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01/09/2017

 

Porto Alegre, 01 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.576

 

Setor produtivo apresenta estudo sobre proteína animal no Estado

Entidades ligadas ao setor produtivo entregaram, na tarde desta quinta-feira (31/8), ao governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Satori, um estudo sobre a cadeia agroindustrial de proteína animal do Estado, durante a 40° Expointer. O documento contém pontos levantados durante reuniões dos grupos de trabalho do setor, realizadas no primeiro semestre deste ano.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, o diagnóstico visa recuperar a competitividade de todos os segmentos e, principalmente, o de laticínios. "Trabalhamos para apontar as necessidades do setor atualmente, entre elas a guerra fiscal. Temos de tornar o setor competitivo para produzir mais e melhor", afirmou. Além dos incentivos fiscais, o projeto ainda pontua questões como assistência técnica, energia elétrica, infraestrutura e logística.

Na ocasião, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, sugeriu a criação de um fórum permanente para a discussão prolongada do assunto. "A sistematização dessas informações nos dá alternativas para qualificarmos as produções do Estado. Temos potencial invejável e conhecimentos técnicos das pessoas envolvidas". No ato, o presidente do BRDE, Odacir Klein, manifestou-se favorável e aceitou assumir a coordenação contínua dos trabalhos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Setor produtivo apresenta estudo sobre proteína animal no Estado. Foto: Vitorya Paulo

  

Projeto propõe que rótulos de alimentos tragam cores de acordo com composição nutricional

Rótulos de alimentos - Os rótulos das embalagens de alimentos deverão trazer identificação em cores distintas, para permitir ao usuário saber sua composição nutricional. A nova regra está prevista no Projeto de Lei do Senado (PLS) 489/2008, aprovado pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) nesta quarta-feira.  A proposta, do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ainda em tramitação, segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e tem como objetivo de levar o consumidor brasileiro a procurar uma alimentação mais saudável, criando um modo simplificado de informá-lo, de maneira clara e ostensiva, sobre a qualidade nutricional do alimento que ele vai comprar.

O senador justifica a medida com base no aumento dos índices de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares na população. Segundo ele, a falta de tempo e a carência de informação adequada levam as pessoas a consumirem salgadinhos, sanduíches e refrigerantes em vez de pratos saudáveis. O projeto, acredita o senador, ajudará na adoção de hábitos de alimentação saudável, o que pode contribuir para a diminuição da ingestão de substâncias nocivas causadoras de resistência à insulina e ao diabetes. A proposta apresentada inicialmente por Buarque foi modificada pelo relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que propôs que os rótulos apresentem informações nutricionais em cores diferenciadas, de acordo com padrões de alimentação saudável, e não em vermelho, amarelo e verde, como previa o texto inicial, baseado na classificação adotada pelo Reino Unido. Os detalhes sobre a definição das cores mais apropriadas serão definidos em regulamento específico após pesquisa.

A proposta, recebeu algumas críticas da nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Paula Bortoletto, que afirma que o projeto de lei proposto e aprovado na Comissão tem duas vertentes. A primeira, diz ela, é o fato de o Senado querer regulamentar, com tantos detalhes, uma norma de rotulagem nutricional, o que afirma não é a forma mais adequada para o processo regulatório.

-- Isso porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a agência responsável por regulamentar esse tipo de informação para o consumidor. Então, não seria necessário a atuação do Senado com esse detalhamento sobre o tema.

O segundo problema, de acordo com a nutricionista, é a questão da abordagem utilizada, pois o semáforo nutricional não contribui para escolhas mais saudáveis.

-- O fato de ter diferentes cores para diferentes nutrientes pode levar o consumidor ao engano quando, por exemplo, o produto receber dois símbolos verdes e dois amarelos, ou três verdes e um vermelho. Neste caso, o consumidor se confunde sobre qual produto é melhor. A princípio, o semáforo parece trazer uma informação facilitada, mas, na verdade, não. Além disso, há um problema nos critérios que serão estabelecidos, pois nem sempre esses critérios vão poder, de fato, identificar quais alimentos são mais saudáveis para o consumidor. A coordenadora do movimento Põe no Rótulo e doutora em rotulagem nutricional, Cecília Cury, também não vê com bons olhos o modelo de rotulagem semafórica, pois, nesta situação, um dado produto poderá ter um alerta em verde sobre quantidade de açúcar, um amarelo para quantidade de gordura e um vermelho para indicar que o produto contém muito sódio.

-- O consumidor poderá ser levado a fazer uma espécie de média a partir destas cores, mas, por vezes, será uma escolha equivocada, até porque pode acontecer de a composição estar muito próxima de a gordura mudar do amarelo para o vermelho e/ou do açúcar mudar para amarelo. E tem mais: ter menos açúcar em um produto não compensa o fato de ser alto em sódio -- alerta a advogada. (O Globo)

Manteiga - a oportunidade para o descolamento das importações

Manteiga/Reino Unido - O tamanho das potenciais barreiras comerciais para a manteiga em um ambiente pós-Brexit é significativo, com a atual tarifa da OMC a 1.896 € / tonelada.
No entanto, o Reino Unido teve um déficit comercial de 23mil toneladas de manteiga em 2016. Em outras palavras, o Reino Unido importou 23mil toneladas de manteiga a mais do exportou. A Irlanda foi responsável por cerca de 65% das importações (38mil toneladas), sendo a Dinamarca (7mil toneladas) e a França (5mil toneladas) os outros maiores fornecedores.
A primeira vista, a possibilidade para a indústria de laticínios do Reino Unido deslocar parte dessas importações de manteiga com produto produzido internamente parece mais importante que o risco de perda de exportações. No entanto, é importante entender como o déficit comercial de manteiga se deslocou e seu impacto nos outros produtos.
 

 
Deslocamento da manteiga
Embora o comércio da manteiga esteja em déficit (em termos de valor e volume), a posição melhorou significativamente desde 2013, por volta da época em que a Müller abriu uma nova fábrica de manteiga. Durante o mesmo período, a posição comercial do creme no Reino Unido piorou - passando de exportador líquido de creme em 2012 para um importador líquido em 2016. Isso mostra a forte relação entre os dois produtos.

Para produzir 23 mil toneladas de manteiga é necessário cerca de 470 milhões de litros de leite, um aumento de 3.5% na produção leiteira no Reino Unido, ou cerca de 47 mil toneladas de creme. Para viabilizar isso, o Reino Unido precisaria produzir mais leite fora da fazenda ou desviar o leite  de outros produtos, como o creme. Se a manteiga fosse produzida a partir de leite cru, o Reino Unido também geraria mais leite desnatado ou leite em pó desnatado, que também precisariam ser vendidos. No curto prazo, se o Reino Unido buscasse suprir o déficit comercial da manteiga, é provável que teria como resultado uma piora no déficit comercial do creme. Excetuando a capacidade existente, a produção 23 mil toneladas de manteiga a mais exigiria uma fábrica com cerca de metade do tamanho da fábrica da Müller, inaugurada em 2013, com um investimento de 17 milhões de libras. Ser fisicamente capaz de produzir a manteiga e suprir o abastecimento de matérias-primas representam apenas parte da equação. Relações, fidelidade à marca, negociações entre empresas e especificação do produto também devem ser levadas em consideração. 

Existem uma série de cenários que podem afetar a agricultura do Reino Unido, e com as negociações da Brexit apenas começando, ainda é cedo demais para saber que acordo será acertado. Se a OMC ou tarifas similares forem aplicadas tanto às importações como às exportações de manteiga do Reino Unido, uma certeza é que a balança comercial mudará. Independentemente do acordo comercial do Brexit, o ponto principal. continua a ser a rentabilidade em toda a cadeia de suprimentos, a fim de poder competir em quaisquer  oportunidades que surjam. AHDB publicou uma série de relatórios Horizon que estão disponíveis para download. No final deste ano, a AHDB explorará detalhadamente as perspectivas de comércio de produtos lácteos e modelará o impacto de diferentes cenários da Brexit no setor. (AHDB Dairy - Tradução Livre: Terra Viva)

Europa enfrenta crise de leite e derivados, adverte executivo do setor
Crise do leite/Europa - Os preços do leite provavelmente irão aumentar nos próximos meses na Europa, enquanto o continente se prepara para enfrentar uma escassez de leite, creme e manteiga para o Natal. A advertência foi feita por Peter Tuborgh, presidente-executivo da Arla Foods, uma das maiores fabricantes de laticínios do mundo, com sede na Dinamarca. Segundo ele, os preços mundiais do leite, que aumentaram cerca de 28% nos últimos 12 meses depois que o setor cortou a produção, se estabilizaram nos últimos meses. No entanto, garante Tuborgh, os estoques globais de leite são muito baixos. "Tivemos uma escassez de leite em todo o mundo depois dos preços muito baixos no ano passado", disse o executivo à Reuters. "Há uma grande escassez de nata, creme e manteiga em toda a Europa. Não será possível atender a demanda para o Natal. Estas são as causas que estão fazendo subir os preços de forma significativa", acrescentou. Os preços do leite subiram no começo deste ano depois que os produtores europeus reduziram a produção após a retirada, em 2015, das quotas lácteas por parte da União Europeia (UE), uma medida que, na época, se pensava que reduziria os preços. A Arla, uma cooperativa de propriedade de 12.500 criadores de gado da Dinamarca, Suécia, Alemanha, Reino Unido, Luxemburgo, Holanda e Bélgica, informou, na sexta-feira, que aumentaria o preço que paga pelo leite aos seus produtores pelo terceiro mês consecutivo em setembro. O preço aumentará um centavo de euro, atingindo 38,3 centavos por quilo, e poderia voltar a subir antes do fim de ano. "Pode ser que voltemos a aumentar uma vez mais este ano, mas ainda é um pouco incerto", disse Tuborgh. Segundo analistas, a próxima temporada primaveril na Nova Zelândia será crucial para os preços do mercado global do leite. (Expointer/Terra Viva)

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