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Porto Alegre, 23 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.112

 

  Oficina orienta projetos para utilização dos créditos de PIS/COFINS
 

Será realizada nesta sexta-feira (25/09), das 10h às 17h, uma oficina para a elaboração de projetos para créditos do PIS/COFINS, na Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), em Brasília. A iniciativa busca atender à lei 13.137/2015, aprovada neste ano e que busca ampliar a margem de uso dos créditos presumidos pelas indústrias de laticínios.

A iniciativa tem como objetivo incentivar a realização de investimentos destinados a auxiliar produtores no desenvolvimento da qualidade e da produtividade. A lei 13.137/2015 permite a compensação e o ressarcimento do saldo de créditos acumulados em relação aos custos, despesas e encargos vinculados à produção e à comercialização de leite e seus derivados. 

A Enagro está localizada na SIA Quadra 06 Bloco "C" Lote 75. Maiores informações com a coordenadora Charli Ludtke, pelo telefone (61) 3218-2069, e Rodrigo Almeida, pelo telefone (61) 3218-2405. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Santa Clara lança o projeto Clara Bike em Carlos Barbosa
 
A Cooperativa Santa Clara tem um presente para Carlos Barbosa em seu aniversário de 56 anos. A partir do dia 26 de setembro, os barbosenses podem aproveitar as bicicletas do projeto Clara Bike para dar uma volta na ciclovia ou passear pela cidade.

São sete bicicletas disponíveis para aluguel gratuito. São seis bicicletas convencionais e, para os mais corajosos, uma dupla. Cada cliente poderá retirar até duas bicicletas por vez e as primeiras 100 pessoas a locarem ganham uma squeeze de presente.

O benefício é estendido a todos os Clientes Especiais, funcionários e associados da Cooperativa. O período de utilização das bicicletas é de segunda a sábado, das 8h30min às 19h30min, e a devolução deve ocorrer no mesmo dia da retirada.

Para realizar o aluguel ou obter mais informações sobre o regulamento, consulte o Atendimento ao Cliente, na recepção do Supermercado de Carlos Barbosa.

O Clara Bike faz parte projeto Compartilhar, iniciativa da Cooperativa Santa Clara para proporcionar lazer, cultura e qualidade de vida às comunidades onde está inserida, seus funcionários e associados. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

  
Fotos: Divulgação/Cooperativa Santa Clara

Transportadores da Piá recebem certificação do PAS Leite
 
Os transportadores da Cooperativa Piá receberam no início de setembro, em cerimônia realizada na Casa da Embrapa durante a 38ª Expointer, o certificado de participação no curso Boas Práticas no Transporte de Leite (BPT), do Programa Alimentos Seguros - PAS Leite.
 
O objetivo do curso ministrado pelo SENAI, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento - MAPA, foi padronizar o conhecimento dos transportadores e conscientizar sobre a importância do seu trabalho na qualidade e segurança do leite. 
 
 
Transportadores da Piá comemoram conquista do certificado, juntamente com o diretor secretário da Piá, Jeferson Smaniotto, quinto da esquerda para a direita.
Crédito: Divulgação Cooperativa Piá
 
Nas aulas, eles receberam informações sobre a composição do leite, as práticas corretas de seleção, coleta e transporte dessa importante matéria-prima, higienização dos equipamentos utilizados e como evitar possíveis perigos biológicos, químicos e físicos durante os processos de coleta e transporte. Também foram treinados para realizarem a coleta de leite e de amostras, de acordo com a Instrução Normativa 62/2011 do Mapa, e orientados sobre a higiene pessoal e a apresentação, com uso de uniformes. 
 
A cerimônia de certificação contou com a presença de representantes das principais entidades que integram o setor, como o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul - Sindilat, Instituto Gaúcho do Leite e Embrapa Gado de Leite, além do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Senai/RS e autoridades políticas. 
 
Mais informações:

Fundada em 29 de outubro de 1967, Cooperativa Piá nasceu movida pelo espírito de união de seus integrantes. Presidida pelo médico veterinário Gilberto Kny, junto com os colegas da diretoria, Nilson José Olbermann e Jeferson Adonias Smaniotto, e os nove conselheiros administrativos e fiscal, tem obtido a cada ano números expressivos. Atualmente, possui 1,4 mil colaboradores e 20 mil associados, sendo 2,5 mil produtores de leite e mais de mil produtores de frutas, que fornecem matéria-prima de forma quase diária. 
 
Gera, cerca de, 10 mil empregos indiretos. Com equipamentos modernos, processa 550 mil litros de leite por dia e produz quatro mil toneladas de polpas de frutas. Além da indústria de laticínios e da indústria de processamento de frutas, conta ainda com duas fábricas de rações e uma rede de supermercados e agropecuárias com 18 lojas. Na ponta final, são quatro milhões de consumidores em quatro estados brasileiros que compram os mais de 265 produtos da empresa de Nova Petrópolis, em 15 mil pontos de vendas. (Assessoria de Imprensa Piá)

EUA aumentam exportações de lácteos a países da América do Sul

Peru, Colômbia e Chile, três países da costa oeste da América do Sul, aumentaram suas compras de produtos lácteos dos Estados Unidos. Na verdade, não somente eles compraram mais lácteos americanos, mas fizeram isso em um ambiente de mercado muito desafiador (com as vendas em dólar aumentando 17-34%).

"Os ganhos desse ano vieram sobre um crescimento relativamente estável nos Estados Unidos durante os últimos cinco anos e atestam para a competitividade dos Estados Unidos nesses mercados", disse o representante do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC) na América do Sul, Cesar Leiva. "Considerando o consumo de lácteos per capita relativamente baixo de cada país, as previsões favoráveis de crescimento econômico e - no Peru e na Colômbia - o déficit na produção de leite, acreditamos que os fornecedores americanos podem sustentar o crescimento".

Em termos de demandas de importação de lácteos, esses três países são similares em algumas formas, mas diferentes em outras. Todos são sensíveis aos preços, de forma que os baixos preços internacionais das commodities lácteas ajudaram a direcionar as compras nesse ano. "O Peru é o maior em termos de déficit de leite e a cada ano, a diferença entre a produção e a demanda cresce mais", disse Leiva. "Na Colômbia, apesar de a produção de leite estar crescendo, os maiores custos da terra e dos insumos moderarão qualquer ganho e aumentarão o déficit nesse mercado".

A Colômbia tem um dos melhores potenciais para crescimento das exportações dos Estados Unidos, conforme explorou o USDEC em um relatório de 2014 sobre os setores de queijos e ingredientes do país. Com pouco menos de 50 milhões de habitantes, é a segunda nação mais populosa do continente. O país possui uma população altamente urbanizada e com inclinação jovem - ambos fatores positivos para o maior consumo de lácteos. Além disso, sua economia parece estar no caminho para o crescimento sustentável.

Sua indústria de alimentos está expandindo para suprir a demanda, criando oportunidades para ingredientes lácteos (proteína do leite, soro do leite, lactose e leite em pó em produtos lácteos, de confeitaria e no processamento de carnes) e produtos terminados (queijos na fabricação de pizzas). A evolução desses três países sugere aumento na demanda por proteína, particularmente à medida que os processadores de alimentos e bebidas expandem sua base de conhecimento para as proteínas do soro do leite e do concentrado de proteína do leite.

Todos os três países também prometem um crescimento sólido na demanda por queijos devido à expansão de duplo dígito no setor de foodservice - cadeias de hambúrgueres, pizzarias, lojas de sanduíches e redes de crepe e sorvetes. Pelo menos quatro fatores deverão impulsionar a presença dos Estados Unidos nesse mercado:

Proximidade. Os fornecedores dos Estados Unidos podem distribuir produtos em menos tempo do que os fornecedores da Europa, da Oceania ou até mesmo de exportadores mais próximos, como Argentina e Uruguai, devido à barreira de terra criada pelos Andes.

Opções de produtos. O portfólio expandido dos Estados Unidos está impulsionando a oportunidade dos Estados Unidos em categorias onde o país não atuava anteriormente. Por exemplo, as exportações de leite em pó integral ao Chile, Colômbia e Peru cresceram 38% na primeira metade de 2015 depois de terem facilmente alcançado um recorde (4.152 toneladas) em 2014. 

Acordos de livre comércio (ALCs). A União Europeia (UE) tem acordos de livre comércio com os três países e a Nova Zelândia tem um acordo com o Chile, mas os ALCs dos Estados Unidos precederam esses acordos e ajudaram os fornecedores do país a se manterem competitivos.

Compromisso de mercado. "Temos visto alguns fornecedores dos Estados Unidos desenvolverem a marca americana, demonstrando seu interesse em longo prazo no mercado e construindo confiança, o que tem aberto portas para outras marcas", disse Leiva. "O quanto mais as exportações de lácteos dos Estados Unidos vão crescer nesses três países depende do interesse dos fornecedores americanos em proteger o mercado e suas marcas".

Esses fatores levaram a uma defesa sólida dos mercados em um momento quando a UE e a Nova Zelândia estão agressivamente buscando mais mercados mundiais como alternativas à China e à Rússia. Em termos de volume, de acordo com os Serviços de Informações Comerciais Globais, as exportações dos Estados Unidos dos principais produtos lácteos ao Chile, Colômbia e Peru aumentaram juntos em 89% nos primeiros seis meses de 2015 e a participação dos Estados Unidos nas importações de lácteos aumentaram de forma significativa em cada mercado.

O USDEC está querendo ajudar a aumentar mais esses números criando um hotsite alojado em seu site padrão focado aos consumidores, ThinkUSAdairy.org, na língua espanhola. O site, atualmente em desenvolvimento, fornecerá informações sobre as capacidades dos Estados Unidos, o uso de ingredientes lácteos, nutrição dos lácteos e fornecedores americanos para estimular um maior consumo de lácteos e fortalecer a identificação dos Estados Unidos como um fornecedor comprometido, confiável e bem informado. (As informações são do http://blog.usdec.org, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
TCU abre processo de revisão de dívidas
Foi aberto ontem no Tribunal de Contas da União processo relativo à auditoria das dívidas do Rio Grande do Sul, Paraná e de
Minas Gerais com a União. O requerimento, de autoria do deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen, havia sido aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Em audiência com o presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, Jerônimo ouviu que o processo terá prioridade. A relatoria deve ser assumida pelo vicepresidente e corregedor do tribunal, ministro Raimundo Carreiro. (Correio do Povo)
 
 

 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 22 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.111

 

Preço do leite registra leve queda no RS

O preço do leite padrão deve apresentar leve queda no Rio Grande do Sul neste mês de setembro. Dados divulgados hoje (22/09) na reunião do Conselho Paritário do Leite (Conseleite), realizada na Farsul, indicam que o valor projetado para o mês é de R$ 0,8214 o litro, 0,35% menor do que o consolidado do mês de agosto, que ficou em R$ 0,8243.

De acordo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, que apresentou o estudo, o resultado do mês de agosto ainda fechou 0,58% abaixo do projetado, inicialmente previsto em R$ 0,8291 o litro. De acordo com o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, os números refletem a estabilidade do mercado, mas sinalizam para uma certa preocupação se for levada em conta a curva do ano de 2015. "Tivemos um aumento de 25% no custo de produção e, se o cenário continuar como está, devemos fechar o ano com preços no negativo", pontuou. O impacto na rentabilidade da atividade está relacionado diretamente à diminuição das margens de lucro dos produtos de mais representatividade, como o leite UHT. 

Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o secretário-executivo Darlan Palharini pontuou que a alternativa do setor lácteo para estabilizar preços é a exportação. "Precisamos escoar a produção de leite para elevar a rentabilidade da atividade. Por isso, o Sindilat vem negociando com o governo federal para criar mecanismos de estímulo aos embarques de produtos lácteos", salientou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Professor da UPF, Eduardo Finamore,  apresenta dados do setor lácteo gaúcho em agosto e projeção para setembro
Crédito: Carolina Jardine/Divulgação
 
 
Compensações aos estados ainda dependem de rubricas orçamentárias congeladas há anos

Na tentativa de estancar a sangria provocada pela falta de ressarcimentos no ano 2000, os estados apresentaram várias demandas que acabaram gerando a Lei Complementar nº 102. A norma estabeleceu as compensações via fundo orçamentário. Neste momento, deixou-se de lado a ideia de complementar as diferenças de arrecadação para inaugurar uma fórmula de repasses prevista no orçamento da União e que seria partilhado entre os estados exportadores. Na época, o Rio Grande do Sul deveria receber o equivalente a 10,04% do total disponível.

Em 2003, conforme explica o subsecretário da Receita Estadual, Mario Luis Wunderlich dos Santos, a Emenda Constitucional nº 42 incluiu na Constituição Federal a não incidência do total do ICMS sobre as exportações. Estava estabelecida, assim, e devidamente constitucionalizada a renúncia fiscal do imposto estadual cobrado sobre as exportações. A mesma emenda previu, no artigo 91 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que o ressarcimento previsto teria de ser realizado.

Na prática, esse dispositivo afirma que as compensações não deveriam ser feitas via fundo orçamentário, ou auxílio, mas o ressarcimento também deveria ser constitucionalizado. No entanto, 12 anos depois, o artigo jamais foi regulamentado. "Está lá na Constituição e, como outras tantas coisas, se tornou uma previsão legal não regulamentada", explica o subsecretário da Receita.

Essa foi, justamente, uma das principais bandeiras programáticas levantadas pelo então governador Germano Rigotto (PMDB, 2003-2006).

"Comecei a denunciar isso. Fui a Brasília, alertei sobre os efeitos da Lei Kandir. Mais do que isso, precisei ir ao Congresso Nacional, ano após ano, para tentar pelo menos conseguir um valor de devolução maior por parte da União. Era uma batalha por ano no momento em que se debatia o orçamento", rememora o ex-governador.

Atualmente, os estados ainda dependem da rubrica orçamentária congelada, desde 2006, em R$ 1,95 bilhão. Em 2004, como forma de ampliar um pouco a base de ressarcimento, foi criado um novo fundo orçamentário de auxílio à exportação, o chamado FEX - também congelado em R$ 1,95 bilhão em 2009. Ou seja, ao todo, menos de R$ 4 bilhões são partilhados anualmente pelos estados exportadores.

Apenas no Rio Grande do Sul, a diferença entre o que deveria ser repassado e o que ingressa nos cofres é estimada pela Receita Estadual em R$ 3,2 bilhões por ano. (Jornal do Comércio)

 
Sentenças livram empresas da Cofins sobre receitas financeiras

A Justiça Federal concedeu as primeiras sentenças contra o pagamento do PIS e da Cofins sobre receitas financeiras. Uma foi proferida no Rio de Janeiro. A outra em Pernambuco. A cobrança foi instituída pelo Decreto nº 8.426, que entrou em vigor em julho e fixou em 4% a alíquota da Cofins e em 0,65% a do PIS. Desde 2004, as alíquotas estavam zeradas. Há também uma decisão favorável à Fazenda Nacional. 

Uma das sentenças beneficia uma empresa que presta serviços ligados à construção civil. O caso foi julgado pelo juiz da 1ª Vara Federal Cível do Rio de Janeiro, Mauro Souza Marques da Costa Braga. O magistrado entendeu que a cobrança só poderia ser restabelecida por lei, e não por decreto, ainda que o parágrafo 2º do artigo 27 da Lei nº 10.865, de 2004, dê essa autonomia ao Poder Executivo. 

De acordo com o magistrado, a Constituição Federal, por meio do artigo 150, só autoriza mudanças de alguns impostos por meio de decreto ¬ como o Imposto de Importação, o IPI e o IOF. Portanto, acrescenta, violou¬-se "o princípio da estrita legalidade em matéria tributária, uma vez que a Constituição Federal exige que a majoração de contribuições se dê por meio de lei". 

Na decisão, citou jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) nesse sentido. Em junho de 2011, os ministros, por meio da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) nº 3674, consideraram inconstitucional aumento de ICMS que não tinha sido estabelecido por lei. 

A empresa já contava com liminar contra a cobrança. No processo, a União apresentou contestação alegando que o Decreto nº 8.426, de 2015, não instituiu tributo algum, simplesmente restabeleceu as alíquotas das contribuições em percentuais inferiores ao teto estabelecido pelas Leis nº 10.637, de 2002, e nº 10.833, de 2003, que estabeleceram 1,65% para PIS e 7,6% para Cofins. 

Para o advogado da companhia, Eduardo Kiralyhegy, do Negreiro, Medeiros & Kiralyhegy, a sentença enfrentou o tema com profundidade e analisou todos os pontos levantados no pedido. "É clara a violação do princípio da legalidade, já que a Constituição estabeleceu limites para alterar as alíquotas", diz. 

A outra decisão foi obtida por uma empresa varejista. Na sentença, o juiz Edvaldo Batista da Silva Júnior, da 10ª Vara Federal de Recife, afirma que, "como é cediço, o artigo 150, I, da Constituição, estabelece que os tributos somente podem ser criados por lei". 

Segundo o advogado da companhia, Sérgio André Rocha, do Andrade Advogados Associados, "a sentença, que saiu em pouco tempo, foi direto no ponto de que o decreto não poderia ter restabelecido as alíquotas".

Já uma indústria de tabacos teve seu pedido negado pela juíza Sandra Meirim Chalu Barbosa de Campos, da 29ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Segundo a decisão, "o recolhimento do PIS e Cofins nas alíquotas de 0,65% e 4%, respectivamente, instituídas pelo Decreto nº 8.426, de 2015, não inova no ordenamento jurídico para aumentar alíquotas de tributos ou instituí¬-los, mas tão somente para reduzir um benefício fiscal instituído por decreto do próprio Poder Executivo". 

Apesar de não ser advogado da companhia, Kiralyhegy considera que o ponto principal da discussão foi abordado apenas no fim da sentença. "A maior parte da decisão não diz respeito à discussão em si. Por isso, não acho que seja um precedente relevante", diz. 

Na opinião do advogado Eduardo Maneira, sócio do Sacha Calmon¬-Misabel Derzi Consultores e Advogados, " sentenças que se baseiam no princípio da legalidade devem ser irreversíveis, já que esse é o princípio fundamental do sistema tributário". Para o advogado Maurício Faro, do Barbosa Müssnich Aragão, a Constituição tem que ser observada e o aumento não poderia ter ocorrido por decreto. 

Desde a entrada em vigor do novo decreto, muitas companhias resolveram entrar com pedidos de liminares. Os juízes nem sempre tem concedido os pleitos. Alguns magistrados entendem que a Lei nº 10.865 estabeleceu a possibilidade de aumento de alíquotas por decreto. Outros que o Decreto nº 5.164, de 2004, que reduziu a zero as alíquotas do PIS e Cofins também seria inconstitucional. 

Nesse sentido, os advogados citam precedente do Supremo Tribunal Federal (STF), com voto do ex¬-ministro Sepúlveda Pertence, no qual ele diz que, mesmo que haja mais de uma inconstitucionalidade, o julgamento deve se ater somente ao que foi pedido pela parte, ainda mais quando o status anterior for benéfico ao contribuinte. Na época, estava em discussão a majoração da alíquota de contribuição previdenciária ao transportador autônomo por portaria da Previdência Social. 

Alguns juízes, segundo o advogado Leonardo Mazzillo, do WFaria Advogados, têm feito confusão sobre o que os contribuintes têm pedido, ao enfrentar a questão do decreto que instituiu a alíquota zero, que não está em discussão. 

Procurada pelo Valor, a Procuradoria-¬Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou por nota que vê com muita preocupação essas ações judiciais dos contribuintes, que, supõe, sejam" irrefletidas". Isso porque, segundo os próprios fundamentos dos contribuintes, seria inconstitucional o parágrafo 2º do artigo 27 da Lei nº 10.865. "Desta forma, estaria a União compelida a revogar ou anular todos os decretos expedidos com base em tal lei, o que resultaria em aumento do tributo, não em aplicação de alíquota zero". (Valor Econômico)

 
SUSAF-RS
 
Paim filho pode ser o próximo a receber a homologação do SUSAF-RS, mecanismo que permite a venda de agroindústrias fora do município de origem. Na próxima semana, passará por auditoria. Hoje oito cidades têm a habilitação. (Zero hora)
 
 
Mercado chinês e mudanças no PIS/Cofins na pauta do Sindilat em Brasília
 
O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, cumpre agenda, nesta quarta-feira (23/09), nos ministérios da Fazenda e da Agricultura (Mapa), ambos em Brasília. Na Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, às 11h, o sindicato buscará detalhamento das exigências para que os laticínios gaúchos possam ser habilitados para comercializar produtos para a China. No início de setembro, foi oficializada a abertura inédita do comércio da China para produtos lácteos brasileiros. A expectativa do Mapa é de que as exportações gerem incremento de US$ 45 mi por ano. "A ideia é conhecer esse processo para informar as empresas", ponderou o presidente.

No Ministério da Fazenda, às 15h30min, o presidente abordará duas questões. A primeira é a expectativa em relação à regulamentação da Lei 13.137/2015, que trata sobre o crédito presumido do PIS/Cofins. A lei já foi sancionada, mas, para entrar em vigor, é necessário a sua regulamentação até o final de setembro. Caso contrário, as empresas não poderão fazer os créditos nos limites máximos de 50%. A segunda questão é a busca por detalhamento sobre um novo plano do governo federal que poderá resultar em outras mudanças no PIS/Cofins.(assessoria de Imprensa Sindilat)

 
No radar
Com a saída estratégica do titular da Agricultura, o deputado estadual Ernani Polo, para a votação do projeto de lei do governo de aumento do ICMS, a pasta fica agora aos cuidados do atual secretário substituto André Petry da Silva. (Zero Hora)
 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 21 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.110

 

Inflação alta e salário menor 'devolvem' famílias às classes D e E

O maior aumento dos preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias de baixa renda e a queda do salário real fizeram uma parte das famílias regredir socialmente. De acordo com dados da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio SP), 1,2 milhão de famílias (2% do total) andaram para trás nos últimos 12 meses. Algumas saíram da classe C para a D, outras deixaram a classe D e retornaram para a E. 

Um reflexo direto da perda do poder de consumo dessa parcela da população aparece nas vendas dos supermercados. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho passado as famílias saíram dos supermercados com um volume 2% menor de compras. Além da menor quantidade, os consumidores estão trocando marcas tradicionais por mais baratas. Pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo (Sincovaga), mostrou que 59% dos clientes entrevistados pela entidade declararam essa troca em julho.

 
 
De acordo com o Índice do Custo de Vida da Fecomércio, a inflação que atinge a cesta de consumo das classes D e E superou 11% nos últimos 12 meses, enquanto a inflação das classes A e B ficou abaixo de 9%. A diferença de mais de 2 pontos percentuais associada à perda salarial do período (de acordo com a pesquisa mensal de emprego do IBGE, o rendimento médio real caiu 2,5% no último ano) alterou a pirâmide social, fazendo com que 231 mil famílias tenham passado da classe C para a D e outras 920 mil tenham deixado a classe D em direção a E, apenas nos últimos 12 meses. 

O assessor econômico da Fecomercio SP, Fabio Pina, explica que o estudo considerou a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/2009 do IBGE. A partir dela ¬ com valores atualizados para dezembro de 2014 ¬, o trabalho reclassificou as rendas das famílias, considerando a corrosão do poder de compra de cada grupo pela sua cesta de consumo de bens e serviços e a perda do valor real dos salários. "O que vemos é que a inflação, o aumento de juros e a falta de crédito afetaram mais a população de baixa renda e colocam em risco as conquistas dos últimos anos", diz Pina, para quem essa situação é reflexo do esgotamento do modelo de crescimento ancorado no consumo que marcou a economia nos últimos anos. 

O trabalho não considerou nem o efeito do desemprego sobre a renda das famílias e também não trabalhou com a hipótese de que entre 2008/2009 e 2014, um grupo maior de famílias deve ter entrado na classe C, justamente como reflexo da política de incentivo ao consumo, aumentos reais do salário mínimo e maior transferência de renda. Mas se a classe C já tinha mais gente, talvez o número de pessoas que agora estão deixando esse grupo seja maior, pondera Pina, explicando que a preocupação não foi identificar o número exato de pessoas que "regrediram" socialmente, mas mostrar o quão forte os efeitos da recessão estão sendo sentidos justamente pelas parcelas de menor renda da população. "O desconforto delas é maior e ele é sentido, principalmente, a cada vez que elas vão ao supermercado", pondera ele. "Elas compram menos bens e trocam de marca", avalia ele. A perda das classes de menor renda é maior, explica ele, porque em sua cesta de consumo o peso dos alimentos e dos serviços públicos (como energia e transporte) é maior e esses foram os itens que mais subiram.

A mudança nos hábitos de consumo apareceu na pesquisa regular com 200 consumidores que o Sincovaga realiza. Na pesquisa de julho, 59% deles informaram que já trocaram as marcas tradicionais pelas concorrentes de mesmo nível e 50% compraram produtos populares em substituição às marcas tradicionais, sendo que 52% optaram por fazê¬-lo nos itens de higiene e limpeza e 41% em alimentação básica (arroz, feijão, macarrão, carnes). "Esse processo de substituição começou há um ano e tem crescido", diz Álvaro Furtado, presidente do Sincovaga. Ele diz que esse movimento é mais forte "nas periferias, onde a classe que ascendeu socialmente está com a renda muito comprometida pelos compromissos que assumiu nos últimos anos", como a conta do celular, a prestação do carro e às vezes até da casa própria.

 Para Pina, da Fecomercio, a situação tende a se agravar quando o desemprego aumentar, pois ele vai afetar diretamente a renda de uma parte das famílias. Além disso, observa, pelos próximos dois a três anos, o salário mínimo não terá correção real e as negociações salariais em curso já mostram uma maior dificuldade das categorias em negociar reajuste real. "O desemprego vai será maior no chão da fábrica e também em serviços, atingindo diretamente a população de menor renda e a classe média", acrescenta. (Valor Econômico)

 
 
Perdas com a Lei Kandir atingem R$ 34,6 bilhões

Um recente estudo elaborado pela Receita Estadual traz a valores presentes, corrigidos pelo IGP-DI, o que muitos ainda identificam como "prejuízos" da Lei Kandir. O levantamento crava em R$ 34,6 bilhões a diferença entre a arrecadação que deixou de ingressar nos cofres públicos após as desonerações (R$ 47,32 bilhões) e a quantia desembolsada pelo governo federal como forma de compensação ao Rio Grande do Sul (R$ 12,67 bilhões).

A cifra equivale a 63,3% ou quase dois terços da dívida atual do Estado com União, avaliada em R$ 54,8 bilhões. O montante, segundo informa o subsecretário da Receita Estadual, Mario Luis Wunderlich dos Santos, seria suficiente para cobrir o déficit financeiro gaúcho por um período de seis anos.

Criada em 13 de setembro de 1996, a Lei Complementar nº 87 regulamentou a cobrança do ICMS pelos estados e instituiu a isenção do imposto sobre as exportações de produtos primários e semielaborados. Quase duas décadas depois de sua promulgação, a também chamada Lei Kandir - em referência ao autor do projeto, o então ministro do Planejamento Antônio Kandir - ainda gera polêmicas. No foco central da discussão está a promessa não cumprida pela União de ressarcimento das perdas de arrecadação nos estados.

 
Santos lembra que a Lei Kandir é fruto de um contexto que não pode ser desprezado. Até então, o texto original da Constituição Federal de 1988 estabelecia imunidade do ICMS somente para as exportações de produtos industrializados. A competência de regulamentar a totalidade das desonerações deveria ser feita por uma lei complementar.

A tese ganhou maior dimensão na segunda metade da década de 1990, com a implementação do Plano Real. Na ocasião, a balança comercial brasileira passou a ser deficitária e o superávit comercial de US$ 10 bilhões, obtido em 1994, transformou-se em déficits em 1995 (US$ 3,4 bilhões) e em 1996 (US$ 5,6 bilhões).

Há 19 anos, a Lei Kandir, além de ampliar a base de desoneração - que antes atingia só os produtos industrializados - para os primários e semielaborados, ainda isentou os bens de capital. As empresas passaram a contar com créditos gerados pela aquisição de ativos permanentes.

Havia também, conforme explica o então secretário da Fazenda do governo de Antônio Britto (1995-1999), Cézar Busatto, uma questão de coerência. Ou seja, dentro de um sistema tributário, "exportar os impostos" embutidos no preço era algo que se tornava insustentável para a competitividade. "Era evidente que traria prejuízos ao Tesouro. Nosso esforço foi para estabelecer uma compensação integral ou a maior possível", recorda.

A ideia, explica Busatto, era que a economia rapidamente fosse ajustada a uma nova realidade. Com a redução de impostos, naturalmente, uma convergência de fatores - como aumento da produção, do emprego e da renda - traria um impulso para consolidação de efeitos multiplicadores. "Compreendíamos que, em longo prazo, haveria esse fator positivo. Acontece que a discussão se alterou, pois a compensação inicial era prevista pelo volume das exportações. Depois, foi transformado em uma espécie de subsídio ao Estado, previsto pelo orçamento da União. Aí houve um desvirtuamento do processo", afirma.

Inicialmente, a lei estabeleceu o chamado seguro-receita. O dispositivo funcionava como uma espécie de complemento para as baixas sofridas pela arrecadação. No primeiro ano de vigência, de fato, as compensações chegaram a 64% das perdas arrecadatórias e, em 1998, o ressarcimento atingiu 79%, com um desembolso de R$ 1,59 bilhão por parte da União.

A partir de 1998, os percentuais das desonerações reembolsados pela União inauguraram uma verdadeira queda livre. Ano após ano, o tombo se repetiu até que o repasse cobrisse apenas 6% das baixas arrecadatórias, em 2013, quando, de uma perda bruta de arrecadação de ICMS estimada em R$ 3,56 bilhões pela Receita Estadual, somente R$ 210,9 milhões foram devolvidos aos cofres do Rio Grande do Sul. (Jornal do Comércio)

 
 
Aumento do ICMS será votado nesta terça-feira pela Assembleia gaúcha

Os deputados estaduais votam amanhã os projetos que preveem os aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os dois projetos enviados pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) estabelecem uma ampliação de 17% para 18% na alíquota básica do ICMS e de até cinco pontos percentuais nas alíquotas nominais de mercadorias e serviços dos setores de combustíveis, comunicação (telefonia), bebidas e energia elétrica. Mesmo com resistência de deputados da base aliada, o Executivo acredita em uma aprovação.

A votação do ICMS deverá ser tensa e marcada por longas discussões no plenário da Assembleia Legislativa. Com público limitado em 290 pessoas nas galerias - senhas serão divididas entre setores contrários e favoráveis ao tarifaço - e policiamento intenso dentro e fora do Parlamento, a votação será um teste de lealdade para a base de Sartori.

A oposição formada por PT, PCdoB e P-Sol já declarou voto contrário ao aumento. O PTB e o PPL, que têm postura independente no Legislativo, também votam contra. Juntos, os partidos somam 19 dos 55 deputados estaduais - as legendas têm 20 cadeiras na Casa, mas a deputada Manuela d'Ávila, do PCdoB, está em licença-maternidade.

O Executivo acredita na vitória apesar de a maioria declarar voto contrário ao aumento de impostos. O PMDB, partido do governador, é o único no qual todos os deputados declararam voto favorável. No PSDB, apenas Jorge Pozzobom vota contrário. PMDB e PSDB somam 11 votos.

No restante da base aliada, os discursos são de contrariedade com o aumento de impostos, mas a tendência é de aprovação. O PP, com oito deputados, havia se comprometido inicialmente com os empresários a rejeitar a matéria, mas deve se manter fiel ao governo.
Partidos com menos representação, como o PSB, PV, PR, PRB, PSD e PPS têm discurso semelhante, mas devem acompanhar a sinalização do Executivo. A maior expectativa é em relação ao voto do PDT. Com uma bancada de oito deputados, a legenda tem afirmado que votará a favor do aumento somente por tempo determinado, de até quatro anos - o que o governo garante que não acontecerá.

A pressão contra o projeto reúne empresários e trabalhadores. Entidades como a Fiergs, Fecomércio e Federasul dialogaram com todas as bancadas e com o Executivo em busca da rejeição das matérias. No lado do funcionalismo, as mais de 40 entidades que representam os servidores públicos estaduais preparam o Dia Estadual de Greves, Paralisações, Protestos e Manifestações contra as medidas. Com o espaço em plenário limitado, os trabalhadores se organizam para exibir a votação em um telão, na Praça da Matriz.

Favorável ao projeto, a Famurs, que reúne os prefeitos gaúchos, se mobiliza para pressionar pela aprovação do ICMS, já que os municípios têm direito a parte da arrecadação do tributo. (Jornal do Comércio)

 
Auditoria do serviço no RS
O secretário substituto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luís Rangel, anunciou nesta semana que as defesas agropecuárias dos Estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul serão auditadas entre setembro e outubro. Apesar de não explicitar os motivos, Rangel apontou como primordial uma maior integração entre estados, municípios e setores produtivos para dar efetividade ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade (Suasa). Destacou ainda que o Mapa está tomando as providências para fortalecer o sistema. "Os mecanismos de coordenação e gestão estão sendo implantados a partir da estruturação de um ambiente institucional específico para isso", disse. O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária, Fernando Groff, ainda não recebeu comunicado oficial do Mapa. Mas presume que as auditorias sejam avaliações de rotina dos programas sanitários, feitas a cada dois anos. "O objetivo é mensurar se a inserção das unidades está ocorrendo satisfatoriamente", destacou. (Correio do Povo)
 
 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 18 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.109

 

Sindilat responde informação sobre caixinha estufada na mídia

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, fez manifestação à imprensa na tarde desta quinta-feira (17/9) para corrigir informações que estavam sendo veiculadas de que a ocorrência de caixinhas de leite estufadas estaria relacionada à fraude. Em contato com a Rádio Gaúcha (AM 600MHz/FM 93.7), o dirigente explicou que o estufamento é resultado de microfuros na embalagem, um fato que pode ocorrer tanto no processo industrial quanto no transporte. Nestes casos, o ar consegue entrar em contato com o leite, estufando a embalagem e deixando o produto impróprio para consumo.   "O sindicato esclareceu à imprensa que se estavam anunciando algo equivocado. A emissora prestou a informação correta ao ouvinte e ao consumidor", pontuou Guerra. Nesses casos, o consumidor deve procurar o estabelecimento comercial e providenciar a troca do produto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Mapa reforça importância da cooperação para fortalecer sanidade agropecuária
A necessidade de maior integração dos entes federativos e do setor produtivo para adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) foi um dos temas tratados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta quarta-feira (17), durante audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado.
 
"Precisamos construir uma defesa agropecuária com responsabilidades compartilhadas entre os diversos agentes deste segmento, sejam eles a União, os estados e os municípios, além de outras instituições envolvidas com agropecuária e a produção de alimentos", disse o secretário substituto de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, que representou o Mapa na audiência que debateu a política de defesa agropecuária.

Na reunião, Rangel também apresentou os objetivos do Suasa e o panorama da defesa agropecuária no país. Ele observou que o Decreto nº 5.741, de 2006, define o Mapa como instância central e superior, com a responsabilidade de organizar e definir as relações entre as autoridades do Suasa, além de estabelecer os objetivos e metas a alcançar.

De acordo com ele, o Mapa também tem tomado providências para fortalecer o sistema. "Os mecanismos de coordenação e gestão do Suasa estão sendo implantados a partir da estruturação de um ambiente institucional específico para isto, com a nova Coordenação-Geral de Articulação Interna do Mapa."

Segundo Rangel, o Mapa agendou para setembro e outubro, por meio do Sistema do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), auditorias dos serviços de defesa agropecuária do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais.

Participaram da audiência representantes de secretarias estaduais de Agricultura, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e de associações ligadas ao setor agropecuário. (MAPA)

 
 
Exportações têm pior resultado desde 2006
A s exportações gaúchas somaram 1,59 bilhão de dólares em agosto, uma queda de 9,2% ante o mesmo período de 2014. É o nível mais baixo para o mês desde 2006. Esse resultado negativo é ligado principalmente à indústria de transformação, que teve retração de 14,7% e respondeu por 67,1% (1,07 bilhão de dólares) de tudo que o Estado vendeu. "Os contratos de exportação ainda não incorporaram a desvalorização mais recente da taxa de câmbio. Esse efeito benéfico, no entanto, é um mero paliativo, diante da fraqueza da demanda externa e do forte aumento dos custos de produção, que resultam na perda de competitividade das nossas mercadorias", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial. 

Praticamente a metade das perdas pode ser explicada pelo recuo de 39,4% dos embarques do segmento de Tabaco. As outras categorias que também apresentaram contribuições negativas relevantes foram Couro e Calçados (- 30,1%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (- 28,6%), Máquinas e Equipamentos (-14,6%) e Produtos Alimentícios (- 7,9%). Por sua vez, os Produtos Básicos (commodities) tiveram um leve crescimento (3,3%), impulsionados pelas vendas de soja para a China (4,3%). 

Quanto aos parceiros comerciais, a China obteve o primeiro lugar (515,3 milhões de dólares), uma alta de 4,7%. A segunda posição ficou com os Estados Unidos (128,1 milhões), que reduziram em 14,2% as encomendas e compraram principalmente tabaco não manufaturado. Depois, a Argentina (99,2 milhões), que diminuiu em 17,6% suas compras.

Ainda em agosto, as importações totais caíram 43,4%, somando 734 milhões de dólares - valor mais baixo para o mês desde 2005. Todas as categorias industriais tiveram quedas. A principais foram Combustíveis e Lubrificantes (- 61,2%) e Bens Intermediários (-51,5%).

Nos oito primeiros meses, as exportações totais do Estado encolheram 9,7% (11,5 bilhões de dólares), com a indústria retraindo 10,7% (7,86 bilhões). As maiores perdas: Coque e Derivados de Petróleo (- 84,9%) e Máquinas e Equipamentos (-19,0%). (Correio do Povo)

 
 
Fed mantém taxa de juros inalterada nos EUA
Citando preocupações com o exterior, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) manteve inalterada a taxa básica de juros entre 0% e 0,25%. A decisão teve 9 votos a favor e 1 contra. Apesar de não deixarem claro quando vai haver a primeira alta dos juros nos EUA, os dirigentes da instituição acreditam que ela vai ocorrer ainda neste ano.

"Desenvolvimentos econômicos e financeiros globais recentes podem restringir um pouco a atividade econômica e são suscetíveis de colocar ainda mais pressão descendente sobre a inflação no curto prazo", diz o Fed. O texto cita ainda que os dirigentes vão "acompanhar os acontecimentos no exterior", em um sinal de elevada preocupação de que o crescimento lento no exterior possa prejudicar a economia dos EUA.

A decisão mostrou que 13 dos 17 dirigentes acreditam que vá haver uma elevação de juros em dezembro, embora sem citar quando isso vai ocorrer. Na reunião de 15 de junho, apostavam em uma alta até o final do ano. As duas próximas reuniões do Fed são em outubro e dezembro.

Os juros estão na faixa entre 0% e 0,25% desde dezembro de 2008. A última vez que o BC norte-americano iniciou um período de aperto monetário foi em junho de 2006, quando a inflação estava em 4%. Hoje, a 0,2% nos últimos 12 meses, o indicador continua longe da meta do Fed, de 2%. Já o desemprego está em 5,1%, a menor taxa mensal desde abril de 2008 e próximo do considerado pleno emprego (5%), mas ainda abaixo da taxa registrada em junho de 2006, 4,6%.

A inflação e o desemprego são os dois principais medidores econômicos usados pelo Fed. Mas há outros sinais de que o crescimento não atingiu velocidade de cruzeiro. O PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2015 foi estimado em 0,6% positivo. No segundo trimestre, a taxa ganhou fôlego, registrando crescimento de 3,7%. A média anual projetada para a expansão da atividade econômica em 2015 está na casa de 2%.

O único voto dissidente na reunião foi do dirigente da distrital de Richmond, Jeffrey Lacker. Ele queria elevar a taxa de juros em um quarto de ponto percentual, o que não é uma surpresa. No começo do mês, ele afirmou que havia fortes motivos para elevar a taxa de juros agora. "Eu não estou argumentando que essa economia é perfeita, de jeito nenhum, mas também não está mal, fazendo com que a elevação dos juros necessite voltar à cena", disse Lacker em discurso no dia 4 de setembro.

Em tom ponderado, a presidente da instituição, Janet Yellen, afirmou que a queda dos preços do petróleo e a valorização do dólar colocaram pressão maior sobre a inflação. No entanto, "os efeitos da alta do dólar e da queda no petróleo sobre a inflação devem ser transitórios", sinalizando para que o aperto monetário comece até o final do ano.

Apesar disso, alguns analistas comentaram que o tom do comunicado do Fed e de Janet Yellen sugere que uma elevação pode não vir neste ano. "Eu acho que o sentimento suave nos comentários e o aumento no número de dirigentes que adiaram suas expectativas (para a elevação) sugerem que o primeiro trimestre (de 2016) também está em jogo", disse George Zivic, da Oppenheimer.

Decisão dá fôlego à economia brasileira, avalia consultoria

A decisão do Federal Reserve de manter as taxas de juros em níveis próximos de zero dá um fôlego a mais para a economia brasileira, avalia o economista Thiago Biscuola, da RC Consultores. Se o banco central dos EUA tivesse anunciado a alta na reunião desta quinta-feira, o Brasil poderia enfrentar uma fuga de capital.

Para ele, o aumento dos juros deve ficar só para o ano que vem, como já previa a RC antes da decisão. "Apesar da preocupação com o Fed, é importante entender que o 'overshoot' do câmbio no Brasil se dá muito mais por fatores internos, como a política fiscal e econômica do governo, do que externos", afirma.

Embora muitas carteiras de ativos já estejam posicionadas para a alta dos juros, Biscuola acredita que haverá um impacto negativo quando a decisão for finalmente tomada. "Será como a perda do grau de investimento. Todo mundo sabia que ia acontecer, mas mesmo assim o rebaixamento fez preço", disse. (Jornal do Comércio)

 

No radar
O vice-ministro da Agricultura e Alimentação da Alemanha, Robert Kloos, estará no Rio Grande do Sul hoje e amanhã. Entre as atividades previstas pela delegação europeia, está uma visita à Cooperativa Languiru, em Teutônia. (Zero Hora)​
 

 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 17 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.108

 

  Nota Oficial - Sindilat

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) vem a público manifestar-se sobre o caso de adulteração de leite deflagrado pela Operação Leite Compen$ado 9 nesta quinta-feira (17/9) no município de Esmeralda:

1)    O Sindilat apoia integralmente a operação promovida pelo Ministério Público do RS e Ministério da Agricultura no intuito de assegurar a qualidade do leite produzido em todos os municípios do Estado do Rio Grande do Sul.

2)    O sindicato repudia qualquer tipo de ação que resulte em adulteração do leite. É importante ressaltar que o leite é um alimento de alto valor nutricional e utilizado na alimentação de milhares de pessoas, principalmente crianças e idosos. Qualquer ação de adulteração deve ser vista como um ato de agressão à saúde humana e punida com o rigor da lei.

3)    As empresas associadas ao Sindilat primam pela qualidade do leite que chega ao consumidor e, para isso, investiram e continuam investindo em equipamentos de última geração para controle de laboratório das cargas de leite de forma a coibir quaisquer movimentos que, mesmo externos à indústria, possam ameaçar a produção de lácteos. 

 
 
Debate sobre cenários da produção abre 9º Fórum Tecnológico do Leite Teutônia
 
Alexandre Guerra
Crédito: Leandro Augusto Hamester
 
O debate sobre os Possíveis Cenários da Produção Leiteira abriu, na noite de quarta-feira (16/9), o 9º Fórum Tecnológico do Leite, em Teutônia. O evento, realizado no auditório do Colégio Teutônia, deve receber centenas de agricultores familiares, técnicos e pesquisadores da área até esta sexta-feira (18/9). Na programação, estão painéis e palestras, além de atividades de campo, concurso do leite em metro e a inédita Escolinha do Leite, que levará informações sobre a cadeia produtiva para crianças de seis a dez anos das redes municipal, estadual e particular. 
 
Organizado pelo Colégio Teutônia, o Fórum tem como tema "Produção leiteira: tendências, possibilidades e cenários" e celebra o Dia Estadual do Leite, comemorado sempre na terceira quarta-feira do mês de setembro. O painel de abertura contou com a participação do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra; do secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR), Tarcísio Minetto; do presidente da cooperativa Languiru, Dirceu Bayer; do presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), Ernesto Krug, e outras lideranças. "Temos de qualificar, com vistas a garantir produtividade e fortalecimento do segmento para os agricultores", analisou Minetto.

A programação teve sequência nesta quinta-feira (17/9) com palestras e painéis. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, representou o sindicato nos debates. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações Emater/RS)

 
Público presente
Crédito: Leandro Augusto Hamester
 
Darlan Palharini
Crédito: Leandro Augusto Hamester
 
Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 17 de Setembro de 2015, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Agosto de 2015 e a projeção dos preços de referência para o mês de Setembro de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
 
Três entidades com sugestões

A consulta pública que o Ministério da Agricultura (Mapa) está fazendo sobre o Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal receberá contribuições de pelo menos três entidades do Rio Grande do Sul. A Farsul integrou o grupo que elaborou a proposta da Confederação Nacional da Agricultura já entregue Mapa. Conforme o consultor de sanidade da Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, entre as sugestões está o aumento da validade do certificado de propriedade livre das doenças, que hoje é de seis meses, para 12 meses.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/RS) tem uma sugestão definida. O coordenador de Fiscalização e Orientação Profissional do CRMV/RS, Mateus Lange, relatou que a proposta é que o profissional habilitado ao diagnóstico das duas doenças e o profissional credenciado para vacinação contra a brucelose tenham a anotação de responsabilidade homologada no Conselho. Já a Gadolando, de acordo com seu superintendente técnico, José Luiz Rigon, sugere que seja feito o controle -- exames e vacinas -- de todos os animais das propriedades que entregam leite às indústrias. (Correio do Povo)

 

No radar
Os fiscais federais agropecuários paralisam as atividades a partir de hoje, por tempo indeterminado. Entre os serviços afetados pela greve da categoria, estão serviços de inspeção em frigoríficos, portos e aeroportos. (Zero Hora)

 

 

 


 

Porto Alegre, 16 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.107

 

  Doações a hospitais marcam o Dia Estadual do Leite

Para auxiliar no enfrentamento da crise que assola os hospitais públicos gaúchos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) realizou, nesta quarta-feira (16/9), em comemoração ao Dia Estadual do Leite, doação de 24 mil litros de leite para dois importantes centros de atendimento: o Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) e Hospital Centenário, de São Leopoldo. Cada um receberá mil litros mensais durante 12 meses.

A entrega foi oficializada em solenidades marcadas pela emoção e sentimento de gratidão. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que começou o dia entregando a doação ao presidente da Fundação Hospital Centenário de São Leopoldo, Gilso Gotardo, é uma honra poder ajudar entidades que, assim como o sindicato, trabalham em prol do bem-estar da sociedade. "Fazemos essa doação para contribuir com a qualidade de vida dos pacientes e porque sabemos das necessidades dessas instituições", salientou.

Gotardo pontuou que a doação expõe uma preocupação efetiva do Sindilat não só com o hospital, mas com a saúde do Estado como um todo. "Mais do que um valor financeiro, esse gesto mostra a participação da sociedade". Segundo ele, os 12 mil litros de leite doados representam um terço no consumo anual do hospital. "É extremamente significativo e gratificante", enfatizou.

Em Ijuí, a primeira carga de mil litros foi entregue já na tarde desta quarta-feira ao Hospital de Caridade, volume que reponde por 36% do consumo total da instituição. Segundo o diretor-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que foi até o município para participar do ato solene, a ação busca valorizar o Interior do Rio Grande do Sul.  "As indústrias gaúchas estão no Interior do Estado, assim como os produtores. Então, nada mais justo do que, no Dia do Leite, realizar uma ação para essas comunidades", frisou Palharini.  

O presidente do Hospital de Caridade de Ijuí, Cláudio Matte Martins, agradeceu entusiasmado pela parceria. "Os 245 hospitais ligados à Federação das Santas Casas do RS passam por profunda dificuldade financeira por falta de repasses. A responsabilidade social de entidades representativas da cadeia produtiva gaúcha, como o Sindilat, nos traz a garantia de que, unidos, somos mais. Faremos uma economia de R$ 24 mil a partir dessa doação de leite. Os 120 municípios da área de abrangência do HCI agradecem de coração", disse. 
 
 
Mais entregas na Capital

As doações do Sindilat em comemoração ao Dia Estadual do Leite também incluíram o Instituto do Câncer Infantil (ICI), de Porto Alegre, e a Fundação de Proteção Especial (FPE), contemplados com 500 litros de leite cada. Ao lado do presidente Alexandre Guerra em encontro no final da manhã, a gerente institucional do ICI, Valéria Foletto, ressaltou que a falta do alimento é uma das principais dificuldades da instituição, custeada integralmente pela colaboração da comunidade e da iniciativa privada. "Por mês, 120 famílias recebem nossas cestas básicas. São duas a três caixas de leite por cesta. E não é sempre que conseguimos suprir essa necessidade", ressaltou.  

Presidente Alexandre Guerra com presidente da Fundação Hospital Centenário de São Leopoldo, Gilso Gotardo, e equipe de nutricionistas
Crédito: Prefeitura de São Leopoldo


Darlan Palharini em entrega ao presidente do Hospital de Caridade de Ijuí, Cláudio Matte Martins
Crédito: Allan Fonseca


Alexandre Guerra em entrega à gerente institucional do ICI, Valéria Foletto
Crédito:Cristina Kehl
 
 
 
Leite sobe no exterior e Brasil fica competitivo
Os preços dos lácteos no mercado internacional voltaram a um patamar que, com a valorização do dólar sobre o real, começam a deixar o produto brasileiro novamente competitivo na exportação. Ontem, no terceiro pregão realizado depois que a cooperativa neozelandesa Fonterra anunciou que reduziria sua oferta de lácteos nos leilões quinzenais da plataforma Global Dairy Trade (GDT), os preços tiveram forte, alta mais vez. 
 
O leite em pó integral subiu 20,6% sobre o leilão anterior, para um preço médio de US$ 2.495 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado teve alta de 17%, para um preço médio de US$ 1.992, conforme dados divulgados pela plataforma. Os preços negociados no leilão são referência para o mercado internacional de lácteos. 
 
 
Desde que a redução da oferta pela Fonterra foi anunciada, a cotação do leite em pó integral subiu 56,9% e a do desnatado, 40,38% no leilão da plataforma online. A Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, anunciou, em 13 de agosto, que reduziria sua oferta nos leilões, numa tentativa de conter a queda contínua dos preços, que haviam atingido baixas históricas. 
 
A redução da oferta no leilão pela Fonterra continua sendo a principal razão para a alta das cotações, afirmou Valter Galan, analista da consultoria especializada em lácteos MilkPoint. Mas também há sinais de que a menor oferta no leilão também atraiu compradores de volta, disse. Segundo dados da plataforma GDT, foram vendidas ontem 36.050 toneladas de produtos lácteos e houve 186 participantes, o maior número desde setembro de 2014. 
 
Galan observou que apenas os fundamentos atuais do mercado não justificariam uma alta tão forte. "A produção [de leite] no mundo continua a subir, inclusive na Nova Zelândia, e a China continua com estoques elevados". Ele acrescentou que Argélia e México entraram no mercado comprando, mas esse movimento não compensaria a redução dos volumes da China. 
 
Ao patamar de US$ 2.500 por tonelada, alcançados no leilão de ontem, e com o dólar na casa dos R$ 3,95, as exportações de leite em pó a partir de algumas regiões do Brasil ficariam viáveis. "Hoje, o custo do leite para ser competitivo na exportação tem de ser R$ 0,94 por litro. Em algumas regiões, do Rio Grande do Sul, o leite está em R$ 0,88 o litro nos negócios do spot", indicou. 
 
"Provavelmente, não vamos exportar muito, mas se a alta no leilão GDT se traduzir em tendência de mercado, o Brasil ficará competitivo para exportar", disse. 
 
De acordo com Rafael Ribeiro, analista da Scot, com um câmbio a R$ 3,90, a exportação já é viável. Ele informou que os preços do leite em pó no mercado interno variam hoje entre R$ 9,00 e R$ 11 por quilo no atacado. Com a cotação registrada no leilão e um dólar de R$ 3,85, o preço na exportação seria equivalente a R$ 9,60 por quilo. Ribeiro acredita que os preços internacionais devem seguir firmes, com o ajuste da oferta. "Mas não vejo o leite voltando aos níveis de US$ 5 mil", disse. Esse patamar foi registrado no fim de 2013. 
 
O Brasil começa a recuperar a competitividade, mas no mês passado a exportação de lácteos voltou a crescer. O volume alcançou 8,241 mil toneladas, 22,8% mais do que em agosto de 2014. Outra vez, a Venezuela foi a responsável pelo avanço. A J&F, controladora da Vigor e da JBS, embarcou em torno de 6 mil toneladas de leite em pó ao país, por cerca de US$ 5.800 por tonelada. (Valor Econômico) 
 
 
Fonterra mantém sua previsão de produção de leite

A cooperativa neozelandesa, Fonterra, manteve sua previsão de volume de produção de leite para a estação de 2015-16, em 1,589 bilhão de quilos de sólidos do leite (18,9 bilhões de quilos de leite), que é 2-3% menor do que a quantidade captada na estação anterior.

O diretor de assuntos cooperativos da Fonterra, Miles Hurrell, disse que apesar de a Fonterra ter previsto um declínio de 2-3% nos volumes, há evidências de que os produtores estejam reduzindo sua produção, o que poderia levar a uma diminuição na previsão de produção à medida que a estação avança.

"Os produtores estão respondendo à menor previsão do preço do leite retornando para práticas agrícolas mais tradicionais. Eles estão reduzindo o uso de suplementos nutricionais e reduzindo as taxas de lotação por hectare à medida que se concentram na utilização de pastagem. Dados do mercado de várias fontes independentes mostram que as vacas estão sendo abatidas a taxas maiores do que na estação anterior, enquanto muitos de nossos produtores também estão informando que esperam reduções significativas no volume com relação ao ano anterior. Além disso, atualmente nossa captação diária média de leite está menor do que no mesmo período do ano anterior".

"Entretanto, ainda está no começo da estação e qualquer previsão nesse ponto é muito dependente das condições climáticas, que até agora estão ruins para a produção. Dadas esses fatores variáveis, decidimos manter nossa atual previsão de volume produzido nesse estágio inicial da estação". (As informações são da Fonterra)
 

Farsul divulga índices de inflação do agronegócio de agosto
Os preços pagos aos produtores obtiveram uma alta de 4,45% no mês de agosto. Este é o segundo mês consecutivo com resultado positivo, o que garantiu que o Índice de Inflação da Receita dos Produtores (IIPR) superasse o IPCA no acumulado do ano. Enquanto o IIPR chegou a 7,44%, o IPCA registrou 7,06% e o IPCA Alimentos, 7,30%. Desde 2012 este fato não acontecia. Os dados estão no relatório divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul relativo ao mês de agosto de 2015. (Farsul)
 
 

 

    

         

  


 

Porto Alegre, 15 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.106

 

  globalDairyTrade -gDT
 

Mantendo a recuperação iniciada em 18 de agosto, o globalDaityTrade de hoje fechou com alta de 16,5%, obtendo a média geral de US$ 2.568/tonelada. Os produtos mais comercializados no leilão, tiveram fortes altas nas cotações, principalmente o leite em pó integral, +20,6%, e o leite em pó desnatado, 17,0%. Os preços destas duas commodities também mostraram recuperação nos contratos futuros, até março de 2016. (globaldairytrade/Terra Viva)

 
 
 
Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em agosto de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de setembro é de R$ 0,8968/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br/conseleite/. (Fonte: Conseleite/PR) 

Aquisição de leite

No 2º trimestre de 2015, foram adquiridos, pelas indústrias processadoras de leite, 5,64 bilhões de litros, com quedas de 7,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 2,6% frente ao 2º trimestre de 2014. Regionalmente, a comparação entre os segundos trimestres de 2015/2014 refletiu queda na aquisição de leite em todas as grandes regiões, exceto na Sul (1,3%). Nesta, somente o Paraná registrou queda de aquisição (¬6,2%), enquanto que aumentos significativos foram registrados nos demais estados que a compõem. Quedas absolutas importantes foram registradas no Sudeste do país, sobretudo em Minas Gerais (¬5,1%). No Centro Oeste, houve queda de 8,7%, influenciada por Goiás (¬7,8%), Mato Grosso (¬13,0%) e Mato Grosso do Sul (¬7,4%). No Norte, a queda foi de 13,0%, sendo registrada, sobretudo em Rondônia (¬10,8%) e no Pará (¬18,2%), estados que têm o maior peso regional. No Nordeste, a queda na aquisição de leite foi de 6,0% e só não ocorreu na Paraíba, em Pernambuco e em Sergipe. No ranking nacional da aquisição de leite, Minas Gerais segue na liderança, seguida por Rio Grande do Sul e Paraná. (IBGE)  

 

Fiscais agropecuários decidem entrar em greve na próxima quarta-feira

Os fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiram durante a tarde de segunda-feira (14) que vão entrar em greve na próxima quarta-feira, 16. A decisão foi apoiada por 68,3% dos dirigentes com direito a voto na assembleia nacional do Anffa, sindicato nacional da categorial, e veio em resposta ao anúncio feito nesta tarde pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, de manter a proposta do governo de reajuste de 21,3% em quatro anos para todas as categorias de servidores federais.

O sindicato também informou que 91,9% dos fiscais rejeitaram, em votação nesta tarde, a proposta salarial do governo. A Anffa reivindicava aumento salarial de 27% - acima da proposta do governo de 21,3% -, além de outras demandas antigas dos fiscais como concurso público para a contratação de mais profissionais, mudança da nomenclatura para auditor fiscal, regulamentação de um adicional de fronteiras e a ocupação dos cargos de gestão do ministério por critérios de meritocracia.

No total, são 2,7 mil fiscais que atualmente estão na ativa em todo país, desempenhando funções de fiscalização em portos, aeroportos, fronteiras e empresas do setor agropecuário como frigoríficos e laticínios, por exemplo. (As informações são do Valor Econômico)

 

FEE lança aplicativo com informações atualizadas do RS e dos seus 497 municípios
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) lança nesta terça-feira (15) o Perfil Socioeconômico do Rio Grande do Sul -- Perfil RS, um aplicativo que apresenta informações atualizadas do Rio Grande do Sul e dos seus 497 municípios. Totalmente desenvolvido pela FEE, gratuito e disponível tanto para o sistema operacional Android quanto para o iOS, o Perfil RS coloca, na palma da mão, dados sobre demografia, PIB, Pib per capita, educação, expectativa de vida, taxa de mortalidade infantil, Idese e exportações de todos os municípios gaúchos. Trata-se de uma importante ferramenta para gestores e para a sociedade em geral. Downloads e informações completas sobre o aplicativo estão disponíveis no Portal da FEE. Acesse o Portal e baixe o aplicativo Perfil RS. (FEE)
 
 

         

 
 


 

Porto Alegre, 14 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.105

 

  Equipamento da Arsopi/Tecnocon é instalado para testes
 
Depois de uma semana de trabalho, foi concluída nesta sexta-feira (11/9) a instalação do medidor de vasão da empresa portuguesa Arsopi/Tecnocon em caminhão tanque da Cosulati. O processo foi realizado pela Globo Inox, de Gravataí, e deve viabilizar a realização de testes pela Embrapa, conforme acordo firmado com o Sindilat. O equipamento da multinacional portuguesa, similar ao já instalado em caminhão da CCGL, passará por avaliação assim como os de outros fabricantes com o objetivo de testar a adaptabilidade da tecnologia internacional ao padrão brasileiro. 
 
"A instalação de medidores de vasão nos caminhões de transportares de leite é um processo irreversível no Brasil", pontuou o diretor da Globo Inox, Paulo Azevedo. Segundo ele, que há 20 anos é perceiro da Arsopi/ Tecnocon, além de garantir a medição precisa do volume de leite que sai do produtor e chega à indústria com precisão de 99,98%, os medidores ainda permitem coleta de amostras de cada carga coletada.

Além de ser totalmente automatizado, o processo é integrado ao sistema de GPS dos caminhões. Cada ampola de teste fica hermeticamente lacrada até que chegue ao laboratório das indústrias para testes. Por outro lado, o produtor, ao entregar o leite, recebe um extrato para conferência imediata do volume, dia, hora da entrega e temperatura do produto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Vice-presidente da Cooperativa Languiru reconhecido como expoente do agronegócio
No dia 31 de agosto, durante a programação da 38ª Expointer, o vice-presidente da Cooperativa Languiru, Renato Kreimeier, foi um dos homenageados na 19ª edição do Prêmio "O Futuro da Terra", promovido pelo Jornal do Comércio, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
Autoridades, dirigentes de entidades do setor científico e da área econômica prestigiaram a solenidade de reconhecimento ao trabalho e à pesquisa no setor do agronegócio, em evento realizado no auditório da Farsul, no Parque Assis Brasil, em Esteio. Os premiados na noite foram Cláudio Severo Lombardo de Barros, da UFSM (Prêmio Especial); Edemar Valdir Streck, da Emater, e Rodrigo Schoenfeld, do Irga (Preservação Ambiental); empresa Pilecco Nobre e Renato Kreimeier (Cadeias de Produção Agrícola); empresa Vence Tudo e Telmo Jorge Carneiro Amado, da UFSM (Tecnologia Rural); e Flávia Charão Marques, da UFRGS (Alternativas de Produção).
A seleção dos premiados foi feita pelo Comitê de Ciências Agrárias da Fapergs, que identificou os melhores trabalhos e pesquisas direcionadas ao desempenho do agronegócio gaúcho. Nesta edição o tema da sustentabilidade ambiental ganhou mais espaço na seleção dos homenageados, com trajetórias dedicadas ao desenvolvimento de novas tecnologias e a avanços para melhorar a condição socioeconômica do setor.
Kreimeier recebeu o prêmio das mãos do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Edson Brum. "Fico extremamente feliz com a premiação, reconhecimento à condução com excelência das cadeias produtivas de aves, suínos e leite, aplicada pelo novo modelo de gestão da Cooperativa Languiru. Isso tudo é fruto da política de gestão adotada em 2002, que reconhece a eficiência produtiva, para o que também é fundamental o trabalho dos associados e colaboradores da Languiru", destaca.
Para o vice-presidente, a dedicação de todos é essencial e recoloca a Languiru como um dos ícones do cooperativismo nacional. "Pessoalmente, fico lisonjeado por estar entre essas pessoas e instituições homenageadas", conclui Kreimeier, que esteve acompanhado da família, pares de diretoria, associados e colaboradores da Languiru na solenidade de premiação.
Pesquisa como propulsora do desenvolvimento
"O prêmio destaca o que há de melhor em termos de trabalho e de pesquisa para o desenvolvimento do agronegócio gaúcho. A ciência e a tecnologia contribuem efetivamente para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul", destacou o presidente da Fapergs, Abílio Baeta Neves.
O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, reafirmou a importância do Rio Grande do Sul para o pais. "O agronegócio gaúcho é um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do setor no Brasil. Implementar tecnologia no campo gera bons resultados."
O diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, reafirmou a importância do trabalho dos homenageados. "A pesquisa contribui com inovação, que fortalece o desenvolvimento do agronegócio. O prêmio é uma forma de homenagear pesquisadores e instituições que contribuem com a manutenção e crescimento das cadeias produtivas."
O governador José Ivo Sartori reafirmou a importância do trabalho em conjunto. "Precisamos unir esforços. O futuro da terra quem faz é o próprio homem. Com seriedade, podemos construir um mundo melhor. As dificuldades são oportunidades para fazer crescer e desenvolver", concluiu.
Além dos que fizeram uso da palavra, ainda compuseram a mesa de premiação o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum; os secretários estaduais da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, e o de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco; a senadora Ana Amélia Lemos; o prefeito de Esteio, Gilmar Rinaldi; o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Cezar Miola; e o diretor regional do Bradesco, Altair Naumann. (Portal do Vale do Taquari)
 

Brum (e), Kreimeier e governador Sartori: solenidade de reconhecimento realizada no auditório da Farsul, no Parque Assis Brasil, em Esteio
Foto: Leandro Augusto Hamester
 
Conseleite/MS
A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 11 de setembro de 2015, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de agosto de 2015 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de setembro de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)
 
 
 
 
 

A Fonterra projeta volume de leite
A Fonterra manteve a previsão do volume de leite para a temporada 2015/16 em 1.589 milhões de quilos de MilkSolids, o que representa queda de 2 a 3% em relação à temporada passada. A Fonterra cumpre a Lei de Reestruturação da Indústria de Laticínios (Dairy Industry Restructuring Act) no que se refere à divulgação, no início de setembro, da previsão do volume de leite na temporada. O Diretor da Cooperativa, Miles Hurrell disse que embora a Fonterra esteja prevendo queda de 2 a 3%, ainda não existe evidências de que os produtores estejam mesmo reduzindo a produção, e novas previsões dos volumes para a temporada podem ocorrer. "Os agricultores estão fazendo adaptações aos novos preços do leite retornando a práticas tradicionais. Reduzem a alimentação suplementar, as taxas de lotação por hectare e concentram na utilização de pastagens. Dados sobre o mercado, oriundos de diversas fontes mostram que as taxas de abate de animais são altas em relação à temporada passada, e nossos produtores estão sendo aconselhados a reduzirem os volumes em relação ao ano passado. Além disso, a média da captação diária de leite estão menores que no mesmo período de 2014", disse Mr. Hurrell. "No entanto, a estação apenas começa e qualquer projeção neste momento depende bastante das condições do tempo, que até agora têm sido desfavoráveis à produção. Levando em conta as diversas variáveis, decidimos manter esta projeção, visto que é um estágio muito inicial da temporada", esclareceu Mr. Hurrell. (Fonterra Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

    

 

         

 

 

 


 

Porto Alegre, 11 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.104

 

  FAO: preço dos alimentos tem maior queda desde 2008

 
O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ficou em média em 155,7 pontos em agosto, 8,5 pontos (5,2%) a menos que em julho e a maior queda mensal desde dezembro de 2008. Além das amplas ofertas, uma série de outros fatores contribuiu para a queda, incluindo a crise nos preços da energia e as preocupações com a desaceleração econômica da China e suas consequências negativas na economia global e nos mercados financeiros. O declínio afetou todos os itens avaliados pelo índice, exceto carnes, que permaneceram com os preços estáveis de forma geral.
 
 
O Índice de Preços dos Lácteos ficou em média em 135,5 pontos em agosto, 13,6 pontos (9,1%) a menos que em julho. Como nos três meses anteriores, os leites em pó foram os mais afetados, apesar de os preços do queijo e da manteiga também terem caído substancialmente. A demanda de importação limitada da China, Oriente Próximo e Norte da África continuaram a pesar sobre os mercados internacionais de lácteos, especialmente à medida que as disponibilidades de produtos para exportação permaneceram geralmente amplas. À medida que a produção estacional de leite muda do hemisfério norte ao sul, a atenção está sendo direcionada aos desenvolvimentos do ano produtivo recém iniciado na Oceania. (As informações são da FAO)

 
 
 
Fórum Tecnológico debate produção em Teutônia

No Dia Estadual do Leite, Teutônia será palco do 9º Fórum Tecnológico do Leite. O evento, que ocorrerá no auditório central do Colégio Teutônia na quarta-feira (16/9), às 19h, debaterá os "Possíveis Cenários na Produção Leiteira" e contará com a presença do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Segundo o coordenador do 9º Fórum Tecnológico do Leite, Márcio Mügge, o objetivo é mostrar o que está sendo feito no Rio Grande do Sul para garantir a qualidade da produção. "Esperamos a presença de mais de 300 pessoas, entre elas estudantes, professores produtores" enfatiza. Também devem participa do evento representantes da Cooperativa Languiru, da Secretaria do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do RS (SDR), da Secretaria da Agricultura e Pecuária do RS (SEAPA), IGL e AGL. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Linha Zero Lactose Santa Clara mais completa
 
A Santa Clara conta com novidades para os intolerantes à lactose.  A Linha Zero Lactose agora conta com Doce de Leite e Nata, sem lactose, mas cheio de sabor para quem não quer abrir mão dos benefícios dos laticínios.
Em potes de 400g, o Doce de Leite 0% Lactose mantém o sabor e a cremosidade do doce de leite tradicional, em versão especial para quem não pode consumir lactose. Já a Nata 0% Lactose vem em versão de 200g, também mantendo o sabor e cremosidade do produto original. O Doce de Leite a Nata 0% Lactose são perfeitos para o café da manhã ou lanche e para utilizar nas mais diversas receitas.
 
Os novos produtos complementam a Linha 0% Lactose, que conta com os queijos Minas Frescal e Mussarela e Leite 0% Lactose. O Doce de Leite 0% Lactose já pode ser encontrado nos mercados da região Sul e a Nata 0% Lactose poderá ser encontrada nos próximos dias.
 
O leite e os produtos lácteos são fontes importantes de muitos nutrientes, como proteínas, cálcio e riboflavina e a má digestão da lactose é um conhecido fator de risco para a fragilidade dos ossos, o que pode eventualmente levar à osteoporose. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)
 
 
Custos industriais crescem 3,2% no segundo trimestre
 
O indicador de custos industriais aumentou 3,2% no segundo trimestre deste ano na comparação com os primeiros três meses do ano, na série livre de influências sazonais. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a qual destaca que a alta é superior ao aumento dos preços dos produtos industriais, o que reduziu o lucro das empresas. Esse aumento dos custos industriais foi influenciado pela elevação de 4% nos custos de produção no mesmo período.
 
De acordo com a pesquisa, os componentes dos custos de produção que mais aumentaram no trimestre foram a energia, que teve alta de 12,4%, e os insumos importados, com elevação de 9,1%, causada pela valorização do dólar frente ao real. "O custo com bens intermediários nacionais registrou aumento de 3,2%, o maior desde o terceiro trimestre de 2013", destaca a CNI.
 
Além disso, os custos com pessoal subiram 2,2%; o custo tributário teve aumento de 0,4% e com capital de giro a alta foi de 2,6% no mesmo período de comparação. Se comparados com o segundo trimestre do ano passado, os custos industriais registraram crescimento de 7%. No mesmo período, a alta dos custos de produção foi de 9,3%. De acordo com a pesquisa, o custo com bens intermediários importados, que teve aumento de 32,3%, especialmente por causa da valorização do dólar frente ao real, foi o componente que mais influenciou o aumento do custo de produção. Além disso, o custo com energia subiu 49,4% na mesma base de comparação. Esse aumento, segundo a pesquisa, foi resultado da expansão de 58% no custo com energia elétrica e de 2,6% no custo com óleo combustível.
 
Com relação ao custo com pessoal, a entidade ressalta que, apesar das demissões que ocorreram como consequência da crise econômica, o componente continuou crescendo: 8,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
 
A CNI destaca que a valorização do dólar melhorou a competitividade dos produtos brasileiros. No mercado interno, os preços dos manufaturados importados em reais aumentou 7,8% no segundo trimestre deste ano, mais do que a elevação de 3,2% nos custos da produção nacional. (Jornal do comércio)
 
 
Reino Unido: pesquisa aponta que o leite pode ter benefícios positivos para os sistemas metabólico e cardiovascular
 
O leite pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e reduzir a pressão sanguínea, de acordo com o estudo chamado "Impacto do Consumo de Bebidas na Saúde Metabólica e Cardiovascular", realizado por professores da Escola de Ciências da Vida da Faculdade de Medicina da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.
 
Os pesquisadores avaliaram o efeito do leite, bem como de outras bebidas, como chá, cacau, suco de laranja, bebidas alcoólicas e bebidas com açúcar. A equipe, que avaliou vários estudos referentes ao leite e outras bebidas, descobriu que o leite está associado com um menor risco de doenças cardiovasculares, especialmente as relacionadas à pressão sanguínea. Certos tripeptídeos do leite também podem assistir na redução da ação da angiotensina, mostraram os autores.
 
A pesquisa avaliou muitos estudos que pesquisaram o que o leite faz como um todo para a saúde, enquanto outros avaliaram peptídeos isolados e tripeptídeos do leite e pesquisaram quais efeitos eles tiveram. Os estudos avaliados nessa pesquisa descobriram que:
 
- O maior consumo de leite está associado com menor pressão sanguínea, com estudos controlados aleatórios mostrando redução da pressão sanguínea com tripeptídeos do leite.
 
- O leite pode reduzir a pressão sistólica sanguínea naqueles que são pré-hipertensivos ou hipertensivos em 4,0.
 
- O maior consumo de leite foi associado com uma queda de 13% na pressão sanguínea.
 
- O leite esteve associado com menor risco de doença cardíaca isquêmica.
 
"Com relação aos possíveis mecanismos, sugeriu-se que cálcio, potássio e magnésio, que são conhecidos por serem requeridos para o controle da pressão sanguínea, são fornecidos em um equilíbrio único no leite. O consumo desses minerais no leite pode ser uma forma mais eficaz de reduzir a pressão sanguínea do que quando são dados na forma de suplementos". Os pesquisadores notaram que todos os estudos usados eram do Japão e da Finlândia, de forma que não se sabe se os mesmos efeitos ocorreriam em todas as culturas.
 
O vice-presidente de pesquisa em nutrição do Conselho Nacional de Lácteos dos Estados Unidos, Mickey Rubin, disse que a informação desse estudo certamente está de acordo com um crescente número de pesquisas sobre o leite. "O Guia Dietético para Americanos de 2010 notou que evidências moderadas indicam que o consumo de leite e produtos derivados está associado com menor risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 e com menor pressão sanguínea em adultos. As pesquisas publicadas desde a divulgação desse guia de 2010 estão consistentes com as evidências de que os alimentos lácteos estão associados com a saúde dos ossos, menor pressão sanguínea em adultos e menor risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, incluindo doenças cardíacas".
 
Apesar de isso apontar para algumas excelentes conclusões sobre o consumo de leite, os autores disseram que é necessário fazer mais trabalhos para avaliar se a ausência de benefícios nos produtos lácteos integrais é devido ao teor de gordura ou à falta de absorção de minerais, como cálcio e magnésio. "Estudos sobre o impacto do teor de gordura do leite e a demonstração de que qualquer efeito benéfico é independente do teor de gordura são essenciais".
 
Os consumidores americanos estão bebendo menos leite do que nunca. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que entre 1977-78 e 2007-09, a porcentagem de adolescentes e adultos americanos que não bebiam leite fluido em um dado dia aumentou de 41% para 54%. O número de pessoas que bebiam leite três ou mais vezes por dia caiu de 13% para 4%. (A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida pela Equipe MilkPoint)

 

Queda no preço do leite spot indica mudança de cenário no mercado do leite
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços estão em queda desde a segunda quinzena de junho. Cabe destacar que na segunda quinzena de agosto as quedas foram mais comedidas, em relação à primeira metade do mês, mas reforçam o cenário de virada de preços (queda) em curto prazo.
Os preços médios recuaram 0,3% em São Paulo, 0,4% em Minas e ficaram estáveis em Goiás, na comparação quinzenal.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Minas Gerais, o preço médio ficou em R$1,141 por litro no fechamento de agosto. Em São Paulo, os negócios ocorreram, em média, em R$1,187 por litro, posto na indústria.
Para setembro, a expectativa é de manutenção a queda nos preços do leite no mercado spot. (Scot Consultoria)

 

 

    

         

 
 


 

Porto Alegre, 10 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.103

 

  China abre mercado aos lácteos brasileiros

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou ontem que a China abriu, pela primeira vez, mercado para a importação de produtos lácteos brasileiros. "Depois de propormos uma remodelagem do nosso certificado e fazermos algumas alterações, tivemos essa ótima notícia por parte da China", disse a ministra, destacando que a negociação se prolongava desde 1996. A partir de agora, as indústrias interessadas em exportar leite em pó e outros derivados ao país asiático já podem pedir habilitação. Kátia informou que irá à China em outubro para chancelar a troca comercial. 

A China é o maior comprador de lácteos do mundo, com importações de 6,4 bilhões de dólares, equivalentes a 14% dos 47 bilhões de dólares comercializados no ano passado. Segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), os embarques de lácteos para a China poderão representar incremento de 45 milhões de dó- lares ao ano na pauta brasileira. Em 2014, o Brasil exportou 345 milhões de dólares, ou 83 mil toneladas em derivados do leite, sendo que o leite em pó corresponde a 60% dos produtos enviados ao exterior. Os embarques tiveram como principais destinos a Venezuela, Argélia, Arábia Saudita, Angola e Egito. O setor lácteo gaúcho comemorou o anúncio. 

"Abre melhores condições para expansão da produção", avalia o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sobre a possibilidade de exportar para a China. Ele destaca que esse era um pleito antigo do setor, importante para manter a competitividade com outros estados. "A China tem boas intenções e potencial de compra. É uma excelente notícia", comemora o presidente do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Gilberto Piccinini. O dirigente considera que há oportunidade de exportar, também, soro em pó. Com 4,8 bilhões de litros de leite ao ano, o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor do país, responsável por 13% da produção nacional, de 36 bilhões de litros.

Há dois meses, o governo anunciou que a lista de laticínios habilitados a exportar para a Rússia foi ampliada com mais 13 empresas, chegando a 26. O país euroasiático é o segundo maior importador do mundo. Em 2014, o mercado russo fez compras equivalentes a 3,4 bilhões de dólares ou 7% de tudo que foi comercializado em lácteos. "Abrimos os dois maiores mercados mundiais de produtos lácteos", ressaltou a secretária de Relações Internacionais do Mapa, Tatiana Palermo. Das 13 novas plantas habilitadas para a Rússia, três são gaúchas: CCGL, de Cruz Alta, Cosuel, de Arroio do Meio, e Lactalis, de Teutônia. O setor acredita que todas têm condições de serem habilitadas para exportar à China. As liberações para a Rússia resultaram de visita da ministra Kátia Abreu a Moscou, em julho. No próximo fim de semana, a titular da pasta retorna àquele país em missão oficial do vice-presidente da República, Michel Temer. (Correio do Povo)   
 
 
 
Agropecuária salva PIB de recuo maior

Seguindo o ritmo de recessão da economia nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul caiu 0,9% no primeiro semestre. Mais uma vez, coube à agropecuária ser responsável por evitar queda maior. Só esse setor registrou alta de 9,7% no acumulado do ano. Porém, o maior crescimento ocorreu no segundo trimestre de 2015, com 15,6%, conforme os dados divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). 

A "alavanca" foi o aumento da produção de soja que ficou em 20,4%, ocasionado pela ampliação da área (5,6%) e pelo crescimento da produtividade (14%). Como no segundo semestre a agropecuária (baseada na safra) não irá impactar no PIB, as previsões são de queda mais acentuada. Segundo o presidente da FEE, Igor Morais, a economia do Estado vive um momento de recessão. Dentro desse panorama, provavelmente o PIB gaúcho fechará o ano negativo, porém com desempenho melhor que o nacional, que é projetado em queda de 2%. 

"O RS é uma fotografia 3x4 do Brasil. Olhando no agregado (todos os setores) a economia está em recessão. O único setor que conseguiu sair desse cenário de crise foi a agropecuária. E no segundo semestre, não teremos esse ponto positivo", exemplificou. "Sem a agropecuária, no segundo semestre a indústria e os serviços deverão impulsionar a economia gaúcha", avaliou. Para Morais, o pior momento da crise econômica nacional já passou. O resultado do segundo trimestre do ano mostrou ainda queda mais acentuada da indústria, que recuou 9,1%. 

No comportamento desse segmento, a expectativa é de reversão apenas com a retomada do crescimento da economia nacional, analisa o coordenador do núcleo de contas regionais da FEE, Roberto Rocha. Outro fator que pode dar impulso é a alta do câmbio, mas neste caso só nos setores exportadores. A recessão da indústria também provocou redução de 4,8% nos impostos. O segmento de serviços teve queda de 1,2%. O levantamento da FEE apontou ainda alguns comportamentos neste primeiro semestre. A indústria de transformação foi prejudicada principalmente pela redução de 30,2% na produção de veículos automotores. (Correio do Povo)

 
 
 
Créditos de ICMS 

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu repercussão geral a recurso que discute a incidência de PIS e Cofins sobre créditos fiscais presumidos concedidos pelos Estados e Distrito Federal. No recurso, de relatoria do ministro Marco Aurélio, a União questiona decisão da Justiça Federal segundo a qual créditos presumidos do ICMS não constituem receita ou faturamento das empresas, não podendo assim ser alvo da tributação. Segundo o entendimento adotado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, os créditos de ICMS constituem renúncia fiscal, concedida com o fim de incentivar determinada atividade econômica de interesse da sociedade. A União alega no recurso que a base de cálculo do PIS/Cofins é constituída pela totalidade das receitas auferidas pelos contribuintes, o que inclui valores concernentes aos créditos presumidos de ICMS. "É de se reconhecer que o tema reclama o crivo do Supremo presentes diversas leis estaduais e distritais por meio das quais foram concedidos benefícios fiscais dessa natureza a ensejarem questionamentos acerca da base de incidência das mencionadas contribuições da União", afirmou o relator do recurso. Sua manifestação foi acompanhada, por unanimidade, em deliberação no Plenário Virtual da Corte. (Valor Econômico)

Preços pagos pelas principais indústrias de laticínios europeias - julho de 2015

O cálculo preliminar do preço médio pago em julho pelas principais indústrias europeias foi de € 30,84/100 kg, de leite padrão. Aumento de € 0,20/100 kg em relação ao mês anterior. Comparado com julho de 2014 a redução foi de € 7,93/100kg, ou 20,5%.

Pela primeira vez, desde junho de 2014, a média dos preços do leite subiu, quando comparada com o mês anterior. Esse aumento foi inteiramente obtido pela alta nos preços de leite na França e reajustes sazonais (Dairy Crest). Com poucas exceções, todas as indústrias de laticínios reduziram o preço do leite em julho.

Depois das pioneiras tradicionais, a finlandesa Hameenlinnan Osuusmeijeri e a italiana Granarolo, destacam-se os altos reajustes da Danone (€ 37,76) e da britânica Dairy Crest (€35,26). Ambos subiram razoavelmente em relação a junho, embora a Dairy Crest tenha sido devido ao fim de ajustes sazonais. A Danone, no então, reajustou os preços de julho em € 4,7 por 100 quilos. O contraste com outros cálculos de preços é grande. Os outros são quase sempre menores do que € 30, ou às vezes menos de € 25 por 100 quilos de leite (DOC Cheese e Glanbia).
 
Ainda assim, para agosto alguns cortes de preços foram anunciados. Arla Foods e FrieslandCampina mantiveram para setembro, os mesmos níveis de agosto.

A Fonterra reduziu a previsão do preço do leite para a temporada iniciada em junho de NZ$ 5,25 para NZ$ 4,30/kgMS. Isto inclui os dividendos projetados em NZ$ 0,45. Este valor constitui o menor nível de preço pago pela Fonterra desde a temporada 2005/06 (NZ$ 4,10).

Nos Estados Unidos, expressos em dólares, o preço do leite Classe III caiu em julho de US$ 16,73/cwt para US$ 16,33/cwt. Os preços do leite nos Estados Unidos neste ano estão 40% menores do que os valores recordes do ano passado. (LTO Nederland/Tradução Livre: Terra Viva)

 

No Radar
O governo estadual abriu chamada pública de R$ 10 milhões para aquisição de alimentos para abastecer unidades do sistema prisional gaúcho. Podem participar cooperativas e empreendedores familiares rurais enquadrados no Pronaf. Entre os itens a serem adquiridos estão hortigranjeiros, carnes, ovos, leite, cereais, massas e óleo de soja. (Zero Hora)