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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de janeiro de 2022                                                        Ano 15 - N° 3.567


“Precisamos democratizar as boas práticas”

Desafio do país para tornar a agropecuária mais eficiente passa por acesso ao crédito e, principalmente, a novas tecnologias de emissão

POTÊNCIA MUNDIAL NA PRODUÇÃO de alimentos, o Brasil acaba de assumir novos compromissos com o planeta. Durante a COP26, realizada em Glasgow, na Escócia, em meados de novembro, o país e outras mais de 100 nações firmaram um papel importante no atingimento dessa meta, considerada crucial no combate ao aumento da temperatura terrestre. Para chegar lá, porém, há um longo trecho a ser percorrido pelos produtores rurais, e isso inclui sobretudo, facilitar o acesso de pequenos e médios ao crédito e as novas tecnologias de baixa emissão de gases do efeito estufa. Na visão da ministra da agricultura, Tereza Cristina, esse é um dos maiores desafios do agro brasileiro. Na entrevista a seguir, ela fala sobre o futuro do crédito no Brasil e do papel que o governo e a iniciativa privada, além da pesquisa, devem ter para conduzir a agropecuária a uma produção 100% sustentável.

GLOBO RURAL:  O crédito rural de hoje é suficiente para financiar a agricultura moderna brasileira?
TEREZA CRISTINA: Desde que cheguei ao ministério, a gente vem trabalhando, porque os recursos oficiais não são suficientes para suprir as necessidades. Isso porque o agro cresceu muito. E esse crescimento fez com que, mesmo aumentando, todos os anos, o crédito oficial, que é o Plano Safra, a gente sabe que é insuficiente. Então, nós tomamos a decisão de atender aos pequenos produtores, aumentando o Pronaf muito mais do que era antes. Criamos a Lei do Agro, porque aí o grande vai ao mercado buscar recursos. Antes, só com CPR e CRA, tínhamos seis produtos que podiam ter CRA. Quando nós fizemos a Lei do Agro, aumentamos para 60 produtos que cobrem e que podem tomar dinheiro através desses títulos. Enfim, você tem aí uma série de melhorias, e agora o CPR Verde. 

GR: Sobre isso, os especialistas dizem que ainda faltam critérios para calcular quanto cada área geral de serviços ambientais.
TC: Essas regulamentações agora vão começar a acontecer com agilidade, e aí esses mercados vão se formar. Eu ainda não sei como isso vai ser na prática, mas vai acontecer muito rapidamente, até porque o brasileito gosta mesmo de tecnologia. Você viu o pix, né? Foi um sucesso em pouquíssimo tempo. 

GR: O crédito oficial a senhora acredita que vai ficar concentrado e direcionado para os pequenos produtores?
TC: Sim, acho que com as dificuldades de orçamento, enquanto a gente não tiver reformas mais profundas e que deixem o governo menos engessado nessas despesas obrigatórias de orçamento, cada vez mais vamos ter ferramentas financeiras para os grandes e os pequenos vão ter mais crédito oficial. 

GR: Em relação às metas que o BR assumiu na COP26, como vamos fazer as boas práticas ganharem escala para diminuir as emissões?
TC: O problema do BR é que nós temos um universo muito grande de produtores em um país continental. Temos várias boas práticas de manejo diferentes e temos tecnologia para mitigação de gases de efeito estufa, seja metano e carbono, mas precisamos democratizar isso, ter mais gente utilizando. A Embrapa já tem muitas tecnologias que podem ser usadas pelos pequenos. Nós precisamos capacitar nossa assistência técnica para que faça essas tecnologias, essa inovação que já temos, chegar até o pequeno produtor. Não quer dizer que nós temos a solução para tudo, mas acho possível cumprir a meta com o que nós já temos e com o que estamos fazendo na pesquisa por meio das nossas universidades e da Embrapa. No próximo plano safra, nós temos de colocar mais recursos para que mais gente tenha acesso e fazer com que essas tecnologias cheguem até os produtores médios e pequenos.

GR: E como será o “Plano Safra totalmente verde”, que o ministério pretende anunciar além do programa ABC+?
TC: Na verdade o ABC é um programa com muitas ações em diversos segmentos da agropecuária. O Plano Safra não. Ele é financiamento, mas vai financiar prioritariamente essas ações do ABC. Então, no ABC fazendo recuperação de pastagens, lavoura e pecuária integrada, fazendo qualquer tipo de integração, ou seja com floresta ou sem floresta. Ou alguma coisa nova de tecnologia sustentável, como biogás e biomassa. Nós já temos contemplado nesse ano no Plano Safra e queremos colocar mais recursos com o ABC. 

GR: O ABC+ vai dobrar ou triplicar os recursos? Existe essa intenção?
TC: Isso não dá pra dizer porque isso não depende só do governo. O que vamos trabalhar agora é na meltofologia de aferição. É importante a gente saber o que emite. O BR tinha uma meta colocada em 2015  que tinha carbono e metano equivalente e não especificava. Agora o que vamos fazer é medir cada gás.  (Revista Globo Rural)

Aspectos bioquímicos da maturação de queijos

O queijo é um produto bioquimicamente dinâmico e passa por mudanças significativas durante a maturação. A maturação é a parte final da fabricação de queijos e sua duração pode variar de quatro semanas até dois anos ou mais, dependendo do queijo.

É nesta etapa que ocorrem transformações não só químicas e bioquímicas, mas também microbiológicas que resultam no desenvolvimento de sabor, aroma, aparência e textura, típicos de cada variedade de queijo (McSWEENEY; SOUSA, 2000).

As principais reações bioquímicas que ocorrem na maturação de queijos são: metabolismo residual da lactose e do citrato (também conhecidos como glicólise), liberação de ácidos graxos livres e glicerol (lipólise) e degradação da matriz de proteína em peptídeos e aminoácidos, fenômeno conhecido por proteólise (FOX et al., 2012).

Metabolismo da lactose e do citrato (glicólise)
Durante o processo de fabricação de queijos, a lactose é convertida em ácido lático pela ação das bactérias láticas. Já o ácido lático pode ser metabolizado e dar origem a outros compostos, conforme ilustrado na Figura 1. Com a produção de ácido, ocorre redução do pH da massa que pode alcançar valores que variam de 4,5 a 5,2, dependendo do tipo de queijo (FOX et al., 2012).

Figura 1. Fermentação da lactose em queijos.

 

A fermentação da lactose em ácido lático promove mudanças no pH da massa de queijo ainda no tanque e nas primeiras 48 horas de maturação. A velocidade da fermentação depende da concentração de sal, da temperatura do processo e do número de bactérias lácticas ativas presentes (FOX et al., 2012).

Esta produção de ácido pode afetar algumas características do queijo de forma direta ou indireta, por meio da influência na: sinérese do grão (e também teor de umidade do queijo); retenção de cálcio/desmineralização (que pode afetar a textura do queijo e possibilitar alguns defeitos como o aparecimento de trincas, se não controlado); retenção de coalho/coagulante na massa e mudança da sua atividade (que pode influenciar na proteólise do queijo) e, por fim, influência na multiplicação de bactérias contaminantes (a acidez do queijo pode inibir alguns tipos de bactérias não desejáveis durante a maturação) (FOX et al., 1990).

A maior parte da lactose (98%) é perdida no soro durante a fabricação do queijo. A lactose residual da massa é metabolizada em lactato nos primeiros estágios da maturação, em circunstâncias normais. O completo e rápido metabolismo dos resíduos de lactose na massa é essencial para a produção de um queijo de boa qualidade (FOX et al., 2012).

Em alguns tipos de queijo, o lactato pode ser substrato de outros microrganismos, como é o caso dos queijos com olhaduras propiônicas (ou queijos tipo Suíços, por exemplo, queijo Emmental). Nesses queijos, o lactato é convertido em propionato, acetato e CO2 pelas bactérias propiônicas —Propionibacterium freudenreichii subsp. freudenreichii e Propionibacterium freudenreichii subsp. shermanii. Estes compostos são responsáveis pelo gosto adocicado dos queijos tipos suíços e também pela formação das olhaduras (FOX et al., 1990).

A produção de lactato também é fundamental para produção de queijos maturados por fungos filamentosos (popularmente conhecidos como queijos mofados), como os queijos tipo Brie e Camembert (com mofos brancos) e Roquefort e Gorgonzola (mofos azuis). Nestes queijos, o lactato é metabolizado pelos fungos a CO2 e H2O, contribuindo para o desenvolvimento dos fungos e também para um aumento no pH do queijo, o que possibilita mudanças na sua textura (FOX et al., 1990).

Por fim, alguns queijos apresentam, além do metabolismo da lactose e do lactato, a degradação do citrato, e, apesar do baixo teor deste componente na massa de queijo, o citrato é de grande importância no metabolismo realizado pelos cultivos mesofílicos aromatizantes.

O citrato pode ser consumido pelas bactérias Lactococcus lactis subsp lactis biovar diacetylactis e Leuconostoc spp. (conhecidas também como fermento tipo LD), produzindo diacetil e gás, que possibilita pequenas olhaduras e sabor característico destas variedades de queijo (FOX et al., 2012).

A lipólise na fabricação de queijos
A reação de lipólise é a degradação da gordura do leite ou do queijo por meio de uma enzima, denominada lipase e pode gerar sabores desejáveis (picante) ou causar defeitos, como sabores indesejáveis (sabor de ranço) nos queijos (COLLINS et al., 2003).

Por serem enzimas, as lipases possuem condições de temperatura e pH ideais de atividade. Geralmente apresentam atividade ótima a 37 °C, em pH entre 7 e 8,5 (concentração de NaCl de 2%) (FOX et al., 2012).

Em alguns tipos de queijos, como os maturados por fungos azuis e também nos queijos duros italianos como o queijo parmesão, a lipólise é desejada e pode alcançar altos níveis de atividade, influenciando positivamente e proporcionando o sabor e aroma típicos destas variedades de queijo (COLLINS et al., 2003).

Os mofos dos queijos azuis como o Penicillium roqueforti produzem grandes quantidades de lipases exocelulares, já as bactérias láticas dos fermentos também produzem lipases, todavia em pequenas quantidades, tendo caráter pouco lipolítico (FOX et al., 2012).

Na reação de lipólise, a gordura presente na massa do queijo, também chamada de triacilglicerol, é degradada em ácidos graxos livres, por meio da ação das lipases (Figura 2). Os ácidos graxos livres (AGL) e de cadeia curta liberados, como os ácidos butírico, caproico, caprílico, cáprico, são aromáticos e contribuem para o sabor.

Os AGL podem ser convertidos em outros compostos aromáticos, como lactonas e metil cetonas. O limite de concentração e percepção dos AGL podem contribuir positivamente ou negativamente para o aroma dos queijos (SOBRAL et al., 2017).

Figura 2. Lipólise em queijos.


 
Os tipos de lipases que podem estar presentes na fabricação de queijos são: lipases naturais do leite cru (inativadas pela pasteurização); lipases pré-gástricas de alguns tipos de coalhos (principalmente coalhos italianos em pasta); lipases de cabrito e ovelha comerciais adicionadas ao leite para fabricação de queijos e lipases de microrganismos (Lactococcus, Lactobacillus, Lb. casei subsp. pseudoplantarum, microrganismos psicrotróficos e fungos) (FOX et al., 2012).

Quando a lipólise em queijos não é desejada, recomenda-se trabalhar com leite de boa qualidade microbiológica, obtido por uma higiene adequada durante a ordenha. Também não é recomendado o excesso de bombeamento ou turbulência do leite.

Com a turbulência do leite, seja por intensa mexedura, queda por gravidade de grandes alturas ou por meio de bombeamento, pode ocorrer rompimento do glóbulo de gordura. O glóbulo de gordura rompido fica mais suscetível ao ataque das lipases e, assim, aumenta as chances de ocorrer o sabor de ranço no queijo, por isso deve ser evitado.

Outro fator importante é que os queijos de leite cru são mais propensos para o aparecimento do sabor de ranço, devido à ação das lipases naturais do leite, inativadas nos queijos de leite pasteurizado (SOBRAL et al., 2017). 

A proteólise na fabricação de queijos
A proteólise é o evento bioquímico mais complexo e importante na maturação de queijos. Ocorre por meio da degradação das proteínas pela ação de enzimas denominadas proteases, resultando na produção de fragmentos menores de proteína, denominados peptídeos que podem ser de alto, médio e baixo massa molecular, bem como na produção de aminoácidos, aminas e amônias (SOUZA et al., 2001). As proteinases envolvidas na maturação de queijos podem ter origem no coalho/coagulantes residuais, em enzimas endógenas do leite e enzimas de microrganismos (FOX et al., 2012).

Na proteólise, as mudanças no sabor dos queijos podem ocorrer de forma direta, pela formação de aminoácidos e peptídeos (alguns deles amargos) e indireta, pelo catabolismo de aminoácidos em aminas, ácidos, tióis, tioésteres etc, devido a mudanças secundárias como transaminação, desaminação e descarboxilação (SOUZA et al., 2001; FOX et al., 2012).

Já as mudanças de textura devido à proteólise ocorrem pelo rompimento da rede proteica, diminuição da atividade de água (por meio da ligação da água livre com grupos carboxílicos e aminoácidos) e aumento do pH (Figura 3) (SOUZA et al., 2001).

Figura 3. Proteólise em queijos.



Fonte: Souza et al., 2001.
 
A proteólise durante a maturação se divide em duas fases: a proteólise primária e a proteólise secundária. Na proteólise primária, a quimosina residual do coalho ou coagulante, que permanece na massa durante a fabricação, hidrolisa a as1-caseína nas ligações Phe23-Phe24.

Esta hidrólise é responsável pela alteração da textura do queijo, deixando-o mais macio, à medida que as cadeias de proteínas são segmentadas em frações menores. A velocidade de proteólise dos queijos é diretamente afetada por fatores como temperatura de maturação, atividade de água e conteúdo de sal dos queijos (ANDREWS; VARLEY, 1994).

Já nos queijos que são cozidos a altas temperaturas (como exemplo, cozimento de aproximadamente 55 °C no queijo Suíço) este fenômeno não acontece da mesma forma, pois a quimosina perde a maior parte da sua atividade devido ao calor do cozimento.

Nesses queijos a b-caseína é hidrolisada mais rapidamente do que as1- caseína, com um aumento na g- caseína, indicando o papel da plasmina (uma enzima natural do leite) como o principal agente proteolítico.

Portanto, em queijos cuja massa é cozida em altas temperaturas, a plasmina é a principal enzima proteolítica, pois além de ocorrer ativação do plasminogênio em plasmina nestas temperaturas, ela resiste às altas temperaturas enquanto que a atividade da quimosina é perdida (McSWEENEY, 2004).

O peptídeo formado as1-caseína (f24-199) não deixa de ser produzido, no entanto é formado de lentamente nestes casos, sugerindo a sobrevivência de alguma atividade quimosina durante o cozimento ou talvez a atividade de catepsina D (outra proteinase do leite).

O mesmo mecanismo acontece em queijo muçarela, que passa por altas temperaturas no processo de filagem. No queijo muçarela, a as1-caseína é produzida vagarosamente e g- caseína é produzida mais rapidamente, como resultado da fraca atividade da quimosina e elevada atividade da plasmina (ANDREWS; VARLEY, 1994).

A proteólise primária é atribuída principalmente à ação do coagulante residual e as proteases naturais do leite, que degradam a proteína em peptídeos de alta massa molecular. Nos laboratórios de físico-química a proteólise primária é estimada por meio de um método analítico denominado extensão da proteólise, em que se determina a formação de compostos nitrogenados solúveis a pH 4,6, sendo feita sua relação com o nitrogênio total do queijo (Figura 4). Esta razão entre o nitrogênio solúvel em pH 4,6 e o nitrogênio total da amostra é denominado índice de extensão da maturação (WOLFSCHOON-POMBO; LIMA, 1989).
 
Figura 4. Índice de extensão da maturação de queijos.



Já a proteólise secundária é a degradação dos peptídeos de alto peso molecular em peptídeos menores, de baixa massa molecular, devido à ação das enzimas produzidas principalmente por microrganismos, sejam eles bactérias láticas do fermento, do leite cru, do pingo, do soro fermento ou das NSLAB (do inglês non starter latic adid bacteria), ou seja, bactérias não oriundas do fermento lático (ANDREWS; VARLEY, 1994).

Para se medir ou monitorar a proteólise secundária, ou seja, verificar a atuação das bactérias láticas do fermento ou de fontes de contaminação, existe o índice da profundidade da proteólise. É um método analítico em que se mede o teor de nitrogênio solúvel em ácido tricloroacético (TCA) 12%, e este teor é comparado ao nitrogênio total da amostra (WOLFSCHOON-POMBO; LIMA, 1989) (Figura 5).
 
Figura 5. Índice de profundidade da maturação de queijos.



Referências:

ANDREWS, A. T.; VARLEY, J. Biochemistry of milk products. 1st ed.: Royal Society of Chemistry,1994. 181 p.

COLLINS, Y. F. et al. Lipolysis and free fatty acid catabolism in cheese: a review of current knowledge. International Dairy Journal, v. 13, p. 841–866, 2003.

FOX, P. F. et al. Glycolysis and related reactions during cheese manufacture and ripening. Food Science and Nutrition, v. 29, n. 4, p.237-253, 1990.

FOX, P. F. et al. Chemistry, Physics and Microbiology. 3. ed. [s.l.]: Elsevier, 2012.

McSWEENEY, P. L. H.; SOUSA, M. J. Biochemical pathways for the production of flavor compounds in cheese ripening: a review. Lait, n.80, p.293-324, 2000.

McSWEENEY, P. L. H. Biochemistry of cheese ripening. International Journal of Dairy Technology, Huntingdon, v.57, n.2/3, p. 127-144, 2004.

SOBRAL et al. Principais defeitos em queijo Minas artesanal: uma revisão. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 72, n. 2, p. 108-120, abr/jun, p. 108-120, 2017.

SOUZA, M. J.; ARDÖ, Y.; McSWEENEY, P. L. H. Advances in the study of proteolysis during cheese ripening. International Dairy Journal, n.11, p. 327-345, 2001.

WOLFSCHOON-POMBO, A. L.; LIMA, A. Extensão e profundidade da proteólise em queijo Minas Frescal. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 44, n. 261-266, p. 50-52, 1989.






Dois eventos podem favorecer ocorrência de chuvas nos próximos dias

Para os próximos dias, há previsão de ocorrer dois tipos de circulações que possivelmente favorecerão a ocorrência de chuvas no Estado. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 52/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. 

O primeiro será um fluxo de calor e umidade transportado pela corrente de jato de baixos níveis (JBN), que deve chegar ao Estado nesta quinta-feira (30/12) e trará ar quente e úmido da região Centro-oeste do Brasil em direção ao Rio Grande do Sul. Caso esta circulação ocorra, pode auxiliar na formação de pequenos sistemas convectivos de mesoescala (aglomerados de nuvens) e gerar chuvas nas regiões Noroeste, Norte e Nordeste do Estado.

O segundo sistema previsto pelos modelos numéricos será uma frente fria, que deverá chegar ao Rio Grande do Sul na terça-feira (4) e permanecer atuando durante toda a quarta-feira (5) da próxima semana. Caso esta frente fria chegue ao Estado, os modelos indicam chuvas acumuladas de mais de 30 milímetros para a região Nordeste e acumulados maiores do que 20 mm para as regiões do Litoral e Central.

O documento também aborda a situação atual das culturas de soja, milho, olerícolas, frutícolas e bovinocultura de leite. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui.


 Jogo Rápido

Novo prazo para o leite a granel
O Ministério da Agricultura prorrogou até 30 de junho de 2022, de forma excepcional, o prazo de autorização para o recebimento, por indústrias fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), de leite a granel de estabelecimentos registrados nos Serviços de Inspeção Estadual e Inspeção Municipal. autorização está em vigor desde março de 2020, quando o isolamento social levou ao fechamento de food services e feiras, o que diminuiu a demanda por produtos lácteos. Quando o prazo terminar, os estabelecimentos que desejarem continuar com essas operações deverão buscar adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). A prorrogação atende pedido da Associação Brasileira dos Produtores de Leite. O presidente da entidade, Geraldo Borges, diz que o objetivo é ajudar os pequenos estabelecimentos, que têm dificuldade para vender produtos com valor agregado para as classes média e baixa em momentos de crise. (Correio do Povo)

 

Custo do frete do agro deverá ter alta amena no começo da colheita | Sancionado projeto de lei de implementação de programas de autocontrole para todo o setor agropecuário | Reservar para irrigar

Clique aqui para acessar as notícias na íntegra.

 
 
 

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Porto Alegre, 22 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.567


Chance de La Niña persistir no verão é de 60%, afirma Inmet
 
Chuvas deverão ficar acima da média na maior parte do país, segundo o órgão
 
O verão no Hemisfério Sul começou hoje (21/12), às 12h59, e as chances de que o fenômeno La Niña se mantenha durante a estação são de 60%, segundo modelos climáticos avaliados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão ligado ao Ministério da Agricultura.
 
No Brasil, o verão caracteriza-se pelo aumento da temperatura em todo país em função da posição do Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites. Na estação, também são marcantes as mudanças rápidas nas condições de tempo, como chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade (moderado a forte) e descargas elétricas. O verão vai até o dia 20 de março de 2022, às 12h33, quando começará o outono.
A maioria dos modelos de previsão de ENOS, gerados pelos principais centros internacionais de meteorologia, indicam uma probabilidade superior a 60% de que o fenômeno La Niña se mantenha durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre os meses de dezembro e janeiro.
Ainda de acordo com o prognóstico do Inmet, as chuvas no verão serão acima da média na maior parte do país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste da região Nordeste.
 
“Devido às características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem grande importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, além de ajudar a repor os níveis de reservatórios de água e manter os níveis satisfatórios”, disse, em nota.
 
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão causadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas.
 
Em média, os maiores volumes de precipitação poderão ser observados nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1.100 milímetros. (Valor Econômico)

O frete compensa?

Você já se sentiu atraído por ir em um supermercado mais distante da sua casa para comprar mais barato, mas acabou pensando: “o custo de eu ir lá não compensa”?

Pois bem! O mercado lácteo do Brasil hoje vive uma situação parecida: o preço do leite brasileiro está atrativo para os compradores internacionais, mas o custo logístico tem sido um empecilho (mas não impeditivo!) das exportações.

Para se ter uma ideia, o custo do frete do leite em pó integral do Brasil para Argélia passou de US$100 a 120/ton para US$400 a US$450/ton. Ou seja, um aumento de praticamente 400%.

Esse empecilho do forte aumento do custo logístico não é uma jabuticaba só do Brasil, mas é um problema mundial, causado pela escassez de containers, diminuição das rotas marítimas e congestionamento nos portos ao redor do mundo.

E como isso tem afetado o setor lácteo?
O aumento dos custos marítimos tem afetado toda a dinâmica de exportações e importações de lácteos ao redor do mundo – refletindo, inclusive, no mercado brasileiro.
Conforme abordado em matéria publicada aqui no MilkPoint há uns dias, o CEO da Leprino Foods, Mike Durking, relatou que os atuais problemas logísticos representam uma ameaça aos exportadores de lácteos dos EUA.

No Brasil, não é diferente.
Diversos players do mercado têm relatado dificuldades logísticas em suas exportações – seja pelos altos custos, alto tempo de espera nos portos e diminuição das rotas marítimas. O MilkPoint Mercado com Otávio Farias, da Embaré, que relatou algumas das dificuldades logísticas que o mercado brasileiro tem enfrentado.

Entretanto, apesar dos altos custos logísticos, tudo indica que o Brasil continuará tendo um prato cheio para exportação nos próximos meses, com dólar alto, preços internacionais em ascensão e diminuição do custo de aquisição do leite brasileiro.
A expectativa do mercado financeiro é de um dólar fechando 2021 acima de R$5,50. Para o primeiro trimestre de 2022, as expectativas também são de uma taxa de câmbio ainda em altos patamares.

Ao analisarmos as expectativas do preço do leite em pó internacional, também esperamos preços firmes para os próximos meses, o podemos observar no gráfico abaixo.

Gráfico 1. Preços futuros para o leite em pó integral - dia 06/12/2021




Fonte: GDT (Global Dairy Trade) e NZX (New Zealand's Exchange) - elaborado pelo MilkPoint Mercado.
Por outro lado, olhando o preço do leite brasileiro pago ao produtor, após consecutivos aumentos ao longo deste ano, o mercado praticou baixas nos pagamentos de outubro a novembro e tende a praticar uma baixa (não muito forte) no pagamento de dezembro – o que torna ainda mais competitivo o nosso leite.
Ou seja, tudo (ou quase tudo) está se alinhando em prol das exportações brasileiras.
Como o aumento das exportações refletirá no mercado brasileiro?
O aumento das exportações e, por outro lado, a diminuição das importações, pode levar à diminuição da disponibilidade de leite no mercado interno.
Além disso, a produção brasileira também tem sido menor do que a esperado para o período – o que tem aumentado a demanda por leite no mercado spot e refletiu nos preços da primeira quinzena deste mês.

Uma das razões para essa menor produção, pode ser justificada pela mudança na sazonalidade da produção, conforme discutimos no artigo “A sazonalidade da produção ainda é a mesma?”

Tudo isso, em um cenário de baixo estímulo à produção, com a arroba do boi voltando a ganhar força – o que estimula o abate de vacas – e RMCR (Receita Menos Custo de Ração) em declínio, conforme podemos observar no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Receita Menos Custo de Ração (RMCR)



Dessa forma, olhando o cenário nacional, podemos esperar duas principais consequências:

   1º - queda do preço ao produtor mais suave que a anteriormente esperada: devido a menor disponibilidade interna (pela menor produção nacional e diminuição no saldo da balança);

  2º - possível aumento do preço de venda do leite em pó no mercado interno: devido, principalmente, a menor entrada do produto importado.

Paralelamente, olhando o cenário de exportação, com todos os problemas logísticos, fica a pergunta: o frete compensa? Tudo indica que sim, e que nos próximos meses veremos alguns países pagando a conta para buscar o leite brasileiro. (Milkpoint)




Projeto Elite a Pasto aplica novas técnicas para uso de pastagens em Serafina Corrêa

Um Encontro de produtores de leite participantes do Projeto Elite a Pasto, em Serafina Corrêa, marcou o final do primeiro ano de trabalho do projeto. A atividade foi realizada na última sexta-feira (17/12), na propriedade do produtor Alencar Zanluchi, participante do projeto. O Elite a Pasto é realizado pela Emater/RS-Ascar, vinculada À Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), no município e objetiva desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens.

"Nos propusemos no início do projeto, em janeiro de 2021, primeiro a ouvir as famílias profundamente em entrevistas, e assim o fizemos. Nesse último encontro, discutimos a evolução que a produção de leite passou para que chegássemos até aqui, que traz como consequência os desafios que enfrentamos agora, para a partir disto traçar o caminho a seguir daqui para frente a fim de mudar essa realidade", ressalta o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.

Os resultados apontam que as famílias passaram por três fases marcantes de desenvolvimento da bovinocultura leiteira no município: a que foi chamada de "era do capim cortado", entre os anos 70 e 80, a "era da profissionalização", nos anos 90, e a atual "era do tripé: genética, silagem e infraestrutura". A partir disto, explica Ebert, o trabalho com o Elite a Pasto se torna uma forma de trazer e aplicar tecnologias e conhecimento para aproveitar essa evolução acumulada e atuar nos pontos críticos que causam os problemas enfrentados hoje, como a mão de obra e os custos de produção.

"Neste ano foram trazidas e aplicadas diversas tecnologias que permitiram a melhoria do uso das terras, do capital investido e da mão de obra. Dentre elas, ferramentas digitais no gerenciamento da propriedade, novos arranjos produtivos de forrageiras, novos conceitos em manejo de pastagens e alterações no manejo da rotina do rebanho - horários de ordenha, pastejo e alimentação no cocho, por exemplo - com ajustes na dieta dos animais para favorecer o consumo de pasto e aproveitá-lo nutricionalmente, convertendo em mais leite. Tudo isso alinhado com a pesquisa científica, em parceria com a Embrapa e universidades", ressalta.

Também foi realizada uma visita técnica à propriedade que sediou o encontro, onde o produtor Alencar Zanluchi compartilhou sua experiência, quando tendendo a migrar para um sistema confinado, com as orientações técnicas da Emater/RS-Ascar, optou por trabalhar em um sistema semiconfinado, aplicando as técnicas trazidas para aproveitar as áreas de pasto próximas das instalações e melhorar os resultados econômicos da atividade. Além disso, o grupo discutiu e analisou o Índice de Atualização Tecnológica para Propriedades Leiteiras "IAT- Leite", da Embrapa, que foi aplicado durante o ano por cada família.

Finalizando o encontro, os participantes alinharam propostas de trabalho para o próximo ano com a Assistência Técnica e Extensão Rural e Social, a partir dos quatro níveis de relação com os profissionais que foram identificados nas entrevistas: eventual, capacitação, acompanhamento e planejamento. Eles indicaram que a relação precisa aprofundar mais em direção ao nível de planejamento da propriedade, para aproximar mais o técnico de forma a dar subsídios às decisões estratégicas da família. Para isso, foram combinadas ações individuais e coletivas no projeto para o ano de 2022. (Emater/RS)


 Jogo Rápido

Sooro Renner lança vídeo para campanha de final de ano
Mesmo em meio aos tempos mais difíceis, sabemos que temos o mundo em nossas mãos para continuar transformando. Assim, em 2021 desenvolvemos a resiliência, aprimorarmos a esperança e transformamos os desafios em motivos para continuar. Enquanto vidas dependerem do nosso resultado, vamos nos esforçar para brilhar cada dia mais! Clique aqui e assista a campanha. SOORO RENNER, nutrição que gera resultados! (Sooro Renner)

 

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Porto Alegre, 21 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.566


CONSELEITE PARANÁ 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 21 de Dezembro de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento,  aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em  Novembro de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Dezembro de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas  participantes.



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Dezembro de 2021 é  de R$ 3,3654/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a  qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de  referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína,  contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no  seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br (Conseleite/PR)

GDT - Global Dairy Trade



Fonte: GDT - Global Dairy Trade / Adaptado pelo Sindilat/RS



Com apoio do Estado, cooperativas investem R$ 460 milhões em queijaria no Paraná

O Paraná vai ganhar uma nova queijaria. O grupo Unium, marca institucional das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, confirmou o investimento de R$ 460 milhões na construção de uma planta em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, voltada para o beneficiamento do leite. O projeto prevê a produção de 96 toneladas de produtos e subprodutos por dia, com a geração de 66 empregos diretos e cerca de 1.570 indiretos.

O anúncio da expansão foi feito nesta segunda-feira (20), em reunião no Palácio Iguaçu, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e pelos presidentes das cooperativas, Renato Greidanus (Frísia), Erik Bosch (Capal) e Willem Bouwman (Castrolanda). O projeto conta com o apoio dos programas de incentivo fiscal do Governo do Estado, coordenados pela Invest Paraná.

“Temos muito orgulho desse sistema cooperativista. Certamente o Paraná não seria o que é se não fossem as cooperativas. Um modelo vencedor, que resulta em investimentos importantes como esse da Unium em Ponta Grossa. Além de gerar emprego e renda, essa nova indústria ajuda a manter os agricultores no campo com a oferta de oportunidades de negócio”, disse Ratinho Junior.

O governador lembrou que 2021 tem sido especial na expansão econômica do Estado. Ressaltou que o Paraná deve fechar o ano com R$ 100 bilhões em investimentos privados e mais de 180 mil empregos formais, aqueles com certeira assinada, criados.

“A nossa missão como governo é criar um ambiente favorável para que esses investimentos possam acontecer, diminuindo a burocracia que sempre acompanhou o País. A busca é cada vez mais pela industrialização dessa variedade de produtos do campo que o Paraná tem, transformando o Estado no verdadeiro supermercado do mundo”, afirmou. “Aqui não usamos a palavra crise, optamos por trabalhar e trabalhar muito pelo Paraná”.

CRESCIMENTO – Greidanus destacou que a previsão de crescimento na produção de leite é de 8% ao ano entre 2020 e 2024. Com isso, a expansão dos negócios passa a ser uma forma de absorver esse volume, que pode representar 600 mil litros a mais por dia e agregar valor ao leite in natura.

A perspectiva, lembrou o presidente da Frísia, é que projeto da nova queijaria leve 30 meses até início das operações – mais da metade do investimento de R$ 460 milhões será feita na aquisição de máquinas e equipamentos.

“Podemos sentir que o Governo do Estado está ao lado de quem produz e com esse apoio tudo fica mais fácil. Posso confirmar que o Paraná tem uma administração diferenciada em termos de gestão pública. E isso melhora e muito a condição do Estado, nos incentiva a investir. Ações inclusivas, de geração de emprego, que buscam distribuir melhor a renda aos paranaenses”, afirmou o empresário. “Somente na Uniom são mais de 10 mil famílias envolvidas diretamente com o negócio”.

Bouwman, diretor-presidente da Castrolanda e um dos diretores da Unium, ressaltou que o projeto demonstra ainda mais a força da intercooperação. “Vendo o crescimento da produção de leite dos nossos cooperados, o grupo se adiantou e buscou uma solução rentável para mostrar aos parceiros que todo o aumento será revertido em produtos e valor agregado. Isso consolida cada vez mais o conceito da intercooperação, já que, em três cooperativas, o investimento para um projeto dessa magnitude fica mais leve e possível”, explicou.

CONSUMO – Atualmente a demanda interna de queijos no Brasil é consideravelmente maior do que a oferta por produtores locais, com o mercado nacional em crescimento. O consumo do produto no País, por exemplo, é de pouco mais de cinco quilos per capita, bem abaixo dos 37 quilos da Alemanha e menos da metade do que os vizinhos Uruguai e Argentina, que têm um consumo de 11 quilos por ano por pessoa.

Com o projeto da queijaria, a projeção é que a produção da Unium represente 1,87% do consumo de queijos no Brasil projetado para 2024. Serão produzidos inicialmente queijos tipo mussarela, prato, cheddar e massa de queijo, além de soro em pó e manteiga. Ao todo, os 600 mil litros de leite por dia que serão destinados para a produção dos derivados devem totalizar 35 mil toneladas de produtos por ano.

“É algo que tem como base o pequeno agricultor, a agricultura familiar. Pode mesmo numa área pequena aumentar a produção, o faturamento e a renda”, comentou o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.

O Paraná é a segunda unidade da federação que mais produz leite no Brasil. São, em média, 4,4 bilhões de litros por ano, inferior apenas a Minas Gerais, com 8,9 bilhões de litros/ano, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2018). Em dez anos, destacou ele, a produção paranaense cresceu cerca 55% – em 2008 era de 2,8 bilhões de litros.

UNIUM – Marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, a Unium representa os projetos em que as cooperativas paranaenses atuam em parceria. Conta com três marcas de lácteos: Naturalle – com produtos livres de aditivos –, Colônia Holandesa e Colaso.

No setor de grãos, a Unium tem a marca Herança Holandesa, farinha de trigo produzida em uma unidade totalmente adequada à ISO 22000, com elevados padrões de exigência.

Além disso, fazem parte dos negócios a Alegra, indústria de alimentos derivados da carne suína, e a Energik, usina de produção de energia sustentável, todas reconhecidas pela qualidade e excelência. Foram 1,3 bilhão de litros de leite produzidos em 2020.

PRESENÇAS – Participaram do anúncio o secretário de Estado da Fazenda (Sefa), Renê Garcia Junior; o diretor de Assuntos Econômico-Tributários da Sefa; Gilberto Calixto; o diretor de Desenvolvimento Econômico e Relações Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; e o assessor da presidência da Invest Paraná, Rogério Chaves. (Governo do Paraná)


 Jogo Rápido


No radar - O prazo para a declaração anual foi prorrogado
O prazo para a declaração anual de animais e atualização do cadastro de produtores gaúchos de 2022 será um pouco diferente do habitual, entre 1º de junho a 31 de outubro. Segundo a Secretaria da Agricultura, a nova data foi estabelecida porque a plataforma em desenvolvimento para entrega da documentação e coleta de dados não ficará pronta até janeiro, quando costumam ser prestadas as informações. (Zero Hora)

 

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Porto Alegre, 20 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.565


#BEBAMAISLEITE na escola

Ao contrário do que algumas pessoas dizem, as vacas não são as grandes vilãs quando o assunto é aquecimento global. 
 
Com a otimização da pecuária leiteira e a maior produção de leite, com o menor número de animais, as vacas e toda a atividade não são as grandes responsáveis pelo efeito estufa e aquecimento do nosso planeta.
 
E para explicar melhor sobre esse assunto, com a colaboração da EMBRAPA, preparamos o segundo vídeo do #BEBAMAISLEITE na escola! O vídeo mostra que os produtores de leite estão, cada vez mais, preocupados com o meio ambiente e implementam soluções que tornam a atividade prestadora de serviço ambiental!
 
Quer descobrir como? Então reúna toda a família e assista ao #BEBAMAISLEITE na escola de hoje, clicando aqui. (Beba Mais Leite)

Quanto mais alto o pasto, mais leite a vaca produz

Quanto maior é o capim consumido pela vaca leiteira, mais leite ela vai produzir. Isso foi demonstrado pelos pesquisadores Luis Alfonso Giraldo, professor da Sede da UNAL Medellín e líder do estudo, e Josué Paz Orellana, da Universidade Nacional de Agricultura de Honduras, que desenvolveu o sistema de manejo de pastagens.

“Quando o capim cresce tem mais folhas e mais minerais, portanto a vaca consome mais ração e isso ajuda em uma maior quantidade de produção de leite e melhor qualidade; também ajuda a reduzir o metano porque o alimento tem mais nutrientes e minerais ”, explica o professor Giraldo.

O método sustentável ajuda a conservar e restaurar a biodiversidade nas pastagens e a fertilidade do solo para fornecer alimentos ao gado. “Nos resultados pudemos ver que com o novo sistema os animais melhoram a produção de leite, já que cada vaca aumenta 1,36 litro por ordenha, e também reduz a emissão de gás metano em 27%”, diz o pesquisador Paz.

O processo consistia em deixar a grama crescer até 15, 20, 25 e 30 cm em parcelas de 1 m 2  e, a seguir, cortar 50% dela para simular o consumo da grama pelos animais ao entrarem nos piquetes. Tanto no tratamento convencional quanto no novo método, foram avaliadas 6 vacas, 12 no total, durante 7 meses. Em um sistema de pastejo tradicional, é normal que haja no máximo 3 vacas, detalham os especialistas.

“Em um pastejo tradicional, a 10 cm do solo, o capim leva entre 30 e 35 dias para se recuperar, enquanto em nossa proposta, quando as vacas entram em um pasto com capim de 20 cm de altura consomem metade (indicador a retirar aos animais) , e a grama brota após 12 dias ”, explica o professor Giraldo. (Agrolink)




Piá amplia mix de produtos  com novas embalagens 
 
Sempre atenta às necessidades do consumidor, a Piá está ampliando seu mix de produtos com o lançamento de novas embalagens tamanho família.  
 
Especialista na produção de iogurtes, a Cooperativa lança no mercado a versão de 500 gramas do seu tradicional iogurte cremoso com pedaços de frutas. Carinhosamente chamado de "potão", o produto será disponibilizado nos sabores morango e coco.  
 
Outra novidade é a apresentação do iogurte cremoso também em bandeja, com porções individuais que somam 540 gramas. 
 
De acordo com o presidente da empresa, Jeferson Smaniotto, as novas embalagens tem o objetivo de atender famílias mais numerosas, com economia e praticidade. “Para estarmos alinhados com o que o consumidor precisa, constantemente realizamos pesquisas para desenvolver produtos e embalagens que atendam a demanda real, que sejam funcionais para as pessoas, facilitando no dia a dia”, explica o executivo.   
 
Para 2022, ainda no primeiro trimestre, a Piá vai relançar a manteiga em tablete de 200 gramas. Ela será produzida no parque industrial da Cooperativa que, recentemente, recebeu investimentos em maquinário específico para a fabricação do produto.  (Cooperativa Piá)


 Jogo Rápido

PRIMEIRO JORNAL | Secretário executivo do Sindilat/RS  avalia ano e projeto 2022 
Confira a entrevista com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado - Sindilat, Darlan Palharini, para a Rádio Tirol, clicando aqui. (Rádio Tirol)

 

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Porto Alegre, 17 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.564


PREVISÃO DO TEMPO

Calor e chuva expressiva previstos para os próximos dias no Estado do RS

Os próximos sete dias terão calor e chuva expressiva no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 50/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na quinta (16) e sexta-feira (17), o tempo seco e quente seguirá predominando na maioria das regiões. Porém, a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar chuvas fracas e isoladas na Zona Sul, Litoral, Região Metropolitana e na Serra do Nordeste. No sábado (18) e domingo (19), a presença do ar seco manterá o tempo firme, com sol, nebulosidade variável e temperaturas elevadas, que superarão 35°C na maioria das regiões e poderão alcançar 40°C na Fronteira Oeste e Missões. Entre a segunda (20) e terça-feira (21), o deslocamento de uma área de baixa pressão favorecerá a ocorrência de chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na quarta-feira (22), ainda ocorrerão pancadas de chuva nos setores Leste e Nordeste, mas o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e garantirá o tempo firme, com temperaturas amenas em todas as regiões. Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm na maioria das localidades do Rio Grande do Sul. Nas faixas Leste e Norte, Serra do Nordeste e nos Vales do Taquari e Rio Pardo, os volumes oscilarão entre 35 e 50 mm. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. (SEAPDR)


Verão tem previsão de chuvas acima da média na maior parte do país

O verão no Hemisfério Sul tem início no dia 21 de dezembro de 2021 às 12h59 (horário de Brasília). Climatologicamente, o período é caracterizado pela elevação da temperatura em todo país em função da posição do Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites, além das mudanças rápidas nas condições de tempo, como: chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade (moderado a forte) e descargas elétricas. A estação termina no dia 20 de março de 2022, às 12h33, dando lugar ao outono.

De acordo com o prognóstico climático divulgado, nesta quinta-feira (16), pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as chuvas no verão serão acima da média na maior parte do país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste.

Devido às características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem grande importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, além de ajudar a repor os níveis de reservatórios de água e manter os níveis satisfatórios.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1.100 mm

A maioria dos modelos de previsão de ENOS, gerados pelos principais centros internacionais de meteorologia, indicam uma probabilidade superior a 60% de que se mantenha o fenômeno La Niña durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre os meses de dezembro/2021 e janeiro/2022

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas. (MAPA)

Portal criado pelo Insper e Embrapa oferece análise gratuita do comércio agrícola mundial

O Insper e a Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) lançaram nesta quinta-feira (16) o sistema Global Agri Trade Data (Gat), uma ferramenta disponibilizada gratuitamente para oferecer dados sobre até 76 agrupamentos de produtos que constituem as principais cadeias produtivas do agronegócio brasileiro e mundial. Entre elas, estão  grãos, carnes, açúcar, têxteis e outros produtos agrícolas processados. O sistema, com esta diversidade de dados, facilidade de obtenção e disponível de forma gratuita, é único no país.

O Gat será lançado no Insper, em São Paulo, durante uma programação que terá início às 18 horas e que vai envolver também, entre outras ações, o lançamento da versão impressa do livro “O Brasil no Agro Global: reflexões sobre a inserção do agronegócio brasileiro nas principais macrorregiões do planeta”. O evento presencial foi transmitido do Insper no Youtube, clique aqui para assistir.

A ferramenta foi desenvolvida estrategicamente para atender estudantes e profissionais que atuam com comércio exterior, processos de importação e exportação de produtos do agronegócio entre diferentes países, que precisam acompanhar tendências globais de comércio, e realizar análises de mercado para tomada de decisão que podem impactar diretamente na comercialização de um produto de um país.

O objetivo é fornecer ao usuário análises já prontas do comércio internacional agrícola, através de gráficos, e taxas de crescimento, considerando uma ampla gama de dimensões possíveis. Para isso, vai utilizar informações as mais atualizadas possíveis e disponibilizadas por fonte oficiais, como o banco de dados Comtrade da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex-Brasil), órgão do Ministério da Economia.

Além disso, vai contar com um trabalho de estimativa para informações ausentes neste banco, trazendo um conjunto de dados o mais completo possível nesta área. O sistema permite que a visualização das informações para análise seja ajustada de acordo com o interesse do usuário.

“Por isso, os dados são trabalhados e dispostos de maneira a possibilitar uma rápida interpretação e análise pelo usuário. A importância de se ter uma análise do comércio agrícola em âmbito mundial, e não apenas do Brasil, decorre da possibilidade de identificação de concorrentes e mercados potenciais para o país, possibilitando análises de inserção estratégica do Brasil nos mercados globais”, explicam a economista da Embrapa Instrumentação, Cinthia Cabral da Costa, e o coordenador do Insper Agro Global, Marcos Jank.

Uma das responsáveis pelo desenvolvimento do Gat, a pesquisadora lembra que entre 2000 e 2020 o comércio internacional de produtos do agronegócio passou de 357 para 1.258 bilhões de dólares. “Portanto, a compreensão detalhada dos valores, origens e destinos de cada produto do setor é de extrema relevância para um país agroexportador como o Brasil”, acrescentam.

Plataforma versátil
O Gat poderá ser acessado a partir do dia 16, após o lançamento, clicando aqui. O portal permite avaliações a partir do ano de 2000 e oferece cinco dimensões de dados, em âmbito mundial (World Agri Trade); por regiões ou países (Agri Trade By Main Region); por produto (agri Trade by Product) e índices de comércio (Agri Trade Indexes). Além disto, há o sistema Gat Brazil, onde dados ainda mais detalhados e atualizados do país são disponibilizados. Por se tratar de dados mundiais e que, portanto, podem ser úteis também para o público de todos os demais países que queiram analisar o comércio internacional e posicionar sua condição dentro do cenário, o Gat foi desenvolvido apenas na versão em inglês. No entanto, para facilitar a busca de dados, a plataforma disponibiliza um passo a passo, que permite aos usuários a navegação de forma rápida e precisa.

Parceria
O desenvolvimento do sistema Gat é uma ação contemplada no contrato de cooperação técnica assinado em 2020 entre a Embrapa Instrumentação e o Insper. O objetivo é realizar a prospecção e impactos da inovação visando o comércio e a expansão do agronegócio brasileiro no exterior. (Embrapa)






Ações previstas para 2022 pautam reunião entre secretária Silvana e regionais da Emater

Titular da SEAPDR solicitou à instituição estimativa de perdas no campo, decorrentes do novo período de falta de chuva no Estado

A secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Silvana Covatti, esteve nesta quarta-feira (15/12) em uma reunião com a diretoria e gerentes regionais da vinculada Emater/RS-Ascar, na sede da instituição, em Porto Alegre. No encontro, foram tratadas algumas das ações que pautarão os trabalhos em 2022, entre elas, a execução do Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, lançado pelo governo do Estado no último dia 2. Na oportunidade, a secretária solicitou que a Emater faça uma estimativa de perdas no campo, decorrentes deste novo período de falta de chuvas, para que a SEAPDR tenha mais clareza sobre o tamanho do problema e possa estudar possíveis encaminhamentos.

Sobre o Avançar, a secretária explicou que, neste momento, a SEAPDR trabalha internamente para deixar tudo encaminhado para o início dos processos licitatórios em 2022, referindo-se principalmente à execução das 6 mil microaçudes e 750 poços artesianos previstos. Também destacou que a Emater será muito importante no apoio aos pequenos agricultores interessados em projetos para captação dos financiamentos, os quais serão operacionalizados via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). Entre outros, o Avançar liberará R$ 5 milhões em financiamentos para agroindústrias e outros R$ 19 milhões que podem ser acessados por agricultores e pecuaristas familiares, camponeses, assentados, pescadores artesanais, aquicultores, quilombolas e indígenas.

Na reunião, Silvana também se disse preocupada com os relatos dos produtores do Interior sobre a falta de chuva, que já tem impactado a produtividade do milho e retardado o plantio da soja em algumas regiões. Desta forma, pediu à Emater um levantamento da situação para que a SEAPDR possa avaliar a necessidade de um plano de ações para auxiliar os produtores. Segundo boletim do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), a probabilidade de o fenômeno La Niña permanecer no Rio Grande do Sul até o final do verão 2022 está acima dos 80%.

A secretária agradeceu ainda os funcionários da Emater pela dedicação à assistência técnica e extensão rural junto aos agricultores familiares do Estado. “Temos que valorizar este capital humano pelo excelente trabalho desempenhado nas nossas comunidades rurais”, ressaltou Silvana. Afirmou que o Governo do Estado tem dado atenção especial às vinculadas da Secretaria da Agricultura, como Irga e Emater. Lembrou que, de 2019 para cá, a SEAPDR estudou e tornou viável uma reestruturação da Emater, a qual permitiu o equilíbrio financeiro da instituição. Ao mesmo tempo, houve a conquista da renovação do certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social até 2023 pela Emater, junto ao governo federal, e foi criado um novo modelo de convênio com o Estado, o que trouxe mais segurança para a continuidade dos trabalhos. “Estas questões ajudaram a trazer mais tranquilidade aos servidores”, acrescentou Silvana. (SEAPDR)


 Jogo Rápido

ASSISTA: o que esperar do mercado lácteo em 2022? Com Valter Galan!
Ocorreu ontem o evento “o que esperar do mercado lácteo em 2022? Com Valer Galan”. Após um ano complicado para a cadeia de lácteos, não são poucas as dúvidas sobre o que irá acontecer em 2022. O cenário político e econômico brasileiro, as repercussões para o consumo, a situação atual e as expectativas da indústria, o mercado internacional, o clima, o mercado de grãos, os efeitos sobre a produção de leite foram os temas do debate. Clique aqui e assista. (Milkpoint)

 

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Porto Alegre, 16 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.563


Conseleite MG projeta queda de 0,84% no preço do leite entregue em dezembro
 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 15 de Dezembro de 2021, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprovou e divulgou:
 
a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2021 a ser pago em Novembro/2021.
b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021.
c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2021 a ser pago em Janeiro/2022.
 
 
Períodos de apuração:
● Mês de Outubro/2021: De 24/09/2021 a 28/10/2021
● Mês de Novembro/2021: De 29/10/2021 a 25/11/2021
● Parcial de Dezembro/2021: De 26/11/2021 a 09/12/2021
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.  
 
As informações são do Conseleite/MG

CCJ aprova projeto que substitui fiscalização agropecuária por autocontrole dos produtores

Autocontrole - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei do Poder Executivo que substitui a fiscalização agropecuária por programas de autocontrole por produtores rurais e indústria e incentivo a modelos de fiscalização on-line a partir do compartilhamento de processos. O projeto tramita em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para a votação pelo Plenário da Câmara.

O projeto também altera regras de controle sanitário e o valor das multas aplicadas por infrações.

O Projeto de Lei 1293/21 foi aprovado na forma do substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, conforme parecer do relator, deputado Pedro Lupion (DEM-PR). O projeto tramita em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para a votação pelo Plenário da Câmara.

O texto aprovado incorpora mais de 20 emendas à proposta do governo. A principal inovação é a criação do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira), que atua no combate e repressão à pirataria e à falsificação de produtos agrícolas contrabandeados de outros países e para impedir a entrada de doenças e pragas ou outras substâncias danosas à agropecuária nacional.

O novo texto padronizou os ritos dos processos administrativos da defesa agropecuária, mantendo assegurados o contraditório e a ampla defesa.

Agrotóxicos
O substitutivo permite ainda concessão automática de registro para produtos agropecuários que possuam parâmetros ou padrões normatizados. A regra não vale para defensivos agrícolas ou agrotóxicos, regulados por legislação específica.

Conforme a proposta aprovada, os agentes privados regulados pela defesa agropecuária desenvolverão programas de autocontrole com o objetivo de garantir a inocuidade, a identidade, a qualidade e a segurança dos seus produtos. O programa não é obrigatório para agentes da produção primária agropecuária, como os produtores rurais, mas eles poderão aderir voluntariamente a programas de autocontrole por meio de protocolo privado de produção.

O substitutivo deixa a definição dos programas de autocontrole sob responsabilidade do setor produtivo, com orientação do Ministério da Agricultura. O texto original dá essa atribuição ao ministério, ouvido o setor privado.

Caberá à fiscalização agropecuária verificar o cumprimento do descrito no programa de autocontrole da empresa, que será definido pelo estabelecimento privado e deve atender, no mínimo, aos requisitos definidos em legislação.

Os programas conterão registros sistematizados e auditáveis de todo o processo produtivo, desde a recepção da matéria-prima até o produto final. Deverão conter ainda medidas para recolhimento de lotes em desconformidade com o padrão legal e os procedimentos de autocorreção.

Segundo o Executivo, o projeto tem o objetivo de conferir maior suporte à fiscalização agropecuária, a partir da obrigatoriedade de adoção de programas de autocontrole pelos próprios agentes regulados, e a implantação do programa de incentivo à conformidade em defesa agropecuária.

Omissão do Estado
Parlamentares de oposição votaram contra a proposta. Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG) o projeto estabelece uma omissão estatal. “Esse projeto faz com que os produtores rurais, e aqui nós estamos falando sobretudo do agronegócio, da grande produção rural, se tornem seus próprios fiscais. Eles passam a controlar suas próprias atividades, com a total ausência, com a total omissão do Estado. É um projeto que coloca o setor privado acima do Estado”, afirmou.

Já para o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), a proposta é inteligente e reduz a burocracia. “O nosso agronegócio é pujante e nós temos um país de dimensões continentais. Achar que só os agentes públicos vão conseguir dar conta dessa dimensão do nosso país é querer ficar no atraso. O projeto é muito inteligente, traz a iniciativa privada, para participar dessa fiscalização, dá multas pesadas para quem não cumprir [as regras], reduz burocracia”, argumentou. (Agência Senado)

 

Publicada Portaria com novas condições para implementação do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF)

Agricultura Familiar - OMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (15) a Portaria nº 264, com alterações à Portaria nº 242/2021, que estabelece as condições e os procedimentos gerais para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).

De acordo com o ato normativo, a emissão de Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) permanecerá até 30 de junho de 2022. Nesse período, a implementação do CAF será gradativa e regionalizada, de forma a garantir que não ocorra a interrupção do acesso dos agricultores familiares às políticas públicas do Governo Federal.

“A transição ocorrerá progressivamente e de acordo com a estruturação da Rede CAF em cada estado. Para isso, em um primeiro momento ocorrerá a coexistência da emissão da DAP e do registro de inscrição no CAF. Os agricultores familiares que possuem DAP Ativa podem ficar tranquilos, pois continuarão tendo acesso às linhas de crédito do PRONAF e outras ações do Ministério”, ressalta o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Márcio Cândido.

Nos próximos seis meses, os agentes cadastradores do CAF serão capacitados e receberão um certificado para operacionalizar o novo sistema e emitir o Registro de Inscrição no CAF (RICAF).

As alterações realizadas por meio da Portaria atendem demandas apresentadas à Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA por gestores de políticas públicas, preocupados com uma possível redução do acesso de seus beneficiários, e por representantes de entidades que estão pleiteando o ingresso na Rede CAF.

Instituído pelo Decreto nº 9.064, de 2017, o CAF substituirá a DAP de forma gradativa e será a principal ferramenta do agricultor familiar para o acesso às ações, programas e políticas públicas voltadas para geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar.

Informações sobre o CAF podem ser solicitadas à Coordenação de Gestão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar do MAPA pelo e-mail caf@agricultura.gov.br ou pelos telefones (61) 3276-4540 e 3276-4533. (MAPA)


 Jogo Rápido

Milho: expectativa quebra de safra vai movimentar o mercado de grãos nos próximos meses, diz analista
Milho - O milho vem sendo castigado no Sul do país com a falta de chuvas, fato que liga o alerta para os produtores e pode continuar impactando nos preços, segundo análise de Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio. Segundo ele, o cenário adverso não é exclusividade do Brasil. “A estiagem também provocou perdas irreversíveis no milho primeira safra do Paraguai e da Argentina. Isso pode trazer para o Brasil um cenário de escassez do grão para o primeiro trimestre de 2022, onde vamos precisar de 38 milhões de toneladas, e a safra não deve chegar a 30 milhões de toneladas”, afirma. Todo esse cenário tem reflexo do mercado do grão, seja a nível interno ou externo. “Temos as cotações futuras reagindo à quebra na safra. Se antes da pandemia o milho em Chicago era negociado US$ 3 o bushel, hoje pode chegar até US$ 5,90. Na B3, os contratos para março já passam de R$ 95. Os preços podem ficar menores no ano que vem, dependendo do bom andamento do plantio da segunda safra de milho”, afirma Carlos Cogo. (Canal Rural)

 

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Porto Alegre, 15 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.562


Inteligência artificial fornece diagnóstico e tratamento para mastite

"A Alexa nunca ordenhou uma vaca. Então, a gente precisa da Rúmi". Em tom de brincadeira (mas nem tanto), Marcelo Lima, sócio da SK Tarpon responsável pela 10b — a gestora que lidera os investimentos em agro — ilustra as ambições da Rúmina, um ecossistema para pecuária recém-criado, abrigando sob um mesmo guarda-chuva as diversas soluções que vinham recebendo aportes do fundo nos últimos anos.

Aproveitando a união das investidas da 10b dedicadas à pecuária, a Rúmina nasceu com uma base de dados parruda, com informações de 7 mil fazendas e um rebanho leiteiro de 1,3 milhões de vacas, o que já permitiu a criação da Rúmi, uma inteligência artificial que ajuda a estimar as chances de cura de um animal com mastite, avalia o risco para concessão de crédito a pecuaristas e gera insights para melhorar a produtividade na fazenda.

As soluções reunidas na Rúmina devem fazer uma receita recorrente (ARR, a sigla mais usada no mercado) de R$ 30 milhões em 2022, mas a aposta na tese está só no começo. "Temos duas conversas avançadas para aquisições, uma para anunciar já começo do ano e outra durante o primeiro semestre", diz Lima. Até aqui, a 10b construiu o ecossistema praticamente, sozinha — com os recursos dos investidores do veículo da gestora —, mas a atração de outro fundo como sócio é uma possibilidade.

A construção da Rúmina começou há dois anos, quando a 10b fechou a aquisição da OnFarm, uma startup que desenvolveu um sistema de diagnóstico rápido de mastite, doença que mais gera perdas ao rebanho, desperdiçando leite e gastando com antibióticos sem necessidade.

Fundada por Laerte Cassoli — um agrônomo criado em uma fazenda no interior que fez carreira no maior laboratório de análise de leite do país, até sair para empreender —, a OnFarm oferece um hardware por assinatura aos produtores. A partir desse equipamento, uma espécie de mini laboratório dentro da fazenda, o leite é aplicado em um meio de cultura. Após 24 horas, a cor indicará se é preciso tratar a vaca com antibiótico e descartar o leite.

"Muitas vezes, a própria vaca já combateu a bactéria e você nem precisa aplicar antibiótico", explica Lima. Apenas neste ano, a tecnologia da OnFarm evitou o uso de quase 230 mil doses de antibióticos e o descarte de 7 milhões de litros de leite, o que se traduziu em uma economia de R$ 17 milhões. Grandes laticínios — Piracanjuba, Danone, Lactalis, Vigor e Verde Campo (da Coca-Cola) — subsidiam o uso da solução para a rede de fornecedores de leite.

Com o desenvolvimento da Rúmi, a plataforma criou uma nova camada para a solução da OnFarm. Se antes a decisão do que fazer com o diagnóstico da mastite ficava na fazenda, agora basta o envio de uma foto com o resultado para que a inteligência artificial ofereça uma sugestão de tratamento — quando necessário. "A análise da imagem digital tem uma precisão de 97,8%, que é maior que a do olho humano", disse o sócio da SK Tarpon.

O ecossistema da Rúmina também inclui o Ideagri, um software de gestão especializado em fazendas de leite comprado pela 10b em 2020. Das 100 maiores produtoras de leite do país, 80 pagam a assinatura do produto, que funciona no modelo de Software as a Service (SaaS). Recentemente, a Rúmina também criou a Bovitech, um spin-off da Ideagri voltado para fazendas de gado de corte.

Os investimentos da 10b na Rúmina também incluem IOT. Gestada da Universidade Federal de Viçosa, uma referência em agronomia, a Volutech também passou a fazer parte do ecossistema recentemente. A startup criou um sensor que monitora, em tempo real, a qualidade do leite nos tanques das fazendas.

"Antes, o laticínio só checava o volume e a temperatura do leite no momento da coleta, mas não sabia o que tinha acontecido antes", diz Pedro Peixoto, sócio da 10b responsável pelo investimento na Rúmina. O próximo passo da tecnologia é instalar sensores nos caminhões dos laticínios, acompanhando todo o ciclo logístico desde a matéria-prima até o processamento.

Com a base de dados, a Rúmina criou uma fintech — a RúmiCash. A ideia é financiar os produtores, seja antecipando os recebíveis de leite ou fazendo empréstimos de curto prazo. Por enquanto, o funding ainda vem de parceiros, mas a startup já se estrutura para levantar recursos, eventualmente captados por FIDC. Atualmente, a carteira de crédito da RúmiCash soma R$ 1 milhão.

"O diferencial da fintech é que ela nasceu dentro do nosso ecossistema. Temos um score de crédito proprietário, com uma metodologia que aprova o crédito em dez minutos", disse Peixoto. Com um universo de 300 mil clientes potenciais, a Rúmina vislumbra um negócio bastante rentável.

Na 10b — nome em alusão à população de 10 bilhões de pessoas que precisará ser alimentada no mundo em 2050 —, a Rúmina é a maior aposta em pecuária. Em agricultura, a gestora é a maior acionista da Kepler Weber, com uma participação avaliada em R$ 250 milhões, e também investe na Agrivalle, de bioinsumos, e na Seedz, um programa de fidelidade. (As informações são do Valor Econômico)


Kantar traz 3 possíveis projeções para o consumo domiciliar

Com base na taxa de contágios de covid-19 e nos diferentes estágios da pandemia, a Kantar criou três cenários para o mercado de bens de consumo massivo: um otimista, um de estabilidade e outro pessimista.

No primeiro e mais otimista cenário, ocorre uma redução em 5,8% ao mês nos novos casos e, portanto, faria com que as vendas dos produtos do setor para consumo dentro de casa retraíssem 2,5% em valor, já que teriam mais pessoas nas ruas. Já o segundo, prevê estabilidade tanto nos números de contaminações quanto no valor, que causaria um aumento de apenas 1,6%, porém com tendência de aumento do gasto médio por viagem e da frequência de ida aos pontos de venda. Por fim, em um cenário pessimista — com 24% de aumento nos novos registros e retorno ao pico da pandemia —, o consumo domiciliar subiria 3,9% em valor, tanto com maior tíquete médio quanto com maior frequência de consumo dentro de casa.

Atualmente, os brasileiros já estão retornando às compras presenciais, porém a frequência ainda é uma barreira para a recuperação dos padrões pré-pandemia. O retorno está negativado em 4,6%, comparando o terceiro trimestre de 2021 com o do ano anterior.

Nesse contexto, caso tenhamos um novo cenário de restrições, o consumo fora do lar certamente será afetado negativamente. No 2º trimestre de 2020, pico do isolamento social, por exemplo, o consumo Out Of Home retraiu 17% em comparação ao período pré-pandemia. Nesse cenário, o varejo moderno e o atacarejo seriam os modelos mais beneficiados por conta das compras de vizinhança e da estocagem de alimentos.

Para traçar as melhores estratégias, as marcas precisarão levar em consideração os desempenhos da nova variante ômicron e da eficácia da vacinação com relação a ela, além da possibilidade de novas restrições à mobilidade, que geram sempre mudanças no comportamento dos compradores. A recuperação do consumo fora do lar vai depender deste e de outros fatores, como desemprego, renda e auxílio emergencial. (Super Varejo)

 

Estratégia nutricional é essencial para produzir mais na pecuária leiteira, diz zootecnista

Segundo a zootecnista, doutora em Nutrição de Ruminantes pela Universidade Estadual de São Paulo, Vanessa Carvalho, que é gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal, é possível reduzir os custos com a alimentação do rebanho sem perder o valor nutricional.

A atividade leiteira conta com muitos desafios e incertezas, que vão da sazonalidade da produção a questionamentos sobre como o mercado vai se comportar. Em 2021, o que mais preocupou os produtores de leite foi o custo de produção. Segundo a zootecnista, doutora em Nutrição de Ruminantes pela Universidade Estadual de São Paulo, Vanessa Carvalho, que é gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal, é possível reduzir os custos com a alimentação do rebanho sem perder o valor nutricional.

No entanto, diz Carvalho, a decisão deve ser tomada com cautela, já que a retirada desses nutrientes da dieta pode causar a redução na produção de leite por vaca. Segundo a gerente técnica, quando a estratégia é aliada ao conhecimento e às tecnologias disponíveis no mercado e que foram desenvolvidas exclusivamente para a correta alimentação dos animais, o produtor pode enxergar um bom caminho à frente. De acordo com Vanessa Carvalho, é necessário avaliar os diferentes indicadores associados à lucratividade e não somente focar na diminuição dos custos de produção. Dentre os diferentes indicadores determinantes para a rentabilidade do negócio, a produção de leite por vaca faz a diferença.

Afinal, a maior produção proporciona mais renda x o custo da alimentação, mesmo quando os preços do leite são baixos e os custos dos insumos estão elevados. Assim, é importante buscar a maior produção de leite para que ocorra a diluição dos custos e a lucratividade se mantenha ou até mesmo aumente. (Canal Rural)


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Forte alta nos EUA de preços ao produtor

Os preços ao produtor nos EUA registraram um aumento anual recorde de quase 10% em novembro, alta que sustentará um fluxo de pressões inflacionárias em 2022. O índice de preços ao produtor subiu 9,6% ao ano em novembro, e 0,8% em relação a outubro, segundo informou ontem o Departamento de Trabalho. Ambos os avanços superaram as expectativas. A medida núcleo, que exclui os preços de alimentos e energia, subiu 0,7% no mês, trazendo a alta anual para o recorde de 7,7%. “Esta é uma prova do fato de que a inflação continua aumentando”, disse Stephen Stanley, economista-chefe da Amherst Pierpont. A persistente alta dos preços é atribuída, principalmente, aos gargalos nas cadeias de suprimentos globais, em meio à forte demanda de consumo. (Valor Econômico)


 

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Porto Alegre, 14 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.561


La Niña segue até o outono de 2022, mas efeito no clima será moderado

No Brasil, além do efeito do La Niña, ainda há influência do fenômeno Decadal do Pacífico, que deixa a chuva abaixo da média no Sudeste e Centro-Oeste

A temperatura do oceano Pacífico equatorial está baixa que o normal desde meados da primavera indicando a presença de um La Niña. De acordo com o Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (Noaa), a expectativa é de um fenômeno entre fraco e moderado e que vai prosseguir até meados do outono de 2022 no Hemisfério Sul.

No Brasil, além do efeito do La Niña, há influência de um fenômeno de longo prazo chamado de Oscilação (Inter) Decadal do Pacífico ou ODP. A oscilação vem fazendo com que as regiões Sudeste e Centro-Oeste recebam chuva abaixo da média nos verões há pelo menos dez anos. E em 2022, isso não será diferente. De acordo com a previsão da simulação ECMWF, o primeiro trimestre de 2022 será caracterizado por chuva abaixo da média histórica ao longo do vale do Rio São Francisco (Minas Gerais e Bahia), Triângulo Mineiro, Goiás e boa parte de Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, apesar do La Niña, parte do primeiro trimestre de 2022 terá chuva acima da média em Santa Catarina e Paraná, além de São Paulo. A previsão do tempo aponta que a chuva acima da média não será frequente durante todo o trimestre, assim como a chuva abaixo da média não indica ausência de precipitação. O efeito mais clássico do La Niña será visto no Rio Grande do Sul, com chuva abaixo da média, além de boa parte das regiões Norte e Nordeste, com precipitação acima da média histórica.

Outro efeito do La Niña será a ausência de calor intenso e persistente na maior parte do Brasil. Apenas o interior do Rio Grande do Sul terá temperatura acima da média no primeiro trimestre de 2022. (Canal Rural)

Preços da próxima safra e carência de fertilizantes serão abordados no Agrocenário 2022

A safra 2022/2023 sinaliza diversos desafios ao produtor brasileiro. Prova disso é a estimativa feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), apontando a probabilidade de a próxima temporada ser a mais cara do século até então. Diante dessa conjuntura, é imprescindível que o agricultor consiga incrementar a sua rentabilidade e ajudar o país a continuar tendo protagonismo internacional. Assim, para prepará-lo frente às adversidades que estão por vir, a Aprosoja Brasil e a Corteva realizam a quarta edição do “Agrocenário 2022 – Competitividade do Agronegócio Brasileiro”, no dia 15 de dezembro, às 9h (horário de Brasília).

O analista de Fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Sousa, participará do primeiro painel do evento e abordará as adversidades enfrentadas pelo setor de fertilizantes e agroquímicos. “Houve uma forte queda de produção desses insumos em 2021 causada pela crise energética na China, limitando as exportações e aumentando os preços, principalmente do glifosato, um herbicida muito utilizado no Brasil e no mundo”, comenta.

Segundo ele, o próximo ano já começará com um grande desafio envolvendo a disponibilidade de cloreto de potássio na agricultura. “Os Estados Unidos colocaram uma série de sanções na Bielorrúsia, que é o país responsável por fornecer quase 20% do produto utilizado no mundo. Isso significa que 2022 vai ter um problema grande em relação a preço e fornecimento de matéria-prima”, constata.

A relação de troca para o fertilizante será outro ponto abordado por Sousa. “Essa questão acaba sendo um termômetro para o produtor antecipar ou não as suas compras. Neste momento essa relação está muito elevada, infelizmente, não sendo nada convidativa para compra. Estamos falando de uma relação acima do histórico, o que, logicamente, pode implicar em alguns pontos para a safra 22/23, causando, assim, uma estagnação da área plantada ou até mesmo uma redução, além de menores investimentos em adubação”, sintetiza o especialista.

Abertura de novas fronteiras
O diretor da Pátria Agronegócios e palestrante do segundo painel do Agrocenário 2022, Matheus Pereira, acredita que a ocasião é importante para iniciar um debate em que a frente política que defende o agro nacional possa se fortalecer. “Daremos as direções para onde podem ser focados os esforços políticos e, assim, termos ainda mais competitividade e agressividade na comercialização, bem como para mantermos os laços comerciais que já possuímos”, adianta.

Pereira se considera um “consultor de pé no chão e de botina suja”. Com isso, afirma que sua busca é por trazer informações de qualidade que estejam em linha com o que o produtor aplica no campo. “Já fui produtor, nascido e criado na roça. Sei a maneira de tratar com o público direto e é dessa forma que procederei no evento.”

Desta forma, o diretor antecipa que também pretende discutir maneiras de o país desatar nós com nações que ainda não têm a licença necessária para adquirir a principal commodity do agro brasileiro: a soja. “Nossa oleaginosa já é vista internacionalmente como um grão de qualidade, sustentabilidade e oferta robusta. Precisamos apenas transpor essas barreiras territoriais e nos mantermos à frente de nossos principais concorrentes por demanda, que são os Estados Unidos e a Argentina”, conclui.

Setor dinâmico
O diretor de Supply Chain Crop Protection da Corteva, Gustavo Haddad, estará presente nesta quarta edição do Agrocenário. Segundo ele, o período em que o evento acontece não poderia ser melhor. “Vemos muitos avanços sob a ótica da competitividade interna, como a melhoria dos investimentos em infraestrutura, novas fontes e formas de financiamento do setor e novas tecnologias trazendo ganhos de produtividade”, ressalta.

Todavia, de acordo com ele, o país possui limitações logísticas internacionais e mudanças geopolíticas que afetam os interesses de comércio, além de uma agenda de sustentabilidade em ascensão. “Mas é inegável que o agro ainda é o setor mais dinâmico da economia (inclusive em geração de empregos) e que o seu crescimento se manterá firme nos próximos anos. O que temos no pós-pandemia é o ‘estado da arte’ do futuro do agronegócio. Um ambiente complexo, competitivo e muito promissor”, conclui Haddad.

Não deixe de acompanhar o Agrocenário 2022, que será transmitido por todas as plataformas do Canal Rural (TV, YouTube e Facebook). Clique aqui e inscreva-se para receber a notificação no horário do evento. (Canal Rural)





Fiergs estima que PIB gaúcho fechará o ano com incremento de 9,6%

A economia gaúcha crescerá mais do que a brasileira em 2021. Conforme cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), enquanto o PIB do Estado deve verificar uma evolução de 9,6%, o País deve registrar um aumento de 4,6%. Para 2022, a expectativa é de que o PIB gaúcho tenha um desempenho na casa de 1,6%, contra 1,0% do brasileiro.

Uma das explicações para o melhor desempenho da economia gaúcha que a do País está no PIB da agropecuária estadual, que deve aumentar 57,7% neste ano, contra uma retração de 29,6% em 2020 e uma perspectiva de alta de 6,3% para 2022. Ainda para o próximo ano, a Fiergs prevê que a taxa de desemprego elevada e a permanência das interrupções nas cadeias de fornecimento devem ajudar a diminuir o ritmo de crescimento.
Assim, a expectativa é de uma criação de 614 mil empregos formais em âmbito nacional e para o Rio Grande do Sul a perspectiva é da geração de 29 mil postos de trabalho em 2022, sendo cerca de 9 mil no setor industrial. O PIB da indústria gaúcha deve fechar 2021 com uma elevação de 6,8% (contra 5,1% do brasileiro) e no próximo ano deve aumentar em 0,6% (e o nacional 0,9%).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14), pelo presidente da Fiergs, Gilberto Petry, durante a apresentação do Balanço e Perspectivas da Economia 2021/2022. Na ocasião, o dirigente aproveitou o evento para comentar ainda sobre os bons índices de vacinação no Brasil, superiores aos de países como Alemanha, Áustria e Estados Unidos. “Nossa principal atividade hoje é evitar que a Covid-19 se alastre mais”, defende Petry. O presidente da Federação das Indústrias, que realizou uma coletiva on-line, ainda se emocionou ao falar do seu primo, o jornalista e professor Flávio Porcello, falecido em decorrência do coronavírus.

Desempenho do PIB no mundo, Brasil e Rio Grande do Sul:

Mundo:
2020 2021 2022
-3,1% +5,6% +4,5%

Brasil:
2020 2021 2022
-3,9% +4,6% +1,0%

Rio Grande do Sul:
2020 2021 2022
- 7,0% +9,6% +1,6%

Fonte: Fiergs/Jornal do Comércio - adaptado Sindilat/RS

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Confaz publica convênio ICMS que beneficia irrigantes do RS e do ES
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou, na sexta-feira, o Convênio ICMS nº 214, e atendeu a um pedido dos produtores rurais irrigantes do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo. A medida permite que esses Estados tenham isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas vendas com equipamentos de irrigação. Agora são  nove Estados que contam com o benefício: Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. Esses Estados são autorizados a conceder isenção do ICMS incidente nas operações internas com irrigadores e sistemas de irrigação para uso na agricultura ou horticultura, por aspersão ou gotejamento, inclusive os elementos integrantes desses sistemas, como máquinas, aparelhos, equipamentos, dispositivos e instrumentos.  (Valor Econômico)

 

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Porto Alegre, 13 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.560


Saem vencedores do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Os resultados do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram divulgados na manhã desta segunda-feira (13/12) de forma totalmente online pelo Facebook do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Repórteres da Cotrijal, do Vale Agrícola e do Correio do Povo se destacaram na premiação, assim como profissionais do Portal Novo Rural, da Zero Hora, do Jornal do Comércio e do Canal Rural (confira a lista abaixo).

O primeiro lugar na categoria Online foi para Fernando Oliveira Teixeira, do Agrocast Cotrijal, de Não-Me-Toque/RS, com o trabalho “Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação”. Na categoria Eletrônico, Elizângela Maliszewski, do Vale Agrícola, de Canoas/RS, liderou a premiação com o trabalho “Produção do Leite tipo A”. Já no Impresso, categoria mais disputada da edição contando com participantes de diversos estados do Brasil, a jornalista Nereida Vergara, do Correio do Povo, de Porto Alegre/RS, levou o primeiro lugar com o trabalho “Pequenos penalizados”.

Neste ano, a Comissão Julgadora foi formada pelos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Pedro Dreher (Sindicato dos Jornalistas do RS), Gerson Raugust (Farsul), Eduardo Oliveira (Fetag), além das representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres. De acordo com Goulart, desde que participa da Comissão Julgadora, a qualidade dos trabalhos melhora a cada ano. “Eu notei que a cada ano melhora a qualidade dos trabalhos. Isso é inegável”, ressaltou.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, complementou Goulart salientando o alto nível dos trabalhos inscritos. “As matérias estão cada vez melhores. Para nós que representamos o setor lácteo e que estamos em um momento um pouco complicado, a questão do diálogo e a cobertura da mídia é fundamental”, relatou.

Conheça os vencedores:

Online:
Em 1º lugar: Fernando Oliveira Teixeira, do Agrocast Cotrijal (Não-Me-Toque/RS)
com o trabalho “Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação”
Em 2º lugar: Gracieli Verde, do Portal Novo Rural, com o trabalho “Parceiros do Leite - Episódio 4”
Em 3º lugar: Fábio Schaffner, de Zero Hora (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Animais doentes e transmissão contida a tiros: a história do vírus que prejudicou a pecuária gaúcha e só agora será vencido”

Eletrônico:
Em 1º lugar: Elizângela Maliszewski, do Vale Agrícola (Canoas/RS) com o trabalho “Produção do Leite tipo A”
Em 2º lugar: Antonio Petriccione, Canal Rural (São Paulo/SP), com o trabalho “O futuro do leite no Brasil”
Em 3º lugar: Elizângela Maliszewski do Vale Agrícola (Canoas/RS) com o trabalho “Agricultor cadeirante quadruplica produção de leite”

Impresso:
Em 1º lugar: Nereida Vergara, Correio do Povo (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Pequenos penalizados ”
Em 2º lugar: Rafael Vigna, Jornal do Comércio (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Cadeia do Leite sofre pressão dacrise provocada pela pandemia”
Em 3º lugar: Nereida Vergara, Correio do Povo (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Mais pasto contra o Custo”

Assessoria de imprensa Sindilat/RS


Produtor de milho contabiliza perdas

Assolada pela estiagem prolongada, a safra gaúcha de milho será marcada por quebra pelo terceiro ano consecutivo. Na região Noroeste do Estado, a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS) estima perdas de 40% da produção. No restante do Estado, os prejuízos nas lavouras afetadas variam de 30% a 70%, segundo o presidente da entidade, Ricardo Meneghetti. A colheita inicialmente projetada para o Estado era de 6 milhões de toneladas do cereal.

A falta de chuva não poupou nem as áreas irrigadas. “Agricultores estão intercalando a irrigação entre uma lavoura e outra, racionando a água”, relata Meneghetti. “Fizemos todo um trabalho dentro do Programa Pró-Milho, que é para incentivar a produção, mas estamos tendo dificuldades com o clima”, destaca. Segundo Meneghetti, a tendência é que, à medida que as prefeituras decretarem estado de emergência devido à estiagem, os agricultores comecem a apresentar pedidos de indenização ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

Maior produtor de milho do Estado, o município de Palmeira das Missões registra perdas
de 50% a 60% nas áreas não irrigadas, diz o presidente do sindicato rural, Hamilton Jardim. Segundo ele, a situação é mais dramática nas lavouras semeadas no cedo, que sofreram com a falta de chuva na fase de floração. Nestas, a crise hídrica comprometeu 80% da produção. “Se não houver chuva nos próximos dias, as lavouras de sequeiro serão totalmente inviabilizadas”, alerta Jardim.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Não-Me-Toque, Maiquel Junges, diz que em muitos municípios 90% das lavouras estão perdidas. Ibirubá, Selbach, Quinze
de Novembro, Alto Alegre, Boa Vista do Incra e Fortaleza dos Valos, por exemplo, estão há 60 dias sem chuva, segundo ele.

A falta de chuva também atrasou a semeadura da soja na região, que só foi feita em 10% da área de cultivo prevista. A preocupação dos produtores é que o período de plantio indicado no zoneamento agrícola para a soja se encerra em 31 de dezembro. “Estamos pedindo ao governo federal para rever o prazo, para que, se o plantio não for feito até lá, o produtor possa ter cobertura de seguro e Proagro”, explica Junges. (Correio do Povo)

 

 


Índia: produção de leite segue crescendo e exportação pode ser necessária no futuro

Prevê-se que a população da Índia cresça em 272 milhões de pessoas até 2050. No entanto, não está claro se o setor lácteo do país produzirá o suficiente para atender à sua crescente demanda por leite e produtos lácteos, ou se a produção irá exceder as necessidades domésticas.

De acordo com um relatório das Nações Unidas de 2019, a Índia pode suplantar a China como o país mais populoso do mundo até 2027 e permanecer nesta posição até o final do século. Em 2019, a economia da Índia ultrapassou a do Reino Unido e da França como a quinta maior do mundo, com PIB de US$ 2,94 trilhões.

“Depois de experimentar um crescimento sustentado nos últimos anos, a Índia está pronta para consolidar sua posição como o maior produtor e consumidor de leite do mundo”, disse Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma empresa de consultoria agrícola em Buenos Aries.

De acordo com um relatório recente do USDA Global Agricultural Information Network, a produção de leite da Índia deve crescer 2,2% em 2021, atingindo um total de 199 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) espera que a produção cresça 2,3% no próximo ano. Na próxima década, o USDA projeta que a produção de leite na Índia aumentará mais 130 milhões de toneladas.

Embora a maior parte da produção de leite do país seja proveniente de búfalos, a participação do leite de vaca tem aumentado, observou Ganley. Em 2021, ela disse que o leite de vaca representará 48,2% da produção total de leite do país.

“As pequenas fazendas leiteiras do país geralmente preferem ordenhar búfalas porque seu leite é mais gorduroso e elas geralmente resistem ao clima melhor do que as vacas Holandesas e outras vacas leiteiras tradicionais”, observou Ganley. “Além disso, as búfalas podem ser abatidas, proporcionando uma fonte de receita adicional para os produtores indianos, enquanto o abate de vacas leiteiras é proibido na maior parte da Índia por motivos religiosos.”

Quase todo o leite produzido na Índia é consumido internamente, com apenas volumes nominais do produto enviados aos mercados de exportação, disse Ganley. Um pouco mais da metade da produção é formalmente processada, enquanto os 48% restantes são consumidos na fazenda ou vendidos por meio de canais informais.

Produtos lácteos, particularmente iogurte, queijos e ghee, são considerados alimentos básicos na Índia, onde um grande número de vegetarianos depende dos laticínios como fonte de proteína em suas dietas, disse Ganley.

A população crescente da Índia e o grande número de consumidores mais jovens do país, que tendem a favorecer os produtos lácteos, são um bom presságio para o futuro do consumo de lácteos. No entanto, com a expectativa de crescimento da produção de leite, é incerto se o crescimento da produção ficará aquém ou excederá a demanda crescente.
“O consumo de lácteos per capita da Índia de 0,4 quilos por dia e já se acredita que exceda a média mundial em 33%. Assim, se a produção de leite aumentar significativamente nos próximos anos e o crescimento da demanda não acompanhar, a Índia pode, em breve, estar olhando para o mercado global para descarregar o excesso de produção”, disse Ganley. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


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Consumo nos Lares Brasileiros cresce 4,95% em outubro, aponta ABRAS
Apesar do índice ter apresentado desaceleração de 0,24% na relação entre outubro de 2020 e 2021, o consumo manteve sua trajetória positiva nos dez primeiros meses do ano e acumulou alta de 3,14%, segundo monitoramento mensal realizado pela entidade.De acordo com a associação, a alta do custo da energia elétrica e dos combustíveis impactaram o resultado até outubro. “O IPCA acumulando alta de 10,67%, e o IPCA alimentos subindo 11,71% afetaram o consumo das famílias brasileiras, que com menor poder aquisitivo, selecionam itens para colocarem em seus carrinhos”, avaliou Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS e que apresentou o índice em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9). “O setor já está se preparando para as datas de grande consumo, como Natal e Ano Novo, ofertando produtos e realizando promoções, que caibam no bolso de todos brasileiros”, disse. Durante a coletiva, Milan apresentou também o índice Abrasmercado, composto por uma cesta de 35 produtos de largo consumo, como alimentos (incluindo cerveja e refrigerante), higiene, beleza e limpeza doméstica. No mês de outubro, o gasto com produtos da cesta manteve a tendência de alta e fechou em R$ 700,04, aumento de 2,20% em relação a setembro (R$ 684,99). No comparativo com outubro do ano passado, a cesta ficou mais cara em 17,27%. Cuiabá (MT) apresentou a cesta mais barata do país (R$ 540,07), e a Grande Porto Alegre (RS), a mais alta, no valor de R$ 795,45. Os grandes vilões da alta do preço, na comparação entre setembro e outubro deste ano, foram o tomate (+28,77%) e a batata (+24,05%), que registraram aumento significativamente maior que os produtos que vêm em seguida, como o frango congelado (+ 6,33%), o café torrado e moído (+ 6,11%) e o açúcar (+ 4,79%). A cebola, o feijão e o extrato de tomate tiveram as maiores baixas com queda de 5,17%, 2,27% e 1,95%, respectivamente. A ABRAS se mantém otimista sobre o consumo no Natal e Ano Novo e já anuncia novas contratações. “Estamos prontos para receber os clientes nas mais de 91 mil lojas do setor e através do e-commerce”, disse Milan que prevê 30 mil admissões de funcionários temporários no período. “Os postos mais ocupados por estes trabalhadores serão : operadores de caixa, repositores e empacotadores”, afirmou Milan. (Newtrade)