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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.579


Global Dairy Trade - GDT 
 
 
 As informações são do Global Dairy Trade adaptadas pelo Sindilat/RS

Gado de corte e de leite sofrem com estiagem
 
Prejuízo no engorde de bovinos de corte e falta de reposição do gado leiteiro estão entre os maiores problemas
 
Os impactos no gado de corte são preocupantes, mas não tão graves quanto está sendo para o gado leiteiro. “A estiagem eleva consideravelmente o preço da produção do litro porque você não tem uma pastagem adequada”, explica o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang. A produção de silagem representa 70% do que é consumido pela vaca, o restante é suplementação. E está escassa nas propriedades dos produtores. Nem nas dos vizinhos e está cada vez mais longe para mandar buscar, relata Tang.
 
A alimentação impactando no resultado da produção e no processo reprodutivo do rebanho leiteiro são fatores que devem gerar impactos a longo prazo para o setor leiteiro. “O ideal é repor 20% do rebanho anualmente para manter a produção”, explica o dirigente, que relata a janela de 24 meses para que um
Terneiro comece a produzir leite, relata Tang. 
 
Estiagens recorrentes pedem soluções a longo prazo
 
A média de chuvas no Rio Grande do Sul para o período atual está em torno de 1800 milímetros anuais, contudo, nos últimos anos, existem regiões registrando um volume de 1000 mm a 1100 mm por ano, abaixo do esperado, explica o diretor e coordenador da Comissão do Meio Ambiente da Farsul, Domingos Antônio Lopes. “O cenário é muito preocupante. Cada dia que passa aumenta o prejuízo do produtor, problemas graves nas lavouras de milho e de soja e gravíssimo na pecuária leiteira”, lamenta.

Lopes relata que a situação é complicada porque as entidades não veem uma solução a curto prazo, e que por isso, vêm alinhando, com o governo estadual e com os parlamentares gaúchos, através de audiências públicas, medidas que possam ajudar nos momentos de crise. Ações de longo prazo, como a de preservação de água nas propriedades, esbarram na legislação federal que prevê a interferência em área de preservação permanente somente nos casos de interesse social, utilidade pública ou impacto ambiental. “A ideia é que a irrigação se torne algo de interesse social ou de utilidade pública. Reservar água a nível de propriedade levará a uma perda ambiental no curto prazo, mas a médio prazo, trará ganho de fauna e de flora.” (Jornal do Comércio)




Volta da chuva é um alento, mas ainda faltam volume e distribuição
 
A chuva voltou, mas ainda não é uma realidade em todos os municípios do Rio Grande do Sul. Dados da rede de 64 estações meteorológicas do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) e do Inmet mostram que, no acumulado entre as 9h de domingo e de ontem, as precipitações variaram de zero a 38,4 milímetros. Ou seja, há pontos onde não choveu e outros onde o volume é considerado muito bom.
 
— A chuva ficou concentrada mais ao sul e ao leste — completa Flávio Varone, meteorologista da Secretaria da Agricultura e coordenador do Simagro.
 
Em Cambará do Sul, por exemplo, foram 36,6 milímetros, e em Bento Gonçalves, cinco. Já em Vacaria, Santo Augusto e Alegrete, não caiu uma gota. Diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri reforça o 
que mostram os índices pluviométricos: houve irregularidade na distribuição.
 
— A chuva foi muito variada, mas veio, isso já ajuda. A única forma de começar a enxergar uma luz é a retomada da precipitação — pondera Rugeri. Na primeira quinzena de dezembro, Maiquel Junges, produtor de Não-Me-Toque, no norte do Estado, e coordenador regional dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais do Alto Jacuí, havia relatado e registrado em vídeo as perdas que se acumulavam nas lavouras de milho. Perguntado sobre os últimos dias, desabafou:
— Não choveu nada. A soja está indo pelo mesmo caminho do milho, que perdeu grande parte, mais de 90%. Presidente da Cotrijal, cooperativa que tem sede em Não-Me-Toque, Nei César Mânica afirma que a situação segue complicada na região:
 
- É preciso normalizar a chuva para que ainda se possa ter uma safra razoável na soja. Há áreas que ainda não puderam sequer ser semeadas e outras que precisaram ser replantadas em razão das condições climáticas desfavoráveis. Presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado, Décio Teixeira diz que a medição feita da temperatura na superfície do solo indicou 50 0C. 
 
— Na região de Uruguaiana tem regiões onde a soja torrou, lavouras grandes, caprichadas — descreve o dirigente. Coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Júlio César Rocha Lopes observa que a chuva foi importante para apagar focos de incêndio no Interior. Ressalva, no entanto, que são irregulares: — A estiagem continua. (Zero Hora)

Jogo Rápido 

Estiagem afeta produção de leite no Sul do país, diz Sindilat
 A estiagem tem causado muitas revisões nas projeções de safra de milho e soja em estados do Sul do Brasil. A situação não é diferente nas principais regiões produtoras de leite, que também amargam perdas que resultam das intempéries. No Paraná, a estimativa é de que quase 200 milhões de litros deixem de ser produzidos, com prejuízo aos produtores de R$ 400 milhões, segundo a Secretaria da Agricultura do Estado. No Rio Grande do Sul, a Emater projetou, até a semana anterior, redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no estado – em algumas regiões, uma queda de quase 10%. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS, que representa a indústria, a tendência é que o prejuízo aumente nos próximos meses. “Temos duas realidades. Nós temos os pequenos produtores, que estão sofrendo mais, por falta de infraestrutura. E os médios e grandes produtores, que até não está sofrendo tanto com a perda da produção, mas está assustado com a elevação dos custos. O elevado custo de produção, aliás, vai ser o grande desafio da atividade leiteira. Nós estamos com os preços muito achatados. Para que a produção não cai mais, vai depender de como o mercado vai reposicionar os preços”, explica. Clique aqui e assista a entrevista de Palharini para o Canal Rural. (Canal Rural)

 

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Porto Alegre, 17 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.578


Produtor celebra bom resultado alcançado com sistema de irrigação no município de Relvado

Apostar em alternativas e em tecnologias que possam mitigar os efeitos da estiagem, este tem sido um dos objetivos da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado - que destinará mais de R$ 200 milhões em projetos de reservação de água e qualificação da irrigação. "Apresentar aos agricultores políticas públicas e tecnologias diversas que possam compensar a escassez de água em tempos de seca é, afinal, uma das metas da Instituição", resume o gerente regional da Emater/RS-Ascar Cristiano Laste.

O que parece ser um grande dilema, explica Laste, pode muitas vezes ser encaminhado por meio de iniciativas não tão complexas, sustentáveis e de menor investimento, como é o caso da construção de cisternas ou a preservação de fontes. Aliás, foi justamente uma fonte protegida, que alimenta um açude de 1,5 hectares, que possibilitou ao produtor aposentado Alexandre Perin, de Relvado, ter acesso à água necessária para que não houvesse perdas nos cinco hectares de milho plantados na propriedade, que fica na Linha Carlos Gomes.

Perin salienta que a reflexão sobre a necessidade de irrigação da lavoura já surgiu junto com a implantação desta, há cerca de dois anos. "Lembro que na época fui conhecer uma experiência de um agricultor de Encantado, que já adotava o sistema de irrigação por aspersão, que minimizava as perdas pela estiagem", recorda. Não por acaso, o produtor procurou a Emater/RS-Ascar logo depois, para que o projeto de crédito já pudesse ser encaminhado com este investimento, discutindo ainda quais os caminhos para proteger uma fonte de forma legal, sem comprometer o meio ambiente.

Para o extensionista da Emater/RS-Ascar Marcelo Figueiredo Ramos, a experiência vivida por Perin garantirá não apenas a safra como a safra com qualidade, já que ele não precisará de terceiros para comprar milho para a silagem dos cerca de 15 animais que mantém na propriedade. Tanto é que a expectativa é de que ele colha mais de 120 sacos de milho por hectare, podendo fazer mais adiante a rotação para o plantio de milho safrinha. "Isso sem deixar de estar atento a outros aspectos importantes, caso da análise de solo", observa Ramos.

"Muitas vezes temos a impressão de que essas tecnologias para a irrigação são complexas e que envolvem uma grande burocracia, mas não", reforça o extensionista, que reafirma que a importância de linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) como um dos caminhos. "A gente mora em um Estado que possui uma boa abundância pluviométrica, devendo os gestores públicos - com o apoio das prefeituras, da extensão rural - apoiar os agricultores para iniciativas do tipo", finaliza.

As informações são da assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado.


Estiagem já prejudicou 207 mil propriedades

Levantamento da Emater também indica que prejuízos são maiores nas regiões Norte e Noroeste e podem chegar a 60% na cultura do milho

Os efeitos da estiagem que assola o Rio Grande do Sul desde novembro do ano passado já foram sentidos em pelo menos 207 mil propriedades rurais de 8 mil localidades do Estado. Além de perdas nas lavouras, pastagens, pomares, hortas e na produção de leite, 10,5 mil famílias estão com dificuldades para ter acesso à água. Os dados são do primeiro Informe de Evento Adverso, divulgado ontem pela Emater/RS-Ascar. O boletim será atualizado semanalmente.

As novas informações mostram a evolução do quadro em apenas duas semanas. Em levantamento anterior, levado pela instituição a uma reunião de secretarias do governo do Estado em 3 de janeiro, o número de propriedades que enfrentavam algum tipo de problema em relação ao fenômeno era de 140 mil, entre as quais estavam 6 mil que apontavam insuficiência no abastecimento de água.

Segundo a Emater, os dados foram consolidados a partir de informações dos extensionistas rurais das suas 12 regiões administrativas. Até a primeira quinzena de dezembro de 2021, os impactos da estiagem nas atividades agrícolas foram maiores em Ijuí, Frederico Westphalen e Santa Rosa. A partir de então, os
efeitos da estiagem se espalharam para as demais áreas do Rio Grande do Sul.

O levantamento revela que 77,7 mil lavouras de soja sofreram algum tipo de dano por falta de água e admite que o plantio pode ficar em 95% do que era estimado inicialmente por falta de condições de avançar em terra muito seca. As perdas estão estimadas entre 3% e 26,5% nas diferentes regionais da Emater.

No cultivo de milho, 90,1 mil plantações sofrem com a estiagem. Os prejuízos, que não são homogêneos, são maiores nas lavouras das regiões de Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa e Soledade, onde podem chegar a 60% da produção estimada.

Em função dos impactos da estiagem, a Emater confirmou que vem sendo demandada para atendimento de inúmeras solicitações de comprovações de perdas nos cultivos que sofreram os maiores prejuízos. As regiões de maior incidência de comunicados são as de Ijuí, Santa Rosa e Frederico Westphalen. Além disso, há uma tendência crescente em Erechim e Passo Fundo.

EMERGÊNCIA EM MAIS DA METADE DOS MUNICÍPIOS: O número de municípios gaúchos que decretaram situação de emergência chegou a 262 ontem, com a inclusão de mais 23 na relação feita pela Defesa Civil do Estado. Com isso, a medida foi adotada por mais da metade das prefeituras – 52,7% de um total de 497. Dos decretos emitidos até ontem, 123 já foram homologados pelo governo gaúcho. Desse total, 60 municípios já tiveram o status de emergência reconhecido pela União e a partir de agora poderão solicitar recursos ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

As informações são do Jornal Correio do Povo.




Uruguai: produção de leite caiu, custos subiram e há preocupação com a falta de água

A produção de leite no Uruguai caiu em janeiro, e a disponibilidade de água nas fazendas leiteiras é diferente dependendo da área. Os custos de produção aumentaram devido as pastagens já estarem sofrendo com déficit hídrico e em várias fazendas está sendo utilizada a forragem reservada para o inverno ou concentrados, o que permitiu que os animais tivessem uma boa condição corporal.

Nas fazendas da região de Canelones "a situação é complexa porque a água não está regularizada", disse Justino Zavala, líder da Associação de Produtores de Leite de Canelones. Nas fazendas leiteiras da região de Santa Lucía e algumas próximas a Canelones, “onde a quantidade de água era impressionante”, espera-se que o sorgo forrageiro e o milho possam ter uma importante rebrota; mas no resto das fazendas leiteiras "é muito complicado", alertou.

Em áreas como Aguas Corrientes, onde as últimas chuvas registraram recorde de 3 mm, o crescimento das pastagens fica comprometido. “Temos aguentado com alfafa e um pouco de sorgo forrageiro, mas a partir de agora vai ficar complicado”, disse o produtor de leite. 

A captação do leite caiu 2%

Na Flórida, onde existem várias regiões declaradas como emergência agrícola devido ao déficit de água, "as coisas estão um pouco complicadas", disse Fabián Hernández, presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida.

Segundo ele, vários produtores que têm suas fazendas em áreas onde não há emergência agropecuária "estão indo muito mal", e as reservas de forragem que haviam sido feitas para o inverno estão comprometidas, porque em muitos casos começaram a ser usadas em outubro, quando geralmente são tomados como opção alimentar a partir da segunda quinzena de dezembro. O sorgo ainda mostra potencial de crescimento, mas o milho de primeira classe vem reduzindo, porque a maioria deles não tinha água na época de floração, explicou.

Hernández explicou que o número de animais em produção vem diminuindo e, com isso, a quantidade de leite vendida. Na Conaprole, a captação dos primeiros dias de janeiro mostra um decréscimo em relação ao que havia no mês passado.

Alejandro Pérez Viazzi, vice-presidente da Conaprole, disse que embora dezembro de 2021 tenha fechado com captação de leite de 134,4 milhões de litros, 3% acima do que foi dezembro de 2020, nos primeiros dias de janeiro a produção média diária caiu 2%.

A queda na captação é esperada nesta época do ano, quando menos ordenha é feita porque "as vacas estão próximas ao período de parto e diminuem a produção", explicou ele. As porcentagens de sólidos no leite caíram, mas a qualidade ainda é boa, disse.

“Os custos aumentaram porque as reservas ou concentrados estão sendo usados. A seca está tendo um efeito importante na produção, é muito complicado pelas altas temperaturas, falta de chuvas, qualidade e quantidade de pastagens”, concluiu.

As informações são do El Observador, adaptadas pela equipe MIlkPoint. 

Jogo Rápido 

Falta de chuva afeta fortemente produção de leite no RS
As principais regiões produtoras de leite do país também amargam perdas que resultam das intempéries. Os rebanhos dos três Estados do Sul – que, juntos, respondem por 12 bilhões de litros – estão sofrendo com a seca e as altas temperaturas, enquanto em Minas Gerais, que produz 9,7 bilhões de litros e lidera o ranking nacional, o problema é o excesso de chuvas. A estiagem severa no Rio Grande do Sul já afeta os produtores de leite pelo quarto ano seguido. O clima ruim impactou o milho e os pastos, afetando a alimentação dos animais. No Sul, onde o gado é de origem europeia, a alimentação desbalanceada e o calor reduzem o volume de produção e a qualidade da bebida. “O leite pode ficar mais ácido e não serve para produzir derivados”, explica Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat-RS, que representa a indústria, em entrevista à nossa reportagem. A seca soma-se à alta de custos como um elemento de redução da produção de leite no país. Ele estima que o volume produzido no último trimestre foi de 5% a 7% menor do que em 2020.   Segundo o dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção caiu 4,9% no terceiro trimestre, para 6,19 bilhões de litros.   A Emater-RS projetou até agora redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no Estado – em algumas regiões, a queda se aproxima de quase 10%. Para Darlan Palharini, do Sindilat, a questão do preço pago ao produtor e consumidor será impactada. Ouça a entrevista de Palharini clicando aqui. (Rádio Planetário)

 

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Porto Alegre, 14 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.577


Calor extremo e baixos volumes de chuva previstos para os próximos sete dias no RS
 
A próxima semana terá novamente calor extremo e volumes baixos de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 02/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga.
 
Na sexta-feira (14), a presença do ar quente manterá a onda de calor em todo o Estado,
com tempo seco e temperaturas superiores a 40°C em algumas regiões. Ainda no decorrer deste dia, há possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas isoladas nos setores Norte e Nordeste.
 
No sábado (15) e domingo (16), o tempo firme e muito quente seguirá predominando e o ingresso de ar úmido favorecerá o aumento da nebulosidade, o que deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas, típicas de verão, na maioria das regiões.
 
Entre a segunda (17) e quarta-feira (19), o ar quente e úmido seguirá predominando e o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em grande parte do Estado, com possibilidade de temporais isolados na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul.
 
Os volumes esperados deverão oscilar entre 15 e 35 na maioria das regiões. Na Serra do Nordeste, Campos de Cima da Serra e no Litoral Norte, os valores poderão alcançar 50 mm em alguns municípios. Já na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, os totais oscilarão entre 50 e 65 mm, podendo alcançar 80 mm em algumas localidades.
 
O documento também aborda a situação atual das culturas de soja, milho e arroz. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. Calor extremo e baixos volumes de chuva previstos para os próximos sete dias no RS (SEAPDR)


Seca na região Sul: orientações emergenciais aos produtores de leite
 
Perguntas e respostas:

1. Não tenho mais pasto nem silagem. O que posso fornecer aos animais?
O alimento sólido principal do ruminante (bovino, ovino, caprino) é fibra vegetal (celulose). Qualquer fibra vegetal que não seja tóxica é potencialmente um alimento. Em condições extremas, os microrganismos do rúmen conseguem transformar até papel em energia para sobrevivência, desde que forneçamos, também, nitrogênio e enxofre (explicado mais abaixo).

Alternativas a serem consideradas:
● Negociar acesso a áreas de vizinhos com pastos, áreas de banhados, restevas de culturas de inverno que não foram plantadas etc. Mesmo o famigerado capim-annoni será útil neste momento. Barba-de-bode, capim-caninha, não importa.
● Permitir acesso dos animais aos corredores e estradas locais (usar arame eletrificado para impedir acidentes e atropelamentos e contato com gado vizinho por questões sanitárias). Se necessário, consulte a autoridade responsável.
● Cuidado!!! As plantas de milho colhidas sem granar, podem ser usadas em qualquer estágio que estiverem, mas faça adaptação dos animais, fornecendo pouco e aumentando a cada dia, pois estarão com altos teores de nitratos.
● Palha de qualquer cereal de inverno, seja enfardada ou ainda na lavoura é alimento.
● Galhos de algumas árvores, desde que abundantes em folhas e de espécies seguras.

Todos os salsos e o vime são seguros, assim como todos os álamos (não confundir com plátano, este não é recomendado). Aroeiras NÃO. Na dúvida, evitar arbustos e árvores de espécies leitosas ou que produzam resinas, aromas fortes, ou espinhos.


2. Como e quando devo fornecer esse nitrogênio e enxofre?
Com qualquer fibra de baixa qualidade. No caso do milho planta, se estiver verde, não adicione nitrogênio extra, neste caso.

Palhas, pastos passados, encanados, canas etc. devem receber nitrogênio e enxofre. Para todos os detalhes, clique aqui e baixe o pdf onde explicamos a mistura e quantidades seguras de nitrogênio e enxofre:

3. Qual seria o preço justo para adquirir uma tonelada de um milho que não granou?
Se fosse um caso isolado, a metade do valor de uma silagem boa já seria caro. No entanto, neste momento, vai depender de quão apertado você está e da procura na sua região.

4. Como posso estimar o rendimento de uma área de milho planta, sem granar? Meu vizinho plantou para grão e está oferecendo. Botou preço na lavoura como está, mas preciso ter uma ideia da quantidade de comida que estarei comprando.

Obtenha o número médio de plantas por metro linear e a distância entrelinhas, em metros. Conte as plantas em 10 metros, dentro da lavoura. Corte umas 3-5 plantas que representem a maioria da lavoura e pese estas plantas. Divida pelo número de plantas para dar kg/planta. O peso normal de um planta granada, bem adubada é 0,9 a 1,1 kg.

O rendimento esperado vai ser: Número de plantas por metro dividido pelo espaçamento em metros x 10.000 x peso médio da planta.

Exemplo: 4 plantas/m; 0,50 m de espaçamento; 0,3 kgMN/planta

Então: 4 / 0,50 = 8 x 10.000 = 80.000 plantas/ha x 0,3 = 24.000 kg de matéria natural/ha
 5. Qual a quantidade máxima de grão, concentrado ou "ração" que posso dar para as vacas?
Está difícil a situação: concentrado caríssimo e volumoso faltando! Como regra geral, considere que o limite seguro é 50% do total de MS (matéria seca) ingerida, podendo chegar até 60%. Próximo a 60% já ocorrerão problemas de laminite, acidose e possíveis casos de torção de abomaso, também.

 6. Posso usar casca de arroz?
Pode, com restrições. Ela é basicamente celulose, porém rica em oxalatos (o que NÃO é bom). Serve para uma emergência como esta, mas é um alimento de baixíssima qualidade. Não use em outras épocas. Obrigatório o nitrogênio + enxofre explicado no boletim acima.

Importante: em todos os casos citados, faça uma adaptação do rúmen, fornecendo quantidades pequenas no primeiro dia e aumentando até o 5° ou 7° dia. (Milkpoint)





Valor da Produção Agropecuária de 2021 atinge R$ 1,129 trilhão

O valor total do ano representou crescimento de 10,1% na comparação com o resultado de 2020

Em 2021, o  Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) atingiu R$ 1,129 trilhão, 10,1% acima do valor alcançado em 2020 (R$ 1,025 trilhão). De acordo com levantamento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, as lavouras somaram R$ 768,4 bilhões, o equivalente a 68% do VBP e crescimento de 12,7% na comparação com 2020; e a pecuária, R$ 360,8 bilhões (32% do VBP) e alta de 4,9%.

A nota técnica informa que o bom desempenho do agro ocorreu mesmo diante da falta de chuvas, seca e geadas em regiões produtoras. 

Os produtos com melhores resultados no VBP foram: soja, R$ 366 bilhões; milho, R$ 125,2 bilhões; algodão, R$ 27,6 bilhões; arroz, R$ 20,2 bilhões; cacau, R$ 4,2 bilhões; café, R$ 42,6 bilhões; trigo, R$ 12,5 bilhões; carne bovina, R$ 150,9 bilhões; carne de frango, R$ 108,9 bilhões; e leite, R$ 51,8 bilhões. Juntos, responderam por 76% do VBP do ano passado.



“Três fatores podem ser citados como impulsionadores desse crescimento - preços favoráveis, quantidades produzidas e o mercado internacional que em geral tem sido favorável para vários desses produtos. O mercado internacional e os preços foram os mais relevantes desses fatores”, destaca a nota técnica.

VBP 2022: Para este ano, as perspectivas de produção do agro permanecem positivas, com valor estimado de R$ 1,162 trilhão, 2,9% acima do obtido em 2021. “Continuam boas as chances para algodão, café, milho, soja, trigo e produtos da pecuária, especialmente carnes bovina e de frango. Também não devemos ter problemas de abastecimento interno e externo, pois como mencionado as previsões são de safra elevada de grãos e oferta satisfatória de carnes”, avaliam os técnicos.

O que é o VBP: O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais. O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês. (MAPA)

Jogo Rápido 

Pecuária Leiteira
O Mercado em Destaque desta quinta-feira (13) recebe o Secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini para conversar sobre o impacto da estiagem na produção e comercialização do leite. Clique aqui e assista. (Destaque Rural)

 

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Porto Alegre, 13 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.576


"Não viemos dar falsas esperanças"
 
Ministra da Agricultura esteve na região noroeste do RS, conferiu a situação da estiagem e prometeu resposta a pedidos
 
Com 200 municípios em situação de emergência no Rio Grande do Sul, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, desembarcou ontem no Estado para conferir os prejuízos causados pela estiagem. Em Santo  ngelo, nas Missões, visitou uma propriedade rural e se reuniu com entidades do agronegócio para ouvir as reivindicações. — Não viemos dar falsas esperanças. Viemos ouvir para depois ver o que podemos fazer. O que não podemos ter é gente saindo da produção — disse Tereza Cristina. 
 
Acompanhada por técnicos do Banco do Brasil, do Banco Central e de órgãos ligados ao ministério, como a Embrapa e a Conab, Tereza Cristina fez sua primeira parada em solo gaúcho numa propriedade castigada pela estiagem. Caminhando pelos 25 hectares em que o agricultor Dirceu Segatto produz soja, milho e leite, presenciou os efeitos perversos da falta de chuva. Segundo Segatto, as perdas no milho já são irreversíveis. As produções de soja e de leite enfrentam quebras de 50%.
 
— O que a gente espera, ministra, é milho da Conab para pelo menos alimentar as vacas, porque se morrerem os bichinhos a gente vai junto — conclamou Segatto.
 
Agachada diante da rala pastagem que serve de comida ao gado, Tereza Cristina pegou na mão as plantas de capim-sudão com 10 centímetros de altura. Com um regime normal de chuvas, as plantas deveriam ter entre 30 e 40 centímetros.
 
— Não vou dizer que vou resolver tudo, porque não consigo. Mas a gente tem de dar alguns caminhos. Tem comissão vendo o que é possivel fazer — disse ela. Da propriedade, a comitiva oficial — na qual estava ainda o vice governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Jr., a secretária estadual da Agricultura, Silvana Covatti, e parlamentares — seguiu para o campus da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões (URI). Em frente a um auditório lotado de produtores rurais, prefeitos, vereadores e entidades do agronegócio, Tereza Cristina recebeu um diagnóstico atualizado da situação e reivindicações.
 
As prioridades apresentadas pela platéia foram a suspensão por 180 dias de todas as cobranças de financiamentos federais, a abertura de crédito emergencial e novos empréstimos para manutenção das propriedades diante da perda de renda.
 
Em 18 minutos de discurso, Tereza Cristina reafirmou a preocupação com os efeitos da estiagem. Disse que não estava trazendo nenhuma "fórmula mágica" e que em breve espera poder anunciar medidas de curto, médio e longo prazos pam amenizar os prejuízos da falta de chuva.
 
— Não viemos com solução pronta. Anotei várias questões para levar a Brasília e agora vou dar um prazo à equipe. Produtor rural não é caloteiro. Ele paga a conta. Temos de arrumar maneiras para que ele não fique cada vez mais enterrado — afirmou a ministra.
Em Santo  ngelo, as perdas causadas pela falta de chuva já alcançam R$190 milhões, cifra próxima do orçamento da prefeitura para 2021, que totaliza R$230 milhões. Do município, a ministra seguiu para Chapecó, no oeste de Santa Catarina, onde também iria verificar perdas em razão da estiagem.
 
Municípios
No mesmo dia, o Rio Grande do Sul atingiu a marca de 200 municípios quejá decretaram situação de emergência, desde o ano passado, em razão da estiagem. Ao todo, o Estado possui 497 prefeituras. Conforme dados da Defesa Civil, os municípios mais recentes a ter o status reconhecido pelo Estado são Cerro Largo, na Região das Missões, e Candiota, na Campanha. Esse número ainda deve aumentar, já que outras 26 prefeituras já registraram a solicitação de homologação e aguardam o aval do governo estadual. Do total, 52 já tiveram a situação homologada também pela União.
 
Com a emergência decretada, municípios ganham direito a benefícios para o combate à estiagem. Uma delas, em âmbito estadual, é a anistia dos produtores no programa Troca-Troca Sementes de Milho da safra 2021/2022.Com isso, o Executivo irá subsidiar 100% das sementes adquiridas pelos produtores — para cidades que não oficializaram o decreto, o benefício é de 280/0. Devido ao agravamento da estiagem no RS, ao menos 5,4 mil famílias estão sem acesso a fontes de abastecimento de água. (Zero Hora) 


Neutralidade de carbono e sustentabilidade são objetivos possíveis na cadeia industrial do leite
 
É possível ser mais sustentável na indústria alimentícia brasileira? Os especialistas no assunto asseguram que sim.
 
Durante o workshop “Neutralidade do carbono e sustentabilidade no setor lácteo”, promovido pela Associação Brasileira de Lácteos (Viva Lácteos) em dezembro, as principais empresas do setor de laticínios abordaram temas como neutralidade de carbono e sustentabilidade e trouxeram medidas já adotadas para diminuir o impacto ambiental da indústria.
 
A Unium, marca institucional das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, foi uma das convidadas para ministrar palestras, representada pelo coordenador ambiental da cooperativa Frísia, Francis Bavoso. “A sociedade e os futuros consumidores do produto sempre estão buscando mais informações sobre os produtos comprados/consumidos e a rastreabilidade e responsabilidade da cadeia, sendo assim, o setor já de forma voluntária discutiu quais são os principais gargalos na emissão de CO² e quais são as ações que estão sendo realizadas para minimizar e neutralizar essa emissão de carbono. Plantio direto, gestão do consumo de água, gestão do dejeto e redução do uso de fertilizantes químicos, rotação de cultura, melhoramento genético, maior eficiência na conversão alimentar são apenas alguns exemplos do que temos adotado na Unium”, explica o coordenador ambiental.
 
Segundo ele, o mercado está se desenhando para três escalas: Leite Pro Carbon, Leite Low Carbon e Leite Netzero. “Com isso, mostramos as principais ações sustentáveis que o grupo Unium realiza no campo, para buscar a maior eficiência em kg de leite produzido por CO² emitido”, acrescenta.
 
Sustentabilidade
Além de contar com sua indústria de lácteos no Paraná e em São Paulo, a Unium ainda possui atuação no mercado de farinha de trigo e na pecuária suína.
 
Por isso, desenvolve com programas como a gestão de estrume e aplicações de tecnologia, que prevê uma redução de 14 milhões de CO²; o fomento de reflorestamento de mudas nativas em áreas de mais de 3 mil hectares e um programa de preservação, redução e uso consciente de recursos hídricos. “Carbono é nosso componente-chave em vários atributos do solo, como aumento da porosidade, melhor infiltração e retenção de água”, finaliza Francis Bavoso.  (As informações são da Assessoria de Imprensa Central Press, adaptadas pela equipe MilkPoint)
 



 
Os municípios mais ricos do agronegócio - Nota nº 01-2022/CGPLAC/DAEP/SPA/MAPA
 
Esta Nota procura identificar os municípios mais ricos do agronegócio do país. Esta análise será feita tendo por base os dados da produção Agrícola Municipal – PAM, referente a 2021, divulgada em setembro de 2021. Duas classificações foram utilizadas: pelo valor da produção das lavouras permanentes e temporárias, e pelo Produto Interno Bruto dos Municípios. Foram classificados 100 municípios, a partir do total levantado pelo IBGE, e verificada a posição de cada um em relação ao valor da produção e ao PIB. Como a informação mais recente sobre o PIB municipal é de 2019, usou-se essa referência para fazer algumas classificações. 
 
As informações que podem ser obtidas a partir desses dados permitem observar as áreas mais ricas da agricultura, e alguns fatores relacionados a esse processo. Lembramos o leitor que o ano de 2021, principal referência utilizada nesta Nota foi recorde na produção no país. O IBGE destaca a produção de algodão, soja, milho, café e cana-de-açúcar. Segundo a Conab, a safra de grãos foi de 257,0 milhões
de toneladas. 
 
Municípios mais ricos
A maior parte dos municípios com maior valor da produção situa-se em Mato Grosso. Mas os estados de Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, contém a maioria dos municípios classificados entre os 100 mais ricos. O Mato Grosso tem 35 municípios, Bahia 9, Goiás 10, Mato Grosso do Sul 13, Minas Gerais 8, São Paulo 6. Os demais municípios estão distribuídos em Pernambuco (1), Maranhão (2) Pará (4), Brasília (1), Piauí (2), Paraná (4), Tocantins (1) e Rio Grande do Sul (2). 
 
Os 100 municípios classificados geraram em 2021 um valor da produção de R$151,2 bilhões, 32,0% do total, estimado em R$ 470,5 bilhões. O destaque desses municípios se dá pelo elevado valor da produção agropecuária e pelo valor do PIB municipal. Principalmente em Mato Grosso, a Agropecuária tem participação relevante no PIB do estado, estimada em 21,36%. Sorriso, que é o líder na geração de valor, a agropecuária representa 26,65% do PIB do município, e Sapezal, líder na produção de algodão representa 53,17% do valor do PIB municipal. Nesse exemplo, mais da metade do PIB municipal provem da Agropecuária. Nos estados da região Norte do país, também a agropecuária tem participação elevada no PIB – em Rondônia de 13,9% e em Tocantins 14,17%.
 
Soja, algodão e milho são os principais produtos responsáveis pelo sucesso desses municípios, pois carregam elevados níveis de tecnologia e de produtividade. Do valor da produção obtido pelo município de Sorriso em 2021, 52,0 % foi obtido pela soja e 35,0% pelo milho. São Desidério (BA), segundo maior produtor de algodão herbáceo, teve 38,3 % de seu faturamento proveniente desse produto. O município
de Sapezal, maior produtor de algodão herbáceo do país, teve 35,5 % de seu faturamento vindo da soja e 54,4 % do algodão herbáceo. E assim, essa observação estende-se a outros municípios. 50 municípios de maior valor da produção.



Outros trabalhos mostram que esses municípios têm apresentado taxas de crescimento do emprego acima da média do estado correspondente, e também renda per capita superior à média. Do mesmo modo, outro indicador como o IDH dos municípios analisados, é considerado elevado. (MAPA)


Jogo Rápido 

Estiagem: seca prejudica produção de leite no RS
200 cidades gaúchas já decretaram situação de emergência por conta da estiagem. E a seca já atinge a produção de leite no estado. A falta de chuva prejudica as plantações de milho. O grão é base da ração das vacas. Sem o alimento, os animais, é claro, produzem menos leite. Clique aqui e assista a entrevista do Secretário-Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, sobre o tema. (Record TV) 

 

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Porto Alegre, 12 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.575


Governo do Estado entrega ofício com demandas do RS à ministra Tereza Cristina

Para acompanhar a visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (12/1), o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior esteve em Santo Ângelo, um dos municípios atingidos pela estiagem.    

Demandas apresentadas no ofício entregue à ministra Tereza Cristina:

Viabilização de recursos federais para o fortalecimento do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), bem como para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Viabilização de recursos federais para subsidiar juros das operações de crédito rural na agricultura familiar.

Viabilização de recursos federais por meio do crédito rural para as cooperativas agropecuárias que necessitam reprogramar os vencimentos dos produtores que financiaram seus empreendimentos por meio do sistema de troca.

Concessão de bônus adimplência para a liquidação da parcela de custeio pecuário vincenda em 2022.

Disponibilização de grãos de milho via Programa de Vendas em Balcão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Aquisição de leite emergencial via Conab para impedir a queda do preço pago ao produtor.

Ampliação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático da soja para permitir que o produtor que ainda não conseguiu realizar a semeadura possa se enquadrar no Proagro e no Seguro Rural.

Revisão da legislação ambiental de modo a interpretar a reservação de água como de relevante interesse social em partes das áreas de preservação permanente e com devida mitigação e recuperação e/ou ampliação de área protegida.

Regulamentação da Lei Federal 14.275, de 23 de dezembro de 2021, que dispõe sobre medidas emergenciais de amparo à agricultura familiar para mitigar os impactos socioeconômicos da Covid-19, como linhas de crédito com taxa de juros 0%, fomento produtivo com assistência técnica e flexibilização de garantias aos produtores de leite.

Medidas anunciadas pelo governo do Estado para mitigar efeitos da estiagem Programa Troca-troca

Ainda na semana passada, o governador autorizou ampliar o subsídio do programa Troca-Troca de Sementes de Milho de 28% para 100%. O programa é voltado à agricultura familiar e cumpre a função de incentivar o plantio de milho, um dos grãos que o RS tem déficit de produção.

Para ter acesso ao benefício, o produtor rural deve residir em município que tenha o decreto de situação de emergência homologado pelo governo do Estado por causa da estiagem. O valor aportado pelo Estado pode alcançar até R$ 15 milhões.

O prazo para que o produtor possa quitar os valores devidos ao Troca-Troca termina em abril. Até lá, o governo do Estado terá um panorama mais preciso sobre quais municípios decretaram situação de emergência e quais tiveram seus decretos homologados para poder orçar o valor total que será destinado ao subsídio.

Programa Sementes Forrageiras

É um programa de fomento para a agricultura familiar que serve para incentivar o plantio de pastagens, principalmente para atender o gado leiteiro.

No ano passado, os contratos somaram R$ 5 milhões e beneficiaram cerca de 11 mil famílias de agricultores familiares, que tiveram parte dos custos com as sementes forrageiras abatidos pelo Estado.

Na semana passada, Leite autorizou que o valor seja duplicado, caso haja necessidade. Ou seja, o aporte de recursos pode chegar a R$ 10 milhões. O programa paga até R$ 500 por CPF de agricultor familiar para a compra de sementes forrageiras. O produtor tem que pagar 70% deste financiamento às cooperativas e sindicatos até fevereiro do ano seguinte (até fevereiro de 2023, no caso). Os outros 30% são abatidos pelo Estado. O prazo para que os sindicatos e as cooperativas manifestem interesse em aderir ao programa segue até 15 de janeiro.

Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural

Os recursos para a execução do programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural devem ser liberados na próxima semana. Neste momento, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) vem concluindo os termos de referência necessários aos processos licitatórios das obras relacionadas à reservação de água no Rio Grande o Sul, os quais deverão ser conduzidos via Central de Licitações (Celic), vinculada à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

Em um primeiro momento, a Seapdr concentrará os trabalhos na viabilização de quatro licitações para concretizar a perfuração de 750 poços, a implantação das 750 torres metálicas e caixas d’água, a escavação de 6 mil microaçudes e a implantação de 1,5 mil cisternas. (SEAPDR)

 


MPT-RS pede que empresas não sigam orientação do Ministério da Saúde para reduzir tempo de isolamento de funcionários com covid-19

Segundo procuradora, alteração no Guia de Vigilância Epidemiológica serve como recomendação para a população geral, mas não tem validade para ambientes de trabalho

Anunciada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10), a redução do tempo de isolamento para pessoas positivadas para covid-19 serve, por enquanto, apenas como orientação para a população geral, mas não deve ser seguida por empresas, segundo especialistas. A procuradora Priscila Dibi Schvarcz, do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) recomenda que empregadores não sigam a mudança, uma vez que duas portarias de junho 2020 prevendo um período de quarentena de 14 dias continuam em vigor.

As alterações constam na quarta versão do Guia de Vigilância Epidemiológica Covid-19. Na terceira versão, de março de 2021, a recomendação já era de quarentena de 10 dias, o que também não implicou em mudanças nas portarias.

Com a mudança, pessoas com quadro leve ou moderado se isolariam por, no mínimo, uma semana. Porém, se ao quinto dia completo o paciente estiver sem febre e sem uso de medicamento antitérmico há pelo menos 24 horas, ele poderia realizar o teste RT-PCR, o mais indicado, ou o antígeno. Se o resultado for negativo, poderia sair do isolamento, evitando aglomerações, viagens e contatos com pessoas com comorbidades até o décimo dia. Se for positivo, deveria manter o isolamento até completar o décimo dia.

A procuradora, que é a responsável regional pela Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT, ressalta que o anúncio do Ministério da Saúde se baseia em uma recomendação do Center of Disease Control, órgão regulador dos Estados Unidos, que já havia sido muito criticada por especialistas em infectologia.

— Não há hoje segurança de que a pessoa pode retornar depois de cinco dias sem estar transmitindo, tanto que a orientação do Ministério da Saúde é de que do sexto ao décimo dia se siga adotando medidas como o uso de máscara bem ajustada ao rosto. A base dessa mudança é a necessidade econômica. Mas esse retorno antecipado pode se tornar um risco para o restante dos trabalhadores, porque pessoas assintomáticas também transmitem — analisa Priscila.

Integrante do grupo de trabalho nacional montado pelo MPT para estudar respostas aos riscos da pandemia, a procuradora avalia que uma redução no tempo de isolamento deveria ocorrer aliada a uma política de controle efetiva, com testagem adequada e atestado médico pós-contaminação, assegurando que não ha sintomas respiratórios que justifiquem a manutenção do afastamento. Como isso não costuma ocorrer, a orientação aos empregadores é de que respeitem os períodos estabelecidos nas portarias, de 14 dias.

— Recomendamos que se preserve o período hoje em vigor e caso o empregado apresente atestados médicos com previsão de afastamento por um tempo inferior, que a empresa complemente o período, para que não haja transmissão durante o trabalho. Não podemos esquecer que reduzir o tempo de isolamento pode repercutir em afastamentos posteriores de outros trabalhadores contaminados — adverte Priscila.

Advogado trabalhista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Gilberto Stürmer afirma que, do ponto de vista trabalhista, nada muda com o anúncio do Ministério da Saúde – conforme o docente, o tempo de afastamento seguirá sendo determinado pelo médico.

— Tanto para covid-19 quanto gripe ou outro tipo de doença, o trabalhador precisa consultar um médico e receber uma declaração dele dizendo que ele precisa se afastar por X dias. A orientação do Ministério da Saúde e as diretrizes trabalhistas legais são duas coisas diferentes — resume Stürmer.

No caso da covid-19, muitas empresas dispensam a apresentação de atestado médico para o afastamento, a fim de evitar a circulação do indivíduo e contaminação de terceiros. De acordo com o advogado, é questão de bom-senso. (Gaúcha ZH)

 

 


Leite UHT Santa Clara ganham novas embalagens

Às vésperas de comemorar 110 anos de história, a Cooperativa Santa Clara renova suas embalagens de leites UHT. Acompanhando as tendências do mercado, o produto passa a ser acondicionado em embalagens com o design clean, visual agradável, leve e elegante seguindo o conceito minimalista no qual menos é mais.
Atualmente, a industrialização do leite UHT está centralizada na Laticínios localizada em Casca/RS, inaugurada pela Cooperativa em 2019. A matéria-prima é proveniente de 2.505 produtores associados de 135 municípios gaúchos.
Nas versões Integral, Semidesnatado e Desnatado, os Leites Santa Clara podem ser encontrados em diversos pontos de venda no País. A marca fechou o ano de 2021 como o maior share de mercado em volume de leite no Rio Grande do Sul. Além disso, foi eleita a Melhor Fornecedora de Leites pelo no Carrinho Agas 2021, prêmio promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). (Assessoria de Imprensa Santa Clara)


Jogo Rápido 

Emergência em 200 municípios
As prefeituras de Bento Gonçalves, Farroupilha, Cachoeira do Sul e Protásio Alves anunciaram ter decretado situação de emergência por estiagem, ontem. A razão apontada são prejuízos na produção agropecuária, que vão de R$ 13 milhões em Protásio Alves, a R$ 302 milhões em Cachoeira do Sul. Os quatro municípios se somarão aos 200 que, segundo a Defesa Civil, já adotaram a mesma medida. Nos municípios serranos, a preocupação maior é com a fruticultura, milho e produção de leite. Em Cachoeira do Sul, é com soja, arroz e milho. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 11 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.574


RS estima perda de R$ 20 bi com seca

As perdas financeiras nas lavouras de soja e milho causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul podem chegar a R$ 19,8 bilhões. A estimativa é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) e leva em conta o Valor Bruto da Produção (VBP) na temporada 2021/22.

Na soja, estima-se que os produtores deixarão de comercializar o equivalente a R$ 14,4 bilhões. Para as lavouras de milho, a estimativa é de R$ 5,41 bilhões.

O cálculo levou em consideração a expectativa inicial de produção informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de perdas divulgado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) e pela FecoAgro/RS e o preço médio recebido pelos produtores de soja e milho do Estado nos primeiros dias deste ano.

Na semana passada, a FecoAgro/RS divulgou dados mostrando que a quebra de safra no milho sequeiro estava em 59,2% e em 13,5% no irrigado. Na soja, a estimativa de perdas ficou em 24%. De acordo com o cálculo inicial do IBGE, a produção de soja no Rio Grande do Sul será de 20,9 milhões de toneladas e a de milho, de 6,09 milhões de toneladas.

E o “clima extremo” deve persistir no Estado. Para os próximos dias, a previsão do tempo indica que haverá uma forte onda de calor na Argentina, no Uruguai e no Rio Grande do Sul, de acordo com a Metsul Meteorologia. No Estado, as temperaturas poderão se aproximar ou até passar de 43ºC, o que, caso se confirme, seria um novo recorde absoluto. A maior temperatura no Estado até hoje foi 42,6ºC, registrada nos municípios de Alegrete e Jaguarão nos anos de 1917 e 1943, respectivamente. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Armazenamento de água gera bons resultados para agricultores de Teutônia

Em tempos de estiagem praticamente não há outro assunto no meio rural que não seja a necessidade de ampliar os sistemas de reservação de água nas propriedades, para que estes possam, justamente, compensar a escassez em períodos de seca. Atenta a isso, a Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado, tem auxiliado os agricultores no acesso não apenas a políticas públicas e a projetos de crédito, mas também a tecnologias que possam contribuir nesse sentido.

E quando se fala em tecnologias não se está referindo a algo necessariamente complexo. Muitas vezes são iniciativas relativamente simples, que partem de bons projetos da Emater/RS-Ascar, em parceria com prefeituras e empresas da iniciativa privada. É este o caso da família Jacobs, da Linha São Jacó, em Teutônia. Bovinocultores de leite e suinocultores, os Jacobs necessitam, diariamente, de cerca de 40 mil litros de água por dia para conseguir dar conta das demandas da produção.

Somente em área cultivada são 32 hectares plantados com milho em rotação com soja, além de pasto de tífton e jiggs – sendo boa parte do plantio destinado à alimentação do rebanho de mais de 120 animais, fora os 500 suínos. “Nesses dias extremamente secos, chegou a deixar o sistema de irrigação da lavoura ligado por cerca de seis horas seguidas”, salienta Osmar Jacobs. Aos 70 anos e com quase 50 anos de experiência como agricultor, seu Osmar mantém a tranquilidade ao explicar a importância de um olhar mais atento para os recursos naturais e para aquilo que há à disposição na terra.

Sempre aberto a conhecer novas ferramentas tecnológicas que possam fazer com que sua lavoura evolua, o agricultor conta a história que originou o debate sobre a importância de guardar a água que, muitas vezes, cai em abundância no meio do ano. Foi numa viagem para conhecer uma estação experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Eldorado do Sul, no ano de 2012”, relata. Aquele foi um ano de muita seca, por sinal, e a lavoura daquela unidade estava com ótima sanidade, relembra o extensionista da Emater/RS-Ascar, Michael da Silva Serpa.

Depois dessa visita, seu Osmar procurou a Emater/RS-Ascar para realizar um trabalho que viria a proteger uma fonte existente na propriedade e que mais adiante abasteceria boa parte do microaçude de pouco mais de um hectare do local. Na visita à experiência ficamos fascinados com a possibilidade de evoluir em produtividade, recorda o agricultor, que comenta que as iniciativas da família fizeram o rendimento do milho saltar de cem sacos por hectare para mais de 200 sacos na mesma área. Fora o fato de, assim, termos a garantia da qualidade, já que não há a necessidade de adquirir alimento de terceiros, analisa.

Na visão de Serpa, a família Jacobs foi estratégica ao apostar a sua capacidade de investimento em linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que possibilitam acesso a sistemas de irrigação. Talvez eles pudessem, à época, ter comprado mais terras que ampliaram a área plantada, avalia o extensionista. Mas sem acesso à água ou uma atenção para esse tipo de necessidade, onde a família chegaria?, pondera. O resultado de tudo isso pode ser observado também na consolidação da própria agroindústria de queijos, que conta com o apoio dos filhos Samuel e Jackson. É a qualidade do nosso leite chegando diretamente ao consumidor, lembra seu Osmar.

O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Cristiano Laste, lembra que o Governo do Estado está empenhado em destinar políticas públicas a este setor só o Irriga + RS destinará mais de R$ 200 milhões em projetos de reservação da água e qualificação da irrigação - e que, além dessas, iniciativas de menor complexidade, como reservação de fontes ou construção de cisternas, podem ser acessadas diretamente na Emater/RS-Ascar, de forma mais rápida. Conservar a água, preservando-a, utilizando-a de forma racional e sustentável também é uma das metas da Instituição, finaliza. (Emater/RS)

 

Balanço Tributário de 2021: O protagonismo do STF

A definição da carga tributária é consequência de atos produzidos pelos três poderes. O protagonismo é sempre do Legislativo, decorrência do princípio da legalidade previsto na Constituição Federal. O Executivo também possui relevante função nessa engrenagem, tanto na elaboração quanto na sanção (ou veto) de propostas de alteração do ordenamento jurídico. O Judiciário corre por fora, seja por interferir na aplicação das leis previamente aprovadas, seja porque, ao exercer o importante papel de proteção da Constituição, funciona como legislador negativo, expulsando do sistema normas inconstitucionais.

O ano de 2021 foi marcado por muitos debates e nenhum avanço da reforma tributária no âmbito dos poderes Executivo e Legislativo. Chegou-se, ao final do ano, com cinco propostas mais ou menos analisadas e debatidas: a PEC 45/19, a PEC 110/19 (e seu substitutivo), o PL 3887/20 e o PL 2337/21 (sem dúvida, o pior de todos). A quantidade de distintas iniciativas fala por si e retrata o lamentável quadro de indeterminação vivido.

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisões que materializaram, talvez, uma das maiores alterações promovidas no sistema tributário brasileiro. Em uma delas, encerrou julgamento no qual definiu o conceito constitucional de receita bruta, espinha dorsal dos tributos federais. Em outra decisão, mais recente, reconheceu que a alíquota de ICMS incidente sobre a energia elétrica e as telecomunicações não pode ser superior à alíquota geral aplicada pelos Estados. Essa decisão atinge em cheio os cofres fazendários estaduais e, por esse motivo, valerá a partir de 2024.

No enredo político brasileiro de 2021, marcado pela inércia legislativa no aprimoramento do sistema tributário, o Poder Judiciário assumiu o protagonismo e não só dirimiu controvérsias sobre eixos tributários centrais como, ao que parece, encaminhou o país para uma inevitável reforma tributária, empurrada pelos Estados, que perderão arrecadação significativa a partir de 2024. (Zero Hora, por Rafael Pandolfo - Advogado, doutor em direito tributário - Advogado, doutor em direito tributário)


Jogo Rápido 

Seapdr fará mutirão de licitações
A titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Silvana Covatti, aguarda a liberação, pela Secretaria da Fazenda, do Orçamento Estadual de 2022 para dar andamento aos processos de aplicação de verbas em ações de enfrentamento à estiagem, que já levou 175 municípios gaúchos a decretarem situação de emergência. A essa lista serão acrescentados os decretos de Uruguaiana, Rolante e Westfália, já emitidos, mas que a Defesa Civil não havia recebido até a tarde de ontem. Silvana afirma que tão logo sejam disponibilizados os recursos do Programa Avançar Agropecuária, de R$ 279 milhões, a pasta fará um mutirão para encaminhamento de licitações destinadas à perfuração de poços, construção de microaçudes e compra de cisternas. “Reforçamos que os municípios façam seus decretos de emergência para ter acesso à ajuda”, destacou a secretária. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 10 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.573


De olho na saúde, consumidor compra mais bebidas funcionais

Esse mercado movimentou US$ 130,5 bilhões no mundo em 2021, segundo a consultoria Business Research Company, 7,7% mais do que em 2020

Nos quase dois anos convivendo com a covid-19, boa parte dos brasileiros mudou não apenas a forma de trabalhar, mas também a de abastecer a despensa. Buscando saúde e bem-estar, o consumidor comprou, ou quer comprar, mais bebidas funcionais.

Em linhas gerais, bebida funcional é um produto não alcoólico, com ingredientes que cumprem papéis específicos. Pode ser um suco rico em vitaminas e minerais, um leite com maior índice de proteína ou um café com mais cafeína. O consumidor bebe para melhorar a imunidade ou ter uma dose extra de energia, por exemplo.

Esse mercado movimentou US $130,5 bilhões no mundo em 2021, segundo a consultoria Business Research Company, 7,7% mais do que em 2020. A perspectiva é de que as vendas cheguem a US $173,2 bilhões em 2025.

Outro estudo, com dados do mercado brasileiro, mostra que essa demanda é crescente. Segundo a nova edição da pesquisa anual de tendências feita pela empresa de embalagens para alimentos e bebidas Tetra Pak, em que 2.300 brasileiros foram ouvidos, mais da metade (58%) aumentou o consumo de produtos que reforçam o sistema imunológico, outros 39% desejam fazer isso. E quase 60% manterão o volume de compra de produtos funcionais.

“Essa tendência por produtos mais funcionais vinha acontecendo, mas foi intensificada pelo cenário da covid, principalmente a busca por alimentos de imunidade”, diz Vivian Leite, diretora de marketing da Tetra Pak.

Quando se trata de bebidas funcionais, diz a executiva, o grande destaque é o suco. Na pesquisa, os sucos foram os mais citados entre as preferências, com 50% das respostas, produtos lácteos fermentados tiveram 37% e 31% citaram bebidas lácteas com alto valor de proteína, vitaminas e/ou cálcio.

Para os respondentes da pesquisa, o produto ideal para aumentar a imunidade deve ser: enriquecido com vitaminas, frutas cítricas, mel, zinco, fibras; livre de ingredientes artificiais; e causar sensação de energia. “O consumidor já tem uma noção boa do que pode trazer mais imunidade”, diz a diretora. Ela observa, no entanto, que o maior desafio é conseguir transmitir essas informações no rótulo do produto, cuja clareza foi um dos pontos citados como essenciais em um produto ideal.

A Tetra Pak não divulga resultados no Brasil. Em 2020, a operação global faturou 10,8 bilhões de euros. Os números de 2021 ainda não foram publicados pela companhia. A operação brasileira (segunda maior do grupo, atrás apenas da China) registrou em 2021 recuperação de algumas categorias, vendendo mais embalagens para sucos e água de coco, que foram produtos muito afetados durante 2020, disse a diretora.

Leites, que tinham crescido fortemente durante o primeiro ano da pandemia, agora têm leve retração. “Começamos a ver alguma queda, muito ligada à questão de preços, que subiram.” (Valor Econômico)


Balança comercial de lácteos: O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados vem perdendo força desde a segunda quinzena de setembro. Apesar da leve correção nos preços no último leilão de 2021, os resultados das negociações do evento 299 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +0,3% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.247/tonelada.

Os valores no mercado internacional elevados, associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido alta no país (R$ 5,67 em 04/01) e preços dos produtos lácteos no mercado interno não apresentando melhoras devido a uma demanda fragilizada, evidencia um cenário desfavorável para importações, que foi observado no mês de dezembro e tende a se manter para os próximos meses.

Além disso, contratos fechados nos meses anteriores, que serão entregues nos próximos meses, deverão refletir no saldo da balança de janeiro e fevereiro – com exportações se sustentando e baixo volume importado.

Mantendo-se esse cenário, as importações nos próximos meses tendem a ser menores, e mantém-se a oportunidade de janela de exportação para os produtos lácteos brasileiros.

Entretanto, um entrave que pode vir a causar problemas logísticos (além dos problemas sanitários) é o avanço da Covid-19 no mundo, que pode gerar uma diminuição nas rotas marítimas, prejudicando as exportações. O mundo já vem enfrentando há um tempo problemas logísticos, que vem dificultando o escoamento dos produtos e um agravamento da pandemia pode fortalecer essas adversidades. (Milkpoint)





Alta dos custos de produção testa ‘resiliência’ do iogurte

Em 2021, indústria conteve repasses de preços a consumidores



O consumo de lácteos costuma diminuir no país em períodos de inflação e desemprego altos. Apesar disso, o iogurte tem mostrado certa “resiliência” na crise atual: o produto conquistou espaço nobre na cesta de perecíveis dos brasileiros e, assim como frangos, linguiças e queijos, passou a ser um dos itens que os consumidores demoram mais para abandonar, indicam dados da empresa de inteligência de mercado Kantar.

Mas, resiliência do produto à parte, a indústria de laticínios terá um desafio nada desprezível em 2022: manter a fidelidade dos consumidores de iogurte, posição consolidada na década passada, e aumentar as vendas em um momento em que precisa repassar os custos represados do último ano.

Os preços do leite cru - principal matéria-prima para esses fabricantes - e as despesas com energia, combustível e embalagens, entre outras, têm pesado nas planilhas de custos. “O ano passado será lembrado pelas altas no campo, pela baixa rentabilidade para o produtor e, também, pela dificuldade dos laticínios em repassar aos derivados o aumento do preço do leite cru ”, afirma Natália Grigol, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em boletim recente.

Na média Brasil, o preço do leite pago ao produtor - ou seja o desembolso da indústria - ficou em R$ 2,2596/litro no intervalo de janeiro a novembro, 18,1% acima da média do mesmo período de 2020 (dado deflacionado pelo IPCA de novembro). Nesse mesmo intervalo, os laticínios receberam apenas 1,7% a mais pelo UHT e 1,9% pelo muçarela, cita o Cepea.

A tendência é que o iogurte continue a ser um dos itens perecíveis mais presentes na lista de supermercado dos brasileiros, avalia Carolina Silvestre, diretora da divisão Worldpanel da Kantar. “O iogurte está entre os produtos que o brasileiro demora mais para abandonar por considerá-los importantes”, explica.

Entre outubro de 2020 e setembro de 2021, dado mais recente coletado pela empresa, a comercialização de iogurtes no país totalizou 592 mil toneladas, volume 1,3% maior que o dos 12 meses anteriores. O avanço, pequeno, é sintoma do cenário macroeconômico desfavorável, mas, em receita, o segmento movimentou R$ 6,6 bilhões, ou 13% a mais na mesma comparação. De outubro de 2019 a setembro de 2020, o volume havia diminuído quase 4%.

Esse aumento de receita foi resultado direto da alta de preços, diz a diretora da Kantar. Apenas no terceiro trimestre do ano passado, o preço médio das unidades comercializadas aumentou 11,6%.

Mesmo com a perda de poder de compra dos brasileiros, o iogurte ainda está na lista de supermercado de mais de 70% das famílias do país, de acordo com a Kantar. No verão de 2021, informa a empresa, o alcance chegou a 72,8%.

Neste verão, estação em que o consumo do produto costuma crescer, a demanda deverá seguir firme, diz Carolina Silvestre. Quem consome e tem condições de manter o produto na lista de compras, explica, reduz o volume de compra ou troca de marca antes de abrir mão do produto.

As informações são do Valor Econômico


Jogo Rápido 

Mercado Livre divulga os produtos mais comprados em 2021 e leite condensado lidera
 O leite condensado apareceu entre os mais vendidos em oito dos 12 meses do ano, ficando à frente da cerveja (quatro meses) e de máscaras descartáveis ou N95 (três meses). Ao que tudo indica, o brasileiro quis adoçar a vida, em meio à pandemia de covid-19. O item mais adquirido ao longo de 2021, no Mercado Livre, foi leite condensado. O produto apareceu entre os mais vendidos em oito dos 12 meses do ano, ficando à frente da cerveja (quatro meses) e de máscaras descartáveis ou N95 (três meses). Entre os itens mais vendidos pelo marketplace, também se destacam biscoitos de chocolate, azeite e café moído. Mais comprados no Brasil no Mercado Livre. (As informações são do Valor Econômico)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de janeiro de 2022                                                        Ano 15 - N° 3.572


Intempéries também afetam lácteos

No Sul, falta chuva; em Minas Gerais, ela tem caído em excesso

As principais regiões produtoras de leite do país também amargam perdas que resultam das intempéries. Os rebanhos dos três Estados do Sul - que, juntos, respondem por 12 bilhões de litros - estão sofrendo com a seca e as altas temperaturas, enquanto em Minas Gerais, que produz 9,7 bilhões de litros e lidera o ranking nacional, o problema é o excesso de chuvas.

A estiagem severa no Rio Grande do Sul já afeta os produtores de leite pelo quarto ano seguido, diz Marcos Tang, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando). O clima ruim impactou o milho e os pastos, afetando a alimentação dos animais.

No Sul, onde o gado é de origem europeia, a alimentação desbalanceada e o calor reduzem o volume de produção e a qualidade da bebida. “O leite pode ficar mais ácido e não serve para produzir derivados”, explica Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat-RS, que representa a indústria.

Para Valter Brandalise, diretor do laticínio catarinense Tirol, um dos maiores do país, a seca soma-se à alta de custos como um elemento de redução da produção de leite no país. Ele estima que o volume produzido no último trimestre foi de 5% a 7% menor do que em 2020. “Quanto disso vem da seca ou dos custos altos, que historicamente afetam o volume produzido, não é possível mensurar”, diz.

Segundo o dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção caiu 4,9% no terceiro trimestre, para 6,19 bilhões de litros. Brandalise acredita que a seca deverá afetar a qualidade da silagem de milho que será usada para alimentar os rebanhos nos próximos meses.

A Emater-RS projetou até agora redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no Estado - em algumas regiões, a queda se aproxima de quase 10%. O Paraná estimou declínio de quase 200 milhões de litros, com prejuízo aos produtores de R$ 400 milhões, segundo a Secretaria da Agricultura. (Valor Econômico)

Balança comercial de lácteos: exportações crescem e importações diminuem

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (06/01) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -71 milhões de litros em equivalente-leite no mês de dezembro, um aumento de 5 milhões, ou aproximadamente 7% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (dez/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -173 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 59%.

Esse resultado é o menos negativo desde 2017, quando o mês de dezembro teve um saldo de -68 milhões de litros, e representa o segundo mês consecutivo de aumento. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

,

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

No mês de dezembro as exportações tiveram um aumento de aproximadamente 47% em relação ao mês de novembro, com um acréscimo de 3,1 milhões de litros no volume exportado. Ao se comparar com 2020, as exportações também foram maiores este ano, com um aumento de 1,4 milhões de litros, representando um acréscimo de aproximadamente 17% no volume exportado.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Do lado das importações, o mês de dezembro apresentou diminuição de 2,1 milhões de litros no volume negociado, um valor aproximadamente 3% inferior ao mês de novembro. Analisando o mesmo período de 2020, nota-se uma diminuição expressiva entre os volumes importados; em 2020, 181,13 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2021 esse valor teve um recuo de aproximadamente 56%, totalizando 80,8 milhões de litros, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em dezembro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 73% do volume total importado. O leite em pó integral teve um aumento de 23% em seu volume importado. Já o iogurte e a manteiga tiveram uma redução de 35% e 31%, respectivamente. Não ocorreram importações de leite UHT.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite UHT, o leite condensado, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 79% da pauta exportadora. Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de novembro foram o leite em pó integral e o leite em pó desnatado que tiveram aumento de 1.657% e 5.815%, respectivamente, embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Por outro lado, o leite UHT e soro de leite tiveram quedas nas exportações de 27% e 52%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de novembro deste ano.



Tabela 1. Balança comercial láctea em dezembro de 2021. Fonte: Elaborado pelo SINDILAT/RS com base em dados do MDIC.


As informações são do Milkpoint adaptadas pelo Sindilat/RS





Laticínios devem comprovar uso de termos de IGs europeias para manter o direito a partir do Acordo Mercosul-UE

Indicação Geográfica - Os queijos Fontina, Gorgonzola, Grana, Gruyère/Gruyere, Parmesão e as bebidas tipo Genebra e Steinhaeger/Steinhäger , mesmo que produzidos no Brasil, utilizam como registro o nome de regiões europeias, configurando Indicações Geográficas do antigo continente. 

A partir do Acordo do Mercosul com a União Europeia, no entanto, para continuar utilizando esses nomes de referência, os produtores deverão apresentar documentação comprobatória até o dia 6 de março de 2022.

Conforme os requisitos do texto provisório do acordo, as pessoas físicas ou jurídicas devem comprovar a anterioridade de uso comercial dos termos associados às IGs referidas. As empresas que somente usam os termos, como restaurantes, pizzarias, distribuidores e importadores, não serão afetadas pela determinação, já que não se encaixam como produtores.

O coordenador de Regulação e Propriedade Intelectual da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, João Neto, explica que houve uma negociação com os europeus das regiões das IGs para que o Brasil e demais países do Mercosul pudessem realizar a consulta.

“Tivemos a concordância das IGs originárias e vamos garantir o direito dos usuários brasileiros. Isso vai ter um impacto muito grande para a valorização do produto, pois permitirá que eles continuem utilizando os termos de referência, o que gera um ativo intangível e representa grande diferenciação de mercado”, destacou Neto.

Até o fim do período de consulta, que se estende por 60 dias, a expectativa é que o setor responsável do Ministério receba cerca de 400 manifestações. Os demais países do Mercosul também vão realizar a consulta.

Os produtores que não estiverem na lista de usuários prévios não poderão usar os termos no território nacional após a entrada em vigor do Acordo Mercosul-União Europeia.

Como participar?
Para comprovar a continuidade de uso de termos protegidos associados às IGs, será necessário apresentar pelo menos uma das comprovações abaixo:

I - cópia de rótulo datado ou com data verificável ou foto de produto com data impressa cuja classe é identificada pelo termo protegido associado à IG; ou

II - cópia de catálogo promocional/publicitário datado com o produto específico cuja classe é identificada pelo termo protegido associado à IG e data; ou

III - endereço de sítio eletrônico com endereço virtual (URL) com produto cuja classe é identificada pelo termo protegido associado à IG, desde que a data de sua publicação seja verificável ou inclua evidência de período de comercialização de fato; ou

IV - cópia de nota fiscal datada que contenha o termo protegido associado à IG, mesmo que abreviado.

>> Saiba aqui como comprovar uso do termo

Para fins da comprovação de anterioridade serão considerados apenas os documentos mencionados, emitidos ou publicados, antes de 25 de outubro de 2017, para Parmesão, Gorgonzola, Steinhaeger/Steinhäger e Genebra. Já para Fontina, Grana e Gruyere/Gruyère, a documentação deve ter sido emitida ou publicada antes de 25 de outubro de 2012.

Ainda será preciso comprovar a continuidade de uso comercial de termos protegidos associados às IGs, enviando documento emitido ou publicado entre 28 de junho de 2018 e 28 de dezembro de 2019.

Os documentos e informações de comprovação deverão ser encaminhados, obrigatoriamente, por correio eletrônico ao endereço cgsr@agricultura.gov.br .

>> Confira todas as informações aqui

IGs
As Indicações Geográficas são aqueles produtos ou serviços que tenham uma origem geográfica específica. Seu registro reconhece reputação, qualidades e características que estão vinculadas a determinado local. Comunicam, assim, ao mundo de que certa região se especializou e tem capacidade de produzir um artigo, ou de prestar um serviço diferenciado e de excelência.

Ao longo dos anos, cidades ou regiões ganham fama por causa de seus produtos ou serviços. Quando qualidade e tradição se encontram num espaço físico, a Indicação Geográfica surge como fator decisivo para garantir a diferenciação do produto.

Acordo Mercosul-União Europeia
O Acordo Mercosul-União Europeia (EU) é uma negociação de associação birregional, em que as partes chegaram a consenso político sobre o pilar comercial. Em 18 de junho de 2020, as partes concluíram as negociações dos pilares político e de cooperação do Acordo.

Sua vertente comercial constitui uma das maiores áreas de livre comércio do mundo ao integrar um mercado de 780 milhões de habitantes e aproximadamente um quarto do PIB global.

Pela abrangência de suas disciplinas, é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado pelo Mercosul. Além disso, o acordo prevê maior abertura, transparência e segurança jurídica nos mercados de serviços, investimentos e compras governamentais, assim como a redução de barreiras não tarifárias e a consolidação de agenda de boas práticas regulatórias. Estabelece, ainda, disciplinas modernas na área de facilitação de comércio e propriedade intelectual, entre outros temas. 

As informações são do Mapa adaptadas pelo Sindilat/RS


Jogo Rápido 

Previsão de calor e pouca chuva no Estado para os próximos dias
Os próximos sete dias serão de calor e pouca chuva no Estado, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 01/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (07/01), o tempo seco vai predominar em todas as regiões, com temperaturas mais amenas no período noturno e valores elevados durante o dia. No sábado (08) e domingo (09), o tempo firme seguirá predominando, com elevação das temperaturas em todas as regiões, porém a combinação de calor e umidade poderá provocar pancadas isoladas de chuva e trovoadas, típicas de verão, principalmente na Metade Norte. Entre a segunda (10) e quarta-feira (11), a presença do ar quente e úmido manterá o forte calor, com temperaturas em torno de 40°C e possibilidade de pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. Os totais previstos deverão ser inferiores a 10 mm na maioria das localidades do Rio Grande do Sul, podendo alcançar 20 mm no Alto Uruguai, Planalto, Serra do Nordeste e Campos de Cima da Serra. O documento também aborda a situação atual das culturas de soja, milho, feijão, olerícolas, frutícolas e bovinocultura de corte. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 06 de janeiro de 2022                                                        Ano 15 - N° 3.571


Governo gaúcho prepara medidas de apoio

O governador Eduardo Leite e a secretária de Agricultura, Silvana Covatti, alinharam medidas de socorro aos agricultores gaúchos atingidos pela estiagem, ontem, em reunião que também contou com a participação dos titulares da Casa Civil, Casa Militar e Secretaria da Fazenda.

Leite deu aval para a ampliação do prazo para a manifestação de interesse no Programa Sementes Forrageiras até o dia 15 deste mês e anunciou a ampliação do subsídio ao Programa Troca-Troca de Sementes de Milho.

O novo valor não foi divulgado. A reunião também definiu que a secretaria estude condições para que o Estado subsidie as taxas de juros nas linhas de crédito rural contratadas por produtores de leite, que já enfrentam queda na captação de 1,6 milhão
de litros por dia.

O Executivo estadual prometeu ainda, para “breve”, a liberação cota de R$ 201 milhões destinados à irrigação pelo programa Avançar na Agropecuária. (Correio do Povo)

Consulta pública propõe atualização do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes para Produtos de Origem Animal
 
Resíduos e Contaminantes - Está aberta a consulta pública para atualização do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes para Produtos de Origem Animal, estabelecido pelo, Instrução Normativa SDA/MAA n.º 42. de 20 de dezembro de 1999, e do Manual de Investigação de Violações de Resíduos e Contaminantes em Animais e Produtos de Origem Animal.

O plano prevê as medidas de monitoramento e controle de resíduos e contaminantes nas cadeias produtivas de alimentos de origem animal. 
 
É executado pela Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,  e tem como meta promover a segurança química dos alimentos de origem animal fabricados em estabelecimentos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF). São monitorados os resíduos químicos, considerados de preocupação de saúde pública, em animais abatidos e em leite, ovos, mel e pescado. Quando é identificado descumprimento dos limites máximos, são instauradas ações de investigação nas propriedades rurais de onde vieram os animais, produtos violados e nos demais elos cadeia de produção. 
 
As ações, chamadas de Subprogramas de Investigação, são orientadas pelo manual. Os interessados em participar da consulta pública podem encaminhar as sugestões, tecnicamente fundamentadas, por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos - SISMAN, da Secretaria de Defesa Agropecuária, por acesso eletrônico, clicando aqui.
 
O prazo para a manifestação é de 60 dias. Para acessar o sistema, o usuário deve ter cadastro no Sistema de Solicitação de Acesso - SOLICITA, pelo portal eletrônico, clicando aqui. (MAPA)




Produção de leite deverá crescer 2% ao ano
 
Estudo realizado pela TCP Partners - firma de investimentos, gestão e fusões & aquisições – constatou que o setor de laticínios no Brasil participa com 11,3% da cadeia produtiva de alimentos, sendo o terceiro segmento mais importante. Com receita líquida anual de R$ 82,7 bilhões/ano, é composto por pequenos, médios e grandes produtores de todas as regiões do Brasil. Ainda segundo o levantamento, Minas Gerais é o maior produtor do país e representa 1 ⁄ 4 de toda produção de leite brasileiro. O Brasil é o 6° maior produtor global de leite, com 27 bilhões de litros/ano.
 
Considerando também a produção informal, a produção brasileira alcança 35 bilhões de litros/ano, sendo o 4° maior produtor mundial. 
 
De acordo com os dados divulgados pela assessoria, ao analisar o crescimento desse setor, o estudo ainda projeta alta anual de 2% da produção de leite nos próximos dez anos e o consumo per capita deverá crescer entre 1,3% e 1,9% ao ano. Nesse cenário, a receita dos laticínios deverá registrar um crescimento médio anual de 4,0%.
 
Diante dessas perspectivas favoráveis, muitos investidores - nacionais e internacionais - estão "de olho" nas empresas do setor para desenvolverem suas teses de investimentos.
 
O setor de laticínios tem muitas oportunidades e logo muitas empresas deverão capital na Bolsa. (Agrolink)


Jogo Rápido 

PUBLICADA LEI COMPLEMENTAR Nº 190/2022 PARA REGULAMENTAR A EXIGÊNCIA DO ICMS-DIFAL DESTINADAS A CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE DO IMPOSTO. 
A União publicou a Lei Complementar nº 190/2022 que altera a Lei Kandir e dispõe sobre a exigência da diferença de alíquota de ICMS – DIFAL nas operações e prestações interestaduais destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto, para atender a determinação do Supremo Tribunal Federal (ADI 5.469 e RE 1.287.019 – Tema 1.093). Referida Lei autoriza os Fiscos Estaduais a instituírem o ICMS-DIFAL após o período de 90 dias, contanto que editem legislação estadual para exigência do tributo. Todavia, a exigência do ICMS-DIFAL somente poderá ocorrer no ano de 2023, considerando que ao ICMS aplicam-se as exigências das anterioridades de exercício (exigência no ano seguinte) e nonagesimal (exigência após o período de 90 dias).   Diante do risco de perda de arrecadação estimada em R$ 9.8 bi, os Estados já sinalizam intenção de cobrança imediata. Em ocorrendo tal cobrança, será possível questionar judicialmente a exação, de modo a evitar sua exigência e reduzir a carga tributária sobre a operação. (Cabenellos Advocacia)

 

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Porto Alegre, 05 de janeiro de 2022                                                        Ano 15 - N° 3.570


Incêndios se espalham
 
Além de perdas em lavouras de milho e de soja, a estiagem está provocando focos de incêndio em campos abertos no Estado. Municípios da Fronteira Oeste, como Quaraí e Santana do Livramento, e do Noroeste, como Alto Alegre e Não-Me-Toque, registraram ocorrência de pelo menos 11 focos de fogo entre as últimas semanas de 2021 e os primeiros dias de 2022.
 
Foram queimadas matas, pastagens e campos abertos com palha de trigo que aguardavam a volta da chuva para iniciar o plantio de soja (veja vídeo aqui: gzh.rs/fogocampo).
 
- A temperatura está muito alta e o solo está seco pela falta de chuva, o que facilita o surgimento desses episódios - observa o produtor Alex Morgan, de Alto Alegre.
 
No caso das pastagens, além dos incêndios, há também produtores que vivem prejuízos de qualidade, conforme explicou ontem a coluna. Levantamento da Emater aponta que as perdas já chegam a 60%. O produtor Maiquel Junges, de Não-Me-Toque, vive essa realidade de perto. A pastagem de sorgo plantada em outubro, que já deveria ter rendido três ou quatro pastejos, deu apenas um. Agora, Junges está precisando usar silagem, que também não é de boa qualidade por causa da estiagem, e ração, que é mais cara, para complementar a alimentação dos animais.
 
- A produção de leite das minhas 20 vacas caiu já 20%, o que significa menos R$ 2,5 mil por mês - preocupa-se o produtor. (Zero Hora)
 

Operação 365 é apresentada à equipe agro do Banco do Brasil

Um encontro na CCGL , no dia 16/12, em Cruz Alta, reuniu 10 regionais da carteira agro do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul para conhecer o programa de melhoria da qualidade do sistema agrícola produtivo, chamado Operação 365.

Para o Presidente da CCGL, Caio Viana, o momento de estresse hídrico nas lavouras é oportuno para resgatar fundamentos básicos que impactam na produtividade: “Nós temos quase 2.000 milímetros de chuva por ano no Rio Grande do Sul e estamos sofrendo com estiagens cada mais severas . Isso passa pelo solo, um ser vivo que precisa ser alimentado os 365 dias do ano para conseguir armazenar a água da chuva ”. 

A operação 365 pretende incentivar o produtor a fazer boas práticas na lavoura através de estratégia que deve qualificar a assistência técnica, certificar talhões em propriedades rurais e viabilizar linhas de financiamento especial para melhorar o sistema produtivo. “A certificação de talhões nas propriedades rurais segue critérios técnicos pré-tomados, chamados de Indicadores de Qualidade de Manejo, que parecem ser ajustados para cada região. Assim, um talhão poderá ser certificado como Gold, Platinum ou Black, conforme a pontuação nos indicadores verificada no local ”, explica o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo , Giovani Faé. 

Durante a safra 2021/2022 acompanhados 30 talhões através de 10 cooperativas do RS: Cotriel, Coasa, Cotrijuc, Cotrijal, Cotrisul, Cotripal, Cotrisal, Cotrisel, Cotrirosa e Coopatrigo. “Os resultados serão executados e desencadear o processo de certificação”, explica o coordenador da Rede Técnica Cooperativa (RTC / CCGL), Geomar Corassa, destacando que as cooperativas contam com a ajuda de uma plataforma digital - o Smartcoop - que será usado para o monitoramento dos talhões: “Entre as funcionalidades da plataforma estão o acompanhamento da lavoura, monitoramento por satélite, previsão do tempo de alta resolução, alertas de pragas e doenças, gerenciamento de rebanho, comercialização, dentre outros”.

“Neste momento estamos discutindo como aprimorar o crédito agrícola e isso passa pela rentabilidade das lavouras. Contar com essa função de risco para a instituição financeira e pode facilitar o acesso do produção ao crédito ”, avalia o Gerente Geral do Banco do Brasil no RS, Jorge Reis, lembrando que a certificação também pode orientar o seguro agrícola.

O programa Operação 365 já conta com uma série de parceiros como CCGL, RTC, Embrapa, UPF, Banrisul e UFRGS, além das cooperativas gaúchas. (Embrapa) 





Uruguai – Em 2021 as exportações de lácteos caíram em volume e cresceram em valor
 
Exportações/UR – O Uruguai exportou menos lácteos mas o valor foi maior. Os pedidos de exportação totalizaram 223.037 toneladas por US$ 739,2 milhões. Isto representa queda de 4,3% em relação às 233.135,6 toneladas enviadas em 2020. 
 
Mas houve alta de 8,6% em relação aos US$ 680,38 milhões recebidos com a remessa de lácteos para o exterior no ano passado, segundo dados da Alfândega.
 
A China foi o principal destino em volume e a Argélia em valor.
 
Para o país asiático foram enviadas 52.721,9 toneladas de lácteos no valor de US$ 166,1 milhões. O país africano comprou 52.643,2 toneladas por US$ 182,4 milhões.
 
O Brasil ficou em terceiro lugar, com 43.355 toneladas ao custo de US$ 145,5 milhões.
 
Na comparação com 2020, a Argélia caiu (30% em volume e 19% em valor), o Brasil também baixou (22% em volume e 16% em valor) e a China teve um crescimento importante (108% em volume e 169% em valor).
 
Por produtos, caiu 4% o volume exportado de leite em pó integral, mas registrou crescimento destacado no valor, 9,7%. Este é de longe o principal produtos lácteos que o Uruguai vende para o exterior. O preço médio da tonelada exportada foi de US$ 3.418, enquanto que, em 2020, a média foi de US$ 2.995 a tonelada.
 
No segundo lugar estão os queijos, que caíram tanto em volume (5%), como em valor (3%).  
 
No terceiro lugar está a manteiga que retrocedeu 9% em volume, mas deu um salto de 16% em valor. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 Jogo Rápido

 A RAR cresce 34%
A RAR, de Vacaria, encerrou 2021 com expansão de 34% em  sua receita líquida, média de 25% ao ano, contabilizados nos últimos sete anos e agora tem o desafio de crescer mais 35% em 2022.  Para o CEO Sergio Martins Barbosa, o resultado é consequência  de um trabalho de muita dedicação. “Este foi mais um ano em  que a crise atingiu empresas de todos os portes. Mas com trabalho  e organização, pudemos comemorar mais um ano de conquistas  e lançamentos”, afirma. Para 2022, a empresa projeta novidades  como a ampliação da linha de charcutaria da RAR Importados e a  expectativa de abrir unidades Spaccio RAR em Porto Alegre e São  José dos Campos (SP). (Jornal do Comércio)