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15/06/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.923


Produtores querem sobretaxa para importação de lácteos do Mercosul

A Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha enviou nesta quarta-feira (14) ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, ofício reivindicando a adoção imediata de uma Tarifa Externa Comum (TEC) de 12% para produtos lácteos importados do Mercosul. A proposta é que a medida seja válida pelo prazo de seis meses em todo o País. O documento reforça a pauta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

Presidente da Frente, o deputado estadual Elton Weber (PSB) diz que a medida tem como objetivo frear a redução de preço ao produtor, que em plena safra está recebendo, em média, R$ 2,70 pelo litro. “Neste ano, as compras brasileiras de leite e laticínios da Argentina e Uruguai dispararam. E o Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais importou. Esse cenário penaliza muito o agricultor. E, vamos lembrar, a concessão de subsídios destes países alcança mais de 50% seus produtores”, ressalta o parlamentar.

Segundo dados da plataforma Comex Stat, do governo federal, as importações brasileiras de leite e laticínios da Argentina e do Uruguai em relação ao mesmo período de 2022 saltaram 286,4% em valor, chegando a US$ 263,2 milhões, e 230,6% em volume, atingindo 69,9 mil toneladas. Deste total, o Rio Grande do Sul importou US$ 34,1 milhões, com variação de 230,7% sobre o período de janeiro a abril de 2022.

O parlamentar ressalta que, em função das melhores condições de preço dos importados, já há, em algumas regiões, a intenção das indústrias em pagar entre R$ 0,23 a R$ 0,25 a menos pelo litro do leite aos produtores. A expectativa, a partir da entrada em vigor da TEC, ainda em junho, seria reduzir o volume de entrada dos produtos pelas fronteiras em até 200%, trazendo de volta a situação do primeiro semestre do ano passado.

“Na próxima semana, estaremos em Brasília para reforçar essa pauta junto ao governo. Mas esse é um assunto que já estamos tratando com o MDA, a Companhia Nacional de Abastecimento e a Fetag. Os Conselhos Paritários Produtores/Indústrias de Leite (Conseleites) do Paraná e de Minas Gerais, assim como parlamentares desses Estados também estão envolvidos, pois o interesse é comum”, completa Weber.

Para o coordenador do Conseleite-RS e secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, o pleito da Fetag e da Frente Parlamentar é válida e pode ajudar a conter a queda de preços pagos aos produtores brasileiros. Ele pondera, entretanto, se já há encontra embasamento legal para a cobrança da sobretaxa, que exigiria um estudo antidumping prévio.

“Se governo federal quiser, ele tem condições de amenizar essa situação ao produtor nacional de leite. Mas também é verdade que há baixos estoques do produto. A ação pode diminuir a entrada de leite em pó e queijos no Rio Grande do Sul e no País, beneficiando o produtor, em uma perspectiva de médio e longo prazo”.

Palharini observa, porém, que há um problema em relação à capacidade de compra da população. E que os dois lados desse cabo de guerra precisam ser considerados. “O produtor sofre com redução de preço, mas num momento em que o custo de produção está voltando a padrões pré-pandemia. A volta das chuvas permite uma pastagem natural com melhor desenvolvimento”, analisa o dirigente. (Jornal do Comércio)


GT da proteína animal sai do papel

Grupo de trabalho liderado pelo Estado irá socorrer produtores, indústrias e cooperativas

A primeira reunião do grupo de trabalho (GT) formado por secretarias de Estado, parlamentares, entidades setoriais e empresariais que têm a incumbência de formular medidas emergenciais de apoio ao setor de proteína animal gaúcho está programada para ocorrer hoje. O encontro ocorrerá 52 dias após o governador Eduardo Leite ter oficializado a formação
do colegiado para socorrer os setores de aves, de suínos, de carne bovina e de lácteos, inclusive os ligados às cooperativas.O GT é composto por integrantes de três comissões da Assembleia Legislativa (Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo; Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo; e Saúde e Meio Ambiente) e pela Frente Parlamentar de Agropecuária Gaúcha. Do setor privado, participarão o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a Associação de Criadores de Suínos (Acsurs), a Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos no Estado do Rio Grande do Sul (Sips), o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs), a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios (Apil), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), e Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs).A Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec) será responsável pela coordenação dos trabalhos. Conforme a pasta, o objetivo do encontro inaugural, que será conduzido pelo secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, será apresentar formalmente os representantes das entidades e dos órgãos governamentais e iniciar o debate para implementação de ações.

Dentre as medidas em discussão está a revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Trata-se de um percentual de desconto aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de matéria-prima e insumos realizadas fora do Rio Grande do Sul.

E que, na prática, incide sobre itens básicos às indústrias de proteína animal, como embalagens Tetra Pak e papelão, por exemplo. Conforme o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a penalização do setor no cálculo de descontos crescentes do FAF será de 10% em 2023 e chegará a 15% em 2024.

De acordo com a publicação do governo do Estado no Diário Oficial (DOE), o trabalho do colegiado tem duração prevista de 180 dias. A reunião está agendada para começar às 15h30min, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre. (Correio do Povo)

China: relatório sobre a produção de lácteos é divulgado

A produção total de leite da China em 2023 deverá ser de mais de 42 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4% em relação a 2022 devido a ganhos de eficiência de produção e um maior estoque de gado, de acordo com estimativas do escritório do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA na China.

A previsão é de que as importações de leite fluido em 2023 excedam levemente os níveis de 2022, à medida que o consumo se recupera, mas a produção doméstica pesa sobre as importações, afirma o relatório. Para leite em pó integral (WMP), a previsão de produção para 2023 subiu para quase 1,8 milhão de toneladas, já que o excesso de leite cru é processado em WMP.

As previsões de importações de WMP foram reduzidas para 600 mil toneladas, pois alguns processadores de alimentos estão aumentando o uso de WMP produzido internamente. Em 2023, a produção de leite em pó desnatado (SMP) está prevista em 25.000 toneladas, mas as previsões de importações foram reduzidas para 330.000, semelhante a 2022, devido à maior produção doméstica de WMP.

WMP e SMP são considerados ingredientes que podem ser substituídos um pelo outro em determinados produtos. A produção doméstica de queijo permanece mínima, mas espera-se que aumente para 25.000 toneladas com os preços mais baixos do leite.

Em 2023, as importações de queijo estão previstas em 150.000 toneladas, acima das taxas de 2022, à medida que o consumo de queijo no setor hoteleiro, restaurante e institucional (HRI) se recupera. 

As importações de manteiga em 2023 estão previstas para 140.000 toneladas, à medida que a demanda doméstica se recupera após o fim das restrições do Covid-19. No entanto, os altos preços de importação podem pesar sobre as importações. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Febre Maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa. Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste. Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves. No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, conhecido como carrapato estrela. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.  Importante: De acordo com a Portaria do MS de consolidação PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 - todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes. Clique aqui e acesse conteúdo sobre o tema. (Ministério da Saúde) 


 
 
 

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