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14/09/2017

Porto Alegre, 14 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.584

 

Mapa publica documento sobre novo Riispoa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, nesta terça-feira (12/09), memorando com esclarecimentos sobre o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). O guia, elaborado em conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da pasta, foi criado após dúvidas que surgiram por parte do setor produtivo de proteína animal. A publicação, que contempla 202 perguntas e respostas, ainda aborda questões sobre procedimentos de registros de produtos e habilitação e certificação de estabelecimentos.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, a iniciativa do Mapa é fundamental para o desenvolvimento das indústrias do Estado. "São esses esclarecimentos que proporcionam as condições necessárias para atender as operações dos laticínios dentro do novo Riispoa", pontua, destacando a importância de interpretar de forma correta a legislação para poder aplicá-la da melhor forma.

O novo Riispoa faz parte da modernização e desburocratização que o ministro da Agricultura Blairo Maggi tem trabalhado com a sua equipe. Confira o documento aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Captação do leite brasileiro vem consolidando recuperação

Nesta quinta-feira (14/09), o IBGE divulgou os dados do segundo trimestre de 2017 sobre a captação brasileira de leite. No período, o volume captado foi de 5,6 bilhões de litros de leite, queda de 3,4% em relação ao trimestre anterior. Entretanto, o acumulado do primeiro semestre de 2017 foi de recuperação em relação ao ano passado. Com um volume de 11,5 bilhões de litros, a captação foi 4,3% superior ao primeiro semestre de 2016. 

Gráfico 1: Evolução da captação entre o 1º semestre de 2017 e 2016. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado. 

Essa recuperação da produção (que vem ocorrendo desde o o segundo semestre de 2016) se deve principalmente às quedas nos preços dos grãos, aliadas aos preços pagos ao produtor que se fortaleceram com a queda ocorrida na produção entre 2015 e primeiro semestre de 2016. Dessa forma, é possível ver que o RMCR (Receita Menos Custos de Ração), que impacta diretamente na rentabilidade final do produtor de leite, vinha mostrando elevações desde o início de 2017 e se tornou um forte impulsionador desse aumento de produção. 

Gráfico 2: Evolução do RMCR mensal nos últimos anos. Fonte: MilkPoint Mercado. 

Na comparação trimestral, fica ainda mais evidente a recuperação que 2017 vem apresentando. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a elevação foi de 8% (a maior desde o 2º semestre de 2014), que por sua vez, havia sido -7,5% inferior ao 2º trimestre de 2015. 

Gráfico 3: Variação de captação brasileira em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado.

Nessa recuperação de produção, os estados de Goiás e São Paulo merecem destaque. Em relação ao mesmo trimestre de 2016, a captação elevou em 21,6% e 18% respectivamente. Dos principais produtores do Brasil, apenas Minas Gerais registrou variação negativa no período, porém, de apenas 1,7%. 

Gráfico 4: Variação da captação estadual em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado 

Para os próximos meses, deve-se esperar uma desaceleração nos níveis de produção, resultado principalmente da queda de preços do leite ao produtor. A cadeia enfrenta dificuldades com a demanda final, o que vem causando pressões de baixa nos preços. Além disso, o valor da arroba do boi se encontra em elevação, e deve permanecer estável pelo menos nos próximos meses. Assim, se o preço ao produtor de leite continuar em retração, a relação de troca ficaria ainda mais desfavorável, (em agosto já foi a maior dos últimos cinco meses) - fato que poderia iniciar o descarte de vacas. Por isso, ao que o mercado indica, esse aumento de produção pode passar por uma desaceleração, pelo menos até o final do ano. 

Gráfico 5: Relação de troca, litros de leite por arroba. (Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado)

 

Empresas da UE pedem à China fim do embargo a queijos europeus
A Câmara de Comércio da União Europeia na China pediu a Pequim, nesta quinta-feira (11), que reconsidere sua decisão de suspender a importação de alguns tipos de queijo. "Durante décadas, o queijo europeu foi importado pela China sem qualquer problema sanitário", afirmou a Câmara, em um comunicado. Nas últimas semanas, a Alfândega chinesa começou a proibir a entrada no país de alguns queijos cremosos, como Camembert, Brie, ou o Roquefort franceses. Segundo a Câmara, as empresas europeias já estão fazendo esforços para revisar as normas de segurança alimentar. "Há dois anos, estamos trabalhando com as autoridades competentes chinesas para revisar essas normas", indica o comunicado. Ainda que nas últimas décadas o consumo de produtos lácteos tenha aumentado enormemente no gigante asiático, o queijo continua sendo um produto procurado, principalmente, pelos estrangeiros. (Edairy News)

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