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22/06/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.928


 

RS terá centro de inteligência voltado à inovação no agro

O projeto de criar um hub de inovação voltado ao agronegócio no Rio Grande do Sul, tendo o parque da Expointer como casa, avança para deixar o plano da ideia e virar realidade. E começa com a apresentação de um centro de inteligência do agro, criado pelo governo do Estado em parceria com secretarias e demais atores, na sexta-feira. O lançamento oficial deve ser na Expointer, em agosto.

Secretária de Inovação do RS, Simone Stülp detalha os aspectos que levaram à formação do projeto. O principal incentivo vem da própria relevância do setor para a economia gaúcha, e se soma a um ecossistema de tecnologia com atuação ativa e efervescente no Estado. Além da presença de universidades de excelência, dos parques tecnológicos, dos talentos e de empresas do setor que já incorporaram os processos de inovação em suas companhias.

Com a união dos esforços, o objetivo é que o agro ganhe competitividade e avance nas áreas onde pode ampliar.

- A ideia é aproveitar toda a expertise e a trajetória já existente para avançar ainda mais. Fazer, efetivamente, a geração de valor pela incorporação da tecnologia nos processos - diz a secretária.

O projeto começa com um grande levantamento de dados que aponta os segmentos em que há espaço para incrementar ações e em quais pontos da cadeia é importante focar as iniciativas de desenvolvimento. O mapeamento conta com esforços de várias frentes. A apresentação na sexta-feira, na Tecnopuc, às 9h30min, será aberta para quem quiser contribuir com ideias.

A secretária reforça que a criação do centro concentra iniciativas que vêm sendo desenvolvidas há muito tempo no Estado, como o programa estadual Inova RS e a Rede de Inovação no Agronegócio. Além disso, parte importante das contribuições vem do Interior. O Rio Grande do Sul é um dos poucos Estados que possui centros de excelência em todas as suas regiões.

- Cada uma das oito regiões trabalhadas dentro do Inova RS delineou sua visão de futuro e as suas áreas de vocação. Seis delas têm como área o setor agroalimentar. Ou seja, é o potencial de crescimento e desenvolvimento do nosso Estado - diz Simone. (Zero Hora)



Produtores do Elite a Pasto superam estiagem e aumentam produtividadeDiante de um período de estiagem entre os meses de novembro de 2022 a março de 2023 que afetou a produção agropecuária no Estado, os produtores participantes do Projeto Elite a Pasto, em Serafina Corrêa, conseguiram manter o ritmo de melhoria da produtividade leiteira em suas propriedades, mesmo com o desafio da escassez de chuvas. 

Um exemplo é a propriedade de Nelson Pavoni e família, uma Unidade de Referência do Projeto Elite a Pasto, que destaca os bons resultados alcançados durante esse período do último verão. Nos meses mais difíceis da estiagem e calor, entre dezembro e fevereiro, a propriedade obteve médias de produção na faixa de 30 litros/vaca/dia com suas vacas holandesas. A Granja Perin, outra unidade de referência, registrou média entre 21 e 25 litros/vaca/dia com vacas Jersey. Em ambos os casos, essas produtividades foram alcançadas em um sistema de alto consumo de pasto e moderada suplementação volumosa ou concentrada, mesmo com a falta de chuvas no período.

Conforme os registros de dados mensais das propriedades realizados no projeto, essas produtividades leiteiras, com esses níveis de suplementação, geralmente só eram alcançadas nessas propriedades no inverno, com a disponibilidade de pastagens hibernais, de maior qualidade, e uma condição climática mais favorável para os animais em temperatura e umidade.

O produtor Gilson Perin relata que o segredo está na utilização de pastagem perene, no manejo da altura de pasto e na suplementação ajustada no momento adequado. Gilson ainda afirma que "nem tudo são flores, mas em um período de 20 dias sem chuvas, por exemplo, se perde um ou dois ciclos de pastejo devido ao atraso do pasto". No entanto, assim que chove, o pasto se recupera e a produção volta ao normal. "Diferente de uma lavoura de milho para silagem, por exemplo, onde uma estiagem de 20 dias pode comprometer a disponibilidade de volumoso para o ano todo", reforça. 

O engenheiro agrônomo Leandro Ebert, da Emater/RS-Ascar, explica que esses resultados foram alcançados graças à adoção de tecnologias como o Rotatínuo, que dentre outros benefícios aumenta a capacidade de rebrote e resiliência do pasto frente a adversidades, além da adubação de sistemas, o uso de bioinsumos e a intensificação da produção de silagens de inverno. Essas práticas adotadas permitiram uma melhor utilização dos recursos forrageiros e uma maior disponibilidade de forragem nas propriedades para enfrentar a estiagem.

No entanto, o que impulsionou ainda o avanço na produtividade, explica Ebert, foi o emprego das técnicas para elevar o consumo de pasto pelos animais, com o Rotatínuo, associadas ao balanceamento das dietas dos rebanhos, utilizando-se de métodos avançados e atualizados para exprimir o ótimo potencial de produção dos rebanhos com esse alto consumo de pasto. A partir dessa experiência, Nelson Pavoni ressalta que "mesmo quando você está bem, não pode se acomodar, porque sempre tem espaço para melhorar". (Emater)


Jogo Rápido

Impactos das importações de leite em pó
Leite em pó - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras entidades do setor produtivo participaram, na segunda-feira (19), de reunião com a deputada Ana Paula Leão e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para discutir a importação de leite no país. O crescente e expressivo aumento da importação de leite em pó em 2023 tem preocupado o setor lácteo brasileiro, principalmente em razão dos impactos na competividade do pequeno e médio produtor de leite. Segundo o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura Leite da CNA e presidente da Comissão Técnica da Pecuária de Leite do Sistema Faemg, Jônadan Ma, foram apresentados no encontro os gargalos da produção nacional de leite diante da importação de lácteos, que muitas vezes são subsidiados em seus países de origem. As importações estão em excesso, batendo recordes, prejudicando a produção nacional. Conseguimos uma resposta muito positiva por parte do ministro para que, junto com outros ministérios (MDIC e MAPA), possamos adotar medidas para melhorar a situação do produtor de leite brasileiro”, disse Jônadan. As importações brasileiras de lácteos de janeiro a maio de 2023 tiveram acréscimo de 212% de janeiro a maio deste ano em relação aos primeiros cinco meses de 2022. Neste ano, o Brasil já importou 850 milhões de litros de leite, volume que, no ano passado, foi atingido só em setembro. Participaram da reunião o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, e o assessor técnico da entidade, Guilherme Dias. (SISTEMA FAEMG)


 
 
 

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