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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.629


Sistema de inteligência agropecuária vai facilitar acesso público a serviços digitais do Mapa
 
O Sinagro contará com dados da agropecuária produzidos pelo Mapa e pelas entidades vinculadas, como a Conab e a Embrapa
 
Reorganizar o trabalho de geração dos dados da produção agropecuária do Brasil e integrar as informações em um só ambiente é o objetivo do Sistema Nacional de Gestão de Informações e Inteligência Agropecuária (Sinagro). O sistema irá facilitar o acesso ao público dos serviços digitais oferecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e entidades vinculadas. 
 
portaria Nº 420, que institui o Sinagro, foi publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União.  
 
O novo sistema efetuará a gestão e análise da informação que inclui a identificação das necessidades, a coleta, a sistematização, o armazenamento, o processamento e a disponibilização de dados, de forma organizada. O Sinagro contará com dados da agropecuária  produzidos pelo Mapa e pelas entidades vinculadas, como a Conab e a Embrapa, também poderá computar informações lançadas por outros órgãos e entidades, públicos e privados, por meio de adesão voluntária. 
 
O novo sistema permitirá a análise dos dados em tempo real, possibilitando  prover inteligência às autoridades do ministério e de outras esferas de governo, quando solicitadas.
 
Também buscará prover informação aos integrantes das cadeias produtivas agropecuárias, em especial aos produtores rurais e aos usuários dos serviços públicos, em geral.
 
A gestão dos dados e informações agropecuárias é relevante para a tomada de decisão de agentes públicos e privados vinculados ao setor agropecuário e projeções futuras para que o Brasil tenha ainda mais segurança alimentar.
 
Composição do Sinagro
 
O Sinagro será composto dos seguintes módulos: Gestão da Informação Agropecuária, Análises Macroestratégicas e Cenários, Estatísticas Agropecuárias e Socioeconômicas, Inteligência Territorial, Inteligência Ambiental e Climática, Defesa Agropecuária e Ciência, Tecnologia e Inovação Agropecuária.
 
A coordenação ficará a cargo da Secretaria de Política Agrícola, com o apoio do Departamento de Tecnologia de Informação da Secretaria Executiva  do Mapa. (MAPA) 

Reprodução, qualidade do leite e genética: os pilares de uma pecuária leiteira eficiente

Com margens cada vez menores, produtores precisam coletar e analisar dados para ter uma visão global de sua propriedade

A pecuária leiteira no Brasil vive um cenário bastante desafiador. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA -- Esalq/USP), o custo do setor teve um aumento de 18,67%, na média Brasil, em 2021. Explicam o índice -- aumento global de commodities, como adubos, combustíveis e suplemento mineral -- e a valorização do dólar.

Internamente, os desafios econômicos são grandes e interferem na demanda por produtos lácteos e em uma oferta limitada e com alto preço. Analistas dizem que é esse o contexto que deve perdurar ainda em 2022. “Para o produtor de leite, que precisa de planejamento a longo prazo, eficiência e produtividade são fatores de sobrevivência nessa atividade. Para isso, ele necessita coletar e analisar dados, fazer um manejo integrado de seu rebanho”, recomenda a zootecnista Janaina Giordani, Gerente de Marketing da linha Leite da Zoetis.

“Olhar para um problema específico sem ter uma visão global de causas e consequências para o animal e para a propriedade, sem dados concretos em mãos é um grande erro”, completa Janaina.

Entender o sistema como um todo, fazer um diagnóstico da propriedade, identificar os problemas e as oportunidades para traçar caminhos de melhoria e eficiência só é possível por meio de mensuração e análises de dados. “É isso o que o GERAR (Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho) vem mostrando ao longo de todos esses anos. Não podemos trabalhar na intuição, no achismo. No caso do leite, o que o GERAR recomenda é que o produtor, junto com seu veterinário, trace as estratégias analisando os dados de sua propriedade -- basicamente informações sobre a qualidade do leite e a genética, que podem ter relação direta com os resultados obtidos na reprodução”, diz o médico-veterinário Rafael Moreira, Gerente de Marketing da linha Reprodutiva da Zoetis.

“Quando os produtores entenderem que esses fatores estão interligados e que um interfere diretamente no outro, o desenvolvimento, o controle de variáveis, o aumento de produtividade e eficiência virão com um bom planejamento de ações e medidas”, acrescenta Daniel Biluca, Gerente Técnico da linha Genética da Zoetis.

Na prática, buscamos levar ao produtor informações. Informar que um problema bastante comum como uma mastite, por exemplo, tem implicações diretas na reprodução das vacas. “Não é novidade que vacas sadias emprenham mais e mais rápido. Então, se um produtor quer alcançar alta taxa de partos, é essencial um planejamento para aplicar medidas que reduzam a incidência de doenças em geral. E isso envolve nutrição, sanidade, genética, treinamento de mão de obra, boas condições de instalações etc. Tudo está interligado”, conclui Moreira. (Portal do Agronegócio)



 
Languiru alcança faturamento anual de R$ 2,271 bilhões
 
Cooperativa presta contas em assembleia na modalidade digital
 
No dia 30 de março a Languiru realizou Assembleia Geral Ordinária na modalidade digital, contando com a participação de associados de aproximadamente 30 municípios. Entre os números apresentados, destaque para o recorde de faturamento bruto em 2021, com R$ 2,271 bilhões.
 
Por outro lado, considerando as dificuldades impostas pela pandemia, estiagem e alto custo de produção, a Languiru não terá a distribuição de sobras entre os associados. Em contrapartida, o presidente Dirceu Bayer anunciou repasse de valores ao quadro social, aprovado pelo quórum da assembleia, estimados em R$ 4,330 milhões: R$ 1,380 milhões na Conta Capital, com juros de 7% sobre o Capital Social Integralizado; R$ 2,4 milhões no formato de Auxílio Associados, concedido para produtores que estejam ativos e tenham entregue produção até a data da Assembleia, valor a ser usufruído 100% em mercadorias; e R$ 550 mil no Brinde Natalino 2022. “Apesar do momento de dificuldade e do cenário econômico adverso, procuramos encontrar alguma maneira de valorizar a fidelidade dos associados, que igualmente sofrem os efeitos da crise mundial. É uma atitude própria de cooperativa que se preocupa com o seu produtor”, frisou Bayer.
 
Diversidade de negócios e investimentos
Bayer conduziu a apresentação do Relatório da Gestão e valorizou a diversidade de negócios em período de extrema dificuldade para o segmento das carnes. Também ressaltou a necessidade de investimentos nas unidades industriais. “Precisamos agregar valor à matéria-prima, isso nos mantém competitivos”, afirmou, mencionando o incremento no mix de produtos.
 
Falou da construção da queijaria, em Teutônia, ao longo de 2022; e da ampliação da rede de varejo, especialmente lojas Agrocenter, a primeira delas prevista para o segundo semestre em Rio Pardo. “São segmentos que nos dão sustentação. Além da venda de máquinas, implementos e insumos, ampliam nossas possibilidades de captação de grãos, reduzindo a dependência de compra de milho de outros estados”, explicou.
 
Bayer ainda citou obras de construção de Supermercado e Agrocenter em Westfália, além de investimentos no restaurante junto ao Posto de Combustível no mesmo município.
 
Indicadores
O desempenho técnico, industrial e comercial foi apresentado pelo superintendente Industrial e de Fomento Agropecuário, Fabiano Leonhardt. Ele mencionou ações estratégicas na avicultura e na suinocultura, com redução da produção; o crescimento do segmento de frutas e hortaliças, cuja produção dos associados já representa 30% da demanda dos Supermercados Languiru; o crescimento do volume de leite recebido; e a evolução no recebimento de milho, cuja produção na área de atuação da Languiru já corresponde a dois meses da necessidade da Fábrica de Rações.
 
Desempenho econômico
O superintendente Administrativo, Comercial e Financeiro, Euclides Andrade, e a gerente executiva de Controladoria, Carla Gregory, apresentaram o demonstrativo do desempenho econômico. “O ano de 2021 foi extremamente desafiador e nos mostrou o quanto o desempenho da Languiru nos anos anteriores foi importante, com reservas que neste momento dão sustentação aos negócios”, citou Andrade.
 
Entre outros números, ele falou da variação do custo com relação ao milho e farelo de soja, com aumento de 44%, o que correspondeu a mais de R$ 170,8 milhões. Por outro lado, valorizou a estratégia de compra antecipada de milho, o que gerou economia de mais de R$ 61 milhões.
 
Olhando para o futuro, Bayer falou em crescimento com estabilidade. “Temos a previsão de dobrar o faturamento da Languiru nos próximos cinco anos”, revelou, apesar de alertar para a manutenção dos altos custos de produção em 2022, “um ano de desafios e de grande volatilidade”.
 
Pareceres e Valuation
Tarciano Cardoso, da empresa Fercien, explicou gráfico (Valuation) que indica o valor do negócio da Languiru para o mercado; o sócio da firma de auditoria PwC, Rafael Biedermann Mariante, apresentou o relatório da auditoria independente sobre as demonstrações financeiras; e o Conselho Fiscal da Languiru recomendou a aprovação da prestação de contas do exercício de 2021. “Parabéns Languiru pelo trabalho, pela evolução em governança, sempre em busca das melhores práticas de mercado. Isso dá tranquilidade para a auditoria, Conselhos e associados”, valorizou Biedermann.
 
Conselho Fiscal
Na oportunidade ainda foi eleito e empossado o Conselho Fiscal para a gestão 2022-2023, composto pelos efetivos Diego Augusto Dickel, Luisa Walter Lagemann e Rafael Horst; 1º suplente Tiago Lerner, 2º suplente Edson Reinoldo Dickel e 3º suplente Luana Regina Landmeier. (Languiru)

Jogo Rápido 

China – As importações de lácteos pela China caem em volume
 Importações/China – No primeiro bimestre do ano a China importou volume menor de lácteos mas, houve aumento do valor. Cresceram as compras de leite em pó integral e o Uruguai se consolidou como o segundo principal fornecedor. As compras externas totais de lácteos caíram 2,7% em volume, e cresceram 16% em valor, de acordo com os dados processados pelo site CLAL e publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Em dólares, as importações acumuladas de todos os produtos lácteos no início do ano mostram ascensão de 16%, chegando a US$ 3 bilhões. As compras de leite em pó integral cresceram 24% na comparação interanual entre janeiro e fevereiro, um dado relevante para o Uruguai dado que é o principal produto de exportação para esse destino. Totalizaram 300.520 toneladas frente às 242.290 toneladas no início do ano passado. Em dólares, as compras de leite em pó integral subiram 53% no bimestre, a US$ 1,216 bilhões. Só no mês de fevereiro, o salto foi de 40%: 71.366 toneladas, acima das 50.966 toneladas de um ano atrás. A variação das importações totais de lácteos da China em fevereiro foi de 3,5% em volume e 24% em valor, em relação ao mês de fevereiro de 2021, revertendo a tendência de queda de dezembro de 2021 e janeiro deste ano. O Uruguai se consolida como segundo principal fornecedor de leite em pó integral para o gigante asiático, com 7.350 toneladas, distante das 1.600 toneladas enviadas no mesmo período ano passado. Atrás da Nova Zelândia, de longe o maior fornecedor, com envios que somaram 284.118 toneladas entre janeiro e fevereiro. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

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Porto Alegre, 30 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.628


Seapdr recebe 13 veículos para as áreas da defesa sanitária animal e vegetal
 
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) recebeu, nesta terça-feira (29/3), 13 veículos de tração nas quatro rodas que serão usados para ações de vigilância e fiscalização nas áreas de defesa animal e vegetal. Nove camionetes serão destinadas ao trabalho dos servidores ligados ao Departamento de Defesa Vegetal (DDV) da Seapdr. Os veículos servirão para atividades de fiscalização e mitigação dos riscos de ocorrência de derivas de agrotóxicos hormonais. Já o Departamento de Defesa Animal (DDA) recebeu quatro veículos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que serão utilizados para o Programa Sentinela.
 
Nesse contexto, a Seapdr apresentou projeto ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL/MP), visando à aquisição desses veículos. “O projeto foi classificado em primeiro lugar, resultando em termo de cooperação. O valor de R$ 1,35 milhão será financiado pelo Fundo, e o Governo do Rio Grande do Sul se responsabilizará pela contrapartida de R$ 262,8 mil”, disse Felicetti, ao informar que serão beneficiadas com a nova frota as regionais de São Luiz Gonzaga, Santa Rosa, Passo Fundo, Ijuí, Santa Maria e Porto Alegre.
 
 
O promotor de Justiça e presidente do FRBL/MP, Fabiano Dallazen, por sua vez, pontuou que é possível transformar dinheiro oriundo de ilícitos, como multas e condenações, em equipamentos e qualificação para atividades essenciais, como a fiscalização do uso de agrotóxicos. “Assim, fortalecemos a agricultura, e, ao mesmo tempo, evitamos danos ambientais pelo mau uso dos herbicidas. Dessa forma, colaboramos para o desenvolvimento do Estado”.
 
Já as quatro camionetes destinadas ao Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapdr, adquiridas por R$ 716,8 mil, são fruto de um convênio entre o Mapa e a Seapdr, que tem por objetivo estruturar todos os serviços da área de defesa agropecuária do Estado. A superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Helena Rugeri, afirmou que o melhor aparelhamento do serviço oficial irá refletir na ponta, fortalecendo a defesa, tanto na área animal quanto vegetal. “É importante que os servidores que implementam os programas de fiscalização no Estado tenham uma estrutura para sua segurança, para seu conforto e para executar as atividades que são essenciais para o nosso setor agropecuário”, destacou.
 
A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Rosane Collares, explicou que as quatro camionetes complementarão as atividades do Programa Sentinela, focado na vigilância de fronteiras do Estado com os países vizinhos, Argentina e Uruguai. Os veículos serão destinados para cada um dos quatro blocos que atuam na fronteira Sul do Estado, dentro do Sentinela. “Eles se somarão à frota usada nas atividades de fiscalização do programa que se tornou referência no Estado e em outros lugares do país, em função da sua forma de operacionalização”, acrescentou Rosane.
 
A secretária da Agricultura, Silvana Covatti, agradeceu a parceria do Mapa e do Ministério Público e disse que essa entrega de veículos é de suma importância para o trabalho da Seapdr. “Essas parcerias que criamos são fundamentais para o desenvolvimento e o crescimento das nossas ações de governo e do meio rural gaúcho”. (SEAPDR)

Mulheres: o sexo forte no consumo de lácteos
 
No mês das mulheres, nada melhor do que falar de consumo, pois se tem uma coisa que as mulheres gostam muito de fazer é comprar. E no setor lácteo não é diferente. Os dados mostram que as mulheres consomem mais produtos lácteos do que os homens. Por ano, as brasileiras ingerem cerca de 1,4 kg a mais de derivados do leite do que o sexo oposto.
 
No entanto, a preferência feminina varia de acordo com o produto. A Figura 1 mostra o perfil de consumo de lácteos das mulheres.
 
 
 
O produto lácteo mais consumido pelas brasileiras é o leite fluido. Elas consomem, em média, quase 7 litros de leite por ano, o que é 5% acima do consumo masculino.
 
O segundo derivado do leite mais consumido pelo sexo feminino são as bebidas lácteas, que englobam os leites saborizados ou aromatizados e achocolatados. São mais de 5 litros de bebidas lácteas consumidos, em média, por cada brasileira por ano.
 
Em seguida, tem-se o iogurte. As mulheres ingerem 3,7 Kg de iogurte por ano, o que corresponde a 56% a mais do que os homens. Com isso, é possível notar que o consumo feminino no Brasil é mais focado em produtos lácteos que têm maior apelo de saudabilidade. Juntos, leite, bebidas lácteas e iogurte, respondem por 82,2% do consumo de lácteos do público feminino no Brasil, ou 16,2 Kg/ano.
 
Some-se a isso o fato de as mulheres serem maioria na população brasileira. Assim, torna-se importante conhecer o perfil e características desse público.
 
Estudos apontam que mulheres são mais detalhistas, gastam mais tempo nas compras e têm memória melhor. Com essas características, o público feminino é mais propenso a estabelecer vínculos com as marcas.
 
A história mostra que tudo isso está relacionado com hábitos ancestrais. Até 8.000 a.C., os homens caçavam animais selvagens e as mulheres eram responsáveis por colher os alimentos disponíveis na natureza.
 
Como os animais selvagens não apareciam com frequência, mesmo naquela época, as mulheres já eram responsáveis por prover 80% da comida do grupo. Atualmente, no Brasil, segundo a Nielsen, as mulheres são responsáveis pela decisão de compra em 96% dos lares do país. Nos setores de vestuário feminino, produtos de beleza, produtos para a casa (incluindo alimentação) e serviços de educação para os filhos, o sexo feminino responde por 83% das decisões de compra.
 
Não é à toa, que o setor automobilístico, assim como o cervejeiro e outros, já vem há tempos investindo em produtos específicos para as mulheres. Assim, como diz Bridget Brennan, autora do livro “Why she buys”, considerado um Bestseller internacional, “teríamos um cenário apocalíptico para as empresas e as economias se, de repente, as mulheres resolvessem adotar o jeito masculino de fazer compras”.
 
Portanto, a dica para o setor lácteo neste momento seria observar melhor essas consumidoras e buscar atender as suas necessidades, seja na forma de embalagens, na praticidade, na saudabilidade ou em qualquer característica que valorize os derivados do leite aos olhos femininos. Pois, as mulheres são o sexo forte no consumo de lácteos.
 
Autores:
 
Kennya Siqueira, Pesquisadora na Embrapa Gado de Leite
João Pedro Junqueira Schettino, Estudante de estatística da UFJF
Marcel de Toledo Vieira, Professor do Departamento de Estatística da UFJF




Lácteos estão mantendo os idosos mais fortes por mais tempo
 
Saúde – As pessoas estão vivendo mais hoje do que em qualquer outro tempo da história e o objetivo dos sistemas globais de saúde é assegurar que os idosos sejam fortes e saudáveis o maior tempo possível.
 
Recentemente a organização britânica Dairy UK reuniu profissionais de saúde, pesquisadores e especialistas da indústria para ouvir e discutir os últimos resultados científicos acerca dos benefícios dos lácteos em suas dietas para dar apoio ao envelhecimento saudável, e dietas sustentáveis.
 
O evento Dairy UK’s Stronger for Longer mostrou resultados de pesquisas abrangendo uma série de tópicos que mostram a redução da perda óssea, preservação de massa e força muscular, benefícios proporcionados pelos ricos nutrientes dos alimentos lácteos para os adultos mais velhos. 
 
A Drª Sandra Luliano da Universidade de Melbourne apresentou o resultado de recente estudo publicado que analisou o consumo de lácteos e a fragilidade. O estudo descobriu que adicionar 3,5 porções de lácteos diários à dieta dos idosos em casas de repouso melhorou o estado nutricional, diminui a perda óssea e reduziu o risco de fraturas e quedas.
 
Dr. Breen da Universidade de Birmingham forneceu um panorama das últimas evidências de intervenções e pesquisas sobre o consumo de lácteos e envelhecimento muscular. Dr. Breen descreve como a proteína do leite a alimentos lácteos integrais, junto com atividades físicas, podem ajudar a preservar e fortalecer a massa muscular dos idosos. 
 
Dr. Mitch Kanter, um especialista em nutrição e sustentabilidade de lácteos da Global Dairy Platform destacou como os benefícios nutricionais e para a saúde interagem com os pilares da sustentabilidade. A riqueza e a biodisponibilidade dos nutrientes lácteos significam que eles são pilares essenciais de uma dieta sustentável para alimentar a crescente população mundial.
 
A cientista de nutrição da Dairy UK, Erica Hocking, disse: “Nossa reunião de especialistas falam das muitas facetas da nutrição dos lácteos e a grande contribuição que podem dar à saúde à medida que envelhecemos e sua importância em sistemas alimentares sustentáveis. É fantástico a participação e o compartilhamento de aprendizado entre nossos colegas e profissionais de saúde durante essas discussões e espero que os conhecimentos possam ser divulgados. Que em suas práticas clínicas, possam orientar os idosos a fazerem melhores escolhas alimentares”.  (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

China – As importações de lácteos pela China caem em volume
 Importações/China – No primeiro bimestre do ano a China importou volume menor de lácteos mas, houve aumento do valor. Cresceram as compras de leite em pó integral e o Uruguai se consolidou como o segundo principal fornecedor. As compras externas totais de lácteos caíram 2,7% em volume, e cresceram 16% em valor, de acordo com os dados processados pelo site CLAL e publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Em dólares, as importações acumuladas de todos os produtos lácteos no início do ano mostram ascensão de 16%, chegando a US$ 3 bilhões. As compras de leite em pó integral cresceram 24% na comparação interanual entre janeiro e fevereiro, um dado relevante para o Uruguai dado que é o principal produto de exportação para esse destino. Totalizaram 300.520 toneladas frente às 242.290 toneladas no início do ano passado. Em dólares, as compras de leite em pó integral subiram 53% no bimestre, a US$ 1,216 bilhões. Só no mês de fevereiro, o salto foi de 40%: 71.366 toneladas, acima das 50.966 toneladas de um ano atrás. A variação das importações totais de lácteos da China em fevereiro foi de 3,5% em volume e 24% em valor, em relação ao mês de fevereiro de 2021, revertendo a tendência de queda de dezembro de 2021 e janeiro deste ano. O Uruguai se consolida como segundo principal fornecedor de leite em pó integral para o gigante asiático, com 7.350 toneladas, distante das 1.600 toneladas enviadas no mesmo período ano passado. Atrás da Nova Zelândia, de longe o maior fornecedor, com envios que somaram 284.118 toneladas entre janeiro e fevereiro. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.627


​Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de Março de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2022 é de R$ 3,4732/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a  qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de  referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína,  contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no  seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br

Europa: guerra provoca escassez de alimentos e ameaça produtores de leite

Os produtores de leite em todo o sul da Europa estão sentindo uma pressão intensa, pois o conflito entre a Rússia e a Ucrânia provoca uma crescente escassez de ração para seus rebanhos.

A Ucrânia, que é um grande fornecedor global de ração animal, não conseguiu exportar milho e trigo, dois principais ingredientes para rações, nas últimas semanas.

De acordo com a Reuters, a indústria agrícola da Itália está sentindo especificamente os efeitos do conflito Rússia-Ucrânia. A Assalzoo, uma organização italiana de pecuaristas, alertou que centenas de vacas leiteiras correm o risco de abate prematuro, pois os estoques de matérias-primas usadas para produzir ração podem durar apenas mais um mês.

Se as vacas leiteiras forem abatidas devido à falta de ração, Michele Liverini, presidente interina da Assalzoo, disse que levaria anos para se produzir leite novamente. “No caso de vacas leiteiras, se pararmos e as enviarmos para o abate, levará de sete a oito anos para reconstruir uma fazenda para produzir leite novamente”, disse Liverini. “O problema é muito sério; tem que ser analisado por todos nós da cadeia. Do grande comércio varejista, a produtores de cereais e importadores, temos de ter um papel de responsabilidade neste momento, e temos de levar um aumento ao cliente final, à dona de casa, à família, mas pelo menos, garantir comida a eles. Não podemos fazer de outra maneira”.

Pietro Fusco, executivo-chefe da produtora de leite Cirio Agricola, localizada no sul da Itália, disse que o conflito na Ucrânia exacerbou um momento já difícil. “O conflito ucraniano-russo substituiu um período já estressante para nós, após dois longos anos de pandemia, que já sobrecarregavam a gestão dos negócios”, diz Fusco. “Atualmente temos problemas com a compra de ração para os animais. Acima de tudo, também há um problema com o transporte e, portanto, a impossibilidade de ter suprimentos a tempo, então é isso que estamos sofrendo e pagando muito hoje.”

Hungria, Sérvia e Moldávia também estão contribuindo para o dilema da escassez de ração, informa a Reuters. Esses países proibiram as exportações enquanto buscam proteger seus próprios produtos agrícolas. Na Espanha, os suprimentos de ração também se esgotaram. O país era anteriormente um sério comprador de produtos de milho ucranianos, mas foi cortado logo após a invasão russa.

Agustin de Prada, supervisor da associação de pecuaristas da Espanha, Asoprovac, em Castela e Leão, afirma que o aumento dos preços foi brutal e levanta questões sobre a viabilidade das fazendas.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 





Brasil cria 328 mil vagas de trabalho com carteira assinada em fevereiro, diz Caged

O mercado de trabalho formal brasileiro acelerou no mês passado e registrou um saldo positivo de 328,5 mil carteiras assinadas, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.Em janeiro, foram abertas 150,3 mil vagas, número revisado pela pasta.

O saldo de fevereiro, no entanto, ficou abaixo do mesmo período do ano passado, quando houve abertura de 397,4 mil vagas com carteira assinada. O resultado de fevereiro decorreu de 2,01 milhões de admissões e 1,68 milhão de demissões.

No acumulado do primeiro bimestre de 2022, o saldo do Caged é positivo em 478 mil vagas.A abertura líquida de 328,5 mil vagas de trabalho com carteira assinada em fevereiro no Caged foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 215,4 mil postos formais, seguido pela indústria geral, que abriu 43 mil vagas. Já a construção teve saldo positivo de 39,4 mil vagas em fevereiro, enquanto houve um saldo de 17,4 mil contratações líquidas no setor agropecuário.

No comércio, foram criadas 13,2 mil vagas no mês. No segundo mês do ano, 25 unidades da federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo novamente, com a abertura de 98,2 mil postos de trabalho.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada voltou a cair, passando de R$ 1.939,80 em janeiro para R$ 1.878,66 em fevereiro. Em fevereiro do ano passado era de R$ 1.926,36. Já o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou de 529,8 mil em janeiro para 550,2 mil no mês seguinte. Em fevereiro do ano passado, somou 486,1 mil. (Zero Hora)

Jogo Rápido 

ESTIAGEM: Manifestação no dia 31
O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Eugênio Zanetti, anunciou para a próxima quinta-feira, dia 31, manifestação organizada pela entidade para pressionar o governo a liberar recursos de auxílio aos produtores atingidos pela estiagem. Cerca de R$ 2,8 bilhões estão prometidos desde o início do mês, mas dependem de dedida provisória (MP) e da votação do Projeto de Lei do Congresso (PLN1). Zanetti não adiantou o local do protesto, mas disse que a expectativa é de que o PLN1 seja votado nesta semana. “A MP acreditamos que sairá antes disso”, acrescentou.(Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 28 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.626


​Prévia da inflação aumenta 0,95% em março

Maior alta para o mês desde 2015 representa desaceleração em relação ao salto de 0,99% nos preços apurado pelo IPCA-15

A prévia da inflação oficial de preços no Brasil avançou 0,95% em março. A variação, guiada pela alta dos alimentos (1,95%), é a maior para o mês desde 2015, apontam dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma desaceleração em relação ao salto de 0,99% nos preços apurado pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15) para o mesmo período do mês passado.

Com a sequência de altas, o indicador já acumula elevação de 2,54% no primeiro trimestre deste ano, acima da taxa de 2,21% registrada em igual período de 2021. Em 12 meses, a variação do indicador é de 10,79%.

No período, houve variações positivas em todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, com destaque para a disparada de 1,95% nos itens que compõem o grupo de alimentos e bebidas. A alta dos alimentos é atribuída à influência de fatores climáticos como a estiagem no Sul e as chuvas no Sudeste. Com isso, houve a elevação no preço da cenoura (45,65%), do tomate (15,46%) e das frutas (6,34%). As variações positivas atingiram ainda o preço da batata-inglesa (11,81%), do ovo de galinha (6,53%) e do leite longa vida (3,41%). Por outro lado, apresentou queda o valor do frango em pedaços (-1,82%), cujo preço já havia caído em fevereiro (-1,31%).

No grupo de transportes, a gasolina subiu 0,83%, em movimentação após o anúncio de alta de 18% no preço da gasolina e de 25% no valor cobrado pelo diesel nas refinarias. Os reajustes passaram a valer no dia 11 de março. Ocorreram altas também no preço do óleo diesel (4,1%) e do gás veicular (5,89%). O etanol foi a exceção, com queda de 4,7%. Destaca-se também o resultado das passagens aéreas (-7,55%), cujos preços caíram pelo terceiro mês consecutivo.

No grupo de saúde e cuidados pessoais, os preços subiram 1,3% no mês e representaram o segundo maior impacto geral no índice. Os gastos das famílias brasileiras com habitação passaram de um aumento de 0,15% em fevereiro para uma elevação de 0,53% em março, o que resultou numa contribuição de 0,09 ponto porcentual para a taxa de inflação. As maiores pressões partiram da energia elétrica (0,37%) e do gás de botijão (1,29%), ambos com contribuição de 0,02 pp. A Petrobras anunciou um aumento de 16,06% no valor do gás vendido nas refinarias em 11 de março, ou seja, o IPCA-15 do mês absorveu apenas pequena parte do reajuste. Quanto à energia elétrica, as variações foram desde um recuo de 2,34% em Brasília até uma alta de 4,00% em Goiânia. Ainda em habitação, o gás encanado subiu 2,63%, devido a reajustes no Rio de Janeiro e em Curitiba. A taxa de água e esgoto aumentou 0,49%, influenciada por reajustes feitos em Fortaleza e Goiânia. Outro destaque do IPCA-15 em março foi o grupo de artigos de residência (1,47%). Os demais grupos ficaram entre 0,04% na comunicação e 0,95% no vestuário. (Correio do Povo)

Alfredo Souza é o novo diretor executivo da Cooperativa Central de TI
 
O dirigente terá a missão de fazer a estruturação da UniTI
 
A Cooperativa Central de Tecnologia da Informação (UniTI) tem novo diretor executivo. O administrador de empresas Alfredo Benedito Kugeratski Souza foi escolhido pelo Conselho Administrativo para ocupar a função, decisão que foi ratificada pelos cooperados durante a Assembleia Geral Ordinária da Central, na tarde de quinta-feira (24).
 
Profissional com mais 20 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico, Alfredo é mestre em administração estratégica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, e tem atuado também em governança corporativa, finanças, análise e avaliação de riscos, compliance, gestão de projetos, processos e inovação. Desde 2011, atuava no Sistema Ocepar, onde ocupou a função de analista técnico especializado, coordenador técnico e coordenador de gestão estratégica, sendo um dos responsáveis pelo desenvolvimento do novo ciclo do planejamento estratégico do cooperativismo paranaense – o PRC200.
 
O dirigente terá a missão de fazer a estruturação da UniTI, cumprindo as atribuições definidas no plano de ação para 2022, com foco em infraestrutura, suprimentos, segurança da informação e inovação. "Acompanhei todas as discussões e estudos para a formação da Central, um projeto inovador de intercooperação. Aceitei o desafio de contribuir para materializar esse sonho, que nasceu da união de 21 cooperativas paranaenses. Com planos de execução e objetivos definidos, vamos avançar focados na obtenção de resultados que tragam benefícios a todos os cooperados", afirmou.
 
A UniTI nasceu a partir da constituição de um comitê, formado para discutir o assunto. Quatro cooperativas lideraram esse processo - Coamo, Cocamar, Copacol e Frísia. Outras 17 se juntaram, totalizando as 21 cooperativas que hoje foram a Central. A UniTI está aberta à participação de todas as cooperativas paranaenses.
 
O Paraná tem 58 cooperativas agropecuárias, formado por mais 190 mil produtores que respondem por 60% da safra de grãos do estado. Em 2021, elas movimentaram R$ 152,5 bilhões, um resultado 31,8% em comparação ao ano anterior. O lucro foi de R$ 7,6 bilhões. No setor cooperativista, o lucro (que é chamado de sobra) é parte reinvestido em melhorias e outra parte rateado entre os cooperados. (Revista amanhã)
 
 



O mercado está mudando de rumo: o que você irá fazer?
 
O mercado começa a dar sinalizações bastante positivas, com uma boa recuperação dos preços na cadeia láctea. A forte restrição de oferta (tanto na produção quanto nas importações), o avanço nos preços dos derivados e a forte subida do mercado spot, nos fazem acreditar que logo estaremos respirando novos ares no leite brasileiro.
 
Este movimento deve ser comemorado por todos, afinal, historicamente, os momentos de preços do leite matéria-prima em alta também são os momentos de melhores margens na venda dos derivados pelas indústrias.
 
Para aproveitar o que está por vir, entretanto, é preciso planejamento. Principalmente considerando o enorme nível de incerteza ainda existente sobre aspectos como a demanda. A guerra entre Rússia e Ucrânia e o ano eleitoral brasileiro são alguns dos pontos no radar.
 
Na última semana, por exemplo, o governo anunciou medida que deve injetar mais de  R$ 150 bilhões na economia brasileira (São 164 bilhões. 77 bilhões de empréstimos consignados, 30 bilhões de saques do FGTS e 57 bilhões de antecipação de 13o de aponsentados e pensionistas do INSS) . Para se ter uma ideia, este valor é próximo ao que foi investido no primeiro trimestre de auxílio emergencial, em 2020. Naquele ano, o resultado foi um choque bastante positivo para a demanda...
 
Se existe um evento que costuma oferecer precisão sobre os cenários futuros da cadeia láctea brasileira, este é o Fórum MilkPoint Mercado. Na segunda edição de 2021, tivemos exatidão sobre o que estava por vir no mercado de grãos, clique aqui e assista.
 
O momento é propício para que 2022 seja de recuperação em relação ao ano passado. Para isso, você precisa tomar decisões acertadas. E boas decisões necessitam de boas projeções sobre o futuro. DESCONTO NA INSCRIÇÃO: Os associados do Sindilat que quiserem participar do evento terão desconto de 30% na inscrição, clicando aqui. (Ministério da Economia, em compilação realizada pela equipe do MilkPoint Mercado e adaptações do Sindilat)

Jogo Rápido 

Uruguai: aumento de custos preocupa produtores de leite 
O aumento dos custos preocupa o setor lácteo uruguaio. A forte alta registrada principalmente em fertilizantes e herbicidas muda a equação. "É limitado e não temos muito espaço para trabalhar sem eles", disse Magela Santoro, produtora de leite e consultora de fazendas leiteiras, à Conexión Agropecuaria. "Até duas semanas atrás podíamos falar de uma casca de soja de até US$ 240 e agora já estamos falando de US$ 275", destacou. O milho também aumentou. Em uma das principais empresas fornecedoras do setor lácteo, passou de US$ 270 para cerca de US$ 320 no silo do estabelecimento, moído, a granel, disse Justino Zavala, diretor da Associação dos Laticínios de Canelones. Isso tem um impacto marcante na margem, considerando que o custo dos concentrados representa entre 30% e 40% dos custos diretos de produção. Essa escalada de custos não permite capturar os lucros que poderiam ser gerados com um preço ao produtor superior a US$ 0,40 por litro de leite enviado, destacou Zavala. Houve reuniões sindicais com EL BROU, com Colonización, com UTE. "Medidas foram tomadas mas não é uma situação confortável", disse. Santoro salientou que no meio da "lacuna de outono" os pastos ainda não estão 100% e em alguns casos foram perdidos devido à seca. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

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Porto Alegre, 25 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.624


​Preço do potássio segue em alta

Tonelada do insumo agrícola triplicou de valor em doze meses e já chega a 1,1 mil dólares

A alta na cotação do potássio continua testando os limites do mercado. O principal insumo usado como fertilizante na agricultura viu seu preço mais do que triplicar neste mês em relação ao custo de um ano atrás. A tonelada do potássio, que o mundo negociava por cerca de 300 dólares no início de 2021, está cotada hoje em 1,1 mil dólares. E a tendência é de alta, dada a incerteza sobre o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, que nesta semana completa um mês. O potássio é um dos três fertilizantes químicos essenciais na produção agrícola de larga escala, ao lado donitrogênio e do  fósforo.

O maior pico no preço global do insumo registrado até hoje ocorreu entre 2008 e 2009, quando a crise das hipotecas dos bancos americanos contaminou a economia mundial. Naquela ocasião, apontam os dados históricos, o potássio chegou a custar 700 dólares a tonelada. O câmbio, porém, estava na casa dos R$ 2,20. Hoje a cotação do dólar está na casa dos R$ 4,90. O que preocupa governo, fornecedores e agricultores é não ter ideia de quando a situação será resolvida. O potássio tem um peso médio que oscila entre 30% e 40% no custo da produção agrícola, conforme a região e o plantio.

O professor Argemiro Brum, da Unijuí, ressalta que o valor dos fertilizantes já vinha subindo “assustadoramente” antes do início do conflito, em razão da desvalorização do real. A taxa de câmbio, que chegou próximo de R$ 5,70, encareceu o custo de produção agrícola. “Como os produtores tiveram de comprar isso bem antes, em agosto e setembro, foram atingidos em cheio por essa questão cambial”, explica Brum. A valorização da moeda brasileira observada nos últimos dias pode ajudar o país a importar insumos mais baratos, avalia o professor. (Correio do Povo)

Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Março de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Fevereiro de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.



Períodos de apuração
Mês de Fevereiro/2022: De 31/01/2022 a 27/02/2022
Parcial Março/2022: De 28/02/2022 a 20/03/2022

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)




Argentina – Produção de leite de precisão: como está mudando a forma de produzir leite - Parte 03/03

Instrumentação prática

A incorporação destas tecnologias requer um esforço econômico para o produtor, que significa um desafio no momento de tomar a decisão. Estará pensando no curto, médio ou longo prazo. Para isso podem colaborar profissionais – veterinários, agrônomos, zootecnistas, nutricionistas, consultores especializados – e produtores com experiência, com o auxílio de publicações especializadas.

Em um trabalho publicado no Journal of Dairy Sciences em 2015, foi informado a incorporação dessas tecnologias nos Estados Unidos da América (EUA). A medição da produção diária de leite havia sido adotada por 52,3% dos produtores; a atividade da vaca era medida por 41,3%; a detecção de mastite era empregada por 25,7%; a composição do leite era medida por 24,8%; e a detecção de cio era utilizada por 21,1%. No item ‘outros’ (10-12%) apareciam determinações de consumo de alimento, temperatura e peso corporal dentre outras informações.

Na decisão prática, alguns fatores vão influenciar na adoção destas tecnologias como a avaliação custo-benefício, a complexidade da instalação e uso, o serviço técnico e o treinamento dos usuários.

Outra das chaves na incorporação se refere à integração com interfaces entre cada um dos sensores, portas e softwares de manejo para simplificar a tarefa do produtor e sua operacionalização. Isto permitirá a análise dos dados coletados.

Em síntese: é importante que o produtor tenha assessoria integral para tomar a decisão correta no momento de incorporar este tipo de tecnologia, pensando no curto, médio e longo prazo. A informação gerada pelos sensores deverá ser integrada e, a partir de algoritmos, conformar a chamada Inteligência Artificial (IA), que permite melhorar a tomada de decisões para conduzir a um melhor bem-estar animal, maior rentabilidade do sistema e a sustentabilidade das fazendas no longo prazo. (Fonte: La Nacion – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

Chuva para a próxima semana
Nos próximos sete dias ocorrerão precipitações expressivas de chuva no RS. Na sexta (25) e sábado (26), a presença de um ciclone extratropical manterá a grande variação de  nuvens e rajadas de vento, com possibilidade de chuvas isoladas, especialmente na Zona Sul e na faixa Leste. No domingo (27), o ingresso de uma massa de ar seco e frio afastará a nebulosidade e provocará ligeiro declínio da temperatura. Na segunda-feira (28), o ingresso de ar quente e úmido vai provocar a elevação das temperaturas e maior variação de nuvens. Entre a terça (29) e quarta-feira (30), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados, principalmente na Metade Norte. Os valores esperados de chuva deverão oscilar entre 20 e 50 mm na Zona Sul e na Campanha. No restante do Estado, os volumes previstos deverão variar entre 60 e 90 mm e poderão exceder 120mm em localidades das Missões e do Planalto. Acompanhe todas as edições do Boletim Integrado Agrometeorológico em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 24 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.623


SETOR LÁCTEO RECHAÇA ISENÇÃO DE QUEIJO IMPORTADO

Representando os diferentes elos do setor lácteo gaúcho, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite), que representa as entidades: Sindilat/RS, Apil, Farsul, Fetag-RS, Fecoagro/RS, Fetraf-RS, Gadolando e Gado Jersey RS, manifestou, em reunião nesta terça-feira (22/03), seu total desacordo com a decisão do governo federal de zerar o imposto de importação do queijo muçarela. A mudança foi aprovada na segunda-feira (21/3) pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (23/03), por meio da Resolução GECEX Nº 317. Com isso, o queijo muçarela será incluído na Lista de Exceções à TEC do Mercosul até 31 de dezembro de 2022, estendendo a todos os demais países o benefício fiscal já concedido aos integrantes do Mercosul. A medida também vale para café moído, margarina, macarrão, óleo de soja, etanol e açúcar.

A deliberação é vista pelo setor de laticínios como inoportuna, uma vez que produtores e indústrias enfrentam uma das maiores crises de competitividade da história recente. Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), diferente de produtores americanos e europeus, os brasileiros não recebem subsídios, o que torna a concorrência sem tributação ainda mais injusta. “Passamos por um período de estiagem extrema, e o governo federal não trouxe resposta para o atendimento desse caos no campo. Ao invés de ajuda, a resposta que tivemos é essa abertura de concorrência com outros países, além da já vivenciada dentro do Mercosul. Está mais do que no momento de o governo federal olhar para o produtor de leite nacional, antes que seja tarde”, declarou o vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti.

Além da alta de custos que reduziu a rentabilidade das operações a níveis praticamente insustentáveis, amarga-se os impactos da redução de consumo em decorrência da renda decrescente das famílias. “Estamos sem margem nenhuma para enfrentar esse novo entrave. Precisamos de maior sensibilidade por parte do governo para que essa posição seja reavaliada o mais breve possível. Uma decisão destas, neste momento, chega como notícia desanimadora para a produção de queijos nacional”, frisou o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini.

Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo, a fundamentação utilizada pelo governo para justificar a medida é fraca e, mais uma vez, não consulta o setor produtivo para buscar o equilíbrio da inflação. “Entendemos que a questão inflacionária é importante, mas nosso país não pode fragilizar todo um setor e colocar a renda de milhares em risco”. (Conseleite/RS)

Assembleia Legislativa aprova realização de audiência pública sobre o setor lácteo

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, na manhã desta quinta-feira (24/3), requerimento para a realização de audiência pública sobre o setor lácteo. O pleito do segmento foi aprovado unanimemente pelos oito deputados presentes na reunião, que ocorreu de forma híbrida (on-line + presencial). O objetivo da audiência pública é fazer com que o governo do Estado compreenda que a atividade leiteira sofre com os reflexos do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). "É muito perigoso o que está acontecendo, não podemos correr o risco de enfraquecer o setor que é muito importante para a economia, para os empregos, para o Rio Grande do Sul todo", destacou o deputado Zé Nunes.

Para o secretário-executivo do Sindicato Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Darlan Palharini, a audiência será mais uma oportunidade de expor a preocupação de toda a cadeia produtiva com a implementação do decreto 56.117, que agrava a perda de competitividade do setor. "É importante que o governo do Estado comece de fato um diálogo para que possamos avançar na questão. É urgente que se tome medidas para que os produtores gaúchos não parem de produzir e para que não percamos mais a nossa competitividade frente a outros estados", argumentou.

A audiência, ainda sem data confirmada pelo parlamento, deve ter diversos convidados, entre eles, a Casa Civil, a Secretaria da Fazenda (Sefaz), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de entidades representantes do setor lácteo, segundo Zé Nunes.

Estiveram presentes na reunião desta quinta-feira os deputados Clair Kuhn (MDB), Ernani Polo (PP), Elton Weber (PSB), Paparico Bacchi (PL), Vilmar Zanchim (MDB), Capitão Macedo (PSL), Dr. Thiago Duarte (DEM), Zé Nunes (PT) e Adolfo Brito (PP). (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)




Argentina – Produção de leite de precisão: como está mudando a forma de produzir leite - Parte 02/03

Na sala de ordenha

Nos últimos anos, na sala de ordenha também foi incorporada tecnologia que facilita e melhora a qualidade da ordenha. As empresas fornecedoras deste equipamento mais conhecidas têm disponíveis sistemas com medição da produção diária, indicadores de fluxos de leite, avaliação da qualidade da ordenha e as características do leite. Os sistemas robotizados agregam a possibilidade de ordenha voluntária, onde todos os processos estão automatizados.

Por outro lado, a possibilidade de determinar o peso corporal das vacas em ordenha, se bem aparece como uma tecnologia pouco adotada, talvez porque pode parecer complexa, é uma ferramenta fundamental para formular a ração de forma precisa e para avaliar consumo de matéria seca e perda de peso durante os picos de produção.

A avaliação automática em linha da composição do leite é outra tecnologia de muito interesse em países especializados na produção de queijos. Permite individualizar animais com alta e baixa qualidade de leite, monitorar a saúde da vaca, e em particular, separar leites, em tempo real, de diferentes qualidade com propriedades para produzir queijos de determinadas características dentro de uma mesma fazenda.

Para a medição da produção diária de leite – se sobra de dúvida uma ferramenta fundamental na avaliação do desempenho do rebanho leiteiro – existem alternativas para adotar em sistemas convencionais de ordenha e robotizado. A possibilidade de medir a produção de cada vaca em cada ordenha, e também algumas características do leite, como a condutividade, é uma grande ferramenta para a tomada de decisões.

Estes sistemas não somente medem a produção de leite, mas também permitem avaliar o fluxo por minuto e o tempo que gasta cada vaca na ordenha. As máquinas de ordenha podem estar equipadas com sensores que permitem detectar mastites. Um deles dá a possibilidade de detectar a mudança na condutividade elétrica, que possibilita detectar as modificações na permeabilidade capilar sanguínea que se produz durante a mastite. Outros sensores detectam enzimas ou mudanças de cor que aparecem como resposta à infecção. Recentemente foram desenvolvidos sensores que detectam o aumento na contagem de células somáticas, tanto medindo na formação de gel, como por medidas físicas do fluxo de leite ou por fluorescência.

A informação destes sensores, em coordenação com os que determinam a produção de leite, composição, ruminação, atividade, peso corporal, pH ruminal, etc, podem dar lugar a algoritmos que permitem determinar com maior precisão a presença de diferentes graus de mastites. Isso possibilitaria determinar quais vacas precisam de atenção imediata, quais vacas podem esperar, quais precisam de atenção ao secar e monitorar a saúde do úbere a nível do rebanho. (Fonte: La Nacion – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

Preços do leite sobem à medida que guerra na Ucrânia ameaça suprimentos de ração e fertilizantes para vacas
Os preços do leite estão subindo com a expectativa de que o mercado será atingido por mais interrupções no fornecimento de fertilizantes e rações e pressões inflacionárias após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O mau tempo na Nova Zelândia, nos EUA e na Austrália já havia combinado com a disparada dos preços do gás e interrupções na cadeia de suprimentos relacionadas à pandemia para pressionar os produtores de leite nos cinco maiores exportadores antes da guerra. A produção combinada de leite na Nova Zelândia – conhecida como a “Arábia Saudita do leite” porque controla 35% das exportações globais – UE, Austrália, EUA e Argentina caíram 1,7% em janeiro em comparação com o ano anterior, uma queda de acordo com o relatório da corretora de commodities StoneX. A produção de leite para os cinco produtores caiu ano a ano, com Nova Zelândia e Austrália registrando declínios de mais de 6%. Após o início da guerra em 24 de fevereiro, os preços de produtos cruciais aumentaram ainda mais. A gordura do leite anidra, um produto lácteo essencial, atingiu um recorde de US$ 7.111 a tonelada em 15 de março, de acordo com o índice Global Dairy Trade, que monitora os preços dos lácteos da Nova Zelândia. O leite em pó integral, o produto mais negociado, atingiu a maior alta em oito anos este mês. A empresa neozelandesa Fonterra, maior exportadora de laticínios do mundo, disse na semana passada que estava pagando aos produtores 30% mais pelo leite do que há um ano e previu que o preço aumentaria ainda mais. “O conflito na Ucrânia aumentou um ambiente operacional já complexo da Covid-19, impactando as cadeias de suprimentos globais, o preço do petróleo e a oferta global de grãos”, disse o presidente-executivo da Fonterra, Miles Hurrell, quando a empresa divulgou resultados provisórios na quinta-feira. Michael Harvey, analista do Rabobank, disse que, embora os processadores de laticínios e as empresas de alimentos estejam arcando com o peso dos custos, os consumidores provavelmente enfrentarão aumentos de preços. Ele acrescentou que a invasão da Ucrânia pela Rússia aumentaria os custos de produção de leite, já que ambos os países eram os principais exportadores de fertilizantes à base de nitrogênio e trigo, um alimento importante para o gado, juntamente com milho e soja. A Nova Zelândia e a UE respondem por cerca de 70% das exportações de leite, seguidas pelos EUA, Austrália, Brasil e Argentina. Craig Hough, diretor de política e estratégia da Australian Dairy Farmers, uma entidade comercial, disse que o aumento do custo da ração é um “grande problema” para os produtores de leite porque representa 70-80% dos custos. Hough acrescentou que os produtores de leite australianos importaram a maior parte de seus fertilizantes da China. Mas a crise no fornecimento de gás após a guerra na Ucrânia e as restrições da pandemia na China, enquanto o país enfrenta um crescente surto de Covid, significava que era “difícil obter fertilizante e é muito caro”. Nos “bons e velhos tempos”, os agricultores costumavam ser encontrados conversando uns com os outros no café da manhã local da cidade, resolvendo os problemas do mundo com uma xícara de café de cada vez. Hoje, os agricultores têm sorte se puderem terminar sua xícara de café enquanto ainda está quente.  (As informações são do Financial Times, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre, 23 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.622


Secretaria da Agricultura promove seminário sobre tuberculose

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), por meio do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (IPVDF/DDPA), promoverá, quinta-feira (24/3), às 19h, o Segundo Seminário Gaúcho de Tuberculose. A data celebra o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde. A finalidade é aumentar a conscientização sobre as consequências da doença e intensificar os esforços para acabar com a epidemia global. O evento on-line é aberto ao público em geral e pode ser acessado no Youtube do IPVDF.

Segundo as pesquisadoras Angélica Cavalheiro Bertagnolli, Cristine Cerva e Fabiana Mayer, a ideia é oportunizar a reflexão e a troca de experiências sobre esse tema que causa impactos negativos na saúde humana e animal.  

O encontro contará com palestras da gestora do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Janice Elena Ioris Bardal, que abordará “Situação atual do controle da tuberculose bovina no Brasil”; e da professora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, coordenadora do Laboratório de Pesquisa Aplicada a Micobactérias e do Laboratório de Biossegurança de Nível 3 do Departamento de Microbiologia, Ana Márcia de Sá Guimarães, que falará sobre “O papel da vigilância genômica no controle da tuberculose bovina”. (SEAPDR)

4 razões científicas para o adulto beber leite

Consumo – Apesar do leite – sobretudo de vaca – ser um alimento consumido em grandes quantidades em muitos países do mundo, conta com inúmeros detratores que falam contra seu consumo com numerosos argumentos.

Tanto é assim que muitos consideram não ser um produto adequado para as pessoas adultas, nem sequer, em alguns casos, para os seres humanos em geral.

Mas, apesar de ter inimigos, a ciência tem sido capaz de demonstrar que o leite de vaca conta com ao menos vários aspectos que são benéficos para a saúde das pessoas, tanto para os pequenos como para os adultos. A seguir veremos quatro aspectos que comprovam cientificamente o leite como alimento para a idade adulta.

1 – É completo em nutrientes!
O leite é uma excelente fonte de vitaminas e minerais, incluindo os nutrientes de interesse, que em muitas populações se consomem pouco na dieta diária. Oferece potássio, vitamina B12, cálcio e vitamina D, elementos, todos eles, muito necessários. Além do mais, é também uma boa fonte de vitamina A, magnésio, zinco, e tiamina.

Além disso, o leite é uma excelente fonte de proteínas e contém diferentes ácidos graxos, incluídos o ácido linoleico conjugado e os Ômega-3. O ácido linoleico conjugado e os ácidos graxos ômega-3 estão relacionados com benefícios para a saúde tais como um menor risco de diabetes e enfermidades do coração.

2 – É uma fonte de proteína!
Somente uma xícara de leite contém 8 gramas de proteínas. Além do mais, contém os nove aminoácidos essenciais necessários para que seu corpo funcione em um nível ótimo. No leite são encontradas duas das principais proteínas, a caseína e a proteína de soro. Ambas são consideradas proteínas de alta qualidade.

São vários os estudos que associam o consumo de leite com um menor risco da perda muscular relacionada com a idade. De fato, o maior consumo de leite e produtos lácteos está relacionado com maior massa muscular de todo o corpo e um melhor rendimento físico dos adultos mais velhos.

Além disso, é uma alternativa natural às bebidas proteicas altamente processadas que são comercializadas para recuperação após o treino.

3 – Benefícios para a saúde óssea!
Beber leite está associado durante muito tempo com a saúde dos ossos.

Isto se deve à sua poderosa combinação de nutrientes, que incluem cálcio, fósforo, potássio, proteínas e vitaminas K2. Todos estes nutrientes são essenciais para manter os ossos fortes e saudáveis.

Incorporar leite e produtos lácteos à dieta pode prevenir doenças ósseas como a osteoporose e fratura de ossos, especialmente no caso das mulheres.

4 – Ajuda a prevenir o aumento de peso!
Vários estudos relacionam a ingestão de leite com um menor risco de obesidade. Embora possa ser surpreendente, esse benefício só foi associado ao leite integral.

O leite contém uma variedade de componentes que podem contribuir para a perda de peso e prevenir o aumento de peso. Por exemplo, seu alto teor de proteínas ajuda a se sentir saciado durante mais tempo, o que pode evitar comer em excesso.

Além disso, o ácido linoleico conjugado do leite e os altos níveis de cálcio promovem a quebra de gordura e a inibição da produção de gordura. (Fonte: DiarioLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)




Argentina – Produção de leite de precisão: como está mudando a forma de produzir leite – parte 01 de 03

Sensores/AR – As tecnologias de sensores chegaram para revolucionar os sistemas de produção e gerar mudanças de paradigmas no manejo reprodutivo, sanitário e nutricional do rebanho leiteiro. 

Desde o início da produção de leite, assim como sistemas de produção de alimentos, no final do século XVIII, o produtor de leite conhecia, ajudado pelo reduzido tamanho das propriedades, a produção de suas vacas, seu comportamento pós-parto e seu estado de saúde e reprodutivo.

O avanço da produção leiteira aumentou o tamanho dos rebanhos e das produções individuais. Foi assim que se passou da ordenha manual para a mecânica que anos atrás foi incorporada a uma grande quantidade de tecnologias em equipamentos e processos para mudar o manejo da fazenda. Hoje, a incorporação da tecnologia de sensores (dispositivos eletrônicos geralmente colocados nos colares ou brincos enviam dados para um computador ou telefone celular), permite a medição da produção e a qualidade do leite, a atividade de cada animal, o tempo de pastagem e o tempo gasto ruminando, a temperatura e o peso corporal. Alguns chegam a medir até a concentração de metabólitos e hormônios no sangue. Tudo em tempo real. Estes sensores geram uma enorme quantidade de informações, precisas e inteligentes, para uma melhor tomada de decisão.

A produção de leite de precisão inclui o uso de tecnologias da informação e da comunicação para um melhor controle da variabilidade em aspectos finos do animal e dos recursos, com o objetivo de otimizar a performance das explorações leiteiras social, econômica e ambiental.

Todas estas ferramentas permitem obter, como disse inicialmente informação precisa sobre a saúde, a reprodução e a nutrição das vacas, que não somente contribuiu para a rápida tomada de decisão, mas, gera dados que podem ser aproveitados para o desenvolvimento de índices genômicos de saúde, que existem atualmente, mas que poderão ser melhorados com a informação gerada por estes dispositivos. Tudo isto contribui para uma seleção genética mais precisa e o desenvolvimento de rebanhos mais sadios, produtivos e rentáveis.

No campo
Nos sensores de movimento, que permitem determinar a atividade, o tempo de ruminação, temperatura corporal, etc., existem inúmeras opções em colares ou brincos eletrônicos que permitem determinar o padrão para cada um destes aspectos. Estes dados permitem detectar o cio das vacas e as horas de inatividade, bem como fazer diagnósticos de enfermidades pós-parto.

O método histórico de detecção de cio foi a observação visual com a utilização da regra AM-PM; logo apareceram os métodos de ajuda como pinturas e adesivos; posteriormente surgiram os protocolos para inseminação artificial a tempo fixo e recentemente apareceram colares e brincos eletrônicos equipados com acelerômetros, que é a tecnologia mais potente, já que permite o monitoramento em tempo real.

No mercado, estes dispositivos têm a versão colar ou brincos eletrônicos. Sem pretender descrevê-los por questões de espaço, pode-se dizer que as empresas fornecedoras mais importantes de máquinas de ordenha como De Laval, GEA, Lely, Boumatic, etc, têm soluções deste tipo, acopladas à medição da produção diária de leite e ao manejo automatizado da alimentação.

Os colares MSD também permitem detectar a ruminação e atividade, podendo ser acoplados a medidores de fluxo de leite e portas de saída. Na versão brinco eletrônico, CowManager (Select Sires Inc.) consta de módulos de fertilidade, saúde, nutrição e um muito particular denominado Find my cow, que permite localizar a vaca dentro da propriedade com grande vantagem para realizar tarefas como inseminação artificial, tratamentos sanitários, etc. O sistema Affimilk também permite automatizar todos estes aspectos com seu programa de soluções avançadas para a leiteria, com automatização da sala de ordenha e identificação dos animais.

Outro capítulo importante é a automatização da alimentação nos galpões. Esta ferramenta permite tornar mais eficiente o trabalho de distribuir a comida e preparação das rações, sua administração e o manejo dos cochos. Existem robôs que podem servir a comida para as vacas nos sistemas de compost barn e free-stall, assim como manter limpas as vias de trânsito das vacas e os cochos. Por último, os sistemas voluntários de ordenha (com robôs), permitem ministrar alimento balanceado para complementar as necessidades do animal de acordo com sua produção diária de leite. (Fonte: La Nacion – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

Argentina: formada Mesa Láctea no Programa Carbono Neutro
A consciência ambiental cresce em todas as cadeias alimentares, com diferentes ações e com a missão de consolidar um caminho estratégico que garanta o comércio do futuro. Nesse sentido, dentro do Programa Argentino de Carbono Neutro para Alimentos, Bebidas e Bioenergia para Exportação (PACN), foi estabelecida a Mesa do Leite, com a adesão de 11 empresas e associações setoriais de destaque. Com a participação de ABS Global, Adeco Agropecuaria S.A., Cooperativa Agrícola Ganadera Ltda. Guillermo Lehmann, FUNPEL, Lácteos CDS, La Sibila S.A., Manfrey Cooperativa, María Teresa Sur SRL (Grupo LP), Mastellone Hnos S.A., Nestlé e San Ignacio S.A. será desenvolvido para diversos produtos lácteos (leite longa vida, leite em pó e queijo semi-duro), ferramentas para calcular e gerenciar o carbono equivalente desde a produção primária até a distribuição doméstica, seja porto de exportação ou gôndola de varejo. Em seguida, um grupo de consultoria especializada fará uma análise do ciclo de vida local que permite identificar sinergias com fornecedores, pontos de melhoria nos processos produtivos e boas práticas ambientais, além de agregar informações sobre o balanço de carbono equivalente certificável dos produtos lácteos argentinos. Por sua vez, este desenvolvimento permitirá, dentro de um trabalho colaborativo dentro da cadeia leiteira, posicionar o setor lácteo argentino de forma proativa em questões ambientais nos mercados internacionais. (As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de março de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.621


Pecuária leiteira tem novos valores de indenização
 
Os valores de indenização do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS para a pecuária leiteira foram atualizados. Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (21), os conselheiros aprovaram o reajuste, de 14,65% para a tabela. O percentual aplicado leva em consideração os valores de UPF (unidade padrão fiscal) majorados em 2021 e 2022.
 
A tabela é utilizada para a indenização de vacas, novilhas, machos inteiros ou castrados e de tração, com suas funções em estabelecimento vinculado a produção leiteira. Os machos com idade superior a 24 meses, que apresentem resultado positivo, serão indenizados no valor de R$ 1,5 mil, independentemente de raça ou valor genético.
 
Para receber a indenização, o produtor precisa estar em dia com as contribuições ao fundo e ter realizado o saneamento dos animais dentro do estabelecido pelo PNCEBT – Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.
 
Também foi aprovado na assembleia o pagamento de R$ 1,1 milhão em indenizações referentes a 732 bovinos leiteiros.
 
Confira como ficou a tabela:



As informações são do Fundesa

Cenário no setor de lácteos favorece exportações do Brasil
 
Consumo cresceu mais que a produção no mundo entre 2019 e 2021, e estoques recuaram, aponta Milkpoint
 
O mundo está consumindo mais produtos lácteos e, paralelamente, a oferta de leite está caindo nas fazendas. Levantamento recente da consultoria Milkpoint Mercado, a partir de dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), aponta que o consumo cresceu 4,4% entre 2019 e 2021, enquanto a produção subiu 2,1% no mesmo período. Os estoques globais de leite em pó integral somavam 319 mil toneladas no início de 2022 - nível mais baixo em ao menos nove anos.
 

Com a oferta global de matéria-prima mais enxuta e preços internacionais em patamares atraentes, o momento é favorável para países que não são tradicionais exportadores ampliarem suas vendas ao exterior. É o caso do Brasil. Mesmo que neste momento o país tenha uma oferta de leite menor no campo, principalmente em razão da seca que afetou pastagens no Sul, o mercado interno está desaquecido pela perda do poder de compra da população.
 
O retrato contribui para reforçar os planos de empresas que já olhavam com mais atenção para outras geografias. A Embaré, que anunciou fusão com a Betânia, e a operação brasileira da francesa Lactalis são exemplos das que estão atentas aos números globais.
 
Os estoques baixos e a menor oferta vem impulsionando as cotações internacionais do produto. “O horizonte de preços firmes deve durar ao longo do ano”, avaliaram Valter Galan e Maria das Graças Franchini, que assinam a análise divulgada pela consultoria.
 
No último dia 15, a tonelada do leite em pó foi negociada a US$ 4,6 mil (valor médio) na plataforma Global Dairy Trade (GDT). A GDT foi fundada pela Fonterra, cooperativa neozelandesa que lidera as exportações globais de lácteos, e uma vez por mês são feitas negociações via essa plataforma - para a qual os atores da cadeia olham atentamente. Há um ano, a tonelada era vendida por cerca de US$ 4 mil.
 
De acordo com o estudo da consultoria, que cita informações do USDA, os preços médios da tonelada do leite em pó integral foram de US$ 2,9 mil em 2020 e de US$ 3,6 mil no ano passado. A oferta global enxuta, que também afeta a cotação internacional, resulta de menor produção nas fazendas dos grandes exportadores, casos de Europa, Nova Zelândia, Estados Unidos, Argentina e Uruguai.
 
Aumento de custos e seca
Segundo Otávio de Farias, gerente sênior de Novos Negócios da Embaré, o clima seco e o aumento de custos de energia e insumos (grãos e fertilizantes) foram fatores que atrapalharam esses produtores. Diante do quadro, que inclui o desaquecimento do mercado interno no Brasil, a companhia passou a exportar “volumes crescentes” para a África e o Oriente Médio, diz.
 
Farias não informa volumes, mas conta que a expectativa traçada pela Embaré era a de chegar a março deste ano tendo registrado aumento de 100% a 200% de exportações em doze meses.
 
A Lactalis, por sua vez, também aproveita o momento para ampliar as exportações que faz a partir do Brasil - a operação brasileira da empresa vende ao mercado externo há três anos. “A ideia é transformar o Brasil em um hub de exportação intercompany”, conta Guilherme Portella, diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos da subsidiária brasileira.
 
A companhia também está presente em países vizinhos que são produtores relevantes de leite, como Uruguai e Argentina. Porém, a operação brasileira tem a maior capacidade industrial, principalmente após as últimas aquisições feitas pela múlti, como a da Itambé, diz Portella.
 
Atualmente, a Lactalis Brasil embarca o equivalente a mais de 50 milhões de litros de leite em produtos para 17 países; o volume dos embarques cresceu 133% entre 2020 e 2021. A companhia exporta marcas globais de seu portfólio, e não apenas o leite em pó commodity. Ao todo, vende ao mercado externo 15 “famílias” de itens, entre elas Président e Parmalat.
 
Segundo Portella, o cenário atual impulsiona o projeto do hub. O executivo avalia, ainda, que o Brasil precisa fortalecer as exportações do segmento para ter mercado interno mais estável. Quando a base externa é sólida, o negócio ganha equilíbrio em momentos de mercado interno desafiador, conclui. (Valor Econômico) 
 
 
Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul – Relatório 11 de 17/03/2022
 
Leite/América do Sul – Depois de um forte aumento da produção em 2021, o tempo seco e quente começa a prejudicar algumas bacias leiteiras da América do Sul.
 
Alguns analistas estão preocupados com a possibilidade de a produção não atender às expectativas. Embora chuvas recentes tenham deixado as temperaturas sazonais mais amenas, melhorando a umidade do solo e o conforto animal, as pressões econômicas criadas com as margens sendo reduzidas pelos custos crescentes criam dificuldades financeiras para os produtores. A colheita de soja do Brasil foi revisada para baixo. No Paraguai a seca pode transformar o país em importador líquido de soja, deixando de ser exportador. Com rendimentos mais baixos os custos de alimentação para os produtores de leite aumentam. Além disso, as pastagens e o crescimento lento do capim não sustentam uma forte produção de leite nas principais bacias leiteiras da América do Sul. Embora os preços de mercado do leite em pó tenham subido recentemente, os rumos do mercado permanecem incertos. Analistas da América do Sul transmitem grandes preocupações em relação ao mercado global e regional do leite em pó, em decorrência dessas condições adversas de produção além da situação em torno do Mar Negro. O aumento dos combustíveis, desvalorizações de moedas e dificuldades econômicas relacionadas ao COVID, não tranquilizam. Alguns observadores do mercado relatam aumento da oferta doméstica de leite em pó devido ao atraso dos embarques nos portos, escassez de contêineres e desaceleração da demanda regional.(Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

É possível ter boa saúde óssea na terceira idade? 
É sobre isso que o 5º vídeo da nossa série protagonizada pela @flaviavfontes, Médica Veterinária e idealizadora do movimento #BEBAMAISLEITE, vai falar! A boa nova publicada no Journal of Dairy Science, mostrou que alguns compostos do leite conseguem regular a resposta imune e são grandes aliados na conquista de ossos mais fortes!  Quer saber como os pesquisadores descobriram isso? Então assista ao vídeo e confira os detalhes desse importante estudo! (Beba Mais Leite) 

 

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Porto Alegre, 21 de março de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.620


Fator de Ajuste de Fruição preocupa indústria láctea
 
Decreto do governo estadual concede benefício a empresas que não compram insumos fora do RS, o que não é o caso da cadeia do leite
 
A competitividade da indústria láctea do Rio Grande Sul foi prejudicada a partir de janeiro, segundo entidades do setor, quando começou a vigorar o Decreto 56.117, que instituiu o Fator de Ajuste de Fruição (FAF), dentro da política fiscal aprovada pelo governo do Estado. 
 
O FAF é um percentual gradativo aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo RS nas compras de insumos que os setores da economia gaúcha tiverem de fazer em outras unidades da federação. A empresa só terá 100% desses créditos se não comprar nenhum insumo de fora. Os créditos presumidos são descontos em impostos, em índices variáveis, que os estados concedem às empresas no pagamento de suas contas.O diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, diz que a intenção por trás da criação do fator é boa, uma vez que estimula os setores econômicos a comprarem seus insumos dentro do Estado. No entanto, explica, o setor lácteo necessita da compra de embalagens para alguns produtos em outras regiões do Brasil, como as usadas no leite UHT e no leite condensado. “Isso impacta certamente na conta dos laticínios e na sua competitividade com outros estados do país onde o fator não incide”, comenta.
 
O tema foi debatido em reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. O presidente do colegiado, Adolfo Brito, solicitou audiência sobre o assunto com o governador Eduardo Leite. (Correio do Povo)

BNDES fará primeira aquisição de créditos de carbono de sua história
 
Objetivo é desenvolver mercado voluntário para comercialização destes títulos, que contribuem para a preservação do meio ambiente. A operação-piloto de R$ 10 milhões é fruto da integração entre BNDES e empresas compradoras e vendedoras. Iniciativa do BNDES estimula a descarbonização da economia para atingimento das metas do Acordo de Paris, que estabeleceu o fim das emissões até 2050. 
 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou operação-piloto para aquisição de até R$ 10 milhões em créditos de carbono. As compras serão voltadas, em um primeiro momento para títulos predominantemente de origem REDD+ (Redução de Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal), Reflorestamento e Energia. Com esta iniciativa, o BNDES pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado voluntário para comercialização destes títulos, além de chancelar padrões de qualidade para condução de projetos de descarbonização da economia a partir de 2022. Créditos de carbono representam a não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
 
A compra destes créditos pelo BNDES ocorrerá através de Chamada Pública para seleção de projetos de origem REDD+, Reflorestamento e Energia. A estratégia do Banco é estimular a demanda para estes desenvolvedores, donos de terra com potencial para projetos ambientais e demais participantes do mercado. A operação também aposta na publicização e transparência da iniciativa, de modo a tornar os atributos de negociação dos créditos acessíveis ao mercado. Por fim, vale ressaltar que a inciativa piloto é propícia para busca de melhorias e revisão de processos com vistas à consolidação da prática já a partir de 2022.
 
Para o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, mercado de carbono é uma tendência global, em que o Brasil está vocacionado a ser referência. “Cabe ao BNDES criar a estrutura para que o nosso país possa se beneficiar desta grande oportunidade e se tornar um dos maiores exportadores também desta commodity. Em consequência, teremos nossas florestas preservadas, levaremos renda à população que vive dela ou no entorno dela e criaremos uma economia verde pujante,” explica Montezano.
 
“O mercado de crédito de carbono cresce à medida que as empresas se tornam mais conscientes sobre suas responsabilidades ambientais. O BNDES possui papel fundamental para trazer clareza sobre fatores como precificação, tratamento administrativo, contábil e jurídico, além de aprofundar debates sobre novas soluções dentro deste mercado. E esta operação introdutória vai nos propiciar maior amadurecimento técnico em preparação à operação de aquisição de créditos planejada para 2022”, acrescenta Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES.
 
A equipe do “Projeto Carbono”, grupo de trabalho com a participação de diversas áreas do BNDES, já interagiu com algumas empresas compradoras e vendedoras de créditos e vem analisando instrumentos financeiros e institucionais para atuação do Banco no mercado voluntário de carbono. O mercado destes créditos se divide em regulados, aquele nos quais os agentes emissores são obrigados a comprar créditos para a compensação de suas emissões por uma exigência regulatória, e voluntários. Neste último, as motivações para a aquisição podem ser diversas, como o acesso a fontes de financiamentos “verdes” ou estratégia de posicionamento institucional.
 
A estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes até 2030 para cumprir as metas do Acordo de Paris, que pressupõe o atingimento do equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa até o ano de 2050. Nesse contexto, a negociação dos créditos de carbono é uma maneira das empresas e países alcançarem suas metas de descarbonização.
 
REDD+ – O mecanismo REDD+, Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, foi desenvolvido pelas partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Por meio dele, países em desenvolvimento que têm seus esforços para redução da emissão de carbono por conta de desmatamento e degradação podem receber “pagamentos por resultados”. 
 
Veja mais sobre a Chamada Pública clicando aqui. 
 
Assista ao depoimento do diretor Bruno Laskowsky no vídeo do BNDES no YouTube, clicando aqui.
 
As informações são do BNDES. 







Compostos lácteos: características e oportunidades de mercado
 
O mercado de compostos lácteos vem ganhando relevância nos últimos anos no Brasil. Se destaca, principalmente, por ser um substituto de menor custo em relação aos leites em pó e fluído. Em momento de maior apetite dos consumidores por produtos de combate ou low cost, os compostos ganharam força no varejo e também no B2B/food service, já que permite redução nos valores gastos para transformação em indústrias como as de sorvetes, panificadoras e confeitarias.
 
No mercado de compostos, diferentes formulações necessitam de ingredientes lácteos para sua produção e, assim, são consumidores de produtos como o soro, as proteínas lácteas, a lactose, entre outros. Tratando especificamente do soro, ele já foi problema para laticínios e hoje se tornou importante fonte de renda — graças, também, ao mercado de compostos. Como ponto de sinergia, podemos citar ainda a permissão oferecida pelos compostos para que famílias de menor renda acessem o mercado de lácteos.
 
Nos próximos anos, espera-se ainda maior aderência do mercado a esta nova categoria. E para que todos nós possamos conhecer os caminhos trilhados, e, principalmente, as oportunidades oferecidas por este movimento, teremos Gustavo Soares, da Latté Foods, como um dos palestrantes do Fórum MilkPoint Mercado. Gustavo irá nos apresentar “Compostos lácteos: características e oportunidades de mercado”.
 
O evento acontece nos dias 5 e 6 de abril, e, se você quiser melhorar os resultados de seu negócio em 2022, não pode perder! DESCONTO NA INSCRIÇÃO: Os associados do Sindilat que quiserem participar do evento terão desconto de 30% na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)

Jogo Rápido 

Sindilat fala sobre avanço da exportação de lácteos durante a pandemia no Canal Rural
 O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Darlan Palharini, falou, nesta segunda-feira (21/3), sobre o avanço da exportação de lácteos durante a pandemia em entrevista ao programa Mercado&Cia, do Canal Rural. O dirigente destacou que a expectativa é de avanço no volume de embarques para 2022 e ainda ressaltou  os desafios enfrentados pelo mercado de lácteos. >> Confira a entrevista completa a partir do minuto 39, clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 

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Porto Alegre, 18 de março de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.619


Emater/RS: disponibilidade de água e temperaturas amenas favorecem rebanhos leiteiros

Com a melhora da situação das pastagens, já é possível notar o início da recuperação da condição corporal das matrizes. A situação dos rebanhos também está sendo favorecida pela disponibilidade adequada de água para dessedentação e pelas temperaturas amenas, que proporcionam maior conforto térmico para os animais.

Como muitos produtores concentram o período de parição para o outono no intuito de os terneiros aproveitarem as pastagens de inverno, há, no momento, um grande número de matrizes em ordenha, principalmente em fase final de lactação.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, Quaraí e São Gabriel, nota-se uma rápida resposta no desenvolvimento das pastagens, refletindo em aumento na produção de leite.

Na de Santa Rosa, a produção de leite diária voltou a subir, mas ainda de forma lenta, que é um reflexo da volta da oferta de forragens. Apesar da estagnação das perdas, diversos produtores relataram que houve atraso de cio das vacas, o que reduzirá as taxas de parição, trazendo consequências futuras na redução da produção leiteira.

Na regional de Pelotas, em São Lourenço do Sul, a produção continua abaixo da média, principalmente pelo fato das pastagens estivais estarem em final de ciclo, apresentando menor qualidade.

Na de Santa Maria, apesar da melhora na qualidade da água e do aumento do rebrote de pastagens, o setor ainda contabiliza perdas, pois grande parte dos rebanhos sofreram restrições alimentares nos últimos meses.

Na regional de Frederico Westphalen, as lavouras de milho destinadas à silagem apresentaram perdas significativas em quantidade e qualidade, e isso impactará negativamente na alimentação quando os silos forem abertos e a silagem for usada na dieta, trazendo reflexos importantes na produção do leite.

Na regional de Soledade, no Alto da Serra do Botucaraí, os produtores iniciaram a semeadura de pastagens de aveia e trigo duplo propósito. As lavouras de milho tardio para a silagem apresentam bom potencial produtivo. (As informações são da Emater/RS)

Apil elege novo presidente

Humberto Brustolin é sócio diretor da Kiformaggio

Humberto Doering Brustolin, sócio diretor da Kiformaggio, foi eleito presidente da Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios (Apil) na tarde desta quinta-feira. Natural de Nonoai, o novo gestor tem 37 anos e trabalha desde os 11 na indústria da família. Ele deixa o cargo de vice-presidente da gestão de Délcio Giacomini para assumir a presidência.

Brustolin destaca o crescimento da entidade, que hoje representa 30 pequenas e médias indústrias, em seus 20 anos de existência. Segundo ele, entre as principais preocupações da gestão atual estão questões tributárias e ambientais. O presidente também reforça a importância da parceria entre indústria e produtores e a preocupação da entidade com esses últimos, em especial os pequenos, “que precisam ter uma voz dentro da entidade, porque hoje em dia está diminuindo a quantidade de produtores de leite por uma questão de sucessão familiar”, lembra. Outro desafio, segundo Brustolin, é colocar em prática o projeto do Memorial do Queijo Gaúcho, escultura de 14 metros que representa um queijo e deve ser construída no Parque Assis Brasil. O projeto está em fase de captação de recursos e tem o lançamento de sua pedra fundamental programado para a próxima Expointer, com conclusão da obra esperada para o final de 2023. (Correio do Povo)

Presidente: Humberto Doering Brustolin
Vice- Presidente: Daniel Cichelero
2º Vice- Presidente: Ricardo Augusto Stefanello
Diretor Secretário: Norton Alexandre Favretto
Vice Diretor Secretário: Filipe Dametto Signori
Diretor financeiro: Fernando Henrique Zimmermann
Vice- Diretor Financeiro: Ronis Carlos Frizzo
Conselho Fiscal: 
Percio Broco
Rodrigo Aloisio Satudt
Alessandra Hollmann
Suplentes Conselho Fiscal: 
Fabio Petry
Gian Carlos Beal
Manuel Angenor Vargas Gonçalves
Conselho Consultivo:
Delcio Roque Giacomini
Wladimir Pedro Dall”Bosco
Clóvis Marcelo Roesler
Ademar Steffenon
Iriovaldo Sgorla
Enzo Miguel Haubert






Produção mundial
No mundo, a captação de leite acompanha a tendência europeia. Em seu último “Tendência do leite e da carne” ‘l’Institut de l’élevage’ analisa o fim de 2021 e o início de 2022. 

No início de 2021 parecia que tudo ia bem, mas a captação de leite mundial recuou no segundo semestre. A razão foi a alta global dos custos de produção, e a seca no Hemisfério Sul que obrigaram os produtores a fazerem escolhas.

Uma produção baixa nos EUA: Em dezembro último, a captação de leite nos Estados Unidos da América (EUA) caiu 1% em relação ao mesmo mês de 2020. Diante de margens apertadas, muitos produtores optaram por reduzir seu plantel. Assim, depois do mês de outubro, o rebanho leiteiro estadunidense ficou -0,5% abaixo do nível de 2020.

A consequência direta foi a queda na captação, reduzindo em 21% a fabricação de leite em pó desnatado no mês de dezembro.

Na Nova Zelândia, outra grande região produtora mundial, a captação caiu 5% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2020. Essa baixa produção se explica, principalmente, pelo déficit hídrico em grande parte da ilha no fim do ano. Felizmente, as precipitações chegaram para permitir uma recuperação da produção. Hoje, o país registra preços recordes dos produtos lácteos.

A Austrália exporta mais para a China: Na Austrália, a captação também caiu. Foi -1% em dezembro e no acumulado do ano também. O leite foi prioritariamente para atender a demanda de exportação, em particular da China. Assim, o leite em pó integral e a manteiga foram privilegiados. É preciso observar que “as exportações australianas para a China em 2021 foram altas. De um ano para o outro houve aumento de 7,6% para o leite em pó integral, +60% para o leite em pó desnatado e +79% de manteiga”.

A Argentina, uma exceção: Para encontrar uma captação de leite em alta, é preciso ir para a Argentina. De fato, o país registrou alta de 3% em sua produção de leite em dezembro de 2021, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O leite é preferencialmente transformado em queijos e leite em pó integral.

Preços: Dentro desse contexto de pouca disponibilidade de leite a nível europeu e mundial, os preços médios atingem valores inéditos na União Europeia (UE). Na França a alta foi sentida já em dezembro, mas foi bem mais forte no início do ano.

Na França a captação de leite caiu 2,7% em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2020. Esta é a menor coleta desde 2009 para um mês de dezembro e o quarto mês consecutivo de queda na comparação interanual. No acumulado, 2021 caiu 1,3% em relação ao ano anterior. Em dezembro, o preço do leite era de € 379/1000 litros, [R$ 2,12/litro], um aumento de € 6 em um mês e de € 30 em um ano. Mas foi em janeiro que os preços dispararam: + 20€ em um mês e +50€ em um ano.

Forte alta dos preços na Alemanha e Holanda: Situação semelhante foi registrada na Alemanha, cuja captação em 2021 recuou 1,8%. O preço do leite ao produtor do outro lado do Reno foi de 395 €/1000 litros, [R$ 2,21/litro], em dezembro, um salto de 23% em um ano.

Na Holanda, a introdução das cotas de fosfatos e nitratos refletiu na produção, provocando uma diminuição de 4,2% no rebanho leiteiro em relação a 2020. A captação holandesa recuou 2,5% no período. O preço por tonelada de leite atingiu o pico de € 437,20, [R$ 2,53/litro], um aumento de 27% em um ano.

Queda na disponibilidade de produtos lácteos: Essa baixa generalizada da produção na Europa resultou que o leite disponível foi deslocado para a produção de creme e queijo, em detrimento de outros produtos. 150.000 toneladas de queijo adicionais foram fabricadas na UE, em relação ao ano anterior. Um aumento impulsionado pela Itália (+61.000 toneladas); França (+42.000 toneladas) e Polônia (+33.000 toneladas).

Por outro lado, a Holanda reduziu a produção de queijo para favorecer a produção de ingredientes lácteos. O mesmo ocorreu na Dinamarca, onde as exportações de leite a granel para a Alemanha foram favorecidas.

A elaboração dos leites em pó, por seu lado, sofreu, e houve queda de quase 75.000 toneladas na produção em relação a 2020. Só na Alemanha houve uma redução de 62.000 toneladas. (Fonte: Mon Cultivar – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

Estado terá chuva significativa nos próximos dias
A próxima semana permanecerá com volumes significativos de chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (18/03), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores acima de 30°C em diversas regiões. No sábado (19), a propagação de uma frente fria no mar vai aumentar a nebulosidade e provocar chuva em todo o Estado. No domingo (20), ainda poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva nos setores Norte e Nordeste, com tempo firme e temperaturas amenas nas demais regiões. Na segunda-feira (21), o ingresso de ar quente e úmido vai provocar a elevação das temperaturas e maior variação de nuvens. Entre terça (22) e quarta-feira (23), a aproximação de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados, principalmente na Fronteira Oeste e nas Missões. Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 45 mm na maioria das regiões. Na Metade Oeste, os totais oscilarão entre 50 e 80 mm, podendo superar 120 mm em localidades da Fronteira Oeste e Missões. Acompanhe todas as edições do Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2022 clicando aqui. (SEAPDR)