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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.935


Referência Leiteira: Competição tem 32 projetos inscritos nas seis categorias de cases

Com o total de 32 projetos protocolados, encerrou-se, na sexta-feira (30/06), a fase de inscrições para as categorias de cases no 2º Prêmio Referência Leiteira. Dentre as iniciativas, destacam-se os registros de sete projetos no grupo Protagonismo Feminino e outros sete para Inovação. Seis iniciativas foram inscritas para Gestão da Atividade Leiteira, mesmo número apurado na categoria de Sucessão Familiar. Sustentabilidade Ambiental teve cinco inscritos e a de Bem-estar Animal conta com um projeto formalizado.

“Essas categorias são pilares importantes para o desenvolvimento e aprimoramento do setor lácteo, abrangendo aspectos desde a produção, passando pela gestão e chegando ao impacto social e ambiental”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), entidade promotora da iniciativa que é realizada em conjunto com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

Neste ano, as inscrições foram divididas em dois ciclos, com 116 produtores inscritos na primeira fase e que competem pela distinção de Propriedade Referência em Produção de Leite. Somadas as duas etapas, o 2º Prêmio Referência Leiteira congrega o total de 148 produtores.

Os vencedores serão conhecidos durante a Expointer, que ocorrerá de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Eles receberão um troféu, certificado de reconhecimento e um notebook.

(Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


CONSULTA PÚBLICA: para estabelecer os requisitos mínimos de identidade e qualidade para produtos análogos de base vegetal

O Ministério da Agricultura e Pecuária - MAPA, acaba de publicar a Portaria nº 831/2023 que submete à Consulta Pública, pelo prazo de 75 dias, a proposta de Portaria para estabelecer os requisitos mínimos de identidade e qualidade para produtos análogos de base vegetal, a identidade visual e as regras de rotulagem para esses produtos.

A proposta de regularização torna obrigatório o registro de produtos no DIPOV, além de prever os requisitos de rotulagem, qualidade e identidade visual, os quais serão definidos em Manuais publicados pelo MAPA.

De acordo com o texto proposto, a denominação de venda dos produtos análogos de base vegetal deverá está no painel principal, iniciado com o termo "ANÁLOGO VEGETAL DE", seguida da denominação de venda do produto de origem animal regulamentado pelo MAPA (Ex: ANÁLOGO VEGETAL DE LEITE).  Clique aqui e acesse a minuta da Portaria. (Regoola)

Brasil cria 155 mil empregos com carteira assinada em maio, mostra Caged

Quinto resultado positivo consecutivo do mercado formal é fruto de 2.000.202 contratações e de 1.844.932 demissões

O Brasil abriu 155.270 novas vagas de trabalho com carteira assinada no mês de maio, mostram dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.

O quinto saldo positivo seguido do indicador é fruto de 2.000.202 admissões e de 1.844.932 desligamentos formais realizados ao longo do mês passado. 

Apesar de positivo, o resultado mantém a tendência de desaceleração originada em fevereiro, quando foram confirmadas 247.937 contratações formais. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023, o saldo do mercado de trabalho é de 865.360 novos empregos, com 9.968.329 admissões e 9.102.969 desligamentos.

O estoque, que representa a quantidade total de vínculos celetistas ativos no Brasil, totaliza 43.309.785 cargos CLT ocupados em território nacional. O número representa uma variação de +0,36% em relação ao apurado no mês de abril.

Já no acumulado dos 12 meses finalizados em maio, foram criadas 1.783.713 vagas formais de trabalho no Brasil. O aumento ocorre com 22.853.069 admissões e de 21.069.356 desligamentos no período. 

No mês, as contratações superaram as demissões em todas as cinco regiões brasileiras, com destaque para o Sudeste (+102.749 vagas). Na sequência aparecem o Nordeste (+14.683 postos), o Centro-Oeste (+14.473 cargos), o Norte (+12.624 colocações) e o Sul (+8.870 empregos). (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO). O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea. O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite. A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.934


Chile – Produtores de leite adotam a IA para o bem-estar animal

IA – A Inteligência Artificial (IA) está sendo usada pela pecuária chilena, especialmente na produção de leite, para ajudar no bem-estar animal. 

Com a tecnologia as vacas podem gerar uma quantidade maior de leite. Este é o caso da Agrícola Ancali, que já conta com um projeto para usá-la.

Enrique Bombal, veterinário e alto executivo da DeLaval (sócia do Consorcio Lechero), empresa de robôs de ordenha e outras soluções, trabalha no projeto e explica como se usa tal tecnologia nos campos.

O especialista detalha que estão realizando projetos em distintas áreas e relacionados, principalmente, ao monitoramento dos animais, onde a IA tem importância vital, usando sensores, dispositivos, digitalização e ferramentas de informática que são parte do dia a dia. Os mais conhecidos são os robôs de ordenha, que fazem este trabalho, em vez de humanos.

Bombal diz que a produção de leite utiliza sistemas robotizados para preparar o alimento dos animais, onde se misturam distintos ingredientes que são oferecidos às vacas (com o sistema de mapeamento de cochos). Existem alguns que, inclusive, são capazes de servir o alimento (empurrando-o) pois é comum as vacas espalharem a ração quando estão comendo.

Também existem novos robôs para a área de limpeza que higienizam o lugar onde os animais vivem. O ambiente dos animais e a relação entre eles é analisada com um outro sistema. As chamadas redes neurais, que analisam a estrutura do rebanho e seu comportamento.

Programa provado

O programa que está sendo implementado na Ancali, a maior produção de leite do mundo, está relacionado com as câmeras de monitoramento, que através da IA como a Machine learning, são capazes de usar algoritmos que identificam padrões. Por exemplo, podem reconhecer a interação humano-animal, ou seja, como as pessoas se aproximam deles e se gera medo, estresse ou algum tipo de dor. “Não são maus-tratos, mas sim os movimentos que podem ser bruscos e que a vaca percebe como agressivos. A ideia é não assustá-la”, ressalta o especialista.

Através deste sistema, pode-se avaliar a unidade produtora de leite. “É algo bastante interessante e novo. Fornece muitas informações e de maneira detalhada para tomar decisões na hora de estabelecer os manejos com os animais dentro da propriedade”, destaca Bombal. A Ancali, que possui 90 robôs, está no nível de outras produções de leite da Europa, Estados Unidos da América (EUA), ou Ásia.

O veterinário destaca que antes eles iam buscar tecnologias em outras partes do planeta, mas agora, estão vindo aqui para aprender. “Pesquisadores e engenheiros de distintas aplicações vêm ver como está funcionando uma produção de leite dessa magnitude, para levar esse conhecimento a sistemas produtivos de países desenvolvidos”, acrescentou.

Chile, pioneiro na região

Bombal conta que viajou a todos os países da região e a nível local existe um avanço em torno da adoção de software de gerenciamento de rebanho, com distintos parâmetros de administração. De fato, no manejo animal, nosso país foi o primeiro a adotar este tipo de tecnologia, para depois utilizar sensores em diversos lugares da propriedade, como na identificação animal, somado ao uso de acelerômetros, câmeras ou sistemas de radiofrequência.

“Somos pioneiros, e o uso desta tecnologia, que é apoiada por redes 4G ou 5G, nos permite contar com plataformas necessárias para trazer ferramentas variadas e robôs, e operar na vanguarda”, destaca. Acrescenta que os produtores nacionais estão incorporando rapidamente essas tecnologias e isto se reflete nos indicadores relacionados à inovação. O Chile é sempre reconhecido na região como um lugar ávido por mudanças no setor agrícola e leiteiro, e no manejo dos animais”, acrescentou o veterinário.  (Fonte: PortaLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Cepea divulga valores do leite captado em maio

O preço do leite captado em maio e pago em junho se estabeleceu em R$ 2,7289/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. É a primeira vez, desde dezembro/22, que o valor apresenta queda. 

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de maio/2022).

Em movimento atípico para o setor, o encerramento da tendência de alta em maio é resultado, em resumo, de três fatores: consumo enfraquecido, aumento da disponibilidade de leite e antecipação do movimento de alta dos preços – que vinham crescendo desde dez/22.

Do lado da oferta, o elevado volume de importações nos últimos meses tem colaborado para um maior abastecimento de leite no mercado interno. Por outro lado, da demanda, o consumo seguiu enfraquecido em maio, impactado pelo menor poder de compra da população frente aos preços elevados dos lácteos no varejo.

Nesse cenário, de acordo com pesquisas do MilkPoint Mercado, a indústria tem reduzido os seus preços de vendas nos últimos 2 meses – baixas que também refletiram no mercado spot e agora chegam no preço ao produtor.

A pesquisa do Cepea mostrou que, em maio, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira caiu 2,3% na “Média Brasil”, influenciado pela retração nos preços do concentrado. Com isso, a relação de troca tem estado mais favorável ao produtor, favorecendo a produção mesmo em época atípica.

Obs.: vale lembrar que a partir da divulgação dos dados de janeiro, o CEPEA passou a divulgar o resultado de preços com o nome referente ao mês que o leite foi captado. Dessa forma, a série anterior passa a ter ajuste de -1 mês na nomenclatura do mês. 

As informações são do Cepea, adaptadas pela equipe do MilkPoint.

Mapa, MDA e Conab anunciam retomada da política de formação de estoques públicos

Política é reativada após 6 anos de paralisação

Com a compra de 500 mil toneladas de milho dos produtores rurais por meio do mecanismo de Aquisições do Governo Federal (AGF), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou nesta quinta-feira (29) a retomada dos estoques públicos. O anúncio foi feito pelos ministros das Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e pelo presidente da Companhia, Edegar Pretto.

“A Conab está voltando a fazer estoques públicos. Vamos incentivar os agricultores a plantar e vamos garantir preço mínimo para a produção. Temos uma previsão de safra recorde de milho, mas os preços estão caindo. Então, iniciaremos a compra pelo milho. Com essa ação da Conab, combatemos a inflação dos alimentos visando levar comida à mesa de todos os brasileiros e brasileiras”, disse o presidente da Conab.

As AGFs são previstas na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e têm o objetivo de apoiar produtores rurais, agricultores familiares e suas cooperativas por meio da aquisição de produtos quando o preço de mercado se apresenta inferior ao preço mínimo estabelecido para a safra vigente. A aquisição depende do repasse, pelo Tesouro Nacional, dos recursos necessários à operacionalização das aquisições. A medida foi autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O ministro Fávaro ressaltou a importância da união dos ministérios para o fortalecimento da Conab. “A união de dois ministérios, Mapa e MDA, juntos para fortalecer e reconstruir a Companhia que tem um papel fundamental nas políticas públicas deste país. Não existe Ministério da Agricultura e política pública sem uma empresa de apoio à comercialização. Tem que existir o fortalecimento de amparo à política agrícola. Trata-se de estratégia de garantia de segurança nacional e estabilidade alimentar”, ressaltou.

Estoques autorizados pelo MAPA

Estão autorizados a vender milho para o Governo Federal os produtores de Goiás, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Tocantins. De acordo com o Manual de Operação da Companhia, o limite de venda por produtor varia de acordo com o estado. Em Mato Grosso, cada agricultor poderá vender até 30 mil sacas para a estatal. Já em Mato Grosso do Sul e Goiás, o limite é de 10 mil sacas, enquanto que nos demais estados da federação a aquisição está limitada a cerca de 3,3 mil sacas. A compra só será finalizada pela Conab se o produto atender aos padrões exigidos. O cereal adquirido poderá ser estocado em armazéns próprios da Companhia ou em unidade armazenadora credenciada pela estatal.

A compra foi autorizada pelo Mapa motivada pela queda no preço do milho no mercado interno. A previsão de produção recorde no Brasil na segunda safra, aliada a uma valorização do real frente ao dólar, entre outros fatores, reforçam cenário de desvalorização das cotações do grão, especialmente, no segundo semestre deste ano, momento no qual haverá uma intensa entrada de oferta do produto no mercado mundial com as colheitas nos EUA, Europa e Brasil.

Os interessados em vender o milho para a Companhia devem estar cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais (Sican) e procurar a regional da Conab em seu estado para orientação sobre o preenchimento dos formulários exigidos para a operação, bem como a apresentação de documentos adicionais que se fizerem necessários.

*Com informações da Conab


Jogo Rápido

Estado terá tempo seco e temperaturas em elevação nos próximos dias
Os próximos sete dias deverão apresentar pouca chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 26/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (30/06), a nebulosidade aumenta, as temperaturas permanecerão baixas em todo o Estado, e poderão ocorrer chuvas fracas e isoladas nos setores Norte e Nordeste. No sábado (01/07) e domingo (02/07), o tempo seco, com temperaturas amenas, predominará na maioria das regiões. Somente no Litoral poderão ocorrer chuvas fracas e isoladas. Entre segunda (03/07) e quarta-feira (05/07), o tempo permanecerá firme, e o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com máximas próximas de 30 °C em algumas regiões. Os volumes previstos são baixos e deverão ser inferiores a 5 mm na maior parte do Estado. Na Zona Sul, os totais esperados poderão alcançar 10 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 29 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.933


Governo sinaliza liberação de R$ 10,8 milhões do Fundoleite
 
O governo do Estado sinalizou a liberação de recursos do Fundoleite para oito projetos no valor total de R$ 10,8 milhões. O anúncio foi formalizado pelo secretário adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Márcio Madalena, durante reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (29/06). Madalena garantiu que, no início da semana que vem, deve ser publicada resolução da Secretaria da Agricultura com ajustes pontuais no regramento no Fundoleite solicitados pela Cage, entre eles uma revisão no tempo de utilização das contribuições. Na sequência, um checklist de documentação será solicitado as sete empresas beneficiadas nesta primeira leva de aprovações: Lactalis (1 projeto), Friolack (1 projeto), CCGL (1 projeto), Santa Clara (1 projeto), Stefanello (1 projeto), Piá (2 projetos) e Italac (1 projeto). Em seguida, pontuou Madalena, os valores serão incluídos na previsão orçamentária do governo, o que, estima ele, resulte em liberação dos recursos ainda em 2023.

                     
                    Crédito: Carolina Jardine

O anúncio marca o destravamento de verbas do fundo represadas há quase uma década e que acumula atualmente mais de R$ 30 milhões. A expectativa é que a liberação de novos projetos, entre eles o aporte para custeio dos levantamentos realizados pelo Conseleite, venha após a efetivação destes primeiros oito.

O tema foi levado à pauta pelo deputado Elton Weber e recebeu atenção dos demais parlamentares da Comissão de Agricultura. Presente ao encontro, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, comemorou o anúncio parcial. “O Fundoleite será o grande diferencial dos lácteos do RS e trará um ganho consistente à divulgação da produção gaúcha, beneficiando a todos os agentes do setor. Acredito que as empresas conseguirão avançar em seus projetos, que devem seguir a lógica do que vimos com o Mais Leite Saudável. Mas esta é uma política que precisa ter continuidade”, alertou, lembrando que há mais de dez outros projetos esperando na fila do Fundoleite.

Weber ponderou que a sinalização do governo é um avanço consistente para que o setor enfrente o momento difícil de alta competitividade e baixa rentabilidade. Ele garantiu que a Comissão de Agricultura seguirá acompanhando o assunto para garantir a efetiva liberação dos recursos. Manifestação que ganhou eco na fala do deputado Zé Nunes, ao lembrar que o Fundoleite, assim como outros fundos setoriais, é composto por verbas privadas. “São recursos que estão no caixa único, mas são privados”.

Entre as demandas do setor ainda pendentes em negociação com o governo estão a suspensão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) e um limite claro para as importações de lácteos pelo Brasil. “A Frente Parlamentar e as entidades já remeteram ao governo documentação pedindo ações para inibir a entrada de leite no país. Não toda, mas o exagero. Esse descompasso tem prejudicado demais”, acrescentou Weber. 

Apesar da lei estadual em vigor (lei 14689/18 fevereiro 2015) de autoria do deputado Lucas Redecker, as importações de lácteos não estão pagando a contribuição prevista ao Fundesa, o que aumenta ainda mais a disparidade entre o produto nacional e o importado. A sugestão foi incluída na pauta da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. (Assessoria de Imprensa SINDILAT/RS)

                   
                   Crédito: Carolina Jardine


Sindilat/RS promove doação de leite em ação destinada a instituições carentes de Porto Alegre

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), promoveu, nesta quarta-feira (28/6), a doação de produtos lácteos para duas instituições de Porto Alegre (RS). A ação, realizada em parceria com o produtor Marcos Kroeff, visa auxiliar no estoque de leite e alimentos para crianças em situações de vulnerabilidade. Foram doados, também, cobertores e alimentos para famílias afetadas pelo ciclone que recentemente atingiu o Estado.

As duas instituições beneficiadas ficam localizadas nos bairros Chapéu do Sol e Lomba do Pinheiro, na zona leste da capital. A primeira, que reúne cerca de 150 crianças participantes do projeto Valentes de Davi, recebeu cerca de 225 litros de leite, providos pelo Sindilat/RS. O  Centro de Promoção da Criança e do Adolescente (CPCA) da Lomba do Pinheiro, que atende 750 crianças e adolescentes diariamente, também recebeu doações provenientes da parceria. 

Kroeff ressalta a importância da participação do Sindilat/RS na realização de iniciativas que beneficiem a comunidade. "Já fizemos várias ações e o Sindilat sempre esteve junto conosco para ajudar quem precisa", complementa o produtor. Secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, afirma que a entidade está sempre comprometida em proporcionar para aqueles que necessitam um produto tão essencial quanto o leite. (Assessoria de Imprensa SINDILAT/RS)

Setor de cooperativas está otimista com o futuro

Depois de bater recordes no faturamento o sistema anuncia que, neste ano, será difícil  cumprir as metas embora a projeção para os próximos cinco anos seja alcançar 150 bi

Embora o cooperativismo gaúcho tenha registrado um crescimento recorde no faturamento que chegou a R$ 81,9 bilhões em 2022 e a projeção do segmento para os próximos cinco anos seja de alcançar R$ 150 bilhões, neste ano, especialmente, as cooperativas não vão conseguir atingir suas metas.

A informação é do presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartman, que falou no Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (28). Darci Hartman lançou também a publicação “Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2023” (um balanço do setor).

 O dirigente atribui as dificuldades enfrentadas por muitas cooperativas às altas taxa de juros que representam um permanente desafio e também à seca. “Dificilmente 2023 repetirá os números do ano anterior, será um ano de transição. As cooperativas precisam de ambiente e custos estáveis para prosperar”, afirmou ao acrescentar que acredita na recuperação das cooperativas.

O Sistema Ocergs reúne 371 cooperativas com destaque para os ramos do agronegócio, saúde, crédito e infraestrutura. Conta com 3,5 milhões de associados e gerou 76,5 mil empregos em 2022. A pesquisa apresentada demonstra ainda que as cooperativas gaúchas registraram crescimento de 19,2% nas sobras apuradas, atingindo o valor de R$ 4,3 bilhões.  

Segundo Darci Hartman o sistema gaúcho superou as expectativas e, com resultados positivos, comprovou que a chave do sucesso está na colaboração e na construção conjunta. “O cooperativismo tende a seguir em ascensão, já que as crises fazem com que mais pessoas se aproximem de soluções coletivas”. Argumentou ainda que a sustentabilidade econômica das cooperativas é o grande desafio da gestão e que a sanidade é responsável pelo crescimento do setor. Darci Hartman atribuiu o sucesso do cooperativismo gaúcho à afinidade cultural existente.  

Outra informação destacada pelo dirigente é a previsão de investimento de R$ 300 milhões em capacitação nos próximos cinco anos.   

O Tá na Mesa foi conduzido pelo presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, e contou com a participação, no debate, do secretário de Agricultura do Estado, Giovani Feltes e do vice-presidente de Integração da FEDERASUL, Rafael Goelzer.

Rodrigo Sousa Costa destacou, em sua manifestação, a semelhança entre o cooperativismo e o associativismo praticado pela entidade. “Trabalhamos em busca de oportunidades que façam com que o Rio Grande do Sul seja um Estado acolhedor para os que estão dispostos a investir e ver nossa economia prosperar”, finalizou. (FEDERASUL)


Jogo Rápido

ÚLTIMO PRAZO: Inscrições para a etapa final do 2º Prêmio Referência Leiteira encerram-se nesta sexta-feira
As inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira se encerram, nesta sexta-feira, dia 30 de junho. O mérito tem como objetivo reconhecer o trabalho realizado por produtores que estão vinculados à indústria de laticínios do Rio Grande do Sul. Para participar, é necessário enviar o material de apresentação por e-mail para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br. Os cases serão reconhecidos em seis categorias, sendo elas Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Os vencedores receberão um troféu, certificado e um notebook. A revelação dos resultados e a entrega dos prêmios acontecerão durante a Expointer que, neste ano, ocorre de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A iniciativa é promovida pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do Sindilat. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.932


População brasileira chega a 203,1 milhões de pessoas e fica abaixo das projeções iniciais

IBGE estimava que número seria de 207,8 milhões de habitantes; taxa de crescimento anual da população do país foi de 0,52%, a menor desde o primeiro levantamento, feito em 1872

A população do Brasil chegou a 203,1 milhões de pessoas em 2022, de acordo com o Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 28. O número representa um aumento de 6,5% em relação a 2010, quando foi realizado o levantamento anterior. Ainda assim, a quantidade ficou abaixo do que o projetado pela própria instituição. No final de 2022, o IBGE estimava que o Brasil tinha 207,8 milhões de habitantes, enquanto o Censo ainda era realizado. No período de doze anos, houve um acréscimo de 12,3 milhões de pessoas. Os dados também revelam que, de 2010 a 2022, a taxa de crescimento anual da população do país foi de 0,52%, a menor desde o primeiro Censo realizado no Brasil, em 1872, há 150 anos.

“Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte. A região que concentra o maior quantitativo de pessoas é o Sudeste, com 84,8 milhões de habitantes, o que representa 41,8% da população do país. Os três Estados brasileiros mais populosos – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – concentram 39,9% da população brasileira. Já o Centro-Oeste é a região menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, ou 8,0% da população do país. O Censo também levantou que o número de domicílios do país cresceu 34% frente a 2010, totalizando 90,7 milhões.
São Paulo concentra o maior número de domicílios, com 4,9 milhões,  crescimento de 27% em relação a 2010. No país, a média de moradores por domicílio é de 2,79, queda em relação a 2010 (3,31).

De acordo com o demógrafo do IBGE Márcio Minamiguchi, o aumento no número de domicílios é explicado por uma mudança nas estruturas das famílias do país, que, menores, passaram a ocupar uma quantidade maior de lares. “Com o envelhecimento da população, que é ligado a uma taxa menor de fecundidade, é natural que se diminua o número de moradores por domicílio. No passado havia uma quantidade maior de famílias constituídas de um casal com filhos e normalmente eram muitos filhos. Hoje em dia, houve queda nesse tipo de arranjo familiar, com aumento de participação de outros arranjos, como casal sem filhos, mãe solo e unipessoais. Quando há casais com filhos, a quantidade é menor, em geral um ou dois. Ou seja, houve um aumento no número de arranjos com menos pessoas”, esclarece. (Por Jovem Pan 28/06/2023 10h24 - Atualizado em 28/06/2023 10h39)


 

Conseleite/MG divulga projeção do valor de referência para o leite entregue em junho
 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de Junho de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 
1. os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2023 a ser pago em Maio/2023 
2. os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2023 a ser pago em Junho/2023
3. os valores de referência do leite base, maior, médio e menor de referência para o produto entregue em Maio/2023 a ser pago em Junho/2023 e valores de referência projetados do leite base , maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2023 a ser pago em Julho/2023. 
 
 
Períodos de apuração:
 
Mês de Abril/2023: De 01/04/2023 a 30/04/2023
Mês de Maio/2023: De 01/05/2023 a 31/05/2023
Parcial de Junho/2023: De 01/06/2023 a 20/06/2023  
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.  
 
As informações são do Conseleite/MG.
 
 
Boletim Copaaergs lista recomendações para lidar com El Niño no próximo trimestre
 
Em julho, agosto e setembro, o Rio Grande do Sul deve experimentar a intensificação do fenômeno El Niño, atingindo um ponto mais forte no final do trimestre. Essa intensificação resultará em impacto direto no aumento da precipitação pluvial sobre todo o Estado, com volumes de chuva acima da média em todas as regiões.
 
É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
 
Em relação às temperaturas do ar, a tendência para o trimestre indica que as temperaturas fiquem acima da média na Metade Norte enquanto que, na Metade Sul, fiquem próximas ou ligeiramente acima da média.
 
O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 15 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.
 
Forrageiras e Conforto Animal
 
Tendo em vista o baixo crescimento das pastagens naturais no período de inverno, e com o prognóstico de chuvas acima da média para o próximo trimestre, com menor aporte de radiação solar, o crescimento vegetativo das pastagens continua sendo limitado, por isso recomenda-se manter carga animal baixa ou moderada;
 
Fornecer suplemento aos animais (ex. feno, silagem, ração) mantidos em pastagem natural com baixa disponibilidade de forragem;
 
Realizar o manejo indicado para as forrageiras de inverno/primavera, anuais ou perenes, como aplicação de adubação nitrogenada em cobertura e ajuste de carga animal à disponibilidade de forragem;
 
Reduzir a carga animal na pastagem após a ocorrência de grande volume de chuva, de forma a evitar danos à pastagem pelo excesso de pisoteio;
 
Atentar para as instalações e o entorno para evitar formação de muito barro o que ocasiona problemas de casco, especialmente em vacas de leite;
 
Embora o período seja caracterizado por temperaturas baixas (inverno), o produtor deve ficar atento, devido ao prognóstico de temperaturas acima da média climatológica, principalmente no mês de setembro que normalmente já apresenta temperaturas mais elevadas, que podem acarretar estresse térmico aos animais, principalmente para vacas de alta produção de leite;
A forma mais eficiente de se combater o estresse térmico é estabelecer um sistema de manejo e de ambiente integrados, com o objetivo de manter a temperatura corporal do animal próxima do normal (38°C a 39°C) a maior parte do dia. Para adequação do ambiente pode-se utilizar: incremento da movimentação do ar, umedecimento da superfície do animal, resfriamento evaporativo do ar (sistemas como ventilador, aspersor e painel evaporativo) para os animais em confinamento e o uso de sombras e água de qualidade disponível para minimizar os efeitos da radiação solar direta, em dias quentes, e abrigar de ventos e temperaturas baixas, para os animais criados a pasto. (Boletim Copaaergs - Jul/Ago/Set 2023 via SEAPI, adaptado pelo SINDILAT)

Jogo Rápido

O retorno da chuva e os impactos na produção leiteira no RS | Rádio Portal da Tradição
O retorno da chuva ao Rio Grande do Sul trouxe impactos positivos para a produção de pastagens e, consequentemente, para a produção leiteira no estado.  Para trazer informações sobre a produção de leite no RS e os preços ao consumidor, o programa Tradição Rural recebe o Secretário Executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Clique aqui e assista. (Rádio Portal da Tradição)


 
 
 

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Porto Alegre, 27 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.931


Importações de lácteos preocupa produtores

O setor lácteo, um dos mais importantes para o agronegócio gaúcho, amarga neste ano uma série de dificuldades: importação desenfreada de leite do Uruguai e da Argentina, tirando competitividade da indústria e renda dos produtores, estiagem, crise de cooperativas, falta de políticas para enfrentamento da guerra fiscal, abandono da atividade por parte de muitos produtores, apenas para citar alguns exemplos.

O primeiro semestre foi catastrófico e a tendência para o segundo não é muito animadora. "Diria que foi um semestre bem complicado, tivemos um início até bastante promissor, mas sempre com muitas preocupações. E o que a gente vislumbra é um segundo semestre também de muitas dificuldades", afirma o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini.

Frente à atual conjuntura, o dirigente destaca a importância da liberação, com urgência, de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite), destinado a custear e financiar as ações,  projetos e programas de desenvolvimento da cadeia produtiva do leite bovino e dos seus produtos lácteos.

A verba viria a calhar justamente para o enfrentamento da questão da competitividade e também como defesa do produto lácteo perante as importações da Argentina do Uruguai, que tem entrado no País com preços muito competitivos frente aos praticados internamente.

Conforme dados do setor referentes ao mês de junho deste ano, levantados pelo Sindilat, apesar de todas as adversidades, de 2004 a 2021, a produção de leite no Estado cresceu 86,02%, passando de 2,36 bilhões de litros ao ano para 4,39 bilhões de litros ao ano, o que representa 12,26% da produção nacional. O Rio Grande do Sul conta com 39,3 mil produtores de leite, 864,6 mil vacas ordenhadas, sendo o terceiro maior produtor de leite do País.

São 241 indústrias de laticínios com inspeção (SIF, CisPoa e SIM) e 93,76% dos municípios com produção leiteira. Diante da crise no setor, a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater e do Sindilat. Atualmente, restam 39,3 mil agricultores em atividade no Estado. Mesmo frente às dificuldades, o Rio Grande do Sul segue em terceiro lugar no ranking dos maiores produtores de leite do País, perdendo apenas para Minas Gerais e Paraná.

Palharini ressalta que o Estado está consolidado em terceiro lugar, mas já foi o segundo, perdendo apenas para os mineiros. "Isso se deve à falta de políticas de enfrentamento da guerra fiscal, passa por uma questão realmente de perda de mercado e que nós estamos tentando recuperar".E, se para os produtores e indústria não está sendo fácil, para os consumidores menos ainda. O preço do leite chega a níveis impraticáveis pelo fato de uma mudança de patamar pós pandemia, em função da alta dos custos. 

"Vivemos numa alta dos preços da soja e dos farelos de soja e milho, aumento dos combustíveis. Hoje, a gente diria que o preço ao consumidor do leite está sempre por volta de R$ 5,00. Antes da pandemia era na faixa de, no máximo, R$ 3,00, o que obviamente, acaba impactando no consumo, já que a população não teve aumento de renda nessa mesma proporção", afirma Palharini.

O dirigente diz que a palavra inundação é a mais empregada por especialistas do setor lácteo gaúcho para caracterizar as importações brasileiras de leite, creme de leite e laticínios (exceto manteiga e queijo) da Argentina e do Uruguai. O volume é considerado gigantesco e já afeta a renda de produtores e a competitividade da indústria. Por consequência da alta disponibilidade desses produtos no mercado interno, estão ocorrendo expressivas quedas nos preços pagos pelo leite aos produtores, em um momento de entressafra que sempre teve um cenário favorável e de aumento dos preços pagos ao produtor.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgou dados que apontam que, em relação a junho do ano passado, as importações brasileiras de leite e derivados 
tiveram aumento de 286,4% em valores negociados, chegando a US$ 263,2 milhões, e de 230,6% em volume de leite importado, atingindo 69,9 mil toneladas. O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado que mais importou, chegando a US$ 34,1 milhões, com variação de 230,7% sobre o período de janeiro a abril de 2022. 

O presidente na Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Carlos Joel da Silva, diz que muitos produtores de leite estão abandonando a atividade por três motivos: pouca renda, custo alto e preço baixo que deixa o produtor sem renda. "Além de ser um trabalho penoso, 365 dias por ano", acrescenta o dirigente. A Emater faz levantamento anual do número dos produtores em atividade no Estado e é preocupante a redução desse número: em 2016, eram mais de 80 mil produtores no Estado e, em 2022, em torno de 40 mil, o que representa uma queda de 50%.

E o cenário é ainda mais desanimador: se o primeiro semestre do ano foi muito ruim para o produtor, o segundo promete novos resultados desfavoráveis, pois mesmo em tempo de entressafra, quando os valores do leite ao produtor deveriam estar aquecidos, a realidade é outra. 

"Estamos num momento em que deveriam estar subindo os preços, mas, na verdade, estão caindo. Estamos na contramão, e isso preocupa muito porque os custos estão muito altos, junto com isso as importações aumentaram quatro vezes nesses primeiros meses do ano. Tudo isso vai agravar a crise dos produtores e muitos vão acabar saindo da cadeia do leite", completa Silva. (Jornal da manhã)


Conseleite Paraná 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de Junho de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Maio de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2023 é de R$ 4,6200/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o  cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores  de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O  simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite Paraná)

Por que devemos olhar o leite como um ambiente de negócios?

Variáveis internas e externas que impactam as mais diversas áreas de um segmento: assim pode ser definido um ambiente de negócios. Características de mercado, fatores sazonais, economia do país em que está inserido e várias outras incertezas englobam a dinâmica que compõem um mercado.

O ambiente de negócios vai ajudar a determinar a competitividade da cadeia láctea numa região e, portanto, o seu crescimento futuro.

Na produção de leite, ele vai desde a rede de serviços de atendimento e venda de insumos aos produtores de leite, passando pela infraestrutura de energia e a rede de indústrias compradoras de leite na região; as atividades concorrentes ao leite na região (soja, milho, boi, cana, laranja etc.) e a competitividade do leite frente a elas também faz parte do ambiente de negócios.

Na indústria, a qualidade das estradas para coleta de leite também influencia o seu desempenho e custos, bem como a qualidade do fornecimento de energia elétrica. Também para exemplificar, a questão tributária e a distância para os mercados finais ajudam a explicar o desempenho regional da cadeia láctea.

É sob essa perspectiva de análise e planejamento que Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures falará no primeiro dia de Interleite Brasil. Sua palestra, que terá como tema “Por que é importante olharmos para o ambiente de negócios no leite?”, trará uma abordagem ampla de possíveis caminhos para melhorar o ambiente de negócios na atividade leiteira. 

Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO). 

Para realizar a inscrição no Fórum Milkpoint Mercado com desconto, clique aqui.

Para realizar a inscrição com desconto no Interleite Brasil 2023, clique aqui

As informações são do SINDILAT/RS e do Milkpoint


Jogo Rápido

Anúncio Plano Safra 2023/2024 com foco na sustentabilidade
Foi lançado nesta terça-feira (27), às 10h, em Brasília (DF), o plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. Os recursos da ordem de R$ 364,22 bilhões vão apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. Os recursos são destinados para o crédito rural para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais. O valor reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões para Pronamp e demais produtores). O Plano Safra 2023/2024 incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis. Do total de recursos disponibilizados para a agricultura empresarial, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos (+28%). Os recursos de R$ 186,4 bilhões (+31,2%) serão com taxas controladas, dos quais: R$ 84,9 bilhões (+38,2%) com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões (+26,1%) com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões (+22,5%) serão destinados a taxas livres.   As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp e de 12% a.a. para os demais produtores. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% a.a. e 12,5% a.a., de acordo com o programa. Confira o detalhamento do Plano Safra clicando aqui e assista no canal do Mapa no Youtube, clicando aqui. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.929


Brasil precisa ganhar competitividade para abrir mercados para lácteos

O Brasil está distante da eficiência competitiva necessária para turbinar suas exportações de lácteos, mas pode caminhar para esse novo patamar. A posição foi enfatizada pelo diretor-secretário do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Caio Cézar Fernandez Vianna, durante sua participação no segundo episódio do programa Leite Futuro, podcast do MilkPoint que foi ao ar em 14 de junho. “Não acredito que em algum momento o Brasil não possa se posicionar como exportador de lácteos, mas a distância entre a média geral de eficiência é muito distante da média dos grandes produtores. Temos que pensar em como encurtar essa distância para nos tornarmos mais eficientes e ocupar o lugar de exportador assim como outras áreas que o agro brasileiro ocupa”, frisou.

O episódio tratou da competitividade internacional do leite brasileiro e levantou questões sobre eficiência e competitividade no setor. “Já fomos importadores de milho há não muito tempo, já tivemos grandes quantidades de carne bovina importada, e hoje somos um dos grandes players de exportação”, comentou Vianna acerca do histórico desenvolvimento do Brasil no mercado externo. Apresentando o programa, o fundador e CEO da AgriPoint Consultoria, Marcelo Pereira de Carvalho, reforçou que é essencial que o setor não se limite a deixar os problemas para serem resolvidos pelo governo. “É importante que o governo participe, que trabalhe no ambiente regulatório e consiga, de fato, ajudar no que for possível. Mas há muitos aspectos que cabem ao setor ter uma posição ativa e resolver”, salientou.

 O novo podcast agro do setor lácteo vem tendo boa receptividade. Em uma cadeia complexa com entraves ainda pendentes, como a do leite, exemplifica Carvalho, é relevante proporcionar um momento de troca de ideias. “É muito importante que haja este espaço de discussão para analisar estes problemas e levantar suas possíveis soluções”.

O episódio “Leite Futuro: Quando o Brasil será exportador de lácteos?” está disponível gratuitamente no canal oficial do Youtube do MilkPoint. Acesse clicando aqui. (Assessoria de imprensa SINDILAT com informações do milkpoint)


Clenio Pillon assume Diretoria de Governança e Gestão da Embrapa

O doutor em Ciência do Solo Clenio Pillon é o novo Diretor-Executivo de Pesquisa e Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Servidor de carreira na instituição, ele também estará à frente da Diretoria de Governança e Gestão.No início do ano, através de ofício, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) manifestou apoio à indicação de Pillon para a função. “Conhecemos e admiramos o seu trabalho no desenvolvimento do setor agropecuário e seu empenho também no setor lácteo gaúcho. Por isso, endossamos essa indicação que se concretizou nesta semana”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do sindicato.

Pillon destaca que o Sindilat é um parceiro da Embrapa e que seu trabalho à frente da Diretoria estará voltado também ao incentivo dos projetos para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do leite. “Nesses últimos anos, em parceria com o setor produtivo e a indústria, viemos construindo uma série de soluções pautadas pelas questões de maior competitividade, sustentabilidade e na produção de leite com qualidade ao consumidor”, aponta.

O diretor acrescenta que a pretende ampliar as pesquisas na Embrapa e toda a agenda de desenvolvimento e inovação, além das ações de cooperação em parceria com o setor produtivo. “Estamos muito imbuídos na missão de contribuir com o país na questão da segurança e soberania alimentar e o leite é um alimento fundamental neste processo”, assinala.

Pillon é agrônomo, foi professor universitário, chefe-geral da Embrapa Clima Temperado de Pelotas (RS), entre 2011 e 2019, e chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, entre 2007 e 2011. Natural de Santa Maria (RS), é filho de agricultores e ingressou como pesquisador em 1999 na Embrapa Suínos e Aves. (Assessoria de imprensa SINDILAT com informações da Embrapa)

Conseleite SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Junho de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

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O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


Jogo Rápido

Dias frios e chuvosos previstos para a próxima semana
Na próxima semana, os dias permanecerão frios, com umidade e chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 25/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre sexta (23/6) e domingo (25/6), o tempo seco, com temperaturas amenas vai predominar em todo o Estado. Na segunda (26/6), o tempo permanecerá firme na maioria das regiões;  na Campanha e Zona Sul, a aproximação de uma frente fria vai provocar pancadas de chuva. Na terça (27/6) e quarta-feira (28/6), a propagação da frente fria vai provocar chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. Os totais de chuva esperados deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das regiões. Na Zona Sul, Fronteira Oeste, Alto Uruguai e no Planalto, os valores previstos deverão variar entre 40 e 60 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 
 
 

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Porto Alegre, 22 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.928


 

RS terá centro de inteligência voltado à inovação no agro

O projeto de criar um hub de inovação voltado ao agronegócio no Rio Grande do Sul, tendo o parque da Expointer como casa, avança para deixar o plano da ideia e virar realidade. E começa com a apresentação de um centro de inteligência do agro, criado pelo governo do Estado em parceria com secretarias e demais atores, na sexta-feira. O lançamento oficial deve ser na Expointer, em agosto.

Secretária de Inovação do RS, Simone Stülp detalha os aspectos que levaram à formação do projeto. O principal incentivo vem da própria relevância do setor para a economia gaúcha, e se soma a um ecossistema de tecnologia com atuação ativa e efervescente no Estado. Além da presença de universidades de excelência, dos parques tecnológicos, dos talentos e de empresas do setor que já incorporaram os processos de inovação em suas companhias.

Com a união dos esforços, o objetivo é que o agro ganhe competitividade e avance nas áreas onde pode ampliar.

- A ideia é aproveitar toda a expertise e a trajetória já existente para avançar ainda mais. Fazer, efetivamente, a geração de valor pela incorporação da tecnologia nos processos - diz a secretária.

O projeto começa com um grande levantamento de dados que aponta os segmentos em que há espaço para incrementar ações e em quais pontos da cadeia é importante focar as iniciativas de desenvolvimento. O mapeamento conta com esforços de várias frentes. A apresentação na sexta-feira, na Tecnopuc, às 9h30min, será aberta para quem quiser contribuir com ideias.

A secretária reforça que a criação do centro concentra iniciativas que vêm sendo desenvolvidas há muito tempo no Estado, como o programa estadual Inova RS e a Rede de Inovação no Agronegócio. Além disso, parte importante das contribuições vem do Interior. O Rio Grande do Sul é um dos poucos Estados que possui centros de excelência em todas as suas regiões.

- Cada uma das oito regiões trabalhadas dentro do Inova RS delineou sua visão de futuro e as suas áreas de vocação. Seis delas têm como área o setor agroalimentar. Ou seja, é o potencial de crescimento e desenvolvimento do nosso Estado - diz Simone. (Zero Hora)



Produtores do Elite a Pasto superam estiagem e aumentam produtividadeDiante de um período de estiagem entre os meses de novembro de 2022 a março de 2023 que afetou a produção agropecuária no Estado, os produtores participantes do Projeto Elite a Pasto, em Serafina Corrêa, conseguiram manter o ritmo de melhoria da produtividade leiteira em suas propriedades, mesmo com o desafio da escassez de chuvas. 

Um exemplo é a propriedade de Nelson Pavoni e família, uma Unidade de Referência do Projeto Elite a Pasto, que destaca os bons resultados alcançados durante esse período do último verão. Nos meses mais difíceis da estiagem e calor, entre dezembro e fevereiro, a propriedade obteve médias de produção na faixa de 30 litros/vaca/dia com suas vacas holandesas. A Granja Perin, outra unidade de referência, registrou média entre 21 e 25 litros/vaca/dia com vacas Jersey. Em ambos os casos, essas produtividades foram alcançadas em um sistema de alto consumo de pasto e moderada suplementação volumosa ou concentrada, mesmo com a falta de chuvas no período.

Conforme os registros de dados mensais das propriedades realizados no projeto, essas produtividades leiteiras, com esses níveis de suplementação, geralmente só eram alcançadas nessas propriedades no inverno, com a disponibilidade de pastagens hibernais, de maior qualidade, e uma condição climática mais favorável para os animais em temperatura e umidade.

O produtor Gilson Perin relata que o segredo está na utilização de pastagem perene, no manejo da altura de pasto e na suplementação ajustada no momento adequado. Gilson ainda afirma que "nem tudo são flores, mas em um período de 20 dias sem chuvas, por exemplo, se perde um ou dois ciclos de pastejo devido ao atraso do pasto". No entanto, assim que chove, o pasto se recupera e a produção volta ao normal. "Diferente de uma lavoura de milho para silagem, por exemplo, onde uma estiagem de 20 dias pode comprometer a disponibilidade de volumoso para o ano todo", reforça. 

O engenheiro agrônomo Leandro Ebert, da Emater/RS-Ascar, explica que esses resultados foram alcançados graças à adoção de tecnologias como o Rotatínuo, que dentre outros benefícios aumenta a capacidade de rebrote e resiliência do pasto frente a adversidades, além da adubação de sistemas, o uso de bioinsumos e a intensificação da produção de silagens de inverno. Essas práticas adotadas permitiram uma melhor utilização dos recursos forrageiros e uma maior disponibilidade de forragem nas propriedades para enfrentar a estiagem.

No entanto, o que impulsionou ainda o avanço na produtividade, explica Ebert, foi o emprego das técnicas para elevar o consumo de pasto pelos animais, com o Rotatínuo, associadas ao balanceamento das dietas dos rebanhos, utilizando-se de métodos avançados e atualizados para exprimir o ótimo potencial de produção dos rebanhos com esse alto consumo de pasto. A partir dessa experiência, Nelson Pavoni ressalta que "mesmo quando você está bem, não pode se acomodar, porque sempre tem espaço para melhorar". (Emater)


Jogo Rápido

Impactos das importações de leite em pó
Leite em pó - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras entidades do setor produtivo participaram, na segunda-feira (19), de reunião com a deputada Ana Paula Leão e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para discutir a importação de leite no país. O crescente e expressivo aumento da importação de leite em pó em 2023 tem preocupado o setor lácteo brasileiro, principalmente em razão dos impactos na competividade do pequeno e médio produtor de leite. Segundo o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura Leite da CNA e presidente da Comissão Técnica da Pecuária de Leite do Sistema Faemg, Jônadan Ma, foram apresentados no encontro os gargalos da produção nacional de leite diante da importação de lácteos, que muitas vezes são subsidiados em seus países de origem. As importações estão em excesso, batendo recordes, prejudicando a produção nacional. Conseguimos uma resposta muito positiva por parte do ministro para que, junto com outros ministérios (MDIC e MAPA), possamos adotar medidas para melhorar a situação do produtor de leite brasileiro”, disse Jônadan. As importações brasileiras de lácteos de janeiro a maio de 2023 tiveram acréscimo de 212% de janeiro a maio deste ano em relação aos primeiros cinco meses de 2022. Neste ano, o Brasil já importou 850 milhões de litros de leite, volume que, no ano passado, foi atingido só em setembro. Participaram da reunião o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, e o assessor técnico da entidade, Guilherme Dias. (SISTEMA FAEMG)


 
 
 

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Porto Alegre, 16 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.924


Governo sinaliza ajuste no FAF para embalagens acartonadas

O governo do Estado deve excluir as embalagens acartonadas da base de redução tributária do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). A sinalização veio nesta quinta-feira (15/6) em reunião realizada com lideranças do setor de proteína animal em Porto Alegre (RS) e atende a pedido que vem sendo feito há meses pelo setor lácteo. Com isso, evita-se uma penalização tributária do setor já que o Estado não dispõe de empresas aptas a fornecer o insumo em solo gaúcho.
 
Presente ao encontro, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Guilherme Portella, lembrou que o pedido do setor contempla outros insumos sem produção no RS, como alguns itens plásticos e ingredientes para fabricação de queijos. Contudo, garante Portella, essa exceção já configura um precedente importante e grande avanço. “A medida atende as indústrias que beneficiam leite UHT, produto básico presente na mesa das famílias gaúchas, e outros alimentos que utilizam esse tipo de embalagem. Ficamos felizes pela sensibilidade do governo, representada nessa iniciativa, em um momento complexo para o nosso setor. Seguimos, contudo, aguardando posição similar sobre fermentos para produção de queijo, bem como embalagens termoencolhíveis e outros insumos que não possuem similar no Estado. A decisão é um avanço considerável depois de meses de reuniões e demonstra a preocupação do governador Eduardo Leite, seus secretários e também da bancada gaúcha com a competitividade da produção de leite do Estado”.
 
Adicionalmente, a expectativa dos dirigentes que estiveram no encontro é que demais medidas de ajustes tributários sejam anunciadas nos próximos dias como forma de equilibrar as disparidades tributárias da produção de lácteos entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. “Entendemos que o governo está sensível aos setores da produção. Porque sem essas medidas agravamos problemas de competitividade que dificultam nossa participação no mercado nacional, o que é indispensável para um setor que precisa vender 60% de sua produção em outros estados do Brasil. Sem dúvida, foi uma reunião de grandes avanços”, sinalizou Portella. Um novo encontro do GT da Proteína Animal será realizado no dia 17 de julho. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)

Crédito da foto: Gustavo Carus/ Ascom Sedec


RS: Estado mantém vigilância sobre casos de febre maculosa

O Governo do Estado, por meio das secretarias da Saúde (SES) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), trabalha no monitoramento de casos da febre maculosa. A doença pode acometer humanos e outros animais e sua transmissão é dependente da picada de carrapatos vetores infectados. A enfermidade é causada por bactérias do gênero Rickettsia.
 

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (15), a SES e a Seapi reforçam que a forma potencialmente letal de Febre Maculosa nunca foi registrada no Rio Grande do Sul. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), entre  2007 e 2022, foram confirmados 17 casos de febre maculosa no RS, sem nenhum óbito. Até o momento, em 2023, não há confirmação de casos no Estado.

É importante ressaltar que no Brasil existem duas apresentações da febre maculosa. Uma delas, com alto potencial de letalidade, causada pela espécie Rickettsia rickettsii, e uma forma mais branda e não-letal, causada pela espécie Rickettsia parkeri.  A forma potencialmente letal tem sua ocorrência concentrada na região Sudeste do Brasil e, eventualmente, no Paraná. São Paulo concentra a grande maioria dos casos letais, no qual as pessoas apresentam febre e manchas hemorrágicas pelo corpo. Apesar de comum em quase todo o Brasil, o carrapato Amblyomma sculptum não é encontrado no RS, essencialmente, por questões climáticas.

No RS, a transmissão da febre maculosa não está associada ao carrapato-estrela (A. sculptum), mas a outras espécies de carrapatos do gênero Amblyomma, encontradas em animais silvestres e, ocasionalmente, em cães e gatos. Importante observar, ainda, que no Estado a Febre Maculosa não tem perfil de ocorrência em área urbana. A maior parte dos casos está está associada a pessoas que frequentaram áreas de mata densa, trabalhando ou fazendo atividades de caça e trilha.

Além disso, o carrapato bovino (Rhipicephalus microplus) não apresenta qualquer risco de transmissão de febre maculosa ao ser humano. O carrapato comum do cão nas áreas urbanas (Rhipicephalus sanguineus) também não tem sido considerado como vetor relevante de febre maculosa.

Para saber mais acesse a Nota Técnica - Febre Maculosa: Situação do Rio Grande do Sul em 2023, elaborada em conjunto pela SES e pela Seapi. (Saúde RS)

 

 

Queda de preços no mercado internacional ainda não atingiu consumidores, diz Centeno, do BCE

As quedas nos preços de matérias-primas, energia e produtos alimentícios no mercado internacional ainda precisam deixar sua marca sobre bens de consumo ou as taxas de juros terão que ser elevadas ainda mais, disse o membro do Conselho do Banco Central Europeu Mario Centeno nesta sexta-feira.

"A esmagadora maioria dos choques inflacionários, se não todos, já se reverteram", disse ele em coletiva de imprensa em Lisboa, acrescentando que os efeitos totais da reversão ainda não chegaram os consumidores finais.

Ele disse que se agentes econômicos falhar em transmitir essa queda dos preços, "isso colocará pressão adicional sobre a política monetária e prolongará o período de altas de juros".

O Banco Central Europeu elevou os custos de empréstimos da zona do euro para seu nível mais alto em 22 anos na quinta-feira e disse que a inflação alta quase garantiu outro movimento no próximo mês e provavelmente além disso também.

O BCE elevou os custos de empréstimos da zona do euro ao nível mais alto em 22 anos na quinta-feira e disse que a inflação elevada garante outro movimento no próximo mês e provavelmente depois também.

Embora a inflação permaneça alta, Centeno disse que as taxas de juros permanecerão em "território restritivo", acrescentando que espera que isso continue por algum tempo após o verão (no hemisfério norte). (Fonte: Reuters - Investing - br.investing.com)


Jogo Rápido

Frio, umidade e chuva previstos para os próximos sete dias no RS
Os próximos sete dias permanecerão frios, com umidade e chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (16/6), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. No sábado (17/6) e domingo (18/6), presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas e formação de geadas, especialmente no Planalto, Serra do Nordeste e Campos de Cima da Serra. Na segunda (19/6) e terça-feira (20/6), o ar frio seguirá predominando, e o ingresso de umidade deverá provocar chuvas isoladas na maioria das regiões. Na quarta-feira (21/6), a propagação de uma nova área de baixa pressão vai provocar chuva em todo o Rio Grande do Sul, com risco de tempestades isoladas. Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 40 mm na maioria dos municípios da Metade Sul. No restante do Estado, os totais esperados deverão variar entre 50 e 80 mm, podendo superar 125 mm em diversas localidades da Serra do Nordeste e do Litoral Norte. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.923


Produtores querem sobretaxa para importação de lácteos do Mercosul

A Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha enviou nesta quarta-feira (14) ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, ofício reivindicando a adoção imediata de uma Tarifa Externa Comum (TEC) de 12% para produtos lácteos importados do Mercosul. A proposta é que a medida seja válida pelo prazo de seis meses em todo o País. O documento reforça a pauta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

Presidente da Frente, o deputado estadual Elton Weber (PSB) diz que a medida tem como objetivo frear a redução de preço ao produtor, que em plena safra está recebendo, em média, R$ 2,70 pelo litro. “Neste ano, as compras brasileiras de leite e laticínios da Argentina e Uruguai dispararam. E o Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais importou. Esse cenário penaliza muito o agricultor. E, vamos lembrar, a concessão de subsídios destes países alcança mais de 50% seus produtores”, ressalta o parlamentar.

Segundo dados da plataforma Comex Stat, do governo federal, as importações brasileiras de leite e laticínios da Argentina e do Uruguai em relação ao mesmo período de 2022 saltaram 286,4% em valor, chegando a US$ 263,2 milhões, e 230,6% em volume, atingindo 69,9 mil toneladas. Deste total, o Rio Grande do Sul importou US$ 34,1 milhões, com variação de 230,7% sobre o período de janeiro a abril de 2022.

O parlamentar ressalta que, em função das melhores condições de preço dos importados, já há, em algumas regiões, a intenção das indústrias em pagar entre R$ 0,23 a R$ 0,25 a menos pelo litro do leite aos produtores. A expectativa, a partir da entrada em vigor da TEC, ainda em junho, seria reduzir o volume de entrada dos produtos pelas fronteiras em até 200%, trazendo de volta a situação do primeiro semestre do ano passado.

“Na próxima semana, estaremos em Brasília para reforçar essa pauta junto ao governo. Mas esse é um assunto que já estamos tratando com o MDA, a Companhia Nacional de Abastecimento e a Fetag. Os Conselhos Paritários Produtores/Indústrias de Leite (Conseleites) do Paraná e de Minas Gerais, assim como parlamentares desses Estados também estão envolvidos, pois o interesse é comum”, completa Weber.

Para o coordenador do Conseleite-RS e secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, o pleito da Fetag e da Frente Parlamentar é válida e pode ajudar a conter a queda de preços pagos aos produtores brasileiros. Ele pondera, entretanto, se já há encontra embasamento legal para a cobrança da sobretaxa, que exigiria um estudo antidumping prévio.

“Se governo federal quiser, ele tem condições de amenizar essa situação ao produtor nacional de leite. Mas também é verdade que há baixos estoques do produto. A ação pode diminuir a entrada de leite em pó e queijos no Rio Grande do Sul e no País, beneficiando o produtor, em uma perspectiva de médio e longo prazo”.

Palharini observa, porém, que há um problema em relação à capacidade de compra da população. E que os dois lados desse cabo de guerra precisam ser considerados. “O produtor sofre com redução de preço, mas num momento em que o custo de produção está voltando a padrões pré-pandemia. A volta das chuvas permite uma pastagem natural com melhor desenvolvimento”, analisa o dirigente. (Jornal do Comércio)


GT da proteína animal sai do papel

Grupo de trabalho liderado pelo Estado irá socorrer produtores, indústrias e cooperativas

A primeira reunião do grupo de trabalho (GT) formado por secretarias de Estado, parlamentares, entidades setoriais e empresariais que têm a incumbência de formular medidas emergenciais de apoio ao setor de proteína animal gaúcho está programada para ocorrer hoje. O encontro ocorrerá 52 dias após o governador Eduardo Leite ter oficializado a formação
do colegiado para socorrer os setores de aves, de suínos, de carne bovina e de lácteos, inclusive os ligados às cooperativas.O GT é composto por integrantes de três comissões da Assembleia Legislativa (Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo; Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo; e Saúde e Meio Ambiente) e pela Frente Parlamentar de Agropecuária Gaúcha. Do setor privado, participarão o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a Associação de Criadores de Suínos (Acsurs), a Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos no Estado do Rio Grande do Sul (Sips), o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs), a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios (Apil), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), e Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs).A Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec) será responsável pela coordenação dos trabalhos. Conforme a pasta, o objetivo do encontro inaugural, que será conduzido pelo secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, será apresentar formalmente os representantes das entidades e dos órgãos governamentais e iniciar o debate para implementação de ações.

Dentre as medidas em discussão está a revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Trata-se de um percentual de desconto aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de matéria-prima e insumos realizadas fora do Rio Grande do Sul.

E que, na prática, incide sobre itens básicos às indústrias de proteína animal, como embalagens Tetra Pak e papelão, por exemplo. Conforme o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a penalização do setor no cálculo de descontos crescentes do FAF será de 10% em 2023 e chegará a 15% em 2024.

De acordo com a publicação do governo do Estado no Diário Oficial (DOE), o trabalho do colegiado tem duração prevista de 180 dias. A reunião está agendada para começar às 15h30min, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre. (Correio do Povo)

China: relatório sobre a produção de lácteos é divulgado

A produção total de leite da China em 2023 deverá ser de mais de 42 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4% em relação a 2022 devido a ganhos de eficiência de produção e um maior estoque de gado, de acordo com estimativas do escritório do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA na China.

A previsão é de que as importações de leite fluido em 2023 excedam levemente os níveis de 2022, à medida que o consumo se recupera, mas a produção doméstica pesa sobre as importações, afirma o relatório. Para leite em pó integral (WMP), a previsão de produção para 2023 subiu para quase 1,8 milhão de toneladas, já que o excesso de leite cru é processado em WMP.

As previsões de importações de WMP foram reduzidas para 600 mil toneladas, pois alguns processadores de alimentos estão aumentando o uso de WMP produzido internamente. Em 2023, a produção de leite em pó desnatado (SMP) está prevista em 25.000 toneladas, mas as previsões de importações foram reduzidas para 330.000, semelhante a 2022, devido à maior produção doméstica de WMP.

WMP e SMP são considerados ingredientes que podem ser substituídos um pelo outro em determinados produtos. A produção doméstica de queijo permanece mínima, mas espera-se que aumente para 25.000 toneladas com os preços mais baixos do leite.

Em 2023, as importações de queijo estão previstas em 150.000 toneladas, acima das taxas de 2022, à medida que o consumo de queijo no setor hoteleiro, restaurante e institucional (HRI) se recupera. 

As importações de manteiga em 2023 estão previstas para 140.000 toneladas, à medida que a demanda doméstica se recupera após o fim das restrições do Covid-19. No entanto, os altos preços de importação podem pesar sobre as importações. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Febre Maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa. Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste. Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves. No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, conhecido como carrapato estrela. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.  Importante: De acordo com a Portaria do MS de consolidação PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 - todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes. Clique aqui e acesse conteúdo sobre o tema. (Ministério da Saúde) 


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.922


Balança comercial de lácteos: importações voltam a crescer em maio - Parte 02 de 02

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de abril e março deste ano.
 
Tabela 1. Balança comercial láctea em maio de 2023.

Tabela 2. Balança comercial láctea em abril de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Diferentemente do que era esperado no início de 2023, por conta das dificuldades climáticas causadas pela La Ninã, a produção de leite na Argentina (principal fornecedor das importações brasileiras) encerrou o mês de abril com uma variação anual positiva, deixando o resultado da produção no país nos primeiros quatro meses do ano praticamente em linha com o observado em 2022 no mesmo período.

Dessa forma, um dos principais fatores que impulsionava a expectativa de queda nas importações neste ano não se concretizou, permitindo esse aumento observado no mês de maio.

Portanto, para os próximos meses, ainda é esperada uma variação mensal negativa nas importações por conta da oferta interna que deve começar a aumentar com o fim da entressafra do leite, principalmente na região Sul (maior região produtora atualmente e que possui sua entressafra antecipada em relação às demais regiões). Porém, com o resultado visto na produção argentina até o momento, as importações devem encerrar o 1º semestre do ano ainda em alta quando comparado com 2022, com o resultado do 2º semestre ficando próximo do que foi visto no ano anterior.

Além disso, é preciso salientar que os preços internacionais ainda seguem competitivos frente aos preços praticados no mercado interno, mesmo com as recentes desvalorizações observadas nos principais derivados lácteos brasileiros desde a segunda quinzena de abril.

Já para as exportações, ainda não há evidências de uma abertura significativa de janela exportadora para o mercado brasileiro, dessa forma é esperado que o volume exportado se mantenha em linha com o observado recentemente. (Milkpoint)


Quem são os maiores consumidores de lácteos?

Mulheres são as maiores consumidoras de iogurte, enquanto os homens na faixa de 70 anos ou mais são os que mais bebem leite. Essas são algumas conclusões do estudo aqui apresentado.De acordo com os dados preliminares do Censo Demográfico/IBGE, de 2022, o Brasil tem cerca de 208 milhões de habitantes. Isso significa que o setor de leite e derivados tenha cerca de 208 milhões de possíveis consumidores, que diferem em credo, gênero, raça, idade, cultura etc. Além disso, esses consumidores estão cada vez mais informados o que faz com que sejam criteriosos nas suas escolhas alimentares num cenário de constantes oscilações econômicas. Portanto, pode-se afirmar que está cada vez mais difícil vender leite e derivados no Brasil e atender às necessidades desses consumidores. Diante disso, torna-se fundamental conhecer o mercado se a proposta é atender de forma adequada e eficiente às demandas desse público.

Estudos anteriores da Embrapa Gado de Leite, em parceria com a UFJF-Universidade Federal de 
Juiz de Fora, identificaram características específicas dos consumidores de leite e derivados no país. 

Nesse âmbito, as principais constatações das pesquisas foram:

• Quando se considera o total de lácteos, as crianças e adolescentes se destacam como os maiores consumidores
• Crianças e adolescentes são também os maiores consumidores de bebidas lácteas e 
leite fluido
• O consumo de queijos aumenta com o avanço da idade dos consumidores 
• Não há diferença significativa de consumo total de lácteos entre os gêneros
• Regiões de maior renda média têm maior consumo de leite e derivados

No entanto, seguindo a abordagem do marketing, são aqui analisadas as personas do leite brasileiro. 

Persona é a caracterização ou definição do perfil do consumidor ideal, ou seja, do maior consumidor de determinado produto. Para isso, foram empregados os microdados da mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Essa pesquisa de consumo é realizada por meio do preenchimento de diários alimentares por parte de amostra significativa da população brasileira com mais de 10 anos. 

A tabela 1 apresenta a definição da persona de queijos, iogurte e leite. 

PESSOAS QUE CONHECEM A PRODUÇÃO DE LEITE SÃO OS MAIORES CONSUMIDORES

Para o leite, o modelo empregado utilizou apenas dados de consumo de leite puro, uma vez que o leite consumido combinado com outros alimentos é considerado em outra categoria na POF. As variáveis significativas no modelo de definição da persona foram: gênero, geração, classe de renda e local de moradia (zona urbana ou rural). Já as variáveis escolaridade, localização geográfica e raça não foram significativas e, portanto, foram retiradas da análise.

O modelo revelou que os homens da chamada geração ‘Silenciosa’, ou seja, aqueles nascidos antes de 1945, pertencentes à classe AB e residentes na zona rural, são os maiores consumidores de leite. 

Não se pode afirmar que sejam produtores de leite, mas são grandes fazendeiros, visto que vivem no meio rural e dispõem de renda elevada. Assim, esse resultado mostra que as pessoas que conhecem a produção de leite e, muito provavelmente, os benefícios do produto, são os seus maiores consumidores. 

Essa informação é relevante para posicionamento de mercado e orientação de campanhas de marketing do setor.

A persona do iogurte é mulher da geração Y (nascida entre 1981 e 1995), da classe AB e residente em zona urbana, o que indica perfil bem diferente da persona do leite. Quando se analisa cada variável individualmente, observa-se que o fato de ser mulher influencia muito o consumo de iogurte. As mulheres consomem, em média, 3,7 kg de iogurte por ano, enquanto os homens ingerem 2, 4 kg, ou seja, diferença de mais de 50% no consumo. Esse resultado está alinhado com trabalhos científicos que mostram que as mulheres tendem a buscar mais produtos com apelo de saudabilidade.

Outra variável que tem forte impacto no consumo de iogurte é a renda. Brasileiros da classe AB ingerem quase duas vezes mais iogurte que aqueles da classe C e mais de três vezes o consumo da classe DE.

No caso dos queijos, os maiores consumidores são do sexo masculino, pertencem à geração Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1960), classe AB e residem na zona rural. Nesse sentido, o maior consumidor de queijo se assemelha muito ao maior consumidor de leite, com exceção da geração a que pertencem. Na realidade, quando se refere ao consumo, estas duas gerações (Silenciosa e Baby Boomers) refletem indivíduos mais maduros, em muitos casos aposentados, com estabilidade financeira.

Dessa forma, essa análise dos maiores consumidores evidenciou que diferentes produtos lácteos 
apresentam diferentes personas, o que deve ser entendido e trabalhado no marketing do setor de forma a ampliar cada vez mais o consumo desses produtos.

Fonte: Kennya B. Siqueira, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite; João Pedro Junqueira Schettino, mestrando em Modelagem da Universidade Federal de Juiz de Fora; Marcel de Toledo Vieira, professor de Estatística da Universidade Federal de Juiz de Fora; Ygor Martins Guimarães, estudante de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Juiz de Fora. Via Anuário do Leite 2023 - EMBRAPA

Seminário debate impactos da reforma tributária nesta quinta e sexta-feira

O Instituto de Estudos Tributários (IET) promoverá, nesta quinta e sexta-feira (15 e 16/6), um seminário para debater a reforma tributária. O evento será realizado de forma híbrida, sendo o presencial no Auditório Bill Hewllett da TECNOPUC (Avenida Ipiranga, 6681 - Prédio 99 A - térreo). A iniciativa visa aprofundar e esclarecer o processo a partir de temas apresentados por especialistas da área.  

Ainda serão abordadas pautas como a viabilidade constitucional das propostas em curso, as repercussões contábeis e os impactos nos diferentes setores, inclusive no agronegócio. 

Segundo o coordenador do seminário Arthur Ferreira, o intuito é debater a proposta que está em vias de ser levada à votação no Congresso Nacional, tendo em vista a profunda alteração que a mesma provocará no Sistema Tributário Brasileiro, caso aprovada. “Especialmente em razão dos riscos de oneração de determinados setores econômicos que sofrerão aumento de carga tributária - inclusive o setor agro-, bem como os riscos de abalos na nossa federação”, acrescenta. 

O valor da inscrição presencial para associados IET, IBDT, ABRADT, SESCON e CDEA é de R$ 360. Alunos da pós IET são isentos da taxa. Para estudantes de graduação o investimento é de R$ 280, de pós-graduação R$ 420 e demais profissionais de R$ 480. Na modalidade on-line, a taxa é de R$ 120 para IET, IBDT, ABRADT, SESCON e CDEA; de R$ 80 para alunos da graduação; R$ 160 pós-graduação; e R$ 240 para demais profissionais. As vagas são limitadas. As inscrições devem ser realizadas clicando aqui.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Inscrições para a etapa final do 2º Prêmio Referência Leiteira vão até o dia 30 de junho
As inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira se encerram no dia 30 de junho. O mérito tem como objetivo reconhecer o trabalho realizado por produtores que estão vinculados à indústria de laticínios do Rio Grande do Sul. Para participar, é necessário enviar o material de apresentação por e-mail para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br. Os cases serão reconhecidos em seis categorias, sendo elas Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Os vencedores receberão um troféu, certificado e um notebook. A revelação dos resultados e a entrega dos prêmios acontecerão durante a Expointer que, neste ano, ocorre de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A iniciativa é promovida pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do Sindilat.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)