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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.404

 

​​Leilão GDT continua apresentando alta de preços

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (06/12) seguiu apresentando movimento de alta. O preço médio dos lácteos ficou em US$3.622/tonelada, alta de 3,5%. 

A retomada de preços no leilão GDT, que vem ocorrendo desde outubro, é justificada principalmente pela redução na oferta, ocasionada por menores volumes produzidos. Outubro, que é o mês de pico de produção leiteira na Nova Zelândia, produziu 3,04 milhões de toneladas, o menor volume para o mês desde 2012. A produção para o mês caiu 5,5% com relação a outubro de 2015. Outro fato que contribui para o aumento de preços é a alta incidência de chuvas nas regiões produtivas, que também tem atrapalhado a produção.

O leite em pó integral apresentou alta de 4,9%, fechando a US$3.593/ton. O leite em pó desnatado teve alta de 1,4%, chegando a US$2.570ton. O queijo cheddar teve alta de 2,2%, com preço de US$3.752/ton. 

O volume de vendas de produtos lácteos foi 6% inferior ao leilão anterior e 20% inferior ao mesmo período do ano passado, com um total de 22.472 toneladas comercializadas.

Os contratos futuros de leite em pó integral apresentou alta mais leve para o próximo mês com maiores variações para os meses seguintes, com 1,4% de alta para os contratos de janeiro de 2017 a um preço médio de US$3.613/ton. As projeções até junho indicam manutenção de preços entre US$3.574/ton e US$3.627/ton. (Milkpoint/GDT)

 
 
 
Normas da Fazenda restringem uso de créditos de PIS e Cofins

Para evitar que empresas usem créditos considerados indevidos de PIS e Cofins para recolher valores menores dessas contribuições, normas específicas vêm sendo editadas de forma progressiva pelo Ministério da Fazenda e Receita Federal nos últimos anos. Hoje há pelo menos 16 normas nesse sentido, dentre leis, instruções normativas e outras orientações do Fisco ­ quatro delas editadas este ano. As medidas interpretam as leis e criam mecanismos de controle. O que se vê, segundo especialistas, é uma preocupação do Fisco de que as empresas estejam fazendo mais compensações, ainda que indevidas, motivadas pela crise econômica atual. Em agosto, R$ 7,153 bilhões em tributos foram pagos à Receita por meio desses créditos. No mesmo período do ano passado o valor foi de R$ 3,956 bilhões.

Conforme dados da Receita, os débitos compensados via créditos pelos contribuintes de agosto a outubro deste ano totalizam R$ 19,19 bilhões. Já as multas lançadas por compensações consideradas indevidas já ultrapassam os R$ 4,5 bilhões neste ano. Em 2015, as mesmas penalidades somaram R$ 3,3 bilhões. A multa corresponde a 50% do imposto que a empresa deixou de pagar.

Para tributaristas, se há casos de compensações indevidas realizadas de forma proposital para melhorar o caixa, na maioria das vezes o erro decorreria do cipoal de normas sobre o assunto. Segundo levantamento do escritório Nunes e Sawaya Advogados, há cinco leis que restringem o uso de créditos do PIS e da Cofins. Recentemente, a Receita publicou quatro atos declaratórios e seis soluções de divergência. Por meio desses instrumentos, restringiu­se ainda mais o uso de créditos pelas companhias.

Uma das orientações é a Solução de Divergência nº 7 da Coordenadoria­Geral de Tributação (Cosit) da Receita, pela qual interpreta as leis que criaram o PIS e a Cofins. Ao responder a dúvida de um contribuinte, o Fisco reforça o entendimento do órgão sobre quais insumos podem gerar créditos.

A solução estabelece que serviços ou produtos só são considerados insumos se diretamente ligados à atividade ou processo produtivo da empresa. A atividade principal do contribuinte que fez a consulta é a comercialização de produtos, mas também realiza atividade preparatória de florestamento e reflorestamento. "Apesar dos altos dispêndios para essa atividade secundária, isso não foi considerado insumo", afirma a advogada Gabriela Jajah, do Siqueira Castro Advogados.
Segundo ela, quando há dificuldades de caixa, cresce o número de consultas de empresas interessadas em ampliar o uso de créditos. "Mesmo sabendo que a empresa será autuada pela Receita, existe a perspectiva de manutenção do crédito ao se recorrer na esfera administrativa ou no Judiciário", diz.

O aspecto positivo da solução de divergência, segundo o tributarista Luiz Rogério Sawaya, do Nunes e Sawaya Advogados, é a indicação de quais produtos, de acordo com a Receita, dão direito ao crédito. "Ao menos fica claro o que o Fisco vai negar para a empresa ir direto para o Judiciário, tentar obter uma medida preventiva", afirma.

Há, porém, uma decisão favorável aos contribuintes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A Câmara Superior declarou que insumos devem ser tratados como despesa. "Todos ficaram surpresos com o posicionamento porque daria mais direito a crédito", diz Sawaya. "Hoje, o que vigora no conselho é que o crédito depende de prova. É preciso comprovar que determinado insumo é imprescindível para a industrialização ou produção."

A Procuradoria­Geral da Fazenda Nacional (PGFN) confirma o entendimento do conselho. Afirma que "no que diz respeito ao Carf, está consolidado na 3ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais que o insumo é caracterizado pela essencialidade à atividade do contribuinte, o que é verificado na análise de cada caso".

Para Sawaya, se não for possível para a empresa comprovar a essencialidade de forma precisa, o ideal é partir para a Justiça, pois evita-se o risco de pagar a multa de 50% pela compensação indevida. O tema também está na pauta do Superior Tribunal de Justiça. A 1ª Seção da Corte iniciou o julgamento da questão e até o momento o placar é positivo para os contribuintes ¬ são quatro votos a favor e um contra. Outra medida restritiva, a Portaria nº 392 do Ministério da Fazenda limita o pagamento de crédito presumido.

Condiciona o benefício à apresentação da Certidão Negativa de Débitos ou da Positiva com Efeitos de Negativa emitida em até 60 dias, no máximo. Antes não havia esse prazo. O crédito presumido foi autorizado pela Lei nº 12.865 em 2013. Vale para receitas de vendas para as indústrias de óleo de soja, ração, margarina, biodiesel, lecitina de soja e outros subprodutos de soja. "Porém, muitas vezes, a CND não estava regularizada na hora do pagamento", afirma o advogado Flavio Sanches, do Veirano Advogados. Para ele, a exigência torna o pagamento de créditos tributários mais limitado, porém, mais seguro para as empresas. (Valor Econômico)

Amazon testa nos EUA supermercado sem fila para pagar

A Amazon está testando um sistema de mercearia em Seattle (cidade americana onde fica a sede da empresa) que funciona sem fila de pagamento. Pelo modelo, chamado de Amazon Go, os consumidores passam por um escâner na entrada da loja usando um aplicativo da empresa com QR Code (espécie de código de barra).

A partir daí, a empresa diz que os sensores registram os produtos que os consumidores retiram das gôndolas e, na saída, eles serão cobrados automaticamente -- em um sistema similar ao usado hoje pelo Uber, já que não há necessidade de passar o cartão ou receber um recibo.

Caso o consumidor coloque o produto de volta na prateleira, ele não será cobrado. A Amazon não dá detalhes de como funciona o sistema: se é preciso colocar no mesmo lugar de onde tirou, por exemplo. A loja está em sistema de teste e é aberta atualmente só para funcionários da Amazon.

A expectativa é a de que ela esteja aberta ao público no início do ano que vem. No momento, ela oferece produtos como refeições prontas e alimentos básicos (leite e pão, por exemplo).( As informações são do jornal Folha de São Paulo)

Preços pagos pelas principais indústrias europeias - outubro de 2016

O cálculo preliminar do preço médio do leite padrão, em outubro de 2016, foi de € 29,13/100 kg, [R$ 1,11/litro]. Aumento de € 1,78/100 kg em relação ao mês anterior. Se comparado com outubro de 2015, houve redução de € 0,18/100 kg, ou 0,6%. 
À medida que se aproxima o final do ano os preços aumentam. A DMK concedeu o maior aumento em outubro, € 5/100 kg. Muitas outras companhias também concederam reajustes significativos nos preços do leite. Para o resto do ano o quadro é de manutenção dos aumentos. Dairy Crest, Arla Foods e FrieslandCampina anunciariam aumentos. Nos últimos dois meses de 2016 a FrieslandCampina elevou os preços do leite em € 8/100 kg. Nunca antes, a cooperativa havia feito reajustes tão fortes em tão curto espaço de tempo. Os reajustes das indústrias francesas estão um pouco atrasados, mas, isso pode ser explicado pelo relativo nível dos preços. A expectativa é de que os preços do leite na França não cresçam muito nos próximos meses. Embora o preço médio do leite na Europa em outubro seja quase igual ao do mesmo mês do ano passado, os preços durante todo o ano de 2016 serão claramente menores. Para algumas empresas os valores mensais para todo o ano de 2016 já são conhecidos. Os da Arla Foods e FrieslandCampina caíram 7 e 7,5%, respectivamente, em 2016, quando comparados com 2015. É importante observar que esse não é o preço final. As duas cooperativas pagam valores suplementares (chamados pagamentos do 13º mês) com base nos resultados.
A Fonterra aumentou a previsão de pagamento de temporada 2016/17 em NZ$ 0,75, perfazendo um total de NZ$ 6,00/kgMS. Incluindo os dividendos previstos de NZ$ 0,55/kgMS, o pagamento do leite padrão pela Fonterra será o correspondente a € 32,31/100 kg. O leite Classe III dos Estados Unidos caiu de US$ 16,39 em setembro, para US$ 14,82/cwt em outubro. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)
 

 
Preço do leite longa vida cai na última quinzena de novembro
Os preços dos lácteos ficaram praticamente estáveis no mercado atacadista na segunda quinzena de novembro, em relação à primeira metade do mês, considerando a média de todos os produtos e estados pesquisados pela Scot Consultoria. Entre as valorizações o destaque foi para o iogurte natural (200ml) com valorização de 2,4%, a manteiga com sal (kg) que apresentou alta de 1,2% no período e o creme de leite (200g) com aumento de 1,0%. Já o leite longa vida, produto de grande comercialização, apresentou queda quinzenal de 0,2%. O litro ficou cotado, em média, a R$ 2,38. Em relação ao mesmo período do ano passado, entretanto, o valor é 13,5% maior. (Fonte: Canal Rural)
 
 

Porto Alegre, 05 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.403

 

​​Impacto dos incentivos fiscais na ponta do lápis

Para dimensionar o exato tamanho do impacto da redução de até 30% nos créditos presumidos de ICMS nos exercícios de 2016 a 2018, prevista no pacote do governo encaminhado à Assembleia Legislativa, indústrias do setor agropecuário irão concluir nesta semana um relatório único para ser entregue ao chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi. O documento irá detalhar os riscos de eventual diminuição dos incentivos para produtos como lácteos, carnes, arroz e vinho.

Na última quinta-feira, representantes do setor estiveram reunidos com Biolchi, no Palácio Piratini, que solicitou um documento único sobre os impactos.

- Iremos demonstrar, de forma concreta, que a retirada desses incentivos irá resultar em perda de competitividade para setores estratégicos da economia gaúcha - informa Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips).

O principal argumento é de que a concessão de créditos presumidos não é uma benesse, mas sim uma forma de equilibrar a carga tributária gaúcha com a de outros Estados.

- Estamos distantes dos principais centros consumidores, mais de 60% da produção láctea é vendida a outros Estados. Se nosso imposto for maior, perderemos esses mercados - alega Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

A perda de competitividade resultará, consequentemente, em menor arrecadação de ICMS, tudo que o Estado não precisa nesse momento, alerta Nestor Freiberger, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura. (Zero Hora)

 
 
Uruguai: faturamento de produtores de leite em outubro foi o mais alto desde dezembro de 2014

As receitas dos estabelecimentos leiteiros do Uruguai medidas em dólares aumentaram pelo sexto mês consecutivo em outubro. A melhora no preço pago pelas indústrias compensou um menor nível de captação em outubro com relação ao mesmo mês dos dois últimos anos. Com base na captação de leite e nos preços pagos pelas indústrias, o faturamento em outubro totalizou US$ 60,86 milhões, chegando ao maior valor desde dezembro de 2014 (sem descontar a inflação). Esse valor foi 16% superior aos US$ 52,67 milhões faturados há um ano.

 

No acumulado do ano (janeiro-outubro), os estabelecimentos leiteiros faturaram US$ 397,43 milhões, 19% a menos que os US$ 491,15 milhões no mesmo período de 2015. Em outubro, a produção de leite enviada à indústria totalizou 191,9 milhões de litros, 7% a menos que há um ano. Esse foi o menor volume para outubro desde 2012, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

No entanto, o preço do leite pago ao produtor em dólares vem melhorando de forma sustentada desde fevereiro desse ano. Em outubro, a média foi US$ 0,32 por litro, um centavo acima do mês passado e seis a mais que no mesmo mês de 2015 (US$ 0,26 por litro). Em pesos, o preço do produto foi o melhor desde abril de 2015, ficando em média em 8,93 pesos por litro, 19% a mais que os 7,49 pesos de outubro de 2015. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
 
Mudanças no acordo de livre comércio entre NZ e China podem beneficiar produtores de leite

A indústria de lácteos da Nova Zelândia espera que um aprimoramento do acordo de livre comércio desse país com a China gere mais retornos aos exportadores. Recentemente, em uma reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), o primeiro-ministro, John Key, anunciou que as discussões sobre o acordo de livre comércio entre Nova Zelândia e China começarão no início do ano que vem.

A diretora executiva do Dairy Companies of New Zealand, Kimberly Crewther, disse que cerca de NZ$ 100 milhões (US$ 69,95 milhões) são perdidos em tarifas todos os anos. "A remoção dessas tarifas significará que os consumidores chineses se beneficiarão por meio da redução e dos custos sobre os produtos que estão comprando. Os exportadores neozelandeses também se beneficiarão por ter uma melhor posição competitiva.

"Trata-se do maior mercado de produtos lácteos da Nova Zelândia e estamos exportando cerca de 2,7 bilhões de produtos para lá por ano. Cerca de um quarto do comércio de lácteos da Nova Zelândia recebe preferência sob negociações de acordos de livre comércio. O que estamos esperando é que esse processo de aprimoramento expanda a cobertura para todas as importações de lácteos da Nova Zelândia".

A medida referente à China deverá preencher qualquer lacuna deixada pela saída dos Estados Unidos da Parceria Trans-pacífico. As negociações buscarão melhorar ou aprimorar a ampla gama de áreas que já são cobertas pelo acordo de livre comércio, disse Key.

As renegociações incluirão barreiras técnicas ao comércio, procedimentos aduaneiros, cooperação e facilitação de comércio, leis de origem, serviços e cooperação ambiental. Elas também dirão respeito a várias novas áreas, como política de competição e comércio eletrônico. (As informações são do Newshub, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Quebra no preço de exportação do leite em pó argentino por default comercial brasileiro

Uma medida protecionista liquidou a recuperação que vinha ocorrendo nos últimos meses. O valor médio de exportação do leite em pó argentino - tal como foi antecipado - caiu devido ao bloqueio comercial indireto aplicado pelo governo brasileiro ao produto importado com destino à reconstituição. 

As exportações argentina de leite em pó integral a granel declarados em novembro passado - sem considerar os envios realizados para a Venezuela - foram 6.333 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.861/tonelada versus 6.689 toneladas a US$ 2.933/tonelada em outubro deste ano. Em outubro foram declarados embarques de 1.351 e 751 toneladas a valores FOB superiores a US$ 3.300 e US$ 3.500/tonelada, respectivamente, e no mês passado apenas foram registrados 455 e 5 toneladas com esses mesmo valores. Os maiores preços declarados em novembro corresponderam a partidas da Nestlé Argentina destinadas ao Brasil, 450 toneladas ao preço de US$ 3.300/tonelada e 5 toneladas a US$ 3.550/toneladas da Williner (Ilolay) enviadas à Bolívia. Os principais mercados de exportação no mês passado foram Argélia, com envios delcarados de 1.803 toneladas ao preço médio de US$ 2.918/tonelada, seguido pelo Brasil (1.635 toneladas a US$ 3.069/tonelada) e Rússia (1.105 toneladas a US$ 2.619/tonelada). Além disso, a SanCor, no mês passado declarou ter enviado à Venezuela 5.366 toneladas como parte do crédito concedido pelo governo em 2006 (que continua vigente até 2020). 
 
O valor médio do leite em pó registrado no último leilão da Fonterra (GlobalDairyTrade) atingiu US$ 3.423/tonelada em decorrência da recuperação do mercado chinês (no qual a Argentina tem um acesso marginal porque não tem atualmente condições logísticas nem cambiais para poder competir com a Nova Zelândia). Este ano a importação de leite em pó integral por parte da China deve alcançar 400.000 toneladas, versus 347.000 toneladas em 2015, segundo dados do último boletim do mercado lácteos chinês publicado pelo escritório do USDA no país oriental. Para 2017 estão previstas compras de 460.000 toneladas. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
Comércio/AR
Uma comitiva da Agroindústria se encontra no Brasil com o objetivo de abrir mercados para variedades de queijos, leite, soro em pó e outros derivados lácteos. Empresários, entidades intermediárias e áreas do governo Federal se reunirão em Porto Alegre, Brasil, onde começa, nesta semana, a missão multisetorial, com a presença predominante do setor produtivo agroalimentar e que continuará em outras cidades do país vizinho. O objetivo é estabelecer vínculos e negociar com importadores brasileiros, a fim de poder integrar ditos produtos nas gôndolas das cadeias de supermercados do país. "A iniciativa inclui uma rodada de negociações do setor lácteo", informou o Ministério da Agroindústria que especificou que nesta missão comercial "um encontro multisetorial representará a Agroindústria Argentina no Brasil". "Estamos aqui, para oferecer todas nossas variedades de queijos, leite, soro em pó e outros derivados lácteos, que são produzidos, principalmente na região de Santa Fe, Córdoba e província de Buenos Aires", destacou Marisa Bircher, secretária de Mercados Agroindustriais da pasta que dirige Buryaile. Além de produtos lácteos, a Argentina também está promovendo no Brasil produtos argentinos como vinhos, azeites, azeitonas, doce de leite, alfajores, guloseimas, produtos orgânicos, legumes, frutas, entre outros. (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.402

 

Conhecidos vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo

 
Crédito: Dudu Leal

Os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram conhecidos na noite desta quinta-feira (1º/12), durante jantar de confraternização, realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Foram premiados os melhores trabalhos jornalísticos em quatro categorias: eletrônico, online, fotografia e impresso. Neste ano, foram recebidos mais de 50 trabalhos. A distinção busca valorizar o trabalho da imprensa especializada. Na ocasião, o Sindilat/RS homenageou mais uma vez personalidades e entidades que colaboraram para impulsionar o setor com o prêmio Destaques do Agronegócio 2016.

O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, fez um discurso otimista. Disse que o período é de desafios, mas que eles fazem parte da rotina do setor. Ele destacou que 2016 foi um ano importante, citando a Lei do Leite e o projeto do Fórum Itinerante do Leite. "O leite é o caminho para o desenvolvimento. O Estado tem 13% da produção nacional e 105 mil famílias envolvidas", disse, lembrando que o RS ocupa a terceira posição na produção, atrás apenas de Minas Gerais e Paraná.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, que falou em nome dos homenageados, parabenizou o Sindilat/RS por sua estrutura organizacional e observou que a celebração "nos honra e compromete para um futuro melhor".
O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, enalteceu a concretização da Lei do Leite, que foi o resultado de um trabalho integrado com a equipe do setor e da secretaria. "Estamos no caminho certo".

 
Crédito: Dudu Leal

Os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo são:

CATEGORIA IMPRESSO
1º Caio Cezar Cigana - Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
2º Cristiano Dias Vieira - Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
3º Solano Alexandre Linck - Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale
CATEGORIA ELETRÔNICO
1º Alessandra Bergmann - SBT - Trabalho: Programa Leitec
2º Carine Massierer - Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
3º Dulciana Sachetti- RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal
CATEGORIA FOTO
1º Samuel Maciel - Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade
2º Luis Tadeu Vilani - Zero Hora - Mais Alimento, Mais Leite
3º Diogo Zanatta - Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
CATEGORIA ON LINE
1º Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
2º Bruna Karpinski - Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
3º Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses.

 
Crédito: Dudu Leal

Destaques do Agronegócio 2016:

DESTAQUE AGRONEGÓCIO NACIONAL 
Ana Amélia Lemos

AGRONEGÓCIO ESTADUAL
Fabio Branco

SETOR PÚBLICO
Roberto Lucena

DESTAQUE INOVAÇÃO 
Lei do Leite

RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMATER

PESQUISA 
Neila Richards - UFSM

INDUSTRIAL
COTRILAC

LIDERANÇA POLÍTICA
Alceu Moreira

PERSONALIDADE
Jerônimo Goergen

SERVIDOR PÚBLICO 
Roberto Schroeder (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  
 
Tendências de Mercado em debate no Sindilat


 

As tendências de mercado e as alternativas para 2017 foram apresentadas pelo diretor da Tetra Pak, Claudio Righi, durante o encontro dos associados do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), na tarde desta quinta-feira (01º/12). Segundo ele, o consumo de leite não se retrai com a crise, mas enalteceu a importância da diversificação de produtos. E sugeriu a 'agregação de valor ao conceito origem'. 

No encontro, citou movimentos do consumidor, como o aumento de consumo de 36%, no mundo, do produto com apelo de 'não ser orgânico'. Entre 2014 e 2015, houve um crescimento de 21% no consumo de leite branco 'sem lactose' na Europa. "Precisamos ficar atentos às necessidades do consumidor, e, nesta lógica, entra os leites especiais", indicou Righi. 

Ao analisar o panorama gaúcho, ele citou alguns dados, como o fato de o Rio Grande do Sul ter 5% da população nacional e o consumo atinge 7%, ao mesmo tempo, a produção é de 13%. "É uma demonstração de que o perfil do Estado é exportador. Assim é preciso investir nesta direção", enfatizou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Créditos presumidos garantem apenas equilíbrio de competitividade

Os laticínios gaúchos precisam apresentar à sociedade e aos deputados a realidade fiscal e tributária da indústria de forma a conscientizar sobre a inviabilidade de cortes nos créditos presumidos. O assunto foi abordado pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante assembleia geral realizada com as empresas associadas na tarde desta quinta-feira (1/12) no Hotel Plaza São Rafael. "É preciso deixar claro que não recebemos incentivos. Os créditos que temos são só uma ferramenta para nos equiparar a outros estados", salientou. Nesta tarde, o diretor-financeiro do Sindilat, Angelo Sartor, também participou de reunião com o secretário da casa Civil, Márcio Biolchi, para tratar do assunto. A reunião foi capitaneada pelo deputado Elton Weber e integrou outros setores do agronegócio, com a presença de lideranças da Asgav, Sips e Sicadergs.

Durante a reunião de associados, o Sindilat ainda contou com a presença da senadora Ana Amélia Lemos. Guerra destacou o empenho da senadora com relação às pautas do setor, como recentemente ao agendar audiência pública para tratar do impacto das importações do leite no mercado nacional. "A OMC proíbe a formalização de cotas, mas os países podem negociar informalmente. O que eu levantei é que é importante verificar a relação entre a produção interna, o consumo interno e o volume de leite exportado pelo Uruguai. Pode haver triangulação, o que é proibido pela OMC. Ai temos autoridade para questionar essa prática", sugeriu a senadora. E garantiu: as portas do meu gabinete estão sempre abertas ao setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
A primeira Loja Boutique da marca RAR/RASIP, braço agropecuário do grupo Randon, estará aberta ao público no proximo dia 08. Instalada na sede da empresa, em Vacaria, o espaço oferecerá maçãs, azeites de oliva, acetos Balsâmicos, manteiga, creme de leite e queijos produzidos pela empresa. As prateleiras da boutique terão ainda produtos premium importados, como massas, molhos de tomate, especiarias e acessórios para apreciadores de vinho.(Zero Hora) 
 

 

Porto Alegre, 30 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.401

 

​   Sindilat reúne-se com primeira-dama Maria Helena Sartori

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve reunido na tarde desta quarta-feira (30/11) com a primeira-dama Maria Helena Sartori em visita para entrega oficial do convite da Festa de Confraternização de Final do Sindilat, que será realizada nesta quinta-feira (1/12) em Porto Alegre. No encontro, Maria Helena destacou o ano de construção de parcerias entre o governo do Estado e o sindicato, especialmente em relação a ações de responsabilidade sociais voltadas para as crianças da Fundação de Proteção Especial do RS (FPE). Juntos, o gabinete da primeira-dama e o Sindilat já trabalham na elaboração de projeto voltado para o Natal de 2016.

Durante a audiência, Palharini aproveitou para apresentar o projeto dos Fóruns Itinerantes do Leite, iniciado em 2016 e que já tem previsão de continuidade em 2017. Os eventos buscam unir os produtores que atuam no setor lácteo com o meio acadêmico em debates que visam novas soluções para os dilemas do campo. As ações - já realizadas em Ijuí, Santa Maria e Porto Alegre - têm apoio de diversos parceiros como Senar Farsul, MP, Emater e Canal Rural por exemplo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Darlan Palharini entrega convite a Maria Helena Sartori
Crédito: Carolina Jardine
 
Itambé inicia operação de nova linha de envase da SIG Combibloc
Como parte do plano de ampliação e modernização da planta fabril de Pará de Minas (MG), a Itambé, cliente da SIG Combibloc desde 2008, colocou em operação mais uma linha de envase de produtos focada na produção dos shakes aerados e bebidas lácteas de alto teor nutritivo, nas embalagens cb7 e cf7. Chamada CFA 712, a linha tem capacidade de envasar 12 mil embalagens/hora.

"Esta é a quarta linha da SIG que entra em operação em uma planta da Itambé o que reforça nossa parceria com este importante cliente da área de lácteos no Brasil. Estamos extremamente felizes por mais este voto de confiança da Itambé na tecnologia e nas embalagens da SIG e esperamos que mais e novos projetos de sucesso surjam em um futuro próximo", celebra Antonieta Hilst, Diretora de Mercados da América do Sul.

A primeira linha SIG foi instalada na planta da Itambé em Goiânia (GO) para o envase de leite condensado em embalagens combiblocSmall de 300 ml, que permite envasar 395g. Há ainda linhas nas plantas de Uberlândia (MG), que envasa leite UHT integral e desnatado em embalagens combiblocMidi de 1 litro com combiSwift, e a de Sete Lagoas (MG) que também trabalha com leite condensado em embalagens combiblocSmall de 300 ml.

Para Alexandre Almeida, presidente da Itambé, a opção por mais uma linha da SIG Combibloc foi natural, considerando a estreita parceria entre as duas empresas. "Além disso, pesou muito na decisão da Itambé pela SIG a flexibilidade da linha, tanto para produtos diferenciados como regulares, e a possibilidade de trabalhar diferentes formatos em uma mesma máquina". (Milknet)

 

Posse 

O secretário-executivo do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, tomou posse nesta segunda-feira (28), como presidente do Conselho Administrativo da Embrapa (Consad), órgão máximo de decisão da empresa, prometendo trabalhar por uma "gestão descomplicada, pautada pela eficiência e pelo máximo de dinamismo".

Tomou posse também como conselheiro, Cleiton Santos Araújo, chefe de gabinete do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira. O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, destacou, durante a posse realizada no Mapa, os desafios da empresa na área digital, de negócios, de inclusão e de combate à fome. Lopes lembrou que a perda de alimentos no mundo alcança 30% da produção, "um problema que precisa ser enfrentado com prioridade para reduzir a pobreza", afirmou.

Entre os avanços da Embrapa, que conta com 1.166 projetos em andamento, o presidente citou especialmente os ligados à sustentabilidade, como a expansão da agricultura de baixo carbono, incluindo a produção integrada, que já alcança 11,5 milhões de hectares, reunindo no mesmo ambiente, floresta, plantio e pecuária.

Pescados
Lopes disse ter obtido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) R$ 46 milhões para investimento no Centro de Pescado da empresa, em Palmas (TO). Comentou tratar-se de um mercado promissor, em grande parte porque a Ásia estaria no seu "limite de produção". (Mapa)

FrieslandCampina

O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de dezembro de 2016 é de € 37,50 por 100 quilos de leite, [R$ 1,40/litro]. O preço garantido para dezembro subiu € 4,50 em relação a novembro. O aumento de € 4,50 foi principalmente em decorrência da correção de € 3,50 referente a estimativas muito baixas efetuadas pelas indústrias de referência nos últimos meses.
 

O desenvolvimento positivo dos preços do leite é causado pelo declínio da produção mundial de leite e uma demanda estável. Espera-se que os preços de quase todas as commodities ainda continuarão subindo. A média do preço garantido do ano de 2016 será de € 28,38. Em 2015 o preço garantido foi de € 30,68, [R$ 1,14/litro], e o preço do leite foi de € 34,64, [R$ 1,30/litro], (preço garantido + pagamento de produtividade + bonificação por pastagens + suplementos especiais + bônus das reservas dos sócios). O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entreguem acima de 600.000 quilos de leite por ano. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

Uruguai abateu 3% mais vacas leiteiras em outubro
Os abates de vacas leiteiras aumentaram 3% no mês de outubro no Uruguai, alcançando 9.484 cabeças, segundo informou o Instituto Nacional do Leite (Inale), com base nos dados do Sistema Nacional de Informação Pecuária (SNIG) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP). Além desse aumento e do crescimento de 1% nos últimos 12 meses comparados com o mesmo período do ano anterior, entre janeiro e outubro de 2016 o volume de vacas enviadas ao abate baixou 2%, somando 92.767 cabeças, segundo confirmou o Inale. Embora seja normal que as fazendas leiteiras descartem vacas que estão no final de sua vida útil ou tenham uma baixa produção, houve um aumento meses atrás devido à crise enfrentada pelo setor leiteiro. Muitos produtores reduziram parte de seu endividamento "fazendo caixa" com o gado que enviaram ao abate. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

Porto Alegre, 29 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.400

 

​   Sindilat premia Destaques do Agronegócio 2016 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) promove, nesta quinta-feira (01/12), às 20h, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), seu tradicional jantar de final de ano com entrega dos troféus Destaques do Agronegócio 2016. O prêmio é uma forma de reconhecer e valorizar pessoas e entidades que estiveram ao lado do setor lácteo brasileiro. Neste ano, serão dez agraciados, com destaque para a senadora Ana Amélia Lemos, na categoria Agronegócio Nacional.  Também recebem o troféu Destaques o secretário de Desenvolvimento, Fábio Branco (Agronegócio Estadual); o deputado federal Alceu Moreira (Liderança Política); o deputado federal Jerônimo Goergen (Personalidade); o superintendente do Mapa/RS, Roberto Schroeder
(Servidor Público); o servidor Roberto Lucena (Setor Público); a Lei do Leite (Inovação); a Emater (Responsabilidade Social); a pesquisadora Neila Richards/UFSM (Pesquisa) e a Cotrilac (Industrial). 
 
Durante o evento, o Sindilat ainda anunciará os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo nas categorias Impresso, Eletrônico, Online e Foto. "O evento de final de ano do Sindilat vem se consolidando com mais do que um momento de confraternização.É quando as indústrias realizam uma reverência a aqueles profissionais que trabalharam o ano todo pelo bem do setor produtivo", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. 

Os trabalhos jornalísticos foram recebidos e avaliados por uma comissão julgadora composta pelo diretor da ARI, João Borges de Souza; pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas; pelo presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc), Marcelo Campos; pelo jornalista da Farsul Gerson Raugust e pelo assessor de imprensa da Fetag, Luiz Fernando Boaz. Pelo Sindilat, participaram o diretor Renato Kreimeier e a assessora de qualidade Letícia Cappiello. Todos os finalistas das quatro categorias receberão troféus, e os primeiros lugares serão contemplados com um Iphone 6. 

Os finalistas do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo são: 

CATEGORIA IMPRESSO
• Caio Cezar Cigana - Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
• Cristiano Dias Vieira - Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
• Solano Alexandre Linck - Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale

CATEGORIA ELETRÔNICO
• Alessandra Bergmann - SBT - Trabalho: Programa Leitec
• Carine Massierer - Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
• Dulciana Sachetti- RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal

CATEGORIA FOTO
• Diogo Zanatta - Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
• Luis Tadeu Vilani - Zero Hora - Mais Alimento, Mais Leite
• Samuel Maciel - Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade

CATEGORIA ON LINE
• Bruna Karpinski - Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
• Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
• Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses.
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Fracionamento sob nova regra

Publicado no Diário Oficial do Estado no dia 25, um decreto deixou mais claras as regras para o fatiamento e fracionamento de produtos de origem animal nos mercados. Apesar de ainda precisar ser regulamentado pela Secretaria da Saúde, o decreto está em vigor. A coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP), promotora Caroline Vaz, explica que, pela lei anterior, era necessário que os estabelecimentos contassem com um serviço de inspeção permanente para poder fatiar carnes, queijos, embutidos. A inspeção fica dispensada, mas os mercados têm que oferecer estrutura física adequada, como câmaras frias, responsável técnico e alvará específico para a atividade. 

A promotora diz que a Vigilância Sanitária do Estado já divulgou o decreto para conhecimento dos fiscais municipais. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, aprovou as mudanças. "Antes, existia uma insegurança jurídica. Para a indústria não terá impacto, mas o consumidor pode ficar mais tranquilo", avalia. O gerente executivo da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Francisco Schmidt, diz que a entidade continua apoiando as ações de fiscalização do MP e da Vigilância Sanitária nos estabelecimentos, mas defende que haja um prazo para que eles atendam às exigências. (Correio do Povo)

FEPALE elege Daniel Pelegrina como novo presidente

Durante a assembleia do 25º aniversário da Federação realizada na cidade de Colonia del Sacramento, Uruguai, na semana passada, foi eleito por unanimidade Daniel Pelegrina como o novo presidente da FEPALE (Federação Panamericana de Leite) para os anos de 2016-2018. 

 

Nos últimos anos, Daniel Pelegrina ocupou o cargo de vice-presidente de FEPALE, e também foi vice-presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), tendo uma experiência prolongada na área de lácteos. Além disso, ele também representou e fez parte do comitê de várias outras entidades, como Federação Internacional do Leite (IDF) e Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (IFAP). 

É a primeira vez nos 25 anos de federação que se tem na presidência um argentino. Segundo Pelegrina "é um grande orgulho e uma grande responsabilidade representar o setor leiteiro nas Américas e no mundo". Ele destacou que a atividade leiteira é uma cadeia de grande impacto social, fortalece os produtores no campo e integra os mais jovens. Além disso, prometeu "tomar as medidas necessárias para promover o crescimento de atividade". 

Na assembleia, ele também foi eleito para fazer parte do Conselho Executivo da Federação no período de 2016-2018. A assembleia reuniu delegações de 15 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Costa Rica, Colômbia, Chile, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Uruguai. A FEPALE é uma organização composta de instituições e empresas, públicas e privadas, relacionadas com o setor dos produtos lácteos de toda a América e do mundo. Além da associação de membros de quase todos os países da América também são membros das instituições da Federação empresas da Dinamarca, Espanha, Holanda e Nova Zelândia. (As informações são da Assessoria de Imprensa)

Pacote de leite da Europa fortalece posição de produtores de leite na cadeia de fornecimento

A Comissão Europeia publicou um segundo relatório sobre a operação chamada de MilkPackage (Pacote de Leite), uma série de medidas lançadas em 2012 para fortalecer a posição dos produtores de leite europeus na cadeia de fornecimento.

O relatório mostra que, após três anos de implementação, os produtores europeus estão usando cada vez mais as ferramentas fornecidas pelo MilkPackage, como a negociação coletiva dos termos do contrato através de organizações de produtores ou o uso de contratos escritos. A medida permite que negociações coletivas sejam designadas a reforçar o poder de barganha dos produtores de leite, enquanto os contratos escritos oferecem melhor transparência e rastreabilidade aos produtores.

O relatório deveria inicialmente ser entregue em 2018, mas diante das contínuas dificuldades no setor leiteiro, o Comissário para Agricultura da UE, Phil Hogan, decidiu adiantar o relatório para o final de 2016. Esse compromisso fez parte de uma série de pacotes de solidariedade para o setor leiteiro anunciados e implementados durante o ano passado.

"O relatório mostra que existem medidas que podem ser tomadas a nível da UE para garantir uma posição melhor aos produtores de leite na cadeia de fornecimento. Após o relatório da Força Tarefa dos Mercados Agrícolas da semana passada, vejo esse relatório como mais uma evidência da ação política, no contexto do Programa de Trabalho da Comissão de 2017".

O relatório também examina mais possibilidades para os produtores de leite. Por exemplo, destaca o potencial de dois instrumentos essenciais do Milk Package: as organizações de produtores (POs) e as negociações coletivas - que não são totalmente exploradas ainda pelos Estados Membros, pelas organizações de produtores e destacam as várias formas de tornar isso mais eficaz, na UE e nos Estados Membros.

Os Estados Membros são, em particular, encorajados a tomar os passos necessários para impulsionar a criação de organizações de produtores com ações coletivas que vão além da barganha coletiva, aumentando, dessa forma, o peso dos produtores na cadeia de fornecimento de leite. Além dessas recomendações, devem ser consideradas a expansão do papel das InterBranch Organisations (IBOs).

Para que todo o potencial das possibilidades do MilkPackage se materializem, o relatório conclui que uma extensão de sua aplicação para além de 2020 deve ser considerada. (As informações são da Comissão Europeia, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Tetra Pak realizará webinar gratuito sobre "Leite com valor agregado". Inscreva-se!

O consumo de lácteos está em constante crescimento. Em 2015 o consumo de leite nas Américas foi de 65 bilhões de litros, dos quais 13 bilhões de litros foram consumidos no Brasil. O mercado está acompanhando o crescimento da categoria e buscando oferecer produtos com valor agregado que atendam às necessidades dos consumidores. Neste webinar, a Tetra Pak explicará como o leite com valor agregado pode fazer parte do seu negócio e como podemos identificar oportunidades no atual cenário da indústria de laticínios.

Quando o assunto é tecnologia e tendências, as alternativas lácteas se destacam e produtos com "alto teor de proteínas" lideram como o 2° maior claim com lançamentos no mundo. A Tetra Pak se preocupa em apresentar soluções para que o seu negócio acompanhe essas tendências. Neste webinar, a empresa vai apresentar a sua avançada linha de soluções e tecnologias para lácteos. Além disso, apresentará como as fábricas de laticínios podem otimizar suas produções e aumentar sua lucratividade. 

O Webinar irá abranger os seguintes tópicos: 
• Maximizando o volume de negócios - como agregar valor à produção de leite;
• Fracionamento de filtração por membranas - identificação de oportunidades de mercado;
• Tratamento térmico para produtos enriquecidos em proteínas - fatores que influenciam e contribuem para determinar a melhor solução;
• Escolhendo a embalagem certa - novas ocasiões de consumo e público-alvo.

Palestrantes:
Beatriz de Araujo Loureiro - Marketing Lácteos Tetra Pak
Arthur de Azevedo - Gerente de Produto - Filtração por membranas Tetra Pak

Ficou interessado? Inscreva-se e garanta sua vaga clicando aqui! (Milkpoint)
 

Equipamento para higienizar
A empresa francesa Dosatron expôs um equipamento feito para higienizar animais e instalações de gado leiteiro e que funciona apenas com a força da água - não precisa ser ligado à energia elétrica. De acordo com o gerente de desenvolvimento de negócios, François Pequerul, a maioria dos sistemas disponíveis hoje no mercado são elétricos, o que dificulta a sua utilização quando há pane no fornecimento de energia. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 28 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.399

 

​   Sindilat participa do julgamento Ideas for Milk da Embrapa 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) integrou a equipe de julgamento da etapa Porto Alegre do prêmio Ideas For Milk, coordenado pela Embrapa. A análise dos finalistas na capital gaúcha ocorreu na sexta-feira passada (25/11) na TecnoPUC. Os representantes do Sindilat foram o secretário-executivo, Darlan Palharini, e a consultora Letícia Cappiello. 

A competição busca selecionar empreendedores que buscam gerar negócios lucrativos relacionados à startups novas ou em desenvolvimento. O objetivo final dos empreendimentos deve ser a busca de soluções que ampliem a eficiência da cadeia produtiva do leite. Assim, o prêmio busca selecionar e estimular a inovação no setor lácteo. 

Ao todo, na primeira seleção, são indicados 40 projetos, distribuídos pelas oito finais locais, sendo uma delas a de Porto Alegre. Cada etapa local indica um projeto, totalizando oito que estarão na disputa da grande final, que será realizada na sede da Embrapa, em Brasília, no dia 13 de dezembro. Detalhes da premiação podem ser acessadas em www.ideasformilk.com.br.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: Julgamento ocorreu no TecnoPUC, em Porto Alegre
Crédito: Darlan Palharini
 
 
Segurança maior

A preocupação com a sanidade do rebanho é uma prioridade para o pecuarista Adelar Riva, de Teutônia. A propriedade dele, localizada em Linha Frank, é uma das 800 que contam com a certificação de área livre de brucelose e tuberculose no Estado. A condição foi obtida em 2010 e mantida desde então graças ao investimento do produtor, que calcula ter gasto R$ 6 mil com a realização dos testes de tuberculose no rebanho das raças Holandês e Jersey, durante o ano passado. "Vale a pena porque isso te dá uma segurança maior. Tenho a certeza de que o gado está bem", observa Riva, que produz em média 2 mil litros por dia, com 75 vacas em lactação. 

No início, os animais eram submetidos a três testes por ano. Como o rebanho não apresentou problemas, o número caiu para apenas um exame anual. Como Riva não compra animais de outras propriedades, o risco de haver a infecção é pequeno. Entre as demais ações relacionadas ao manejo está o uso da inseminação artificial para reprodução. O zelo com a questão sanitária reflete na remuneração. Cada vez mais indústrias estão bonificando o produtor pela qualidade do leite. A prática é adotada especialmente por companhias que visam a exportação. No entanto, segundo Riva, a remuneração poderia ser maior que os R$ 0,025 por litro representados pela certificação. Para o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS), José Arthur de Abreu Martins, o envolvimento dos produtores é essencial para o controle da enfermidade. "Não basta só o serviço oficial controlar e os veterinários particulares orientarem; o produtor tem que ter a consciência de que são zoonoses e fazer a sua parte", observa. De acordo com ele, nem sempre o serviço oficial registra casos de contaminação humana, já que estes podem ser encaminhados à Secretaria de Saúde e não à da Agricultura. 

Mudanças a caminho
Para o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, um dos entraves que ainda impactam no PNCEBT é o número de veterinários habilitados (hoje são 678), considerado insuficiente para atender um rebanho de 1,1 milhão de cabeças na pecuária de leite. Quanto à bonificação, a estratégia é vista como um estí-mulo. "O que gostaríamos é que todas as indústrias entrassem nessa política para que pudéssemos sanear o mais rápido possível o nosso plantel", observa. Outra reivindicação dos produtores de leite diz respeito à indenização paga pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). A Fetag entende que os valores, que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil por animal destinado ao abate sanitário, estão defasados. A correção foi proposta na última reunião do Conselho Técnico Operacional para Pecuária de Leite e deve ser analisada no próximo encontro do conselho deliberativo do órgão. Outras mudanças estão em estudo. Segundo o diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que também integra o conselho técnico, estão previstas mudanças nas faixas de indenizações, que hoje são quatro. No caso de propriedades "condenadas" devido à prevalência de tuberculose, o Fundesa garante um auxílio chamado risco-alimentar, que hoje tem a duração de três meses. Conforme Palharini, o prazo deve ser ampliado. "A ideia é ficar a critério do fiscal", explica. 

Brucelose tem dados estáveis
Associada normalmente à pecuária de corte, a brucelose bovina é uma doença infecto-contagiosa que provoca perdas diretas devido a diversas manifestações, como aborto, baixos índices reprodutivos, aumento do intervalo entre partos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite. Além disso, por se tratar de uma zoonose, também pode infectar o homem. O estudo de prevalência da enfermidade, também publicado recentemente, aponta para um índice de 0,98% de animais positivos e 3,54% de focos. Ao contrário da tuberculose, a brucelose já havia sido alvo de um estudo com abrangência estadual, em 2004. Na comparação com aquele ano, os nú- meros coletados no último inquérito apresentaram-se estáveis. O estudo avaliou a eficácia da vacinação aplicada no Rio Grande do Sul. Segundo Ana Groff, da Seapi, a imunização do rebanho foi alavancada depois que, em 2006, o Estado vinculou a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) à vacinação contra a brucelose. Embora possa ser prevenida por meio da vacina, a brucelose não tem cura, de modo que os animais infectados são obrigatoriamente sacrificados. (Correio do Povo)

 
 

Publicação Embrapa

"A pecuária de leite no Brasil: cenários e avanços tecnológicos" - esse é o título do mais recente livro da Embrapa sobre o agronegócio do leite no país. A publicação faz uma grande radiografia do setor, abordando o cenário atual e futuro da cadeia produtiva do leite, as tecnologias disponíveis e as inovações que a pesquisa agropecuária reserva para a atividade.

Duarte Vilela, um dos editores da obra, diz que o objetivo foi fazer um grande apanhado de informações de interesse do setor leiteiro nacional, que permitisse projetar o agronegócio do leite para os próximos dez anos. "Por meio dos artigos, escritos por 78 especialistas do setor, buscamos apresentar em três partes a conjuntura da atividade, as tecnologias disponíveis e os avanços da ciência para o setor nas áreas de nanotecnologia, engenharia genética e tecnologia da informação", afirma.

Com 23 capítulos distribuídos em 436 páginas, trata-se de uma obra de conteúdo bastante eclético. Daí o pesquisador e assessor da presidência da Embrapa, Eliseu Alves, na apresentação do livro, afirmar que esse se destina a um público vasto, que inclui pesquisadores, agricultores e agroindustriais, exportadores e consumidores. Trata-se também de um material de grande importância para os formuladores de políticas públicas para o agronegócio do leite, que ainda discorre sobre a importância da pesquisa agropecuária na geração do conhecimento e de tecnologias para a sociedade.

A pecuária de leite no Brasil: cenários e avanços tecnológicos representa uma parceria inédita, do ponto de vista editorial, de duas unidades da Embrapa: Embrapa Gado de Leite, com sede em Minas Gerais, e Embrapa Pecuária Sudeste, com sede no estado de São Paulo. O empreendimento contou com o patrocínio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os interessados podem adquirir exemplares na Embrapa Pecuária Sudeste, por meio do telefone (16) 3411-5600 ou Embrapa Informação Tecnológica, (61) 3448-4236. (Jornal Agora MS)

Uruguai dará início à rastreabilidade de medicamentos pecuários em dezembro

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), Tabaré Aguerre, anunciou que em dezembro começará a funcionar o sistema Vigía, que fará a rastreabilidade pecuária dos medicamentos. Em uma primeira instância, estará vinculada ao combate do carrapato, mas, no futuro, será aplicada a outros controles, como o uso de antibióticos.

Ele também adiantou que promoverão as normas que estabelecem a gravidade de qualquer omissão que ponha em risco o status sanitário do país, o que implicará responsabilidades empresariais individuais. Por exemplo, em alguns países, na guia de propriedade de trânsito de gado, inclui-se uma declaração jurada dos produtores que não usou determinados produtos e o Uruguai está nesse caminho, disse Aguerre. Aguerre disse que o país tem todas as condições para fazer um controle desse tipo ao registrar todos os produtores e laboratórios específicos veterinários. Adiantou que está pronta a aplicação e que, nesta semana, estará pronta a normativa e espera "que se ponha em prática em dezembro".

Depois da avaliação dos veterinários oficiais e privados sobre a atividade cumprida nessa primeira etapa, na qual foram proferidas 36 palestras em todo o país, com participação de 1.100 produtores, Aguerre destacou que o iceberg é o carrapato e o que aflorou foi a ponta do iceberg, ao fazer referência aos resíduos do produto etion (antiparasitário organofosforado) em carnes - o que permitiu encarar a situação mais a fundo, como a inocuidade dos alimentos. Disse que o problema são as perdas pelo carrapato nos gados e também a inocuidade dos alimentos, que se vê alterada com resíduos que eram utilizados para combater essa doença, em alusão aos contêineres com carne rechaçados nos Estados Unidos.

Aguerre ressaltou que utilizará a sangria de 50% dos abates bovinos para que se faça uma busca por casos de brucelose em fêmeas e gerar um novo mapeamento da presença de carrapato a nível de todo o país. Aguerre também disse que o Ministério projeta fazer uma certificação de produtos e de processos de produção com base no registro dos eventos sanitários que permitem a rastreabilidade. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Regularização de agroindústrias
A regularização das pequenas agroindústrias no Rio Grande do Sul esbarra na falta de apoio por parte dos municípios gaúchos. Sem recursos, as administrações públicas locais têm dificuldade em oferecer estrutura básica de pessoal para implementação do Sistema Municipal de Inspeção (SIM), pré-requisito para que as empresas possam aderir ao Sisbi/Suasa. O impasse foi abordado durante encontro de lideranças municipais promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) no Avisulat, em Porto Alegre, que encerrou na quinta-feira. Uma das alternativas é a adoção de sistemas de consórcios públicos que permitam contratação de veterinários privados pela CLT para realizar as inspeções em diferentes municípios. Na proposta, o veterinário público ficaria encarregado de fiscalização. Já a inspeção seria feira por veterinários contratados por um conjunto de municípios. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 25 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.398

 

​ Confinamento mais confortável ao gado desperta interesse de produtores de leite

Um tipo de confinamento que aumenta o bem-estar animal e já utilizado em países de clima temperado está sendo avaliado para as condições brasileiras. A técnica tem chamado a atenção de pecuaristas do País de olho nos resultados ligados ao manejo do rebanho, ao aumento da produtividade e à saúde dos animais. O que está por trás deles é um nome estrangeiro, que vem sendo falado cada vez mais no setor produtivo nacional: "Compost Barn", que pode ser traduzido livremente como "Estábulo de Composto".

Trata-se de uma alternativa aos sistemas de produção de leite em confinamento denominados free stall, no qual as vacas ficam retidas em baias de poucos metros quadrados, ou tie stall, em que os animais são criados, também em baias individuais, presos a correntes. O Compost Barn tem por característica deixar os animais livres no estábulo. Embora continue confinada, a vaca circula à vontade, interagindo com as outras, o que possibilita que ela exercite seus instintos sociais com o grupo e apresente cio com mais facilidade, o que melhora os índices reprodutivos.

Esse sistema de produção chegou ao País em 2011, sendo adotado em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Israel desde meados de 1980. Cerca de 300 produtores brasileiros já optaram pelo Compost Barn, seja adaptando antigos free stalls, seja construindo um novo sistema. Mas ainda há poucas informações da pesquisa agropecuária nacional sobre sua adaptabilidade às condições do País. Para suprir esta lacuna, a Embrapa Gado de Leite (MG) vem realizando, desde 2014, um estudo sobre o uso do Compost Barn. "Por ser uma tecnologia importada de países com clima temperado é necessário que verifiquemos sua adaptabilidade às condições tropicais", diz o pesquisador Alessandro Guimarães, que está à frente dos trabalhos. A analista Letícia Mendonça, que integra a equipe da Embrapa Gado de Leite responsável pelos estudos, informa que três propriedades em Minas Gerais que adotam o sistema estão sendo acompanhadas. Nos laboratórios da Embrapa de da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) são realizadas análises sobre a qualidade do leite e a microbiologia dos compostos orgânicos utilizados nas camas.

A principal característica do Compost Barn é a utilização de uma "cama" orgânica cobrindo todo o estábulo. Em função dessa característica, vários outros aspectos de engenharia agronômica foram modificados em comparação aos sistemas de confinamento tradicionais. As baias, com suas camas de areia ou de borracha, por exemplo, foram abolidas. Em vez do concreto, que prejudica o casco dos bovinos, o piso do estábulo é formado por material orgânico que pode ser serragem e casca de amendoim, ou outro material orgânico que seja de baixo custo e de fácil disponibilidade para o produtor.

Cama vira adubo
A cama fica em contato com o solo, com uma altura entre 20cm e 50cm. As vacas defecam e urinam no material, dando início ao processo denominado "compostagem", que controla a decomposição de materiais orgânicos. No caso do Compost Barn, os residuos depositados pela vaca passam por uma semi compostagem aeróbica (em contato com o ar). Para que isso ocorra de forma efetiva, a cama deve estar sempre seca e passar por uma constante aeração, o que é feito por meio de ventiladores e com a escarificação duas vezes ao dia (revolvimento do material com tratores e enxadas mecânicas). O composto é removido e substituído de tempos em tempos. Dependendo do manejo, a cama pode ficar até um ano sendo utilizada no estábulo. Ao substituir por um novo composto, o material velho pode ser vendido como adubo orgânico ou utilizado na propriedade para fertilizar o solo, o que dá ao processo um importante apelo ambiental.

Viabilidade ainda precisa ser testada
No entanto, os pesquisadores ainda são cautelosos em relação ao sistema. "Precisamos aprofundar os estudos para dar respostas sólidas aos produtores no que diz respeito à viabilidade econômica, com relação aos custos de implantação e manutenção do sistema. Também é preciso ampliar o conhecimento sobre a microbiologia da cama, a incidência de mastite e a qualidade do leite", pondera Guimarães. Atrás dessas respostas, a Embrapa Gado de Leite realizou no dia 17 de novembro um workshop sobre o tema em que reuniu pesquisadores, professores, médicos-veterinários e produtores. O público, mais de duzentos participantes para um evento que pretendia se restrito a estudiosos do tema, surpreendeu positivamente a organização, o que prova a grande curiosidade do setor acerca do Compost Barn.

Apesar de o rigor científico ter focado o debate nas desvantagens do sistema, como o alto investimento inicial e o demorado retorno do capital investido, o ânimo permanece grande. Até porque, segundo o pecuarista argentino Cristian Chiavassa, que proferiu palestra durante o workshop, o custo de implantação do sistema de Compost Barn pode ser 50% mais barato do que um free stall. A expectativa é que o sistema pronto custe algo em torno de R$ 4.500,00 por vaca.

Ainda há outras desvantagens enumeradas pelos especialistas como despesas com o material orgânico utilizado na cama que, caso o produtor não o tenha próximo à propriedade, pode ser elevada; a dificuldade de manejo do composto, que exige a escarificação diária; a concentração de bactérias na cama, que ainda desperta dúvidas entre especialistas; o aumento dos custos com energia elétrica, para manter uma boa ventilação no estábulo, etc. No entanto, o meio ambiente agradece devido a menor quantidade de dejetos depositados na natureza (grande problema nos sistemas free stall e tie stall) e a sua utilização como adubo. E as vacas respondem positivamente com o aumento na produção de leite, menos problemas de casco, melhoria do índice reprodutivo. (Informações sobre o Compost Barn podem ser obtidas na Embrapa Gado de Leite, pelos e-mails leticia.mendonça@embrapa.br ou alessandro.guimaraes@embrapa.br). (Embrapa)
 

 
Produção de leite na Argentina encerrará o ano em nível mais baixo desde 2010

A produção láctea da Argentina deve chegar ao seu nível mais baixo desde 2010, com 10 bilhões de litros. A redução se deve ao excesso de chuvas e aos baixos valores que estão sendo pagos ao setor leiteiro. Esta queda representa 11% a menos do que no ano passado, ou seja, de 1,2 bilhões de litros a menos do que em 2015. Com base nos dados da Secretaria de Produção Leiteira do Ministério da Agroindústria do país, a produção leiteira vem manifestando um crescimento nos últimos três períodos (2013 a 2015).

Este ano, o panorama foi visivelmente afetado pelas inundações do começo o ano, que afetaram todas as principais regiões produtoras do país, como Córdoba, Santa Fe e Buenos Aires. Somente em Santa Fe, as constantes chuvas de abril fizeram com que 100.000 vacas leiteiras fossem atingidas por afogamento e falta de alimento. A perspectiva de queda também foi compartilhada por Flavio Mastellone, diretor de abastecimento da empresa La Sereníssima, que disse na semana passada, durante congresso da cadeia no bairro de Puerto Madero, na capital federal de Buenos Aires, que "hoje estamos com 10% a menos de leite do que no ano anterior".

O mesmo estimou que, para superar a crise, é preciso reduzir a margem e revisar o peso tributário na cadeia láctea. Ele disse também que a empresa, que utiliza quase 4 milhões de litros de leite diários para produzir queijos e laticínios, "não escapa à problemática que enfrenta o setor, que não tem crescimento a nível nacional nos últimos 15 anos". As perspectivas para o próximo ano, no entanto, são positivas. Recentemente, o ministro da Agroindústria da província de Buenos Aires, Leonardo Sarquís, disse que as previsões para o começo de 2017 sobre o preço do leite estão em alta, o que elevaria o preço a US$0,30 a US$0,35 por litro de leite cru. (EDairyNews)


Produtos alvo da Operação Lactose Zero atendem padrões exigidos pela lei

Todas as 107 amostras coletadas em 13 variedades de produtos lácteos para dietas com restrição de lactose tiveram os resultados de laboratórios oficiais em conformidade com padrões determinados pelo Ministério da Saúde. A avaliação foi feita em produtos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) de 31 empresas instaladas em cinco estados. Foi a primeira Operação Lactose Zero realizada por força-tarefa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na avaliação da coordenadora de Caracterização de Risco do Mapa, Carla Rodrigues, a operação foi positiva. "O resultado das análises mostra que os consumidores desses produtos podem ficar tranquilos, porque o Ministério da Agricultura está atento e fiscalizando a produção para garantir alimentos seguros à sociedade."

Foram testados os seguintes produtos: bebidas lácteas, coalhada, composto lácteo, creme de leite UHT, doce de leite, iogurte, leite condensado, leite em pó, leite fermentado, leite UHT, queijo minas padrão, cottage e requeijão cremoso. As análises foram feitas nas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Belo Horizonte e de Porto Alegre.

As marcas analisadas foram Nestlé, Piracanjuba, Batavo, Danone, Paulista, Molico, Parmalat, CCGL, Vigor, Embaré, Frimesa, Italac, Piá, Tirol, Betania, Camponesa, Santa Clara, Cemil, Leitíssimo, ZeroLac, Casa da Ovelha e Verde Campo.

A operação teve início na segunda quinzena de agosto e se estendeu até o início de setembro. Foram colhidas amostras no comércio varejista das capitais e regiões metropolitanas de Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo. Vinte e cinco auditores fiscais federais e agentes de inspeção do Mapa participaram da operação.

"Além de mostrar a preocupação e o respeito com os consumidores, os resultados também evidenciam a eficácia da fiscalização", disse Carla Rodrigues. "Estamos realizando diferentes operações em todas as áreas de produtos de origem animal - carne, leite, mel, ovos e pescados - em breve divulgaremos a conclusão de novas análises", acrescentou o diretor de Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), José Luis Vargas. (As informações são do Mapa)


Chuvas na Nova Zelândia prejudicam vendas de terras e produção de leite

A umidade na Nova Zelândia, além de prejudicar a produção de leite, está prejudicando também o mercado de terras, adiando o aumento nas vendas que ocorre na primavera. O volume de vendas de terras durante os meses de inverno, de agosto a outubro, mostrou ser "razoavelmente consistente com o mesmo período dos dois últimos anos", segundo dados do Instituto Reinz. 

Entretanto, as esperanças entre os vendedores de terras de que a primavera traria um impulso nas vendas foram prejudicaras pelo clima úmido que, por exemplo, nessa semana alagou partes da região da Ilha do Norte, com mais chuvas em um dia do que tipicamente são registradas no mês. Wainuiomata, na região de Wellington, por exemplo, recebeu 109,5 mm de chuvas em 24 horas, de acordo com o MetService.

"Embora uma série de propriedades esteja programada para entrar no mercado durante a atual primavera, em algumas áreas da Ilha do Norte, em particular, o clima extremamente úmido tem levado alguns vendedores a adiar os programas de vendas", disse Brian Peacocke, do Reinz. Os vendedores estão esperando até que suas fazendas estejam "mais apresentáveis", disse ele. "Uma necessidade urgente de mais luz solar é um fator dominante em muitas regiões".

Em termos de preços, o valor das fazendas vendidas no mês passado foram 5,9% maiores que no ano anterior, de acordo com o índice da Reinz que ajusta os negócios por tamanho de fazenda, localização e tipo de fazenda. O aumento desafiou a queda de 8,7% nos valores das fazendas leiteiras com relação ao ano anterior, de acordo com o Reinz - que notou nas áreas do norte da Ilha do Norte "indicações de mudanças no uso da terra, com algumas unidades marginais trabalhando com carne bovina", já que os preços do leite estão agora somente aumentando com relação ao menor valor em dois anos.

A recuperação nos preços mundiais dos lácteos - que aumentaram 16,5% com relação ao mês anterior nos leilões GlobalDairyTrade da Nova Zelândia - é um fato que está sendo ajudado pela queda na produção do país devido ao clima úmido.

A gigante do setor de lácteos, Fonterra, há duas semanas reportou uma queda de 2% nas receitas de leite para setembro, alertando que "as condições climáticas desafiadoras terão um impacto significativo nos picos de produção de leite e na futura produção para esta estação". O grupo, que realiza o GlobalDairyTrade desde 1 de agosto, cortou em mais de 550.000 toneladas o volume de produtos lácteos que venderá nos leilões nos próximos 12 meses. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Estoques mundiais de grãos devem superar 500 milhões de toneladas
Os estoques globais de grãos devem ultrapassar os 500 milhões de toneladas pela primeira vez em 2017, segundo estimativa do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) divulgada hoje. Trata-se da sétima elevação consecutiva nas previsões do órgão para a produção da safra 2016/17. Se não ocorrer nenhum imprevisto ao longo da colheita, os estoques globais devem aumentar em 6 milhões de toneladas na comparação com a temporada anterior, atingindo 504 milhões de toneladas em 2017. Já a produção de grãos no mesmo período deverá atingir o volume recorde de 2,084 bilhões de toneladas, acima dos 2,077 bilhões de toneladas previstos em outubro. O recorde anterior, observado em 2014/15, foi de 2,048 bilhões de toneladas. A revisão positiva reflete um aumento de 7 milhões de toneladas nas estimativas do IGC para a produção de milho, avaliada em 1,042 bilhão de toneladas. Já a produção mundial de trigo deve atingir 749 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas acima do projetado em outubro, e a de soja 336 milhões de toneladas, 4 milhões acima do estimado anteriormente. O IGC também elevou sua previsão para o consumo global de grãos, agora avaliado em 2,056 bilhões de toneladas -- revisão positiva de 2 milhões de toneladas, refletindo a demanda industrial mais forte nos EUA. A previsão para o comércio mundial também foi revisada para cima, em 1 milhão toneladas, para 338 milhões de toneladas, ainda abaixo das 344 milhões de toneladas negociadas em 2015/16. (As informações são do Valor Econômico)

 

 

Porto Alegre, 24 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.397

 

Queda no preço do leite é mais sutil em novembro
 

Crédito: Carolina Jardine - Na foto: Alexandre Guerra

O preço de referência projetado para o leite no mercado gaúcho em novembro deve ficar em R$ 0,9362, redução de 1,49% em relação a outubro, quando o valor consolidado ficou em R$ 0,9504. Os dados foram divulgados pelo Conseleite em reunião nesta quinta-feira (24/11), durante o Avisulat, em Porto Alegre (RS). Apesar do avanço da safra em outros estados do Brasil, a queda foi mais sutil este mês em relação aos anteriores.  "A alta registrada no meio deste ano decorrente de uma entressafra severa não se mostrou sustentável, foi uma bolha, um bônus que o mercado deu ao setor. Agora, veio a queda do preço ao consumidor que foi repassada ao produtor e coloca o leite novamente na sua normalidade", salientou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore.  Apesar da queda, a maioria dos preços dos produtos lácteos está acima dos valores praticados em novembro de 2015, com exceção do leite UHT.

O presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, alertou que o setor vive um momento difícil, onde as indústrias operam sem margem, algumas até no negativo. "No mercado, os preços já pararam de cair, o que sinaliza uma retomada importante para atender à expectativa da indústria e dos produtores nos próximos meses". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Outubro de 2016.

Matéria-prima

Valores Finais

Outubro / 16

I - Maior valor de referência

1,0929

II - Preço de referência

0,9504

III - Menor valor de referência

0,8553

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Novembro de 2016.

Matéria-prima

Novembro /16 *

I - Maior valor de referência

1,0766

II - Preço de referência

0,9362

III - Menor valor de referência

0,8426

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 
Sindilat lança livro do 1º Fórum do Leite

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lançou oficialmente o livro "O Rio Grande do Sul e a Lei do Leite", que traz o compilado dos projetos levantados durante o 1º Fórum do Leite, realizado no primeiro semestre, em Ijuí. Ao lado do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e dos colegas que contribuíram com a publicação, ele ressaltou os avanços propostos durante os debates com vista à melhoria constante da produção. "Em Ijuí, tivemos o avanço da sanção da Lei do Leite. Em Santa Maria, foi o momento de debater a necessidade de se buscar resultados e colocar em xeque as atividades desenvolvidas, rever nossos conceitos", salientou Palharini. Emocionada, a professora da Inijuí Denize Fraga agradeceu a parceria do Sindilat na publicação da obra e ressaltou que os textos devem ser essenciais para construir uma produção voltada à excelência. O livro reúne 13 artigos técnicos. 

O lançamento ocorreu durante a 3ª edição do evento, realizada durante o Avisulat, nesta quinta-feira (24/11), em Porto Alegre.  O 4º Fórum Itinerante do Leite também já tem destino certo. Em 2017, o ciclo de palestras começará sua agenda por Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
Gargalhadas e visão de futuro em apresentação do Leitec no Avisulat

Os avanços obtidos pelo programa Leitec, desenvolvido pelo Senar para levar Tecnologia aos tambos, foram apresentados com muito bom humor durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, no Avisulat.  Para ilustrar os benefícios do projeto na vida do campo, foi apresentada a histórica do Tambo Lajeado, localizado no interior de Alegrete. Trabalhando com criação a pasto, a propriedade de Nelson Abreu tem 27 vacas em lactação. Assessorado pelos inspetores do Senar, o tambo superou dificuldades, reduziu custos e trouxe os filhos Angélica e Gilberto de volta à propriedade.   A jovem de 24 anos pegou o microfone para expor as mazelas da atividade e arrancou gargalhadas da plateia. Com muito bom humor, ela salientou questões crucias para uma sucessão rural bem sucedida, a exemplo de divisão de tarefas, comprometimento e investimento. Angélica garantiu que a atividade se tornou lucrativa, o que garante o carro 0Km à família. "Há 15 anos atuamos na produção de leite, mas só há cinco deixamos de ser burros e permitirmos que a assistência técnica entrasse na propriedade", pontuou ela, citando que lida com suas vacas pelo nome o que, garante, rende mais no tanque no final do dia.  "Tenho orgulho e bato no peito para dizer que produzo comida, e comida de qualidade", completou, contando que chegou a ir trabalhar na cidade, mas, vendo o pai doente, resolveu voltar  para o tambo.  "O que aprendemos é que temos que ter poucos animais, mas bons. Estamos trabalhando com novilhas de ponta em campo nativo. Estamos conseguindo melhorar a adubação do solo  com a ajuda dos técnicos para que não falte comida", relatou Nelson. 

Avaliando o resultado do encontro, o coordenador de programas especiais do Senar, Alexandre Prado, lembrou que foi um momento rico de interação. "O envolvimento familiar é o futuro da propriedade. A gente vê de cara a permanência do jovem no campo e que o setor vai poder se manter". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Gestão eficiente é segredo de sucesso dos tambos gaúchos


 

O impacto da profissionalização da gestão dos tambos gaúchos foi o foco da apresentação da Emater durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, realizado durante o Avisulat, na manhã desta quinta-feira (24/11). Segundo assistente técnico regional de Sistema de Produção Animal da Emater de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti, se o objetivo é ter uma família empreendedora, é preciso inclui todos na gestão. "Não podemos passar a propriedade para o filho quando o pai tiver com 80 anos. Filho nenhum vai querer ficar em casa se não tiver diálogo, participação de resultado", aconselhou a um auditório lotado de produtores e estudantes. O especialista ainda pontuou que é preciso planejar a atividade. "Não posso dar ração para a vaca sem saber quanto ela está produzindo. Boas informações qualificam a tomada de decisão."

Durante o fórum, produtores contaram sua experiência a campo. Histórias como a de Claudemar Fagundes, de 32 anos. Casado e pai de dois filhos, ele começou a investir no leite em substituição ao tabaco na propriedade de 3,8 hectares localizada no município de Palmitinho. Com a assistência da Emater nos últimos anos, conta ele, a  produção por vaca dia saltou de 11,9 litros, em 2009, para 19 litros. Avanço conquistado com muito trabalho, planejamento e apoio de consórcio de produtores para uso de maquinários mais pesados.

Aumento de produtividade que também se refletiu em ganho de 96% na produção anual. Em 2014, a captação era de 43 mil litros, em 2015, saltou para 61 mil litros e, em 2016, chegou a 85 mil litros. "Para trabalhar com leite tem que gostar. É o nosso dia a dia. Tem sol, tem chuva, tem geada e nós estamos lá. Não desistimos, seguimos em frente", pontuou Fagundes, lembrando que as decisões importantes da propriedade são tomadas na hora do chimarrão ao lado da esposa.  Com os anos, a propriedade também ganhou uma nova cara, com melhoria das estruturas e, inclusive, na residência da família. O técnico da Emater de Palmitinho Luan Costa relatou que o trabalho é prestado a 22 propriedades que operam na atividade na regional. 

O casal Élio Post e  Élia Schossler, de Fazenda Vila Nova, também contaram sua história na produção de leite. Com apoio do técnico Maicon Berwanger, ressaltaram que o início da atividade começou com uma alternativa de renda extra com a produção de queijos. O movimento teve início quando Élia ficou desempregada após anos de trabalho na indústria calçadista. "Eram poucos animais e eu comecei a pegar leite para fazer queijos. Fiz alguns cursos e hoje sou muito feliz com o que faço. Foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida. Só me arrependo por não ter começado antes", contou. 

Para profissionalizar o sistema e reduzir custo, a família investiu pesado na criação a pasto com base em sistema de irrigação. Atualmente, há 23 vacas de lactação na propriedade de 10 hectares com produção de 550 litros/dia. Há três anos, a captação era apenas de 120 litros/dia. "O erro dos produtores é investir em equipamentos desnecessários", alerta Berwanger.  Com orientação, os produtores focaram em itens que trazem significante avanço na produção: aquecedor solar, sala de ordenha, sistema de irrigação. 

Os exemplos apresentados emocionaram o presidente da Emater, Clair Tomé Kuhn, que acompanhou a apresentação da plateia. "As pessoas sabem que o leite não vem da caixinha, mas não sabem como é sofrido colocar esse leite dentro da caixinha. Quanto custa de tempo, de dedicação e  de gestão", ressaltou.  E garantiu apoio a quem precisar de ajuda. "A Emater está aí para ajudar na gestão. Busquem o escritório. O que precisamos é dar renda e qualidade de vida para manter pessoas como vocês no campo". E aproveitou para a agradecer ao Sindilat pela iniciativa. "Parabéns por acreditarem nos agricultores, que são a força que move o Rio Grande do Sul. O melhor emprego do mundo é ser dono do próprio negócio".

 
Rabobank estima boas perspectivas para os produtores de leite da UE em 2017
Estoques recordes devem manter preços de alimentos baixos em 2017, diz Rabobank
Estoques em máximas históricas devem manter os preços mundiais de alimentos baixos durante 2017, mesmo com a inflação começando a subir em economias desenvolvidas, disse o banco de agronegócio Rabobank em relatório nesta quarta-feira. Alimentos básicos como trigo, milho e soja estão sendo armazenados em volumes recordes, mantendo um teto para os preços que devem ser pagos a produtores no próximo ano. "A população global está crescendo e a prosperidade está subindo, impulsionando a mudança para dietas mais caras e ricas em carne e laticínios. Na nossa visão, os preços globais de alimentos deveriam, em sua maioria, resistir, ainda que produtores estejam preparados para pequeno ou zero crescimento no preço das commodities durante o ano", disse o chefe do mercado de commodities agrícolas da Rabobank, Stefan Vogel. A Rabobank disse que muito iria depender da China, que tem estoques gigantes de muitas commodities, incluindo milho, trigo e soja. "O maior coringa nisso tudo é a China... Qualquer decisão dos políticos chineses de começar a vender essas reservas iria ter um efeito profundo nos mercados mundiais, à medida que as importações chinesas iam cair", disse Vogel. (Reuters)
 

 

 

Porto Alegre, 23 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.396

 

Qualidades nutricionais do leite são alvo de profissionais de saúde e produção


Crédito: Carolina Jardine - Na foto1: Olga Amancio                   Na foto2: Carlos Alberto Werutsky

Profissionais da área da saúde reuniram-se com representantes do setor leiteiro na tarde desta quarta-feira (23/11) para debater a relação entre a qualidade nutricional e o processo produtivo e os mitos relacionados à intolerância à lactose. Ao abrir o evento, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou que a indústria está atenta às novas demandas da população e que os produtos funcionais lançados são reflexos de investimento em inovação. "Estamos aqui para debater um aspecto importante da produção. Que sejamos divulgadores desses assuntos de forma a gerar um efeito multiplicador", pontuou. O evento, promovido pelo Sindilat e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), ocorreu no Centro de Eventos da Fiergs dentro da programação do 5º Avisulat.

Em sua palestra, a presidente da SBAN, Olga Amancio, salientou que se vive um modismo relacionado ao leite. Segundo ela, há diversas causas que ocasionam os mesmos sintomas relacionados à intolerância à lactose. Mesmo assim, citou ela, o que se vê é a exclusão do leite da dieta de muitos adultos. "A pessoa não se sente bem e faz um autodiagnostico de intolerância", disparou. 

Falando sobre as qualidades nutricionais do leite, ressaltou que o alimento é uma rica fonte de cálcio. Um exemplo é a comparação entre o leite e os vegetais com alto teor de cálcio. Segundo Olga, para obter a mesma quantidade de cálcio presente em um copo de 200 ml de leite, seria necessário ingerir 4 porções e meia de brócolis ou 1,3 quilo de espinafre. "Apesar do aumento do consumo de leite, ainda verificamos inadequação da ingestão de cálcio entre a população", salientou.

Segundo o organizador do simpósio, médico nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, é fundamental unir academia e setor produtivo em debates como este. "Há pesquisas constantes que analisam a importância de determinados alimentos e a tolerabilidade de diferentes faixas etárias, especialmente em crianças. Portanto, há a necessidade de avaliação individual," enfatizou.  O evento ainda reuniu autoridade do setor de saúde no RS. O chefe do serviço de Nutrologia do Hospital Ernesto Dornelles, Paulo Henkin, destacou a importância das gorduras na dieta. Apresentou dados que confirmam que não se pode estabelecer uma relação direta entre o consumo de gorduras saturadas e doenças cardiovasculares. "Há uma diferença enorme entre os estudos científicos e os protocolos, e não se fala nisso". 

O encontro teve ainda a apresentação das especialistas Márcia Terra, que abordou a questão das pesquisas e a relação entre a indústria e a academia; Ana Lúcia Barretto Penna, que falou sobre as propriedades nutricionais do leite pasteurizado e leite UHT; e Geórgia Castro, que destacou a questão dos lácteos fortificados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Sindilat quer políticas públicas que resguardem a produção


Crédito Carolina Jardine

"Temos a convicção de que 2017 precisa ser um ano diferente. O mercado de leite não pode seguir a mercê das estratégias de outros países. Precisamos de uma legislação que resguarde a produção". O apelo foi feito pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante a abertura do 5º Avisulat, na noite de terça-feira (22/11), na Fiergs. Ao lado de dirigentes do setor industrial e empresarial, Guerra ainda falou sobre o pacote de cortes anunciado pelo governador José Ivo Sartori. "Apesar da situação financeira do Estado, não há espaço para onerar o setor lácteo, pois o que temos hoje de incentivo é somente para concorrer com os demais estados", ressaltou. Ao finalizar sua fala, destacou a ação conjunta do setor lácteo, avicultura e suinocultura na promoção do Avisulat.  "Se estamos juntos no Avisulat, é porque sabemos que, juntos, somos mais fortes e temos mais voz. Sigamos assim, de mãos dadas por uma produção competitiva, que alavancará a economia do nosso Rio Grande para fora dessa crise e, sem dúvida, trabalhará por um Brasil melhor". 

Com a presença do secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, as autoridades fizeram discursos de união e ressaltaram as dificuldades que o agronegócio deve ter pela frente. "Tivemos dificuldade, mas assumimos o compromisso de fazer mais um evento para promover os setores. Agradecemos todas as empresas que estão aqui, pois valorizam a parceria. O Avisulat é um evento estratégico porque ocorre no final do ano e muito do que será falado aqui é uma preparação para o próximo", afirmou o coordenador Geral AVISULAT, José Eduardo dos Santos.
O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, também exaltou o conceito de união do Avisulat. "O evento é um belo exemplo da união dos setores, uma conjugação de interesses que deveria servir de exemplo para nossos políticos".   
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Fábio Branco, representou o governador José Ivo Sartori e parabenizou os organizadores pelos esforços em realizar o evento. Branco comentou a situação econômica do Estado e afirmou que é necessário, mesmo na crise, que o governo seja atuante junto ao setor para modernizar ainda mais a produção. "Eventos como esse são importantes para trazer sugestões, ideias, informações e oportunidade de conhecimento para o país multiplicar as ações em sanidade", afirmou. 
O Avisulat segue até amanhã (24/11). Na agenda desta quinta-feira, destaca-se o 3º Fórum Itinerante do Leite, que debaterá os rumos da competitividade. Na área de exposição, há empresas de todo o Brasil, além de China e França. Os Encontros Internacionais de Negócios reúnem 9 países que vieram conhecer o mercado brasileiro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Regularização de agroindústrias esbarra em apoio municipal


Crédito: Carolina Jardine

A regularização de centenas de pequenas agroindústrias no Rio Grande do Sul esbarra na falta de apoio por parte dos municípios gaúchos. Sem recursos, as administrações públicas locais têm dificuldade em oferecer estrutura básica de pessoal para implementação do Sistema Municipal de Inspeção (SIM), pré-requisito para que as empresas possam aderir ao Sisbi/Suasa. O impasse foi abordado na manhã desta quarta-feira (23/11), durante encontro de lideranças municipais promovido pelo Sindilat no Avisulat, em Porto Alegre. "As agroindústria precisam de resposta rápida e os municípios querem desenvolver esse setor. O problema é que não há condições para contratação dos veterinários que o sistema exige", pontuou o coordenador para a Agricultura da Famurs, Mário Nascimento.
 
Uma das alternativas para amplificar atendimento às agroindústrias pelo SIM é a adoção de sistemas de consórcios públicos que permitam contratação de veterinários privados pela CLT para realizar as inspeções em diferentes municípios.  Nesse modelo, o veterinário público ficaria encarregado de fiscalização, com poder de polícia. Já a inspeção ficaria a cargo desses veterinários contratados por um conjunto de municípios. O modelo de consórcios é bem visto pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, que também participou do debate, as ações não avançam porque os municípios e o Estado têm pouca estrutura.  "Temos muitos desafios pela frente", concluiu. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância de debates como este para lançar novas ideias e projetos de desburocratização da cadeia produtiva em linha com o projeto Agro+. 

A autorização de equivalência entre as inspeções municipal, estadual e federal também deve ajudar a estimular a expansão das agroindústrias. O PL 334/2015, que delega a estados e município a incumbência pala inspeção de produtos de origem animal, está em tramitação em Brasília e já foi aprovado pela Comissão de Agricultura da Câmara.  A relevância dos diferentes tipos de inspeção foi tema da manifestação de Roberto Lucena, do Ministério da Agricultura, que também participou do debate.

A engenheira de alimentos e coordenadora do Programa Estadual de Agroindústria Familiar da Emater, Bruna Roldan, acrescentou que o importante na avaliação dos estabelecimentos é se estes garantem ou não a realização de processos e operações de fabricação seguros.  De acordo com ela, é preciso enfatizar a "analise de perigos" como foco da inspeção, ao invés de se tratar com tanto afinco as questões relacionadas meramente às instalações das empresas que, na verdade, não é o que, ao fim, garante a sanidade dos processos. E destacou a força da produção da agroindústria familiar. "Queremos manter a agricultura familiar e a agroindústria familiar como uma maneira de manter a cultura alimentar.  São alimentos carregados de tradição. " 

Durante o painel, a fiscal da Secretaria da Agricultura, Karla Oliz, ainda falou sobre a Lei do Leite e a regulamentação que está em curso. "A gente sabe que ela necessitará ser aperfeiçoada e ainda podemos mudar alguns pontos. Meses de discussão é pouco". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Mudanças no ICMS preocupam setor industrial

Entre as diversas medidas que integram o pacote de combate à crise fiscal do Estado, anunciado pelo governador José Ivo Sartori na segunda-feira, as que mais preocupam os setores industriais gaúchos são as que mexem no ICMS. A intenção do Executivo é dar regime de urgência ao PL 214, parado desde o ano passado, que limita os benefícios de crédito presumido em 70%, além de antecipar em nove dias o recolhimento do imposto. Os sindicatos patronais argumentam que já trabalham sem margem e que, com as medidas, perderão vendas e reduzirão empregos. O projeto de maior impacto entre os dois, o PL 214, já foi enviado pelo Piratini à Assembleia Legislativa em 2015. O texto, porém, está parado na Comissão de Constituição e Justiça, que não deu parecer sobre o projeto. O documento determina que os benefícios de crédito presumido seriam limitados, até 2018, a 70% do concedido. 

O instrumento consiste, na prática, na redução das alíquotas de ICMS para setores específicos, com o objetivo de igualar a carga tributária com os concorrentes de outros estados. Em 2015, somando todos os setores, o total de créditos chegou a R$ 2,5 bilhões, 31% de todas as desonerações concedidas pelo Estado. Segundo o governo, a medida geraria um impacto de R$ 300 milhões por ano aos cofres públicos. Com o regime de urgência, o projeto entra na pauta da Assembleia Legislativa 30 dias após ser protocolado e deve ser votado antes dos demais. O documento ainda deixa aberto à decisão de o Executivo estabelecer exceções à medida. Entre os representantes de diversos segmentos, porém, a preocupação é que mudanças na área retirarão competitividade da indústria gaúcha. "O crédito presumido é uma questão de vida ou morte para as empresas. Já estamos atuando sem margem nenhuma, e no caso de onerar mais a produção, teremos muitas dificuldades", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado (Sicadergs), Ronei Lauxen. 

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, salienta o objetivo do instrumento, que é de equalizar a situação com os outros estados, para defender que, na prática, a medida poderia gerar um efeito contrário ao desejado. "Isso pode acelerar a perda de competitividade com os concorrentes e, assim, levar à redução na arrecadação em curto prazo", projeta. Nessa linha, o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, é ainda mais enfático. "Isso vai invariavelmente levar à migração do parque industrial para outros estados, que cobram uma alíquota menor", projeta. Na visão dos industriais, embora reconheçam a situação precária das finanças gaúchas, o sentimento é de que o setor produtivo já deu a sua contribuição ao absorver o aumento da alíquota geral do ICMS de 17% para 18%, no início do ano. "Estamos cientes da situação de ajuste fiscal do Estado, mas já contribuímos ao abrir mão de parte do benefício no início do ano", acrescenta o representante do Sindicato das Indústrias de Vestuário (Sivergs), Henrique Vieira Gonzales. 

O empresário se refere à mudança na alíquota do setor têxtil, que, na última renovação do benefício, concordou em aumentá-la de 13% para 13,5%. Outros setores são mais cautelosos na análise. O vice-presidente da Associação das Indústrias de Móveis (Movergs), Rogério Francio, argumenta que não é possível fazer um julgamento, mesmo que a indústria seja prejudicada. "Lamentavelmente, a situação exige um remédio, que às vezes é amargo", afirma, acrescentando torcer para que o pacote funcione. O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, também ressalta a necessidade das medidas, que, na sua opinião, foram adiadas por muito tempo por seu custo político. "Por outro lado, faz com que a gente tema por uma recessão maior do que esperávamos", argumenta. (Jornal do Comércio)

 
Fundesa faz repasse à OIE
O Fundesa, fundo criado no Rio Grande do Sul para complementar ações de desenvolvimento e defesa sanitária animal, anunciou ontem o repasse de 80 mil dólares à OIE. O ato aproveitou a presença da diretora-geral da entidade, Monique Eloit, no 5˚ Avisulat, em Porto Alegre. O aporte ajudará a fomentar ações desenvolvidas globalmente para combater enfermidades. Monique lembrou que investir em ações em outros países evita a propagação das doenças, inclusive retornos. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 21 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.394

 

 Agro+RS trará competitividade ao agronegócio

Pioneiro no país, o Rio Grande do Sul lançou na tarde desta segunda-feira (21/11) o programa Agro+RS. Detalhado às lideranças de vários setores do agronegócio, o programa tem a finalidade de reduzir a burocracia dos processos ligados ao setor, assim como trazer maior competitividade à agricultura gaúcha. 

Presente na solenidade, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, parabenizou a iniciativa, uma vez que a colabora na redução da burocracia e traz maior competitividade ao setor lácteo. Para ele, essa é uma oportunidade para gerar as condições de crescimento do segmento de uma maneira mais ágil. "É um projeto que nasce de maneira aberta, permitindo o seu constante aperfeiçoamento. "Por exemplo, atualmente o produtor precisa encaminhar notas dos seus envios e, ao mesmo tempo, as indústrias também. Esse é um exemplo claro do que pode ser feito, se essa nota for unificada", citou ele. 

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, até o momento foram recebidas 218 demandas, sendo que 73 foram internas (dentro do governo) e outras 145 externas (de entidades). Destas, 23 já foram solucionadas ou encaminhadas.  O Sindilat colaborou com o projeto repassando demandas, como a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. "Queremos o agronegócio mais ágil, mais produtivo e mais sustentável", afirmou Polo. Atualmente, o setor representa 50% do PIB gaúcho. Ao parabenizar a iniciativa gaúcha, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, parabenizou o RS por ser o primeiro a avançar no projeto. Disse que outros 20 estados estão discutindo as suas versões do projeto nacional Agro+. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Evento reuniu lideranças do setor no Palácio Piratini 
Crédito: Daniela Barcellos/Palácio Piratini
 
 
Fonterra eleva previsão para preço do leite ao produtor

A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra elevou na sexta-feira a previsão para o preço do leite ao produtor na safra 2016/17 em 75 centavos de dólar neozelandês, para 6,00 dólares neozelandeses por quilo de sólidos de leite. Quando combinado com as previsões de ganhos por ação no ano fiscal 2017, de 50 a 60 centavos de dólar neozelandês, o pagamento total disponível aos produtores na atual safra deve ficar entre 6,50 e 6,60 dólares neozelandeses antes de retenções, informou a Fonterra em comunicado.

O chairman da Fonterra, John Wilson, disse, em comunicado, que o aumento reflete a melhora no preço do leite desde setembro depois "do gradual reequilíbrio da oferta e da demanda global" do produto. "Temos visto produção em queda em importantes regiões exportadoras, particularmente Europa e Austrália, e um declínio sem precedentes na oferta de leite na Nova Zelândia devido à primavera mais úmida do que o normal em muitas regiões", afirmou na nota. Ele acrescentou que a demanda continua firme. Como resultado desse cenário tem havido uma melhora constante nos preços globais das commodities lácteas, o que levou ao aumento na previsão [para as cotações].

Na sexta-feira, a Fonterra também atualizou os dados de seu desempenho no primeiro trimestre deste ano. Segundo a cooperativa, a receita no período foi de 3,8 bilhões de dólares neozelandeses, 6% superior à do primeiro trimestre do ano anterior.

Conforme a Fonterra, os volumes de vendas no primeiro trimestre subiram 2%, para 4,9 bilhões de litros equivalente leite, enquanto a margem bruta ficou em 22% no período, praticamente inalterada.

O CEO Theo Spierings disse, em comunicado, que os ganhos de receita no primeiro trimestre refletiram o crescimento de volume e margem em todo o negócio e foco contínuo no controle dos custos. (As informações são do Valor Econômico)

Lácteos

Os temores de uma escassez de queijo e manteiga, como resultado da redução da oferta de leite, já começaram a se materializar, os fornecedores têm alertado. Os preços de atacado  da manteiga, já elevados, aumentaram em mais 6% de setembro a outubro, para £3.750/tonelada [AHDB Dairy] devido à baixa oferta, e estavam agora a mais de £4.000/tonelada, de acordo com um importante fornecedor. 

Os preços do Cheddar permaneceram acima de £3.000/tonelada, com alguns produtores de queijo "utilizando o leite do queijo, para manter a oferta de manteiga no curto prazo", acrescentou outra fonte, informando que os fornecedores de queijos para as escolas do Sudoeste já estavam com escassez. "Também há preocupação real de que quando a demanda por creme no Natal começar,  o varejo no Reino Unido não terá manteiga suficiente", advertiu a fonte. "É um enorme volume e, normalmente tira toda a gordura de dezembro do mercado. Este ano, no entanto, simplesmente não existe abastecimento. Ou não haverá creme agora, ou não haverá manteiga mais tarde. Essa é a escolha. "

A oferta de leite continuou a ser um problema enorme, disse outro fornecedor, que concordou que simplesmente não há "quantidade suficiente de queijo ou manteiga no sistema". E isso, junto ao aumento no custo de produção de cerca de 1,5 centavos/litro devido aos custos com a importação, diante da desvalorização da libra. Houve uma série de aumentos do preço ao produtor na última quinzena.

Semana passada a Cheesemaker Barber anunciou aumento de 6 centavos/litro de agora até fevereiro. A opção das três maiores indústrias de laticínios abalaram o mercado, estabelecendo um preço mínimo de 30 centavos/litro para a produção de outubro, enquanto aguardam o anúncio da Lactalis para o aumento de preços aos seus fornecedores de leite e a pressão das varejistas.  "Esperamos que estes aumentos de preços parem no primeiro trimestre do próximo ano, o que provavelmente não ocorrerá, a menos que tenhamos melhoria na oferta de leite ", disse um fornecedor. "Um inverno rigoroso poderá tornar as coisas ainda piores para o abastecimento." (The Grocer - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Sistema de nutrição para bezerras leiteiras vence a Final Juiz de Fora do Ideas for Milk
 
Systech Feeder, um sistema de nutrição em tempo real para bezerras leiteiras, foi o vencedor da etapa de Juiz de Fora do primeiro desafio de startups voltado exclusivamente para soluções para a cadeia produtiva do leite. A proposta, que vai disputar a final nacional do desafio, em Brasília, no mês de dezembro, foi desenvolvida pela equipe Salvati & Morais. Os representantes da startup são Gustavo Salvati, aluno de doutorado no programa de pós-graduação em Ciência Animal e Pastagens da Esalq/USP; o professor titular na área de zootecnia no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Itapina, Nilson Morais Júnior; e os estudantes Klerio Silva Rocha, Wildson Batista Groner, Lucas Reichelm Costa e Igor Gonçalves de Souza Salvati. A final local do concurso foi realizada na noite do dia 17, no Anfiteatro da Faculdade de Direito da UFJF.

O Systech feeder é um sistema integrado hardware/software que monitora em tempo real o consumo de concentrados de bezerras. Seu propósito é definir o momento do desaleitamento, otimizar tempo e mão-de-obra, promover ganho em desempenho e reduzir custo alimentar com gerenciamento eficiente via dispositivos fixos e móveis. A ideia de desenvolver o sistema teve como base a experiência do professor Nilson Morais Júnior, que observou a ausência de tecnologias para facilitar o fornecimento de ração, o desaleitamento e o monitoramento da nutrição de bezerras leiteiras. O docente destaca que a única existente é o alimentador coletivo (leite e ração), o qual ainda não tem grande adesão pelos produtores devido ao seu preço e por não apresentar um controle do consumo de concentrados adequado. "O Systech Feeder atende a um amplo espectro de fazendas que utilizam casinhas tropicais, sistema argentino e bezerreiros individuais", afirmou.

Segundo Lucas Reichelm, o desenvolvimento de sistema de controle alimentar tem como bases tecnológicas o dispositivo de fornecimento de concentrado, o sensor propriamente dito e a tecnologia de transmissão de informações, que é o software de gerenciamento e mecanismos de disponibilização das informações. O dispositivo de fornecimento de concentrado será adaptável a diversos sistemas individuais de criação de bezerras leiteiras na fase de aleitamento. "O software de gerenciamento poderá gerar em tempo real e armazenar dados do consumo diário, número de refeições, consumo acumulado, consumo médio nos três dias anteriores. Além do mais, alertar quanto ao aumento ou reduções bruscas no consumo, momento do desaleitamento e necessidade de reposição de concentrado", explicou.

Além da Salvati & Morais, participaram da final local as propostas: Milkup App (Italo Gama Pacheco), Icow (Gestão de Rebanhos Leiteiros), Scanner Bovino (UFJF) e Sistema de Monitoramento da Acidez do Leite desde a Ordenha ao Laticínio (IF Sudeste - Campus JF). A decisão da etapa de Juiz de Fora foi a segunda final local do Ideas for Milk. A proposta SCL Rota - Sistema de Coleta de Leite foi a vencedora da final da etapa de Belo Horizonte, realizada no dia 12. As próximas finais locais são:

Viçosa (MG) - 22/11, às 17, no Centev (Centro Tecnológico de Desenvolvimento regional de Viçosa)
Lavras (MG) - 23/11, às 17h, no InovaCafé, na Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Porto Alegre (RS) - 25/11, às 17h, no Global TecnoPUC
São Carlos (SP) - 28/11, às 17h, no auditório da Embrapa Instrumentação Tecnológica
Campinas (SP) - 29/11, às 17h, no auditório da Embrapa Informática Agropecuária
Piracicaba (SP) - 30/11, às 17h, no auditório central da Esalq/USP
A final nacional acontecerá no dia 13 de dezembro em Brasília. ((Milkpoint)

 

AVISULAT
A cadeia do setor de aves, suínos e leite se reúne de amanhã a quinta-feira na Capital para fazer negócios, apresentar inovações e pesquisas e debater demandas dos três segmentos. O 5º Avisulat será realizado no Centro de Eventos da Fiergs. Logística, saúde, tributos e alimentação são alguns dos temas que serão debatidos. Um dos principais nomes da programação é o da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eliot. (Zero Hora)