as medidas tomadas desde 2019, mas também alguns efeitos extraordinários”, afirma o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso. “O esforço é para tornar essa situação permanente a médio e longo prazos sem receitas extraordinárias e sem alíquotas de ICMS majoradas, de forma que o Estado possa equacionar seus significativos passivos para, aí sim, ter uma situação de equilíbrio sustentado”, acrescenta.

A receita total cresceu 14,5% até o 2º quadrimestre de 2021, atingindo R$ 45,6 bilhões. A Receita Tributária Líquida (R$ 23,5 bilhões) cresceu 31,4%. A Receita Corrente Líquida (RCL) atingiu R$ 51,1 bilhões, refletindo principalmente a recuperação da atividade econômica, os efeitos da privatização da CEEE-D (+R$ 2,5 bilhões ao cálculo), e a alteração na metodologia de apuração da RCL a partir de janeiro de 2021 (+R$ 1,9 bilhão ao cálculo). Desconsiderando a operação de regularização contábil de parte da dívida de ICMS da CEEE- -D, a arrecadação bruta de ICMS atingiu R$ 28,5 bilhões, ficando cerca de R$ 6,3 bilhões (28,3%) acima do mesmo período do ano passado (R$ 22,2 bilhões), o qual tinha sofrido forte retração por conta da pandemia. Como efeito do aumento da receita e das reformas, o comprometimento da RCL com as Despesas de Pessoal do Poder Executivo recuou para 40,53% (44,24% no 2Q20), situando-se abaixo do limite prudencial. O mesmo ocorre no consolidado de todos os poderes, que ficou em 47,57% (52,04% no 2Q20).

Caso se utilizassem integralmente os critérios de apuração da União, o indicador do Poder Executivo estaria em 44,36%, ainda abaixo do limite prudencial de 46,55% da LRF, enquanto o Consolidado do Estado ficaria em 52.36%, também abaixo do prudencial de 57%. Foram destinados R$ 358 milhões para investimentos. Apenas R$ 78 milhões tiveram como fontes recursos de operações de crédito, transferências obrigatórias e convênios. (Jornal do Comércio)

Previsão de chuvas e variação térmica no Estado para os próximos dias

Nos próximos dias, as temperaturas ficarão entre 7 e 26°C no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 40/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Ao longo da sexta-feira (8), a atuação de uma área de baixa pressão e a presença de uma frente-fria provocarão pancadas isoladas de chuva na região Norte. No sábado (9), ainda haverá muita nebulosidade na metade Norte do Estado e há chance de temporais nas proximidades dos municípios de Planalto e Nonoai.

Para domingo (10) e segunda-feira (11), o tempo permanecerá instável e a baixa pressão favorece a ocorrência de chuvas isoladas durante os dois dias em todo o Rio Grande do Sul. Os maiores acumulados podem ocorrer entre Jaguari e Santa Maria.

Na terça-feira (12), a nebulosidade ficará atuando na metade Leste do Estado, deixando tempo encoberto em todo o Litoral. Para quarta-feira (13), algumas nuvens seguem no Litoral e na Fronteira Oeste; em Uruguaiana, pode ocorrer chuva ao longo do dia. Mas em praticamente todo o Estado o tempo será firme e ensolarado.

A previsão é de que os maiores acumulados ocorram entre domingo (10) e terça-feira (12), devendo chover mais nas regiões Central e Norte, onde o acumulado poderá chegar a até 44 mm. Nas demais regiões, os acumulados ficarão entre 7 e 40 mm. Deve chover menos no Oeste. Em geral, a média de acumulados prevista para a próxima semana no Estado deve ficar entre 10 e 30 mm. O documento também aborda a situação das culturas de trigo, cevada, milho, videiras, citros, maçã, melancia, morango, oliveiras e arroz. Veja o boletim completo em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 Jogo Rápido

Emenda propõe mais verbas

A Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha protocolou uma emenda de R$ 50 milhões para ampliar o orçamento da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, ontem, depois de reunião com o relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual 2022, deputado Mateus Wesp, e o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal. O entendimento é que a suplementação irá garantir uma melhor capacidade de custeio e investimento para a pasta, que poderá injetar recursos em programas estruturantes para os próximos anos. O presidente da Frente, Elton Weber, também reforçou ao secretário Gastal a necessidade de lançamento do Avançar Desenvolvimento Rural neste semestre. A sugestão é que os recursos sejam destinados à agricultura familiar, agroindústria familiar, apoio a feiras da agricultura familiar, apoio a cooperativas, pecuária familiar, infraestrutura, além de armazenamento de água e irrigação. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 07 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.516


Mapa divulga novo guia para elaboração e execução de projetos do Programa Mais Leite Saudável

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação (SDI), divulgou nesta quarta-feira (6) o Guia para Elaboração e Execução de Projetos do Programa Mais Leite Sustentável (PMLS), política pública que já beneficiou mais de 72 mil famílias de produtores do setor com ações de assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético.

O novo documento visa possibilitar uma melhor adequação dos projetos apresentados e promover o alinhamento do programa federal tanto com o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) como também com as diretrizes e a agenda de competitividade do setor leiteiro brasileiro, estabelecidas no âmbito do Plano Compete Leite BR. “Embora seja um programa amplamente divulgado e que possui importantes resultados, certamente, o guia contribuirá para que esta política pública fique ainda mais robusta e contribua, cada vez mais, para os propósitos de desenvolvimento do setor leiteiro no Brasil”, destaca o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo.

O guia contém as seguintes orientações: elaboração de projetos, com resumo, justificativa e metodologia; o estabelecimento de objetivos, metas e indicadores; o fornecimento de assistência técnica, prioritariamente para a gestão da propriedade, implementação das Boas Práticas Agropecuárias e capacitação de produtores; a criação ou desenvolvimento de atividades que promovam o melhoramento genético dos rebanhos leiteiros; o desenvolvimento de programas específicos para a promoção da educação sanitária na pecuária; entre outros.

> Clique aqui para acessar o Guia para Elaboração e Execução de Projetos do Programa Mais Leite Sustentável (PMLS)

Contrapartida

O Programa Mais Leite Sustentável possibilita que agroindústrias, laticínios e cooperativas de leite utilizem, em até 50% do valor apurado, créditos do PIS/Pasep e da Cofins oriundos da compra do leite in natura utilizado como insumo dos produtos lácteos. Esses créditos podem ser utilizados pela empresa para compensação de tributos federais ou para ressarcimento em dinheiro. Em contrapartida, para participar e ter acesso a esse benefício, o laticínio ou cooperativa de leite precisa executar um projeto que promova o desenvolvimento de seus fornecedores de leite. O valor do projeto deve ser, no mínimo, 5% do valor dos créditos a que a empresa tem direito, conforme estabelecido pelo Artigo 12 do Decreto nº 8533, de 30 de setembro de 2015.

Resultados

Lançada em 2015, essa política pública já beneficiou diretamente 72.524 famílias de produtores de leite com 1.022 projetos desenvolvidos por 587 empresas em mais de 2 mil municípios brasileiros, promovendo melhoria na produtividade e qualidade do leite, como também na rentabilidade do produtor. Desde o início do programa, já foram investidos quase R$ 407 milhões nos projetos voltados para o fortalecimento dos produtores de leite brasileiros, possibilitando que as empresas e cooperativas recebessem, em créditos presumidos, mais de R$ 8 bilhões. O pedido de habilitação de laticínios e cooperativas de leite no PLMS pode ser realizado de forma totalmente online no Portal de Serviços do governo federal.

Confira o vídeo explicativo e o guia com o passo a passo.

Campanha

O Programa Mais Leite Sustentável impacta diretamente na qualificação dos produtores e dos produtos derivados do leite. Nesse sentido, com o objetivo de divulgar a importância desse alimento e sua saudabilidade, o Mapa reuniu produtores, laticínios e supermercados em um projeto exclusivo, a 1º Semana do Leite no Brasil, prevista para ocorrer em novembro deste ano. Participarão da campanha representantes do Mapa, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), de cooperativas, indústrias e produtores, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) e outros parceiros. (MAPA)


Balança comercial de lácteos: importações caem 56% em setembro

 

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (05/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -73 milhões de litros em equivalente leite no mês de setembro, um aumento de 16,4% no déficit quando comparado a ago/21. Em relação ao mesmo período do ano passado, o déficit foi bem menor - uma diferença de cerca de 100 milhões de litros.

Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Em setembro, 80,1 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, representando um aumento de 7% em relação a agosto/21. A elevação foi reflexo, principalmente, da baixa disponibilidade do leite matéria-prima no Brasil e dos elevados preços internos no período - tanto do preço pago ao produtor, quanto no mercado Spot – o que tornou o produto importado mais competitivo em setembro. Apesar do aumento de 7% em relação a agosto, se comparado a setembro de 2020, as importações foram 56,4% menores que o observado no mesmo mês do ano passado.

O leite em pó integral foi o derivado lácteo mais importante da pauta importadora em setembro. Os 3,77 milhões de litros (equivalentes) importados do derivado representaram um aumento de 3% no volume internalizado do produto em relação a agosto, e 36% do volume total importado no mês. Logo em seguida vieram os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representaram 44% do volume total importado. Já o volume exportado em setembro foi de 7,1 milhões de litros de leite (equivalente), redução de 50% em relação a agosto e, em relação ao mesmo período do ano passado, queda de 15,4%.

O leite em pó integral teve suas exportações reduzidas em 85% em relação a ago/21. O leite condensado foi o produto lácteo que apresentou maior aumento das exportações em setembro, de 29% em relação ao mês anterior. Em compensação, produtos como leite em pó desnatado, leite modificado, doce de leite e iogurtes tiveram queda no volume exportado.

A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos e janeiro a setembro deste ano.

O que podemos esperar para o mês de outubro?

Nas últimas semanas, de acordo com o levantamento semanal do MilkPoint Mercado, observou-se que a demanda da população pelos lácteos tem diminuído, enfraquecendo as vendas da indústria ao varejo. Por essa razão, a competitividade por leite por parte das indústrias tende a diminuir, o que já refletiu na diminuição do preço do leite no mercado spot e que provavelmente irá pressionar o preço do leite pago ao produtor a partir dos próximos pagamentos. Aliado a isso, o preço do leite internacional tem ganhado força e a taxa de câmbio (R$/dólar) também vem aumentando no início de outubro – já ultrapassando a barreira dos R$5,40. Caso esse cenário se mantenha - de demanda interna baixa, elevados preços internacionais e alta taxa de câmbio – as importações brasileiras provavelmente perderão força neste mês. (As informações são do MilkPoint Mercado, adaptada pelo Sindilat)

Definida programação do 15º Fórum Tecnológico do Leite de Teutônia

Pelo segundo ano consecutivo, o tradicional Fórum Tecnológico do Leite, de Teutônia, terá edição online. Assim, os participantes poderão acompanhar a programação que ocorrerá de 19 a 21 de outubro, sempre a partir das 20h, no canal de Youtube do Colégio de Teutônia, que realiza o evento ao lado da Emater/RS-Ascar, com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Dedenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado. Na ocasião serão apresentados sete casos de sucesso na atividade leiteira, com os agricultores envolvidos realizando relato de experiência.

Na primeira noite, o debate será sobre “Quais os benefícios da gestão reprodutiva?”, com casos sobre impactos na redução de intervalo entre partos e tecnologia na gestão reprodutiva. A moderação ficará a cargo do representante da cooperativa Languiru, Diogo Cord. No dia 20, o tema em destaque será “Qual sistema se adapta melhor a minha realidade?”, com apresentação de casos com adoção de free-stall, compost barn e sistema misto (compost e pastejo). A moderação ficará a cargo do extensionista da Emater/RS-Ascar Diego Barden dos Santos. Na terceira noite o assunto principal será “Como gerenciar resultados produtivos e financeiros na propriedade”?, com discussões sobre gestão de pessoas e de números e gerenciamento como tomada de decisões. A moderação será do representante da Dalia Alimentos, Luciano Redu.

Participarão da atividade agricultores dos municípios de Tupandi, Maratá, Estrela, Venâncio Aires, Teutônia e Dois Lajeados. Não há necessidade de inscrições prévias para o Fórum, bastando acessar o canal do Youtube do Colégio Teutônia para conferir a programação. “A expectativa é de que mais de cinco mil pessoas possam acompanhar as três noites de atividade”, avalia o coordenador do Centro de Treinamento de Agricultores de Teutônia (Certa) Maicon Berwanger.

Além da Emater/RS-Ascar, da Seapdr, do Colégio Teutônia e das cooperativas Dália Alimentos e Languiru, apoiam o evento diversas outras entidades, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e o Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), as cooperativas Sicredi e Certel, além de empresas ligadas ao setor. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail ctteutonia@emater.tche.br. (Fonte: Emater/RS-Ascar)


 Jogo Rápido

Santa Clara realiza o 14º Encontro de Mulheres com Atividade no Leite

Às vésperas de completar 110 anos de história, a Cooperativa Santa Clara prepara para realizar um dos seus mais tradicionais eventos: o Encontro de Mulheres com Atividade no Leite. A 14ª edição acontece no dia 21 de outubro, das 14h às 15h30min, com toda a programação realizada na modalidade on-line, pela plataforma Teams. Associadas, esposas e filhas de associados de todas as regiões de abrangência da Santa Clara estão convidadas para participar do evento. A gerente do Departamento Técnico, Raquel Soletti, explica que para se inscrever basta entrar em contato com os técnicos da Cooperativa ou enviar o nome completo da participante, nome e matrícula do associado e cidade para o número de WhatsApp (54) 99704-6290 até o dia 18 de outubro e garantir a participação no evento e ainda receber um brinde. “Preparamos uma programação diversificada, que vai desde palestras técnicas até momentos de interação entre as participantes”, aponta. A programação contará com a abertura do presidente da Cooperativa, Gelsi Belmiro Thums; diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra. Já as palestras serão: Mulheres que transformam, com a psicóloga Aline Dotta; Criação de terneiras, com a gerente do Departamento Técnico, Raquel Soletti, e a consultora de nutrição animal Géssica Farina. O 14º Encontro de Mulheres com Atividade no Leite contará ainda com a participação do Frei Jaime Bettega e interação do supervisor de food service da Santa Clara, chef Gustavo Grisa, que irá ensinar duas receitas tradicionais da culinária italiana e alemã. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)


 

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Porto Alegre, 06 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.515


Novo mandato para Gedeão Pereira

Foi confirmada em 5/10 mais uma gestão para Gedeão Silveira Pereira na presidência da Farsul. Dos 131 sindicatos aptos a votar, 112 compareceram e elegeram a Chapa 1 de forma unânime. Esta foi a 43ª eleição realizada pela federação de agricultura mais antiga do país, com 94 anos. O novo mandato inicia no dia primeiro de janeiro de 2022 e vai até 31 de dezembro de 2024.

Após o anúncio do resultado, Gedeão avaliou que não ter oposição foi uma mensagem muito forte da classe. "Quando vocês vêm até aqui para votar com chapa única mostra que a Federação atende aos seus anseios. Estou muito orgulhoso! Isso nos encoraja, mas dá responsabilidades", declarou.

Para a próxima gestão, o presidente reeleito apontou os três principais temas a serem tratados, o programa Duas Safras, as questões judiciais envolvendo meio ambiente e a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). "Se essas metas forem atingidas deixo esta casa com a sensação de missão cumprida", revelou. Junto com Gedeão, outros 30 diretores, todos produtores rurais, serão responsáveis por defender os interesses do setor, representando milhares de produtores rurais do estado. É missão da Farsul, honrar a vocação de produzir, de defender o direito de propriedade, a livre iniciativa, a economia de mercado e os interesses do País.

O presidente aproveitou para agradecer aqueles que deixarão a diretoria no próximo mandato. "Vocês ajudaram a construir esta gestão vencedora e hoje vieram aqui, votaram e aprovaram este trabalho", disse. A atual diretoria sofrerá uma renovação de 40%.

Entre os diretores executivos, Francisco Schardong permanece como Diretor Administrativo e José Alcindo Ávila como Diretor Financeiro. Gilberto Schilling Moreira assume como 2º Diretor Administrativo e Paulo Roberto Vargas como 2º Diretor Financeiro. Eles substituem Domingos Lopes e Paulo Ricardo Dias que passam a serem diretores Vice-Presidentes. O número de mulheres na diretoria foi ampliando. Agora são quatro compondo o quadro. Margarete Marques e Maria Tereza Mendes como diretoras suplentes, Teodora Lütkemeyer como titular do Conselho Fiscal e Márcia Mueller Medeiros como suplente do Conselho Fiscal.

Perfil

Médico veterinário, formado em 1971 pela Universidade Federal de Santa Maria, Gedeão Silveira Pereira é produtor rural, proprietário e administrador da Estância Santa Maria com produções de Pecuária de Corte (raças Hereford e Polled Hereford) com manejo em pastagens e agricultura. Já realizando viagens de estudos em pecuária à Nova Zelândia, Austrália, USA, Argentina, Chile, Paraguai, França, Espanha e Rússia. Foi diretor da Associação Brasileira de Criadores de Hereford e Braford e presidente do Sindicato/Associação Rural de Bagé por dois mandatos. Presidiu a Comissão de Assuntos Fundiários da Farsul, onde, também, foi vice-presidente por quatro mandatos. Foi presidente do Sebrae/RS e atualmente é vice-Presidente do Fundesa, sendo recentemente eleito como 2º vice-presidente da CNA, onde também tem o cargo de diretor de Relações Internacionais. (Fonte: Imprensa Sistema Farsul)


Na média, Conseleites sugerem estabilidade de preços

Em setembro, o preço do leite ao produtor registrou nova alta. Para o pagamento de outubro, os Conseleites divergiram nas indicações, mas com uma média sugerindo certa estabilidade.

As maiores divergências ocorreram entre Minas Gerais, com alta de 1,3%, e Rio Grande do Sul, indicando queda de 1,97%. Santa Catarina e Paraná ficaram próximos de zero. (Fonte: CILeite/Embrapa)

Assistência técnica de laticínios e cooperativas

Em um ambiente complexo e influenciado por diversos fatores como a produção de leite, a tecnificação e adequação de processos nas propriedades é vital para a continuidade do negócio de maneira sustentável e competitiva.

O Brasil como um dos maiores produtores de leite mundial tem diferentes realidades espalhadas pelo país, o que especifica a adequação da produção em cada região, bem como em cada propriedade.

Por isso, programas de assistência técnicas de laticínios e cooperativas são fundamentais para o melhor funcionamento de toda a cadeia. Para o Eng. Agr. M. Sc., Jair da Silva Mello, Gerente de Suprimento de Leite na Cooperativa Central Gaúcha LTDA (CCGL), “sem técnico qualificado, que saiba fazer gestão dos processos (junto com o produtor), dentro e fora da porteira, a atividade não cresce com sustentabilidade e não rentabiliza (lucro).”

Contudo, para uma parceria bem-sucedida, Jair destacou que esta precisa ser baseada em quatro pilares: conhecimento, perfil e habilidade do profissional; seleção do produtor/cliente; planejamento com uma visão de médio e longos prazos; lucro e entrega de resultados; bem-estar da família, colaboradores, animais e meio ambiente e promover a sucessão.

Claro, assim como toda relação em qualquer negócio, na relação entre laticínios, cooperativas e produtores de leite também precisa e deve haver benefícios para ambas as partes envolvidas. Neste sentido, Mello destacou que o “produtor estando bem (financeiro, saúde, família e feliz), ganhando dinheiro, a Cooperativa vai estar bem.”

Jair também apontou a fidelização do produtor como um item benéfico desta relação, levantando o questionamento: “quanto custa (centavos/litro), um profissional qualificado que faz o produtor melhorar a produção, produtividade e a renda da família?” Além disso, o Gerente também apontou a qualidade da matéria-prima como uma vantagem de uma parceria de sucesso.

Como podemos ver, quando a relação entre os laticínios e produtores é bem-sucedida gera benefícios para o campo e a indústria. Entretanto, para melhorar a realidade de cada fazenda assistida pelos laticínios é preciso que o técnico ou consultor responsável entenda e saiba tomar ações de acordo com a necessidade de cada propriedade.

Para isso, é preciso somar aos conhecimentos teóricos, uma bagagem de insights práticos do dia a dia da profissão, que permitem conectar ideias e tomar a decisão mais assertiva para cada situação. Ou seja, para transformar a realidade de cada propriedade é necessário saber gerir pessoas, processos e negócios. Afinal, teoria e prática andam juntas!

Essa é justamente a proposta do MilkPoint Experts: Feras da Consultoria, transformar realidades no leite agregando à teoria uma boa execução e percepção da prática. Em oito encontros semanais todas as sextas-feiras entre as semanas de 06 de outubro a 28 de novembro, com um time de palestrantes impecável vamos proporcionar aos participantes uma experiência única e inédita sobre a rotina do leite. No dia 29/10, em nosso quarto encontro teremos o painel “Programas bem-sucedidos de assistência em laticínios e cooperativas,” com uma palestra do Jair Mello.

Se você ainda não fez sua inscrição, não perca mais tempo, clica aqui e faça agora! Aproveite para conferir no site todos os palestrantes e palestras. Vamos juntos transformar realidades no leite? Esperamos você!

O Sindilat também garantirá desconto de 30% na inscrição do evento aos seus associados pelo link https://bit.ly/3ErRZw7. (Fonte: Milkpoint)


 Jogo Rápido

Agronegócio da biodiversidade

É também com a pegada da produção sustentável que o Centro de Pesquisas em Agronegócios da UFRGS realiza a 9ª edição do Cienagro. O evento virtual O Agronegócio da Biodiversidaade ocorre amanhã e sexta-feira (inscrições em ufrgs.br/cienagro). Haverá palestras com foco em expansão do agronegócio aliado à conservação, uso de organismos nativos para a indústria biotecnológica e biodiversidade como serviço à sociedade, além da apresentação de cerca de 60 pesquisas científicas. “Ainda é muito dividido: biodiversidade é coisa de biólogo e agronegócio, de produtor. Queremos passar a mensagem de que precisamos conservar o ambiente e até mesmo explorar o potencial que a terra tem. Será uma vantagem competitiva, que pode agregar valor”, analisa o coordenador do simpósio e professor do PPG de Ciências do Agronegócio, Heinrich Hasenack. CLIQUE AQUI para mais informações. (Zero Hora)


 

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Porto Alegre, 05 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.514


RS tem seguro de pecuária inédito no mundo

Foi assinado no início da tarde desta segunda-feira, na sede da Federação da Agricultura do RS em Porto Alegre, o seguro do rebanho bovino gaúcho para caso de ocorrência de focos de febre aftosa. Trata-se do primeiro seguro de pecuária contra a febre aftosa em todo o mundo, conforme o representante da seguradora Fairfax, Ricardo Sassi.

Segundo ele, o cálculo para o valor do seguro gaúcho levou em conta diversos fatores como o georreferenciamento de propriedades, e a qualidade do trabalho de defesa agropecuária realizado no estado. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou a importância do olhar do produtor para comunicar qualquer suspeita de doença. “O seguro vai contribuir para que o produtor, que é o primeiro fiscal, tenha o conforto necessário de agir com rapidez para chamar a autoridade sanitária fazer o diagnóstico”, afirmou Gedeão Pereira.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou sobre as mudanças de cenário desde 2001 quando houve o último foco no estado. “É uma condição totalmente diferente que temos hoje, com um serviço veterinário oficial preparado e estrutura para um rápido diagnóstico e ação para a contenção de eventuais focos”. Kerber pontuou também que o setor tem esse desafio, de conscientizar o produtor sobre a importância de notificação de suspeitas e de controle de ingresso de pessoas e animais nas propriedades.

Com a assinatura do seguro, o produtor gaúcho está protegido para o caso de ocorrência de febre aftosa, com a necessidade de indenização por abate sanitário. O valor do prêmio (que o Fundesa pagará anualmente à seguradora) é de R$ 3,98 milhões. Já a franquia é de R$ 15 milhões e o valor segurado, além da franquia é de R$ 300 milhões de reais. (Fundesa)


GDT - 05/10/2021

(Fonte: GDT)

 

Prêmio busca incentivar competividade leiteira

Vai ano e vem ano, e o setor lácteo gaúcho segue na gangorra entre o segundo e o terceiro lugar em volume de lácteos do Brasil. Em 2020, a produção foi de 4,29 bilhões de litros no Rio Grande do Sul, o que corresponde a 12% da produção nacional e manteve o Estado na terceira colocação do ranking nacional, atrás de Minas Gerais e do Paraná. O resultado do trabalho de pouco mais de 40 mil produtores em 457 municípios, números que retratam estabilidade que se arrasta ao longo dos últimos cinco anos.

Mas para melhorar a competividade no setor altamente capilarizada no território gaúcho, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em parceria com a Emater/RS-Ascar e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR, estão promovendo o Prêmio Referência Leiteira RS. As inscrições vão até 15 de outubro.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o prêmio tem Jornal da Manhã por objetivo valorizar e reconhecer os produtores de leite que realizam a sua atividade com dedicação diária e fazem do trabalho o seu modo de vida, produzem com eficiência, gerando um produto que garante o sustento e a qualidade de vida para sua família e contribuem decisivamente para que chegue à mesa do consumidor um alimento de excelência.

"Não adianta falar em competitividade senão cairmos a fundo nessa questão de conversarmos com o produtor, com as entidades como Emater, para que possamos efetivamente avançarmos nessa questão de competividade", disse o secretário, em entrevista ao JM.

Palharini explica que podem se inscrever os produtores de leite do Estado com produção individual ou coletiva, independentemente do volume produzido, desde que vinculados a uma das indústrias de laticínios que adquirem leite no Estado. "O último dado da Emater aponta que 40 mil produtores fazem a entregam regular de leite à indústria e todos podem concorrer", destaca.

Neste primeiro ano, o Prêmio Referência Leiteira avaliará indicadores em três categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Produtividade da Mão de obra. A primeira avalia a quantidade de litros produzidos por ano em relação à área utilizada (litros/hectare/ ano). A segunda mensurará índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Nesta categoria, a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose renderá pontos extras aos tambos inscritos. Por fim, a terceira categoria desafia-se a correlacionar a quantidade de litros de leite produzido nas propriedades com o número de pessoas envolvidas, considerando seu grau de dedicação em termos de carga horária e capacidade laboral.

As inscrições devem ser realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS. (Jornal da Manhã)


 Jogo Rápido

Governo federal lança a CPR Verde

 O governo federal formalizou o lançamento da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. O título poderá ser emitido pelos agropecuaristas por serviços de conservação de florestas e recuperação da vegetação nativa que resultem em redução de emissões de gases de efeito estufa. A aquisição é atraente para interessados em fazer compensação de carbono e zerar suas emissões, que podem passar a pagar por isso, gerando uma renda extra para o produtor rural. Segundo o Ministério da Agricultura, com a CPR Verde, ao invés de se comprometer em entregar o resultado das suas atividades em pagamento a um recurso financeiro obtido para investimento, o agropecuarista poderá dar como garantia ao dinheiro recebido a manutenção de determinada área florestal em pé. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 04 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.513


Mais um recorde de produção

Desde 2016, o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, com apoio de entidades parceiras, tem desenvolvido um trabalho para profissionalizar a produção de leite em Frederico Westphalen. O panorama, a partir da adoção de novas tecnologias e mudanças no sistema de produção, tem sido, a cada ano que passa, positivo no que diz respeito ao aumento da produtividade, gerando mais renda e qualidade de vida a quem trabalha com a bovinocultura de leite e participa deste processo. Neste período, a produção de leite em FW só tem aumentado.

Em 2016, quando iniciou essa nova proposta de acompanhamento aos produtores, foram 13 milhões de litros de leite. Em 2019 foram 17,3 milhões de litros e em 2020, a produção no município chegou a 19,1 milhões de litros de leite. Conforme explica o engenheiro agrônomo, especialista em Pecuária de Leite e extensionista da Emater, Jeferson Vidal Figueiredo, isso se deve a muitos fatores, e ocorreu mesmo em um ano com uma das piores secas dos últimos tempos, superando as expectativas.

Ao mesmo tempo, houve uma diminuição no número de produtores, que era 423 em 2014. Em 2016, o número de propriedades envolvidas com a bovinocultura de leite era 306 e em 2020 era 260. “Tem diminuído o número de produtores, mas a produção vem aumentando. Os produtores que são atendidos pela Emater e outras entidades ou empresas estão se profissionalizando, é uma mudança de concepção da atividade leiteira”, aponta Figueiredo.

Os dados da pesquisa, que sempre é divulgada em relação aos números do ano anterior, mostram que a receita para os produtores de leite, já corrigida pelo IPCA, foi de R$ 32,6 milhões em 2020, contra R$ 23,2 milhões em 2019 e R$ 14,1 milhões em 2015, um aumento de 130% neste período de cinco anos, o que indica que está ocorrendo a capitalização na propriedade, que permite mais investimentos, como o aumento do plantel, melhoramento genético e, inclusive, a aquisição de insumos mais qualificados. – Esses resultados mostram uma evolução muito grande na atividade leiteira do município. Por muitos anos tivemos uma média de produção mais baixa do que no Estado e agora nos equiparamos. Além disso, houve uma mudança de categoria, pois, em 2016, a maior parte dos nossos produtores, 56%, produzia menos de 100 litros de leite por dia e era responsável por 25% da produção, faixa que, atualmente, concentra 45% das propriedades e corresponde a 12% da produção.

Em contrapartida, 7% dos produtores produziam mais de 300 litros de leite por dia em 2016, sendo responsáveis por 21% da produção. Hoje, 21% dos produtores produzem acima de 300 litros de leite por dia, o que representa 55% da produção total do município. Ou seja, estamos vivendo uma concentração da produção, e isso está ligado à profissionalização –, comenta.

Evolução

Ainda, houve evolução na produtividade média por vaca/dia que, em 2015 era de 9,9 litros e passou para 15,3 litros em 2020. O levantamento também aponta que neste período, entre 2016 e 2020, cerca de 70% dos produtores de leite conseguiram evoluir na atividade, buscando melhorias por meio de assistência técnica, informações, ferramentas, troca de experiências e mudanças. (Folha do Noroeste)


Primeira fazenda leiteira com emissões líquidas de carbono zero da Nestlé está na África do Sul

A fazenda de laticínios Skimmelkrans em George, na província de Western Cape na África do Sul, é a primeira fazenda leiteira da Nestlé destinada a atingir emissões líquidas de carbono zero em 2023. A fazenda se destacou por meio do trabalho prudente do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume. Os 4 pilares da agricultura regenerativa, ou seja, solo, água, biodiversidade e pecuária, são integrais.

A fazenda leiteira, de propriedade da família Kuyler de 4ª geração e administrada por 30 funcionários, produziu leite para a Nestlé na África do Sul por um período ininterrupto de 60 anos. A fazenda opera em um ecossistema de biodiversidade, desde a liberação de estrume no solo até o cultivo de sua própria ração animal.

A Dairy Global conversou com Hoven Meyer, gerente do grupo de serviços agrícolas da Nestlé East and Southern Africa Region, para saber mais sobre os planos de emissões líquidas zero da fazenda. “Embora existam muitas maneiras de criar operações mais sustentáveis para fazendas leiteiras, Skimmelkrans se diferencia pelo trabalho do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume, onde ocorrem algumas das maiores reduções de gases de efeito estufa”, disse Meyer.

1.000 vacas, 20.000 litros de leite

A raça predominante no passado era a Friesland Holsteins, mas a raça Jersey foi introduzida devido a uma necessidade crescente de sólidos de leite mais elevados pela Nestlé. O rebanho atual de 1.000 cabeças, composto de 80% de vacas leiteiras Jersey e 20% de vacas Friesland Holstein, produz uma média de 20.000 litros de leite por dia, ou 20 litros por vaca. A pegada de carbono analisada da linha de base da fazenda para 2019 foi de 1,1 kg CO2e/kg de leite com proteína e gordura corrigidas. O programa de intervenção de redução de carbono da fazenda foi calculado ao longo de 3 anos para atingir o status de emissão líquida zero de carbono.

Setor a base de pastagens da África do Sul

A Nestlé trabalha em cerca de 187 países em todo o mundo. Então, por que a África do Sul foi escolhida para este projeto? “A África do Sul tem um setor de lácteos baseado em pastagens muito avançado e, portanto, foi escolhida para implantar a primeira fazenda leiteira com emissão líquida zero de carbono do grupo.

Outros projetos líquidos zero seguiram em outros países onde a Nestlé tem uma pegada de leite fresco”, diz Meyer. “Vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia usando a energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo.” “Trabalhamos muito para garantir que o projeto Skimmelkrans não só tenha sucesso em alcançar emissões líquidas de carbono zero, mas também se torne um modelo que as fazendas operadas pela Nestlé possam implementar com eficácia.

Em pouco mais de um ano, começamos a ver alguns resultados positivos com este projeto: vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo”, disse Meyer. Ele observa que o aumento na produção de leite foi impulsionado por pastagens multi-espécies com alto teor de proteína e um sistema de manejo de pastagem adequado. Meyer analisa as estratégias da fazenda para combater as emissões para chegar a zero líquido e discute solo, água, pasto/ração, esterco, energia renovável e fermentação entérica.

- Solo: A análise completa do solo da fazenda foi feita na plataforma completa de 600ha para determinar a linha de base da pegada em todos os diferentes componentes. A partir da análise do solo, um programa completo de correção do solo foi calculado com a ajuda de especialistas sobre como corrigir exatamente o estado do solo. As diferentes intervenções incluem correção de pH (cal/gesso), uso de fertilizante orgânico (cama de frango), redução de fertilizantes químicos e tratamento de todas as microdeficiências do solo para melhorar a saúde do solo. A análise completa do solo da fazenda será feita anualmente para determinar as melhorias e novas áreas de intervenção.

- Água: Todo o sistema de irrigação da fazenda está ligado a um sistema computadorizado de leitura da umidade do solo, onde a umidade do solo é registrada de hora em hora em diferentes profundidades de raiz, resultando em economia máxima de água na fazenda. Esse sistema já comprovou uma economia de 15% de água nas pastagens por ano.

- Pastagens/Alimentos: O estabelecimento de pastagens perenes (azevém, trevo, banana-da-terra e alfafa) tem sido muito favorável nas práticas de cultivo mínimo na fazenda. A fazenda baseada em pastagens consiste atualmente em uma plataforma leiteira de 600 hectares - 400 hectares estão sob irrigação de pivô central e 200 hectares de terra seca são usados para a produção de ração. O modelo fornece 80% de ração na fazenda com 20% de concentrado de ração comprado.

- Estrume: O sistema existente de tanque de estrume foi alterado para uma barragem agitadora com uma prensa de estrume. Durante a ordenha, o esterco da vaca é coletado e separado em líquidos e sólidos usando uma prensa de esterco. Os líquidos são irrigados diretamente nas pastagens, enquanto os sólidos são levados para as terras férteis mais baixas e liberados como composto. Além disso, a fazenda usou cerca de 4.000 toneladas de esterco de galinha como fertilizante orgânico - substituindo alguns fertilizantes químicos com uma grande pegada de carbono.

- Energia renovável: Foi instalada uma usina solar para diminuir o uso da eletricidade convencional, e a fazenda já atingiu uma queda de 40% no uso da energia convencional. O excedente de energia solar produzida durante o dia é alimentado no sistema de rede municipal.

- Fermentação entérica/produção de metano: Testes em colaboração com Research Farm & Academia estão em andamento na fazenda para avaliar aditivos/componentes de ração com menor impacto de metano.

A biodiversidade é uma prioridade

Outras operações ecológicas na fazenda incluem alojamento para corujas e alojamento para morcegos. Além disso, os cursos d’água são limpos de vegetação estranha, que é até mesmo reaproveitada (a acácia negra é lascada e dada às vacas devido ao seu alto teor de proteína). Todas as intervenções na fazenda líquida zero serão implementadas em todas as fazendas Nestlé em seus distritos de abastecimento de leite. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Setor leiteiro Argentino completa dois anos ininterruptos de crescimento produtivo

As fazendas leiteiras argentinas produziram 1,055 bilhão de litros em agosto e, assim, alcançaram um crescimento de 3,9% na produção de leite em comparação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o relatório mensal da Direção Nacional de Laticínios. Dessa forma, eles acumulam um aumento de 3,9% até agora neste ano (4,4% medidos em uma média diária).

Segundo uma série elaborada pelo Observatório da Cadeia do Leite Argentina (Ocla), o último mês permitiu somar dois anos ininterruptos de aumento produtivo. A curva ascendente começou em agosto de 2019, quando a variação homóloga foi de 2,1%. Daquele momento até hoje, em todos os meses houve uma produção maior do que no mesmo mês do ano anterior.

Na verdade, os níveis atuais de produção estão acima do projetado no início do ano. A Ocla costuma consultar as 20 indústrias que mais recebem leite na Argentina, que esperavam entre janeiro e agosto um aumento na oferta de 2,2 por cento, previsão que ficou aquém, à luz dos dados oficiais, de 1,7 ponto percentual. Assim, a projeção para todo o ano, que era uma recuperação de 1,5 por cento, passou para 2,6 por cento, o que significaria um volume total anual de 11,4 bilhões de litros, o maior valor desde 2015. (As informações são do La Voz, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Pelotas abre sua Expofeira no dia 4

A 95ª Expofeira Pelotas será aberta segunda-feira (4) no Parque Ildefonso Simões Lopes. O evento terá formato híbrido, digital e presencial, com público simultâneo limitado a 2.500 pessoas. A programação conta com mais de cem atividades, entre as quais estão nove leilões de animais, e segue até o dia 10. De segunda-feira a sábado ocorre a Conferência Rural (de forma híbrida) e o ciclo de palestras Momento Masters. As inscrições para algumas atividades e a programação completa podem ser feitas na página da 95ª Expofeira na internet. (Correio do Povo)


 

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Alinhada com a preocupação mundial de fortalecer as defesas naturais do corpo humano para garantir saúde e qualidade de vida, a indústria de laticínios vem investindo em produtos focados em reforço do sistema imunológico e até da saúde mental das pessoas. A tendência foi referendada pelo executivo da Tetra Pak, Luis Eduardo Ramirez, durante encontro com representantes de associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) na manhã desta quinta-feira (9/9), na Casa da Indústria de Laticínios no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Ramirez lembrou que, de modo geral, os lácteos já têm essa função porque são fontes de sais mineiras e muitos nutrientes, mas há uma clara intenção em âmbito internacional das empresas focarem sua ação nesses nichos, que agregam preço e valor adicional às marcas. Citou como exemplo o lançamento de itens antioxidantes e a expansão do mercado de Whey Protein. “Há um aumento da preocupação das pessoas com a saúde mental e com a consciência de como a dieta pode agir contra a depressão e até ajudando as pessoas a relaxar”. Ramirez pontuou rótulos de produtos lançados na Tailândia e da Eslovênia que trazem traços de mel e camomila com princípios calmantes. “O leite integral vai sempre existir, mas esses produtos de nichos nos trazem maior valor agregado porque o consumidor entende que foram feitos especialmente para ele. O produto super-democrático vai ser sempre o item de volume, mas os de nicho têm valor melhor e trazem um adicional às marcas”, completou. Para ele, segmentos como esse podem ser uma ótima opção para pequenos laticínios que conhecem a fundo seus consumidores.

Mediando o debate, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lembrou que o Brasil não tem costume de consumir o leite saborizado, mas que esse é um mercado importante a ser explorado.

Durante sua apresentação, Ramirez ainda mencionou a força que a comunicação digital ganhou no setor lácteo, incluindo projetos bem sucedidos de e-commerce. “Não é o futuro, é o presente. E com a pandemia, esse processo só se acelerou”, completou. A Tetra Pak está pesquisando o mercado e trazendo inovações constantes nas embalagens, incluindo estratégias e códigos que permitam interação das marcas com o consumidor. “É uma tendência que vai ficar para depois da pandemia”. Acompanhando a reunião híbrida direto da Casa da Indústria de Laticínios, o coordenador de vendas do Escritório regional de Porto Alegre da Tetra Pak, Rodrigo Carvalho, ressaltou a importância do momento. “É uma oportunidade de estar próximo e escutar as demandas dos laticínios, mostrar-se parceiro de todo esse processo produtivo”.

Competitividade - A necessidade de profissionalização dos tambos brasileiros e de que esse processo ganhe velocidade também foi tema do encontro, que contou com a presença do deputado federal Alceu Moreira. “O leite é uma cadeia interligada. Os dentes da roda só funcionam se um dente tocar no outro”, pontuou. Nesse processo, citou ele, os avanços tecnológicos têm papel essencial. “A conectividade entrou no campo para nunca mais sair”. Entre as inovações projetadas pelo parlamentar no setor produtivo estão mudanças na logística de grandes volumes, uma vez que o e-commerce deve alterar a relação entre os diferentes elos da cadeia produtiva. Inovação que também deve ganhar corpo no processo produtivo, ampliando a gama de produtos derivados do leite. “Na França, há centenas de tipos de queijos. No Brasil, temos 20. É preciso ir para o mercado destacando cor, textura e sabor e fomentar novos nichos de mercado. Não tem espaço para quem não é competitivo”.

O diretor-tesoureiro do Sindilat, Angelo Sartor, corroborou a posição do deputado, reforçando que o mercado já mudou. “Não tem mais espaço para atuar em um modelo standard como antigamente. Não é uma questão de opção”, alegou, lembrando que o valor pago pelo leite no Brasil é o mesmo da Europa, onde o poder de compra da população é muito maior. “É uma conta que não fecha”, justificou. Por outro lado, Sartor frisou que as projeções para quem se profissionalizar são otimistas. “É um segmento que só vai crescer”.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.