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Porto Alegre, 15 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.585

 

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 37/2017 de 14 de setembro de 2017

Leite/América do Sul - A produção de leite no campo vai crescendo em todo o Cone Sul, à medida que o aumento das temperaturas melhora o conforto das vacas de leite. Na Argentina e no Uruguai a captação de leite pelas indústrias para produção, principalmente, de queijos, leite condensado, iogurte e leite fluído. A disponibilidade de creme continua melhorando em um mercado estável. Os pedidos de leite pelas escolas, e programas públicos de ajuda alimentar, estão fortes. A produção de muçarela e manteiga foi intensificada para equilibrar a demanda de restaurantes, pizzarias e varejistas. Conforme divulgado pelo Ministério da Agricultura, em agosto de 2017, a produção de leite da Argentina cresceu 6% em relação ao mês anterior, mas diminui 2% em relação a agosto de 2016. Já os preços nominais pagos aos produtores, aumentaram 33% em relação a agosto de 2016. No Brasil, a produção de leite de vaca subiu, diante do clima favorável em estados produtores. A oferta de leite e creme tem sido adequada às necessidades das indústrias. 

 
A demanda doméstica por produtos lácteos está fraca, e os estoques de leite UHT e queijo muçarela continuam crescendo. O resultado foi que processadores, atacadistas e varejistas tiveram que reduzir os preços para equilibrar seus estoques. De acordo com os industriais, o poder de compra dos consumidores brasileiros está caindo junto com a economia, prejudicando os vários canais de venda por todo o país. De um modo geral, as indústrias da Argentina, Uruguai, Chile e Brasil continuam com a expectativa que haja melhora ao longo do 4º trimestre. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 
 
 
Fazendas leiteiras da rede britânica varejista Marks and Spencer recebem certificação de bem-estar animal

A Marks and Spencer (M&S) anunciou que se tornou "o primeiro grande varejista" no Reino Unido a fornecer todo o seu leite não orgânico de fazendas leiteiras certificadas com o selo RSPCA Assured da Sociedade Real para a Prevenção contra Crueldade aos Animais (RSPCA). Todas as 37 fazendas que fornecem leite fresco ao M&S Milk Pool obtiveram a certificação e as embalagens de leite fresco não orgânicos do supermercado agora possuem o logotipo RSPCA Assured. A medida significa que os 85 milhões de litros de leite vendidos nas lojas M&S todos os anos virão de fazendas com os mais altos padrões de bem-estar animal. Os padrões garantidos pela RSPCA cobrem todos os aspectos do bem-estar das vacas associados à produção de leite, incluindo criação de bezerros, acomodação, planejamento de saúde, transporte, alimentação e pastagem.

A M&S também publicou os relatórios de avaliação da RSPCA Assured para cada uma das fazendas de fornecedores de leite como parte de um mapa on-line interativo. O mapa mostra aos clientes de onde o leite M&S se origina, os resultados resumidos para cada fazenda e um link para baixar o relatório de avaliação completo. Steve McLean, chefe de agricultura e pesca da M&S, disse: "Sabemos o quanto o bem-estar animal interessa aos nossos clientes e eles esperam de nós os mais altos padrões. Os padrões RSPCA Assured são os mais altos na indústria de lácteos e estamos orgulhosos de nossos produtores que trabalham duro - dia após dia - para nos permitir alcançar isso para o nosso Milk Pool. Os padrões RSPCA Assured são os mais difíceis no negócio. Nós apoiamos as fazendas que trabalharam para alcançá-los, mas tenho o prazer de dizer que todos os produtores melhoraram e entregaram tudo o que nós e a RSPCA Assured pedimos a eles". 

O CEO da RSPCA, Clive Brazier, acrescentou: "Graças à M&S, milhares de vacas leiteiras agora terão uma vida melhor dentro dos padrões de bem-estar da RSPCA. E não é só isso: pela primeira vez, os consumidores poderão comprar o leite rotulado como RSPCA Assured em um varejista de rua. Este é um grande passo para melhorar o bem-estar das vacas leiteiras e esperamos que outros varejistas sigam o exemplo".  O M&S Milk Pool foi criado em 2000 para oferecer aos produtores estabilidade para que eles invistam no futuro. Hoje, o programa tem 37 fazendas espalhadas pelo Reino Unido entregando leite fresco para lojas e cafés da M&S. Os padrões de bem-estar da RSPCA são agora os padrões mínimos para o M&S Milk Pool, e os assessores da RSPCA Assured avaliarão as fazendas anualmente. (As informações são do FoodBev.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Piracanjuba conquista 1º lugar no ranking "As Melhores da Dinheiro 2017", na categoria Alimentos e Bebidas

Piracanjuba - Reafirmando sua posição entre as maiores do mercado de laticínios nacional, a Piracanjuba recebeu mais um reconhecimento: é a vencedora do ranking "As Melhores da Dinheiro 2017", na categoria Alimentos e Bebidas. A cerimônia de premiação ocorreu na última quinta-feira (14/09), no Tom Brasil, em São Paulo.

"Receber essa premiação por mais um ano reforça que estamos no caminho certo e sendo reconhecidos não só pelos nossos consumidores, mas também pelo mercado. Isso nos impulsiona a crescer ainda mais, sempre com o foco na qualidade e diversificação", afirma o Diretor de Relações Institucionais da Piracanjuba, Cesar Helou.

A 15ª edição do Anuário "As Melhores da Dinheiro 2017" - o mais completo e abrangente ranking empresarial do Brasil -  elegeu, a partir da análise dos dados de cada participante, a campeã em cada um dos 23 setores avaliados. As companhias nele citadas foram avaliadas segundo cinco critérios de gestão: Sustentabilidade Financeira, Recursos Humanos, Inovação e Qualidade, Responsabilidade Social e Governança Corporativa. O Anuário é referência para o mercado do agronegócio, imprensa especializada e demais formadores de opinião. Ele conta também com o Ranking das 1000 Maiores Empresas do Brasil, no qual as empresas foram selecionadas com base no desempenho financeiro do ano anterior. (Assessoria de imprensa Piracanjuba)

Nova Zelândia começa a vender leite fresco para a China por meio do site Alibaba

O acordo comercial para venda de leite da Nova Zelândia com o vendedor on-line global Alibaba foi lançado e milhões de chineses ficaram sintonizados para assistir ao evento. A companhia, Collins Road Farm, que pertence a chineses, abrange 29 fazendas na Zelândia que fornecerão leite fresco ao Alibaba.  Os organizadores do lançamento alugaram uma instalação de satélites para permitir que o evento fosse transmitido diretamente para a China. Participaram 10 dos maiores influenciadores das mídias sociais da China, incluindo Yuni e Joyce, conhecidos como os gêmeos Chufei Churan na China. Os dois possuem números de seguidores de redes sociais maiores que a população total da Nova Zelândia. Eles e outros influenciadores filmaram o evento e a fazenda para seus seguidores na China. O leite é da marca Theland Farm Fresh Lew e tem uma vida útil de 16 dias.

Vendido sob um sistema de estrutura de dois preços, os membros regulares do Alibaba pagam NZ$ 8 (US$ 5,82) por litro, mas haveria um preço especial para os membros "VIP" de NZ$ 8 (US$ 5,82) por dois litros. Os membros VIP consistem em cerca de 570 mil famílias chinesas de classe média a alta. Justine Kidd, gerente-geral de agronegócio da Milk New Zealand, disse que há um grande potencial de mercado para o leite fresco na China. "Esperamos um crescimento significativo". Kidd disse que os consumidores chineses foram atraídos por benefícios para a saúde do leite fresco e que esse é visto como sendo menos processado do que outras formas de leite. "O que estamos tentando fazer é conectá-los com a fazenda. A segurança alimentar e o entendimento de onde vem os alimentos são muito importantes para o consumidor chinês e isso permite que eles confiem na origem dos alimentos".

Os consumidores da classe média da China estão cada vez mais usando a internet para comprar seus mantimentos. Os supermercados da Nova Zelândia, onde os consumidores escolhem alimentos nas prateleiras, não são tão comuns na China, disse Kidd. "Os consumidores chineses estão cada vez mais recebendo as suas compras na porta de casa. A maneira como compramos no supermercado é rara na China".  O ministro da Segurança Alimentar, David Bennett, chamou o acordo de "histórico" e disse que é impressionante que as duas empresas tenham se juntado para assinar isso. "É uma parceria que, mais para frente, será formidável para as empresas. É surpreendente para um neozelandês descobrir que havia cerca de 529 milhões de usuários móveis ativos nas plataformas da Alibaba somente em agosto deste ano. Isso é cerca de 117 vezes a nossa população".

Os clientes internacionais estão se tornando mais exigentes sobre o que compram. Eles querem saber a história por trás do produto, seu registro de segurança alimentar e suas credenciais ambientais, disse Bennett. "Isso está se tornando mais importante para os consumidores e a Alibaba cuidará disso". A venda de leite através do comércio eletrônico apresentou uma oportunidade para os agricultores neozelandeses terem vendas no varejo fora do país e fornecerão um componente de valor agregado para o setor lácteo, disse Bennett. O diretor-gerente da Milk New Zealand, Terry Lee, disse que esta foi a primeira vez que o leite fresco da Nova Zelândia foi lançado através de redes sociais usando transmissão em tempo real para consumidores em outro país. "É uma perspectiva emocionante, não só porque promove a colaboração que temos com a Alibaba, mas também, porque fornece aos consumidores chineses uma visão de onde e como o leite é produzido". (As informações são do Stuff.co.nz, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Parceria/EUA - A Associação de Produtores de Leite da América (DFA) apresenta nova parceria com painéis solares
A Associação de Produtores de Leite da América (DFA) e a Third Sun Solar, uma empresa de energia limpa com sede em Ohio, se uniram para ajudar a trazer tecnologia de painéis solares a  mais fazendas de membros do DFA. A parceria proporcionará aos membros do DFA da área meio-oeste o acesso ao planejamento, desenvolvimento, suporte e preços com desconto para programas de energia solar na fazenda. A Third Sun Solar também ajudará na identificação de incentivos que podem complementar o custo da tecnologia solar para os membros do DFA. A Associação de Produtores de Leite da América (DFA) disse que está percebendo seus membros cada vez mais interessados em energia renovável enquanto procuram maneiras de economizar dinheiro e tornar suas fazendas mais ecológicas. David Darr, presidente dos serviços agrícolas da DFA, disse: "Através desta parceria com a Third Sun Solar, esperamos tornar a tecnologia solar mais ampla, pois as oportunidades econômicas e ambientais para os agricultores são incrivelmente benéficas". O membro do DFA, Gary Kibler, da fazenda produtora de lácteos Kibler, em Warren, Ohio, trabalhou recentemente com o Third Sun Solar para instalar 480 painéis solares em sua fazenda familiar. De acordo com a Third Sun Solar, os painéis fornecerão 163,2 quilowatts de energia, o que deverá significar uma economia anual de US $ 23.000. A co-fundadora da Third Sun Solar, Michelle Greenfield, disse: "As fazendas familiares podem ser a essência da transformação ecológica, e as fazendas leiteiras, em particular, são um recurso inexplorado para levar mais energia renovável a região central. "Além disso, os painéis são muito mais duráveis agora do que 15, ou até mesmo cinco anos atrás. Então, com preços de painel pela metade do preço do que costumavam ser, a energia solar é muito mais alcançável para os agricultores que procuram reduzir sua pegada de carbono ".(FoodBev Media - Tradução Livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 14 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.584

 

Mapa publica documento sobre novo Riispoa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, nesta terça-feira (12/09), memorando com esclarecimentos sobre o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). O guia, elaborado em conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da pasta, foi criado após dúvidas que surgiram por parte do setor produtivo de proteína animal. A publicação, que contempla 202 perguntas e respostas, ainda aborda questões sobre procedimentos de registros de produtos e habilitação e certificação de estabelecimentos.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, a iniciativa do Mapa é fundamental para o desenvolvimento das indústrias do Estado. "São esses esclarecimentos que proporcionam as condições necessárias para atender as operações dos laticínios dentro do novo Riispoa", pontua, destacando a importância de interpretar de forma correta a legislação para poder aplicá-la da melhor forma.

O novo Riispoa faz parte da modernização e desburocratização que o ministro da Agricultura Blairo Maggi tem trabalhado com a sua equipe. Confira o documento aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Captação do leite brasileiro vem consolidando recuperação

Nesta quinta-feira (14/09), o IBGE divulgou os dados do segundo trimestre de 2017 sobre a captação brasileira de leite. No período, o volume captado foi de 5,6 bilhões de litros de leite, queda de 3,4% em relação ao trimestre anterior. Entretanto, o acumulado do primeiro semestre de 2017 foi de recuperação em relação ao ano passado. Com um volume de 11,5 bilhões de litros, a captação foi 4,3% superior ao primeiro semestre de 2016. 

Gráfico 1: Evolução da captação entre o 1º semestre de 2017 e 2016. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado. 

Essa recuperação da produção (que vem ocorrendo desde o o segundo semestre de 2016) se deve principalmente às quedas nos preços dos grãos, aliadas aos preços pagos ao produtor que se fortaleceram com a queda ocorrida na produção entre 2015 e primeiro semestre de 2016. Dessa forma, é possível ver que o RMCR (Receita Menos Custos de Ração), que impacta diretamente na rentabilidade final do produtor de leite, vinha mostrando elevações desde o início de 2017 e se tornou um forte impulsionador desse aumento de produção. 

Gráfico 2: Evolução do RMCR mensal nos últimos anos. Fonte: MilkPoint Mercado. 

Na comparação trimestral, fica ainda mais evidente a recuperação que 2017 vem apresentando. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a elevação foi de 8% (a maior desde o 2º semestre de 2014), que por sua vez, havia sido -7,5% inferior ao 2º trimestre de 2015. 

Gráfico 3: Variação de captação brasileira em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado.

Nessa recuperação de produção, os estados de Goiás e São Paulo merecem destaque. Em relação ao mesmo trimestre de 2016, a captação elevou em 21,6% e 18% respectivamente. Dos principais produtores do Brasil, apenas Minas Gerais registrou variação negativa no período, porém, de apenas 1,7%. 

Gráfico 4: Variação da captação estadual em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado 

Para os próximos meses, deve-se esperar uma desaceleração nos níveis de produção, resultado principalmente da queda de preços do leite ao produtor. A cadeia enfrenta dificuldades com a demanda final, o que vem causando pressões de baixa nos preços. Além disso, o valor da arroba do boi se encontra em elevação, e deve permanecer estável pelo menos nos próximos meses. Assim, se o preço ao produtor de leite continuar em retração, a relação de troca ficaria ainda mais desfavorável, (em agosto já foi a maior dos últimos cinco meses) - fato que poderia iniciar o descarte de vacas. Por isso, ao que o mercado indica, esse aumento de produção pode passar por uma desaceleração, pelo menos até o final do ano. 

Gráfico 5: Relação de troca, litros de leite por arroba. (Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado)

 

Empresas da UE pedem à China fim do embargo a queijos europeus
A Câmara de Comércio da União Europeia na China pediu a Pequim, nesta quinta-feira (11), que reconsidere sua decisão de suspender a importação de alguns tipos de queijo. "Durante décadas, o queijo europeu foi importado pela China sem qualquer problema sanitário", afirmou a Câmara, em um comunicado. Nas últimas semanas, a Alfândega chinesa começou a proibir a entrada no país de alguns queijos cremosos, como Camembert, Brie, ou o Roquefort franceses. Segundo a Câmara, as empresas europeias já estão fazendo esforços para revisar as normas de segurança alimentar. "Há dois anos, estamos trabalhando com as autoridades competentes chinesas para revisar essas normas", indica o comunicado. Ainda que nas últimas décadas o consumo de produtos lácteos tenha aumentado enormemente no gigante asiático, o queijo continua sendo um produto procurado, principalmente, pelos estrangeiros. (Edairy News)

Porto Alegre, 13 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.583

 

Setor lácteo formaliza pedido de compras institucionais ao governo federal
Representantes do setor lácteo estiveram na tarde desta terça-feira (12/9), em Brasília, para pressionar o governo federal a tomar medidas que ajudem a enxugar o excedente de produção que tem prejudicado a competitividade do segmento. Dirigentes do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Fetag, IGL, Fecoagro e Famurs participaram de reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para formalizar pedido de compras emergenciais de 50 mil toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros de leite UHT, além de cotas para importação de produto do Uruguai. Entretanto, a comitiva não obteve uma posição do titular da pasta a respeito do pleito.

Na ocasião, ficou acordado que os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Social farão uma revisão no orçamento para ver se há possibilidade de realocar recursos para as aquisições. "Saio preocupado da reunião em função dos pronunciamentos dos ministros de não haver orçamento, apesar da expectativa de que o governo federal busque recursos para as aquisições", disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Também participaram da audiência o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, o presidente da Dália, Gilberto Piccinini, representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Paraná (SindileitePR) e do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (SILEMG).

"Agora, o setor conta com o apoio dos nossos deputados em Brasília para monitorar e cobrar urgência no nosso pleito", acrescenta Guerra. Entre os parlamentares presentes, estavam Covatti Filho, Alceu Moreira, Heitor Schuch, Elvino Bohn Gass e Dionilso Marcon. Também participou da


Dirigentes do setor lácteo participam de reunião em Brasilia. Foto: Roberto Soso

O secretário da Agricultura, Ernani Polo.
A respeito das cotas de importação de leite do Uruguai, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, propôs a criação de um grupo formado por representantes do governo e de entidades do setor para ir ao Uruguai discutir o assunto na tentativa de entender a produção do país vizinho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Sindilat participa de aula sobre queijos na Unisinos


Crédito: Carol Jardine

As diferentes qualidades gastronômicas dos queijos produzidos no Rio Grande do Sul foram alvo de aula especial na noite desta terça-feira (12/09) para os alunos do primeiro semestre do curso de tecnólogo em Gastronomia da Unisinos, no Campus de Porto Alegre. A disciplina de Ingredientes e Insumos 1, comandada pela professora Raquel Chesini, busca apresentar aos estudantes os diferentes rótulos disponíveis para execução das melhores receitas, sempre primando pela produção local e valorização dos artigos do Rio Grande do Sul. Especialista em alimentos, a médica veterinária destacou a importância de parcerias como a realizada com o Sindilat para este encontro como forma de trazer aos alunos novidades sobre o mercado e lançamentos. "É uma forma de valorizar os produtos regionais. Procuramos o sindicato com a intenção de mostrar aos alunos a diversidade de produtos fabricados no Estado".  

A programação teve início com uma explanação sobre a produção do leite, suas qualidades nutricionais e derivados. Na sequência, o chef Alexandre Reolon, representando o Sindilat, fez uma apresentação sobre os diferentes tipos de queijo produzidos pelas indústrias associadas, responsável pela captação de 90% de todo leite coletado no Rio Grande do Sul. A explanação foi acompanhada pela degustação de diferentes rótulos para estimular a diversidade sensorial dos estudantes. Os alunos experimentaram de queijos leves, como ricotas e queijo minas frescal, até queijos de paladar mais encorpado como o Gorgonzola e o Grana. A diversidade de sabores encantou os estudantes que fizeram questão de questionar o chef sobre o método produção de cada um dos queijos e as diferenciações que a qualidade do leite concedem aos queijos. Reolon ainda explicou sobre as variedades de cremes e manteigas na prática gastronômica e como o mercado oferece produtos diferenciados para preparo dos mais inusitados pratos. E ainda deu dicas de como preparar um fondue e harmonizar alguns tipos de queijos, como o Brie com geleia de frutas, pratos servidos no PUB do Queijo durante a Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Bebidas nutricionais lácteas - Nutri-Bev

A bebida nutricional (Nutri-Bev) é um novo exemplo de cruzamento de produtos entre os produtos lácteos e as indústrias de alimentos e bebidas. O sorvete era um produto lácteo. No entanto, hoje é mais um produto de confeitaria. Outro exemplo é a mistura de manteiga e margarina, resultando em novas categorias de produtos lácteos. As bebidas nutricionais prontas para beber combinam ingredientes saudáveis e funcionais de proteína láctea com frutas e sabores de bebidas. Existe um potencial crescente para novas categorias de valor agregado, incluindo proteínas lácteas e não lácteas e uma ampla gama de ingredientes de sabor para satisfazer os consumidores que têm sede de bebidas funcionais, saudáveis e de bem-estar, combinadas com características de indulgência* (*comidas indulgentes: a situações em que preocupações relativas aos aspectos nutricionais ou ao valor de determinados alimentos ou bebidas são deixados de lado, privilegiando-se o prazer que será obtido ao consumi-los.) Tanto a indústria láctea como a indústria de bebidas (não alcoólicas) estão cada vez mais focadas em categorias de bebidas nutricionais e este artigo analisa novas oportunidades de crescimento e co-criação do setor como um meio para a inovação revolucionaria de novas e atraentes categorias Nutri-Bev (bebidas nutricionais).

Categorias e formulações de bebidas nutricionais
A potencial composição ou formulação das categorias de bebidas nutricionais é enorme. No entanto, as duas principais categorias baseadas em produtos lácteos consistem em produtos fermentados muito ácidos, por exemplo, o iogurte, e bebidas à base de proteínas lácteas com baixa acidez.

Cada categoria pode ser dividida em séries de subcategorias, por exemplo: bebês, crianças, adultos, idosos e bebidas esportivas. Outras categorias de produtos podem ser de acordo com frutas, sabores, chá / café, cereais, vegetais e partículas, entre outras. Além disso, a formulação básica pode variar significativamente:

- Leite e / ou gordura vegetal, de baixo a alto teor
- Leite com teor ajustado de caseína ou proteína de soro de leite
- Proteína ou frações de soro de leite pura, ou caseína pura; reduzido ou fortificado
- Combinado de soro de proteína de leite ou de soja e / ou outras proteínas vegetais
- Proteínas animais; insetos como grilos e bichos de farinha (opções futuras)
- Produtos sem lactose: sem lactose ou com baixo teor de lactose (para intolerantes à lactose)
- Reduzidos de sal e/ou adicionados de cálcio (bebida para pessoas mais idosas)

A carbonatação (ou gaseificação) pode adicionar outra dimensão ao sabor, promovido por culturas iniciais específicas, ou dispersão de gás carbônico antes da embalagem. Além disso, uma ampla gama de culturas iniciais (por exemplo, os probióticos) podem constituir a base para outras categorias saudáveis.

Processamento e embalagem
O processamento das bebidas nutricionais combina o manuseio e pré-processamento de matérias-primas (líquidas e em pó), formulação de receita, possivelmente funcionalização, combinação e mistura dos ingredientes, seguido da dosagem de ingredientes de sabor, antes do tratamento térmico. Antes do enchimento das embalagens, pode ocorrer a carbonatação (gaseificação) esterilizada ou a dosagem, por exemplo, de enzimas. Dependendo das categorias e tipos de bebidas nutricionais, o processamento pode ser bastante complexo, por exemplo no caso de produtos com partículas.

O processamento ideal equilibra a eficiência de custos com o otimização da produção e ingredientes, bem como proteção de componentes vitais, como as vitaminas, e a qualidade geral e segurança alimentar. Para o fracionamento/concentração de proteína láctea e produtos sem lactose, a filtração por membrana é uma tecnologia chave. Para uma eficiente mistura ou funcionalização, por exemplo no caso da microparticulação das proteínas do soro de leite para adicionar uma dimensão extra de funcionalidade e sensação cremosa ao paladar, a tecnologia de cavitação provou ser ideal. Devido ambiente de armazenamento, particularmente no caso dos produtos de baixo teor de ácido, a UHT é a tecnologia térmica dominante e as novas inovações UHT combinam alta taxa de esterilização com um tratamento suave e excelente sabor.

Novas alternativas, como processamento de alta pressão (HPP) e processamento de campos elétricos pulsados (PFF) estão entrando no mercado. Vários fornecedores de ingredientes e de tecnologia de processos possuem uma experiência significativa em formulações de processamento de produtos lácteos, alimentos e bebidas. Com suporte por seus centros de inovação, eles podem ser parceiros importantes na criação das melhores formulações e processamentos das novas categorias de bebidas nutricionais. A escolha do design, do material e do tamanho das embalagens é uma parte importante das bebidas nutricionais, impactando no marketing que atrai os diversos segmentos de consumidores, desde os mais jovens, até os esportivos e consumidores mais velhos.

Co-criação de valor e crescimento
O sucesso da inovação revolucionária das categorias de bebidas nutricionais requer um conhecimento substancial de mercados, formulação, processamento e comercialização.
Uma nova tendência da indústria é colaborar em toda a cadeia de valor para promover uma forte plataforma especializada e inovação revolucionária. As principais partes interessadas para a co-criação de novos produtos e processos de bebidas nutricionais que agregam valor e crescimento aos produtores de lácteos e bebidas envolvidos incluem:

- Especialistas em tecnologia de produtos lácteos / bebidas
- Especialistas em fornecimento de ingredientes
- Especialistas em fornecimento de processos de equipamentos/tecnologia. (Dairy Reporter)

 

Argentina - Crescimento de 3% em 2017
Produção/AR - Um boletim da situação do setor divulgado pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), diz que está surgindo um processo de recuperação, que está refletindo não apenas em maiores captações nas indústrias, como também no preço mais firme para os produtores de leite. Ainda que de janeiro a julho deste ano a produção não tenha apresentado crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior (caiu em 1% e 2%), as projeções até dezembro de 2017 indicam que, se não houver alterações climáticas acentuadas, e os preços continuarem relativamente estáveis, a produção poderá crescer 3% no melhor dos casos, e 1%, em uma visão mais conservadora. Este cenário de crescimento produtivo também tem uma contrapartida sócio-econômica. No mesmo boletim diz: "Estão sendo detectadas iniciativas individuais (um produtor com várias propriedades produtoras de leite) e grupos (vários produtores) unificando seus rebanhos em fazendas de maior escala. Em se confirmando este cenário nos próximos meses, estamos diante de uma aceleração do processo de concentração (menos propriedades de maior tamanho)". O relatório destaca ainda que a quantidade de fazendas de leite que abandonam a atividade voltou aos índices históricos normais, na ordem de 1% a 2% por ano, alertando que: "muitos produtores estão esperando situações mais propícias para tomar a decisão de sair do negócio". Outro dado revelado pelo OCLA é o nível de participação do produtor de leite na cadeia. Tomando como referência os diversos dados disponíveis pelo Observatório, a média dos últimos quatro anos foi de 28,8%. Atualmente (tomando como base o mês de julho de 2017), o percentual obtido foi de 27,8% do preço final do leite.  (ON24 - Tradução Livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 12 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.582

 

Importações brasileiras de lácteos caem pelo 3º mês consecutivo
De acordo com os últimos dados da balança comercial, as importações brasileiras de lácteos caíram pelo terceiro mês consecutivo em agosto. No mês, foram internalizados 104,3 milhões em equivalente-litros de leite, 11,4% de queda em relação a julho, e o segundo menor volume no acumulado mensal desde fevereiro de 2016. Em relação a agosto de 2016, a retração foi de 46%. Oferta em alta, aliada à demanda enfraquecida e preços baixos foram os motivos que trouxeram essa queda no Brasil. 

O leite em pó integral manteve a tendência de queda nas importações, e fechou o mês de agosto com o menor volume mensal acumulado do ano (5,34 mil toneladas), 19% de queda em relação a julho/2017, e 56% de queda quando comparado com agosto/2016. Sem muitas novidades no mercado, os preços externos em níveis um pouco superiores aos de um ano atrás, associados ao cenário brasileiro de oferta excedente e demanda retraída, fizeram com que a as importações seguissem em queda. 

Da mesma forma segue o leite em pó desnatado. Apesar dos preços internacionais mais competitivos, o volume importado do derivado voltou a cair em agosto/17, ficando em 2,03 mil toneladas importadas. Um destaque relevante vai para as importações de queijo. A muçarela, responsável por aproximadamente metade das importações totais de queijo, apresentou crescimento nas importações mensais em agosto em relação ao mês anterior, indo para quase 2 mil toneladas (quase 25% de aumento). A queda dos preços de importação, aliada à queda da taxa de câmbio em agosto, fez com que as importações voltassem a crescer, apesar da demanda estar aquém do que se esperava. 

Gráfico 1. Volume importado e preço de importação da muçarela. 

O resumo das operações de exportações e importações de lácteos durante o mês de julho é apresentado na tabela 1.

O volume total exportado em agosto, de 2,87 mil toneladas, foi quase 15% superior ao registrado em julho. Impulsionado, principalmente, pelo leite condensado, que teve 725 toneladas embarcadas a mais no mês de agosto em relação a julho. (Por MilkPoint, com dados do MDIC)

 
A Hydrosol transforma o soro de leite em produtos valiosos

Hydrosol/Soro de leite - A fabricação de 1kg de queijo resulta em 9 kg de soro como subproduto, e a empresa alemã Hydrosol diz que seu novo estabilizador, o Stabisol JOC, pode transformar a proteína de soro de leite em novos produtos de forma lucrativa. A quantidade de soro restante é correspondentemente elevada nos países produtores de queijos. Os EUA estão na liderança com mais de 48 milhões de toneladas por ano, seguido pelo Brasil, Turquia e Rússia, com 5-7 milhões de toneladas. Dado esses volumes, que aumentaram de forma constante ao longo dos anos, os laticínios enfrentam um grande desafio, já que escoamento do soro de leite é tão onerosa quanto a sua conversão em pó.
Criando novos produtos

A Hydrosol disse que seus novos sistemas funcionais podem transformar soro de leite em uma ampla gama de novos produtos. Por exemplo, o soro coalhado pode ser usado como base para sobremesas de pudim, bebidas, sobremesas fermentadas e creme azedo. O soro ácido pode ser usado para fazer alternativas ao iogurte. "O soro de leite ácido é um desafio especial para os produtores de queijo, porque processá-lo é tecnicamente muito mais exigente do que o soro coalhado", disse a Dra. Dorotea Pein, gerente de inovação da Hydrosol.

"Após uma pesquisa intensiva e muitos testes de aplicação, conseguimos desenvolver um complexo de ingredientes que permite comercializar soro ácido de forma rentável".
"O teor de gordura dos produtos pode ser ajustado tanto com gordura láctea normal na forma de creme, quanto com gordura vegetal", disse Pein.
Adicionando cor e sabor
Como o iogurte, as alternativas de soro de leite podem ser misturadas com vários outros ingredientes, tais como aromas e cores adicionados no início do processo de fabricação, ou preparações de frutas adicionadas antes do preenchimento. A Hydrosol possui uma rede internacional de 15 subsidiárias e faz parte da Stern-Wywiol Gruppe, um fornecedor internacional de alimentos e ingredientes para alimentos. (Dairy Reporter - Tradução Livre: Terra Viva)

Produção/EUA - Como funciona a segunda maior fazenda de vacas Jersey nos Estados Unidos

Em pleno coração do cinturão de milho dos Estados Unidos (EUA), onde o cereal chegar a render 30 toneladas por hectare, John Maxwell tem uma fazenda de alta produção de leite.  Em sua propriedade localizada em Donahue, seu rebanho de 201 vacas Jersey é o segundo mais produtivo do país, com essa raça leiteira. Por isso não causa surpresa que a fazenda chame Cinnamon Ridge Farmrs, cuja tradução faz referência à cor "canela" das vacas leiteiras de origem britânica. "Estamos com uma produção média de 32 litros por vaca/dia. Somos o segundo estabelecimento da raça Jersey em produtividade nos EUA. E nosso objetivo é sermos o primeiro", diz confiante Maxwell, durante uma visita que o Agrovoz realizou em seu estabelecimento, durante a viagem feita aos EUA organizada pela empresa John Deere.

Automação
A temperatura do inverno nessa região pode chegar a -30º C. Portanto, o modelo de produção de leite na Cinnamon Ridge é predominantemente em confinamento. Três galpões calafetados e com camas de areia são as instalações para as vacas em ordenha, as secas e as recrias. Como parte da política de bem-estar animal, os galpões contam com massageadores para dar conforto às vacas. Todas com dietas à base de silagem de milho, feno e farelo de soja, ingredientes produzidos no próprio estabelecimento.
Inteligência artificial
Quatro robôs, de tecnologia holandesa, são os encarregados de ordenhar - até seis vezes por dia - o plantel de vacas em produção. Um chip incorporado a cada uma das vacas permite ao robô ler a informação e realizar sua tarefa em intervalos não menores do que quatro horas. "As vacas precisam esperar quatro horas para uma nova ordenha. Se a vaca se aproxima da ordenha antes desse período, o robô a recusa", esclarece Maxwell.
O incentivo para que as vacas fiquem próximas ao robô é um alimento colocado na entrada da sala de ordenha. O tempo de ordenha oscila entre 3 e oito minutos por vaca. A presença humana na fazenda é reduzida com o monitoramento do trabalho feito pelo robô, desde um posto de comando, até a limpeza (pela manhã) do esterco. As camas de areia são substituídas todas as semanas.
Rentabilidade
A produção do leite de alta qualidade, que tem 4% de proteína e 5% de matéria gorda, é destinada à produção de queijos cheddar e gouda. Em Cinnamon Ridge, a produção de leite é mais uma unidade de negócios, que é dividida com a agricultura (soja e milho) e produção de carne: novilho Jersey, Holstein e Angus que são enviados para corte quanto atingem de 500 a 700 quilos. "Das três produções, este ano a pecuária é a que oferece a melhor rentabilidade; a agricultura vem em segundo lugar, e depois o leite", explicou o produtor. Por exemplo, cada novilho Angus que entregamos para abate, o pagamento por "carcaça" é em torno de US$ 1.500. No caso dos Holstein, US$ 1.200, enquanto que o Jersey a remuneração é de US$ 1.000. (agrositio - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Espanha fica atrás na recuperação do preço do leite na EU
Preços/UE - A previsão é de que os preços do leite na União Europeia (UE) continuem subindo. A Comissão Europeia (CE) indica um novo incremento no preço do leite no mês de agosto, estimando que poderá chegar 34,5 centavos de €/kg, [R$ 1,32/litro]. Em julho, o preço do leite já subiu 3,3% em relação a julho, fechando em 34,2 centavos de €/kg, [R$ 1,31/litro]. Nessa tendência de preços em alta nos países da UE, a Espanha está ficando cada vez mais para trás. Desde junho que o preço na UE não deixa de subir, passando de 32,97 centavos de €/kg, [R$ 1,26/litro], em maio, para 34,5 centavos de €/kg em agosto (previsão), e na Espanha a tendência foi contrária. Em junho caiu 0,2 centavos de €/kg em relação a maio, e desde então está estabilizado em 30,1 centavos de €/kg, [R$ 1,15/litro]. A CE trabalha com um preço para agosto na Espanha de 30,1 centavos de €/kg. O preço espanhol para agosto não é apenas o mais baixo da UE-28, mas também da UE-13 (países do leste da Europa) com um preço médio previsto de 31,15 centavos de €/kg, [R$ 1,19/litro]. A previsão de preços para a UE-15 (os países do noroeste da Europa) em agosto é chegar até 35,03 centavos de €/kg, [R$ 1,34/litro]. A situação dos preços do leite na Espanha não deixa de surpreender, levando em conta que os preços dos produtos lácteos industrializados da UE são os mais altos do mercado mundial, que a Espanha é um país deficitário em leite e que o preço está muito mais alto nos países vizinhos. O preço do leite na França, que é um habitual fornecedor para o mercado espanhol, foi de 34,04 centavos de €/kg, [R$ 1,30/litro], em julho. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 11 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.581

 

Compra emergencial de leite é prioridade do setor lácteo no País

Sem o avanço nos pleitos para barrar a entrada de leite em pó uruguaio no Brasil, produtores e indústrias do setor lácteo vão se centrar e unir suas forças em torno da compra governamental. A medida emergencial é considerada fundamental para aliviar o setor, e a pressão concentrada terá início nesta terça-feira, em um encontro entre representantes do setor e de diferentes ministérios, todos em torno da mesa que deverá ser capitaneada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O setor está em crise mais acentuada desde o início do ano devido, em boa parte, ao produto que entra do Uruguai, sem limites de cotas. O baixo preço do leite uruguaio está sorvendo o lucro e dominando uma parcela considerável do mercado nacional. De acordo com a Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), nos últimos dois anos, 19 mil pessoas já deixaram a produção no Estado. 

A justicativa é o preço, que, desde o início do ano, caiu cerca de R$ 0,30 por litro, colocando no ralo cerca de R$ 100 milhões mensais que deveriam ir para o bolso do produtor. O cálculo é do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Alexandre Guerra. De acordo com o executivo, outros R$ 200 milhões deixam de ser faturados pela indústria gaúcha a cada mês, e vai piorar se o governo não zer nada, diz o executivo. "Isso tudo é dinheiro que deixa de girar na economia local. A indústria pode começar a fechar portas em 2018. Como a questão com o Uruguai não avança, o governo precisa fazer uma compra emergencial, para ontem, para equilibrar o mercado, ou terá problemas para abastecer o mercado interno logo, logo", alerta Guerra. No encontro com Padilha, agendando pelo deputado federal Covatti Filho (PP-RS), também participarão representantes do setor e deputados do Paraná e de Santa Catarina. 

A ideia é convencer o governo federal a comprar 50 mil toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros UHT para escolas e projetos sociais, por exemplo, o que daria vazão aos estoques. "É por isso que estará lá, também, um representante do Ministério do Desenvolvimento Social, por exemplo. Agora, estamos entrando em uma fase de urgência, e a prioridade é garantir essa aquisição, e por um valor acima do que o governo tem como base, R$ 11,80 o quilo do leite em pó, isso mal cobre o custo. Precisamos de no mínimo R$ 14,30 para o produto em pó e R$ 2,20 para o uído", alerta o presidente do Sindilat. 

 
Ainda que o foco mais urgente seja a compra governamental, o grupo também buscará uma solução para a questão internacional, por meio do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Covatti Filho ressalta que, em breve, vencerá o acordo de cotas estabelecido para ingresso de leite em pó argentino no Brasil, agravando um cenário inundado pelo leite uruguaio. "Os argentinos já sinalizam que querem a mesma liberdade uruguaia para vender para cá. Antes que tenha de abrir mercado aos dois e quebrar indústria e produtor, é melhor que o governo dê um jeito de limitar a importação do Uruguai", defende Covatti Filho. Para o presidente da Fetag, que também ressalta a necessidade de compras governamentais urgentes, outra ação que pode ser adotada pela União é segurar licenças de importações, emergencialmente. "Assim estancará um pouco essa entrada. Se continuar entrando o que ingressou nos últimos meses, mais produtores vão seguir parando com a produção", diz Silva. De acordo com o presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Estado (Apil), Wlademir Dall'Bosco, falando sobre o tema durante a Expointer, entre 10 mil e 15 mil produtores gaúchos ainda devem deixar a atividade leiteira em dois anos se não houver solução para o caso neste ano. 

 

O QUE ESTÁ OCORRENDO COM O SEGMENTO
Assim com o Rio Grande do Sul, o Uruguai é um grande produtor de leite, mas, ao contrário
do Estado, também é um importante player mundial. O Uruguai tem boa parte do seu foco produtivo e industrial nas exportações. E sofreu dois revezes nesse segmento nos últimos anos, no mercado europeu e no mercado venezuelano. Em 2012, com pouco leite em pó nos estoques mundiais e o preço valorizado, o produto tornou-se ainda mais relevante para as exportações uruguaias, com foco nos países europeus e na Venezuela, por exemplo. O alimento em pó tem como grande vantagem o fácil transporte em relação ao leite fluído, o que estimula as exportações.

Em 2015, porém, a Europa extinguiu as cotas que fixavam patamares de produção para os seus produtores. A produção local aumentou, e o produto uruguaio perdeu espaço. O mesmo ocorreu com outro importante parceiro do país, mas por outro motivo. A crise econômica e política na Venezuela se agravou, a demanda caiu, e muitas empresas deram calote e não pagaram as indústrias uruguaias, e quem pagou reduziu encomendas.

Sem receber dos venezuelanos, a indústria uruguaia também parou de mandar o produto, que se avolumava em estoques já crescentes pela redução das exportações à Europa. O produto, especialmente a partir de 2016, começou a ser redirecionado ao Brasil. O Uruguai produziu 1,7 bilhão de litros de leite em 2016 e consumiu 700 milhões de litros. Segundo dados divulgados pelo próprio país, o saldo, se convertido em pó, renderia 120 mil toneladas. Só o Brasil recebeu 100 mil toneladas de leite em pó naquele ano.

Ao contrário da Argentina, que tem acordo que limita a certo volume de ingresso as exportações ao Brasil, o Uruguai não tem acordo. E, pela regras do Mercosul, não se pode impor cotas para negócios dentro de países do grupo sem um acordo.

O problema é que a balança comercial uruguaia já é deficitária em relação ao Brasil e, para negociar cotas, o Uruguai diz que ficará ainda mais desequilibrado na balança e deixará de comprar outros itens do Brasil, como eletrodomésticos e carros brasileiros, e o governo teria de também aceitar limitações uruguaias aos produtos brasileiros. (Jornal do Comércio) 

 
 A SAÍDA É ELEVAR A PRODUTIVIDADE
ANDRÉ SALLES, CEO DA LACTALIS NO BRASIL

Com passagens por Vonpar e Brasil Kirin, o carioca André Salles acaba de assumir como CEO da Lactalis no Brasil. A partir de agora à frente da maior indústria de laticínios do Estado e uma das líderes nacionais, respondeu a uma série de questionamentos de Zero Hora sobre a política da empresa em relação aos produtores, atenção à qualidade da matéria-prima e estratégia comercial. Uma das metas é aumentar em 30% a produtividade dos criadores. Francesa, a Lactalis chegou ao Estado em 2014, com a aquisição de ativos da LBR e da BRF. No horizonte, o posto de maior companhia do setor no país. Leia abaixo as principais respostas de Salles.

Crise dos preços pagos ao produtor de leite
O mercado de leites no Brasil, pela ausência de regulação dos excessos da safra (existente em outros países), opera em ciclos de alta e baixa conforme a demanda. Entendemos que no próximo mês já deveremos ter uma estabilização da produção, com retomada de valor no mercado interno.

Como chegar ao equilíbrio
O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor do Brasil, com cerca 4 bilhões de litros (ano). O consumo local é de apenas 40% desse volume. É preciso vender 60% dos volumes captados e produzidos localmente em outros Estados. Ocorre que existem outras regiões produtoras no Brasil com as mesmas oscilações em volume e necessidade de escoamento e, por vezes, os preços praticados na disputa de mercado são muito agressivos. A saída para estabilização é a melhoria da produtividade, para ter um produto final competitivo em outros Estados e, inclusive, países, com produtores bem remunerados.

"A saída para estabilização do mercado é a melhoria da produtividade, para ter um produto final competitivo em outros Estados e, inclusive, países, com produtores bem remunerados."

Perfil de produtor
Trabalhamos com 8 mil produtores no Rio Grande do Sul, de todos os perfis de volume possíveis, com leite de excelente qualidade. Cerca de 70% são produtores de até 300 litros diários. O desafio é ajudá-los a aumentar a produtividade. Para isso, criamos programa gratuito chamado Lactaleite, onde trabalhamos o aumento de 30% da produtividade média desses parceiros. Mais de 1 mil produtores no RS já aderiram, o que deve melhorar a competitividade do produto final e a rentabilidade do pecuarista.

Política de remuneração
Remuneramos por qualidade. Contabilizamos uma série de indicadores técnicos que permitem incentivar os produtores que entregam leite cru com características de pureza. Isso é indispensável para a qualidade da nossa matéria-prima e é muito importante na nossa visão de mercado.

"A Lactalis implantou uma série de análises com padrão europeu, de última geração, em suas plataformas de recebimento de leite, tão logo chegou ao Brasil.

Cuidado com fraudes
A Lactalis implantou uma série de análises com padrão europeu, de última geração, em suas plataformas de recebimento de leite, tão logo chegou ao Brasil. Passou a remunerar transportadores somente por quilômetro rodado, e não por volume transportado, o que é muito importante. Fixamos severos padrões de qualidade e manutenção nas carretas, auditadas periodicamente. Em alguns casos, inclusive, criamos rotas com caminhões próprios para demonstração do padrão exigido. Asseguramos que 100% do leite é rigorosamente analisado antes do seu recebimento nas unidades beneficiadoras. A triagem do leite nas plataformas, por meio de testes rigorosos, garante a industrialização de produtos com alto padrão de qualidade.

O que falta para o Brasil se tornar exportador de leite
Precisamos melhorar a competitividade, o que passa pelo aumento da produtividade no campo. Com assistência técnica, correta aplicação dos insumos e genética adequada é possível produzir com custos menores e ter um produtor melhor remunerado. Assim, teremos competitividade para exportar nossos produtos lácteos para outros países e regulamos o mercado interno. Temos uma ótima notícia: estamos em meio a um processo de exportação de queijos, bebidas lácteas e outros produtos lácteos produzidos no Rio Grande do Sul para Argentina e Uruguai. Isso é inédito e só será possível pela força das nossas marcas internacionais Président e Parmalat naqueles mercados. Nossa expectativa é de que esses volumes cresçam junto com a produtividade local para que possamos ajudar ainda mais na regulação do mercado gaúcho.

Importação de leite em pó pela empresa.
Isso não procede.

Marcas internacionais fabricadas no RS
O foco da empresa nesse momento é o desenvolvimento da Président, Elegê, Batavo e Parmalat. Com Président, estamos complementando nossa linha de queijos, possibilitando acesso ao consumidor a distintos tipos de queijo especiais, além de mussarela, prato, requeijão e queijos frescos.

Diferença de pagamento em relação ao mercado
O objetivo é pagar o preço do mercado. Se pagar mais, perdemos competitividade para vender os volumes que compramos de nossos produtores. Se pagamos menos, o produtor perde rentabilidade e corre o risco de ter que baixar a produção. Nosso objetivo não é ter uma política agressiva. Ao contrário. Queremos desenvolver a produção de nossos fornecedores reduzindo o custo por meio da assistência técnica, da disponibilização de insumos com preços competitivos, de excelente qualidade e com desconto na folha de pagamento através do nosso Clube do Produtor de Leite Lactalis. Nos orgulhamos de adquirir mais de 900 milhões de litros de leite apenas no RS, o que representa quase um quarto de todo o leite do Estado, e vendemos 80% desse volume, ou seja, cerca de 720 milhões de litros de leite, em produtos lácteos para outros Estados. Sabemos da nossa importância para o equilíbrio da produção local e, por isso, fizemos do Rio Grande do Sul nossa principal base "exportadora" de leite no país.

Aquisições, após tentativa de comprar a Vigor
A Lactalis não comenta rumores de mercado. Por outro lado, podemos assegurar que nossa visão é ser a maior empresa de lácteos no Brasil e, neste momento, nossa prioridade é consolidar nossas atividades atuais. (Zero Hora)

 

"EM UM MÊS, A INDUSTRIA PERDEU R$ 200 MILHÕES EM FATURAMENTO E, OS PRODUTORES R$ 100 MILHÕES" ALEXANDRE GUERRA PRESIDENTE SINDILAT" (Zero Hora)

Porto Alegre, 08 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.580

 

  Entidades defendem aquisições públicas

Um grupo de entidades, formado pelo Sindilat, Farsul, Fetag, Apil e Famurs, se reunirá, na próxima terça-feira, em Brasília, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para reforçar o pedido de compras governamentais de leite produzido no país. A cadeia produtiva quer que o poder público adquira 50 mil toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros de leite UHT para enxugar o mercado e deter a queda dos preços. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diz que o assunto já foi tratado com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, mas que agora Padilha será procurado porque é "uma peça importante para a tomada de decisão". Segundo o dirigente, "a compra governamental tem que ser urgente" porque "é a única solução imediata para tirar a pressão de baixa sobre os preços do produto". Segundo Guerra, o consumo de leite no país continua em queda, sobretudo, da variedade UHT, o que poderá provocar uma nova retração nos valores pagos ao produtor em setembro. De acordo com o Conseleite, os preços de referência registram redução desde maio. O valor atual é projetado em R$ 0,9006 por litro. Diante deste cenário, Guerra alerta que os produtores vão continuar desistindo da atividade. "No ano que vem, ao contrário do que acontece hoje, poderemos ter falta de leite, criando um desequilíbrio enorme na cadeia", adverte. 

Na reunião com Padilha, segundo o deputado Covatti Filho, também devem estar presentes entidades de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás. (Correio do Povo)
 

Por enquanto a Europa ganha da Oceania a batalha pelo preço da manteiga

A Europa parece estar ganhando da Oceania na luta pelo preço da manteiga. Mas a luta pelo mercado de leite em pó integral parece menos incerto, depois dos resultados go GlobalDairyTrade (GDT) de ontem. O primeiro GDT de setembro apresentou um ganho geral de 0,3% - o primeiro desde o segundo evento de julho.

A elevação foi reflexo da retomada do preço da manteiga, que ficou a apenas US$ 50/tonelada para atingir o recorde de julho. O ganho parece que foi a favor da matéria gorda, por enquanto, aumentando a crescente disparidade do valor da manteiga, que se consolida no mercado chave da Europa, enquanto apresenta menor força na Oceania.

Os preços da manteiga continuam a subir
"Na Europa, os preços da manteiga continuam subindo", disse o Conselho dos Produtores de Leite neste final de semana, observando a disparidade com o mercado dos Estados Unidos da América (EUA), onde os valores no mercado spot de terça-feira caíram para um mínimo de 250 centavos o pound, chegando ao valor de dois meses atrás. A própria Fonterra, no início do leilão, percebeu "a forte demanda por manteiga que mudou o mix dos produtos" da cooperativa, para fabricar mais do produto em detrimento da manteiga anidra de leite. Ao final, a Fonterra na semana passada reduziu em 5.500 toneladas, ou 6,5%, o volume ofertado de manteiga anidra de leite a ser vendido no GDT, diante da procura por manteiga.

Queda no preço de leite em pó
No entanto, as cotações do leite em pó integral no GDT, o produto mais vendido no leilão, caíram 1,6%, fechando em US$ 3.100/tonelada. Um desempenho abaixo do mercado spot na bolsa de futuros da Nova Zelândia. "No futuro a previsão é de aumento nos preços do leite em pó integral no leilão", havia dito Tobin Gorey do Commonwealth Bank of Australia (CBA) antes do evento de terça-feira, embora tenha acrescentado, no entanto, as incertezas que cercam as previsões do GDT, "como foi o caso dos últimos leilões". (Agrimoney - Tradução Livre: Terra Viva)

Leite A2

'Mais fácil de digerir' de acordo com seus promotores, o queijo feito de leite que contém proteína 'ß-caseínas A2' avança no mercado dos países anglo-saxões enquanto suas virtudes são contestadas pelos europeus. Um verdadeiro leite 100% fácil de digerir. É o slogan da empresa da Nova Zelândia A2 Milk Company, que já se estabeleceu nos Estados Unidos, na China e no Reino Unido. As redes de supermercados Waitrose, na Inglaterra e Whole Foods nos Estados Unidos endossaram a ideia: o leite A2 eliminaria o inconveniente que afeta uma grande parte da população que digere mal o leite.

O marketing da A2 Milk Company é feito de vídeos* com depoimentos de consumidores, principalmente asiáticos, cuja dificuldade de digerir o leite é conhecida. Os entrevistados narram sua felicidade de finalmente beberem leite sem qualquer desconforto. Até 12 milhões de pessoas no Reino Unido dizem que têm problemas para digerir leite, agora seus problemas acabaram, anuncia a empresa, que por enquanto não comercializa na Europa. (Estadão)

Projeto de Lei 

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6901/17, do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que altera o limite de leite vendido por agricultor familiar ao governo pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Pela proposta, o limite deverá garantir a compra de, no mínimo, 150 litros de leite diários comercializados por cada agricultor familiar. O limite estabelecido hoje na Lei 12.512/11 é de R$ 4 mil semestrais para cada produtor de leite. A lei estabeleceu regras do PAA, usado para comprar produtos da agricultura familiar e distribuí-los por meio das ações governamentais de combate à fome.

Segundo Lima, o limite atual desestimula o produtor e não viabiliza a ampliação da capacidade produtiva. "Essa limitação desestimula a produtividade rural, penalizando aqueles que, acreditando na estabilidade das regras do programa, investiram na produção, adquirindo animais", disse. O senador afirmou que uma única vaca leiteira pode produzir o suficiente para atingir o teto estabelecido na lei. O limite atual, segundo Lima, diminuiu em quase 80% o número de fornecedores de leite para o PAA na Paraíba. "A redução da capacidade instalada de produção de leite irá resultar em desemprego no campo e redução da qualidade de vida das populações urbana e rural", afirmou Lima.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e regime de prioridade e será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. CLIQUE AQUI para acessar a íntegra da PL-6901/2017. (Agência Câmara)

Delegacia do RS tem novo chefe
O novo superintendente regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Rio Grande do Sul é o auditor fiscal federal agropecuário Bernardo Todeschini. Funcionário do quadro do ministério desde 2002, o veterinário chefiou durante quase uma década o Serviço de Saúde Animal do Mapa, com períodos de afastamento para estudos no exterior. Todeschini assume a vaga deixada por Roberto Schroeder, que estava no cargo desde agosto de 2015 e vai, nos próximos meses, se tornar adido do ministério no exterior. "A renovação na superintendência é um ato dentro da normalidade e eu agradeço estar recebendo a estrutura do meu colega em condições de funcionamento e organização que me facilitarão muito o trabalho", destaca Todeschini. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 06 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.579

 

Produtores de leite debatem gestão da propriedade rural na cidade

 Produtores de leite do município participaram de encontro promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), prefeitura e secretaria municipal do Desenvolvimento Rural para debater a gestão sustentável da propriedade, na última quinta-feira, dia 31 de agosto. O local escolhido para o encontro foi a propriedade rural da família Santini, no distrito de Pains, com uma programação que priorizou a troca de experiências entre os leiteiros e debate técnico relacionado a aspectos relevantes da propriedade. 

"No caso, na propriedade dos Santini, um dos mais importantes enfoques é a gestão, tema que vem ao encontro do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar da secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e executado pela Emater, visando promover a gestão e a adequação socioeconômica e ambiental das propriedades rurais familiares", explica o extensionista do escritório municipal da Emater, médico-veterinário Ricardo Machado. Segundo ele, desde 2011, a propriedade dos Santini opera com a gestão rural e os resultados são muito concretos. "Viabilizou a sucessão familiar de maneira muito positiva, sendo que já estão na quarta geração de leiteiros na família e, além disso, na área de 40 hectares da propriedade, atualmente os ganhos de renda chegam a aproximadamente R$ 20 mil mensais", exemplifica Machado. 

Durante o encontro, o extensionista conta que houve reflexão dos participantes sobre como chegar a esse índice produzindo leite a pasto, que é uma das atividades ecologicamente viáveis na nutrição dos animais. "Houve muita conversa, relato do histórico e apresentação dos números dessa gestão sustentável demonstrada pela família Santini", relata o técnico. Para a supervisora do escritório regional da Emater de Santa Maria, Auria Schroder, o processo de gestão é elemento fundamental para os produtores familiares. 
 
"O processo de gestão da propriedade permite a tomada de decisão quanto aos investimentos com maior segurança, bem como os indicadores técnicos orientam intervenções no sistema produtivo, sendo importante observar que, na propriedade visitada, as decisões são tomadas a partir do consenso entre os membros da família, depois de muita análise e amadurecimento das ideias", avalia.
 
O grupo de produtores, que chegou a 20 pessoas, ainda fez uma caminhada de reconhecimento na propriedade rural visitada, quando observaram as pastagens, os manejos, os plantios e a adoção do sistema silvipastoril, entre outras tecnologias adotadas e que são orientadas pela Emater. Esteve presente no evento um dos coordenadores regionais do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, o assistente técnico do escritório regional da Emater de Santa Maria, engenheiro agrônomo Pedro Urubatan Neto da Costa. (Jornal do Comércio)
 

 China compra mais, mas oferta maior segura preço de lácteos

Variáveis opostas no mercado internacional de lácteos têm segurado os preços do leite em pó integral - o produto mais negociado do segmento - numa faixa entre US$ 3.000 e US$ 3.300 por tonelada e limitado as oscilações. Ontem, no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), o índice de preços dos lácteos, que compreende uma cesta de produtos, teve leve alta, de 0,3%, para US$ 3.323 por tonelada. Embora o índice tenha registrado valorização, a cotação do leite em pó integral caiu 1,6%, para US$ 3.100 por tonelada. O leite desnatado recuou 1,2%, para US$ 1.944 por tonelada. A ligeira alta no índice foi garantida pelo aumento dos preços de outros lácteos, como a manteiga (alta de 3,8%) e a gordura láctea anidra (avanço de 3,6%). Os preços do leite integral no leilão GDT têm oscilado entre US$ 3.000 e US$ 3.300 desde o início do ano, à exceção de um período de maior pressão entre fevereiro e começo de maio. 

Ainda que haja indicadores de aumento da demanda, com a volta da China às compras, há aumento na produção de leite dos principais países produtores, o que explica o comportamento do mercado, diz Valter Galan, analista da consultoria especializada MilkPoint. Entre janeiro e julho deste ano, o país asiático importou 496 mil toneladas de leite em pó integral e desnatado, alta de 11% sobre igual período de 2016 (quase 50 mil toneladas adicionais). Considerando só o mês de julho, o país importou 41 mil toneladas de leite integral (ante 25 mil em julho de 2016) e 26 mil toneladas de leite desnatado, o dobro de um ano antes, conforme dados compilados pelo MilkPoint. Os país também ampliou as importações de queijo e de manteiga de janeiro a julho. Para Galan, os dados indicam que a China está "efetivamente voltando ao mercado de lácteos, não só leite em pó", o que pode sinalizar alta do preço internacional. Em contrapartida, há fundamentos que indicam recuo dos preços, como a alta da produção e de estoques em exportadores, observou. Conforme dados compilados pela consultoria, entre janeiro e julho a produção de leite no Uruguai subiu 6,9% na comparação com o mesmo período anterior. Na Argentina, a alta foi de 0,4% em igual comparação e nos EUA, de 1,5%. 

Na Nova Zelândia, a alta foi de 3,9% de janeiro a junho - só em junho, foi de 20,4% - e na União Europeia, houve queda de 0,7%. Além disso, os estoques de leite desnatado cresceram na UE, para 385 mil toneladas (eram de 332 mil toneladas em igual momento de 2016). Nos EUA subiram para 135 mil toneladas (eram de 105 mil toneladas). "Se de um lado, a China aponta para avanço da demanda, do outro a produção e os estoques apontam para arrefecimento de mercado", afirma Galan. (Valor Econômico)

 
  
Os produtos lácteos estão preparados para o futuro - mas somente se aproveitarmos o momento globalmente

A indústria de laticínios desempenha um papel fundamental na alimentação em todo o mundo e deve responder de forma dinâmica e com força a nível global àqueles que desafiam sua integridade nutricional e ambiental, de acordo com a Dra. Judith Bryans, presidente da Federação Internacional de Laticínios. Em palestra na Conferência Anual da Associação da Indústria de Laticínios da China, realizada em Hohhot, Mongólia Interior, a Dra. Bryans disse que o aumento da demanda por produtos lácteos em todo o mundo oferece múltiplas oportunidades que precisam ser aproveitadas.
 
De acordo com a Dra. Bryans, "o leite é uma das commodities mais produzidas e valiosas negociadas globalmente. Dia após dia, os produtos lácteos fornecem nutrição e valor, e, como tal, enriquece a vida das pessoas. Quando as Nações Unidas estabeleceram seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como uma chamada universal para a ação, ficou claro que a indústria láctea era parte da solução em ajudar a atingir uma série desses objetivos em torno da nutrição, pessoas saudáveis, um planeta saudável, ajudando a tirar as pessoas da pobreza e da fome e capacitar as mulheres que podem, então, capacitar suas próprias famílias.

"Então, se somos parte da solução, devemos ter oportunidades e estar prontos e equipados para participar delas. Sabemos que a população mundial está crescendo e atingirá a marca de mais de 9 bilhões até 2050. Sabemos que a demografia mundial está mudando e que, em breve, teremos no mundo uma quantidade maior de pessoas idosas do que o número de novos nascimentos. Sabemos que, à medida que as pessoas prosperam, seu desejo de consumir produtos lácteos aumenta.

"Os produtos lácteos têm um importante papel no atendimento dessas necessidades, se tivermos os produtos e ingredientes certos e se as pessoas entenderem os benefícios destes produtos". Para nos adequarmos ao futuro, precisamos continuar sendo inovadores e garantir que tenhamos os produtos certos disponíveis e que sejam culturalmente aceitáveis, nutritivos, seguros, sustentáveis e acessíveis, além de serem entregues de forma a tornarem-se relevantes para a vida de nossos consumidores. Isso variará de país para país, continente para continente. Nunca devemos ser condescendentes e nos esquecermos de dizer aos consumidores por que somos importante para eles e para o mundo".

"Os produtos lácteos têm sido reconhecidos pela capacidade de prover uma nutrição de alta qualidade, mas o setor está sendo atacado por grupos anti-lácteos e defensores de alternativas baseadas em produtos vegetais. Nossas credenciais ambientais também estão sendo questionadas. Como setor, sabemos que temos um motivo forte para expormos aos formuladores de políticas o motivo pelo qual as fazendas de laticínios e os produtos lácteos devem ser parte integrante da alimentação do mundo e ajudar a atender os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis das Nações Unidas. É essencial que façamos isso em todas as oportunidades".
A Dra. Bryans também disse à conferência que há otimismo nos mercados mundiais de lácteos no momento, mas a ressalva é que os mercados de laticínios sempre experimentaram uma volatilidade cíclica. Isso pode ter efeitos profundos sobre os produtores e processadores de leite. Ela acrescentou: "Precisamos continuar desenvolvendo uma série de ferramentas para ajudar nossos produtores de leite nos períodos difíceis". (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

  

Emater/RS-Ascar lança programa regional White Gold para aumentar produção leiteira
A bovinocultura de leite é de fundamental importância socioeconômica para a agropecuária do Alto Uruguai. Visando aumentar a produção leiteira, que hoje é de 300 milhões de litros de leite por ano, envolvendo nove mil produtores, com rebanho de 87 mil vacas, a Emater/RS-Ascar lançou o Programa Regional White Gold. A produtividade média da região, de 11 litros/vaca/dia, é considerada baixa. O programa tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento sustentável da bovinocultura de leite na região do Alto Uruguai gaúcho, melhorando a nutrição do rebanho, a reprodução, criação da bezerra, qualidade do leite e gestão das granjas. De acordo com assistente técnico regional em Sistemas de Produção Animal da Emater/RS-Ascar de Erechim, engenheiro agrônomo Vilmar Fruscalso, doutorando na área de Agroecossitemas, a intenção é focar nestas linhas de atuação que serão monitoradas. Inicialmente, o programa será implantado em 16 granjas leiteiras que serão Unidades de Referência para os demais produtores da região. Na área de nutrição, o programa atuará na implantação, planejamento e manejo das pastagens, alimentos conservados (silagem e feno), alimentos concentrados, com dietas balanceadas. Na avaliação de Fruscalso, a nutrição é ineficiente, pois, no momento, a oferta de pastagens é insuficiente para atender o rebanho. Em relação à criação da bezerra, as ações serão acompanhadas desde o nascimento ao desaleitamento. Na área de reprodução, os trabalhos vão focar na escolha da raça, sanidade e inseminação, entre outros fatores. As ações do programa são direcionadas para a qualidade do leite, definida por parâmetros físico-químicos e microbiológicos, que vão desde o manejo até a Contagem de Células Somáticas (CCS). Quanto ao planejamento e à gestão da atividade leiteira, o programa tem ações no controle econômico e financeiro, de desenvolvimento da bezerra, controle sanitário, leiteiro e reprodutivo. (Emater)

Porto Alegre, 05 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.578

 

Leilão GDT tem seu maior volume de negociações no ano, mas preços seguem estáveis

No leilão da Global Dairy Platform (GDT) desta terça-feira (05/09), os preços médios dos derivados lácteos praticamente não alteraram, fechando em US$3.223/tonelada, pequena elevação de 0,3% em relação ao último leilão. 

O destaque positivo ficou para a lactose, que vinha em seguidas desvalorizações desde maio, e subiu 5,1% em relação ao último leilão. Já o leitelho destoou das demais gorduras, e caiu de US$2.198/tonelada no último leilão para US$2.026/tonelada, uma queda de mais de 10%. 

O leite em pó desnatado segue seu descolamento em relação ao integral, com patamares de preços consideravelmente baixos. Nesse leilão, amargou sua 4ª queda (1,2%) nos últimos cinco leilões, fechando a US$1.944/tonelada. 

O leite em pó integral, por sua vez, retraiu 1,6% em relação ao último leilão, e vem mantendo uma certa estabilidade nos preços, fechando pelo 5ª leilão consecutivo na casa dos US$3.100/tonelada. (MilkPoint/GDT)

 
 

 
EEX e GDT avaliam novo mecanismo de leilão para produtos lácteos na Europa

A European Energy Exchange (EEX) e a Global Dairy Trade (GDT) assinaram uma carta de intenção para avaliar a possibilidade de trabalhar em conjunto para criar e operar um mecanismo de leilão para produtos lácteos originários da Europa. 

A Global Dairy Trade opera os GDT Events, um leilão de descoberta de preço público para produtos genéricos de grande volume, realizado duas vezes por mês. Trata-se do principal leilão de produtos lácteos do mundo, com mais de 520 licitantes registrados de mais de 80 países.

A oferta da EEX para os produtos lácteos europeus inclui futuros estabelecidos financeiramente em leite em pó desnatado, manteiga e soro do leite em pó. Desde o lançamento de produtos agrícolas em meados de maio de 2015, o mercado de derivativos EEX para produtos lácteos registrou continuamente novos volumes recordes e mostrou crescimento constante, tornando-se o principal mercado de câmbio para gestão de risco de lácteos na Europa.

Nos próximos meses, a EEX e a GDT consultarão os compradores e vendedores de produtos lácteos sobre a possibilidade de oferecer em conjunto a descoberta de preços para os produtos lácteos europeus através de um mecanismo de leilão credível designado para o mercado europeu. "Acreditamos que nossa proposta pode beneficiar significativamente a cadeia de valor de produtos lácteos, fornecendo outro canal de negócios para exportações, bem como potencialmente criando dados subjacentes para novos instrumentos de gestão de risco. Com sua experiência em leilões de lácteos, a Global Dairy Trade é o parceiro ideal para esse projeto", disse Sascha Siegel, Chefe de Commodities Agrícolas da EEX.

Eric Hansen, diretor da Global Dairy Trade, disse: "A EEX é altamente respeitada e a única operadora do mercado europeu que registra um número significativo de contratos futuros de produtos lácteos. Estamos ansiosos para explorar o potencial de uma iniciativa conjunta que nos permita atender melhor às necessidades dos compradores e vendedores europeus. Esta iniciativa constitui uma parte importante da nossa atual estratégia de crescimento". (As informações são da Global Dairy Trade, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Languiru serve de inspiração para cooperativismo no Paraguai

 Colônias Unidas entregou placa de agradecimento pela receptividade da Languiru - Foto: Éderson Moisés Käfer
A busca de novos conhecimentos é sinônimo de evolução, e foi com essa finalidade que, no mês de agosto, a Cooperativa Colônias Unidas, do Paraguai, viajou mais de três mil quilômetros para chegar até o município de Teutônia, sede da Cooperativa Languiru. Diferentes motivos estimularam agricultores e membros da diretoria a visitarem a cooperativa teutoniense. O primeiro aspecto citado pelo grupo foi o protagonismo da Languiru no agronegócio do Rio Grande do Sul. Outro objetivo foi se inteirar sobre a cadeia produtiva da avicultura, visto que pretendem constituir modelo integrado de produção de frangos no Paraguai. O terceiro fator lembrado pelos paraguaios foi o de conhecer o lugar de origem de seus antepassados, depois de terem ouvido histórias de pais e avós sobre as colônias antigas de Estrela e Teutônia - inclusive, alguns integrantes da comitiva ostentavam sobrenomes comuns no Vale do Taquari, como Schäeffer e Horn. Além de agricultores, também fizeram parte da comitiva integrantes dos Conselhos Fiscal e de Administração da Colônias Unidas. No Estado, os paraguaios ainda cumpriram agenda em cooperativas de Encantado, de Carlos Barbosa e de Bento Gonçalves.

Propriedade rural e unidades industriais
Acompanhados por profissionais do Departamento Técnico da Languiru, o grupo seguiu para a localidade de Linha Frank, em Westfália. No município, visitaram a propriedade rural do produtor de aves Vilson Gutjar, onde trocaram ideias sobre a criação de frango de corte e conheceram as instalações do aviário. Em seguida, o grupo rumou para Teutônia, onde foi dada continuidade à programação de visita na Indústria de Laticínios. Conduzidos pela encarregada da qualidade Patrícia Haas e pela analista de qualidade Raquel Jahn, os paraguaios foram divididos em duas turmas e circularam pelo complexo da unidade industrial. O grupo visualizou a chegada do leite, compreenderam os procedimentos de análise da qualidade, viram as linhas de produção e o processo de acondicionamento do leite UHT. No turno da manhã, os paraguaios ainda conheceram a loja do Agrocenter Languiru - Ferragens, Ferramentas e Máquinas, onde ficaram admirados com a variedade de produtos à disposição da comunidade. À tarde o grupo seguiu para Poço das Antas, onde conheceram o Frigorífico de Suínos. Acompanhados pelo coordenador do Setor de Suínos do Departamento Técnico, Beto Markus, os paraguaios foram conduzidos pelo supervisor de qualidade André Frühauff e pelas analistas de qualidade Patrícia Engster e Marli Haefliger. O grupo elogiou a modernidade da estrutura e acessou setores como abate, desossa, industrializados e expedição.

Números e imagens
O roteiro foi concluído na Sede Administrativa, em Teutônia, onde foram recebidos pelo vice-presidente da Cooperativa Languiru, Renato Kreimeier. No auditório, os paraguaios assistiram ao vídeo institucional e visualizaram fotos de unidades industriais, comerciais, administrativas e granjas. Kreimeier também falou do processo de colonização alemã e como ela influenciou na consolidação dos princípios cooperativistas no Vale do Taquari. O vice-presidente ainda tratou de particularidades de cada setor, as opções de produção e vantagens oferecidas aos associados. Enfatizou que a cooperativa busca o desenvolvimento sustentável regional.

"Me senti realizado"
A tradição e o momento do cooperativismo gaúcho impressionaram os paraguaios. Segundo o membro do Conselho de Administração da Colônias Unidas, Eugênio Schöller, a logística que envolve o quadro social e a Área Comercial da Languiru chamou atenção. O conselheiro lembrou que as duas cooperativas surgiram para combater as mesmas dificuldades. "Também costumamos ajudar famílias menos favorecidas em nosso país. Notei que ainda podemos crescer muito, considerando que temos área de terras, tecnologia e gente que quer trabalhar. Me senti realizado em conhecer a Languiru", afirmou. Schöller destacou a organização e limpeza das unidades industriais, além da longevidade da cooperativa teutoniense. "Posso assegurar que, em se comparando ao nosso país, é muito bom o serviço prestado aos produtores rurais e clientes da Languiru", definiu.

Languiru mostrou o caminho
O agricultor Valdecir Lasch se surpreendeu com a quantidade de leite industrializada pela Laticínios e com o número de abates no Frigorífico de Suínos. Conforme o plantador de grãos, a segurança em ter onde depositar a produção é o maior legado de uma cooperativa. "No Paraguai somos competitivos e percebemos que agregar valor é o futuro do agronegócio. Vocês nos mostraram o caminho. Quem sabe, um dia, chegamos no nível da Languiru", agradeceu.

Planejamento Estratégico
O assessor administrativo da Colônias Unidas, Alceu Van Der Sand, observou que a estratégica de buscar distribuir as principais atividades de forma equitativa é interessante no sentido de proporcionar segurança econômica à instituição. "A Languiru tem um planejamento estratégico muito claro. Muito interessante a preocupação com a redução da idade média do quadro social", enalteceu. Para o professor do curso de Economia da Unijuí, o cooperativismo exerce papel fundamental no desenvolvimento das comunidades quando visto como alternativa de desenvolvimento local. "Atualmente, o sistema tem se mostrado como uma das mais importantes alternativas de geração e distribuição de riquezas nas regiões onde está inserido", ressaltou.
    
Cooperativa Colônias Unidas
Fundada em 1953, a Cooperativa Colônias Unidas conta com 3,8 mil agricultores associados, que trabalham com produções de soja, leite, trigo, milho, canola, sorgo e erva-mate. A sede da cooperativa fica na cidade de Obligado, Estado de Itapúa, no Sul do Paraguai. São 13 colônias germânicas onde as propriedades rurais possuem, em média, 60 hectares. A Colônias Unidas mantém um porto no Rio Paraná, por meio do qual expedem a produção de grãos até o Rio da Prata, na Argentina. Também acompanharam o grupo o membro do Conselho Fiscal da Colônias Unidas, Alfredo Müller, e o gerente de comunicação e educação cooperativista da cooperativa paraguaia, Juan Angel López. (Assessoria de Imprensa Languiru) 
 

Manteiga/Portugal e Europa - Se os preços da manteiga estão cada vez mais altos, por que o mesmo não acontece com o leite?
O preço da manteiga atingiu, na semana terminada a 27 de Agosto, a média de 618 euros por cem quilos no mercado da União Europeia - está agora 43,7% mais cara do que estava na primeira semana deste ano. É uma tendência crescente dos últimos meses, que não é acompanhada na mesma escala para a matéria-prima, o leite. Em Portugal, segundo os dados do Sima - Sistema de Informação de Mercados Agrícolas, do Gabinete de Planejamento, de Políticas e Administração Geral (GPP) do Ministério da Agricultura, o preço da manteiga na saída da fábrica atingiu a média de 542,67 euros por cada 100 quilos, uma variação de 21,5% em comparação a Junho anterior, de 114,2% em relação a Julho de 2016 e de 78% face ao quinquênio de 2012 a 2016. Ao consumidor final, hoje, um quilo de manteiga de marca da indústria nos supermercados nacionais está entre 5,6 euros, [R$ 20,78/quilo], e 6,76 euros, [R$ 25/quilo], na sua versão "básica", sem enriquecimento de qualquer tipo, vendida normalmente em pacotes de 250 gramas. "A manteiga, a matéria gorda do leite", explica Paulo Costa Leite, diretor-geral da Associação Nacional de Industriais de Laticínios (ANIL), "foi a categoria de produtos lácteos que melhor comportamento teve durante a crise do setor dos últimos anos, não tendo o seu preço manifestado a volatilidade de outras categorias, em especial o leite em pó desnatado". A manteiga resulta da padronização da gordura durante o processamento do leite líquido. Mundialmente, o preço de referência mais comum é o do leite em pó (desnatado ou integral), porque é aquele que, após ser "seco", dura mais tempo, pode ser armazenado e transportado com muito menos custos e é processado pela indústria agro-alimentar na produção de novos produtos. (Publico.pt)
 

Porto Alegre, 04 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.577

 

PUB do Queijo é inovação que deu certo na Expointer

Crédito: Carolina Jardine
Estreando na Expointer 2017, o PUB do Queijo garantiu aos visitantes da feira uma alternativa de alta gastronomia em um ambiente acolhedor em plena "terra do churrasco". Durante os nove dias da exposição, foram consumidos mais de 500 quilos de queijo. Uma das atrações especiais que chamou a atenção de quem passou por lá foram as brusquetas finalizadas com o fogo do maçarico. Mais do que uma explosão de sabor, elas encantaram os olhos de quem viu o chef Alexandre Reolon em ação. "O projeto foi um sucesso. Tivemos casa cheia e grande aceitação, o que nos garante que a proposta, sim, encaixa-se no perfil da Expointer. O PUB do Queijo só tem a crescer", destacou o presidente do Sindicado da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. A iniciativa foi realizada pelo Sindilat com apoio de Fetag, Farsul, Seapi, Apil, Ocergs, AGL, Fundesa e demais entidades do setor lácteo.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o PUB do Queijo também foi uma opção diferenciada para receber eventos empresariais e encontros de negócios. "Tivemos aqui um espaço de integração, onde as pessoas puderam sentar, conversar com tranquilidade e degustar diferentes variedades de queijo. Foi um lugar para sentar e relaxar em meio à correria do Parque de Exposições Assis Brasil. Quem veio gostou e voltou", reforçou Palharini, lembrando das apresentações de violino que deram um toque de sofisticação à programação do PUB.

Além do PUB, a Boutique do Queijo também agradou, permitindo que os clientes levassem para casa seus rótulos favoritos. "Aqui, o consumidor encontrou em um só lugar o que há de melhor nos queijos produzidos no Rio Grande do Sul, uma mostra do potencial e diferencial das nossas indústrias", salientou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

Levantamento da Emater mostra aumento da produtividade por propriedade


Foto: Vitorya Paulo
Um diagnóstico do setor leiteiro feito pela Emater indica que a produtividade por propriedade aumentou 24,9% no Rio Grande do Sul nos últimos dois anos. Em 2017, os produtores gaúchos produziram 178 litros por propriedade por dia. Em 2015, a média era de 142 litros. O dado faz parte do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul - 2017, apresentado nesta sexta-feira (1º/9) à tarde, na 40ª Expointer. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) é um dos patrocinadores da publicação.

Outra evolução é o aumento da produtividade por vaca, que saltou de 11,7 litros por vaca/dia para 12 litros. Em contrapartida, o estudo mostrou que o número de produtores vinculados à indústria reduziu 22,6%, caindo de 84 mil para 65 mil produtores, e que o rebanho também teve redução de 9,5%. Entretanto, no mesmo período, o volume de leite produzido reduziu apenas 2%. "Estes números mostram que o contingente de produtores que permaneceu na atividade foi capaz de produzir praticamente o mesmo volume", avalia o zootecnia Jaime Ries, extensionista da Emater. 

Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, esta concentração de um maior volume de leite em um número menor de produtores é natural e uma tendência no mundo inteiro. "Profissionalizar a produção de leite é a forma de nos tornarmos competitivo", afirmou, lembrando que a indústria tem se tornado cada vez mais rigorosa. "Nós concorremos em uma economia globalizada, onde as exigências passam a ser internacionais", acrescenta. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Coreia do Sul expande participação no mercado de queijos

A Coreia do Sul, já um importante mercado de queijos dos EUA, tem um enorme potencial para crescimento futuro. Mas em um mercado global cada vez mais competitivo, os fornecedores dos EUA precisarão tomar medidas para garantir uma maior participação na demanda crescente. E os próprios Estados Unidos devem manter condições competitivas de acesso ao mercado garantidas através do Acordo de Livre Comércio dos Estados Unidos-Coreia do Sul (KORUS). Às vezes, apontar o óbvio é necessário, dados os desafios envolvidos.

O KORUS, implementado em 2012, tem sido fundamental para o crescimento dos EUA no mercado coreano de queijo, mas a Coreia do Sul é uma das 13 nações apontadas pela administração de Trump como tendo um superávit comercial significativo com os Estados Unidos.

Em julho, o escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) solicitou uma sessão especial do comitê conjunto do KORUS para revisar o acordo, incluindo "possíveis emendas e modificações". Essa sessão ocorreu em 22 de agosto, e o escritório do USTR disse que as discussões continuariam nas próximas semanas.

O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) tem defendido agressivamente a importância do KORUS em várias apresentações ao governo dos EUA nos últimos meses. Como observado nos comentários apresentados sobre o déficit comercial dos EUA, "sem o KORUS, as exportações de queijo dos EUA para a Coreia estarão sujeitas à tarifa pré-acordo de livre comércio de 36%, enquanto todos os nossos principais concorrentes poderiam manter o transporte de milhões de quilos de queijo livre de impostos".

Os outros três principais fornecedores de queijos do mundo - Austrália, União Europeia (UE) e Nova Zelândia - possuem seus respectivos acordos comerciais com a Coreia do Sul. "Todos os três acordos de livre comércio de nossos concorrentes, em última instância, eliminam completamente as tarifas de queijo, além de fornecer um amplo acesso para uma grande gama de outros produtos lácteos", comenta.

Importante cliente de queijo dos Estados Unidos
O KORUS é fundamental para a competitividade das exportações dos EUA na Coreia do Sul e a Coreia do Sul é um mercado-chave para o crescimento das exportações de produtos lácteos dos EUA, particularmente no setor de queijos. Aqui estão os fatos sobre o queijo:

- A Coreia do Sul é o mercado de exportação de queijo número dois dos EUA depois do México.

- As vendas de queijo dos EUA para a Coreia do Sul totalizaram quase 94 milhões de libras (42,64 milhões de quilos) em 2016, cerca de 15% das exportações totais de queijo dos EUA.

- As vendas de queijo dos EUA para a Coreia do Sul estão aumentando em 2017, um aumento de 48% durante o primeiro semestre de 2017, em comparação com janeiro a junho de 2016.

- O USDEC estima que o comércio total de queijos da Coreia do Sul aumentará em 27%, de 2015 a 2021, com o crescimento mais forte projetado para cheddar para processamento e queijo natural para food service e varejo (+34 por cento cada).

Os números de demanda são fortes, mas também geram concorrência. Em 2015 e 2016, os fornecedores dos EUA perderam participação para os concorrentes, em parte devido a um diferencial desfavorável entre os preços dos EUA e internacionais.

Alguns fatores do mercado apoiam os negócios dos EUA. A Nova Zelândia, por exemplo, tem capacidade limitada de produção de queijo e um foco maior no leite em pó e na China. Além disso, a demanda coreana está fortemente inclinada para queijo de pizza, queijo cremoso e cheddar para processamento - os principais pontos fortes da indústria dos EUA.

Mas mesmo com essas vantagens e até mesmo com o KORUS, os fornecedores dos EUA precisarão fazer seu jogo para se defender e aumentar a participação no mercado de importação de queijos da Coreia do Sul.

Elevando o jogo dos Estados Unidos
Os esforços destinados a melhorar a posição dos EUA como um fornecedor parceiro preferido percorreriam um longo caminho para ajudar os fornecedores dos EUA a superar períodos de preços desfavoráveis e a elevar a competitividade dos EUA. Não por coincidência, esses esforços fazem parte da estratégia recentemente anunciada do USDEC para aumentar as exportações de produtos lácteos dos EUA - de cerca de 15% do fornecimento anual de leite para 20% - chamado de "The Next 5%" ['Os Próximos 5%'].

A estratégia The Next 5% apoia táticas destinadas a ajudar os fornecedores de produtos lácteos dos EUA a se tornar mais localizados, centrados no cliente e orientados para a demanda, em vez de serem orientados à oferta. No queijo para a Coreia do Sul, isso inclui:

- Melhorar a presença dos EUA no mercado através de visitas mais frequentes à Coreia do Sul para reuniões presenciais ou, de preferência, investir em pessoal no país.

- Melhorar o atendimento ao cliente, como suporte técnico ou soluções de cadeia de fornecimento. Um concorrente dos EUA não só possui um escritório de vendas na Coreia, mas recentemente começou a armazenar o produto no país para facilitar os tempos de vendas.

- Promover a inovação, com ênfase em produtos feitos especificamente para o mercado. Outro concorrente dos Estados Unidos trabalhou com a Lotteria (maior franquia de hambúrguer da Coreia do Sul) para desenvolver um hambúrguer com uma fatia de muçarela extra que é empanada, frita e comida como uma camada adicional em um hambúrguer. O marketing para o sanduíche, chamado "Mozzarella in the Burger", enfatizou a elasticidade do queijo e fez um grande espetáculo ao consumidor quando estreou no início deste ano.

- Enfatizar a parceria entre os EUA e a Coreia. Assim como os fornecedores dos EUA fizeram no México quando as questões sobre o futuro do Acordo de Livre Comércio da América do Norte começaram a surgir, a indústria de lácteos dos EUA deve enfatizar que aprecia os fortes laços comerciais com a Coreia do Sul, respeita as necessidades de lácteos do país e os relacionamentos existentes construídos durante anos. 

O aumento dos preços do queijo da UE e da Oceania nos últimos meses reforçou a competitividade dos EUA neste ano. A manutenção do acesso ao mercado do KORUS melhora a imagem dos EUA e o mantêm com um fornecedor de portfólio diversificado com produtos de valor agregado. (MilkPoint)

 

NOVOS HÁBITOS IMPÕEM INVESTIMENTOS
Foi necessário um investimento razoável - R$ 2 milhões para adequar a planta e R$ 1,5 milhão para a campanha de lançamento -, mas a Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, está tirando lactose do leite com bons resultados. Pioneiro no Estado, o leite para intolerantes à substância é líder no mercado local, com 35,2% de participação na Grande Porto Alegre e 30,9% no Rio Grande do Sul. E depois de fazer parceria com a Lugano, marca artesanal de Gramado, e lançar o Chocolateria, com sabor mais acentuado de cacau e menos doce do que os achocolatados tradicionais, a cooperativa avança na oferta de produtos para dietas restritivas. Na ampliação das opções, a Piá está chegando com o Chocolateria Zero Lactose, versão da linha que se tornou líder de mercado no Estado. Na avaliação da Piá, ainda há potencial de crescimento de laticínios sem lactose. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 01 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.576

 

Setor produtivo apresenta estudo sobre proteína animal no Estado

Entidades ligadas ao setor produtivo entregaram, na tarde desta quinta-feira (31/8), ao governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Satori, um estudo sobre a cadeia agroindustrial de proteína animal do Estado, durante a 40° Expointer. O documento contém pontos levantados durante reuniões dos grupos de trabalho do setor, realizadas no primeiro semestre deste ano.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, o diagnóstico visa recuperar a competitividade de todos os segmentos e, principalmente, o de laticínios. "Trabalhamos para apontar as necessidades do setor atualmente, entre elas a guerra fiscal. Temos de tornar o setor competitivo para produzir mais e melhor", afirmou. Além dos incentivos fiscais, o projeto ainda pontua questões como assistência técnica, energia elétrica, infraestrutura e logística.

Na ocasião, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, sugeriu a criação de um fórum permanente para a discussão prolongada do assunto. "A sistematização dessas informações nos dá alternativas para qualificarmos as produções do Estado. Temos potencial invejável e conhecimentos técnicos das pessoas envolvidas". No ato, o presidente do BRDE, Odacir Klein, manifestou-se favorável e aceitou assumir a coordenação contínua dos trabalhos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Setor produtivo apresenta estudo sobre proteína animal no Estado. Foto: Vitorya Paulo

  

Projeto propõe que rótulos de alimentos tragam cores de acordo com composição nutricional

Rótulos de alimentos - Os rótulos das embalagens de alimentos deverão trazer identificação em cores distintas, para permitir ao usuário saber sua composição nutricional. A nova regra está prevista no Projeto de Lei do Senado (PLS) 489/2008, aprovado pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) nesta quarta-feira.  A proposta, do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ainda em tramitação, segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e tem como objetivo de levar o consumidor brasileiro a procurar uma alimentação mais saudável, criando um modo simplificado de informá-lo, de maneira clara e ostensiva, sobre a qualidade nutricional do alimento que ele vai comprar.

O senador justifica a medida com base no aumento dos índices de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares na população. Segundo ele, a falta de tempo e a carência de informação adequada levam as pessoas a consumirem salgadinhos, sanduíches e refrigerantes em vez de pratos saudáveis. O projeto, acredita o senador, ajudará na adoção de hábitos de alimentação saudável, o que pode contribuir para a diminuição da ingestão de substâncias nocivas causadoras de resistência à insulina e ao diabetes. A proposta apresentada inicialmente por Buarque foi modificada pelo relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que propôs que os rótulos apresentem informações nutricionais em cores diferenciadas, de acordo com padrões de alimentação saudável, e não em vermelho, amarelo e verde, como previa o texto inicial, baseado na classificação adotada pelo Reino Unido. Os detalhes sobre a definição das cores mais apropriadas serão definidos em regulamento específico após pesquisa.

A proposta, recebeu algumas críticas da nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Paula Bortoletto, que afirma que o projeto de lei proposto e aprovado na Comissão tem duas vertentes. A primeira, diz ela, é o fato de o Senado querer regulamentar, com tantos detalhes, uma norma de rotulagem nutricional, o que afirma não é a forma mais adequada para o processo regulatório.

-- Isso porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a agência responsável por regulamentar esse tipo de informação para o consumidor. Então, não seria necessário a atuação do Senado com esse detalhamento sobre o tema.

O segundo problema, de acordo com a nutricionista, é a questão da abordagem utilizada, pois o semáforo nutricional não contribui para escolhas mais saudáveis.

-- O fato de ter diferentes cores para diferentes nutrientes pode levar o consumidor ao engano quando, por exemplo, o produto receber dois símbolos verdes e dois amarelos, ou três verdes e um vermelho. Neste caso, o consumidor se confunde sobre qual produto é melhor. A princípio, o semáforo parece trazer uma informação facilitada, mas, na verdade, não. Além disso, há um problema nos critérios que serão estabelecidos, pois nem sempre esses critérios vão poder, de fato, identificar quais alimentos são mais saudáveis para o consumidor. A coordenadora do movimento Põe no Rótulo e doutora em rotulagem nutricional, Cecília Cury, também não vê com bons olhos o modelo de rotulagem semafórica, pois, nesta situação, um dado produto poderá ter um alerta em verde sobre quantidade de açúcar, um amarelo para quantidade de gordura e um vermelho para indicar que o produto contém muito sódio.

-- O consumidor poderá ser levado a fazer uma espécie de média a partir destas cores, mas, por vezes, será uma escolha equivocada, até porque pode acontecer de a composição estar muito próxima de a gordura mudar do amarelo para o vermelho e/ou do açúcar mudar para amarelo. E tem mais: ter menos açúcar em um produto não compensa o fato de ser alto em sódio -- alerta a advogada. (O Globo)

Manteiga - a oportunidade para o descolamento das importações

Manteiga/Reino Unido - O tamanho das potenciais barreiras comerciais para a manteiga em um ambiente pós-Brexit é significativo, com a atual tarifa da OMC a 1.896 € / tonelada.
No entanto, o Reino Unido teve um déficit comercial de 23mil toneladas de manteiga em 2016. Em outras palavras, o Reino Unido importou 23mil toneladas de manteiga a mais do exportou. A Irlanda foi responsável por cerca de 65% das importações (38mil toneladas), sendo a Dinamarca (7mil toneladas) e a França (5mil toneladas) os outros maiores fornecedores.
A primeira vista, a possibilidade para a indústria de laticínios do Reino Unido deslocar parte dessas importações de manteiga com produto produzido internamente parece mais importante que o risco de perda de exportações. No entanto, é importante entender como o déficit comercial de manteiga se deslocou e seu impacto nos outros produtos.
 

 
Deslocamento da manteiga
Embora o comércio da manteiga esteja em déficit (em termos de valor e volume), a posição melhorou significativamente desde 2013, por volta da época em que a Müller abriu uma nova fábrica de manteiga. Durante o mesmo período, a posição comercial do creme no Reino Unido piorou - passando de exportador líquido de creme em 2012 para um importador líquido em 2016. Isso mostra a forte relação entre os dois produtos.

Para produzir 23 mil toneladas de manteiga é necessário cerca de 470 milhões de litros de leite, um aumento de 3.5% na produção leiteira no Reino Unido, ou cerca de 47 mil toneladas de creme. Para viabilizar isso, o Reino Unido precisaria produzir mais leite fora da fazenda ou desviar o leite  de outros produtos, como o creme. Se a manteiga fosse produzida a partir de leite cru, o Reino Unido também geraria mais leite desnatado ou leite em pó desnatado, que também precisariam ser vendidos. No curto prazo, se o Reino Unido buscasse suprir o déficit comercial da manteiga, é provável que teria como resultado uma piora no déficit comercial do creme. Excetuando a capacidade existente, a produção 23 mil toneladas de manteiga a mais exigiria uma fábrica com cerca de metade do tamanho da fábrica da Müller, inaugurada em 2013, com um investimento de 17 milhões de libras. Ser fisicamente capaz de produzir a manteiga e suprir o abastecimento de matérias-primas representam apenas parte da equação. Relações, fidelidade à marca, negociações entre empresas e especificação do produto também devem ser levadas em consideração. 

Existem uma série de cenários que podem afetar a agricultura do Reino Unido, e com as negociações da Brexit apenas começando, ainda é cedo demais para saber que acordo será acertado. Se a OMC ou tarifas similares forem aplicadas tanto às importações como às exportações de manteiga do Reino Unido, uma certeza é que a balança comercial mudará. Independentemente do acordo comercial do Brexit, o ponto principal. continua a ser a rentabilidade em toda a cadeia de suprimentos, a fim de poder competir em quaisquer  oportunidades que surjam. AHDB publicou uma série de relatórios Horizon que estão disponíveis para download. No final deste ano, a AHDB explorará detalhadamente as perspectivas de comércio de produtos lácteos e modelará o impacto de diferentes cenários da Brexit no setor. (AHDB Dairy - Tradução Livre: Terra Viva)

Europa enfrenta crise de leite e derivados, adverte executivo do setor
Crise do leite/Europa - Os preços do leite provavelmente irão aumentar nos próximos meses na Europa, enquanto o continente se prepara para enfrentar uma escassez de leite, creme e manteiga para o Natal. A advertência foi feita por Peter Tuborgh, presidente-executivo da Arla Foods, uma das maiores fabricantes de laticínios do mundo, com sede na Dinamarca. Segundo ele, os preços mundiais do leite, que aumentaram cerca de 28% nos últimos 12 meses depois que o setor cortou a produção, se estabilizaram nos últimos meses. No entanto, garante Tuborgh, os estoques globais de leite são muito baixos. "Tivemos uma escassez de leite em todo o mundo depois dos preços muito baixos no ano passado", disse o executivo à Reuters. "Há uma grande escassez de nata, creme e manteiga em toda a Europa. Não será possível atender a demanda para o Natal. Estas são as causas que estão fazendo subir os preços de forma significativa", acrescentou. Os preços do leite subiram no começo deste ano depois que os produtores europeus reduziram a produção após a retirada, em 2015, das quotas lácteas por parte da União Europeia (UE), uma medida que, na época, se pensava que reduziria os preços. A Arla, uma cooperativa de propriedade de 12.500 criadores de gado da Dinamarca, Suécia, Alemanha, Reino Unido, Luxemburgo, Holanda e Bélgica, informou, na sexta-feira, que aumentaria o preço que paga pelo leite aos seus produtores pelo terceiro mês consecutivo em setembro. O preço aumentará um centavo de euro, atingindo 38,3 centavos por quilo, e poderia voltar a subir antes do fim de ano. "Pode ser que voltemos a aumentar uma vez mais este ano, mas ainda é um pouco incerto", disse Tuborgh. Segundo analistas, a próxima temporada primaveril na Nova Zelândia será crucial para os preços do mercado global do leite. (Expointer/Terra Viva)