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14/12/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.561


La Niña segue até o outono de 2022, mas efeito no clima será moderado

No Brasil, além do efeito do La Niña, ainda há influência do fenômeno Decadal do Pacífico, que deixa a chuva abaixo da média no Sudeste e Centro-Oeste

A temperatura do oceano Pacífico equatorial está baixa que o normal desde meados da primavera indicando a presença de um La Niña. De acordo com o Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (Noaa), a expectativa é de um fenômeno entre fraco e moderado e que vai prosseguir até meados do outono de 2022 no Hemisfério Sul.

No Brasil, além do efeito do La Niña, há influência de um fenômeno de longo prazo chamado de Oscilação (Inter) Decadal do Pacífico ou ODP. A oscilação vem fazendo com que as regiões Sudeste e Centro-Oeste recebam chuva abaixo da média nos verões há pelo menos dez anos. E em 2022, isso não será diferente. De acordo com a previsão da simulação ECMWF, o primeiro trimestre de 2022 será caracterizado por chuva abaixo da média histórica ao longo do vale do Rio São Francisco (Minas Gerais e Bahia), Triângulo Mineiro, Goiás e boa parte de Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, apesar do La Niña, parte do primeiro trimestre de 2022 terá chuva acima da média em Santa Catarina e Paraná, além de São Paulo. A previsão do tempo aponta que a chuva acima da média não será frequente durante todo o trimestre, assim como a chuva abaixo da média não indica ausência de precipitação. O efeito mais clássico do La Niña será visto no Rio Grande do Sul, com chuva abaixo da média, além de boa parte das regiões Norte e Nordeste, com precipitação acima da média histórica.

Outro efeito do La Niña será a ausência de calor intenso e persistente na maior parte do Brasil. Apenas o interior do Rio Grande do Sul terá temperatura acima da média no primeiro trimestre de 2022. (Canal Rural)

Preços da próxima safra e carência de fertilizantes serão abordados no Agrocenário 2022

A safra 2022/2023 sinaliza diversos desafios ao produtor brasileiro. Prova disso é a estimativa feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), apontando a probabilidade de a próxima temporada ser a mais cara do século até então. Diante dessa conjuntura, é imprescindível que o agricultor consiga incrementar a sua rentabilidade e ajudar o país a continuar tendo protagonismo internacional. Assim, para prepará-lo frente às adversidades que estão por vir, a Aprosoja Brasil e a Corteva realizam a quarta edição do “Agrocenário 2022 – Competitividade do Agronegócio Brasileiro”, no dia 15 de dezembro, às 9h (horário de Brasília).

O analista de Fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Sousa, participará do primeiro painel do evento e abordará as adversidades enfrentadas pelo setor de fertilizantes e agroquímicos. “Houve uma forte queda de produção desses insumos em 2021 causada pela crise energética na China, limitando as exportações e aumentando os preços, principalmente do glifosato, um herbicida muito utilizado no Brasil e no mundo”, comenta.

Segundo ele, o próximo ano já começará com um grande desafio envolvendo a disponibilidade de cloreto de potássio na agricultura. “Os Estados Unidos colocaram uma série de sanções na Bielorrúsia, que é o país responsável por fornecer quase 20% do produto utilizado no mundo. Isso significa que 2022 vai ter um problema grande em relação a preço e fornecimento de matéria-prima”, constata.

A relação de troca para o fertilizante será outro ponto abordado por Sousa. “Essa questão acaba sendo um termômetro para o produtor antecipar ou não as suas compras. Neste momento essa relação está muito elevada, infelizmente, não sendo nada convidativa para compra. Estamos falando de uma relação acima do histórico, o que, logicamente, pode implicar em alguns pontos para a safra 22/23, causando, assim, uma estagnação da área plantada ou até mesmo uma redução, além de menores investimentos em adubação”, sintetiza o especialista.

Abertura de novas fronteiras
O diretor da Pátria Agronegócios e palestrante do segundo painel do Agrocenário 2022, Matheus Pereira, acredita que a ocasião é importante para iniciar um debate em que a frente política que defende o agro nacional possa se fortalecer. “Daremos as direções para onde podem ser focados os esforços políticos e, assim, termos ainda mais competitividade e agressividade na comercialização, bem como para mantermos os laços comerciais que já possuímos”, adianta.

Pereira se considera um “consultor de pé no chão e de botina suja”. Com isso, afirma que sua busca é por trazer informações de qualidade que estejam em linha com o que o produtor aplica no campo. “Já fui produtor, nascido e criado na roça. Sei a maneira de tratar com o público direto e é dessa forma que procederei no evento.”

Desta forma, o diretor antecipa que também pretende discutir maneiras de o país desatar nós com nações que ainda não têm a licença necessária para adquirir a principal commodity do agro brasileiro: a soja. “Nossa oleaginosa já é vista internacionalmente como um grão de qualidade, sustentabilidade e oferta robusta. Precisamos apenas transpor essas barreiras territoriais e nos mantermos à frente de nossos principais concorrentes por demanda, que são os Estados Unidos e a Argentina”, conclui.

Setor dinâmico
O diretor de Supply Chain Crop Protection da Corteva, Gustavo Haddad, estará presente nesta quarta edição do Agrocenário. Segundo ele, o período em que o evento acontece não poderia ser melhor. “Vemos muitos avanços sob a ótica da competitividade interna, como a melhoria dos investimentos em infraestrutura, novas fontes e formas de financiamento do setor e novas tecnologias trazendo ganhos de produtividade”, ressalta.

Todavia, de acordo com ele, o país possui limitações logísticas internacionais e mudanças geopolíticas que afetam os interesses de comércio, além de uma agenda de sustentabilidade em ascensão. “Mas é inegável que o agro ainda é o setor mais dinâmico da economia (inclusive em geração de empregos) e que o seu crescimento se manterá firme nos próximos anos. O que temos no pós-pandemia é o ‘estado da arte’ do futuro do agronegócio. Um ambiente complexo, competitivo e muito promissor”, conclui Haddad.

Não deixe de acompanhar o Agrocenário 2022, que será transmitido por todas as plataformas do Canal Rural (TV, YouTube e Facebook). Clique aqui e inscreva-se para receber a notificação no horário do evento. (Canal Rural)





Fiergs estima que PIB gaúcho fechará o ano com incremento de 9,6%

A economia gaúcha crescerá mais do que a brasileira em 2021. Conforme cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), enquanto o PIB do Estado deve verificar uma evolução de 9,6%, o País deve registrar um aumento de 4,6%. Para 2022, a expectativa é de que o PIB gaúcho tenha um desempenho na casa de 1,6%, contra 1,0% do brasileiro.

Uma das explicações para o melhor desempenho da economia gaúcha que a do País está no PIB da agropecuária estadual, que deve aumentar 57,7% neste ano, contra uma retração de 29,6% em 2020 e uma perspectiva de alta de 6,3% para 2022. Ainda para o próximo ano, a Fiergs prevê que a taxa de desemprego elevada e a permanência das interrupções nas cadeias de fornecimento devem ajudar a diminuir o ritmo de crescimento.
Assim, a expectativa é de uma criação de 614 mil empregos formais em âmbito nacional e para o Rio Grande do Sul a perspectiva é da geração de 29 mil postos de trabalho em 2022, sendo cerca de 9 mil no setor industrial. O PIB da indústria gaúcha deve fechar 2021 com uma elevação de 6,8% (contra 5,1% do brasileiro) e no próximo ano deve aumentar em 0,6% (e o nacional 0,9%).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14), pelo presidente da Fiergs, Gilberto Petry, durante a apresentação do Balanço e Perspectivas da Economia 2021/2022. Na ocasião, o dirigente aproveitou o evento para comentar ainda sobre os bons índices de vacinação no Brasil, superiores aos de países como Alemanha, Áustria e Estados Unidos. “Nossa principal atividade hoje é evitar que a Covid-19 se alastre mais”, defende Petry. O presidente da Federação das Indústrias, que realizou uma coletiva on-line, ainda se emocionou ao falar do seu primo, o jornalista e professor Flávio Porcello, falecido em decorrência do coronavírus.

Desempenho do PIB no mundo, Brasil e Rio Grande do Sul:

Mundo:
2020 2021 2022
-3,1% +5,6% +4,5%

Brasil:
2020 2021 2022
-3,9% +4,6% +1,0%

Rio Grande do Sul:
2020 2021 2022
- 7,0% +9,6% +1,6%

Fonte: Fiergs/Jornal do Comércio - adaptado Sindilat/RS

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Confaz publica convênio ICMS que beneficia irrigantes do RS e do ES
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou, na sexta-feira, o Convênio ICMS nº 214, e atendeu a um pedido dos produtores rurais irrigantes do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo. A medida permite que esses Estados tenham isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas vendas com equipamentos de irrigação. Agora são  nove Estados que contam com o benefício: Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. Esses Estados são autorizados a conceder isenção do ICMS incidente nas operações internas com irrigadores e sistemas de irrigação para uso na agricultura ou horticultura, por aspersão ou gotejamento, inclusive os elementos integrantes desses sistemas, como máquinas, aparelhos, equipamentos, dispositivos e instrumentos.  (Valor Econômico)

 

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