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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.928


 

RS terá centro de inteligência voltado à inovação no agro

O projeto de criar um hub de inovação voltado ao agronegócio no Rio Grande do Sul, tendo o parque da Expointer como casa, avança para deixar o plano da ideia e virar realidade. E começa com a apresentação de um centro de inteligência do agro, criado pelo governo do Estado em parceria com secretarias e demais atores, na sexta-feira. O lançamento oficial deve ser na Expointer, em agosto.

Secretária de Inovação do RS, Simone Stülp detalha os aspectos que levaram à formação do projeto. O principal incentivo vem da própria relevância do setor para a economia gaúcha, e se soma a um ecossistema de tecnologia com atuação ativa e efervescente no Estado. Além da presença de universidades de excelência, dos parques tecnológicos, dos talentos e de empresas do setor que já incorporaram os processos de inovação em suas companhias.

Com a união dos esforços, o objetivo é que o agro ganhe competitividade e avance nas áreas onde pode ampliar.

- A ideia é aproveitar toda a expertise e a trajetória já existente para avançar ainda mais. Fazer, efetivamente, a geração de valor pela incorporação da tecnologia nos processos - diz a secretária.

O projeto começa com um grande levantamento de dados que aponta os segmentos em que há espaço para incrementar ações e em quais pontos da cadeia é importante focar as iniciativas de desenvolvimento. O mapeamento conta com esforços de várias frentes. A apresentação na sexta-feira, na Tecnopuc, às 9h30min, será aberta para quem quiser contribuir com ideias.

A secretária reforça que a criação do centro concentra iniciativas que vêm sendo desenvolvidas há muito tempo no Estado, como o programa estadual Inova RS e a Rede de Inovação no Agronegócio. Além disso, parte importante das contribuições vem do Interior. O Rio Grande do Sul é um dos poucos Estados que possui centros de excelência em todas as suas regiões.

- Cada uma das oito regiões trabalhadas dentro do Inova RS delineou sua visão de futuro e as suas áreas de vocação. Seis delas têm como área o setor agroalimentar. Ou seja, é o potencial de crescimento e desenvolvimento do nosso Estado - diz Simone. (Zero Hora)



Produtores do Elite a Pasto superam estiagem e aumentam produtividadeDiante de um período de estiagem entre os meses de novembro de 2022 a março de 2023 que afetou a produção agropecuária no Estado, os produtores participantes do Projeto Elite a Pasto, em Serafina Corrêa, conseguiram manter o ritmo de melhoria da produtividade leiteira em suas propriedades, mesmo com o desafio da escassez de chuvas. 

Um exemplo é a propriedade de Nelson Pavoni e família, uma Unidade de Referência do Projeto Elite a Pasto, que destaca os bons resultados alcançados durante esse período do último verão. Nos meses mais difíceis da estiagem e calor, entre dezembro e fevereiro, a propriedade obteve médias de produção na faixa de 30 litros/vaca/dia com suas vacas holandesas. A Granja Perin, outra unidade de referência, registrou média entre 21 e 25 litros/vaca/dia com vacas Jersey. Em ambos os casos, essas produtividades foram alcançadas em um sistema de alto consumo de pasto e moderada suplementação volumosa ou concentrada, mesmo com a falta de chuvas no período.

Conforme os registros de dados mensais das propriedades realizados no projeto, essas produtividades leiteiras, com esses níveis de suplementação, geralmente só eram alcançadas nessas propriedades no inverno, com a disponibilidade de pastagens hibernais, de maior qualidade, e uma condição climática mais favorável para os animais em temperatura e umidade.

O produtor Gilson Perin relata que o segredo está na utilização de pastagem perene, no manejo da altura de pasto e na suplementação ajustada no momento adequado. Gilson ainda afirma que "nem tudo são flores, mas em um período de 20 dias sem chuvas, por exemplo, se perde um ou dois ciclos de pastejo devido ao atraso do pasto". No entanto, assim que chove, o pasto se recupera e a produção volta ao normal. "Diferente de uma lavoura de milho para silagem, por exemplo, onde uma estiagem de 20 dias pode comprometer a disponibilidade de volumoso para o ano todo", reforça. 

O engenheiro agrônomo Leandro Ebert, da Emater/RS-Ascar, explica que esses resultados foram alcançados graças à adoção de tecnologias como o Rotatínuo, que dentre outros benefícios aumenta a capacidade de rebrote e resiliência do pasto frente a adversidades, além da adubação de sistemas, o uso de bioinsumos e a intensificação da produção de silagens de inverno. Essas práticas adotadas permitiram uma melhor utilização dos recursos forrageiros e uma maior disponibilidade de forragem nas propriedades para enfrentar a estiagem.

No entanto, o que impulsionou ainda o avanço na produtividade, explica Ebert, foi o emprego das técnicas para elevar o consumo de pasto pelos animais, com o Rotatínuo, associadas ao balanceamento das dietas dos rebanhos, utilizando-se de métodos avançados e atualizados para exprimir o ótimo potencial de produção dos rebanhos com esse alto consumo de pasto. A partir dessa experiência, Nelson Pavoni ressalta que "mesmo quando você está bem, não pode se acomodar, porque sempre tem espaço para melhorar". (Emater)


Jogo Rápido

Impactos das importações de leite em pó
Leite em pó - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras entidades do setor produtivo participaram, na segunda-feira (19), de reunião com a deputada Ana Paula Leão e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para discutir a importação de leite no país. O crescente e expressivo aumento da importação de leite em pó em 2023 tem preocupado o setor lácteo brasileiro, principalmente em razão dos impactos na competividade do pequeno e médio produtor de leite. Segundo o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura Leite da CNA e presidente da Comissão Técnica da Pecuária de Leite do Sistema Faemg, Jônadan Ma, foram apresentados no encontro os gargalos da produção nacional de leite diante da importação de lácteos, que muitas vezes são subsidiados em seus países de origem. As importações estão em excesso, batendo recordes, prejudicando a produção nacional. Conseguimos uma resposta muito positiva por parte do ministro para que, junto com outros ministérios (MDIC e MAPA), possamos adotar medidas para melhorar a situação do produtor de leite brasileiro”, disse Jônadan. As importações brasileiras de lácteos de janeiro a maio de 2023 tiveram acréscimo de 212% de janeiro a maio deste ano em relação aos primeiros cinco meses de 2022. Neste ano, o Brasil já importou 850 milhões de litros de leite, volume que, no ano passado, foi atingido só em setembro. Participaram da reunião o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, e o assessor técnico da entidade, Guilherme Dias. (SISTEMA FAEMG)


 
 
 

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Porto Alegre, 16 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.924


Governo sinaliza ajuste no FAF para embalagens acartonadas

O governo do Estado deve excluir as embalagens acartonadas da base de redução tributária do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). A sinalização veio nesta quinta-feira (15/6) em reunião realizada com lideranças do setor de proteína animal em Porto Alegre (RS) e atende a pedido que vem sendo feito há meses pelo setor lácteo. Com isso, evita-se uma penalização tributária do setor já que o Estado não dispõe de empresas aptas a fornecer o insumo em solo gaúcho.
 
Presente ao encontro, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Guilherme Portella, lembrou que o pedido do setor contempla outros insumos sem produção no RS, como alguns itens plásticos e ingredientes para fabricação de queijos. Contudo, garante Portella, essa exceção já configura um precedente importante e grande avanço. “A medida atende as indústrias que beneficiam leite UHT, produto básico presente na mesa das famílias gaúchas, e outros alimentos que utilizam esse tipo de embalagem. Ficamos felizes pela sensibilidade do governo, representada nessa iniciativa, em um momento complexo para o nosso setor. Seguimos, contudo, aguardando posição similar sobre fermentos para produção de queijo, bem como embalagens termoencolhíveis e outros insumos que não possuem similar no Estado. A decisão é um avanço considerável depois de meses de reuniões e demonstra a preocupação do governador Eduardo Leite, seus secretários e também da bancada gaúcha com a competitividade da produção de leite do Estado”.
 
Adicionalmente, a expectativa dos dirigentes que estiveram no encontro é que demais medidas de ajustes tributários sejam anunciadas nos próximos dias como forma de equilibrar as disparidades tributárias da produção de lácteos entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. “Entendemos que o governo está sensível aos setores da produção. Porque sem essas medidas agravamos problemas de competitividade que dificultam nossa participação no mercado nacional, o que é indispensável para um setor que precisa vender 60% de sua produção em outros estados do Brasil. Sem dúvida, foi uma reunião de grandes avanços”, sinalizou Portella. Um novo encontro do GT da Proteína Animal será realizado no dia 17 de julho. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)

Crédito da foto: Gustavo Carus/ Ascom Sedec


RS: Estado mantém vigilância sobre casos de febre maculosa

O Governo do Estado, por meio das secretarias da Saúde (SES) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), trabalha no monitoramento de casos da febre maculosa. A doença pode acometer humanos e outros animais e sua transmissão é dependente da picada de carrapatos vetores infectados. A enfermidade é causada por bactérias do gênero Rickettsia.
 

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (15), a SES e a Seapi reforçam que a forma potencialmente letal de Febre Maculosa nunca foi registrada no Rio Grande do Sul. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), entre  2007 e 2022, foram confirmados 17 casos de febre maculosa no RS, sem nenhum óbito. Até o momento, em 2023, não há confirmação de casos no Estado.

É importante ressaltar que no Brasil existem duas apresentações da febre maculosa. Uma delas, com alto potencial de letalidade, causada pela espécie Rickettsia rickettsii, e uma forma mais branda e não-letal, causada pela espécie Rickettsia parkeri.  A forma potencialmente letal tem sua ocorrência concentrada na região Sudeste do Brasil e, eventualmente, no Paraná. São Paulo concentra a grande maioria dos casos letais, no qual as pessoas apresentam febre e manchas hemorrágicas pelo corpo. Apesar de comum em quase todo o Brasil, o carrapato Amblyomma sculptum não é encontrado no RS, essencialmente, por questões climáticas.

No RS, a transmissão da febre maculosa não está associada ao carrapato-estrela (A. sculptum), mas a outras espécies de carrapatos do gênero Amblyomma, encontradas em animais silvestres e, ocasionalmente, em cães e gatos. Importante observar, ainda, que no Estado a Febre Maculosa não tem perfil de ocorrência em área urbana. A maior parte dos casos está está associada a pessoas que frequentaram áreas de mata densa, trabalhando ou fazendo atividades de caça e trilha.

Além disso, o carrapato bovino (Rhipicephalus microplus) não apresenta qualquer risco de transmissão de febre maculosa ao ser humano. O carrapato comum do cão nas áreas urbanas (Rhipicephalus sanguineus) também não tem sido considerado como vetor relevante de febre maculosa.

Para saber mais acesse a Nota Técnica - Febre Maculosa: Situação do Rio Grande do Sul em 2023, elaborada em conjunto pela SES e pela Seapi. (Saúde RS)

 

 

Queda de preços no mercado internacional ainda não atingiu consumidores, diz Centeno, do BCE

As quedas nos preços de matérias-primas, energia e produtos alimentícios no mercado internacional ainda precisam deixar sua marca sobre bens de consumo ou as taxas de juros terão que ser elevadas ainda mais, disse o membro do Conselho do Banco Central Europeu Mario Centeno nesta sexta-feira.

"A esmagadora maioria dos choques inflacionários, se não todos, já se reverteram", disse ele em coletiva de imprensa em Lisboa, acrescentando que os efeitos totais da reversão ainda não chegaram os consumidores finais.

Ele disse que se agentes econômicos falhar em transmitir essa queda dos preços, "isso colocará pressão adicional sobre a política monetária e prolongará o período de altas de juros".

O Banco Central Europeu elevou os custos de empréstimos da zona do euro para seu nível mais alto em 22 anos na quinta-feira e disse que a inflação alta quase garantiu outro movimento no próximo mês e provavelmente além disso também.

O BCE elevou os custos de empréstimos da zona do euro ao nível mais alto em 22 anos na quinta-feira e disse que a inflação elevada garante outro movimento no próximo mês e provavelmente depois também.

Embora a inflação permaneça alta, Centeno disse que as taxas de juros permanecerão em "território restritivo", acrescentando que espera que isso continue por algum tempo após o verão (no hemisfério norte). (Fonte: Reuters - Investing - br.investing.com)


Jogo Rápido

Frio, umidade e chuva previstos para os próximos sete dias no RS
Os próximos sete dias permanecerão frios, com umidade e chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (16/6), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. No sábado (17/6) e domingo (18/6), presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas e formação de geadas, especialmente no Planalto, Serra do Nordeste e Campos de Cima da Serra. Na segunda (19/6) e terça-feira (20/6), o ar frio seguirá predominando, e o ingresso de umidade deverá provocar chuvas isoladas na maioria das regiões. Na quarta-feira (21/6), a propagação de uma nova área de baixa pressão vai provocar chuva em todo o Rio Grande do Sul, com risco de tempestades isoladas. Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 40 mm na maioria dos municípios da Metade Sul. No restante do Estado, os totais esperados deverão variar entre 50 e 80 mm, podendo superar 125 mm em diversas localidades da Serra do Nordeste e do Litoral Norte. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.923


Produtores querem sobretaxa para importação de lácteos do Mercosul

A Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha enviou nesta quarta-feira (14) ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, ofício reivindicando a adoção imediata de uma Tarifa Externa Comum (TEC) de 12% para produtos lácteos importados do Mercosul. A proposta é que a medida seja válida pelo prazo de seis meses em todo o País. O documento reforça a pauta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

Presidente da Frente, o deputado estadual Elton Weber (PSB) diz que a medida tem como objetivo frear a redução de preço ao produtor, que em plena safra está recebendo, em média, R$ 2,70 pelo litro. “Neste ano, as compras brasileiras de leite e laticínios da Argentina e Uruguai dispararam. E o Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais importou. Esse cenário penaliza muito o agricultor. E, vamos lembrar, a concessão de subsídios destes países alcança mais de 50% seus produtores”, ressalta o parlamentar.

Segundo dados da plataforma Comex Stat, do governo federal, as importações brasileiras de leite e laticínios da Argentina e do Uruguai em relação ao mesmo período de 2022 saltaram 286,4% em valor, chegando a US$ 263,2 milhões, e 230,6% em volume, atingindo 69,9 mil toneladas. Deste total, o Rio Grande do Sul importou US$ 34,1 milhões, com variação de 230,7% sobre o período de janeiro a abril de 2022.

O parlamentar ressalta que, em função das melhores condições de preço dos importados, já há, em algumas regiões, a intenção das indústrias em pagar entre R$ 0,23 a R$ 0,25 a menos pelo litro do leite aos produtores. A expectativa, a partir da entrada em vigor da TEC, ainda em junho, seria reduzir o volume de entrada dos produtos pelas fronteiras em até 200%, trazendo de volta a situação do primeiro semestre do ano passado.

“Na próxima semana, estaremos em Brasília para reforçar essa pauta junto ao governo. Mas esse é um assunto que já estamos tratando com o MDA, a Companhia Nacional de Abastecimento e a Fetag. Os Conselhos Paritários Produtores/Indústrias de Leite (Conseleites) do Paraná e de Minas Gerais, assim como parlamentares desses Estados também estão envolvidos, pois o interesse é comum”, completa Weber.

Para o coordenador do Conseleite-RS e secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, o pleito da Fetag e da Frente Parlamentar é válida e pode ajudar a conter a queda de preços pagos aos produtores brasileiros. Ele pondera, entretanto, se já há encontra embasamento legal para a cobrança da sobretaxa, que exigiria um estudo antidumping prévio.

“Se governo federal quiser, ele tem condições de amenizar essa situação ao produtor nacional de leite. Mas também é verdade que há baixos estoques do produto. A ação pode diminuir a entrada de leite em pó e queijos no Rio Grande do Sul e no País, beneficiando o produtor, em uma perspectiva de médio e longo prazo”.

Palharini observa, porém, que há um problema em relação à capacidade de compra da população. E que os dois lados desse cabo de guerra precisam ser considerados. “O produtor sofre com redução de preço, mas num momento em que o custo de produção está voltando a padrões pré-pandemia. A volta das chuvas permite uma pastagem natural com melhor desenvolvimento”, analisa o dirigente. (Jornal do Comércio)


GT da proteína animal sai do papel

Grupo de trabalho liderado pelo Estado irá socorrer produtores, indústrias e cooperativas

A primeira reunião do grupo de trabalho (GT) formado por secretarias de Estado, parlamentares, entidades setoriais e empresariais que têm a incumbência de formular medidas emergenciais de apoio ao setor de proteína animal gaúcho está programada para ocorrer hoje. O encontro ocorrerá 52 dias após o governador Eduardo Leite ter oficializado a formação
do colegiado para socorrer os setores de aves, de suínos, de carne bovina e de lácteos, inclusive os ligados às cooperativas.O GT é composto por integrantes de três comissões da Assembleia Legislativa (Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo; Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo; e Saúde e Meio Ambiente) e pela Frente Parlamentar de Agropecuária Gaúcha. Do setor privado, participarão o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a Associação de Criadores de Suínos (Acsurs), a Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos no Estado do Rio Grande do Sul (Sips), o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs), a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios (Apil), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), e Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs).A Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec) será responsável pela coordenação dos trabalhos. Conforme a pasta, o objetivo do encontro inaugural, que será conduzido pelo secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, será apresentar formalmente os representantes das entidades e dos órgãos governamentais e iniciar o debate para implementação de ações.

Dentre as medidas em discussão está a revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Trata-se de um percentual de desconto aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de matéria-prima e insumos realizadas fora do Rio Grande do Sul.

E que, na prática, incide sobre itens básicos às indústrias de proteína animal, como embalagens Tetra Pak e papelão, por exemplo. Conforme o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a penalização do setor no cálculo de descontos crescentes do FAF será de 10% em 2023 e chegará a 15% em 2024.

De acordo com a publicação do governo do Estado no Diário Oficial (DOE), o trabalho do colegiado tem duração prevista de 180 dias. A reunião está agendada para começar às 15h30min, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre. (Correio do Povo)

China: relatório sobre a produção de lácteos é divulgado

A produção total de leite da China em 2023 deverá ser de mais de 42 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4% em relação a 2022 devido a ganhos de eficiência de produção e um maior estoque de gado, de acordo com estimativas do escritório do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA na China.

A previsão é de que as importações de leite fluido em 2023 excedam levemente os níveis de 2022, à medida que o consumo se recupera, mas a produção doméstica pesa sobre as importações, afirma o relatório. Para leite em pó integral (WMP), a previsão de produção para 2023 subiu para quase 1,8 milhão de toneladas, já que o excesso de leite cru é processado em WMP.

As previsões de importações de WMP foram reduzidas para 600 mil toneladas, pois alguns processadores de alimentos estão aumentando o uso de WMP produzido internamente. Em 2023, a produção de leite em pó desnatado (SMP) está prevista em 25.000 toneladas, mas as previsões de importações foram reduzidas para 330.000, semelhante a 2022, devido à maior produção doméstica de WMP.

WMP e SMP são considerados ingredientes que podem ser substituídos um pelo outro em determinados produtos. A produção doméstica de queijo permanece mínima, mas espera-se que aumente para 25.000 toneladas com os preços mais baixos do leite.

Em 2023, as importações de queijo estão previstas em 150.000 toneladas, acima das taxas de 2022, à medida que o consumo de queijo no setor hoteleiro, restaurante e institucional (HRI) se recupera. 

As importações de manteiga em 2023 estão previstas para 140.000 toneladas, à medida que a demanda doméstica se recupera após o fim das restrições do Covid-19. No entanto, os altos preços de importação podem pesar sobre as importações. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Febre Maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa. Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste. Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves. No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, conhecido como carrapato estrela. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.  Importante: De acordo com a Portaria do MS de consolidação PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 - todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes. Clique aqui e acesse conteúdo sobre o tema. (Ministério da Saúde) 


 
 
 

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Porto Alegre, 14 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.922


Balança comercial de lácteos: importações voltam a crescer em maio - Parte 02 de 02

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de abril e março deste ano.
 
Tabela 1. Balança comercial láctea em maio de 2023.

Tabela 2. Balança comercial láctea em abril de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Diferentemente do que era esperado no início de 2023, por conta das dificuldades climáticas causadas pela La Ninã, a produção de leite na Argentina (principal fornecedor das importações brasileiras) encerrou o mês de abril com uma variação anual positiva, deixando o resultado da produção no país nos primeiros quatro meses do ano praticamente em linha com o observado em 2022 no mesmo período.

Dessa forma, um dos principais fatores que impulsionava a expectativa de queda nas importações neste ano não se concretizou, permitindo esse aumento observado no mês de maio.

Portanto, para os próximos meses, ainda é esperada uma variação mensal negativa nas importações por conta da oferta interna que deve começar a aumentar com o fim da entressafra do leite, principalmente na região Sul (maior região produtora atualmente e que possui sua entressafra antecipada em relação às demais regiões). Porém, com o resultado visto na produção argentina até o momento, as importações devem encerrar o 1º semestre do ano ainda em alta quando comparado com 2022, com o resultado do 2º semestre ficando próximo do que foi visto no ano anterior.

Além disso, é preciso salientar que os preços internacionais ainda seguem competitivos frente aos preços praticados no mercado interno, mesmo com as recentes desvalorizações observadas nos principais derivados lácteos brasileiros desde a segunda quinzena de abril.

Já para as exportações, ainda não há evidências de uma abertura significativa de janela exportadora para o mercado brasileiro, dessa forma é esperado que o volume exportado se mantenha em linha com o observado recentemente. (Milkpoint)


Quem são os maiores consumidores de lácteos?

Mulheres são as maiores consumidoras de iogurte, enquanto os homens na faixa de 70 anos ou mais são os que mais bebem leite. Essas são algumas conclusões do estudo aqui apresentado.De acordo com os dados preliminares do Censo Demográfico/IBGE, de 2022, o Brasil tem cerca de 208 milhões de habitantes. Isso significa que o setor de leite e derivados tenha cerca de 208 milhões de possíveis consumidores, que diferem em credo, gênero, raça, idade, cultura etc. Além disso, esses consumidores estão cada vez mais informados o que faz com que sejam criteriosos nas suas escolhas alimentares num cenário de constantes oscilações econômicas. Portanto, pode-se afirmar que está cada vez mais difícil vender leite e derivados no Brasil e atender às necessidades desses consumidores. Diante disso, torna-se fundamental conhecer o mercado se a proposta é atender de forma adequada e eficiente às demandas desse público.

Estudos anteriores da Embrapa Gado de Leite, em parceria com a UFJF-Universidade Federal de 
Juiz de Fora, identificaram características específicas dos consumidores de leite e derivados no país. 

Nesse âmbito, as principais constatações das pesquisas foram:

• Quando se considera o total de lácteos, as crianças e adolescentes se destacam como os maiores consumidores
• Crianças e adolescentes são também os maiores consumidores de bebidas lácteas e 
leite fluido
• O consumo de queijos aumenta com o avanço da idade dos consumidores 
• Não há diferença significativa de consumo total de lácteos entre os gêneros
• Regiões de maior renda média têm maior consumo de leite e derivados

No entanto, seguindo a abordagem do marketing, são aqui analisadas as personas do leite brasileiro. 

Persona é a caracterização ou definição do perfil do consumidor ideal, ou seja, do maior consumidor de determinado produto. Para isso, foram empregados os microdados da mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Essa pesquisa de consumo é realizada por meio do preenchimento de diários alimentares por parte de amostra significativa da população brasileira com mais de 10 anos. 

A tabela 1 apresenta a definição da persona de queijos, iogurte e leite. 

PESSOAS QUE CONHECEM A PRODUÇÃO DE LEITE SÃO OS MAIORES CONSUMIDORES

Para o leite, o modelo empregado utilizou apenas dados de consumo de leite puro, uma vez que o leite consumido combinado com outros alimentos é considerado em outra categoria na POF. As variáveis significativas no modelo de definição da persona foram: gênero, geração, classe de renda e local de moradia (zona urbana ou rural). Já as variáveis escolaridade, localização geográfica e raça não foram significativas e, portanto, foram retiradas da análise.

O modelo revelou que os homens da chamada geração ‘Silenciosa’, ou seja, aqueles nascidos antes de 1945, pertencentes à classe AB e residentes na zona rural, são os maiores consumidores de leite. 

Não se pode afirmar que sejam produtores de leite, mas são grandes fazendeiros, visto que vivem no meio rural e dispõem de renda elevada. Assim, esse resultado mostra que as pessoas que conhecem a produção de leite e, muito provavelmente, os benefícios do produto, são os seus maiores consumidores. 

Essa informação é relevante para posicionamento de mercado e orientação de campanhas de marketing do setor.

A persona do iogurte é mulher da geração Y (nascida entre 1981 e 1995), da classe AB e residente em zona urbana, o que indica perfil bem diferente da persona do leite. Quando se analisa cada variável individualmente, observa-se que o fato de ser mulher influencia muito o consumo de iogurte. As mulheres consomem, em média, 3,7 kg de iogurte por ano, enquanto os homens ingerem 2, 4 kg, ou seja, diferença de mais de 50% no consumo. Esse resultado está alinhado com trabalhos científicos que mostram que as mulheres tendem a buscar mais produtos com apelo de saudabilidade.

Outra variável que tem forte impacto no consumo de iogurte é a renda. Brasileiros da classe AB ingerem quase duas vezes mais iogurte que aqueles da classe C e mais de três vezes o consumo da classe DE.

No caso dos queijos, os maiores consumidores são do sexo masculino, pertencem à geração Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1960), classe AB e residem na zona rural. Nesse sentido, o maior consumidor de queijo se assemelha muito ao maior consumidor de leite, com exceção da geração a que pertencem. Na realidade, quando se refere ao consumo, estas duas gerações (Silenciosa e Baby Boomers) refletem indivíduos mais maduros, em muitos casos aposentados, com estabilidade financeira.

Dessa forma, essa análise dos maiores consumidores evidenciou que diferentes produtos lácteos 
apresentam diferentes personas, o que deve ser entendido e trabalhado no marketing do setor de forma a ampliar cada vez mais o consumo desses produtos.

Fonte: Kennya B. Siqueira, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite; João Pedro Junqueira Schettino, mestrando em Modelagem da Universidade Federal de Juiz de Fora; Marcel de Toledo Vieira, professor de Estatística da Universidade Federal de Juiz de Fora; Ygor Martins Guimarães, estudante de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Juiz de Fora. Via Anuário do Leite 2023 - EMBRAPA

Seminário debate impactos da reforma tributária nesta quinta e sexta-feira

O Instituto de Estudos Tributários (IET) promoverá, nesta quinta e sexta-feira (15 e 16/6), um seminário para debater a reforma tributária. O evento será realizado de forma híbrida, sendo o presencial no Auditório Bill Hewllett da TECNOPUC (Avenida Ipiranga, 6681 - Prédio 99 A - térreo). A iniciativa visa aprofundar e esclarecer o processo a partir de temas apresentados por especialistas da área.  

Ainda serão abordadas pautas como a viabilidade constitucional das propostas em curso, as repercussões contábeis e os impactos nos diferentes setores, inclusive no agronegócio. 

Segundo o coordenador do seminário Arthur Ferreira, o intuito é debater a proposta que está em vias de ser levada à votação no Congresso Nacional, tendo em vista a profunda alteração que a mesma provocará no Sistema Tributário Brasileiro, caso aprovada. “Especialmente em razão dos riscos de oneração de determinados setores econômicos que sofrerão aumento de carga tributária - inclusive o setor agro-, bem como os riscos de abalos na nossa federação”, acrescenta. 

O valor da inscrição presencial para associados IET, IBDT, ABRADT, SESCON e CDEA é de R$ 360. Alunos da pós IET são isentos da taxa. Para estudantes de graduação o investimento é de R$ 280, de pós-graduação R$ 420 e demais profissionais de R$ 480. Na modalidade on-line, a taxa é de R$ 120 para IET, IBDT, ABRADT, SESCON e CDEA; de R$ 80 para alunos da graduação; R$ 160 pós-graduação; e R$ 240 para demais profissionais. As vagas são limitadas. As inscrições devem ser realizadas clicando aqui.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Inscrições para a etapa final do 2º Prêmio Referência Leiteira vão até o dia 30 de junho
As inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira se encerram no dia 30 de junho. O mérito tem como objetivo reconhecer o trabalho realizado por produtores que estão vinculados à indústria de laticínios do Rio Grande do Sul. Para participar, é necessário enviar o material de apresentação por e-mail para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br. Os cases serão reconhecidos em seis categorias, sendo elas Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Os vencedores receberão um troféu, certificado e um notebook. A revelação dos resultados e a entrega dos prêmios acontecerão durante a Expointer que, neste ano, ocorre de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A iniciativa é promovida pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do Sindilat.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.921


Balança comercial de lácteos: importações voltam a crescer em maio – Parte 01 de 02

Após a recuperação no saldo da balança comercial de lácteos obtida no mês de abril, maio encerrou com um novo recuo.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo obtido no último mês chegou a -195,6 milhões de litros em equivalente-leite, ficando 60 milhões de litros abaixo do resultado do mês anterior, chegando ao segundo menor patamar de 2023, atrás somente do resultado obtido em março, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações seguiram aumentando no mês de maio e chegaram a um volume total exportado de 7,10 milhões de litros em equivalente-leite, 1,27 milhão de litros acima do mês anterior, sendo esse o maior resultado obtido até o momento em 2023, como mostra o gráfico 2. Porém, o resultado obtido seguiu abaixo do observado em 2022. Em relação ao mês de maio de 2022 houve uma queda de 38% (4,32 milhões de litros em equivalente-leite), enquanto em relação ao total exportado nos primeiros cinco meses do ano, 2023 se encontra 48% abaixo do total exportado no mesmo período de 2022. 

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às importações, o mês de maio encerrou obtendo o segundo maior resultado no ano, em cerca de 202,7 milhões de litros em equivalente-leite, ficando 60,8 milhões de litros acima do total importado em abril e somente 452 mil litros abaixo do mês que possui o maior resultado de 2023 até o momento, março. Quando comparado com o resultado de maio de 2022, o aumento obtido também foi muito significativo, em 217,1% (138,8 milhões de litros), como pode ser observado no gráfico 3. 

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Um dos fatores relacionados a esse forte aumento nas importações no último mês é a queda na oferta brasileira, que ocorre sazonalmente devido a entressafra do leite. Além disso, o baixo patamar dos preços internacionais e o real se valorizando frente ao dólar têm mantido os preços dos produtos importados competitivos frente aos nacionais (que passaram por aumento de janeiro até agora).

Sobre as categorias importadas, somente um produto registrou variação mensal negativa, o doce de leite, em cerca de -30%, sendo que no mês de abril, o doce de leite havia sido o único produto a obter variação mensal positiva.

Entre todos os demais produtos, que passaram por acréscimo na importação no último mês, o destaque em variação percentual foi obtido pelos leites modificados, que passaram por um aumento mensal de 464%, chegando ao maior volume importado em um mês em 2023, cerca de 15,15 toneladas.

Enquanto em relação aos produtos de maior representatividade nas importações, o soro de leite também passou por um aumento significativo nas importações de maio, obtendo uma variação mensal de 134%, também atingindo o maior volume importado de 2023 até o momento. E este mesmo resultado mensal recorde para este ano também foi observado no leite em pó integral, que passou por um aumento mensal de 51% (e seguiu sendo o principal produto importado), nas manteigas (+ 104%) e nos queijos totais (+27%).

Nas categorias exportadas, três produtos passaram por variações mensais negativas, sendo eles os leites modificados (-33%), o leite UHT (-26%) e a manteiga (-21%), enquanto os destaques positivos ficaram por conta do leite em pó desnatado, com um pouco mais de 600 quilos sendo exportados, 2.920% acima do exportado em abril/23, e por conta do leite em pó integral, com quase 108 toneladas exportadas, 1.362% acima do mês anterior. O principal produto exportado seguiu sendo o leite condensado, que também passou por variação mensal positiva, em 24%. (Milkpoint)


Anuário do Leite 2023

A Embrapa Gado de Leite, em parceria com a Texto Comunicação, lançam o Anuário Leite 2023. A publicação tem como temática principal, o leite baixo carbono, que se configura como uma demanda da sociedade, mas que também é uma grande oportunidade a ser explorada pelo setor. E o Anuário mostra que já temos muito conhecimento baseado em ciência gerado pela Embrapa e parceiros para respondermos a essa demanda. Além disso, a publicação traz os principais números do setor e análises dos mercados nacional e internacional, bem como outros temas de destaque como leite A2, queijos artesanais e novidades da pesquisa já disponíveis para a cadeia. Para baixar gratuitamente é só acessar o site da Embrapa Gado de Leite, clicando aqui.As informações são da Embrapa

Equipamento torna mais eficiente análise do leite

SondaLeite, desenvolvida pela Embrapa, oferece classificação segura da qualidade do produto captado nas propriedades e detecta o leite “lina” que, mesmo não sendo o padrão, pode ser aproveitado pela indústria

Uma das produções mais tecnificadas e com maior controle de qualidade é a do leite. Há anos, a atividade está submetida a uma série de normativas que aumentaram a segurança em relação à captação, à temperatura e ao trânsito do produto, de forma a garantir um alimento livre de impurezas ao consumidor. Neste âmbito, uma inovação criada pela Embrapa, o SondaLeite se soma ao esforço de sanidade e também oferece à indústria uma ferramenta de melhor aproveitamento das matérias-primas produzidas pelas fazendas. O equipamento, desenvolvido pelas unidades da Embrapa Instrumentação e Clima Temperado, detecta de forma precisa e rápida qual classificação define o leite coletado e levado à análise, se normal, lina (leite instável não ácido) ou ácido.

Atualmente, o teste do álcool é utilizado nas fazendas no momento de carregar o leite cru para os caminhões de transporte que vão levá-lo à indústria. Este exame é responsável por mostrar se o leite pode ser carregado ou não, garantindo que um leite ácido (inútil para o processamento), será descartado. A Embrapa pesquisou a utilização do SondaLeite como um teste alternativo a esse − e que deve entrar em execução nos próximos meses − que identificará composições do leite que podem ser aproveitados pela indústria mesmo que não estejam na categoria normal. Ou seja, a metodologia permite apontar dentro do leite que seria classificado como ácido, uma composição do líquido que pode ser aproveitada. Por meio de ondas luminosas, o equipamento conseguirá detalhar a composição em apenas 25 segundos. 

Segundo a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Maira Balbinoti Zanela o teste “mede a reflexão de luz em vários comprimentos de onda no leite”, identificando o leite tipo “lina”. Esta alteração na qualidade se dá no desequilíbrio no sistema de produção, com a perda de caseína. No teste do álcool, esta característica define o lina erroneamente como ácido e, portanto, descartável. As pesquisas relacionadas ao lina começaram em 2002, conforme a pesquisadora, mas e o desenvolvimento do SondaLeite teve início em 2019, foi interrompido na pandemia e retomado no final do ano passado, com novos testes de detecção da estabilidade do leite cru. 

O teste do álcool, regulamentado pela Instrução Normativa nº 62, é obrigatório desde 2011. Foi escolhido por ser rápido e confiável para mostrar se o produto está plenamente apto a ser carregado. Contudo, composições de leite como o lina podem ser usados pela indústria, principalmente na alimentação animal ou em outros produtos que passem pelo processo de pasteurização.

Maira Zanela esclarece que o leite cru tem composição muito variável entre as regiões e os rebanhos do Estado do Rio Grande do Sul. Desta forma, neste momento a pesquisa está comparando os resultados obtidos pelo SondaLeite com outros testes semelhantes, como o próprio teste do álcool. Mesmo com toda essa tecnologia embarcada, Maira reforça que o equipamento deve ser de fácil e rápida operação, sem deixar de ser seguro. “Na verdade, ele faz a leitura sozinho: coloca-se o leite no equipamento e se dá o comando que pode ser feito pelo próprio celular. A ideia é que ele já te dê o resultado final, em uma forma de fácil visualização se o leite é normal, ácido ou lina”, explica a pesquisadora. 

Estudos relacionam o lina à problemas decorrentes da deficiência nutricional das vacas leiteiras, o que resulta num leite com essa formulação específica. 

De acordo com Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), esse problema já foi maior no Rio Grande do Sul, mas, neste momento, estima que cerca de 2% do leite produzido pelos gaúchos se enquadrem na categoria Lina. “A incidência é maior em produtores menores, com menos infraestrutura, mas não quer dizer que nos grandes não aconteça”. 

Segundo Darlan, houve um investimento dos produtores em complementos e aditivos para a nutrição das vacas leiteiras, o que pode ter reduzido a incidência. “Mas a pesquisa não deixa de ser relevante para diminuir ainda mais os prejuízos dos produtores. Como tivemos essas últimas estiagens, pode ter ocorrido um pouco mais”, reconhece o dirigente do Sindilat.

SondaLeite
Equipamento portátil, utiliza feixes de luz para classificar o leite como normal, lina ou ácido, no local em que é produzido;

É uma ferramenta capaz de eliminar a interferência humana, incertezas e minimizar os prejuízos da cadeia leiteira, especialmente para os pequenos produtores;

Permite a identificação do chamado lina (leite instável não ácido), cuja detecção ainda é um desafio pelos métodos convencionais;

Tecnologia aguarda parceria para licenciamento e comercialização;

Poderá ser utilizado diretamente no campo, acoplado em caminhões de coleta a granel, bem como no laboratório, ou instalado nos tanques de resfriamento, em laticínios e cooperativas. (Correio do povo)


Jogo Rápido

Pesquisa desenvolvida pela Embrapa trigo do Rio Grande do Sul comprovou que o trigo é capaz de sequestrar mais carbono do que emite para a atmosfera. E em tempos de agricultura de baixo carbono, essa é uma ótima notícia, como conta o chefe geral da Embrapa trigo, Jorge Lemainski. Assista aqui. (Youtube Agro+)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.920


Conseleites avaliam integração nacional pelo desenvolvimento do setor

Os Conseleites brasileiros avaliam a integração de suas câmaras técnicas e grupos de debate de forma a buscar soluções conjuntas para os entraves do setor. A proposta surgiu durante o 1º Encontro Nacional dos Conseleites do Brasil, realizado na tarde desta quinta-feira (8/6) de forma inédita durante a Megaleite, em Belo Horizonte (MG). Atualmente, cada câmara técnica delimita sua metodologia de trabalho e parâmetros para obtenção do valor de referência do leite, mas as dificuldades vividas nos seis estados onde há colegiado são similares: margens de rentabilidade minimizadas, falta de estímulo à produção e concorrência ferrenha com os importados.

Foto: Mariana Mendes/ Assessoria de Comunicação - Sistema Faemg Senar

A troca de experiências foi tão rica que uma agenda de novos encontros já foi debatida com expectativa de reprises anuais com rodízios entre os seis estados: PR, RS, SC, MT, MG e RO. Outra proposição que surgiu para reforçar essa integração foi a de criação de um parâmetro de estoques nacionais de forma a quantificar o leite armazenado no país.

Reunindo lideranças de produtores e indústrias, o evento foi marcado por apresentação de conquistas e desafios pelos seis estados onde há colegiado, entre eles o Rio Grande do Sul, onde as reuniões estão temporariamente suspensas por falta de liberação de recursos do Estado (Fundoleite) - elo produtor - para arcar com o estudo. “O Conseleite faz falta. Produtores e indústrias estão no mesmo barco”, defendeu o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e coordenador do Conseleite/RS, Darlan Palharini. Segundo ele, o Conseleite/RS vive um divisor de águas no RS, mas segue sendo o melhor local para ter transparência de posição das partes. “É um setor onde a concorrência começa no campo e termina na gôndola. Temos dois grandes grupos de produtores: os que estão sobrevivendo com problemas de sucessão e financeiros e que senão houver ação conjunta de uma política de Estado devem sair da atividade e aqueles que estão investindo”, ressaltou, citando o aumento na aquisição de robôs para a ordenha do gado leiteiro. Confiante na retomada do grupo gaúcho, foi contundente: “Se é ruim com o Conseleite, será muito pior sem ele”.

 O primeiro Conseleite surgiu no Paraná em 2003, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul (2007), Rondônia (2010), Minas Gerais (2019) e Mato Grosso (2021). Juntos, os Conseleites representam 68,3% do leite processado no Brasil, sendo que MG, PR e RS respondem por 24,5%, 14,40% e 13,30%, respectivamente.

Entre os principais ganhos constatados ao longo desses mais de 20 anos, está um estreitamento do diálogo na cadeia produtiva, consolidando-os como agentes de desenvolvimento do capital social. Para quantificar os ganhos advindos desse processo, já estuda-se, inclusive, a adoção de uma pesquisa objetiva para mensurar o impacto do Conseleite na construção do capital social dos estados. Avanço destacado também na fala do presidente da Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais, Antônio Pitangui de Salvo, ao abrir a reunião. “Tínhamos uma dificuldade gigantesca de conversar com as indústrias, diferentemente desse momento que estamos vivendo nos Conseleites. As coisas não são fáceis de serem construídas, mas precisamos estimular esse convívio entre os estados e as cadeias. Temos uma única saída: estarmos juntos dialogando, diminuindo as tensões políticas para que possamos avançar. Precisamos mostrar a cara do setor leiteiro. O agro precisa ser mais bem compreendido, e ninguém vai falar por nós senão nós mesmos.”

De Salvo reforçou que a solução para o impasse do setor é longa. “Não são só as importações. O problema da pecuária leiteira está dentro das porteiras, em gestão, em genética, em sanidade, em nutrição. Precisamos trabalhar da porteira para dentro e da porteira para fora”, disse, lembrando do tempo que uma vaca boa era a que produzia 15 quilos/dia, e hoje já atingimos marcas entre 20 e 30 litros/dia.

20 anos depois
Uma das fundadoras do projeto, a professora da UFPR Vânia Guimarães recordou que a instalação dos colegiados remonta a momentos de crise. Emocionada, ela agradeceu a todos os integrantes que dedicaram seu tempo e esforço nos diferentes estados. “O trabalho vai ficando mais difícil. As coisas não ficam mais fáceis, ficam mais difíceis”, frisou ela, lembrando dos impasses em volta do tema preço nas Câmaras Técnicas. “Valor de referência é valor de referência, não é preço. Preço só existe quando se faz negócio”, reforçou. 

O professor José Roberto Canziani explicou as diferenças de parâmetros definidas entre os Conseleites, citando que há variações de nível gordura, proteína, e até carga por propriedade no cálculo do valor de referência. Entre as tendências, citou os ganhos que devem surgir com a tecnologia da informação e o uso de plataformas inteligentes para pesquisa. No curto prazo, completou ele, o desafio é reduzir custos de revisões e fazer esforço para parametrizar as indústrias, assim como se fez com os produtores em relação a diferentes portes e ramos de atividades. “Conhecer, confiar e usar o Conseleite. Esse é o nosso desafio”. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Fundoleite será pauta da Assembleia Legislativa

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Estado confirmou que o convite feito aos representantes do Estado para explicar sobre os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) foi realizado para reunião do próximo dia 22 de junho. A iniciativa do deputado Elton Weber (PSB) abrange a Secretária da Agricultura (Seapi), a Casa Civil e a Procuradoria Geral do Estado (PGE). 

Desde 2020, o Estado não libera recursos do fundo, estimados pela cadeia produtiva leiteira em R$ 30 milhões. 

O objetivo do Fundoleite é custear ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia produtiva, mas a falta de repasse de recursos afeta o avanço de projetos e até a realização da pesquisa mensal do Preço de Referência do Leite, divulgada pelo Conseleite/RS, realizada pela última vez em janeiro deste ano.

O deputado lembra que a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater e do Sindilat. Atualmente, teriam restado 35 mil agricultores em atividade no Estado. (Correio do Povo)

 

Produtores de leite pedem urgência na taxação de produtos lácteos importados

Tema foi tratado pela Fetag-RS com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, durante abertura da 23ª Fenarroz

Os produtores de leite do Rio Grande do Sul solicitaram ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, providências urgentes para barrar a importação de lácteos pelo Brasil. O pedido foi feito pessoalmente pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, durante a abertura da 23ª Fenarroz, cuja solenidade oficial ocorreu ontem em Cachoeira do Sul. “Vamos formalizar a sugestão de sobretaxar a importação dos produtos lácteos por um tempo específico até que possamos reequilibrar o mercado aqui dentro”, adiantou Silva. O documento formal, que atende solicitação do próprio ministro, pedirá a reedição de uma medida, segundo Silva, adotada na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. “Em 2011 ou 2012, os produtos foram sobretaxados em 17% por cinco ou seis meses para que os preços reagissem no mercado interno”, lembrou.

O pedido, que teve origem na Comissão Estadual do Leite da Fetag-RS, é justificado nos números Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Conforme a plataforma Comex Stat, nos cinco primeiros meses do ano, as aquisições de leite em pó, creme de leite e laticínios (exceto manteiga e queijo) de outros países cresceram 247,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. No intervalo, foram adquiridas 92,2 mil toneladas, resultado de 350,5 milhões de dólares, valor 292,8% maior que o despedido pelo país nos primeiros cinco meses de 2022. 

O secretário-executivo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), Darlan Palharini, recorda que o alerta vem desde o início do ano. “Na Páscoa, o leite em pó usado pelas indústrias de chocolate do Brasil veio da Argentina e do Uruguai. Não há outra altenativa se não não cair o preço ao produtor”, ressaltou. Contudo, Palharini aguarda os movimentos de mercado que vão balizar a remuneração do leite em julho. “Vamos ver o que vai acontecer. O governo estadual e o federal não estão fazendo nenhuma equalização quanto aos benefícios recebidos pelos produtores da Argentina ou a incentivos para as exportações”, disse.
O Rio Grande do Sul figura, agora, como o segundo Estado que mais comprou lácteos de fora de janeiro a maio, atrás apenas de São Paulo. 

Gadolando defende regulação de mercado
Os números crescentes de importação de lácteos eleva a preocupação entre os produtores, como dos criadores da raça Holandesa. “Os números são dantescos, é gravíssimo, somos moeda de troca no Mercosul e esse comércio não vai parar, mas tem que ter uma regulação, seja em tonelada importada ou em taxação. É uma questão de soberania”, afirma o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês no RS (Gadolando), Marcos Tang. “Estamos comprando leite para nosso consumidor ter produto barato, mas não podemos matar o produtor em nome de alguns centavos a menos na gôndola do supermercado”, conta Tang, relatando que tem sido procurado diariamente por produtores que já não sabem o que fazer.

O dirigente conta um diálogo que teve com o pai há pouco dias sobre a crise do setor. “Meu pai tem 81 anos e falei pra ele que o preço do leite ia baixar, mas ele disse: não, nesta época, desde que sou produtor de leite, a vida inteira, o leite sempre aumenta”. Tang manifesta extrema preocupação com o cenário atual e diz que os números vão se refletir no campo, com mais desistências da atividade. “Nos últimos anos 22 mil famílias pararam de produzir leite. Na minha cooperativa, baixou em 17 centavos o preço pago ao produtor, outras baixaram 20, 30 até 40 centavos, e essa é uma época em que teríamos uma remuneração melhor pelo litro de leite”, diz o presidente da Gadolando. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Semana será de alternância entre calor e frio no Estado
A semana vai alternar entre calor e frio, com chuva expressiva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 23/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. A tendência para segunda-feira (12) é que ainda deverão ocorrer pancadas de chuva nas regiões Norte e Nordeste, e o ingresso de uma massa de ar frio vai provocar o declínio acentuado da temperatura em todo Estado. Na terça (13) e quarta-feira (14), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo Estado e a presença do ar frio manterá as temperaturas muito baixas, com valores próximos de 0°C em diversas regiões. Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das regiões. Na Metade Leste os valores previstos deverão variar entre 40 e 60 mm, e poderão alcançar 80 mm em alguns municípios do Litoral Norte. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 07 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.919


Embrapa Gado de Leite em MG apresenta sistemas para produção e genética para leite A2A2

Iniciou na terça-feira (06/06) uma série de agendas em Minas Gerais que têm como objetivo capitalizar conhecimentos para fomentar a indústria leiteira do Rio Grande do Sul e incrementar o manancial curricular da Escola Técnica Laticinista gaúcha. As atividades se concentraram na visita à Embrapa Gado de Leite e foram acompanhadas por Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Carine Schwingel, secretária municipal de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade e por Tanara Schmidt, diretora do Departamento de Meio Ambiente, órgãos ligados à prefeitura de Estrela (RS) que capitaneiam a implantação do educandário.

Em desenvolvimento pela Embrapa Gado de Leite, o grupo pode conhecer, na cidade de Juiz de Fora (MG), o andamento das pesquisas de melhoramento genético para a produção de leite A2A2. O alimento se diferencia por conter apenas beta-caseína A2, mantendo as mesmas propriedades benéficas para o consumo, evitando reações para quem tem alergia à proteína e melhorando a digestão deste alimento. Entre as raças com maior frequência de presença destes alelos estão as zebuínas.

Já na parte da tarde, no Campo Experimental José Henrique Bruschi, na cidade de Coronel Pacheco, a comitiva acompanhou o sistema de produção Compost barn, pesquisado pela Embrapa, como uma alternativa para a produção em confinamento, tendo como característica a cama orgânica de materiais como serragem ou maravalha, em que a compostagem dos dejetos ocorre naturalmente. Entre os resultados aferidos estão a garantia do bem estar animal assim como a baixa incidência de mastite.

Conforme Carine Schwingel, a proposta é firmar parceria para incorporar o manancial de conhecimento da Embrapa à Escola Técnica Laticinista gaúcha. “Conseguimos identificar na prática a importância da pesquisa e das avaliações técnicas para o melhoramento da qualidade e da produtividade do leite. A Embrapa tem um espaço diferenciado com profissionais e setor acadêmico voltados ao desafio de se produzir mais com menos, desde a alimentação ao ambiente. Queremos levar essas tecnologias para os nossos produtores através da Escola”, aponta.

Darlan Palharini acrescenta que a incorporação de novas tecnologias, tanto no campo quanto na indústria, é uma realidade que vem se impondo a fim de garantir competitividade ao leite gaúcho. “Com conhecimento e investimento na formação técnica podemos levar nossa produção a patamares superiores. Confiamos que esta parceria do Sidilat, Embrapa e Escola Laticinista é um caminho viável para fazer isso acontecer”, reforça.



Fotos: William Fernandes Bernardo/Embrapa Gado de Leite

Assessoria de imprensa SINDILAT/RS com informações da Embrapa Gado de Leite


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1765 - BOVINOCULTURA DE LEITE

A entrada dos animais nas áreas de pastagens de aveia e azevém, devido às condições de tempo favoráveis ao bem-estar e ao consumo pelos animais, possibilita a recuperação da produtividade. Diversos produtores de leite já estão utilizando a silagem de milho feita durante o período de verão, melhorando a disponibilidade de alimentos volumosos para os rebanhos. 

A ocorrência de chuvas no final do período causou a formação de barro nos locais de acesso à ordenha, aumentando a necessidade de cuidados para não haver contaminação do leite nem aumento de casos de mastite nas matrizes em lactação. Nos rebanhos, seguem os problemas com as infestações de carrapatos, que tendem a reduzir conforme as temperaturas forem diminuindo. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Itacurubi, as matrizes em lactação apresentam gradativa melhoria de condição corporal e de produção de leite, à medida que aumenta a oferta e a qualidade das pastagens. preços melhores preços pagos pelo litro do leite para os produtores devem refletir em margem de lucro mais satisfatória, considerando que a maior oferta de pasto permite economizar na suplementação com concentrados.

Na de Caxias do Sul, diversos produtores iniciaram a implantação de cereais de inverno para ensilagem. Na de Frederico Westphalen, o preço dos alimentos concentrados teve uma pequena retração, reduzindo o custo de produção. A expectativa no preço do leite, segundo as empresas, é de estabilidade, porém houve melhora, se comparado ao mês anterior. 

Na de Ijuí, a produção segue em recuperação, aproximando-se dos patamares anteriores à estiagem. Na de Lajeado, em razão da redução da cotação dos grãos, os preços das rações comerciais também recuaram em média 15%. Já os preços dos adubos e da ureia continuam baixando. Na de Pelotas, o período é de preparo de silagens, e há poucas áreas ainda para colher.  O solo mais seco possibilitou melhor manejo dos animais nas pastagens em ponto de pastejo. 

Em Pedras Altas, a produção segue levemente em ascensão, e houve aumento de vacas em  parição. Na de Porto Alegre, as temperaturas amenas e a chuva leve no final de semana  favoreceram o desenvolvimento das pastagens. Na de Santa Rosa, houve registro de aumento na produção leiteira em função da  melhoria na oferta forrageira, pois as pastagens anuais de inverno já estão proporcionando  pastejo. Os produtores têm focado o manejo sanitário no controle de endo e ectoparasitos.  Na de Soledade, é período de intenso uso das pastagens de aveia. Em Rio Pardo, há  expectativa de aumento da área plantada de trigo para silagem. (Emater/RS)

Uruguai – O país produz leite para 20 milhões de pessoas

Leite/UR – O valor do setor lácteo uruguaio é de tal magnitude que, como destacou o Instituto Nacional do Leite (Inale), a cada ano produz leite suficiente para alimentar 20 milhões de pessoas, ou seja, seis vez mais que a população do Uruguai, utilizando apenas 5% do território nacional.

A propósito dos dados divulgados pelo Inale, o setor lácteo do Uruguai é o que gera maior receita média por hectare, com exportações.

O Uruguai é, além disso, o 7º maior exportador mundial de leite.

Da produção de leite (2,2 bilhões de litros por ano), 70% é exportado para mais de 60 mercados e o restante vai para o consumo interno.

Cerca de 90% da produção é processada em complexos industriais no Uruguai, onde existe uma melhora constante dos processos com crescente incorporação de tecnologia e padrões de qualidade que atendem aos mercados mais exigentes.  

O Brasil com 26%, a Argélia 27% e a Rússia com 14%, são os atuais principais mercados para o Uruguai.

Com base em blocos regionais, 37,8% tem como destino a América do Sul, 30% segue para a África e 14% para o mercado russo e 11% para o mercado asiático.

Com relação ao consumo anual no Uruguai, ele fica em torno de 230 litros de leite por pessoa, mais do dobro do consumo mundial médio.

O leite fresco pasteurizado, disponível diariamente para os consumidores, é livre de hormônios de crescimento, de antibióticos, de metais pesados e de contaminação radioativa.

Existem no Uruguai cerca de 3.300 produtores de leite. 73% deles enviam sua produção para a indústria e 27% produzem queijo artesanal no estabelecimento.

Uma fazenda média possui 150 vacas em ordenha, tem 250 hectares e uma produção média de 18 litros por vaca/dia.

Aproximadamente 20.000 pessoas são vinculadas ao trabalho do setor lácteo, e nas fazendas há o predomínio do trabalho familiar e na indústria a maioria é composta por trabalhadores permanentes.

O Inale destaca que o gado é alimentado em pastagens a céu aberto, o rebanho é 100% rastreado, atestando sua qualidade genética.

O setor é integrado por diversas organizações, que incentivam o trabalho associativo. Esta fortaleza tem sido um pilar fundamental para impulsionar o dinamismo do setor.

Os estabelecimentos entregam para as indústrias leite de qualidade e recebem assistência técnica e financiamento. Este vínculo é a base histórica do Uruguai leiteiro, conclui a análise do Inale. (Fonte: El Observador)


Jogo Rápido

OCDE eleva previsão para crescimento do PIB do Brasil em 2023 e 2024, com impulso do agro
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023 e 2024, seguindo impulso forte da produção agrícola no primeiro trimestre deste ano. No entanto, a tendência é de moderação no ritmo de expansão do PIB, à medida que taxas de juros restritivas e fraco crescimento do crédito limitam a demanda doméstica. A análise faz parte do relatório interino de perspectivas econômicas da OCDE, divulgado nesta quarta-feira, 7. Nele, a organização informou que elevou a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 1,0% para 1,7% em 2023, enquanto a previsão para o próximo ano passou de 1,1% para 1,2%. Os números ainda representam uma desaceleração em comparação a 2022, quando a atividade econômica do país cresceu 3,0%, segundo o relatório. A OCDE analisa que este movimento ocorre devido ao consumo privado e às exportações mais fracas neste ano. No caso do consumo doméstico, a atividade deve ser limitada pelo baixo crescimento de empregos, inflação alta e condições de crédito restritivo. Já as exportações serão afetadas por preços menores das commodities e demanda global reduzida, enquanto o investimento privado deve crescer em ritmo mais lento, avalia a OCDE. A organização projeta que a inflação deve permanecer acima da meta definida pelo Banco Central do Brasil, o intervalo de 1,75% a 3,75%, em 2023, levando os dirigentes a manter a taxa Selic em 13,75% até pelo menos o terceiro trimestre deste ano. Porém, essas condições devem reduzir de forma sustentada o núcleo da inflação, permitindo cortes nas taxas brasileiras ainda em 2023, conforme o relatório. Em relação a pares globais, a OCDE destaca que a recuperação da atividade econômica no Brasil acompanhou a de outras economias, como China, Índia e Japão. Sobre o fluxo de investimento privado, a organização nota que o investimento estrangeiro direto permaneceu amplo o suficiente para cobrir déficits em contas correntes do Brasil e de diversos outros países latinos, apesar de demonstrar queda de 35% nas economias emergentes do G20 em 2022. (Correio do Povo)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.918


Volume crescente

A nova onda de importação de produtos lácteos de países do Mercosul pelo Rio Grande do Sul redobrou a preocupação tanto do produtor quanto da indústria gaúcha. Só do Uruguai, mais do que quintuplicaram as compras de leite em pó integral, de janeiro a abril deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Na avaliação do setor, o impacto será grande, principalmente considerando as já apertadas margens - com custo de produção em alta e prejuízos decorrentes da estiagem. O principal receio do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, é de que os preços internos caiam ainda mais para o produtor nos próximos meses.

- Todos os dias sabemos de pessoas parando de produzir leite. Pessoas que empregavam em uma atividade que mantém a família no campo e estamos diante de uma avalanche de importação - acrescentou o dirigente.

Embora o Brasil não seja autossuficiente na produção, na avaliação do secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat-RS), Darlan Palharini, a situação exige a atenção das autoridades.

- Não conseguimos competir nesse momento com o valor da Argentina e do Uruguai - justifica, acrescentando que, enquanto o leite em pó é comercializado pela Argentina a R$ 22, o Brasil não consegue vender por menos de R$ 29 o quilo.

No caso da Argentina, o cenário foi acentuado com um decreto do governo argentino, que passou a conceder um subsídio para incentivar mais embarques. (Zero Hora)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado Sindilat/RS

Pesquisa Trimestral do Leite - 1º trimestre 2023: Aquisição de leite tem queda de 1,2% na comparação anual

No 1º trimestre de 2023, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,88 bilhões de litros, equivalente à redução de 1,2% em relação ao 1° trimestre de 2022, e decréscimo de 6,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O decréscimo de 71,36 milhões de litros de leite captados em nível nacional se deve a reduções em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações negativas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (-80,82 milhões de litros), Bahia (-15,45 milhões de litros), Pernambuco (-13,57 milhões de litros), Mato Grosso (-9,47 milhões de litros), Paraná (-8,66 milhões de litros) e São Paulo (-7,84 milhões de litros). Já as maiores altas foram em Santa Catarina (+31,57 milhões de litros), Sergipe (+23,42 milhões de litros), Ceará (+13,24 milhões de litros) e Rio de Janeiro (+8,65 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,4% da captação nacional, seguida por Paraná (14,2%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Santa Catarina (12,3%).Pesquisa Trimestral do Leite - 1º trimestre 2023.

Acesse os dados completos, divulgados na terça-feira, 6 de junho de 2023, clicando aqui. 

Fonte: IBGE


Jogo Rápido

Estão abertas as inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira
Está aberto o prazo para que produtores de leite do Rio Grande do Sul se inscrevam na segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira RS. O mérito será dividido em seis categorias de cases de sucesso: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Para participar, é necessário realizar o envio por correio eletrônico de todo o material de apresentação para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br até o dia 30 de junho. Tanto o regulamento completo, quanto a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat clicando aqui. Neste ano, as inscrições foram divididas em duas fases. Na primeira, 116 produtores se registraram para competir pelo prêmio de "Propriedade Referência em Produção de Leite". A novidade é a separação entre os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizam a premiação com o objetivo de reconhecer exemplos positivos na atividade leiteira. O propósito é que os cases de sucesso possam ser amplamente divulgados e reconhecidos, servindo assim como referência aos demais produtores na superação dos desafios do setor. Os produtores que estão vinculados à indústria de laticínios que adquire leite no Estado podem participar do prêmio, independentemente de sua produção ser individual ou coletiva. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.917


Desenvolvimento do setor lácteo norteia roteiro do Sindilat em Minas Gerais

Nos próximos cinco dias, em uma intensa agenda de atividades e encontros, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) participará, entre outras atividades, da 18ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite). Quem representará a entidade no evento que acontece em Belo Horizonte (MG) é o secretário-executivo, Darlan Palharini.

Concomitante à feira, será realizado o 1º Encontro Nacional dos Conseleites, previsto para acontecer a partir das 14h de quinta-feira (08/06). “Vamos avaliar os 21 anos de história do Conseleite e trabalhar sobre as pautas que são importantes para o futuro do setor lácteo no Brasil”, destaca Palharini, que acompanhará ainda o 6º Encontro Regional do Conseleite Minas, na parte da manhã, no Auditório Expominas.

Nesta terça-feira (06/06) as atividades estarão concentradas na visita à Embrapa Gado de Leite. "Vamos ter a oportunidade de conversar sobre melhoramento genético para a produção de leite A2A2, produção de leite baixo carbono e sistema compost barn de produção”, explica Palharini.

E, na quarta-feira (07/06), a agenda será no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), onde Palharini e uma comitiva do Rio Grande do Sul vão conhecer o funcionamento de uma Escola Técnica Laticinista.

A 18ª Megaleite acontece de 7 a 10 de junho no Parque da Gameleira, na capital mineira. Ao todo, reúne mais de 1,5 mil exemplares de diversas raças leiteiras em competições de julgamento e torneio leiteiro, leilões, palestras técnicas, festival de queijo, mini fazendinha e outros eventos. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Adesão ao Programa Litígio Zero é prorrogada para 31 de julho

A Receita Federal prorrogou novamente o prazo de adesão ao Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal, conhecido como Litígio Zero. O fim do programa já havia sido prorrogado de 31 de março para 31 de maio. Agora, foi estendido para 31 de julho. A medida, segundo a Receita, atende a um pedido apresentado por entidades representativas da classe contábil. O governo estima obter R$ 35 bilhões de receitas extraordinárias e um ganho permanente de R$ 15 bilhões pela diminuição dos conflitos.

Podem ser negociadas cobranças tributárias em discussão no âmbito das DRJ (Delegacias da Receita Federal de Julgamento), do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) ou débitos de pequeno valor no contencioso administrativo ou inscritos em dívida ativa da União.

A Receita Federal enviou aos contribuintes as informações sobre quais débitos podem ser negociados e qual a capacidade de pagamento de cada litigante. Com os dados, é possível simular em uma planilha do Fisco qual o desconto para pagamento, em caso de desistência do processo.
Para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, o desconto será de 40% a 50% do valor total da dívida, incluindo o tributo que originou o passivo, além de juros e multa, para débitos até 60 salários mínimos (R$ 78.120).

Para dívidas acima de 60 salários mínimos, o desconto é de até 100% sobre o valor de juros e multas, no caso de valores irrecuperáveis ou de difícil recuperação. O governo ainda vai permitir o uso de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa para quitar de 52% a 70% do débito.

Em todos os casos, o percentual efetivo de desconto observará a capacidade de pagamento do contribuinte.

As dívidas que se enquadram nessa categoria representam mais de 30 mil processos no Carf, com valor total superior a R$ 720 milhões. Já nas delegacias da Receita Federal, são mais de 170 mil processos, totalizando quase R$ 1 bilhão, segundo o Ministério da Fazenda. (Jornal do Comércio)

O Índice FAO dos alimentos caiu em maio

Índices FAO – O Índice de referência dos preços internacionais dos alimentos caiu em maio em decorrência da queda nas cotações dos cereais, óleos vegetais e produtos lácteos, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado hoje.

Índices

O FAO Food Price Index (FFPI), índice FAO que acompanha o preço mensal dos alimentos mais comercializados no mercado internacional, registrou a média de 124,3 pontos em maio de 2023.  

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos atingiu 118,7 pontos em maio, caindo 3,9 pontos (3,2%) em relação a abril e ficando 25,5 pontos (17,7%) abaixo do índice de um ano atrás. O declínio em maio foi impulsionado pela acentuada queda internacional dos preços de queijo, principalmente diante da ampla disponibilidade exportável, incluindo os estoques, em meio a uma alta produção de leite no hemisfério norte. Após dez meses consecutivos de queda, as cotações internacionais dos preços do leite em pó tiveram recuperação, refletindo o aumento das compras no norte da Ásia e a queda sazonal da produção de leite na Oceania.

Os preços da manteiga subiram levemente, com a elevação das compras pelo Sudeste Asiático e redução da oferta na Oceania, decorrente da queda sazonal da produção de leite. Esse movimento compensou o declínio das cotações na Europa, provocado pelo aumento da produção sazonal de leite que possibilitou o crescimento das disponibilidades exportáveis.  

Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Mapa lança Consulta Pública para o Programa Carbono + Verde
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou, nesta segunda-feira (5), às 14h, consulta pública relativa ao Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas - Programa Carbono + Verde. O evento foi realizado em formato híbrido com transmissão ao vivo no canal do Mapa no Youtube, e teve a participação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O Programa Carbono + Verde terá por finalidade conferir credibilidade e transparência à produção primária agropecuária de baixa emissão de carbono, de maneira a criar um ambiente propício à promoção do desenvolvimento sustentável do setor. Para isso, é necessário viabilizar a participação e validação da sociedade brasileira no seu processo de construção, de forma a contribuir e legitimar a formalização desse importante programa. A Consulta Pública ficará disponível por 60 dias. Asista o evento clicando aqui. (MAPA)