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21/03/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de março de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.620


Fator de Ajuste de Fruição preocupa indústria láctea
 
Decreto do governo estadual concede benefício a empresas que não compram insumos fora do RS, o que não é o caso da cadeia do leite
 
A competitividade da indústria láctea do Rio Grande Sul foi prejudicada a partir de janeiro, segundo entidades do setor, quando começou a vigorar o Decreto 56.117, que instituiu o Fator de Ajuste de Fruição (FAF), dentro da política fiscal aprovada pelo governo do Estado. 
 
O FAF é um percentual gradativo aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo RS nas compras de insumos que os setores da economia gaúcha tiverem de fazer em outras unidades da federação. A empresa só terá 100% desses créditos se não comprar nenhum insumo de fora. Os créditos presumidos são descontos em impostos, em índices variáveis, que os estados concedem às empresas no pagamento de suas contas.O diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, diz que a intenção por trás da criação do fator é boa, uma vez que estimula os setores econômicos a comprarem seus insumos dentro do Estado. No entanto, explica, o setor lácteo necessita da compra de embalagens para alguns produtos em outras regiões do Brasil, como as usadas no leite UHT e no leite condensado. “Isso impacta certamente na conta dos laticínios e na sua competitividade com outros estados do país onde o fator não incide”, comenta.
 
O tema foi debatido em reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. O presidente do colegiado, Adolfo Brito, solicitou audiência sobre o assunto com o governador Eduardo Leite. (Correio do Povo)

BNDES fará primeira aquisição de créditos de carbono de sua história
 
Objetivo é desenvolver mercado voluntário para comercialização destes títulos, que contribuem para a preservação do meio ambiente. A operação-piloto de R$ 10 milhões é fruto da integração entre BNDES e empresas compradoras e vendedoras. Iniciativa do BNDES estimula a descarbonização da economia para atingimento das metas do Acordo de Paris, que estabeleceu o fim das emissões até 2050. 
 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou operação-piloto para aquisição de até R$ 10 milhões em créditos de carbono. As compras serão voltadas, em um primeiro momento para títulos predominantemente de origem REDD+ (Redução de Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal), Reflorestamento e Energia. Com esta iniciativa, o BNDES pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado voluntário para comercialização destes títulos, além de chancelar padrões de qualidade para condução de projetos de descarbonização da economia a partir de 2022. Créditos de carbono representam a não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
 
A compra destes créditos pelo BNDES ocorrerá através de Chamada Pública para seleção de projetos de origem REDD+, Reflorestamento e Energia. A estratégia do Banco é estimular a demanda para estes desenvolvedores, donos de terra com potencial para projetos ambientais e demais participantes do mercado. A operação também aposta na publicização e transparência da iniciativa, de modo a tornar os atributos de negociação dos créditos acessíveis ao mercado. Por fim, vale ressaltar que a inciativa piloto é propícia para busca de melhorias e revisão de processos com vistas à consolidação da prática já a partir de 2022.
 
Para o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, mercado de carbono é uma tendência global, em que o Brasil está vocacionado a ser referência. “Cabe ao BNDES criar a estrutura para que o nosso país possa se beneficiar desta grande oportunidade e se tornar um dos maiores exportadores também desta commodity. Em consequência, teremos nossas florestas preservadas, levaremos renda à população que vive dela ou no entorno dela e criaremos uma economia verde pujante,” explica Montezano.
 
“O mercado de crédito de carbono cresce à medida que as empresas se tornam mais conscientes sobre suas responsabilidades ambientais. O BNDES possui papel fundamental para trazer clareza sobre fatores como precificação, tratamento administrativo, contábil e jurídico, além de aprofundar debates sobre novas soluções dentro deste mercado. E esta operação introdutória vai nos propiciar maior amadurecimento técnico em preparação à operação de aquisição de créditos planejada para 2022”, acrescenta Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES.
 
A equipe do “Projeto Carbono”, grupo de trabalho com a participação de diversas áreas do BNDES, já interagiu com algumas empresas compradoras e vendedoras de créditos e vem analisando instrumentos financeiros e institucionais para atuação do Banco no mercado voluntário de carbono. O mercado destes créditos se divide em regulados, aquele nos quais os agentes emissores são obrigados a comprar créditos para a compensação de suas emissões por uma exigência regulatória, e voluntários. Neste último, as motivações para a aquisição podem ser diversas, como o acesso a fontes de financiamentos “verdes” ou estratégia de posicionamento institucional.
 
A estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes até 2030 para cumprir as metas do Acordo de Paris, que pressupõe o atingimento do equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa até o ano de 2050. Nesse contexto, a negociação dos créditos de carbono é uma maneira das empresas e países alcançarem suas metas de descarbonização.
 
REDD+ – O mecanismo REDD+, Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, foi desenvolvido pelas partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Por meio dele, países em desenvolvimento que têm seus esforços para redução da emissão de carbono por conta de desmatamento e degradação podem receber “pagamentos por resultados”. 
 
Veja mais sobre a Chamada Pública clicando aqui. 
 
Assista ao depoimento do diretor Bruno Laskowsky no vídeo do BNDES no YouTube, clicando aqui.
 
As informações são do BNDES. 







Compostos lácteos: características e oportunidades de mercado
 
O mercado de compostos lácteos vem ganhando relevância nos últimos anos no Brasil. Se destaca, principalmente, por ser um substituto de menor custo em relação aos leites em pó e fluído. Em momento de maior apetite dos consumidores por produtos de combate ou low cost, os compostos ganharam força no varejo e também no B2B/food service, já que permite redução nos valores gastos para transformação em indústrias como as de sorvetes, panificadoras e confeitarias.
 
No mercado de compostos, diferentes formulações necessitam de ingredientes lácteos para sua produção e, assim, são consumidores de produtos como o soro, as proteínas lácteas, a lactose, entre outros. Tratando especificamente do soro, ele já foi problema para laticínios e hoje se tornou importante fonte de renda — graças, também, ao mercado de compostos. Como ponto de sinergia, podemos citar ainda a permissão oferecida pelos compostos para que famílias de menor renda acessem o mercado de lácteos.
 
Nos próximos anos, espera-se ainda maior aderência do mercado a esta nova categoria. E para que todos nós possamos conhecer os caminhos trilhados, e, principalmente, as oportunidades oferecidas por este movimento, teremos Gustavo Soares, da Latté Foods, como um dos palestrantes do Fórum MilkPoint Mercado. Gustavo irá nos apresentar “Compostos lácteos: características e oportunidades de mercado”.
 
O evento acontece nos dias 5 e 6 de abril, e, se você quiser melhorar os resultados de seu negócio em 2022, não pode perder! DESCONTO NA INSCRIÇÃO: Os associados do Sindilat que quiserem participar do evento terão desconto de 30% na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)

Jogo Rápido 

Sindilat fala sobre avanço da exportação de lácteos durante a pandemia no Canal Rural
 O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Darlan Palharini, falou, nesta segunda-feira (21/3), sobre o avanço da exportação de lácteos durante a pandemia em entrevista ao programa Mercado&Cia, do Canal Rural. O dirigente destacou que a expectativa é de avanço no volume de embarques para 2022 e ainda ressaltou  os desafios enfrentados pelo mercado de lácteos. >> Confira a entrevista completa a partir do minuto 39, clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 

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