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22/03/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de março de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.621


Pecuária leiteira tem novos valores de indenização
 
Os valores de indenização do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS para a pecuária leiteira foram atualizados. Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (21), os conselheiros aprovaram o reajuste, de 14,65% para a tabela. O percentual aplicado leva em consideração os valores de UPF (unidade padrão fiscal) majorados em 2021 e 2022.
 
A tabela é utilizada para a indenização de vacas, novilhas, machos inteiros ou castrados e de tração, com suas funções em estabelecimento vinculado a produção leiteira. Os machos com idade superior a 24 meses, que apresentem resultado positivo, serão indenizados no valor de R$ 1,5 mil, independentemente de raça ou valor genético.
 
Para receber a indenização, o produtor precisa estar em dia com as contribuições ao fundo e ter realizado o saneamento dos animais dentro do estabelecido pelo PNCEBT – Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.
 
Também foi aprovado na assembleia o pagamento de R$ 1,1 milhão em indenizações referentes a 732 bovinos leiteiros.
 
Confira como ficou a tabela:



As informações são do Fundesa

Cenário no setor de lácteos favorece exportações do Brasil
 
Consumo cresceu mais que a produção no mundo entre 2019 e 2021, e estoques recuaram, aponta Milkpoint
 
O mundo está consumindo mais produtos lácteos e, paralelamente, a oferta de leite está caindo nas fazendas. Levantamento recente da consultoria Milkpoint Mercado, a partir de dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), aponta que o consumo cresceu 4,4% entre 2019 e 2021, enquanto a produção subiu 2,1% no mesmo período. Os estoques globais de leite em pó integral somavam 319 mil toneladas no início de 2022 - nível mais baixo em ao menos nove anos.
 

Com a oferta global de matéria-prima mais enxuta e preços internacionais em patamares atraentes, o momento é favorável para países que não são tradicionais exportadores ampliarem suas vendas ao exterior. É o caso do Brasil. Mesmo que neste momento o país tenha uma oferta de leite menor no campo, principalmente em razão da seca que afetou pastagens no Sul, o mercado interno está desaquecido pela perda do poder de compra da população.
 
O retrato contribui para reforçar os planos de empresas que já olhavam com mais atenção para outras geografias. A Embaré, que anunciou fusão com a Betânia, e a operação brasileira da francesa Lactalis são exemplos das que estão atentas aos números globais.
 
Os estoques baixos e a menor oferta vem impulsionando as cotações internacionais do produto. “O horizonte de preços firmes deve durar ao longo do ano”, avaliaram Valter Galan e Maria das Graças Franchini, que assinam a análise divulgada pela consultoria.
 
No último dia 15, a tonelada do leite em pó foi negociada a US$ 4,6 mil (valor médio) na plataforma Global Dairy Trade (GDT). A GDT foi fundada pela Fonterra, cooperativa neozelandesa que lidera as exportações globais de lácteos, e uma vez por mês são feitas negociações via essa plataforma - para a qual os atores da cadeia olham atentamente. Há um ano, a tonelada era vendida por cerca de US$ 4 mil.
 
De acordo com o estudo da consultoria, que cita informações do USDA, os preços médios da tonelada do leite em pó integral foram de US$ 2,9 mil em 2020 e de US$ 3,6 mil no ano passado. A oferta global enxuta, que também afeta a cotação internacional, resulta de menor produção nas fazendas dos grandes exportadores, casos de Europa, Nova Zelândia, Estados Unidos, Argentina e Uruguai.
 
Aumento de custos e seca
Segundo Otávio de Farias, gerente sênior de Novos Negócios da Embaré, o clima seco e o aumento de custos de energia e insumos (grãos e fertilizantes) foram fatores que atrapalharam esses produtores. Diante do quadro, que inclui o desaquecimento do mercado interno no Brasil, a companhia passou a exportar “volumes crescentes” para a África e o Oriente Médio, diz.
 
Farias não informa volumes, mas conta que a expectativa traçada pela Embaré era a de chegar a março deste ano tendo registrado aumento de 100% a 200% de exportações em doze meses.
 
A Lactalis, por sua vez, também aproveita o momento para ampliar as exportações que faz a partir do Brasil - a operação brasileira da empresa vende ao mercado externo há três anos. “A ideia é transformar o Brasil em um hub de exportação intercompany”, conta Guilherme Portella, diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos da subsidiária brasileira.
 
A companhia também está presente em países vizinhos que são produtores relevantes de leite, como Uruguai e Argentina. Porém, a operação brasileira tem a maior capacidade industrial, principalmente após as últimas aquisições feitas pela múlti, como a da Itambé, diz Portella.
 
Atualmente, a Lactalis Brasil embarca o equivalente a mais de 50 milhões de litros de leite em produtos para 17 países; o volume dos embarques cresceu 133% entre 2020 e 2021. A companhia exporta marcas globais de seu portfólio, e não apenas o leite em pó commodity. Ao todo, vende ao mercado externo 15 “famílias” de itens, entre elas Président e Parmalat.
 
Segundo Portella, o cenário atual impulsiona o projeto do hub. O executivo avalia, ainda, que o Brasil precisa fortalecer as exportações do segmento para ter mercado interno mais estável. Quando a base externa é sólida, o negócio ganha equilíbrio em momentos de mercado interno desafiador, conclui. (Valor Econômico) 
 
 
Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul – Relatório 11 de 17/03/2022
 
Leite/América do Sul – Depois de um forte aumento da produção em 2021, o tempo seco e quente começa a prejudicar algumas bacias leiteiras da América do Sul.
 
Alguns analistas estão preocupados com a possibilidade de a produção não atender às expectativas. Embora chuvas recentes tenham deixado as temperaturas sazonais mais amenas, melhorando a umidade do solo e o conforto animal, as pressões econômicas criadas com as margens sendo reduzidas pelos custos crescentes criam dificuldades financeiras para os produtores. A colheita de soja do Brasil foi revisada para baixo. No Paraguai a seca pode transformar o país em importador líquido de soja, deixando de ser exportador. Com rendimentos mais baixos os custos de alimentação para os produtores de leite aumentam. Além disso, as pastagens e o crescimento lento do capim não sustentam uma forte produção de leite nas principais bacias leiteiras da América do Sul. Embora os preços de mercado do leite em pó tenham subido recentemente, os rumos do mercado permanecem incertos. Analistas da América do Sul transmitem grandes preocupações em relação ao mercado global e regional do leite em pó, em decorrência dessas condições adversas de produção além da situação em torno do Mar Negro. O aumento dos combustíveis, desvalorizações de moedas e dificuldades econômicas relacionadas ao COVID, não tranquilizam. Alguns observadores do mercado relatam aumento da oferta doméstica de leite em pó devido ao atraso dos embarques nos portos, escassez de contêineres e desaceleração da demanda regional.(Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

É possível ter boa saúde óssea na terceira idade? 
É sobre isso que o 5º vídeo da nossa série protagonizada pela @flaviavfontes, Médica Veterinária e idealizadora do movimento #BEBAMAISLEITE, vai falar! A boa nova publicada no Journal of Dairy Science, mostrou que alguns compostos do leite conseguem regular a resposta imune e são grandes aliados na conquista de ossos mais fortes!  Quer saber como os pesquisadores descobriram isso? Então assista ao vídeo e confira os detalhes desse importante estudo! (Beba Mais Leite) 

 

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