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08/09/2017

Porto Alegre, 08 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.580

 

  Entidades defendem aquisições públicas

Um grupo de entidades, formado pelo Sindilat, Farsul, Fetag, Apil e Famurs, se reunirá, na próxima terça-feira, em Brasília, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para reforçar o pedido de compras governamentais de leite produzido no país. A cadeia produtiva quer que o poder público adquira 50 mil toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros de leite UHT para enxugar o mercado e deter a queda dos preços. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diz que o assunto já foi tratado com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, mas que agora Padilha será procurado porque é "uma peça importante para a tomada de decisão". Segundo o dirigente, "a compra governamental tem que ser urgente" porque "é a única solução imediata para tirar a pressão de baixa sobre os preços do produto". Segundo Guerra, o consumo de leite no país continua em queda, sobretudo, da variedade UHT, o que poderá provocar uma nova retração nos valores pagos ao produtor em setembro. De acordo com o Conseleite, os preços de referência registram redução desde maio. O valor atual é projetado em R$ 0,9006 por litro. Diante deste cenário, Guerra alerta que os produtores vão continuar desistindo da atividade. "No ano que vem, ao contrário do que acontece hoje, poderemos ter falta de leite, criando um desequilíbrio enorme na cadeia", adverte. 

Na reunião com Padilha, segundo o deputado Covatti Filho, também devem estar presentes entidades de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás. (Correio do Povo)
 

Por enquanto a Europa ganha da Oceania a batalha pelo preço da manteiga

A Europa parece estar ganhando da Oceania na luta pelo preço da manteiga. Mas a luta pelo mercado de leite em pó integral parece menos incerto, depois dos resultados go GlobalDairyTrade (GDT) de ontem. O primeiro GDT de setembro apresentou um ganho geral de 0,3% - o primeiro desde o segundo evento de julho.

A elevação foi reflexo da retomada do preço da manteiga, que ficou a apenas US$ 50/tonelada para atingir o recorde de julho. O ganho parece que foi a favor da matéria gorda, por enquanto, aumentando a crescente disparidade do valor da manteiga, que se consolida no mercado chave da Europa, enquanto apresenta menor força na Oceania.

Os preços da manteiga continuam a subir
"Na Europa, os preços da manteiga continuam subindo", disse o Conselho dos Produtores de Leite neste final de semana, observando a disparidade com o mercado dos Estados Unidos da América (EUA), onde os valores no mercado spot de terça-feira caíram para um mínimo de 250 centavos o pound, chegando ao valor de dois meses atrás. A própria Fonterra, no início do leilão, percebeu "a forte demanda por manteiga que mudou o mix dos produtos" da cooperativa, para fabricar mais do produto em detrimento da manteiga anidra de leite. Ao final, a Fonterra na semana passada reduziu em 5.500 toneladas, ou 6,5%, o volume ofertado de manteiga anidra de leite a ser vendido no GDT, diante da procura por manteiga.

Queda no preço de leite em pó
No entanto, as cotações do leite em pó integral no GDT, o produto mais vendido no leilão, caíram 1,6%, fechando em US$ 3.100/tonelada. Um desempenho abaixo do mercado spot na bolsa de futuros da Nova Zelândia. "No futuro a previsão é de aumento nos preços do leite em pó integral no leilão", havia dito Tobin Gorey do Commonwealth Bank of Australia (CBA) antes do evento de terça-feira, embora tenha acrescentado, no entanto, as incertezas que cercam as previsões do GDT, "como foi o caso dos últimos leilões". (Agrimoney - Tradução Livre: Terra Viva)

Leite A2

'Mais fácil de digerir' de acordo com seus promotores, o queijo feito de leite que contém proteína 'ß-caseínas A2' avança no mercado dos países anglo-saxões enquanto suas virtudes são contestadas pelos europeus. Um verdadeiro leite 100% fácil de digerir. É o slogan da empresa da Nova Zelândia A2 Milk Company, que já se estabeleceu nos Estados Unidos, na China e no Reino Unido. As redes de supermercados Waitrose, na Inglaterra e Whole Foods nos Estados Unidos endossaram a ideia: o leite A2 eliminaria o inconveniente que afeta uma grande parte da população que digere mal o leite.

O marketing da A2 Milk Company é feito de vídeos* com depoimentos de consumidores, principalmente asiáticos, cuja dificuldade de digerir o leite é conhecida. Os entrevistados narram sua felicidade de finalmente beberem leite sem qualquer desconforto. Até 12 milhões de pessoas no Reino Unido dizem que têm problemas para digerir leite, agora seus problemas acabaram, anuncia a empresa, que por enquanto não comercializa na Europa. (Estadão)

Projeto de Lei 

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6901/17, do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que altera o limite de leite vendido por agricultor familiar ao governo pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Pela proposta, o limite deverá garantir a compra de, no mínimo, 150 litros de leite diários comercializados por cada agricultor familiar. O limite estabelecido hoje na Lei 12.512/11 é de R$ 4 mil semestrais para cada produtor de leite. A lei estabeleceu regras do PAA, usado para comprar produtos da agricultura familiar e distribuí-los por meio das ações governamentais de combate à fome.

Segundo Lima, o limite atual desestimula o produtor e não viabiliza a ampliação da capacidade produtiva. "Essa limitação desestimula a produtividade rural, penalizando aqueles que, acreditando na estabilidade das regras do programa, investiram na produção, adquirindo animais", disse. O senador afirmou que uma única vaca leiteira pode produzir o suficiente para atingir o teto estabelecido na lei. O limite atual, segundo Lima, diminuiu em quase 80% o número de fornecedores de leite para o PAA na Paraíba. "A redução da capacidade instalada de produção de leite irá resultar em desemprego no campo e redução da qualidade de vida das populações urbana e rural", afirmou Lima.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e regime de prioridade e será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. CLIQUE AQUI para acessar a íntegra da PL-6901/2017. (Agência Câmara)

Delegacia do RS tem novo chefe
O novo superintendente regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Rio Grande do Sul é o auditor fiscal federal agropecuário Bernardo Todeschini. Funcionário do quadro do ministério desde 2002, o veterinário chefiou durante quase uma década o Serviço de Saúde Animal do Mapa, com períodos de afastamento para estudos no exterior. Todeschini assume a vaga deixada por Roberto Schroeder, que estava no cargo desde agosto de 2015 e vai, nos próximos meses, se tornar adido do ministério no exterior. "A renovação na superintendência é um ato dentro da normalidade e eu agradeço estar recebendo a estrutura do meu colega em condições de funcionamento e organização que me facilitarão muito o trabalho", destaca Todeschini. (Correio do Povo)

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