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05/09/2017

Porto Alegre, 05 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.578

 

Leilão GDT tem seu maior volume de negociações no ano, mas preços seguem estáveis

No leilão da Global Dairy Platform (GDT) desta terça-feira (05/09), os preços médios dos derivados lácteos praticamente não alteraram, fechando em US$3.223/tonelada, pequena elevação de 0,3% em relação ao último leilão. 

O destaque positivo ficou para a lactose, que vinha em seguidas desvalorizações desde maio, e subiu 5,1% em relação ao último leilão. Já o leitelho destoou das demais gorduras, e caiu de US$2.198/tonelada no último leilão para US$2.026/tonelada, uma queda de mais de 10%. 

O leite em pó desnatado segue seu descolamento em relação ao integral, com patamares de preços consideravelmente baixos. Nesse leilão, amargou sua 4ª queda (1,2%) nos últimos cinco leilões, fechando a US$1.944/tonelada. 

O leite em pó integral, por sua vez, retraiu 1,6% em relação ao último leilão, e vem mantendo uma certa estabilidade nos preços, fechando pelo 5ª leilão consecutivo na casa dos US$3.100/tonelada. (MilkPoint/GDT)

 
 

 
EEX e GDT avaliam novo mecanismo de leilão para produtos lácteos na Europa

A European Energy Exchange (EEX) e a Global Dairy Trade (GDT) assinaram uma carta de intenção para avaliar a possibilidade de trabalhar em conjunto para criar e operar um mecanismo de leilão para produtos lácteos originários da Europa. 

A Global Dairy Trade opera os GDT Events, um leilão de descoberta de preço público para produtos genéricos de grande volume, realizado duas vezes por mês. Trata-se do principal leilão de produtos lácteos do mundo, com mais de 520 licitantes registrados de mais de 80 países.

A oferta da EEX para os produtos lácteos europeus inclui futuros estabelecidos financeiramente em leite em pó desnatado, manteiga e soro do leite em pó. Desde o lançamento de produtos agrícolas em meados de maio de 2015, o mercado de derivativos EEX para produtos lácteos registrou continuamente novos volumes recordes e mostrou crescimento constante, tornando-se o principal mercado de câmbio para gestão de risco de lácteos na Europa.

Nos próximos meses, a EEX e a GDT consultarão os compradores e vendedores de produtos lácteos sobre a possibilidade de oferecer em conjunto a descoberta de preços para os produtos lácteos europeus através de um mecanismo de leilão credível designado para o mercado europeu. "Acreditamos que nossa proposta pode beneficiar significativamente a cadeia de valor de produtos lácteos, fornecendo outro canal de negócios para exportações, bem como potencialmente criando dados subjacentes para novos instrumentos de gestão de risco. Com sua experiência em leilões de lácteos, a Global Dairy Trade é o parceiro ideal para esse projeto", disse Sascha Siegel, Chefe de Commodities Agrícolas da EEX.

Eric Hansen, diretor da Global Dairy Trade, disse: "A EEX é altamente respeitada e a única operadora do mercado europeu que registra um número significativo de contratos futuros de produtos lácteos. Estamos ansiosos para explorar o potencial de uma iniciativa conjunta que nos permita atender melhor às necessidades dos compradores e vendedores europeus. Esta iniciativa constitui uma parte importante da nossa atual estratégia de crescimento". (As informações são da Global Dairy Trade, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Languiru serve de inspiração para cooperativismo no Paraguai

 Colônias Unidas entregou placa de agradecimento pela receptividade da Languiru - Foto: Éderson Moisés Käfer
A busca de novos conhecimentos é sinônimo de evolução, e foi com essa finalidade que, no mês de agosto, a Cooperativa Colônias Unidas, do Paraguai, viajou mais de três mil quilômetros para chegar até o município de Teutônia, sede da Cooperativa Languiru. Diferentes motivos estimularam agricultores e membros da diretoria a visitarem a cooperativa teutoniense. O primeiro aspecto citado pelo grupo foi o protagonismo da Languiru no agronegócio do Rio Grande do Sul. Outro objetivo foi se inteirar sobre a cadeia produtiva da avicultura, visto que pretendem constituir modelo integrado de produção de frangos no Paraguai. O terceiro fator lembrado pelos paraguaios foi o de conhecer o lugar de origem de seus antepassados, depois de terem ouvido histórias de pais e avós sobre as colônias antigas de Estrela e Teutônia - inclusive, alguns integrantes da comitiva ostentavam sobrenomes comuns no Vale do Taquari, como Schäeffer e Horn. Além de agricultores, também fizeram parte da comitiva integrantes dos Conselhos Fiscal e de Administração da Colônias Unidas. No Estado, os paraguaios ainda cumpriram agenda em cooperativas de Encantado, de Carlos Barbosa e de Bento Gonçalves.

Propriedade rural e unidades industriais
Acompanhados por profissionais do Departamento Técnico da Languiru, o grupo seguiu para a localidade de Linha Frank, em Westfália. No município, visitaram a propriedade rural do produtor de aves Vilson Gutjar, onde trocaram ideias sobre a criação de frango de corte e conheceram as instalações do aviário. Em seguida, o grupo rumou para Teutônia, onde foi dada continuidade à programação de visita na Indústria de Laticínios. Conduzidos pela encarregada da qualidade Patrícia Haas e pela analista de qualidade Raquel Jahn, os paraguaios foram divididos em duas turmas e circularam pelo complexo da unidade industrial. O grupo visualizou a chegada do leite, compreenderam os procedimentos de análise da qualidade, viram as linhas de produção e o processo de acondicionamento do leite UHT. No turno da manhã, os paraguaios ainda conheceram a loja do Agrocenter Languiru - Ferragens, Ferramentas e Máquinas, onde ficaram admirados com a variedade de produtos à disposição da comunidade. À tarde o grupo seguiu para Poço das Antas, onde conheceram o Frigorífico de Suínos. Acompanhados pelo coordenador do Setor de Suínos do Departamento Técnico, Beto Markus, os paraguaios foram conduzidos pelo supervisor de qualidade André Frühauff e pelas analistas de qualidade Patrícia Engster e Marli Haefliger. O grupo elogiou a modernidade da estrutura e acessou setores como abate, desossa, industrializados e expedição.

Números e imagens
O roteiro foi concluído na Sede Administrativa, em Teutônia, onde foram recebidos pelo vice-presidente da Cooperativa Languiru, Renato Kreimeier. No auditório, os paraguaios assistiram ao vídeo institucional e visualizaram fotos de unidades industriais, comerciais, administrativas e granjas. Kreimeier também falou do processo de colonização alemã e como ela influenciou na consolidação dos princípios cooperativistas no Vale do Taquari. O vice-presidente ainda tratou de particularidades de cada setor, as opções de produção e vantagens oferecidas aos associados. Enfatizou que a cooperativa busca o desenvolvimento sustentável regional.

"Me senti realizado"
A tradição e o momento do cooperativismo gaúcho impressionaram os paraguaios. Segundo o membro do Conselho de Administração da Colônias Unidas, Eugênio Schöller, a logística que envolve o quadro social e a Área Comercial da Languiru chamou atenção. O conselheiro lembrou que as duas cooperativas surgiram para combater as mesmas dificuldades. "Também costumamos ajudar famílias menos favorecidas em nosso país. Notei que ainda podemos crescer muito, considerando que temos área de terras, tecnologia e gente que quer trabalhar. Me senti realizado em conhecer a Languiru", afirmou. Schöller destacou a organização e limpeza das unidades industriais, além da longevidade da cooperativa teutoniense. "Posso assegurar que, em se comparando ao nosso país, é muito bom o serviço prestado aos produtores rurais e clientes da Languiru", definiu.

Languiru mostrou o caminho
O agricultor Valdecir Lasch se surpreendeu com a quantidade de leite industrializada pela Laticínios e com o número de abates no Frigorífico de Suínos. Conforme o plantador de grãos, a segurança em ter onde depositar a produção é o maior legado de uma cooperativa. "No Paraguai somos competitivos e percebemos que agregar valor é o futuro do agronegócio. Vocês nos mostraram o caminho. Quem sabe, um dia, chegamos no nível da Languiru", agradeceu.

Planejamento Estratégico
O assessor administrativo da Colônias Unidas, Alceu Van Der Sand, observou que a estratégica de buscar distribuir as principais atividades de forma equitativa é interessante no sentido de proporcionar segurança econômica à instituição. "A Languiru tem um planejamento estratégico muito claro. Muito interessante a preocupação com a redução da idade média do quadro social", enalteceu. Para o professor do curso de Economia da Unijuí, o cooperativismo exerce papel fundamental no desenvolvimento das comunidades quando visto como alternativa de desenvolvimento local. "Atualmente, o sistema tem se mostrado como uma das mais importantes alternativas de geração e distribuição de riquezas nas regiões onde está inserido", ressaltou.
    
Cooperativa Colônias Unidas
Fundada em 1953, a Cooperativa Colônias Unidas conta com 3,8 mil agricultores associados, que trabalham com produções de soja, leite, trigo, milho, canola, sorgo e erva-mate. A sede da cooperativa fica na cidade de Obligado, Estado de Itapúa, no Sul do Paraguai. São 13 colônias germânicas onde as propriedades rurais possuem, em média, 60 hectares. A Colônias Unidas mantém um porto no Rio Paraná, por meio do qual expedem a produção de grãos até o Rio da Prata, na Argentina. Também acompanharam o grupo o membro do Conselho Fiscal da Colônias Unidas, Alfredo Müller, e o gerente de comunicação e educação cooperativista da cooperativa paraguaia, Juan Angel López. (Assessoria de Imprensa Languiru) 
 

Manteiga/Portugal e Europa - Se os preços da manteiga estão cada vez mais altos, por que o mesmo não acontece com o leite?
O preço da manteiga atingiu, na semana terminada a 27 de Agosto, a média de 618 euros por cem quilos no mercado da União Europeia - está agora 43,7% mais cara do que estava na primeira semana deste ano. É uma tendência crescente dos últimos meses, que não é acompanhada na mesma escala para a matéria-prima, o leite. Em Portugal, segundo os dados do Sima - Sistema de Informação de Mercados Agrícolas, do Gabinete de Planejamento, de Políticas e Administração Geral (GPP) do Ministério da Agricultura, o preço da manteiga na saída da fábrica atingiu a média de 542,67 euros por cada 100 quilos, uma variação de 21,5% em comparação a Junho anterior, de 114,2% em relação a Julho de 2016 e de 78% face ao quinquênio de 2012 a 2016. Ao consumidor final, hoje, um quilo de manteiga de marca da indústria nos supermercados nacionais está entre 5,6 euros, [R$ 20,78/quilo], e 6,76 euros, [R$ 25/quilo], na sua versão "básica", sem enriquecimento de qualquer tipo, vendida normalmente em pacotes de 250 gramas. "A manteiga, a matéria gorda do leite", explica Paulo Costa Leite, diretor-geral da Associação Nacional de Industriais de Laticínios (ANIL), "foi a categoria de produtos lácteos que melhor comportamento teve durante a crise do setor dos últimos anos, não tendo o seu preço manifestado a volatilidade de outras categorias, em especial o leite em pó desnatado". A manteiga resulta da padronização da gordura durante o processamento do leite líquido. Mundialmente, o preço de referência mais comum é o do leite em pó (desnatado ou integral), porque é aquele que, após ser "seco", dura mais tempo, pode ser armazenado e transportado com muito menos custos e é processado pela indústria agro-alimentar na produção de novos produtos. (Publico.pt)
 

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