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31/03/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de março de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.629


Sistema de inteligência agropecuária vai facilitar acesso público a serviços digitais do Mapa
 
O Sinagro contará com dados da agropecuária produzidos pelo Mapa e pelas entidades vinculadas, como a Conab e a Embrapa
 
Reorganizar o trabalho de geração dos dados da produção agropecuária do Brasil e integrar as informações em um só ambiente é o objetivo do Sistema Nacional de Gestão de Informações e Inteligência Agropecuária (Sinagro). O sistema irá facilitar o acesso ao público dos serviços digitais oferecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e entidades vinculadas. 
 
portaria Nº 420, que institui o Sinagro, foi publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União.  
 
O novo sistema efetuará a gestão e análise da informação que inclui a identificação das necessidades, a coleta, a sistematização, o armazenamento, o processamento e a disponibilização de dados, de forma organizada. O Sinagro contará com dados da agropecuária  produzidos pelo Mapa e pelas entidades vinculadas, como a Conab e a Embrapa, também poderá computar informações lançadas por outros órgãos e entidades, públicos e privados, por meio de adesão voluntária. 
 
O novo sistema permitirá a análise dos dados em tempo real, possibilitando  prover inteligência às autoridades do ministério e de outras esferas de governo, quando solicitadas.
 
Também buscará prover informação aos integrantes das cadeias produtivas agropecuárias, em especial aos produtores rurais e aos usuários dos serviços públicos, em geral.
 
A gestão dos dados e informações agropecuárias é relevante para a tomada de decisão de agentes públicos e privados vinculados ao setor agropecuário e projeções futuras para que o Brasil tenha ainda mais segurança alimentar.
 
Composição do Sinagro
 
O Sinagro será composto dos seguintes módulos: Gestão da Informação Agropecuária, Análises Macroestratégicas e Cenários, Estatísticas Agropecuárias e Socioeconômicas, Inteligência Territorial, Inteligência Ambiental e Climática, Defesa Agropecuária e Ciência, Tecnologia e Inovação Agropecuária.
 
A coordenação ficará a cargo da Secretaria de Política Agrícola, com o apoio do Departamento de Tecnologia de Informação da Secretaria Executiva  do Mapa. (MAPA) 

Reprodução, qualidade do leite e genética: os pilares de uma pecuária leiteira eficiente

Com margens cada vez menores, produtores precisam coletar e analisar dados para ter uma visão global de sua propriedade

A pecuária leiteira no Brasil vive um cenário bastante desafiador. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA -- Esalq/USP), o custo do setor teve um aumento de 18,67%, na média Brasil, em 2021. Explicam o índice -- aumento global de commodities, como adubos, combustíveis e suplemento mineral -- e a valorização do dólar.

Internamente, os desafios econômicos são grandes e interferem na demanda por produtos lácteos e em uma oferta limitada e com alto preço. Analistas dizem que é esse o contexto que deve perdurar ainda em 2022. “Para o produtor de leite, que precisa de planejamento a longo prazo, eficiência e produtividade são fatores de sobrevivência nessa atividade. Para isso, ele necessita coletar e analisar dados, fazer um manejo integrado de seu rebanho”, recomenda a zootecnista Janaina Giordani, Gerente de Marketing da linha Leite da Zoetis.

“Olhar para um problema específico sem ter uma visão global de causas e consequências para o animal e para a propriedade, sem dados concretos em mãos é um grande erro”, completa Janaina.

Entender o sistema como um todo, fazer um diagnóstico da propriedade, identificar os problemas e as oportunidades para traçar caminhos de melhoria e eficiência só é possível por meio de mensuração e análises de dados. “É isso o que o GERAR (Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho) vem mostrando ao longo de todos esses anos. Não podemos trabalhar na intuição, no achismo. No caso do leite, o que o GERAR recomenda é que o produtor, junto com seu veterinário, trace as estratégias analisando os dados de sua propriedade -- basicamente informações sobre a qualidade do leite e a genética, que podem ter relação direta com os resultados obtidos na reprodução”, diz o médico-veterinário Rafael Moreira, Gerente de Marketing da linha Reprodutiva da Zoetis.

“Quando os produtores entenderem que esses fatores estão interligados e que um interfere diretamente no outro, o desenvolvimento, o controle de variáveis, o aumento de produtividade e eficiência virão com um bom planejamento de ações e medidas”, acrescenta Daniel Biluca, Gerente Técnico da linha Genética da Zoetis.

Na prática, buscamos levar ao produtor informações. Informar que um problema bastante comum como uma mastite, por exemplo, tem implicações diretas na reprodução das vacas. “Não é novidade que vacas sadias emprenham mais e mais rápido. Então, se um produtor quer alcançar alta taxa de partos, é essencial um planejamento para aplicar medidas que reduzam a incidência de doenças em geral. E isso envolve nutrição, sanidade, genética, treinamento de mão de obra, boas condições de instalações etc. Tudo está interligado”, conclui Moreira. (Portal do Agronegócio)



 
Languiru alcança faturamento anual de R$ 2,271 bilhões
 
Cooperativa presta contas em assembleia na modalidade digital
 
No dia 30 de março a Languiru realizou Assembleia Geral Ordinária na modalidade digital, contando com a participação de associados de aproximadamente 30 municípios. Entre os números apresentados, destaque para o recorde de faturamento bruto em 2021, com R$ 2,271 bilhões.
 
Por outro lado, considerando as dificuldades impostas pela pandemia, estiagem e alto custo de produção, a Languiru não terá a distribuição de sobras entre os associados. Em contrapartida, o presidente Dirceu Bayer anunciou repasse de valores ao quadro social, aprovado pelo quórum da assembleia, estimados em R$ 4,330 milhões: R$ 1,380 milhões na Conta Capital, com juros de 7% sobre o Capital Social Integralizado; R$ 2,4 milhões no formato de Auxílio Associados, concedido para produtores que estejam ativos e tenham entregue produção até a data da Assembleia, valor a ser usufruído 100% em mercadorias; e R$ 550 mil no Brinde Natalino 2022. “Apesar do momento de dificuldade e do cenário econômico adverso, procuramos encontrar alguma maneira de valorizar a fidelidade dos associados, que igualmente sofrem os efeitos da crise mundial. É uma atitude própria de cooperativa que se preocupa com o seu produtor”, frisou Bayer.
 
Diversidade de negócios e investimentos
Bayer conduziu a apresentação do Relatório da Gestão e valorizou a diversidade de negócios em período de extrema dificuldade para o segmento das carnes. Também ressaltou a necessidade de investimentos nas unidades industriais. “Precisamos agregar valor à matéria-prima, isso nos mantém competitivos”, afirmou, mencionando o incremento no mix de produtos.
 
Falou da construção da queijaria, em Teutônia, ao longo de 2022; e da ampliação da rede de varejo, especialmente lojas Agrocenter, a primeira delas prevista para o segundo semestre em Rio Pardo. “São segmentos que nos dão sustentação. Além da venda de máquinas, implementos e insumos, ampliam nossas possibilidades de captação de grãos, reduzindo a dependência de compra de milho de outros estados”, explicou.
 
Bayer ainda citou obras de construção de Supermercado e Agrocenter em Westfália, além de investimentos no restaurante junto ao Posto de Combustível no mesmo município.
 
Indicadores
O desempenho técnico, industrial e comercial foi apresentado pelo superintendente Industrial e de Fomento Agropecuário, Fabiano Leonhardt. Ele mencionou ações estratégicas na avicultura e na suinocultura, com redução da produção; o crescimento do segmento de frutas e hortaliças, cuja produção dos associados já representa 30% da demanda dos Supermercados Languiru; o crescimento do volume de leite recebido; e a evolução no recebimento de milho, cuja produção na área de atuação da Languiru já corresponde a dois meses da necessidade da Fábrica de Rações.
 
Desempenho econômico
O superintendente Administrativo, Comercial e Financeiro, Euclides Andrade, e a gerente executiva de Controladoria, Carla Gregory, apresentaram o demonstrativo do desempenho econômico. “O ano de 2021 foi extremamente desafiador e nos mostrou o quanto o desempenho da Languiru nos anos anteriores foi importante, com reservas que neste momento dão sustentação aos negócios”, citou Andrade.
 
Entre outros números, ele falou da variação do custo com relação ao milho e farelo de soja, com aumento de 44%, o que correspondeu a mais de R$ 170,8 milhões. Por outro lado, valorizou a estratégia de compra antecipada de milho, o que gerou economia de mais de R$ 61 milhões.
 
Olhando para o futuro, Bayer falou em crescimento com estabilidade. “Temos a previsão de dobrar o faturamento da Languiru nos próximos cinco anos”, revelou, apesar de alertar para a manutenção dos altos custos de produção em 2022, “um ano de desafios e de grande volatilidade”.
 
Pareceres e Valuation
Tarciano Cardoso, da empresa Fercien, explicou gráfico (Valuation) que indica o valor do negócio da Languiru para o mercado; o sócio da firma de auditoria PwC, Rafael Biedermann Mariante, apresentou o relatório da auditoria independente sobre as demonstrações financeiras; e o Conselho Fiscal da Languiru recomendou a aprovação da prestação de contas do exercício de 2021. “Parabéns Languiru pelo trabalho, pela evolução em governança, sempre em busca das melhores práticas de mercado. Isso dá tranquilidade para a auditoria, Conselhos e associados”, valorizou Biedermann.
 
Conselho Fiscal
Na oportunidade ainda foi eleito e empossado o Conselho Fiscal para a gestão 2022-2023, composto pelos efetivos Diego Augusto Dickel, Luisa Walter Lagemann e Rafael Horst; 1º suplente Tiago Lerner, 2º suplente Edson Reinoldo Dickel e 3º suplente Luana Regina Landmeier. (Languiru)

Jogo Rápido 

China – As importações de lácteos pela China caem em volume
 Importações/China – No primeiro bimestre do ano a China importou volume menor de lácteos mas, houve aumento do valor. Cresceram as compras de leite em pó integral e o Uruguai se consolidou como o segundo principal fornecedor. As compras externas totais de lácteos caíram 2,7% em volume, e cresceram 16% em valor, de acordo com os dados processados pelo site CLAL e publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Em dólares, as importações acumuladas de todos os produtos lácteos no início do ano mostram ascensão de 16%, chegando a US$ 3 bilhões. As compras de leite em pó integral cresceram 24% na comparação interanual entre janeiro e fevereiro, um dado relevante para o Uruguai dado que é o principal produto de exportação para esse destino. Totalizaram 300.520 toneladas frente às 242.290 toneladas no início do ano passado. Em dólares, as compras de leite em pó integral subiram 53% no bimestre, a US$ 1,216 bilhões. Só no mês de fevereiro, o salto foi de 40%: 71.366 toneladas, acima das 50.966 toneladas de um ano atrás. A variação das importações totais de lácteos da China em fevereiro foi de 3,5% em volume e 24% em valor, em relação ao mês de fevereiro de 2021, revertendo a tendência de queda de dezembro de 2021 e janeiro deste ano. O Uruguai se consolida como segundo principal fornecedor de leite em pó integral para o gigante asiático, com 7.350 toneladas, distante das 1.600 toneladas enviadas no mesmo período ano passado. Atrás da Nova Zelândia, de longe o maior fornecedor, com envios que somaram 284.118 toneladas entre janeiro e fevereiro. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

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