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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.560


Saem vencedores do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Os resultados do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram divulgados na manhã desta segunda-feira (13/12) de forma totalmente online pelo Facebook do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Repórteres da Cotrijal, do Vale Agrícola e do Correio do Povo se destacaram na premiação, assim como profissionais do Portal Novo Rural, da Zero Hora, do Jornal do Comércio e do Canal Rural (confira a lista abaixo).

O primeiro lugar na categoria Online foi para Fernando Oliveira Teixeira, do Agrocast Cotrijal, de Não-Me-Toque/RS, com o trabalho “Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação”. Na categoria Eletrônico, Elizângela Maliszewski, do Vale Agrícola, de Canoas/RS, liderou a premiação com o trabalho “Produção do Leite tipo A”. Já no Impresso, categoria mais disputada da edição contando com participantes de diversos estados do Brasil, a jornalista Nereida Vergara, do Correio do Povo, de Porto Alegre/RS, levou o primeiro lugar com o trabalho “Pequenos penalizados”.

Neste ano, a Comissão Julgadora foi formada pelos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Pedro Dreher (Sindicato dos Jornalistas do RS), Gerson Raugust (Farsul), Eduardo Oliveira (Fetag), além das representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres. De acordo com Goulart, desde que participa da Comissão Julgadora, a qualidade dos trabalhos melhora a cada ano. “Eu notei que a cada ano melhora a qualidade dos trabalhos. Isso é inegável”, ressaltou.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, complementou Goulart salientando o alto nível dos trabalhos inscritos. “As matérias estão cada vez melhores. Para nós que representamos o setor lácteo e que estamos em um momento um pouco complicado, a questão do diálogo e a cobertura da mídia é fundamental”, relatou.

Conheça os vencedores:

Online:
Em 1º lugar: Fernando Oliveira Teixeira, do Agrocast Cotrijal (Não-Me-Toque/RS)
com o trabalho “Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação”
Em 2º lugar: Gracieli Verde, do Portal Novo Rural, com o trabalho “Parceiros do Leite - Episódio 4”
Em 3º lugar: Fábio Schaffner, de Zero Hora (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Animais doentes e transmissão contida a tiros: a história do vírus que prejudicou a pecuária gaúcha e só agora será vencido”

Eletrônico:
Em 1º lugar: Elizângela Maliszewski, do Vale Agrícola (Canoas/RS) com o trabalho “Produção do Leite tipo A”
Em 2º lugar: Antonio Petriccione, Canal Rural (São Paulo/SP), com o trabalho “O futuro do leite no Brasil”
Em 3º lugar: Elizângela Maliszewski do Vale Agrícola (Canoas/RS) com o trabalho “Agricultor cadeirante quadruplica produção de leite”

Impresso:
Em 1º lugar: Nereida Vergara, Correio do Povo (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Pequenos penalizados ”
Em 2º lugar: Rafael Vigna, Jornal do Comércio (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Cadeia do Leite sofre pressão dacrise provocada pela pandemia”
Em 3º lugar: Nereida Vergara, Correio do Povo (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Mais pasto contra o Custo”

Assessoria de imprensa Sindilat/RS


Produtor de milho contabiliza perdas

Assolada pela estiagem prolongada, a safra gaúcha de milho será marcada por quebra pelo terceiro ano consecutivo. Na região Noroeste do Estado, a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS) estima perdas de 40% da produção. No restante do Estado, os prejuízos nas lavouras afetadas variam de 30% a 70%, segundo o presidente da entidade, Ricardo Meneghetti. A colheita inicialmente projetada para o Estado era de 6 milhões de toneladas do cereal.

A falta de chuva não poupou nem as áreas irrigadas. “Agricultores estão intercalando a irrigação entre uma lavoura e outra, racionando a água”, relata Meneghetti. “Fizemos todo um trabalho dentro do Programa Pró-Milho, que é para incentivar a produção, mas estamos tendo dificuldades com o clima”, destaca. Segundo Meneghetti, a tendência é que, à medida que as prefeituras decretarem estado de emergência devido à estiagem, os agricultores comecem a apresentar pedidos de indenização ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

Maior produtor de milho do Estado, o município de Palmeira das Missões registra perdas
de 50% a 60% nas áreas não irrigadas, diz o presidente do sindicato rural, Hamilton Jardim. Segundo ele, a situação é mais dramática nas lavouras semeadas no cedo, que sofreram com a falta de chuva na fase de floração. Nestas, a crise hídrica comprometeu 80% da produção. “Se não houver chuva nos próximos dias, as lavouras de sequeiro serão totalmente inviabilizadas”, alerta Jardim.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Não-Me-Toque, Maiquel Junges, diz que em muitos municípios 90% das lavouras estão perdidas. Ibirubá, Selbach, Quinze
de Novembro, Alto Alegre, Boa Vista do Incra e Fortaleza dos Valos, por exemplo, estão há 60 dias sem chuva, segundo ele.

A falta de chuva também atrasou a semeadura da soja na região, que só foi feita em 10% da área de cultivo prevista. A preocupação dos produtores é que o período de plantio indicado no zoneamento agrícola para a soja se encerra em 31 de dezembro. “Estamos pedindo ao governo federal para rever o prazo, para que, se o plantio não for feito até lá, o produtor possa ter cobertura de seguro e Proagro”, explica Junges. (Correio do Povo)

 

 


Índia: produção de leite segue crescendo e exportação pode ser necessária no futuro

Prevê-se que a população da Índia cresça em 272 milhões de pessoas até 2050. No entanto, não está claro se o setor lácteo do país produzirá o suficiente para atender à sua crescente demanda por leite e produtos lácteos, ou se a produção irá exceder as necessidades domésticas.

De acordo com um relatório das Nações Unidas de 2019, a Índia pode suplantar a China como o país mais populoso do mundo até 2027 e permanecer nesta posição até o final do século. Em 2019, a economia da Índia ultrapassou a do Reino Unido e da França como a quinta maior do mundo, com PIB de US$ 2,94 trilhões.

“Depois de experimentar um crescimento sustentado nos últimos anos, a Índia está pronta para consolidar sua posição como o maior produtor e consumidor de leite do mundo”, disse Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma empresa de consultoria agrícola em Buenos Aries.

De acordo com um relatório recente do USDA Global Agricultural Information Network, a produção de leite da Índia deve crescer 2,2% em 2021, atingindo um total de 199 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) espera que a produção cresça 2,3% no próximo ano. Na próxima década, o USDA projeta que a produção de leite na Índia aumentará mais 130 milhões de toneladas.

Embora a maior parte da produção de leite do país seja proveniente de búfalos, a participação do leite de vaca tem aumentado, observou Ganley. Em 2021, ela disse que o leite de vaca representará 48,2% da produção total de leite do país.

“As pequenas fazendas leiteiras do país geralmente preferem ordenhar búfalas porque seu leite é mais gorduroso e elas geralmente resistem ao clima melhor do que as vacas Holandesas e outras vacas leiteiras tradicionais”, observou Ganley. “Além disso, as búfalas podem ser abatidas, proporcionando uma fonte de receita adicional para os produtores indianos, enquanto o abate de vacas leiteiras é proibido na maior parte da Índia por motivos religiosos.”

Quase todo o leite produzido na Índia é consumido internamente, com apenas volumes nominais do produto enviados aos mercados de exportação, disse Ganley. Um pouco mais da metade da produção é formalmente processada, enquanto os 48% restantes são consumidos na fazenda ou vendidos por meio de canais informais.

Produtos lácteos, particularmente iogurte, queijos e ghee, são considerados alimentos básicos na Índia, onde um grande número de vegetarianos depende dos laticínios como fonte de proteína em suas dietas, disse Ganley.

A população crescente da Índia e o grande número de consumidores mais jovens do país, que tendem a favorecer os produtos lácteos, são um bom presságio para o futuro do consumo de lácteos. No entanto, com a expectativa de crescimento da produção de leite, é incerto se o crescimento da produção ficará aquém ou excederá a demanda crescente.
“O consumo de lácteos per capita da Índia de 0,4 quilos por dia e já se acredita que exceda a média mundial em 33%. Assim, se a produção de leite aumentar significativamente nos próximos anos e o crescimento da demanda não acompanhar, a Índia pode, em breve, estar olhando para o mercado global para descarregar o excesso de produção”, disse Ganley. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Consumo nos Lares Brasileiros cresce 4,95% em outubro, aponta ABRAS
Apesar do índice ter apresentado desaceleração de 0,24% na relação entre outubro de 2020 e 2021, o consumo manteve sua trajetória positiva nos dez primeiros meses do ano e acumulou alta de 3,14%, segundo monitoramento mensal realizado pela entidade.De acordo com a associação, a alta do custo da energia elétrica e dos combustíveis impactaram o resultado até outubro. “O IPCA acumulando alta de 10,67%, e o IPCA alimentos subindo 11,71% afetaram o consumo das famílias brasileiras, que com menor poder aquisitivo, selecionam itens para colocarem em seus carrinhos”, avaliou Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS e que apresentou o índice em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9). “O setor já está se preparando para as datas de grande consumo, como Natal e Ano Novo, ofertando produtos e realizando promoções, que caibam no bolso de todos brasileiros”, disse. Durante a coletiva, Milan apresentou também o índice Abrasmercado, composto por uma cesta de 35 produtos de largo consumo, como alimentos (incluindo cerveja e refrigerante), higiene, beleza e limpeza doméstica. No mês de outubro, o gasto com produtos da cesta manteve a tendência de alta e fechou em R$ 700,04, aumento de 2,20% em relação a setembro (R$ 684,99). No comparativo com outubro do ano passado, a cesta ficou mais cara em 17,27%. Cuiabá (MT) apresentou a cesta mais barata do país (R$ 540,07), e a Grande Porto Alegre (RS), a mais alta, no valor de R$ 795,45. Os grandes vilões da alta do preço, na comparação entre setembro e outubro deste ano, foram o tomate (+28,77%) e a batata (+24,05%), que registraram aumento significativamente maior que os produtos que vêm em seguida, como o frango congelado (+ 6,33%), o café torrado e moído (+ 6,11%) e o açúcar (+ 4,79%). A cebola, o feijão e o extrato de tomate tiveram as maiores baixas com queda de 5,17%, 2,27% e 1,95%, respectivamente. A ABRAS se mantém otimista sobre o consumo no Natal e Ano Novo e já anuncia novas contratações. “Estamos prontos para receber os clientes nas mais de 91 mil lojas do setor e através do e-commerce”, disse Milan que prevê 30 mil admissões de funcionários temporários no período. “Os postos mais ocupados por estes trabalhadores serão : operadores de caixa, repositores e empacotadores”, afirmou Milan. (Newtrade)


 

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Porto Alegre, 10 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.559


Família altera horários de ordenha e facilita a mão de obra no leite

A bovinocultura leiteira vem passando por uma crise nos últimos anos, com diversas famílias abandonando a atividade, e a mão de obra exigida na atividade tem sido um dos principais problemas enfrentados pelos produtores. Em Serafina Corrêa, ainda em maio de 2019, foi realizado um Encontro Municipal de Bovinocultores de Leite e nele os produtores a elencaram, junto dos custos de produção, como a maior dificuldade enfrentada por eles para se manter ou investir na atividade.
 
"De acordo com os produtores, o fato de ter sempre o compromisso de madrugar para ordenhar cedo pela manhã e à tarde, sem férias e finais de semana, acaba tornando a atividade menos atrativa aos jovens e dificultando a sucessão familiar, além de afetar a motivação das famílias em permanecer produzindo leite", explica o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.
 
De lá pra cá, com esse diagnóstico, a equipe da Emater/RS-Ascar passou a buscar formas de auxiliar essas famílias a tornar a atividade menos penosa e facilitar o seu dia a dia. Uma das proposições da Emater/RS-Ascar veio em discussão com o Grupo de Pesquisas em Ecologia do Pastejo da Ufrgs, através do professor Paulo Carvalho: a alteração dos horários de ordenha.
 
Ebert conta que a proposta inicialmente visava apenas aumentar o consumo de pasto nos horários em que ocorrem os picos de pastejo (nascer e pôr do sol), mantendo os animais no pasto nesses horários, alterando o manejo tradicional, onde, justamente nesses horários se realiza a ordenha. "Entretanto, o que acontece como consequência é que, além desse benefício de consumir mais pasto, os horários acabam ficando melhores para a rotina e o trabalho da família", ressalta.
 
A família Silvestrin, que é uma Unidade de Referência em produção de leite da Emater/RS-Ascar no município, foi a primeira que aceitou a proposta de alterar os horários de ordenha. Eles faziam a da manhã por volta das 5h30 e a da tarde às 16h30 e com a alteração passaram a recolher as vacas do pasto onde passaram a noite para ordenhar somente às 8h, deixando tempo para elas pastarem antes da ordenha, ao nascer do sol. À tarde, fazem a segunda ordenha às 16h, soltando logo depois das 17h para que pastem ao pôr do sol, permanecendo no pasto durante toda a noite para pastarem ao nascer do sol do dia seguinte.
 
De acordo com a produtora Ana Lice Silvestrin Martins, nos primeiros dias de alteração, a partir do final de setembro, foi preciso acostumar as vacas, mas depois de algumas semanas, elas se adaptaram à nova rotina. "Quando a gente olha de manhã cedo, elas estão lá pastando no piquete e, por volta das 8h, quando a gente vai buscar, elas já levantam e esperam a gente pra vir pra ordenha, então elas se adaptaram muito bem", destaca.
 
Com essas mudanças, a produtora explica que, ao contrário do que se imagina, não teve queda na produção de leite e agora ainda dá tempo até de levar as filhas para pegar o ônibus para a escola, antes de iniciar o trabalho da ordenha, o que antes, no horário tradicional de ordenha, era impossível. De tarde, ordenhando mais cedo, ela também conta que, por volta das 17h30 ela já terminou o serviço, as vacas já estão no pasto e ela pode ficar em casa. "Tá melhor do que eu pensava", relata a agricultora.
 
A família participa do Projeto Elite a Pasto com a Emater/RS-Ascar em Serafina Corrêa, que visa desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens, e essa é uma das técnicas que tem sido proposta nas propriedades para isto. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar)

Previsão de poucas chuvas na maior parte do Estado para os próximos sete dias

Para os próximos sete dias, a previsão ainda é de pouca chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 49/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga.  

Nesta época do ano ocorre no centro do Brasil a formação de um fenômeno chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Por causa desse fenômeno, grande parte da umidade disponível na atmosfera do Brasil é consumida nesse corredor úmido que provoca chuvas intensas desde a Amazônia até o Sudeste do País. Também não há previsão de entrada de nenhuma frente fria no Rio Grande do Sul nos próximos dias. 

As chuvas que poderão ocorrer no Leste e Nordeste do Estado serão efeito da umidade que chegará do oceano Atlântico, trazida por ventos gerados por um ciclone subtropical em alto mar. 

Entre a quinta-feira (9/12) e o domingo (12/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com sol e nebulosidade variável e temperaturas elevadas durante o dia, com valores acima de 30°C em diversas regiões. No domingo à noite, o ingresso de ar quente favorecerá a elevação da temperatura, e a combinação de umidade e calor provocará pancadas de chuva e trovoadas isoladas em algumas regiões.  

Entre segunda (13/12) e quarta-feira (15/12), a intensificação de uma área de baixa pressão sobre o Centro-Norte do Rio Grande do Sul pode provocar temporais com possibilidade de pancadas de chuva, típicas de primavera-verão, principalmente nos setores Leste e Nordeste. Na maioria das localidades do Estado, os volumes esperados são inferiores a 20 mm. Os maiores acumulados para a próxima semana deverão ocorrer na região Nordeste.

Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 


Leite: setor pede intervenção da Conab na compra de excedentes de lácteos

Excedentes de lácteos - Os desafios da cadeia do leite foram tema de uma audiência pública da comissão de desenvolvimento econômico, indústria, comércio e serviços da Câmara dos Deputados.

Na ocasião, os produtores apontaram problemas, como a falta de infraestrutura e de assistência técnica, e as dificuldades com os preços do leite. Também foram apresentadas algumas sugestões para auxiliar a cadeia.

“Tem algumas coisas internamente que podem ser feitas. A nossa parceira Conab precisa intervir mais nesse mercado e comprar os excedentes lácteos no final do ano. A indústria hoje, totalmente descapitalizada, não tem como sustentar altos estoques durante meses. Esses leilões auxiliam muito para que nós tenhamos um preço ao produtor mais perene no ano inteiro”, destacou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ).

Já para o analista de comércio exterior do departamento de políticas públicas do MAPA, Eduardo Mazzoleni, a solução para crise do setor não passa pela intervenção do Estado.
“Não acredito nessa política de intervir nos preços. O que eu acredito é na competitividade. Produzir fazendo sobrar mais dinheiro na cadeia produtiva no Brasil do que nos países concorrentes. Que a gente saiba usar melhor o nosso solo, o nosso sol, a nossa chuva. Produzindo capineiras melhores. Pegar o exemplo de produtores que conseguem fazer isso para que a gente tenha uma produção melhor. Essa é a única alternativa que nós temos: sermos mais competitivos”, finalizou. (Canal Rural)

 Jogo Rápido

Evento gratuito com Valter Galan: quais as perspectivas para o mercado de lácteos em 2022?
Após um ano complicado para a cadeia de lácteos, não são poucas as dúvidas sobre o que irá acontecer em 2022. O cenário político e econômico brasileiro, as repercussões para o consumo, a situação atual e as expectativas da indústria, o mercado internacional, o clima, o mercado de grãos, os efeitos sobre a produção de leite. Temas para discussão não faltam! Neste contexto, a equipe responsável pelo MilkPoint Mercado e pelo Milk Monitor está aqui para te convidar para uma palestra exclusiva sobre as perspectivas do mercado lácteo brasileiro no próximo ano. Estaremos ao vivo no Youtube no dia 16/12, às 19h. Além da apresentação, conduzida por um dos mais importantes analistas do setor no país, Valter Galan, estaremos disponíveis para responder eventuais questões. Para participar, será bem simples: estamos buscando entender mais sobre as informações que você precisa para conduzir sua atividade de produção de leite. Pretendemos melhorar ainda mais os nossos serviços a partir das respostas obtidas em nossa pesquisa, e, para isso, contamos com você! Preenchendo o questionário disponível clicando aqui, você irá receber em seu e-mail, nos dias que antecederem o evento, o link para acesso. (Milkpoint)

 

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Porto Alegre, 09 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.558


Rabobank: resumo mercado de lácteos no Brasil e no mundo no 4T

Os mercados de lácteos globais estão oscilando em níveis não vistos desde 2014. O clima desfavorável comprometeu muito o pico de produção da Oceania e a redução das margens nos EUA e na Europa paralisou o crescimento da produção, resultando em um déficit muito grande com relação ao ano anterior, que não pode ser compensado nem pelo aumento de produção na América do Sul.

Como resultado, a produção de leite do quarto trimestre de 2021 nas 7 grandes regiões exportadoras deve cair 0,3% em comparação com o ano passado. Esta é a primeira redução trimestral na comparação anual, desde 2019.

Os preços do leite ao produtor acompanharam a alta dos preços das commodities na maior parte do mundo, com maior potencial de alta em algumas regiões. Ainda assim, o aumento dos custos dos insumos, a falta de mão de obra, o clima desfavorável e a qualidade questionável dos alimentos limitarão a resposta de produção.

As exportações de lácteos diminuíram em resposta a interrupções logísticas, aumento dos custos de transporte e preços elevados de commodities. O volume das exportações globais de lácteos aumentou 6% em relação ao ano anterior durante o primeiro semestre de 2021, mas caiu para 2% no terceiro trimestre.

Uma desaceleração na demanda de importação da China é esperada e necessária para esfriar os preços, em face dos aumentos limitados do lado da oferta. Os compradores chineses estão divididos entre a alta fora da China e os fracos fundamentos dentro do país para decidir se, quando e em que níveis de preço eles devem retornar ao mercado.

Apesar das crescentes pressões inflacionárias, os consumidores ainda não enfrentaram o choque do aumento de produtos lácteos na maioria dos países, sustentando a demanda. Esse não será o caso em 2022, uma vez que os preços mais altos das commodities a partir do segundo semestre 2021 serão repassados aos consumidores.

Novas variantes do Covid-19, inflação, mão de obra e desafios logísticos, juntamente com outros fatores, pesam sobre a recuperação econômica global, com o potencial dos mercados globais de lácteos vacilarem.

Brasil - Margens comprimidas em toda a cadeia de valor no segundo semestre 2021
Os preços dos grãos permanecem elevados no Brasil, devido à depreciação do câmbio, e os preços de paridade de exportação mantêm os custos da ração altos para os produtores de leite. Os preços do leite na fazenda estão sendo mantidos em níveis mais elevados, mas os custos crescentes reduziram bastante a lucratividade dos produtores na segunda metade de 2021.

Enquanto isso, os processadores também sentiram os impactos dos preços ao produtor e do enfraquecimento da demanda, devido ao aumento da inflação e alta do desemprego. As margens da indústria deterioraram-se em 2021 e as empresas não conseguiram repassar todos os aumentos de custos.

O quadro macroeconômico está piorando

A economia do Brasil caiu menos do que outras economias emergentes em 2020 (-4,1% do PIB), principalmente devido aos gastos públicos significativos. A economia se recuperou em 2021 com um crescimento estimado do PIB de 4,5%. As taxas de vacinação avançaram rapidamente e agora se aproximam de 63% da população adulta.

No entanto, o Banco Central teve de aumentar drasticamente as taxas de juros de uma taxa básica de apenas 2% no início do ano, para uma projeção de 11% no início de 2022, para combater a inflação. Estima-se que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) atinja 10% ao ano.

Os preços da eletricidade permanecem em níveis recordes devido à forte seca durante a maior parte de 2021, apesar das chuvas terem ficado acima da média em outubro. Os preços dos combustíveis e uma taxa de câmbio fraca também contribuíram para a alta inflação do IPC.

A desaceleração da economia é uma preocupação para as vendas do setor de laticínios

Como a economia termina 2021 em uma nota mais fraca, o desemprego deve permanecer elevado durante a maior parte de 2022. A economia provavelmente crescerá menos de 1% no ano, o que será insuficiente para ajudar os consumidores a recuperar a renda perdida. Além disso, a incerteza em torno das eleições presidenciais de outubro de 2022 já está adicionando volatilidade ao mercado brasileiro e se refletindo em vendas mais fracas de lácteos.

Um novo programa de transferência de renda poderia ajudar no consumo
O governo está atualmente tentando aprovar uma reforma constitucional para aumentar os gastos públicos em 2022, o que financiaria um programa maior de transferência para famílias de baixa renda. Pagamentos de R$ 400 por mês dariam suporte à demanda por itens alimentícios, como laticínios. Se aprovado, este programa poderia fortalecer a demanda em 2022 e ajudar a compensar parte da renda perdida com a alta inflação deste ano.

As exportações de lácteos podem aumentar marginalmente com o câmbio fraco e um mercado internacional mais firme.

Os exportadores brasileiros tentarão encontrar algumas oportunidades para exportar nos atuais níveis de câmbio e preços internacionais, especialmente se os preços do leite ao produtor enfraquecerem com o aumento da oferta com a chegada do verão no hemisfério sul.

Enquanto isso, as importações devem apresentar desempenho inferior, com competitividade limitada no mercado interno. No entanto, a condição de uma década em que o Brasil é um importador líquido de laticínios não deve mudar em 2022. (As informações são do Rabobank, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


O que está impulsionando a demanda global de lácteos mesmo com a pandemia (EUA)?
 
A demanda por lácteos nos últimos dois anos tem sido um ponto importante para a agropecuária dos Estados Unidos (EUA) e mesmo os obstáculos da cadeia de abastecimento não contiveram a demanda até agora. A "fome" internacional por produtos lácteos está caminhando para um novo recorde em 2021, e grande parte dessa demanda agregada se deve à China.
 
No total, estima-se que o volume referente a pelo menos um dia da produção de leite semanal dos EUA é exportado, o que equivale a quase US$ 6,5 bilhões, enviados para 133 países. O maior comprador de produtos lácteos dos EUA é a China, que está em uma onda de compras recente. As exportações de lácteos dos EUA para a China aumentaram 32% durante o primeiro semestre do ano em equivalente-leite.
 
Então, o que está impulsionando essa demanda, mesmo durante a pandemia? O U.S. Dairy Export Council (USDEC) afirma que é o fato dos benefícios dos lácteos à saúde estarem sendo mais anunciados aos consumidores durante a pandemia. “Muito disso tem a ver com o governo chinês dizendo aos consumidores: 'Ei, lácteos são realmente nutritivos, é ótimo para sua imunidade, saia e compre produtos lácteos'”, disse Will Loux, diretor de análise de comércio global dos EUA Dairy Export Council. “E, francamente, os consumidores chineses fizeram isso e, como resultado, vimos um grande aumento nas importações de tudo, de leite em pó a queijo.”
 
Mas Loux lembrou que exportar esses produtos não tem sido uma tarefa fácil, já que os problemas de transporte, especialmente na Costa Oeste, são um grande obstáculo e não estão apenas aumentando o custo, mas forçando os exportadores a serem criativos.
 
“Os clientes no exterior estão tentando descobrir, ‘Ok, nós confiamos nos EUA para nos entregar este produto no prazo? Eles estão dispostos a fazer essas vendas em primeiro lugar? E, se [os fornecedores] estiverem, eles [os compradores] estão dispostos a pagar o mesmo preço que de antes”, diz Loux. “Por outro lado, os exportadores estão tendo que arcar com custos adicionais apenas para garantir que seus produtos cheguem a um navio. Tudo isso adiciona custos em toda a cadeia de abastecimento, o que afeta os produtores de leite.”
 
Os relatórios recentes mostraram um pouco de otimismo em relação à movimentação do contêineres acumulados na Costa Oeste. O Wall Street Journal informou que o custo para mover um contêiner caiu mais de um quarto no mês passado, a maior queda em dois anos.
 
Embora demore meses para resolver o problema na Costa Oeste, Loux diz que esta janela para mover alguns desses contêineres vazios agora é a mensagem que o USDEC quer deixar clara para os líderes em Washington. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 

Copom eleva Selic para 9,25% e sinaliza nova alta em fevereiro

Segundo BC, inflação ao consumidor ‘continua elevada’ e cenário externo, ‘menos favorável’

A despeito dos sinais de desaceleração da economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a sua estratégia de aperto para consolidar o processo de desinflação e voltar a coordenar as expectativas de inflação. O colegiado elevou ontem a taxa básica de juros da economia em 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, e sinalizou outra alta da mesma magnitude para fevereiro, contrariando apelos de parte dos analistas para adotar um ritmo menos intenso, que preservasse o crescimento econômico.

“Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude”, disse o BC em comunicado após a decisão, tomada de maneira unânime. Mas o colegiado fez a ressalva de que seus próximos passos “poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas” e dependerão de: atividade econômica; balanço de riscos, em que o BC faz uma espécie de análise mais subjetiva do quadro inflacionário; e projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante.

Neste momento, o horizonte que o BC considera relevante para conduzir a taxa básica de juros inclui, com pesos iguais, os anos de 2022 e 2023, para os quais as metas de inflação são de 3,5% e 3,25%, respectivamente. (Valor Econômico, adaptado pelo Sindilat)


 Jogo Rápido

Argentina: produção de leite deve crescer 3% em 2021
A produção de leite na Argentina cresceu 4,30% nos primeiros 10 meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando um volume de 9,43 bilhões de litros. Enquanto isso, o ano deve encerrar com 3% acima do produzido em 2020, equivalente a 11,113 bilhões de litros. Esses dados são do Relatório do Setor Leiteiro Argentino sobre a Economia Leiteira de novembro. Nele, além disso, observa-se que os números também foram positivos para as exportações, com alta de 9,58% nos primeiros 10 meses do ano e atingindo 326.836 toneladas. De acordo com o relatório, o setor foi favorecido pelas condições climáticas, tendo um início de ano com pouco calor e umidade, um clima seco e excelente estado dos rebanhos. Soma-se a isso o aumento na adoção de tecnologias que favorecem a eficiência produtiva, tanto do ponto de vista do manejo quanto do conforto animal. Quanto ao preço pago ao produtor, aumentou 0,73% em outubro em relação a setembro, atingindo 33,27 pesos (US$ 0,33) por litro e acumulou um aumento de 69,83% ao ano. Porém, a análise mostra que o terceiro mês de queda de preços foi registrado considerando a moeda constante. “Quando analisado em moeda constante, em relação a setembro, o preço do leite caiu -2,21%, mas permaneceu em território positivo em relação a outubro de 2020 com alta de + 8,46%”, indicou o relatório. As exportações de produtos lácteos continuam crescendo. Cerca de 38,5 mil toneladas de lácteos foram destinadas ao exterior em outubro. O acumulado dos primeiros 10 meses, como já comentado, foi de 326.836 toneladas (melhora de 9,58% em relação ao mesmo período de 2020). Cerca de 38,2% do volume exportado em 2021 foi na forma de leite em pó integral. Foram despachadas 125.134 toneladas entre janeiro e outubro, o que representa um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2020. A segunda colocação foi ocupada pelo soro de leite e seus derivados, com 17,1% do volume total exportado, com 55.744 toneladas. De acordo com o relatório, o mercado internacional segue com um tom bastante firme, com demanda ativa em um contexto em que a produção dos principais exportadores não cresce de acordo com as expectativas. (As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

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Porto Alegre, 08 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.557


Saem os finalistas do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Reunida na tarde desta quarta-feira (8/12), a Comissão Julgadora do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo escolheu os trabalhos finalistas da edição de 2021. Os vencedores serão anunciados em live na próxima segunda-feira (13/12), às 10h, pelo Facebook do Sindilat. Neste ano, o concurso contou com 39 trabalhos inscritos em três categorias (Eletrônico, Impresso e Online). A Comissão foi formada pelos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Pedro Dreher (Sindicato dos Jornalistas do RS), Gerson Raugust (Farsul) e Eduardo Oliveira (Fetag). O grupo também contou com as representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres.

Segundo o presidente da Comissão Julgadora, Antônio Goulart, a disputa na edição de 2021 foi apertada, dificultando o trabalho dos jurados. “Gostei muito do nível dos trabalhos deste ano. Outra peculiaridade verificada foi a predominância de temas relacionados à pandemia e à inovação tecnológica.  “Em nível jornalístico, podemos dizer que tivemos um padrão muito elevado”, salientou. A categoria mais disputada foi a Impresso, contando com participantes de diversos estados do Brasil e do Interior do Rio Grande do Sul. “O prêmio Sindilat chega a sua 7ª edição e consolida um trabalho maduro de valorização da imprensa. Está na agenda do Sindilat e é uma prioridade para o sindicato”, completou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Categoria Eletrônico
Antonio Petriccione – Canal Rural (São Paulo/SP) – 
Trabalho: O futuro do leite no Brasil

Elizângela Maliszewski – Vale Agrícola (Canoas/RS) – 
Trabalho: Agricultor cadeirante quadruplica produção de leite

Elizângela Maliszewski – Vale Agrícola (Canoas/RS) – 
Trabalho: Produção do Leite tipo A


Categoria Impresso
Nereida Vergara - Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Pequenos penalizados

Nereida Vergara – Correio do Povo (Porto Alegre/RS) 
Trabalho: Mais pasto contra o Custo

Rafael Vigna – Jornal do Comércio (Porto Alegre/RS) 
Trabalho: Cadeia do Leite sofre pressão da crise provocada pela pandemia


Categoria On Line

Fábio Schaffner – Zero Hora  (Porto Alegre/RS) 
Trabalho: Animais doentes e transmissão contida a tiros: a história do vírus que prejudicou a pecuária gaúcha e só agora será vencido 

Fernando Oliveira Teixeira – Agrocast Cotrijal (Não-Me-Toque/RS)
Trabalho: Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação

Gracieli Verde – Portal Novo Rural
Trabalho: Parceiros do Leite - Episódio 4


Assessoria de imprensa Sindilat/RS

Ex-ministros garantem que agroindústria brasileira tem mercado para ampliar negócios mundialmente

O agronegócio representou 27% do PIB brasileiro no ano passado. Além disso, em um período de duas décadas, entre 2000 e 2020, as suas exportações saltaram de US$ 20 bilhões para US$ 100 bilhões. Esses resultados atestam a importância de se valorizar o setor no Brasil e foram tratados, nessa terça-feira, pelos ex-ministros da Agricultura Francisco Turra e Roberto Rodrigues na palestra Desafios e Oportunidades para a Agroindústria, promovida pela FIERGS, por meio do Conselho da Agroindústria (Conagro).  O objetivo foi o de apresentar um raio-x do cenário mundial após a pandemia e promover a construção de um panorama para os próximos anos.

O debate teve a mediação dos coordenadores do Conagro Alexandre Guerra e Aristides Vogt, diretamente do Estúdio Digital da FIERGS, acompanhados de Turra, enquanto Rodrigues participou de forma on-line. “O Brasil pode aumentar em 40% a sua produção exportada de alimentos em 10 anos”, prevê Rodrigues, ressaltando, porém, a necessidade de se traçar estratégias para garantir esse crescimento de produtividade.

                             

Engenheiro agrônomo e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Rodrigues defende que, apesar dos bons resultados do agronegócio brasileiro nos últimos anos, será preciso o País lidar com alguns problemas. Especialmente a partir da imagem desgastada no exterior por conta de desmatamento na Amazônia, incêndios, grilagem de terras, garimpo ilegal, provocados, segundo ele, por “aventureiros e bandidos” que nada têm a ver com o agronegócio. “Não podemos aceitar isso, temos que acabar com essas ilegalidades”, reforçou.

Turra destacou o fato de, durante a pandemia, o agronegócio brasileiro ter conseguido manter a produtividade e alimentar populações. O ex-ministro fez uma breve explanação sobre o mercado mundial da carne, lembrando, por exemplo, que embora os Estados Unidos sejam os maiores produtores de frango, o Brasil é o maior exportador, com cerca de 37% do mercado global, prevendo ainda que, para 2022, deverá ser o único país a crescer as exportações desse produto. Outra vantagem apontada por Turra é o fato de ser um país livre de problemas como a febre aftosa ou gripe suína, o que atesta a qualidade da produção brasileira. Por fim, a expectativa de Turra é a de que, do aumento necessário na produção mundial de proteína animal até o ano de 2029, 41% sairá do Brasil.

Turra e Rodrigues defenderam também uma melhor comunicação do setor do agronegócio e do governo brasileiro com o mundo, combatendo a desinformação que prejudica a imagem do setor. Assista o evento na íntegra clicando aqui. (FIERGS)


IBGE: captação de leite tem forte queda no terceiro trimestre de 2021

Os dados da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o terceiro trimestre de 2021, divulgados nesta quarta-feira (08/12) apontam uma queda de 4,9% na captação de leite, em relação ao mesmo período de 2020, como mostra o gráfico 1.



Os 6,2 bilhões de litros captados no 3º trimestre são superiores em 6,1% em relação ao 2ª trimestre de 2021. A média histórica, avaliada desde 1997, nos mostra que a captação do 3º trimestre é, na média, 7,6% superior à captação do 2º trimestre – ou seja, o aumento trimestral deste ano foi menor que o esperado para o período.



Ao avaliarmos a variação da captação por estado no período (3ª trimestre de 2021 vs 3ª trimestre de 2020) também vemos uma forte queda para a maioria dos principais estados produtores de leite do Brasil. Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram os únicos estados, dentre os principais produtores, que tiveram aumento no comparativo trimestral, de 1,9% e 1,3%, respectivamente. Por outro lado, Minas Gerais, o estado de maior produção no país, teve uma forte queda de -11,0%, conforme podemos observar no gráfico abaixo:



Ao analisar a captação de leite entre as regiões do Brasil, o Nordeste foi a única com variação positiva em relação a 2020, com uma captação de 426.478 mil litros (+2,2%). Todas as demais regiões apresentaram variação negativa, com a região Norte captando 192.067 mil litros (-9,8%), Centro-oeste 689.426 mil litros (-6,1%), Sul 2.622.773 mil litros (-0,9%) e Sudeste 2.262.254 mil litros (-9,6%). (Milkpoint)



Na pandemia, os produtos Piracanjuba com alto valor de proteína dispararam em vendas

A correria aos supermercados, verificada no início da pandemia de Covid-19, em 2020, resultou em uma procura maior por produtos alimentícios de consumo no lar. O movimento beneficiou diretamente a companhia Piracanjuba, que viu, ao longo do ano, suas linhas de leites longa vida, leite em pó e bebidas lácteas com alto valor de proteína dispararem em vendas.

O diretor comercial do laticínio, Luiz Claudio Lorenzo, explicou que, em um primeiro momento, os consumidores deixaram de comprar, mas, logo depois, quando ficou claro para a população que era preciso consumir em casa, as vendas foram retomadas. “Hoje, um ano e meio depois, estão até um pouco acima da média.” O preço médio da cesta de derivados lácteos variou negativamente no mês de novembro/2021.

Na média ponderada, a retração foi de 7,21%, em relação dos preços observados pela indústria de laticínios no mês anterior. O resultado foi divulgado no Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano. (EDAIRY)

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Natal Solidário 2021 - Languiru terá tradicional evento no dia 17 de dezembro
Nos aproximamos do fim do ano, período especial de confraternização, momento para reunir a família e os amigos. Ainda em tempos de pandemia, mas com protocolos sanitários mais flexíveis, a retomada dos eventos presenciais traz de volta momentos de encontro, fazendo renascer a chama da esperança por dias melhores, principalmente com o avanço da vacinação da população. Diante dessas possibilidades, a Languiru reedita o seu tradicional Natal Solidário, que em 2021 está na sua 5ª edição e acontece no dia 17 de dezembro. O evento será aberto ao público, no estacionamento do Supermercado Languiru do Bairro Languiru, em Teutônia. A Cooperativa segue os protocolos de prevenção à Covid-19, sendo o uso de máscara obrigatório, além da apresentação da carteira de vacinação no ingresso ao evento. A programação ainda terá transmissão simultânea em live pelo canal da Languiru no Youtube. “Será um momento diferenciado, de confraternização, de reaproximação das pessoas depois de medidas restritivas durante a pandemia que impediam a realização de eventos presenciais. Uma noite fantástica com atrações artísticas e culturais, iluminada pela decoração natalina e a expectativa com a chegada do Papai Noel. Uma ocasião especial para comemorarmos as conquistas de 2021, especialmente celebrar a vida e renovarmos os votos de que 2022 seja repleto de alegrias e sucesso”, convida o presidente da Languiru, Dirceu Bayer. Saiba mais sobre o evento aqui. (Languiru)

 

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Porto Alegre, 07 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.556


Balança comercial de lácteos: importações recuam em novembro

Segundo dados divulgados na sexta-feira (03/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -76 milhões de litros em equivalente-leite no mês de novembro, um aumento de 10 milhões, ou aproximadamente 12% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (nov/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -180 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 58%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

No mês de novembro as exportações se mantiveram estáveis, saindo de aproximadamente 6,7 milhões de litros em outubro, para 6,6 milhões em novembro. Ao se comparar ao ano de 2020, as exportações tiveram uma queda de 1,7 milhões de litros, conforme mostra o gráfico 2 a seguir:

Gráfico 2. Exportações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Do lado das importações, ocorreu uma diminuição entre os meses de outubro e novembro, passando de 92,4 milhões para 82,9 milhões, um recuo de 9,5 milhões, ou aproximadamente 10%, conforme mostra o gráfico abaixo:

Gráfico 3. Importações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Essa manutenção nas exportações e recuo nas importações acarretou em um saldo da balança no mês de novembro menos negativo em relação a outubro. Quando compararmos ao mesmo período de 2020, observa-se uma diminuição expressiva nas importações, passando de 188,8 milhões para 82,9 milhões, uma queda de aproximadamente 56%, o que impactou na diferença entre os períodos e resultou em um cenário mais favorável no ano de 2021.

A competitividade das importações segue perdendo força, conforme mostra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada, o cenário levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.

Gráfico 4. Custos do Leite em Pó Integral Importado vs Local (nacional).



Fonte: MilkPoint Mercado.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em novembro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 73% do volume total importado. O iogurte e o doce de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 22% e 52%, respectivamente. Não ocorreram importações de leite UHT e houve uma diminuição de 26% nas importações do leite em pó integral.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite UHT, o leite condensado, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 84% da pauta exportadora.

Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de outubro foram o leite UHT, o leite modificado, o doce de leite e a manteiga, que tiveram aumento de 166%, 77%, 58% e 41%, respectivamente, embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Por outro lado, o leite em pó semidesnatado, o leite em pó integral e o leite condensado tiveram quedas nas exportações de 90%, 80% e 40%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de novembro deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea brasileira em novembro de 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados continua diminuindo. Os resultados das negociações do evento 296 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +1,9% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.287/tonelada.

Esse aumento nos valores internacionais associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido elevada no país (R$ 5,64 em 06/12) e preços dos produtos lácteos no mercado interno não apresentando melhoras, evidencia um cenário desfavorável para importações, que foi observado no mês de novembro e tende a se manter para os próximos meses.

Além disso, o elevado custo do petróleo, faz com que países petrolíferos tendam a importar mais produtos, dentre eles os lácteos. Dessa forma, nossos principais fornecedores do Mercosul tendem a direcionar suas exportações para esses países, como a Argélia – gerando menor disponibilidade para o mercado brasileiro.

Mantendo-se esse cenário, as importações nos próximos meses tendem a ser menores e mantém-se a oportunidade de exportação para os produtos lácteos brasileiros. Entretanto, um entrave enfrentado no caso das exportações é com relação à logística. Ocorreram diminuições nas rotas de transporte devido a pandemia de Covid-19 e o mundo está enfrentando uma escassez de containers, o que pode dificultar no processo. (Milkpoint)

GDT - Global Dairy Trade



Fonte: GDT, adaptado Sindilat/RS



Iniciativa de agricultora de Condor arrecada leite para o natal e incentiva a produção


Aliar a valorização da produção e consumo de leite, com o espírito solidário neste natal. Esse é o objetivo da campanha Natal com Leite em Condor, iniciativa da agricultora, Gabrieli Muraro de Oliveira, com apoio da prefeitura. Gabrieli comentou para a RPI que até dia 15 deste mês qualquer pessoa pode doar leite em caixinha ou em pó que, depois, a arrecadação vai ser repassada para famílias carentes de Condor. Existem pontos de arrecadação, por exemplo, na prefeitura, supermercado Cotripal de Condor e agência do Sicredi. Ela ainda frisou que pessoas de outros municípios também podem doar. Ainda é possível doar dinheiro por meio do PIX. Nesse último caso é preciso entrar em contato pelo fone 55 – 99166-1802 a fim de obter a chave do PIX.



Formada  em Administração  de Empresas,  Gabrieli Muraro  de  Oliveira retornou há dois anos para a propriedade da família  em  Esquina Beck,  interior  de Condor, e promoveu investimentos  para produção  leiteira. Disse  que recentemente  houve construção  de  um galpão e aquisição de uma  nova  sala  de ordenha. A agricultora observou  que  a produção de leite é tradicional na família e não  pensa  em abandonar a área, como ocorre com muitos produtores da região que constantemente desistem do segmento em razão das constantes quedas no preço recebido por litro. “Ou investe ou desiste da produção leiteira”, destacou Gabrieli Muraro de Oliveira, ao argumentar a aplicação de recursos na propriedade. Por outro lado, ela alerta para a importância de apoio da assistência técnica nas propriedades, como forma de melhorar a produtividade e rentabilidade do leite.

A produtora residente em Condor, da mesma forma que outros agricultores da região, constatou redução no preço recebido por litro de leite nos últimos tempos. No último pagamento a queda foi de 20 centavos, com preço de dois reais e quatro centavos por litro. Na região, a diminuição média é de 30 a 40 centavos no pagamento por litro de leite feito pelas empresas ou cooperativas, entre outubro e o mês passado. A explicação das empresas é que houve redução no consumo de leite por parte da população, por isso a baixa no preço pago para o agricultor.

Ontem pela manhã, Gabrieli Muraro de Oliveira concedeu entrevista no programa Progresso Rural da RPI, quando falou mais sobre a campanha Natal com Leite em Condor. Clique aqui e confira o programa na íntegra. (Rádio Progresso)

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O LEITE É BOM PARA SI - O Papel do Lácteo na Formação e Manutenção da Estrutura Muscular.
Entre as muitas funções do músculo esquelético, que começa a declinar a partir dos 30 anos de idade, estão a mobilidade e o controle metabólico. O consumo de leite, a principal fonte de cálcio, magnésio, fósforo, potássio, zinco, selênio, vitamina A, riboflavina, vitamina B12 e ácido pantoténico, participa directa e indirectamente na preservação da sua estrutura funcional, condiciona o seu desenvolvimento e funcionamento correcto, favorece a proliferação das células que compõem a maquinaria contractil e a força da junção neuromuscular no início da vida. Na idade adulta, melhora a saúde muscular esquelética e os efeitos do exercício sobre a força muscular e a resistência, atrasando a ruptura muscular. O leite, especialmente o leite de vaca, ajuda a preservar a massa muscular durante a perda de tecidos em caso de lesão, porque contém caseína e proteínas de soro de leite que estão envolvidas no processo de reparação dos danos. Podem também mitigar a deterioração relacionada com a idade. É importante mencionar que a força nutricional dos produtos lácteos é obtida graças à integração de todos os componentes que contêm; os resultados não seriam tão benéficos se os vários constituintes fossem ingeridos separadamente. A promoção da lactação e a adição de proteínas lácteas na dieta são cruciais para o bom desenvolvimento e manutenção do tecido muscular esquelético. O número de fibras musculares que um indivíduo nasce com as condições do seu metabolismo tem impacto na qualidade de vida na velhice. O consumo de leite durante a idade adulta melhora o desempenho físico e atenua a perda de força muscular à medida que envelhecemos. Os mecanismos pelos quais esta ação ocorre estão relacionados com o aumento da concentração de cálcio, magnésio, vitamina D, assim como aminoácidos e péptidos com boa biodisponibilidade, todos compostos chave na manutenção da estrutura muscular e no fortalecimento da densidade óssea. (Edairy)

 

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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.555


O Auxílio Brasil pode impulsionar o consumo de lácteos?

A distribuição de renda é comum em vários países do mundo, como Alemanha, EUA, França e, no Brasil, não seria diferente. O Bolsa Família era o principal programa social de renda na América do Sul, redistribuindo cerca de R$2,8bi por mês para 14,7 milhões de famílias atendidas, dando um ticket médio de R$186,00 por família.

Em novembro de 2021, o Bolsa Família foi substituído pelo Auxílio Brasil, que visa distribuir cerca de R$400,00 por família. Será que esse incremento de R$211,00 terá um grande impacto no consumo de lácteos? E de maneira macro, esse aumento é significativo no PIB?

No gráfico abaixo observamos a representatividade do Auxílio Brasil sobre o PIB projetado* para cada trimestre.



Para esse pagamento mínimo de R$400,00, o governo depende da aprovação da “PEC dos Precatórios”, que, para simplificar, seria a fonte de pagamento do Auxílio Brasil para que o teto de gastos não seja furado. Enquanto a PEC sofre ajustes no texto base na Câmara dos Deputados, o governo pagou aquilo que cabia no orçamento em novembro, distribuindo a 15,6 milhões de famílias o valor médio de R$217,00, representando um aumento de 17,9% em relação ao Bolsa família.

Caso o projeto de lei seja aprovado, o aumento do Bolsa Família para ao Auxílio Brasil será de 111%. Ou seja, quando houver o pagamento de R$400,00 do auxílio Brasil para 16,9mi de famílias, como projeta o governo, a diferença do valor pago entre os programas sociais representará um aumento nos gastos de R$3,6bi aos cofres públicos, 0,52% do PIB projetado* para o 1T.22.



* Projeções de outubro do Itaú BBA e do Banco Santander, em um cenário de grande inflação mundial – como o de agora – podem mudar consideravelmente de um mês para o outro.

Por mais que o aumento seja significante para as famílias que se encontram em estado de pobreza e extrema pobreza, em relação ao PIB esse aumento não é tão alarmante.

A projeção de consumo dos lácteos feita pela equipe do MilkPoint Mercado se baseou nas elasticidades-renda do pesquisador Glauco Carvalho (Embrapa Gado de Leite). A elasticidade-renda nada mais é do que um dado medidor do quanto o aumento de 1% na renda de um grupo impactará no consumo de um bem.

Se considerarmos o aumento de 0,52% do PIB a partir do novo Auxílio Brasil, poderíamos imaginar um aumento no consumo de 1,3 milhões de litros de leite mensais para a produção de UHT, 4,7 milhões de litros de leite para a produção de queijos e uma queda de 200 mil litros de leite para a produção de leite em pó mensais (a queda se dá pelo fato do leite em pó ser uma opção “mais vantajosa” para famílias com rendas menores pela possiblidade de diluição. Com este aumento de renda, parte destas famílias optam, por vezes, pelo produto fluido).

Como se pode ver, o aumento seria pouco significativo se olharmos de maneira genérica para o consumo final brasileiro.

Em contrapartida, se colocarmos uma lupa nas famílias pobres e extremamente pobres (principais classes destinadas ao Auxílio Brasil), o incremento de 111% na renda poderia levar a uma variação de consumo bem maior do que a citada anteriormente.

A inflação em níveis elevados como no ano de 2021 e como se projeta para o ano de 2022, entretanto, pode fazer com que esse aumento do programa social seja quase todo destinado para a retomada da quantidade de consumo anterior, considerando os novos valores praticados.

Na prática, devemos esperar que haja um aumento de consumo a partir do Auxílio Brasil, porém a dúvida é saber o tamanho e por quanto tempo ele se sustentará, visto que o mercado é avesso a economias com alto risco fiscal, situação em que o Brasil se inclui a partir de um possível furo no teto de gastos provocado pelo programa. Esta aversão poderia gerar outros problemas para o Brasil, principalmente ligados a questões como juros e taxa de câmbio. (Milkpoint)

Piora do agro surpreende e mina desempenho do PIB

Setor tem sido afetado pela maior estiagem em quase um século



A falta de chuvas que afetou o campo do segundo semestre de 2020 até o início desta primavera derrubou o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira no terceiro trimestre.

Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE, a queda em relação ao segundo trimestre foi de 8%. Economistas ouvidos pelo Valor vinham projetando recuo, mas numa escala muito menor: de 2,5%. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, de acordo com o IBGE, houve retração de 9%.

Recuos na comparação entre terceiros e segundos trimestres já são esperados, por causa do fim da colheita de soja, carro-chefe do agronegócio nacional.
Mas o clima e a revisão feita pelo IBGE para o crescimento do setor em 2020, que passou de 2% para 3,8%, elevaram a base de comparação e aprofundaram a tendência, pegando de surpresa os economistas. “Não foi uma revisão pequena”, disse Renato Conchon, chefe do Núcleo Econômico da CNA.

Em certa medida mascarados, de janeiro a junho, pelo bom desempenho da soja, os problemas climáticos prejudicaram sobretudo milho, algodão, cana, café e laranja, culturas cujas colheitas têm forte peso no PIB entre julho e setembro. E os reflexos negativos certamente serão notados também no resultado deste quarto trimestre, período em que cana, café e laranja continuam a ter grande influência no PIB da agropecuária.
Nas contas do IBGE, a maior queda na estimativa de produção anual é a do café (22,4%), seguida por algodão (17,5%), milho (16%), laranja (13,8%) e cana-de-açúcar (7,6%).

Mas não foi apenas a agricultura que apresentou problemas no terceiro trimestre e continua a preocupar.

Na pecuária o desempenho continua fraco, sobretudo na cadeia de carne bovina, em que a oferta é limitada e a demanda sofre com a queda do poder aquisitivo da população.

Com o baque observado no terceiro trimestre, são esperados ajustes consideráveis nas expectativas para o acumulado do ano. “Vamos rever nossas projeções para pior. Tínhamos expectativa de crescimento de 2,3% em 2021, mas deveremos ficar com 2%, no máximo”, disse Conchon.

Por causa da seca - a mais severa em quase um século -, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reduziu de 1,7% para 1,2%, em setembro, sua projeção para a alta do PIB do campo em 2021. Agora a expectativa é de novo corte. O mesmo deve acontecer nos cenários traçados por consultorias privadas, algumas das quais ainda trabalham com aumentos superiores a 2%.

Parte da sensação de surpresa também pode ser creditada aos preços das commodities, que continuam em elevado patamar e amenizam os problemas gerados pela redução da produção. Mas o fato é que o clima foi vilão, e ainda haverá efeitos dos problemas deste ano sobre as colheitas das culturas perenes em 2022 embora, para os grãos, as perspectivas climáticas sejam bem mais positivas e a tendência é de nova produção recorde nesta safra 2021/22.

“É preciso considerar que o agro sofreu um choque climático sem paralelo nos últimos tempos. É efeito da natureza. Se o agro tivesse ficado em zero, o crescimento do PIB teria sido de 0,3% no trimestre”, avaliou Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica. O buraco na agricultura poderia até ter sido até mais profundo no período, não fosse o aumento da produção de trigo.

Renato Conchon, da CNA, lembrou que o setor agropecuário tem aumentado a participação no PIB do país. A participação da produção “dentro da porteira” no total, sem considerar as agroindústrias, saltou dos tradicionais 5% a 5,5% para perto de 7% em 2020, com a revisão realizada pelo IBGE.

Para 2021, a projeção da entidade era chegar a 7,9%, mas a fatia será menor. A CNA acredita que em 2022 o percentual poderá atingir 8,3% e que, a partir de 2023, com a recuperação de outros setores da economia, haverá um retorno para entre 5,5% e 6%. (Valor Econômico)



Emater celebra dia da atividade

O Dia da Extensão Rural é comemorado nesta segunda-feira, em referência à criação da primeira instituição de extensão rural no Brasil, a Associação de Crédito e Assistência Rural, hoje Emater-MG. No Rio Grande do Sul, 1.750 extensionistas trabalham no Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) realizando atividades que auxiliam e estimulam o desenvolvimento das famílias.

Nesse sentido, os trabalhos relacionados à crise sanitária, como a orientação para o acesso ao auxílio emergencial e proteção da saúde, estão entre os mais destacados em 2020 e 2021, beneficiando, ao todo, 73.109 famílias.

A experiência com esses trabalhos de auxílio na pandemia mostrou a confiança que o produtor tem nos extensionistas e a importância dessa atividade, afirma Alencar Rugeri, diretor técnico da Emater. Segundo ele, a extensão rural é um processo educativo, não formal, gratuito, continuado, permanente e que tem como base ações econômicas, ambientais e de desenvolvimento. Além disso, o extensionista tem um compromisso com as famílias e deve ter capacidade e interesse em identificar os potenciais de cada.

Dessa forma, Rugeri define o Dia da Extensão Rural como um “momento de celebração e reflexão” do papel da atividade. (Correio do Povo)

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ALIMENTA BRASIL - Produtor tem acesso ampliado
O governo federal ampliou para R$ 12 mil o valor máximo por unidade familiar que pode ser acessado nas modalidades Compra com Doação Simultânea, Compra Direta e Apoio à Formação de Estoques do Programa Alimenta Brasil (PAB), criado em substituição ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com a finalidade de incentivar a agricultura familiar. O Alimenta Brasil visa incentivar a agricultura familiar, promovendo a inclusão econômica e social dos agricultores familiares. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 03 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.554


Estado investirá R$ 275,9 milhões no Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural
 
O governo do Estado anunciou, nesta quinta-feira (2/12), em evento no Palácio Piratini, o Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, com aporte de R$ 275,9 milhões - acesse clicando aqui. É o dobro do que já foi investido no setor nos últimos 10 anos. O investimento histórico será voltado ao atendimento de três grandes eixos estratégicos: qualificação da irrigação (R$ 201,42 milhões), fortalecimento da agricultura familiar (R$ 35,34 milhões) e melhorias nos acessos às propriedades para facilitar o escoamento da produção agropecuária (R$ 39,15 milhões).
 
Com esse novo lançamento, o programa Avançar já passa dos R$ 4 bilhões anunciados em investimentos em diferentes setores do Estado. A apresentação de mais essa etapa foi conduzida pelo governador Eduardo Leite e pela secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. A aplicação dos valores vai atender às principais demandas que chegam à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e impulsionar ainda mais o setor que responde por grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul.
 
“Esses recursos vão fazer a diferença na qualificação da nossa produção primária ao garantirem a segurança hídrica, por exemplo, entre outras ações que vão ser viabilizadas. É um impacto econômico expressivo. Somos um Estado de gente trabalhadora, com capacidade empreendedora admirável também no campo. Precisamos ter um ambiente que dê condições para que essas pessoas que tanto trabalham possam ter seus resultados amplificados, e é o que estamos fazendo a partir desses investimentos”, afirmou o governador. Acesse a apresentação completa aqui. (SEAPDR adaptado pelo Sindilat/RS) 

De funcionais a sabores regionais: as novas tendências no segmento de sorvetes

Sorvetes - Com a proximidade do verão, fabricantes de sorvetes se preparam para a demanda da alta temporada. Mais recentemente, o sorvete virou uma indulgência permitida e bem-vinda em momentos de relaxamento e alívio do estresse. Isso porque a indústria passou a introduzir inovações que aproximaram o produto das novas demandas do consumidor.

Sorvetes funcionais: Hoje, está em alta tudo o que seja relacionado a saúde e bem-estar. Em 2019 – ou seja, antes da pandemia – pesquisa da Euromonitor International já indicava que nos cinco anos anteriores o consumo de bebidas saudáveis havia crescido 12,3% ao ano. Na categoria estavam desde produtos à base vegetal até formulações livres de açúcar e aditivos.

Essa é uma realidade que aos poucos está sendo introduzida na categoria de sorvetes. Pesquisa recente da Mintel indica que a maioria das pessoas já experimentou e consumiria de novo ou então demonstra interesse em experimentar sorvetes de baixo teor calórico (26% e 48%), com alto teor de proteína (26% e 51%), feito com ingredientes orgânicos (15% e 50%), com probióticos (13% e 48%) e à base vegetal (11% e 46%).

O que os números revelam é que principalmente após o estresse causado pela pandemia, o consumidor entendeu que indulgências são permitidas e bem-vindas, mas que elas devem trazer consigo aspectos funcionais que somem à saúde do indivíduo.

Foco na experiência: Por outro lado, há os consumidores que não necessariamente buscam formulações específicas, mas que priorizam uma experiência diferenciada. São aqueles que valorizam a mistura do sorvete com outros ingredientes. Neste caso, grandes inclusões em sorvetes de palito têm se mostrado um caminho interessante para explorar. De frutas a pedaços de biscoitos, são inúmeras as opções de recheio capazes de saciar o gosto por novidades.

Contudo, é preciso atenção. O conteúdo da inclusão e a distribuição de partículas determinam a qualidade do produto, que também precisa ter textura, formato e aparência perfeita, o que demanda tecnologia de ponta em toda a linha de processamento e alta precisão do equipamento de extrusão.

Sabores regionais: Na linha de experimentação, também há oportunidades para os sabores regionais. Principalmente nos grandes centros urbanos, há uma maior abertura para o consumo de sabores que trazem um pouquinho de cada estado ou região brasileira. Um exemplo clássico é o açaí, fruto típico da região Norte e que já caiu no gosto de milhares de brasileiros.

Mas há outras opções de frutas e sabores, alguns inclusive exóticos, que também podem ser explorados, como a macadâmia, cupuaçu, lichia, graviola, dentre tantos outros. Neste caso, são opções que se encaixam perfeitamente em nosso clima tropical e que adicionam uma pitada a mais de refrescância ao sorvete.

O importante é levar para o consumidor opções que se adequem a uma alimentação que priorize saúde e bem-estar e valores pessoais, junto a alternativas que abram espaço para experiências novas e marcantes. Há uma série de oportunidades na categoria de sorvetes prontas para serem aproveitadas. E na grande maioria delas, tudo depende de pequenas adaptações em linhas de processamento pré-existentes. (TetraPak)




Pouca chuva e calor na próxima semana 

Nos próximos sete dias há previsão de pouca chuva na maior parte do RS. Entre a quinta-feira (02/12) e o sábado (04/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com sol e nebulosidade variável e temperaturas elevadas durante o dia, com valores acima de 30°C em diversas regiões. No domingo (05), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação da temperatura e a combinação de umidade e calor provocará pancadas de chuva e trovoadas isoladas na maioria das regiões, especialmente nas faixas Norte e Nordeste. Entre a segunda (06) e quarta-feira (08), o calor aumentará e as temperaturas deverão superar 35°C em grande parte do Estado, com possibilidade de pancadas de chuva, típicas de verão, principalmente nos setores Leste e Nordeste. Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maioria das localidades do RS. Nas faixas leste e Norte, os totais deverão oscilar entre 15 e 20 mm, e poderão alcançar 35 mm em municípios da Serra do Nordeste e Campos de Cima da Serra. Acesse o boletim completo clicando aqui

Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos já está no ar: Agora, além do boletim semanal agrometeorológico, o tempo também pode ser acompanhado através do  Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), clicando aqui, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) que já pode ser acessado clicando aqui. Ele visa ao monitoramento climático no Rio Grande do Sul, com a elaboração de produtos e informações para viabilizar o planejamento e atuar como suporte para medidas de curto, médio e longo prazo no setor agropecuário do Rio Grande do Sul. As informações também estão disponibilizadas no Instagram (@simagrors). São 20 novas estações meteorológicas automáticas instaladas para adensamento da rede de sensores existente no Estado, utilizadas no monitoramento agroclimático e também para monitoramento da ocorrência de deriva de produtos herbicidas hormonais. O Simagro-RS também conta com modelos de tempo e clima, onde são gerados produtos agrometeorológicos para todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul. Na página, o Sistema disponibiliza os produtos gerados por dois modelos meteorológicos, com resolução de 25 e 3 quilômetros, respectivamente. O modelo regional, com resolução de 3 quilômetros e previsão de índices agroclimáticos para um horizonte de cinco dias; e o modelo global, com resolução de 25 quilômetros, que proporciona previsões para um cenário de até 15 dias. (SEAPDR adaptado Sindilat/RS)

 Jogo Rápido

Conheça a página temática de leite e aspectos nutricionais
O leite e seus derivados apresentam uma rica, complexa e única densidade e composição nutricional que proporcionam benefícios à saúde humana, como o fortalecimento da saúde óssea, efeitos antiestresse, prevenção de doenças cardiovasculares, renais e metabólicas, e manutenção da saúde mental. Na página temática de leite e seus aspectos nutricionais estão disponíveis artigos técnicos sobre a composição e características do leite, bem como de seus sistemas coloidais. Além disso, também são encontrados diversos textos sobre os benefícios que o consumo de lácteos pode proporcionar à saúde humana. Com o objetivo aprimorar a experiência dos todos os leitores, o MilkPoint criou as páginas temáticas, que separa os conteúdos do site por grandes temas da cadeia do leite. Clique aqui e saiba mais! (Milkpoint)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.553


Simpósio ABIQ - Pós pandemia, que novos desafios 2022 trará?

Simpósio ABIQ – Na tarde desta quarta-feira (02), foi realizado o 11º Simpósio da Associação Brasileiras das Indústrias de Queijo (ABIQ). O encontro foi realizado de forma virtual e contou com diversas palestras abordando o tema: “Pós pandemia, que novos desafios 2022 trará?”

A abertura ficou por conta do Presidente da ABIQ, Fábio Scarelli que apresentou os highlights do setor e aproveitou para discorrer sobre a importância da promoção do consumo de queijo falando diretamente com o consumidor. Para isso, a ABIQ juntamente com seus associados, que agora já contam com 144 no total, estão promovendo uma campanha nas redes sociais para incentivar o consumo de queijos. #HoradoQuejo  

A Diretora de Client & New Business da Kantar Br, Raquel Ferreira fez sua palestra mostrando os principais dados do consumo de queijo no Brasil e no mundo, e a mudança de hábitos de consumo do brasileiro no pós-pandemia.  

Em sua palestra, ela demonstrou que o brasileiro prioriza praticidade na hora da escolha de seus alimentos e que a pandemia reforçou o consumo dentro de casa devido aos lockdowns globais fazendo com que as famílias tenham mais momentos reunidos à mesa. Outro fator que incentivou o consumo dentro de casa foi o trabalho remoto.  

Com o maior consumo dentro dos lares, a refeição que se tornou uma tendência mundial foi os lanches. Com isso, entra o maior consumo de queijos, que são ótimas opções de lanches rápidos, saborosos e nutritivos.  

De acordo com os dados da Kantar, trazidos pela Raquel Ferreira, houve um aumento no consumo de queijos por prazer, e uma queda de consumo por hábito. Isso mostra que o brasileiro experimentou queijos, mas ainda não tem a rotina recorrente de consumo enraizada. Para ela, isto é um ponto em que precisamos trabalhar.  

As perspectivas para consumo de queijos em 2022 são positivas, com números expressivamente mais altos do que em 2019, aponta Raquel.  

A segunda palestra foi ministrada pelo jornalista Ricardo Voltolini, que é Diretor-Presidente da Ideia Sustentável. Ele falou sobre as tendências em ESG: as mudanças climáticas e os desafios da revolução da sustentabilidade.  

Nunca se discutiu tanto sobre sustentabilidade. Por que estamos tratando deste tema com maior urgência? Para Ricardo, dois fatores contribuíram para essas discussões, primeiro a ciência do clima que nos mostra os desafios ligados ao aquecimento global e mudanças climáticas, e o segundo a ascensão da geração dos Millennials, que são jovens entre os vinte e trinta anos que estão assumindo o controle das empresas, estão comprando os produtos e que são conectados com o propósito de sustentabilidade.  
Ricardo diz que a sustentabilidade deixou de ser um tema tático e passou a ser um tema estratégico dentro das empresas. E que o ESG (Traduzido do inglês - Governança Ambiental, Social e Corporativa) traz um novo conceito de consciência coletiva das empresas imerso nos fatores sociais e ambientais.  

“O desafio é olhar para o tema e ver como ele pode ser ajustado ao meu negócio e estratégia e como pode trazer benefícios, e não olhar pela perspectiva de quais empecilhos pode me trazer”, diz o diretor.  

O evento foi finalizado com a palestra do Sócio e Diretor Presidente da Tendências Consultoria Econômica, Gustavo Loyola que apresentou as perspectivas para o cenário da economia brasileira. Loyola fez um overview do cenário econômico internacional e nacional mostrando as perspectivas econômicas para 2022.

O 11º Simpósio da ABIQ foi gravado e ficará disponível para posterior acesso em seu site na área dos associados. (Terra Viva)

Uruguai – O setor lácteo exporta mais de US$ 1.000 por hectare
 
Exportações/Ur – O presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale), Daniel Vago, afirmou que a “cadeia de valor do leite é estratégica para o Uruguai por várias razões” e entre elas, porque exporta mais de US$ 1.000 por hectare.
 
Pegando os hectares que temos e dividindo pelos 700 mil hectares destinados à produção de leite, dá mais de US$ 1.000 por hectare, quase igual ao arroz”.
 
Durante a posse do novo presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), Leandro Galarraga, Vago destacou em seu pronunciamento o trabalho que vem sendo realizado pelo Inale, diante da reclamação de que são necessárias políticas leiteiras.
 
“Todo dólar que é investido no setor lácteo multiplica muito mais que na construção. Gera emprego, bem-estar e divisas. Essa é a intenção da política pública”, afirmou.
 
O executivo explicou que no Inale se trabalha em três níveis, junto com as associações de produtores que integram o Instituto.
 
“O Conselho Executivo nos problemas do dia a dia. As instituições agrícolas com todos os institutos que dependem do Ministério da Pecuária Agricultura e Pesca (MGAP). Estamos trabalhando junto com o Ministro Mattos e o Subsecretário Buffa e o diretor para racionalizar os recursos e trabalhar de forma horizontal”, enfatizou Valo.
 
O terceiro ponto: “a comissão de desenvolvimento de laticínios, que é composta pelos mesmos membros do Conselho Executivo do Inale, mas em um ambiente mais informal para trabalhar com uma visão de longo prazo – 15 anos”.
 
Disse: “todas as contribuições foram recebidas e queremos que o Inale discuta e elabore um Plano Estratégico de 15 anos. Já existem coisas definidas, como 50% mais leite nos próximos 15 anos. Apostamos na inclusão de jovens mais tecnológicos. A questão ambiental foi definida como prioritária e a inserção internacional. O Ministério das Relações Exteriores está trabalhando muito”, disse Vago. (Fonte: El País - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Estudo mostra importância dos lácteos para prevenir fraturas

Um novo estudo, entitulado "Fontes dietéticas de cálcio e proteína reduzem fraturas de quadril e quedas em adultos idosos institucionalizados [sob cuidado de organizações]: um ensaio clínico controlado randomizado por cluster" foi publicado no British Medical Journal.

Liderado por pesquisadores da Universidade de Melbourne e da Austin Health, o Fractures Trial investigou como a comida servida em instalações de cuidados de idosos afetava a saúde dos residentes.

Sessenta instituições e mais de 7 mil residentes participaram do estudo ao longo de dois anos, onde metade das instalações continuou com seu menu regular e a outra metade aumentou suas porções de lácteos (leite, queijo, iogurte e leite em pó desnatado) de uma média de 2 para 3,5 porções por dia.

Os pesquisadores descobriram que essa alteração na dieta resultou em uma série de mudanças clinicamente significativas, incluindo:

Melhoria na ingestão de cálcio e proteína;
Redução de 33% em todas as fraturas;
Redução de 46% nas fraturas de quadril;
Redução de 11% nas quedas.

A intervenção foi considerada segura, eficaz, acessível e saborosa, fornecendo evidências de que o fornecimento de alimentos lácteos é uma solução eficaz para quedas e fraturas. O estudo foi parcialmente financiado por nove organizações internacionais de laticínios. Leia o novo estudo aqui. (As informações são da International Dairy Federation (IDF), traduzidas pela Equipe MilkPoint)



Governo do Estado lança Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural nesta quinta, dia 2
 
O governo do Estado anunciou nesta quinta-feira (2/12) o Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural. Será um investimento histórico para o fortalecimento do setor responsável por grande parte do PIB gaúcho.
 
Participaram do lançamento, às 14h, no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, na capital, o governador Eduardo Leite e a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. Assista no canal oficial do governo do Estado no Youtube clicando aqui. (SEAPDR) 

 Jogo Rápido

Santa Clara lança Queijo Maasdam​
A tradição em produzir queijos de qualidade e variedade acompanha a Santa Clara desde o início de sua trajetória, há quase 110 anos. E para oferecer experiências marcantes ao paladar dos consumidores, a Cooperativa amplia constantemente sua linha de produtos, trazendo novos sabores e origens, sempre carregados de história. É com essa bagagem que chega ao mercado o novo Queijo tipo Maasdam Santa Clara. Tradicional da Holanda, o produto conta com maturação de 45 dias e entre suas as características está a cor amarela pálida e grandes olhaduras.  Ideal para degustar com frutas como maçã, uva branca, cereja, morango, é perfeito para compor tabuas de queijos especiais. Também é ótimo para fondues e sopas. Já a harmonização pode ser realizada com espumantes brut, vinhos brancos como Riesling e tintos frutados, além de cervejas do tipo cervejas Golden, Blond Ale e Trippel. O Queijo Maasdam Santa Clara está disponível em embalagens Skin Pack, em cunhas de aproximadamente 180g. O lançamento integra uma linha composta por 42 tipos de queijos em 90 apresentações para tod