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10/03/2017

 

Porto Alegre, 10 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.457

 

Intolerância a lactose requer supervisão médica

 Na Expodireto Cotrijal, Kellen Severo conversa com o médico alergologista Gil Bardini Alves sobre o aumento de diagnósticos de intolerância a lactose pelo mundo. Ele afirma que é preciso haver a confirmação clínica do problema através de exames indicados por um especialista e acompanhamento do paciente. "Caso a vítima de intolerância a lactose mantenha uma restrição alimentar, ela pode ser levada a um déficit de cálcio", diz o médico.  CLIQUE AQUI para assistir a entrevista na íntegra (Canal Rural) 

 

 
Bastidores do leite: "plantamos 17 ha de grãos para silagem e nosso compost barn abriga 60 animais"

O produtor de leite e leitor do MilkPoint, José Renato de Lima, enviou um vídeo para a nossa equipe mostrando as instalações do compost barn e as silagens recém produzidas na sua propriedade: a fazenda Chácara São José, localizada em Cerqueira César/SP. Ele produz leite desde 1996 e também trabalha com a venda de animais.

No início, José Renato trabalhava com animais Girolando ½ sangue, com bezerro ao pé. Ao longo do tempo, ele foi inseminando as crias com Holandês Vermelho e Branco (HVB) até um grau de sangue de 15/16 ou 31/32. "Estou revendo esse grau de sangue e devo chegar a no máximo 15/16 de Holandês e em alguns casos somente até 7/8. Nos animais que estão nesse limite de grau, tenho inseminado com Jersey e posteriormente volto com o HVB por mais duas gerações. No início, também utilizei Pardo Suíço e principalmente Simental Leiteiro (Fleckvich alemão ou Montbeliarde francês). Gostei do Simental, mas interrompi o uso, pois tive que descartar animais ainda jovens com câncer no olho". 

Segundo ele, uma das características do Simental é ter a cabeça branca e a falta de pigmentação ocular favorece o câncer de pele. "Tenho que fazer descarte involuntário em uma parte do rebanho (animais com problemas de produção, reprodução, sanidade, alta contagem de células somáticas [CCS], entre outros. Eventualmente, há descarte voluntário - quando ocorre a venda de animais para a produção - e nesse caso o valor recebido é muito melhor", pontuou. 

Atualmente, mais da metade do rebanho está alojado no compost barn e a estratégia é que os animais em início de lactação e mais produtivos usufruam da estrutura. "Eu construí o compost barn com a ideia de confinar os animais durante o dia, para que eles evitassem lama e desfrutassem de sombra. Em contrapartida, eles pastariam de noite, porém, não conseguimos adaptá-los para isso: eles ficavam pouco tempo no pasto e retornavam rapidamente para buscar alimentos no cocho, que estava vazio. A partir deste momento eu optei pelo confinamento total. Agora no verão fizemos a silagem mas ainda estou fornecendo aos animais capim verde adicionado de cevada, polpa cítrica, caroço de algodão, sal mineral, bicarbonato (ou tamponante) e ureia (ou sulfato de amônia)".

O compost barn da fazenda possui 600m² e comporta em média 60 animais. Toda a recria, o lote menos produtivo e em final de lactação, ficam no verão em um regime de semiconfinamento, no qual o volumoso é o pastejo e há uma suplementação de concentrado no coxo. No período seco, apesar de ainda ocorrer algum pastejo, também ocorre o fornecimento de silagem e concentrado no coxo.

A dieta foi elaborada para uma produção média de 20-22 kg/leite/dia por cabeça. Alguns animais do rebanho produzem 28 kg e para eles, há uma suplementação extra na ordenha em função dessa maior quantia produzida. 

Para a elaboração da silagem da safra de verão deste ano, foram plantados 17 ha de grãos (5 ha de sorgo + 12 ha de milho). A produtividade do milho foi de aproximadamente 35 toneladas/ha e na sequência o plantio da safrinha se concretizou. A lona das silagens anteriores é utilizada coma uma proteção extra para chuva de pedras e ataques de seriemas. "Como minha propriedade fica próxima da estrada e da cidade, tenho uma perda considerável já que muitas espigas são furtadas", acrescentou o proprietário. Assista o Vídeo (MilkPoint)

 
 
Produtores de Queijo Minas Artesanal embarcarão para a França

Um grupo de produtores de queijo de Minas Gerais embarcará para a França, em junho, para conhecer o processo de maturação dos queijos de leite cru. Na oportunidade, eles também irão expor a produção das sete regiões certificadas de Minas Gerais e participar do "Mondial du Fromage" (Mundial do Queijo), um dos certames mais tradicionais do mundo. A oportunidade é considerada fundamental para divulgar o Queijo Minas Artesanal no mundo

De acordo com o superintendente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Altino Rodrigues, a viagem é um complemento do curso de formação em cura de queijos artesanais, realizado em fevereiro pela professora da Escola de Produtos Lácteos EnilBio de Poligny, na França, Délphine Gehant. "Nosso objetivo é levar produtores, representantes de cooperativas e associações de queijos das sete regiões certificadas para conhecer, na prática, o sistema de maturação de queijos com leite cru existente na França. Achamos que essa iniciativa seria um complemento perfeito, para que a gente possa evoluir. Vamos visitar grandes cavas de maturação e pequenos produtores, com locais de maturação de menor porte. A experiência será completa", explicou Rodrigues.

A viagem começa no dia 3 de junho. Até o dia 10 de junho, os produtores mineiros visitarão várias unidades de maturação. Entre 11 e 13 será realizado o "Mondial du Fromage", na cidade de Tours, e os mineiros participarão junto com produtores de todo o mundo. Ao todo, 40 pessoas participarão da viagem, sendo que deste total 25 serão produtores. Além dos queijos que serão inscritos no concurso, os produtores mineiros também irão exporoutras peças do Queijo Minas Artesanal, permitindo que os participantes, especialistas e visitantes do concurso degustem os queijos produzidos nas sete regiões cerificadas de Minas Gerais que são: Serro, Araxá, Canastra, Campo das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre e Triângulo Mineiro.

"Nesta edição os produtores estarão presentes e poderão acompanhar o concurso e apresentar os queijos para os visitantes e especialistas presentes no evento. Isto é importante para que eles apresentem o produto", disse Rodrigues. Devido à legislação brasileira, o queijo mineiro não poderá ser comercializado durante o evento, mas expectativa é que até 2019, a legislação seja modificada e permita a negociação dos produtos fora do País.

"Estamos felizes pela oportunidade de expor e concorrer ao prêmio, mas a oportunidade de comercializar os queijos seria muito importante para os produtores. Devido à legislação brasileira o queijo não poderá ser comercializado, mas esperamos que em 2019, o governo brasileiro tenha modificado as leis. Neste evento, os produtores são os convidados de honra e terão a oportunidade mostrar os queijos", disse a mestre queijeira e presidente da OMG SerTãoBras, Débora de Carvalho Pereira.

As expectativas em relação ao concurso são positivas. Em 2015, Débora inscreveu no concurso francês o Queijo Minas Artesanal produzido na Estância Capim Canastra, em São Roque de Minas, na região Central do Estado. O produto conquistou a medalha de prata do certame. "Vamos apresentar os queijos mineiros e esperamos alcançar bons resultados. Em 2015, levei um queijo e ganhamos medalha de prata, imagina com todos estes produtores participando", explicou Débora. (Diário do Comércio/Guialat)

Whey protein: estudos revelam novos benefícios

O whey protein, queridinho dos adeptos à musculação, também pode trazer benefícios à saúde que vão muito além da construção de músculos. De acordo com dois estudos realizados por pesquisadores da Universidade Newcastle, no Reino Unido, tomar o suplemento antes do café da manhã ajuda a prevenir o diabetes tipo 2. A substância, vendida em pó, é derivada do soro do leite e também pode ser encontrada em alimentos como leite e queijo. Em um estudo com homens obesos, ela também se mostrou eficiente em melhorar os níveis de açúcar no sangue.

Prevenção do diabetes
No primeiro estudo, 12 homens obesos foram divididos em 2 grupos. O primeiro deveria descansar por 30 minutos e o segundo, andar na esteira pelo mesmo período, segundo informações da revista especializada Diabetes Times. Em seguida, os participantes receberam 20 gramas do suplemento ou um placebo antes de consumirem um café da manhã repleto de carboidratos. Os resultados mostraram que, aqueles que tomaram whey protein antes da refeição não apresentaram pico de açúcar no sangue logo após se alimentarem.

Controle do nível de açúcar
No segundo estudo, 11 homens com diabetes tipo 2 receberam 15 gramas do suplemento. Os resultados, apresentados durante a Conferência de Profissionais de Diabetes do Reino Unido, mostraram que o nível de açúcar dos participantes se manteve estável. Os voluntários também se sentiram mais saciados, o que ajudou a controlar o desejo de petiscar antes do almoço. "Nós sabemos que um alto nível de glicose após comer pode contribuir para um controle deficiente de glicemia e também pode ser prejudiciais à saúde cardiovascular. Nós mostramos que consumir uma pequena quantidade de proteína do soro de leite antes de uma refeição pode ajudar as pessoas a evitar os altos níveis de glicose no sangue e ajudá-las se sentirem mais satisfeitas após as refeições.", disse Daniel West, autor do estudo, ao Diabetes Times.

Benefícios cardiovasculares
Uma pesquisa publicada em outubro do ano passado já havia mostrado efeitos benéficos do suplemento para a saúde cardiovascular. Cientistas da Universidade de Reading, no Reino Unido, concluíram que o suplemento pode ajudar a reduzir o risco de doença cardíaca ao baixar a pressão arterial, o colesterol e tornar os vasos sanguíneos mais saudáveis. Aqueles que tomaram o suplemento apresentaram um risco 8% menor de desenvolver uma condição cardíaca mortal. (Veja/TerraViva)

 
 

Preços do leite em recuperação na U E 
A Comissão Europeia publicou esta semana as suas perspetivas de curto prazo para as culturas arvenses, carne e produtos lácteos na União Europeia em 2017 e 2018. Os principais resultados mostram que, fruto de uma quebra na oferta de leite na região no final de 2016, os preços do leite têm vindo a recuperar. De acordo com o relatório, "as exportações e a procura interna conduziram a uma subida histórica dos preços da manteiga e uma recuperação significativa dos preços do queijo". Ficamos também a saber que as entregas de leite na União Europeia cresceram cerca de 0,4% face a 2015, contudo os números variam de acordo com os Estados-Membros. Países como Holanda, Irlanda, Itália e Polónia aumentaram o número de entregas de leite, mas Portugal Reino Unido, Bélgica e França registaram quebras na recolha de leite. O documento sublinha que em 2017 poderão existir vários fatores a influenciar o preço do leite e de outros produtos lácteos, nomeadamente um pico que se avizinha na recolha de leite na região e uma recuperação na recolha de leite na Nova Zelândia. "Por outro lado, os preços das rações relativamente baixos irão ajudar as margens dos produtores", acrescenta. (Vidarural/Edairy News)
 

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