Pular para o conteúdo

30/06/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.934


Chile – Produtores de leite adotam a IA para o bem-estar animal

IA – A Inteligência Artificial (IA) está sendo usada pela pecuária chilena, especialmente na produção de leite, para ajudar no bem-estar animal. 

Com a tecnologia as vacas podem gerar uma quantidade maior de leite. Este é o caso da Agrícola Ancali, que já conta com um projeto para usá-la.

Enrique Bombal, veterinário e alto executivo da DeLaval (sócia do Consorcio Lechero), empresa de robôs de ordenha e outras soluções, trabalha no projeto e explica como se usa tal tecnologia nos campos.

O especialista detalha que estão realizando projetos em distintas áreas e relacionados, principalmente, ao monitoramento dos animais, onde a IA tem importância vital, usando sensores, dispositivos, digitalização e ferramentas de informática que são parte do dia a dia. Os mais conhecidos são os robôs de ordenha, que fazem este trabalho, em vez de humanos.

Bombal diz que a produção de leite utiliza sistemas robotizados para preparar o alimento dos animais, onde se misturam distintos ingredientes que são oferecidos às vacas (com o sistema de mapeamento de cochos). Existem alguns que, inclusive, são capazes de servir o alimento (empurrando-o) pois é comum as vacas espalharem a ração quando estão comendo.

Também existem novos robôs para a área de limpeza que higienizam o lugar onde os animais vivem. O ambiente dos animais e a relação entre eles é analisada com um outro sistema. As chamadas redes neurais, que analisam a estrutura do rebanho e seu comportamento.

Programa provado

O programa que está sendo implementado na Ancali, a maior produção de leite do mundo, está relacionado com as câmeras de monitoramento, que através da IA como a Machine learning, são capazes de usar algoritmos que identificam padrões. Por exemplo, podem reconhecer a interação humano-animal, ou seja, como as pessoas se aproximam deles e se gera medo, estresse ou algum tipo de dor. “Não são maus-tratos, mas sim os movimentos que podem ser bruscos e que a vaca percebe como agressivos. A ideia é não assustá-la”, ressalta o especialista.

Através deste sistema, pode-se avaliar a unidade produtora de leite. “É algo bastante interessante e novo. Fornece muitas informações e de maneira detalhada para tomar decisões na hora de estabelecer os manejos com os animais dentro da propriedade”, destaca Bombal. A Ancali, que possui 90 robôs, está no nível de outras produções de leite da Europa, Estados Unidos da América (EUA), ou Ásia.

O veterinário destaca que antes eles iam buscar tecnologias em outras partes do planeta, mas agora, estão vindo aqui para aprender. “Pesquisadores e engenheiros de distintas aplicações vêm ver como está funcionando uma produção de leite dessa magnitude, para levar esse conhecimento a sistemas produtivos de países desenvolvidos”, acrescentou.

Chile, pioneiro na região

Bombal conta que viajou a todos os países da região e a nível local existe um avanço em torno da adoção de software de gerenciamento de rebanho, com distintos parâmetros de administração. De fato, no manejo animal, nosso país foi o primeiro a adotar este tipo de tecnologia, para depois utilizar sensores em diversos lugares da propriedade, como na identificação animal, somado ao uso de acelerômetros, câmeras ou sistemas de radiofrequência.

“Somos pioneiros, e o uso desta tecnologia, que é apoiada por redes 4G ou 5G, nos permite contar com plataformas necessárias para trazer ferramentas variadas e robôs, e operar na vanguarda”, destaca. Acrescenta que os produtores nacionais estão incorporando rapidamente essas tecnologias e isto se reflete nos indicadores relacionados à inovação. O Chile é sempre reconhecido na região como um lugar ávido por mudanças no setor agrícola e leiteiro, e no manejo dos animais”, acrescentou o veterinário.  (Fonte: PortaLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Cepea divulga valores do leite captado em maio

O preço do leite captado em maio e pago em junho se estabeleceu em R$ 2,7289/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. É a primeira vez, desde dezembro/22, que o valor apresenta queda. 

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de maio/2022).

Em movimento atípico para o setor, o encerramento da tendência de alta em maio é resultado, em resumo, de três fatores: consumo enfraquecido, aumento da disponibilidade de leite e antecipação do movimento de alta dos preços – que vinham crescendo desde dez/22.

Do lado da oferta, o elevado volume de importações nos últimos meses tem colaborado para um maior abastecimento de leite no mercado interno. Por outro lado, da demanda, o consumo seguiu enfraquecido em maio, impactado pelo menor poder de compra da população frente aos preços elevados dos lácteos no varejo.

Nesse cenário, de acordo com pesquisas do MilkPoint Mercado, a indústria tem reduzido os seus preços de vendas nos últimos 2 meses – baixas que também refletiram no mercado spot e agora chegam no preço ao produtor.

A pesquisa do Cepea mostrou que, em maio, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira caiu 2,3% na “Média Brasil”, influenciado pela retração nos preços do concentrado. Com isso, a relação de troca tem estado mais favorável ao produtor, favorecendo a produção mesmo em época atípica.

Obs.: vale lembrar que a partir da divulgação dos dados de janeiro, o CEPEA passou a divulgar o resultado de preços com o nome referente ao mês que o leite foi captado. Dessa forma, a série anterior passa a ter ajuste de -1 mês na nomenclatura do mês. 

As informações são do Cepea, adaptadas pela equipe do MilkPoint.

Mapa, MDA e Conab anunciam retomada da política de formação de estoques públicos

Política é reativada após 6 anos de paralisação

Com a compra de 500 mil toneladas de milho dos produtores rurais por meio do mecanismo de Aquisições do Governo Federal (AGF), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou nesta quinta-feira (29) a retomada dos estoques públicos. O anúncio foi feito pelos ministros das Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e pelo presidente da Companhia, Edegar Pretto.

“A Conab está voltando a fazer estoques públicos. Vamos incentivar os agricultores a plantar e vamos garantir preço mínimo para a produção. Temos uma previsão de safra recorde de milho, mas os preços estão caindo. Então, iniciaremos a compra pelo milho. Com essa ação da Conab, combatemos a inflação dos alimentos visando levar comida à mesa de todos os brasileiros e brasileiras”, disse o presidente da Conab.

As AGFs são previstas na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e têm o objetivo de apoiar produtores rurais, agricultores familiares e suas cooperativas por meio da aquisição de produtos quando o preço de mercado se apresenta inferior ao preço mínimo estabelecido para a safra vigente. A aquisição depende do repasse, pelo Tesouro Nacional, dos recursos necessários à operacionalização das aquisições. A medida foi autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O ministro Fávaro ressaltou a importância da união dos ministérios para o fortalecimento da Conab. “A união de dois ministérios, Mapa e MDA, juntos para fortalecer e reconstruir a Companhia que tem um papel fundamental nas políticas públicas deste país. Não existe Ministério da Agricultura e política pública sem uma empresa de apoio à comercialização. Tem que existir o fortalecimento de amparo à política agrícola. Trata-se de estratégia de garantia de segurança nacional e estabilidade alimentar”, ressaltou.

Estoques autorizados pelo MAPA

Estão autorizados a vender milho para o Governo Federal os produtores de Goiás, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Tocantins. De acordo com o Manual de Operação da Companhia, o limite de venda por produtor varia de acordo com o estado. Em Mato Grosso, cada agricultor poderá vender até 30 mil sacas para a estatal. Já em Mato Grosso do Sul e Goiás, o limite é de 10 mil sacas, enquanto que nos demais estados da federação a aquisição está limitada a cerca de 3,3 mil sacas. A compra só será finalizada pela Conab se o produto atender aos padrões exigidos. O cereal adquirido poderá ser estocado em armazéns próprios da Companhia ou em unidade armazenadora credenciada pela estatal.

A compra foi autorizada pelo Mapa motivada pela queda no preço do milho no mercado interno. A previsão de produção recorde no Brasil na segunda safra, aliada a uma valorização do real frente ao dólar, entre outros fatores, reforçam cenário de desvalorização das cotações do grão, especialmente, no segundo semestre deste ano, momento no qual haverá uma intensa entrada de oferta do produto no mercado mundial com as colheitas nos EUA, Europa e Brasil.

Os interessados em vender o milho para a Companhia devem estar cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais (Sican) e procurar a regional da Conab em seu estado para orientação sobre o preenchimento dos formulários exigidos para a operação, bem como a apresentação de documentos adicionais que se fizerem necessários.

*Com informações da Conab


Jogo Rápido

Estado terá tempo seco e temperaturas em elevação nos próximos dias
Os próximos sete dias deverão apresentar pouca chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 26/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (30/06), a nebulosidade aumenta, as temperaturas permanecerão baixas em todo o Estado, e poderão ocorrer chuvas fracas e isoladas nos setores Norte e Nordeste. No sábado (01/07) e domingo (02/07), o tempo seco, com temperaturas amenas, predominará na maioria das regiões. Somente no Litoral poderão ocorrer chuvas fracas e isoladas. Entre segunda (03/07) e quarta-feira (05/07), o tempo permanecerá firme, e o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com máximas próximas de 30 °C em algumas regiões. Os volumes previstos são baixos e deverão ser inferiores a 5 mm na maior parte do Estado. Na Zona Sul, os totais esperados poderão alcançar 10 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *