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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.150


Valor de referência do leite é projetado em R$ 2,4368 em maio

O valor de referência projetado para o leite em maio no Rio Grande do Sul ficou em R$ 2,4368. O indicador foi divulgado na manhã desta terça-feira (28/05) durante reunião virtual do Conseleite. A estimativa elaborada pela UPF com base nos dados fornecidos pelas indústrias considera a movimentação dos primeiros 20 dias do mês.

O coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, pontuou que a situação é delicada no campo principalmente devido à incerteza sobre o real impacto das cheias nos custos de produção do leite. Além das perdas de captação, ainda se está estimando o prejuízo nas estruturas das propriedades e nos estoques de grãos e silagem resguardados para alimentação do gado no inverno. “Há produtores que perderam toda a comida e que estão alimentando as vacas com doações”, disse.
  
Apesar dos prejuízos, Tormen garante que não deve faltar leite para o abastecimento do Rio Grande do Sul. “O Vale do Taquari é uma região importante, mas a produção gaúcha também está no Planalto Médio, no Norte e no Noroeste”, assegurou. Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, o Vale do Taquari representa apenas 9,3% da produção do Estado. “O setor irá se reerguer porque é capilarizado e, em breve, estaremos a pleno novamente”.

Durante a reunião, o colegiado definiu por encaminhar ofício ao governo do Estado pedindo a liberação de recursos do Fundoleite para programas das indústrias que ajudem aos seus produtores neste momento de dificuldade. O Conseleite também decidiu rever a agenda de interiorização prevista para 2024 devido à situação das estradas gaúchas. O próximo encontro, inicialmente previsto para ocorrer em junho em Erechim (RS), será realizado de forma virtual. (Assessoria de imprensa SINDILAT)


Conseleite/SC projeta variação de 4,23% no valor do leite padrão a ser pago em junho

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Maio de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Abril de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2024.

Períodos de apuração

Mês de Abril/2024: De 01/04/2024 a 28/04/2024
Parcial Maio/2024: De 29/04/2024 a 19/05/2024
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

As informações são do Conseleite-SC. 

Conseleite/MG projeta variação de 5% no valor do leite a ser pago em junho

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de Maio de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2024 a ser pago em Abril/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2024 a ser pago em Maio/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2024 a ser pago em Junho/2024.


Períodos de apuração:

Mês de Março/2024: De 01/03/2024 a 31/03/2024
Mês de Abril/2024: De 01/04/2024 a 20/04/2024
Parcial de Maio/2024: De 01/05/2024 a 20/05/2024

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

 

As informações são do Conseleite-MG.


Jogo Rápido

É AMANHÃ!!!   
Celebre o Dia Mundial do Leite na transmissão online do evento organizado pela Embrapa e pelo movimento #BEBAMAISLEITE, com o patrocínio da Tetra Pak e o apoio do movimento @avidapedeleite. Confira as principais atividades:
  Reinauguração da Vitrine de Tecnologias do Leite®️, estrutura interativa que apresenta de forma lúdica e divertida os elos da cadeia de produção leiteira;
  Talk show sobre mitos e verdades associados ao leite, conduzido por @thaeme e @dr.carlos.nogueira. Anote na sua agenda: 29 de maio, 14h30, AO VIVO:  YouTube: #bebamaisleite | Embrapa  Instagram: @bebamaisleite | @embrapagadodeleite | @thaeme | @dr.carlos.nogueira | @avidapedeleite

 

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Porto Alegre, 01º de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.094


"Tem números alarmistas", diz secretária da Fazenda sobre projeções de impacto econômico do corte de incentivos

Pricilla Santana sugere que as entidades empresariais esperem o primeiro mês para ver o que realmente ocorrerá nos setores atingidos; confira a entrevista

Daqui um mês, entram em vigor os decretos do governo gaúcho que cortam incentivos de setores econômicos. Foi a alternativa após não ter avançado na Assembleia a proposta de elevação do ICMS para garantir a receita que o Estado considera necessária para manter os serviços públicos. Com a proximidade, as entidades empresariais estão intensificando a articulação para adiar ou flexibilizar os cortes, apresentando estudos de impacto econômico. A secretária da Fazenda do Rio Grande do Sul, Pricilla Santana, falou das negociações e analisou as projeções durante entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Confira trechos abaixo e ouça a íntegra no final da coluna. 

Qual a possibilidade de o governo flexibilizar em algum ponto desses decretos? 

É desafiador buscar sustentabilidade fiscal. O Rio Grande do Sul é um dos Estados que mais sofreram com o descontrole das finanças públicas. O PIB gaúcho tem crescido 2% ao ano, valor irrisório frente às necessidades de investimento. Gostaria de fazer o convite de ampliar um pouco o nosso horizonte. O que eu posso dizer, do fundo do meu coração, é que todos os estudos que estão sendo produzidos estão sendo analisados. Do ponto de vista técnico, eu tenho algumas discordâncias. Temos visto alguns números muito alarmistas. Há escolha de elementos temporais específicos para potenciar os efeitos. Não há nenhuma crítica pessoal, porque tenho certeza de que os estudos estão sendo produzidos com a melhor qualidade técnica.

O estudo do economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, com a pesquisa de orçamento familiar do IBGE, aponta que a retirada dos incentivos aumentará o gasto das famílias gaúchas em R$ 683 por ano. O que acha deste dado? 

É pressuposto do estudo de que vamos reonerar toda a cesta básica. Não é verdade. Qual elemento está sendo tributado? São as vendas para o consumidor final. A venda de produtor para produtor e para fora do Estado não será afetada. Ele também achou que todo e qualquer comerciante nosso que vende ao consumidor final é contribuinte do ICMS. Não é verdade. Temos o Simples Nacional, que, no Rio Grande do Sul, está em 80% dos nossos estabelecimentos comerciais e não terá a tributação afetada. Não enxergo esse impacto de R$ 683, mas sim de R$ 361. Não estou negando impacto, mas enxergo de R$ 1 por dia. 

E quanto ao do economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank, que aponta que o corte de incentivos não garantirá a arrecadação almejada porque inibirá a atividade econômica que a gera?

Você está me convidando a debater a famosa curva de Laffer (teoria econômica que aponta que aumento de tributo acaba reduzindo arrecadação e não o contrário), que nasceu nos anos 1970 para debater renda e não consumo, que tem a ver com elasticidade. Tem produtos que podem subir e vamos continuar consumindo, que são chamados de bens inelásticos, e outros que já abandono imediatamente. A curva de Laffer tem um problema teórico que me incomoda um pouquinho, pois o debate era se a alíquota do imposto de renda nos Estados Unidos iria para 60% ou 70%. Não é o que estamos discutindo aqui. Se pego de 1995 até o ano passado, vejo relação de aumento de imposto e de arrecadação. Em nenhum momento, houve queda. Então, a curva de Laffer não é aplicável, empírica e estatisticamente falando. Conceitualmente, ouço o argumento, debato e trago dados. Frente aos dados, podemos dar o passo seguinte. E não trabalho com essa expectativa de que estamos diante do fenômeno da curva de Laffer. O meu convite para as federações é: vamos medir no primeiro mês (dos decretos) e ver o que acontecerá de verdade. 

Há chance de flexibilidade no corte de incentivos para algum setor? 

Estamos com todas as mesas de negociação abertas. O diálogo está fluindo. Vamos dar as respostas. Os decretos ainda não estão em vigor. Deixa a gente medir isso, é meu pedido. Por enquanto, estamos trabalhando no campo das hipóteses. A retirada desses incentivos representa menos de 20% do total. Todo e qualquer incentivo está sendo conversado, seja do pessoal do agro, seja da proteína animal. Mas, por enquanto, é um processo, não temos decisão. Ouça a entrevista na íntegra clicando aqui.  (As informações são de GZH)


Secretaria de Agricultura de SP discute acordo para expansão de laticínios com empresa do setor

A líder mundial no mercado de lácteos, Lactalis, visitou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo para debater políticas públicas voltadas para a expansão do setor no Estado.

De forma a organizar a cadeia e melhorar a qualidade do rebanho leiteiro, durante a reunião foi sugerido um projeto piloto que contemple o pequeno produtor paulista, apresentando formas de manejo e pastagem adequadas para o aumento de produtividade em toda a cadeia.

O secretário executivo da Agricultura, Edson Fernandes, destacou as novidades para o setor leiteiro, já anunciadas pela SAA, como a Câmara Setorial do Leite do Vale do Paraíba e a subvenção de R$ 20 milhões para complementar a renda de pecuaristas com produtividade de até 300 litros de leite por dia. “Nosso objetivo é fortalecer essa cadeia de forma específica, sendo possível observar o impacto dos investimentos diretamente na produção e na geração de renda dos pecuaristas”, enfatizou Edson.

Em constante expansão, a empresa Lactalis atua em 88 países. No Brasil, conta com 21 unidades fabris em oito Estados. Os representantes ofereceram apoio técnico à Secretaria para promover o desenvolvimento da cadeia no Estado e expandir a produção de pequenos produtores.

Estiveram presentes na reunião o coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas da SAA, José Carlos Faria Jr, coordenador da CATI, Ricardo Pereira, coordenador de assessoria técnica, Alberto Amorim, subsecretário de Abastecimento e Segurança Alimentar, Diógenes Kassaoka, secretário executivo do FEAP e representantes da Lactalis.

As informações são da Secretaria de Agricultura de São Paulo, adaptadas pela equipe MilkPoint.

Importações de lácteos da China caíram em 2023: qual é a perspectiva para 2024?

As importações de produtos lácteos pela China totalizaram 2,6 milhões de toneladas em 2023, uma queda de 12% em relação ao ano anterior. Analisando os diferentes produtos lácteos, observa-se que as importações de leite em pó, leite líquido e creme de leite caíram em relação ao ano anterior, enquanto os iogurtes e produtos de soro de leite registraram aumento nos volumes de importação. 

A queda nas importações de leite em pó foi impulsionada por uma redução significativa no volume de leite em pó integral, que caiu 38% em relação ao ano anterior. Em contraste, as importações de leite em pó desnatado registraram um crescimento moderado, com um aumento de 3% nos volumes em 2023 em comparação com 2022.

Importações chinesas de produtos lácteos da China

Fonte: Trade Data Monitor LLC

Aumento da produção doméstica

Essas tendências de mudança nas importações de produtos são, em parte, impulsionadas pelo aumento da produção doméstica na China. Os números do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostram que a produção de leite chinesa totalizou 41 milhões de toneladas em 2023 - um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior e um aumento de 28% em comparação com 2019.

O outro grande impulsionador dessa mudança é a economia chinesa e sua influência na demanda, principalmente de laticínios em serviços de alimentação e em outros lugares. A economia não se recuperou da maneira que muitos esperavam após a COVID, com uma perspectiva pessimista para 2024, o que reduz a demanda à medida que os consumidores reduzem seus gastos. Isso é observado especialmente no setor de serviços alimentícios, em que os laticínios são frequentemente incorporados em pratos de doces, como pizza ou produtos assados.

Com o aumento da produção doméstica de leite, a necessidade de importar leite líquido e em pó diminui. Essa é uma tendência que já estamos vendo entrar em vigor até 2023 e esperamos que continue em 2024 e além. Como o leite e os pós constituem uma proporção substancial do portfólio de importações da China, essas reduções provavelmente terão efeitos indiretos sobre o comércio global de lácteos, reduzindo a demanda, o que, por sua vez, pode diminuir os preços.

Dinâmica do comércio global

A Nova Zelândia continua sendo o maior exportador de produtos lácteos para a China, com uma participação de mercado de 42% em 2023. Pouco menos da metade (49%) desse volume é composto de pós, com leite e creme representando outros 30% em 2023. Outros importadores importantes incluem os Estados Unidos, a Alemanha e a Austrália, enquanto o Reino Unido detém uma participação de mercado de pouco menos de 1% nas importações chinesas de produtos lácteos.

Analisando os produtos desses principais importadores, 90% dos produtos americanos importados em 2023 eram soro de leite ou produtos de soro de leite. Enquanto isso, as importações do Reino Unido para a China foram compostas por 72% de leite e creme em 2023, o que equivale a 16.000 toneladas.

As exportações para a China representaram apenas 0,6% do total de exportações de lácteos do Reino Unido em 2023, com um volume de 7.300 toneladas. Embora os volumes de exportação sejam baixos, a influência do comércio e da demanda da China no mercado global e os preços dos lácteos são fatores importantes no nosso mercado do Reino Unido.

Participação de mercado das importações de lácteos para a China em 2023

Fonte: Trade Data Monitor LLC

Os volumes de importação diminuíram em todas as principais regiões para a China, com as importações da Nova Zelândia caindo quase 183.000 toneladas em 2023 em relação ao ano anterior. Isso pode criar uma mudança nos padrões de comércio global, com a Nova Zelândia buscando mercados alternativos para os produtos ou diversificando a produção - por exemplo, para o queijo.

Olhando para o futuro

As perspectivas do setor preveem uma desaceleração do crescimento populacional na China, o que, por sua vez, diminuirá o crescimento do consumo de produtos lácteos observado na última década. Juntamente com um aumento na produção doméstica, apoiado por medidas políticas, é provável que a demanda de importação de produtos lácteos da China diminua, especialmente para leite líquido e em pó.

Por outro lado, a produção doméstica chinesa de produtos de alto valor, como manteiga e queijo, é limitada pela capacidade de processamento, o que significa que há potencial para o crescimento da demanda de importação nessa área. Isso depende das condições econômicas da China, com o aumento da demanda por manteiga, em particular, para uso em padarias e serviços de alimentação, geralmente observado em épocas de crescimento econômico.

O consumo de queijo na China aumentou nos últimos anos, com uma taxa de crescimento anual composta de 16% entre 2012 e 2022. Em termos de volume, o Rabobank prevê que a demanda de importação de queijo da China atingirá entre 270.000 e 320.000 toneladas até 2030. Isso representa uma oportunidade para as exportações do Reino Unido, principalmente se atenderem ao gosto chinês por queijos mais suaves e cremosos e snacks de queijo.

As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Chuvas e variações térmicas marcam a semana
Os gaúchos devem se preparar para uma semana com mudanças no clima, marcada por chuvas expressivas em diferentes regiões do estado. De acordo com os meteorologistas, o período compreendido entre os dias 29 de fevereiro e 03 de março será caracterizado por condições climáticas variadas. Na quinta-feira (29/2), uma massa de ar quente e úmido manterá a nebulosidade variável em todo o estado, com previsão de pancadas de chuva entre a tarde e a noite. Esta condição permanecerá na sexta-feira (01/03) e no sábado (02/03), com tempo seco e temperaturas elevadas predominando em todas as regiões. No domingo (03), uma frente fria em deslocamento provocará chuvas em várias partes do estado, com possibilidade de temporais isolados. Quanto à tendência para os dias 04 a 06 de março, espera-se que a nebulosidade continue predominando, acompanhada de pancadas de chuva em todas as regiões, especialmente na segunda-feira (04) e na terça-feira (05). Na quarta-feira (06), a chegada de ar seco e frio deverá afastar as instabilidades, ocasionando um ligeiro declínio das temperaturas. Os valores de precipitação esperados variam conforme a região. Na Zona Sul e parte da Campanha, estima-se que os volumes fiquem abaixo de 10 mm. Já nas demais áreas do estado, as chuvas podem oscilar entre 20 e 35 mm, podendo superar os 50 mm na Fronteira Oeste e ultrapassar os 60 mm no Vale do Uruguai. (SEAPI adaptado SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.093


Conseleite indica leite a R$ 2,2497 no RS

O valor de referência projetado para o leite no Rio Grande do Sul em fevereiro é de R$ 2,2497. O indicador é 4,12% superior ao consolidado de janeiro (R$ 2,1607) e foi apresentado nesta quinta-feira (29/2) durante reunião do Conseleite realizada na sede da Federação da Agricultura do RS (Farsul), em Porto Alegre (RS). A projeção leva em conta os dados coletados nos primeiros 20 dias do mês.  

O colegiado ainda tratou da implementação da Calculadora, que está em desenvolvido junto à Universidade de Passo Fundo para auxiliar o produtor a mensurar padrões de rentabilidade de acordo com a qualidade do leite produzido. Segundo o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, essa é uma das prioridades do grupo para dar maior previsibilidade nas relações comerciais entre produtores e indústrias e está em debate na Câmara Técnica do Conseleite. A ferramenta está em fase de desenvolvimento. “Precisamos desenhar essa ferramenta com diferentes opiniões. Ela será implementada quando tivermos unanimidade”.

Circular 207 Passo Fundo, 29 de Fevereiro de 2024.

Estamos encaminhando o preço de referência do leite padrão consolidado para o mês Janeiro de 2024 e a previsão para o mês de Fevereiro de 2024, bem como o maior e o menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão. 

Os valores calculados do preço de referência têm como matéria prima padrão o leite que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Os parâmetros utilizados de rendimento industrial e participação da matéria prima são de 2021, atualizados pela CAMATEC em 2022. 

Verifica-se, conforme a Tabela 1, que, para o leite padrão, a diferença entre o projetado, divulgado no mês anterior, e o consolidado para o mês de Janeiro de 2024 é de R$ 0,0596 (2,84%).

CAMATEC - Universidade de Passo Fundo - RS


Informativo Conjuntural 1804 de 29 de fevereiro de 2024

Os rebanhos mantêm boas condições sanitárias, embora haja relatos de altas infestações por carrapato e ocorrências de tristeza parasitária bovina (TPB). As temperaturas mais amenas têm reduzido o estresse térmico dos animais, contribuindo para melhorias em seu desempenho. O período reprodutivo está em curso e, de forma geral, as expectativas são positivas em relação aos índices de prenhez, mesmo diante das condições ambientais menos favoráveis, como altas temperaturas e menor qualidade das forrageiras de verão. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas, no início do período, favoreceram o bem-estar das matrizes e, nas localidades com registro de chuvas, houve bom estímulo de rebrote para as pastagens.

Na de Erechim, o rebanho apresenta condições sanitárias adequadas. Observou-se uma queda na produção de leite no município em relação ao mesmo mês do ano anterior, provavelmente devido à redução no fornecimento de alimentos concentrados.

Na de Passo Fundo, os animais mantêm o volume de produção e o escore corporal, associados à manutenção do estado sanitário. 

Na de Porto Alegre, o rebanho apresenta boa condição nutricional e corporal em virtude do clima chuvoso e quente, resultando em boa oferta forrageira. 

Na de Pelotas, a ocorrência de temperaturas mais amenas tem reduzido o estresse térmico dos animais, melhorando seu desempenho. Os produtores estão alertas para a incidência de mosca-dos chifres e berne, realizando controle do rebanho. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro encontra-se em situação nutricional adequada como consequência da boa disponibilidade de pasto. 

Na de Santa Rosa, as oscilações dos volumes de chuva, nas últimas semanas, têm interferido na disponibilidade de alimentos frescos para os animais, havendo redução em algumas propriedades. (Emater adaptado SINDILAT)

Governo tem superávit primário de R$79 bi em janeiro e Tesouro vê chance menor de contingenciamento

O governo central registrou um superávit primário de 79,3 bilhões de reais em janeiro, mês em que as contas foram reforçadas por uma arrecadação recorde de receitas, mostraram dados do Tesouro Nacional nesta quarta-feira.

O saldo positivo apurado no mês passado foi superior ao do mesmo mês de 2023, de 78,9 bilhões de reais. No período, as receitas cresceram 3% acima da inflação, enquanto as despesas tivera uma alta real de 6,8%.

Ao comentar os dados, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que o resultado primário veio acima dos 67 bilhões de reais programados pelo governo para o mês, e que a diferença ajudará a absorver eventuais frustrações nos próximos meses.

Ele acrescentou que, do lado das receitas, a possibilidade de o governo ter que promover um bloqueio orçamentário ao fim do primeiro bimestre é "reduzida", mas que será preciso acompanhar também o resultado das despesas.

Segundo Ceron, a arrecadação de fevereiro está vindo em linha com o esperado.

"Isso cria boas perspectivas. Tem desafios ainda, a Receita Federal está avaliando os impactos e as compensações em função de eventual ajuste no caso da reoneração da folha, e isso será acomodado", disse.

O governo central compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social. O superávit primário de janeiro se deve a um resultado positivo nas contas de Tesouro e Banco Central, no valor de 96,0 bilhões de reais, contra um déficit de 16,7 bilhões de reais na conta da Previdência Social.

No mês passado, a arrecadação da União foi recorde, marcando o melhor resultado para qualquer mês, impulsionada por um aumento no recolhimento da tributação de fundos exclusivos e de outros tributos, que compensaram uma redução nos dividendos pagos pela Petrobras.

Já as despesas sofreram pressão do reajuste do salário mínimo, que impacta as despesas previdenciárias, e do maior gasto com benefícios sociais. (Valor Econômico via o globo)


Jogo Rápido

Março: como será o clima no Brasil?
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de março indica tendência de chuva abaixo da média em grande parte das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, sendo mais pontuais na Região Sudeste. Já em áreas do Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a previsão indica total de chuva dentro ou ligeiramente acima da média. Considerando o prognóstico climático do Inmet para março de 2024 e seu possível impacto na safra de grãos 2023/24 para as diferentes regiões produtoras, vale destacar que a região do Matopiba (que engloba áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) apresentou aumento na umidade do solo devido ao retorno da chuva mais regular nos meses de janeiro e fevereiro/2024, beneficiando o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Para março/2024, a previsão de chuva abaixo da média em parte do Matopiba poderá restringir o desenvolvimento de parte das lavouras de primeira safra, bem como reduzir o ritmo de plantio do milho segunda safra. O mesmo cenário está previsto para grande parte da Região Centro-Oeste. Já nas regiões Sul e Sudeste, são previstos volumes de chuva acima da média para o mês de março/2024, que tendem a manter os níveis de água no solo elevados, favorecendo o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, além da colheita de parte das lavouras. Entretanto, no Rio Grande do Sul e na faixa oeste do Paraná e de Santa Catarina, há possibilidade de restrição hídrica nas lavouras, onde a previsão aponta chuva próxima ou ligeiramente abaixo da média, podendo afetar o desenvolvimento dos cultivos em estágios fenológicos de maior necessidade hídrica. As temperaturas devem ficar acima da média em praticamente todo o País, com valores acima de 25ºC. Porém, em áreas de Roraima, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul e São Paulo, a temperatura média pode chegar a 29ºC. Já em áreas pontuais do Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Piauí, Maranhão e Amazonas, são previstas temperaturas próximas da média. (As informações são do Inmet, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 

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Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.093


Importação de lácteos cresce apesar de medida para limitar as compras

Compras no exterior em fevereiro mantêm o mesmo ritmo de janeiro, antes de o decreto do governo federal entrar em vigor

As importações de produtos lácteos mantêm trajetória de alta neste mês, a despeito da entrada em vigor do decreto do governo federal para desestimular as compras no exterior. Diante do aumento, produtores revelam preocupação com uma possível ineficácia da medida. O Ministério da Agricultura e Pecuária fala em “importações preventivas”, fechadas antes da legislação entrar em vigor.

O Decreto nº 11.732, assinado em outubro passado, estabelece que apenas empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, podem aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Os importadores têm o índice reduzido para 20%.

Só na primeira quinzena de fevereiro, as importações de lácteos alcançaram 187 milhões de litros em equivalente leite, superando todo o mês de fevereiro de 2023, quando as compras somaram 156,5 milhões de litros, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A média diária de importação até o dia 24 ficou estável em relação ao mês anterior, em 1.184 toneladas. Em janeiro, as importações somaram 207 milhões de litros em equivalente leite, 32% mais que no mesmo mês do ano passado.

“A importação continua alta. É difícil saber se a nova regra vai ou não funcionar”, afirmou Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), ressaltando que em 2023, as importações bateram recorde, chegando a 2,25 bilhões de litros em equivalente leite, alta de 68,8% em relação a 2022.

Procurado, o Ministério da Agricultura e Pecuária disse que a efetividade do decreto está em “processo de avaliação” e que os volumes que entraram no país em janeiro e fevereiro referem-se a negócios fechados anteriormente. “A avaliação inicial indica que ocorreram importações preventivas antes da vigência da alteração. A partir de fevereiro será possível realizar uma análise mais aprofundada para avaliar a efetividade da medida”, informou em nota.

O ministério acrescentou que a entrada da medida em vigor não está diretamente relacionada aos procedimentos de fiscalização, que são internos e estão em processo de publicação. A fiscalização das fábricas deverá ser conduzida pela pasta e Receita Federal.

Os lácteos importados têm como origem principalmente Argentina e Uruguai. Segundo Borges, os maiores importadores são laticínios, tradings, indústrias de alimentos, redes de supermercado e de restaurantes. “Se eles veem o preço mais baixo importam e isso prejudica o produtor de leite no Brasil, que não tem subsídio”, disse.

Glauco Carvalho, economista e pesquisador da Central de Inteligência do Leite (Cileite) da Embrapa, ponderou que o decreto só impacta os laticínios que importam produtos lácteos. Varejistas e tradings não são afetados pela regra. “Provavelmente o volume de importação será alto em fevereiro”, disse. Ele acrescentou que há perspectiva de desaceleração nas importações nos próximos meses devido à alta dos preços internacionais, mas isso também vai depender da evolução das cotações no Brasil.

Em dezembro de 2023, dado mais recente do Cepea/Esalq, o preço do leite pago ao produtor atingiu R$ 2,03 por litro, queda de 19,4% em 12 meses. O custo de produção, segundo a Abraleite, varia de R$ 1,80 a R$ 2,25 por litro, dependendo da região. A rentabilidade do produtor em janeiro, segundo Carvalho, ficou 19,6% abaixo da registrada em igual mês de 2023.

De acordo com a Abraleite, há hoje um desestímulo à produção de leite no país, sobretudo para pequenos produtores. Isso porque o excesso de oferta afeta o valor pago pelo leite cru. No ano passado, as importações corresponderam a 6% da oferta total. A Cileite estima que a disponibilidade de lácteos no Brasil cresceu 5,07% em 2023, enquanto a captação pelas indústrias aumentou 1,6%. Os preços dos lácteos ficaram, na média, 2,5% mais baixos em 2023. (Globo Rural via Valor)


Colheita do Milho foi oficialmente aberta no Estado

A produção de milho no Rio Grande do Sul é de extrema importância, tanto para a alimentação humana, quanto para a alimentação animal. A cultura é produzida em 485 municípios gaúchos e para celebrar o período foi aberta a Colheita do Milho no Estado, nesta terça-feira (27/2), em evento realizado na Agropecuária Canoa Mirim, no município de Santa Vitória do Palmar, na região Sul.

De acordo com levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de fevereiro, a produção de milho do estado está estimada em 5,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 44%, comparado com a produção de 3,7 milhões de toneladas produzidas na safra anterior que foi muito afetado pela falta de chuva.

O diretor do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos, Paulo Roberto da Silva, representou a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) no ato e destacou que as dificuldades climáticas enfrentadas na produção da cultura nos últimos anos, sendo períodos de estiagens e outros de drenagem da água. "São ambos os desafios, mas que mostram que a parceria entre os órgãos públicos, entidades e universidades fortalecem todas as técnicas que são praticadas. Precisamos enaltecer o trabalho que os produtores vêm desenvolvendo, principalmente na área de novas tecnologias e de sementes, e valorizar cada pessoa. Não adianta ter toda a tecnologia, a pesquisa e o desenvolvimento se não tivermos pessoas com capacidade de replicar esse conhecimento", ressaltou.

A abertura da colheita foi realizada novamente este ano na Metade Sul visando consolidar o potencial do milho em terras baixas, com adoção de tecnologia sulco-camalhão que tem dado excelentes resultados, pois estabelece uma zona de cultivo em solo mais descompactado e profundo, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas, possibilitando a drenagem (quando houver excesso hídrico) e a irrigação (quando houver falta de chuva) da lavoura ao longo do ciclo da cultura.

A organização do evento é da Seapi, em conjunto com a Agropecuária Canoa Mirim, a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Emater, o Sistema de Organização de Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs) e a Prefeitura de Santa Vitória do Palmar, com apoio de diversos parceiros. Texto: Ascom Seapi

Laboratório do Leite vai ser inaugurado

A Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) vai inaugurar o novo Núcleo de Tecnologia e Inovação do Leite, conhecido popularmente como Laboratório do Leite, no dia 04 de março, em Pinhalzinho. Os deputados da Bancada do Oeste estarão presentes no evento.

O Laboratório do Leite será um marco na pesquisa e desenvolvimento da área leiteira. Com um investimento de R$ 30 milhões, a estrutura de 3 andares abrigará um laboratório de qualidade do leite e uma indústria de lácteos, tornando-se um centro de referência para toda a cadeia produtiva do leite na região.

Com recursos provenientes de emenda parlamentar dos deputados da Bancada do Oeste, o prédio será um dos mais modernos do País. “Estamos na busca dessa conquista desde quando ainda era um sonho e agora vai consolidar-se como um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento no setor lácteo”, disse o coordenador da Bancada do Oeste deputado Marcos Vieira.

De acordo com o reitor da Udesc, Dilmar Baretta, as instalações só estão sendo inauguradas por causa dos deputados da Bancada do Oeste. “A Bancada do Oeste é parceira deste projeto que vai ajudar Santa Catarina a se desenvolver ainda mais”, comentou o reitor.

O prefeito de Pinhalzinho, Mario Afonso Woitexem, explicou: “Santa Catarina é o quarto produtor de leite do país, o que faz com que Pinhalzinho se torne um dos municípios com maior capacidade produtiva de leite”.

O que será possível com a construção do Laboratório?

O NCTI compreende três segmentos:

Laboratório de Qualidade do Leite
Indústria de Lácteos em Escala Piloto
Laboratório de Pesquisa e Inovação do Leite
O "Laboratório do leite" tem como público-alvo os produtores de leite e as indústrias de lácteos e como principal objetivo a realização das análises para avaliação da qualidade do leite de acordo com as exigências da legislação vigente.

Este laboratório deverá ser credenciado na Rede Brasileira da Qualidade do Leite (RBQL)/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A "Indústria de Lácteos em Escala Piloto" tem como público-alvo os produtores de leite, as indústrias de lácteos e estudantes dos cursos da Udesc Oeste. Os principais objetivos são:

Cursos/treinamentos para qualificação e aperfeiçoamento da mão de obra;
Oficinas para a inovação e diversificação de produtos lácteos;
Otimização de processos para o setor de lácteos
Já o "Laboratório de Pesquisa e Inovação do Leite" tem como público-alvo os produtores de leite, as indústrias de lácteos e estudantes dos cursos da Udesc Oeste. Os principais objetivos são:

Realização de pesquisa aplicadas ao setor lácteo;
Soluções para as necessidades do setor lácteo
Este laboratório irá dispor de equipamentos de alta tecnologia que possibilitarão o estudo de componentes, produtos e processos, atendendo a toda cadeia e arranjo produtivo do leite com qualidade.
Leite em SC

Santa Catarina desbancou Goiás e já é o quarto maior produtor de leite do país. Com um volume de 2,43 bilhões de litros recolhidos pelas indústrias catarinense contra 2,13 bilhões de litros de Goiás.

Esse volume não leva em conta o leite produzido e consumido nas propriedades, que é em torno de 25% do total.

A atividade é a nova "estrela" do agronegócio, que envolve 70 mil famílias e gera milhares de empregos no campo, serviços, transporte e indústria.

Com apenas 1,2% do território, Santa Catarina representa 10,5% da produção nacional. Os motivos são clima favorável para implantação de pastagens e abundância de água. O solo propício e a mão-de-obra familiar contribuem para o sucesso da atividade.

O projeto consolida a Rota de Integração do Leite na faixa de fronteira de SC, onde estão 82 municípios que respondem por 78% da produção estadual.

Pinhalzinho

Pinhalzinho vai processar 5 milhões de litros de leite por dia, nenhum outro município brasileiro terá esta capacidade. A Aurora já processa 2,6 milhões de litros/dia e a Tirol está ampliando as instalações para processar 1,4 milhões de litros/dia. As informações são da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido

Supermercados nos EUA querem liderar o movimento "Comida como Medicina"
A FMI (The Food Industry Association), organização que representa um mercado de US$ 800 bilhões nos EUA, divulgou os resultados de seu mais recente relatório de pesquisa, “Contribuições da Indústria Alimentícia para a Saúde e o Bem-Estar 2024”, na semana passada, destacando o foco da indústria alimentícia em capacitar os consumidores a comer de forma mais saudável e oferecer programas para auxiliar em sua jornada. A pesquisa da FMI, que representou mais de 11 mil lojas de 36 empresas, mostra que 84% dos varejistas de alimentos que responderam estão operando com estratégias de nutrição, saúde e bem-estar. Este é o primeiro relatório da FMI que coletou resultados tanto de varejistas de alimentos quanto de marcas de produtos embalados e servirá como referência em saúde e bem-estar para a indústria alimentícia. O relatório da FMI afirma que os programas “Comida como Medicina”, que conectam serviços de alimentos e nutrição para melhorar a saúde, estão ganhando impulso em todo os EUA. De acordo com o documento, a indústria alimentícia sempre desempenhou um papel importante na segurança alimentar e na segurança nutricional. Muitos desses esforços do “Comida como Medicina”, especialmente quando implementados em bairros residenciais e apoiados por nutricionistas, têm se mostrado bem-sucedidos na mudança de comportamento e na melhoria da saúde. Em fevereiro de 2021, o conselho da FMI adotou e anunciou seu compromisso e política sobre “Comida como Medicina”. O relatório mostra que 59% dos entrevistados classificaram a prevenção e a promoção da saúde e do bem-estar como a principal área de foco para funcionários e clientes. As informações são da Forbes, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 

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Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.092


CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE–PARANÁ

RESOLUÇÃO Nº 02/2024

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de Fevereiro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores dereferência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de 
contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2024 é de R$ 4,2766/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite PR)


Conseleite/SC divulga valor de referência do leite entregue em fevereiro

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Fevereiro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Janeiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2024. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração

Mês de Janeiro/2024: De 01/01/2024 a 28/01/2024
Parcial Fevereiro/2024: De 29/01/2024 a 19/02/2024
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

As informações são do Conseleite-SC.

Leite/Europa

O aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental continua, e algumas informações indicam que a produção não está tão baixa quanto a expectativa de início do ano.

No entanto, a produção de leite em muitos países do continente está abaixo dos níveis dos últimos anos. Analistas avaliam que a estabilidade do preço do leite, os altos custos de produção e as restrições regulamentares são obstáculos para um possível crescimento da produção de leite nos próximos meses.

De acordo com o site CLAL, a produção de leite no Reino Unido (RU) no mês de dezembro de 2023 atingiu 1.264.800 toneladas, 0,2% menos do que a produção de dezembro de 2022. No acumulado do ano, o volume apurado foi de 15.322.700 toneladas, praticamente inalterado em relação à captação realizada de janeiro a dezembro de 2022.

Os preços dos lácteos estão relativamente estáveis neste início de ano. Em muitos países da Europa Ocidental, o preço pago varia entre € 40 e € 50 por 100 quilos de leite, muito próximo do valor máximo no mercado spot.

Boa parte da indústria, reconhecendo a necessidade de manter seus fornecedores, mantiveram ou aumentaram ligeiramente o preço do leite ao produtor. No entanto, os preços das commodities lácteas ficaram relativamente estáveis.  

A demanda de queijo evolui bem, e existem sinais de recuperação da demanda interna por produtos lácteos. No entanto, a demanda internacional está lenta. Os sinais fracos da economia na China e em alguns outros países do Sudeste Asiático, junto com as preocupações em relação ao trânsito de navios através do Canal de Suez e do Mar Vermelho, prejudicaram algumas oportunidades de exportação.  

Enquanto isso, os protestos dos agricultores acalmaram na Alemanha e França, mas novas manifestações surgiram na Espanha, Itália, Bélgica e Países Baixos. Os baixos preços e o fim de alguns impostos ou redução de subsídios para a agricultura, constituem as principais reclamações dos produtores, pois aumentam o custo de produção e a burocracia. Os regulamentos cada vez mais restritivos reduzem a competitividade dos produtos europeus em relação aos estrangeiros, provocando a ira dos agricultores que concorrem com alimentos que são produzidos sem atender os mesmos requisitos da Europa. Para tentar mediar a situação e reduzir as tensões, a Comissão Europeia propôs medidas para reduzir algumas das exigências ambientais, bem como retornar certos subsídios agrícolas.  

Vários países do Leste Europeu obtiveram ganhos na produção de leite em todos os meses de 2023. Além da Bielorrússia, a Polônia e a República Checa tiveram crescimento significativo. De acordo com o site CLAL, o leite de vaca captado na Polônia, em dezembro de 2023, foi de 1.070.000 toneladas, crescimento de 1,9% em relação a dezembro de 2022. Na República Checa houve crescimento de 2%, contabilizando 268.000 toneladas. No acumulado do ano, a Polônia contabilizou 12.976.000 toneladas de leite, aumentando 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. E na República Checa, no acumulado do ano, foram 3.223.000 toneladas de leite, crescimento de 1, 6% em relação ao ano de 2022.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Você ainda tem dúvidas?
Abaixo terão 10 situações. Peço que avalie calmamente cada uma delas e veja se você se enquadra em alguma delas: Quer gerenciar bem sua fazenda; Quer ter melhores resultados no leite; Quer alavancar a sua carreira profissional; Quer ampliar e construir uma forte rede de networking; Quer fazer bons negócios; Quer entender as mudanças da cadeia láctea; Quer transformar desafios em performance;  Quer permanecer competitivo na atividade;  Quer fazer parte do futuro;  Quer escrever a sua própria história. Se identificou? Temos certeza que sim. Então, o Interleite Sul, melhor feira de negócios, conteúdo e networking destinado ao leite na Região Sul é o seu lugar! O Interleite Sul terá mais uma edição em Chapecó, nos dias de 8 e 9 de maio e espera reunir mais de 800 pessoas! Com a participação dos representantes das principais empresas de insumos do setor, técnicos, consultores, produtores, entidades do setor e estudantes, a 11ª edição do evento abordará novos caminhos para o futuro da produção de leite e você não pode ficar de fora! Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. ​(Milkpoint adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.091


Conseleite/MG projeta valor do leite entregue em fevereiro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 23 de Fevereiro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2023 a ser pago em Janeiro/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2024 a ser pago em Março/2024.



Períodos de apuração:

Mês de Dezembro/2023: De 01/12/2023 a 31/12/2023
Mês de Janeiro/2024: De 01/01/2024 a 31/01/2024
Parcial de Fevereiro/2024: De 01/02/2024 a 20/02/2024

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

As informações são do Conseleite-MG.


Conseleite/SC divulga valor de referência do leite entregue em fevereiro

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Fevereiro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Janeiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2024. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração

Mês de Janeiro/2024: De 01/01/2024 a 28/01/2024
Parcial Fevereiro/2024: De 29/01/2024 a 19/02/2024
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

As informações são do Conseleite-SC.

Leite/Europa

O aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental continua, e algumas informações indicam que a produção não está tão baixa quanto a expectativa de início do ano.

No entanto, a produção de leite em muitos países do continente está abaixo dos níveis dos últimos anos. Analistas avaliam que a estabilidade do preço do leite, os altos custos de produção e as restrições regulamentares são obstáculos para um possível crescimento da produção de leite nos próximos meses.

De acordo com o site CLAL, a produção de leite no Reino Unido (RU) no mês de dezembro de 2023 atingiu 1.264.800 toneladas, 0,2% menos do que a produção de dezembro de 2022. No acumulado do ano, o volume apurado foi de 15.322.700 toneladas, praticamente inalterado em relação à captação realizada de janeiro a dezembro de 2022.

Os preços dos lácteos estão relativamente estáveis neste início de ano. Em muitos países da Europa Ocidental, o preço pago varia entre € 40 e € 50 por 100 quilos de leite, muito próximo do valor máximo no mercado spot.

Boa parte da indústria, reconhecendo a necessidade de manter seus fornecedores, mantiveram ou aumentaram ligeiramente o preço do leite ao produtor. No entanto, os preços das commodities lácteas ficaram relativamente estáveis.  

A demanda de queijo evolui bem, e existem sinais de recuperação da demanda interna por produtos lácteos. No entanto, a demanda internacional está lenta. Os sinais fracos da economia na China e em alguns outros países do Sudeste Asiático, junto com as preocupações em relação ao trânsito de navios através do Canal de Suez e do Mar Vermelho, prejudicaram algumas oportunidades de exportação.  

Enquanto isso, os protestos dos agricultores acalmaram na Alemanha e França, mas novas manifestações surgiram na Espanha, Itália, Bélgica e Países Baixos. Os baixos preços e o fim de alguns impostos ou redução de subsídios para a agricultura, constituem as principais reclamações dos produtores, pois aumentam o custo de produção e a burocracia. Os regulamentos cada vez mais restritivos reduzem a competitividade dos produtos europeus em relação aos estrangeiros, provocando a ira dos agricultores que concorrem com alimentos que são produzidos sem atender os mesmos requisitos da Europa. Para tentar mediar a situação e reduzir as tensões, a Comissão Europeia propôs medidas para reduzir algumas das exigências ambientais, bem como retornar certos subsídios agrícolas.  

Vários países do Leste Europeu obtiveram ganhos na produção de leite em todos os meses de 2023. Além da Bielorrússia, a Polônia e a República Checa tiveram crescimento significativo. De acordo com o site CLAL, o leite de vaca captado na Polônia, em dezembro de 2023, foi de 1.070.000 toneladas, crescimento de 1,9% em relação a dezembro de 2022. Na República Checa houve crescimento de 2%, contabilizando 268.000 toneladas. No acumulado do ano, a Polônia contabilizou 12.976.000 toneladas de leite, aumentando 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. E na República Checa, no acumulado do ano, foram 3.223.000 toneladas de leite, crescimento de 1, 6% em relação ao ano de 2022.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Você ainda tem dúvidas?
Abaixo terão 10 situações. Peço que avalie calmamente cada uma delas e veja se você se enquadra em alguma delas: Quer gerenciar bem sua fazenda; Quer ter melhores resultados no leite; Quer alavancar a sua carreira profissional; Quer ampliar e construir uma forte rede de networking; Quer fazer bons negócios; Quer entender as mudanças da cadeia láctea; Quer transformar desafios em performance;  Quer permanecer competitivo na atividade;  Quer fazer parte do futuro;  Quer escrever a sua própria história. Se identificou? Temos certeza que sim. Então, o Interleite Sul, melhor feira de negócios, conteúdo e networking destinado ao leite na Região Sul é o seu lugar! O Interleite Sul terá mais uma edição em Chapecó, nos dias de 8 e 9 de maio e espera reunir mais de 800 pessoas! Com a participação dos representantes das principais empresas de insumos do setor, técnicos, consultores, produtores, entidades do setor e estudantes, a 11ª edição do evento abordará novos caminhos para o futuro da produção de leite e você não pode ficar de fora! Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. ​(Milkpoint adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.090


Consumidores impulsionam demanda por inclusões em produtos lácteos

A demanda crescente dos consumidores por alimentos inovadores e saudáveis está impulsionando os fabricantes a expandirem suas ofertas de inclusões, com foco especial em uma variedade de ingredientes, incluindo frutas e nozes.

De acordo com especialistas de mercado, a previsão é de aumento significativo na inclusão de frutas e nozes até 2027, devido a sua popularidade de sabor e a percepção de benefícios à saúde associados a esses ingredientes.

Essa tendência reflete não apenas uma mudança nas preferências dos consumidores, mas também uma maior conscientização sobre os benefícios nutricionais dos alimentos. As inclusões de frutas, como mirtilos, cranberries e mangas, estão sendo cada vez mais valorizadas por suas propriedades antioxidantes e vitaminas, enquanto as nozes, como amêndoas e castanhas, são apreciadas por sua riqueza em ácidos graxos ômega 3 e nutrientes essenciais.

Além disso, a busca por ingredientes funcionais está impulsionando os fabricantes a incorporarem essas inclusões em uma variedade de produtos lácteos, como sorvetes, iogurtes e queijos. Esses alimentos não apenas oferecem uma experiência sensorial única, com texturas crocantes e sabores vibrantes, mas também são percebidos como opções mais saudáveis e nutritivas.

No entanto, existem desafios significativos ao selecionar e desenvolver inclusões adequadas. Questões como disponibilidade sazonal, custos de produção e compatibilidade de ingredientes podem impactar diretamente a qualidade e a aceitação pelo consumidor. Portanto, é essencial que os fabricantes trabalhem em estreita colaboração com fornecedores confiáveis e invistam em pesquisa e desenvolvimento para garantir a qualidade e a consistência das suas inclusões.

À medida que a demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis continua a crescer, os especialistas preveem a introdução de novas variedades de frutas e nozes, bem como a exploração de ingredientes alternativos que atendam as expectativas dos consumidores em termos de qualidade, sabor e sustentabilidade.

As informações são do Aditivos Ingredientes, adaptados pela equipe MilkPoint.


Leite/América do Sul 

As estimativas da CONAB e do USDA sobre a produção de milho e soja no Brasil divergem, mas, ambas preveem queda. O clima desempenha um papel importante na queda das expectativas e as últimas projeções dão conta de que o tempo continuará um pouco propício.

As ondas de calor do início do mês, com possibilidade de durar mais de 15 dias, foram suficientemente fortes para causar cortes de energia em vários países. As expectativas de produção de leite em toda a região continuam a tendência sazonal descendente.

Na Argentina, as expectativas para a produção de leite no curto prazo são, particularmente, pessimistas.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva

Informativo Conjuntural 1803 de 22 de fevereiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A oferta de pastagens está mais adequada em áreas onde as precipitações foram mais expressivas, reduzindo a necessidade do uso da silagem de milho. Apesar das chuvas, não houve relatos de problemas por excesso de barro ou poças, não interferindo na qualidade do leite. Persistem as infestações de carrapato e mosca; muitos produtores estão realizando 
tratamentos estratégicos para prevenir futuras infestações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas, após as chuvas, favoreceram o bem-estar das matrizes em lactação.

Na de Caxias do Sul, alguns produtores enfrentam os impactos do vazio forrageiro outonal devido ao encerramento das pastagens anuais de verão; não há perspectiva imediata de pastagens de inverno implantadas. 

Na de Frederico Westphalen, a oferta de água para dessedentação dos animais e para higienização dos equipamentos é suficiente em termos de quantidade e qualidade. 

Na de Ijuí,  a maioria dos produtores de leite possui pastagens perenes, o que garante mais autonomia na produção de forragem e custo mais baixo. 

Na de Pelotas, as temperaturas mais amenas reduziram o estresse térmico nos animais, melhorando seu desempenho. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro continua com boas condições nutricionais devido à disponibilidade de pasto. As condições sanitárias encontram-se dentro do esperado para o período de verão. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas têm causado estresse térmico nos rebanhos leiteiros, impactando na produtividade, no estro, na concepção de embriões e na qualidade do leite. 

Na de Soledade, apesar da melhoria das pastagens, o uso de suplementos, como silagem e fenos, ainda é  essencial, assim como a inclusão de concentrados. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Calor e chuvas intensas marcam a próxima semana
A próxima semana promete ser marcada por mudanças no clima em todo o estado do Rio Grande do Sul, com a presença de calor e o retorno das chuvas. Segundo os meteorologistas, as condições climáticas variarão ao longo dos dias, trazendo instabilidade em algumas regiões. Na quinta-feira (22), uma massa de ar seco manterá o tempo firme em todo o estado, com temperaturas elevadas previstas para todas as regiões. No entanto, na sexta-feira (23), a chegada de uma área de baixa pressão aumentará a nebulosidade e poderão ocorrer pancadas de chuva, característica típica do verão gaúcho. Já no sábado (24) e domingo (25), o deslocamento de uma frente fria trará chuvas mais intensas, com possibilidade de temporais isolados em algumas áreas. Essas condições devem persistir até o início da próxima semana. Para os dias seguintes, a tendência é de que a nebulosidade e as chuvas continuem, especialmente na segunda-feira (26) e terça-feira (27), devido à propagação de uma área de baixa pressão. Contudo, na quarta-feira (28), o ingresso de ar seco e frio afastará as instabilidades, proporcionando um ligeiro declínio das temperaturas. Os totais previstos de chuva deverão variar entre 30 e 45 mm na maior parte do estado, sendo que na Fronteira Oeste os volumes esperados poderão superar os 50 mm. Recomenda-se que a população esteja atenta aos avisos meteorológicos e tome as devidas precauções diante das condições climáticas adversas. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.089


Marca criada por Raul Randon abre restaurante e empório em Gramado

Franquia projeta a abertura de 20 unidades até 2025, chegando a 50 lojas em cinco anos

Abre as portas no próximo dia 28, em Gramado, a Trattoria e Empório Spaccio RAR, da marca de alimentos criada com base nas iniciais do nome do industrial Raul Anselmo Randon. À frente da iniciativa estão os empreendedores Carolina Porsch e Carlos Porsch. 

O espaço terá 300 metros quadrados de área, e ficará na Rua João Petry, 283, no centro da cidade. A abertura geral ao público será no dia 4 de março.

O restaurante funcionará de segunda-feira a sábado, servindo café da manhã e almoço e, aos domingos, apenas café da manhã. Já o empório abrirá diariamente.  

A rede de franquias Spaccio RAR já tem sete unidades no Brasil, em todos os Estados da Região Sul e uma operação em São Paulo. O grupo projeta a abertura de 20 franquias até 2025, chegando a 50 lojas em cinco anos.

Este será o segundo ponto da Spaccio RAR em Gramado. No segundo semestre de 2023, os empresários abriram uma unidade para a distribuição de 450 produtos da marca, entre importados e homologados.

O estabelecimento fará parte de um projeto gastronômico idealizado pelos empreendedores, em um prédio de mil metros quadrados. No local, vão funcionar mais duas operações de gastronomia, um restaurante francês e um wine bar. No complexo, serão vendidos também artigos de luxo, entre joalheria e outros produtos exclusivos. No final deste primeiro semestre, todas as operações entrarão em funcionamento, projetam os administradores. (Gaúcha ZH)


Sentença derruba cobrança de IRPJ e CSLL sobre benefício fiscal

Decisão foi dada pela 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro e beneficia a Engetech Comércio e Indústria de Plásticos

A 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro afastou a cobrança de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL sobre benefício fiscal de ICMS (crédito presumido) concedido à Engetech Comércio e Indústria de Plásticos. Essa é a primeira sentença sobre o assunto que se tem notícia. Já existem também ao menos oito liminares, em diferentes Estados, no mesmo sentido.

O movimento dos contribuintes foi iniciado com a edição da Lei nº 12.973/2014, que alterou as regras de tributação de incentivos fiscais para investimentos concedidos por Estados. A norma veio depois de julgamento realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o assunto, em 2023, e é uma das principais medidas do Ministério da Fazenda para cumprir a meta fiscal e zerar o déficit das contas públicas em 2024 - a estimativa era que a tributação poderia gerar R$ 35 bilhões.

A lei, conversão da Medida Provisória (MP) nº 1.185, de 2023, revogou o artigo 30 da Lei nº 12.973, de 2014, que instituía requisitos para as empresas não terem os benefícios fiscais tributados, como constituir uma reserva de lucros. Tributaristas defendem, porém, que as novas regras não poderiam ser aplicadas ao crédito presumido. Mas esse não é o entendimento adotado pela Receita Federal. No pedido, a Engetech afirma que é beneficiada com incentivo fiscal de ICMS - crédito presumido - concedido pelo Estado do Rio de Janeiro e que as alterações da MP nº 1.185 são “ilegais e inconstitucionais” (processo nº 5132861-84.2023.4.02.5101).

Na decisão, o juiz federal Marcelo Barbi Gonçalves afirma não vislumbrar as alegadas ilegalidade e a inconstitucionalidade na MP. “Não há ilegalidade por dispor de forma diversa da lei anterior, até porque não alterou o conceito de subvenção, mas apenas mudou a forma como o contribuinte poderá se beneficiar dos valores respectivos”, afirma.

Porém, para o magistrado, apesar da mudança legislativa, a situação da empresa não deveria ser alterada. Ele destaca na sentença que o STJ, quando julgou o assunto (REsp 1517492), entendeu que os requisitos legais estabelecidos para que um benefício fiscal não fosse computado na base de cálculo do IRPJ e da CSLL não deveriam ser aplicados ao crédito presumido.

“Ao excluir o crédito presumido de ICMS das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, sob o fundamento de violação do Pacto Federativo, tornou-se irrelevante a discussão a respeito do benefício fiscal como ‘subvenção para custeio’, ‘subvenção para investimento’ ou ‘recomposição de custos’ para fins de determinar essa exclusão”, afirma o juiz na decisão, acrescentando que a tributação pela União de benefício fiscal concedido por um Estado demonstra indevida ingerência sobre política fiscal adotada pelo ente, afetando a finalidade para a qual foi projetada.

Com a decisão, além de reconhecer o direito da empresa de não incluir o crédito presumido de ICMS na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, o magistrado garantiu a ela o direito de compensar valores indevidamente recolhidos.

Segundo a advogada da empresa no caso, Mariana Ferreira, do Murayama, Affonso Ferreira e Mota Advogados, a caracterização do pacto federativo é o ponto mais desrespeitado pela nova lei. Ela destaca que o caso foi específico para impedir a cobrança do IRPJ e da CSLL e que discussão a respeito da base de cálculo do PIS e da Cofins fica para outra ação judicial, para não misturar os conceitos. 

Pelo menos oito liminares foram concedidas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia e no Distrito Federal. Em geral, as decisões impedem a cobrança do Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL e do PIS e da Cofins.

Os pedidos alegam ofensa ao pacto federativo. O argumento comum das empresas é de que o governo federal não pode tributar um incentivo dado pelo Estado, voltado para atrair empresas e fomentar a competitividade. 

Na 3ª Vara Federal Cível e Criminal de Feira de Santana (BA), a juíza Camile Lima Santos, concedeu liminar a uma fabricante de colchões, que recebeu incentivos fiscais de ICMS dos Estados da Bahia e Pernambuco, na forma de créditos presumidos. Na liminar, levou em consideração que “o STJ consolidou o entendimento de que os benefícios fiscais negativos de ICMS não se equiparam aos créditos presumidos para efeitos da aplicação do precedente estabelecido no EResp 1.517.492/PR” (processo nº 1002270-54.2024.4.01.3304).

Carolina Silveira, do escritório Fernando Neves advogados Associados, que defende o contribuinte, destaca que a decisão abrange, além do IRPJ e CSLL, o PIS e a Cofins. O juiz, acrescenta, aplicou nesse ponto o precedente do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS da base de cálculo das contribuições sociais. “A Lei nº 14.789/2023 tem por objetivo, unicamente, esvaziar o entendimento do STJ sobre o assunto. Portanto, deve ser combatida pelo Judiciário. É uma afronta ao pacto federativo e ao conceito de receita”, afirma a advogada.

Procurada pelo Valor, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que a sentença foi juntada aos autos ontem e está analisando a questão. O órgão não apresentou dados sobre o número de julgados sobre o tema. (Valor Econômico)

Interação e oferta de objetos para bezerros leiteiros podem ajudar a reduzir o estresse da desmama

Bezerros leiteiros - A fase de aleitamento é um período sensível e estressante para os bezerros leiteiros, por conta do afastamento da mãe e, em alguns casos, do isolamento social. Buscando alternativas para minimizar os impactos negativos dessa fase, a Embrapa Pecuária Sudeste converteu um experimento para testar a efetividade do enriquecimento social e físico.

Uma pesquisa avaliou os efeitos do enriquecimento social no comportamento dos bezerros leiteiros em sistemas a pasto. O objetivo, de acordo com a pesquisadora Teresa Alves, é melhorar a capacidade dos animais em lidar com as mudanças ambientais. Além disso, o enriquecimento físico, com a disponibilização de objetos como escova, bola e espantalho, busca identificar benefícios funcionais e biológicos.

A separação do filhote e do logotipo da mãe após o nascimento é uma prática corriqueira entre os produtores de leite, principalmente para garantir maior eficiência na coleta do colostro. Quando separados, muitos são colocados em baias indivíduos, a fim de diminuir a transmissão de doenças e a competição por alimentos.

Por outro lado, a criação coletiva de bezerros oferece um ambiente com espaço e estímulos necessários ao bom desenvolvimento cognitivo. A interação com outros animais pode melhorar a capacidade de lidar com mudanças de ambiente e situações de estresse. Porém, um desafio frequente nesse modelo é a ocorrência da mamada cruzada (ato de bezerros em açúcar um ao outro).

Tal ação pode resultar em lesões corporais de animais sugados e prejudicar o desempenho produtivo. Nesse caso, a inserção de “brinquedos” é uma forma de reduzir o problema, melhorando a sanidade, índices reprodutivos, aumento da eficiência inclusiva e redução de comportamento doloroso. E não é necessário um grande investimento para o produtor.
  
Resultados

Nos lotes com enriquecimentos sociais e físicos a interação social e o comportamento de explorar o ambiente menores foram, visto que os animais ocupavam parte do tempo interagindo com os objetos oferecidos. Os bezerros interagiram em maior frequência com a escova (48,2%), seguida da interação com bola (26,5%) e com o espantalho (25,6%). Além disso, neste grupo houve maior frequência de visita ao concentrado e menor tempo em pastel. Em relação ao ócio e à ruminação, não ocorreu influência dos enriquecimentos entre os lotes.

Para Teresa, o maior tempo gasto com a escova pode ser explicado pelo fato dos bovinos se coçarem para remover sujeira, restos de excrementos, ectoparasitas e fluidos corporais. Assim, a incorporação de objetos com algum tipo de função específica é eficaz para o bem-estar. “A criação de bezerros em grupo promove um enriquecimento importante que são as interações sociais, embora quando disponibilizados 'brinquedos', eles gastam tempo interagindo com esses recursos”, destacou Teresa.

A pesquisadora considera que a interação dos bezerros com o espantalho nos horários próximos ao conforto do leite pode estar relacionada com o contato humano-animal. É provável que os bezerros tenham associado à imagem do espantalho à pessoa responsável pelo manejo, uma vez que os bonecos usavam a mesma vestimenta dos tratadores.
  
Experiência

Participaram do estudo 35 bezerros das raças Holandês e Jersolando distribuídos em dois tratamentos: um apenas com enriquecimento social - piquetes coletivos de criação; e outro com enriquecimento social e físico. Nesses, além dos piquetes sendo coletivos, foram colocados diversos objetos (espantalho, bola e escova), oferecidos simultaneamente.

O experimento foi conduzido no Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A distribuição dos grupos foi solicitada, com a condição de que os animais não faziam diferença de idade maior do que 15 dias e, no máximo, cinco filhotes.

Os bezerros foram separados de suas mães logo após o nascimento e receberam o colostro por meio de baldes individuais com bico. Desde o primeiro dia de vida, tive acesso livre à água e ao concentrado. O desaleitamento ocorreu, gradativamente, próximo aos dois meses de idade.

O sistema de criação coletiva possui área composta por capim Cynodon , com 12 piquetes de 64m² cada, com sombra artificial. A pesquisadora explicou que o sistema foi planejado para que houvesse piquetes ociosos para mudança do lote para áreas com melhor qualidade sanitária, principalmente no período das chuvas.

Os animais foram avaliados diariamente e pesados ​​a cada 14 dias, com avaliação de mucosa, infestação de carrapatos e temperatura retal. As observações comportamentais também foram a cada 14 dias, anotadas durante 10 horas, com identificação dos bezerros. Foram 60 dias de observações do comportamento do nascimento ao desmame. Fonte: Embrapa


Jogo Rápido

Na Assembleia, Eduardo Leite diz que não irá recuar da retirada de benefícios fiscais
Com um discurso um pouco mais longo do que o planejado e um protesto inesperado nas galerias, o governador Eduardo Leite (PSDB) abriu o ano Legislativo no parlamento nesta terça-feira. A fala, como esperada, foi norteada pela manutenção do equilíbrio das contas públicas e marcada pela promessa de que “não há uma terceira opção” para o ajuste fiscal se não o corte de incentivos fiscais, medida adotada por Leite por meio de decretos após a retirada do projeto de aumento das alíquotas de ICMS, no final de 2023 e que entrará em vigor em abril. “Nós deixamos muito claro que havia dois caminhos: a recomposição da alíquota modal de ICMS ou uma revisão de benefícios fiscais, que acabou se apresentando como uma alternativa possível. Nós não consideramos e não vamos considerar uma terceira hipótese, que seria da precarização dos serviços públicos, da redução da capacidade do Estado de atender as demandas a população”, afirmou o governador. Assegurando que apesar das conversas com setores produtivos, não se abriria mão da 'essência' da proposta, que é "viabilizar receitas suficientes para atender as demandas do povo gaúcho". (Correio do Povo)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.088


GDT: alta mais sutil nos preços internacionais

O segundo leilão da plataforma GDT para o mês de fevereiro, realizado hoje (20/02) apresentou a manutenção do movimento de alta nos preços internacionais dos derivados lácteos. Com uma variação de 0,5% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.664/tonelada, atingindo o maior patamar desde novembro de 2022, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre as categorias acompanhadas e negociadas no evento, diferentemente do evento anterior, foram observados alguns reajustes negativos. A categoria dos queijos apresentou uma variação na ordem de -7,6%, sendo negociada na média de US$ 4.143/tonelada.

O leite em pó integral foi negociado na média de US$ 3.388/tonelada, apresentando um recuo de 1,8% quando comparado ao valor negociado no evento anterior.

Em contrapartida, o leite em pó desnatado seguiu apresentando alta, chegando ao valor médio de US$ 2.788/tonelada, o maior patamar dos últimos 11 meses e 1,3% acima do evento anterior.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 20/02/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Quanto ao volume negociado no evento, no quarto leilão de 2024 o movimento de queda se manteve, chegando a um total de 24.306 toneladas negociadas, uma queda de cerca de 9,9% em relação ao evento anterior, sendo este o menor patamar desde junho do ano passado para as negociações, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre o mercado futuro do leite em pó integral o cenário sofreu uma leve alteração, segundo os ajustes da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, como pode ser observado no gráfico 3 abaixo.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

No cenário global de lácteos, este último leilão de fevereiro da Global Dairy Trade apresentou, majoritariamente, variações positivas nos preços, refletindo a menor oferta global de lácteos para o ano de 2024. Quando comparados os dois volumes negociados nesse mês, o valor chegou a cair aproximadamente 10%.  Esse cenário é o reflexo da baixa rentabilidade na produção de leite no ano passado. Além disso, somam-se os desafios de produção enfrentados pelos principais países exportadores de lácteos.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

No entanto, diante do contexto de redução da oferta internacional de lácteos, o aumento dos preços do GDT pode influenciar na manutenção do movimento de altas para os preços do Mercosul. Assim, as importações tendem a sair mais caras para o Brasil. Porém, uma vez que as projeções do mercado apontam para alta nos preços brasileiros nos próximos meses, pode ser mantida a competitividade do produto internacional.

As informações são do Milkpoint


Você sabe a diferença entre creme de leite e manteiga?

O creme de leite é o produto obtido pelo processo de desnate do leite, podendo ser comercializado como produto lácteo ou ser utilizado como matéria prima para obtenção de outros derivados lácteos, como a manteiga, por exemplo.

De acordo com seu regulamento Técnico de Identidade e Qualidade, presente no Anexo IV, da Portaria 146 de 1996 do Ministério da Agricultura, o creme de leite é o produto lácteo relativamente rico em gordura retirada do leite por procedimento tecnologicamente adequado, que apresenta a forma de uma emulsão de gordura em água.

De acordo com sua RTIQ, a classificação dos diferentes tipos de creme de leite pode ser baseada no teor de gordura e no tratamento térmico (UHT ou pasteurização) ao qual o produto foi submetido. De acordo com o teor de gordura, o produto é classificado como: Creme de baixo teor de gordura ou creme leve (entre 10 a 19,9 g de gordura por 100 g de creme), como Creme (entre 20 e 49,9 g por 100 g de creme) e como Creme de alto teor de gordura (>50 g de gordura por 100 g de creme). Ainda de acordo com a RTIQ, em relação a sua denominação de venda, o creme de leite poderá ser chamado de duplo creme ou de creme para bater, quando tiver, respectivamente, 40 % m/m e 35 % m/m de gordura.

A produção do creme de leite compreende as seguintes etapas:

Separação - onde o creme é separado do leite por meio da centrifugação;
Padronização - onde o teor de gordura é reajustado afim de classificar o produto de acordo com seu teor de gordura;
Tratamento térmico - podendo ser aplicado os processos de pasteurização e ultra alta temperatura (UAT), visando inativar microrganismos e aumentar seu shelf life;
Homogeneização - processo que visa a redução do tamanho dos glóbulos de gordura, evitando assim, a separação de fases do produto, principalmente do creme de leite submetido pelo processo UAT.
Vale ressaltar, que para produção de chantili e de manteiga, deve-se utilizar o creme pasteurizado não homogeneizado, uma vez que a homogeneização reduz o tamanho dos glóbulos, dificultando a formação de espuma do chantilly e o rendimento da manteiga.

A manteiga constitui um dos derivados lácteos mais consumidos no país. De acordo com a Portaria 14 de 1996 do MAPA, a manteiga é o produto gorduroso obtido exclusivamente pela bateção e malaxagem, com ou sem modificação biológica do creme pasteurizado derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura láctea.

Ainda de acordo com a Portaria, a manteiga pode ser classificada como:

Manteiga Extra: é a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da classificação por avaliação sensorial, segundo Norma FIL. 99A 1987;
Manteiga de Primeira Qualidade: é a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da classificação por avaliação sensorial segundo Norma FIL. 99A 1987. Além disso, o produto pode apresentar como denominação de venda: “Manteiga” ou “Manteiga sem sal”; “Manteiga salgada” ou “Manteiga com sal”; “Manteiga maturada” (adição de fermentos láticos).
Em relação ao teor de gordura da manteiga, a RTIQ estabelece teor mínimo de 82 % m/m de gordura, sendo que, para manteiga salgada a percentagem de matéria gorda não poderá ser inferior a 80 % m/m. Outro ponto relevante é que o regulamento permite no máximo 2g por 100g de sal para produção de manteiga salgada.

Em resumo, a produção de manteiga envolve diferentes etapas, como:

Maturação (opcional) - ocorre através da adição do fermento lácteo, permitindo assim a maturação da manteiga em condições controladas (em torno de 15°C por 15 horas);
Batedura - realizado em batedeiras ou mantegueiras, como objetivo de separar os grãos de manteiga e o leitelho;
Malaxagem - com objetivo de pulverizar a parte aquosa que ainda está presente nos grãos, evitando assim, a oxidação da manteiga.

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Agradecimentos a CAPES, CNPq, FINEP, FAPEG e IF Goiano pelo apoio a realização da pesquisa.

Autores
Leandro Pereira Cappato
Kamilla Rezende de Pinheiro Santos
Marco Antônio Pereira da Silva

Referências
BRASIL. Mistério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria Nº 146. Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos em anexo. Brasília, DF: 7 DE MARÇO DE 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 1996

AR – Aumentou o número de vacas em 2023, embora o rebanho tenha caído 35% em relação ao recorde de 2006/07

Produção/AR – O rebanho leiteiro da Argentina cresceu levemente no ano passado, revertendo a tendência negativa dos últimos três anos.

O documento divulgado pela consultoria Mi Lechería relata a evolução do rebanho leiteiro dos últimos anos e a importância do manejo nas fazendas leiteiras na sustentação da atividade.

No ano passado foram contabilizadas, segundo o documento, 1.588.902 vacas nas fazendas da Argentina, o que representou incremento de 4% em relação a 2022. Este dado se opõe à versão alarmante, que em meio da crise de rentabilidade da produção de leite, dava conta de que houve a liquidação de muitos rebanhos leiteiros.

O recorde de animais em produção das últimas décadas ocorreu em 2006 e 2007, quando foram contabilizadas 2.150.000 cabeças, ou seja 35% a mais de vacas em ordenha do que existe atualmente.

Apesar da queda, o nível da produção nacional se mantém e até registrou um leve aumento em relação àqueles anos, graças à maior produtividade animal. De qualquer forma, esta produtividade tem limites biológicos, sendo, portanto, fundamental aumentar o número de animais em ordenha.

Segundo os engenheiros agrônomos Francisco Candioti e Javier Baudracco, integrante da Mi Lechería e docentes da Faculdade de Agronomia de Esperanza, “qualquer empresa de produção leiteira deve ter como um dos objetivos centrais, manter um crescimento genuíno e sustentável do rebanho no tempo (crescer todos os anos) e conseguir a cada ano a maior taxa de crescimento possível”.

Disseram que o crescimento do rebanho tem diferentes leituras. “Existe um crescimento vertical no qual as novilhas ficam na mesma propriedade com aumento da carga animal, permitindo a otimização de recursos e a diluição de alguns custos, até o limite que se considere conveniente. E existe outro horizontal, que vem depois de esgotado o crescimento vertical, e as novilhas excedentes são enviadas para outras fazendas que irão replicar o modelo de sucesso do primeiro”.  

Os especialistas recomendaram “vender novilhas excedentes quando, eventualmente, for alcançado o crescimento horizontal ótimo, agregando mais renda através da venda de carne procedente de fazendas leiteiras”.

O aumento da quantidade de vacas e novilhas nas fazendas deve ter estrita relação com o processo de concentração em unidades produtivas maiores e mais eficientes.

Esse mesmo processo de concentração e melhora da produtividade animal foi o que permitiu sustentar a quantidade de leite produzida na Argentina, em torno de 11 bilhões de litros anuais, conforme mantido nas últimas décadas.

“A produção anual de leite por vaca cresceu e compensou, em termos físicos, estes anos de queda no número de vacas”, explicou Candioti e Baudracco.

“O crescimento do rebanho leiteiro nacional é realizado em cada estabelecimento. É um desafio para toda a leiteria argentina”, consideraram. “Para que o rebanho leiteiro nacional aumente, o número de vacas deve crescer anualmente nas fazendas leiteiras, em percentual suficiente para compensar (ou ainda reverter) o desaparecimento paulatino das fazendas leiteiras, fenômeno que, assim como na Argentina, vem ocorrendo em outros países com sistemas de produção de leite mais desenvolvidos”, acrescentaram.   

Fonte: Bichos de Campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

Piracanjuba anuncia sua nova marca corporativa, o Grupo Piracanjuba
Com o propósito “Cuidado que alimenta a vida”, o Grupo Piracanjuba chega para consolidar a estratégia de governança da empresa, que em movimentações recentes tornou-se uma S.A., constituindo uma presidência e efetivando seu Conselho Consultivo, além de criar uma política de investimentos contínuos na formação de pessoas. O Grupo Piracanjuba, agora, reúne as marcas Piracanjuba, LeitBom e as licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), abrangendo as áreas de lácteos, bebidas vegetais, agricultura e formação técnica de produtores de leite. “Desde 1955, conquistamos o respeito de todos fazendo sempre o melhor para as pessoas, para os nossos parceiros e para o planeta, porque simplesmente somos apaixonados por fazer isso. Temos o privilégio de colocar na mesa de tantas famílias os melhores alimentos”, conta Luiz Cláudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba. “Tudo isso levando em consideração que somos uma empresa genuinamente brasileira, que gera milhares de empregos e renda, e que prioriza entregar a máxima qualidade”, ressalta. A expectativa é que o Grupo Piracanjuba possa alcançar segmentos para além dos lácteos, ampliando a conexão com o consumidor e permitindo o desenvolvimento em outras categorias, marcas e negócios. “As mudanças foram devidamente planejadas, já que não abrimos mão da história e da conexão com os parceiros que construímos até aqui. Analisamos oportunidades do mercado, necessidades do consumidor e estamos abertos à novas aquisições e parcerias estratégicas que façam sentido para o Grupo Piracanjuba”, completa o presidente. O projeto de branding é assinado pela FutureBrand São Paulo, consultoria global de branding e experiência de marca. “Levamos o DNA familiar e o calor brasileiro, que fazem parte da essência da marca Piracanjuba, para o novo grupo. Com isso, fortalecemos as raízes ao passo em que miramos o amanhã, com oportunidades de crescimento e inovação”, analisa Ewerton Mokarzel, CEO e sócio da FutureBrand São Paulo. (As informações são do Grupo Piracanjuba)


 
 

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Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.087


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS


Liminar dá 2 meses para indústria adequar rótulos de alimentos

Anvisa havia prorrogado o prazo até outubro de 2024; Justiça Federal de SP determinou colocação de adesivos em rótulos embalagens antigas

São Paulo — Empresas fabricantes de alimentos têm 60 dias para incluir nos rótulos de embalagens de alimentos e bebidas o selo da lupa indicando altas quantidades de sódio, açúcar adicionado e gordura saturada. A decisão liminar é da Justiça Federal de São Paulo e atende a uma ação civil pública apresentada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com a determinação judicial, a Anvisa não pode adotar novas medidas que, direta ou indiretamente, autorizem o descumprimento de prazos. A prorrogação havia sido determinada no último dia do prazo para adequação dos rótulos, em 9 de outubro de 2023,

Além disso, a decisão impede que as empresas fabricantes de alimentos processados e produtos ultraprocessados usem a autorização de esgotamento de embalagens e rótulos antigos e, assim, passem a utilizar adesivos para adequar os rótulos com o selo da lupa e a tabela nutricional.

A decisão do juiz Marcelo Guerra Martins, da 13ª Vara Cível Federal de São Paulo, considera que “é preciso resistir ao lobby de agentes econômicos que tentam compensar a própria incapacidade por meio de um protecionismo estatal que prejudica a coletividade, seja em relação aos consumidores, seja em termos de retardar a prevalência, na economia, das empresas dotadas de maior agilidade, eficiência, produtividade e capacidade de adaptação.”

Para o advogado Leonardo Pillon, do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, a decisão liminar é uma resposta positiva para evitar influência política em decisões regulatórias.

Pillon também afirmou que a decisão de publicar a lupa no rótulo dos alimentos permite aos consumidores sobre o direito de realizar escolhas mais bem informadas sobre possíveis efeitos nocivos à saúde decorrentes do consumo de produtos ultraprocessados.

A Anvisa informou ao Metrópoles que ainda não foi intimada sobre a decisão judicial. Por isso, não pode se manifestar sobre o processo sem conhecer o conteúdo

O Metrópoles procurou a assessoria de imprensa da Anvisa para comentar a declaração e a decisão judicial. O espaço segue aberto.

Lupa nos rótulos
Em 2020, aprovação de uma resolução da Anvisa determinou o prazo de 3 anos para a adequação da indústria alimentícia às novas regras de rotulagem, com a inclusão do selo de uma lupa e da nova tabela de informação nutricional.

A maioria dos alimentos e bebidas processados e ultraprocessados devem apresentar o selo da lupa na parte da frente, com o aviso “alto em” açúcar adicionado, gordura saturada e/ou sódio.

Os produtos devem apresentar também a nova tabela nutricional, incluindo a informação de nutrientes por 100 ml ou 100 gr, para que a comparação entre produtos seja mais fácil para o consumidor.

Prorrogação do prazo
A regra já estaria valendo para a maioria dos produtos alimentícios; apenas pequenos produtores e bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis teriam mais tempo.

Porém, no fim do prazo de adequação, em outubro do ano passado, a Anvisa emitiu uma nova resolução permitindo que as indústrias esgotassem o estoque de rótulos e embalagens ainda não atualizadas às novas regras, até outubro deste ano.

As informações são do Metrópoles.

 

Justiça impede tributação de benefício fiscal

Em Minas Gerais, o juiz federal Flavio Bittencourt de Souza entende que a nova legislação criou “severas condicionantes”

A Justiça Federal de Minas Gerais afastou a tributação de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL sobre benefícios fiscais de ICMS. A liminar, umas das primeiras concedidas no Estado, é do juiz federal Flavio Bittencourt de Souza, da 1ª Vara Federal com Juizado Especial Federal (JEF) Adjunto de Sete Lagoas, em favor de uma fabricante de tecidos.

A companhia, beneficiária de crédito presumido de ICMS, alega no pedido que o tributo estadual não deve compor a base de cálculo dos impostos federais por ofensa ao pacto federativo, direito resguardado pela Constituição Federal e o Código Tributário Nacional (CTN). O valor da causa é de R$ 2 milhões.

A tributação passou a ser obrigatória para todos os tipos de incentivos com a Medida Provisória (MP) nº 1.185/2023, editada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e convertida na Lei nº 14.789/2023. Ela revogou o artigo 30 da Lei nº 12.973/2014, que instituía requisitos para as empresas não terem os benefícios tributados, como constituir uma reserva de lucros.

Segundo tributaristas, no caso do crédito presumido, a jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) é pela não tributação. Em dois julgamentos (REsp 1.517.492 e Tema 1182), os ministros entenderam que as empresas que têm crédito presumido não precisam seguir os requisitos do artigo 30 da legislação anterior. Essa benesse, no entanto, não se aplica a outros tipos de benefícios fiscais - para estes, é preciso seguir os requisitos.

Desde janeiro, com revogação do dispositivo, o governo federal igualou os tipos de benefícios e passou a tributar todos eles. Advogados defendem, porém, que os julgados do STJ são forte precedente para afastar a tributação do crédito presumido, mesmo com a nova legislação. Várias liminares têm sido concedidas para empresas não terem os benefícios de ICMS tributados pela União.

Em Minas Gerais, o juiz federal Flavio Bittencourt de Souza entende que a nova legislação do Ministério da Fazenda criou “severas condicionantes para a apropriação limitada de crédito de IRPJ” e impacta “sobremaneira o equilíbrio financeiro da empresa e colocando em risco o próprio escopo do incentivo estadual”.

“Se o fundamento em baila nos coloca no campo da não incidência tributária, carece razão à Fazenda Nacional ao instituir crédito ou qualquer outra desoneração de IRPJ e CSLL sobre os créditos presumidos de ICMS, eis que não havendo competência tributária, limitada que foi pelo pacto federativo, não há tributo e sem tributo não há favor fiscal”, diz (processo nº 6000273-38.2024.4.06.3812).

A empresa entrou com a ação dias após a publicação da Lei 14.789/2023, afirma a advogada Maysa Pittondo Deligne, sócia do escritório CPMG Advocacia, que atua no caso. Segundo ela, a empresa seguia as orientações o artigo 30 da lei anterior, que foi revogado. “Comprovamos que a mitigação do benefício fiscal poderia prejudicar o equilíbrio financeiro da empresa, com mais de 50% do crédito sendo tributado pela União”, diz.

A tributarista, que foi conselheira do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), alega que a nova lei além de tributar, restringe o aproveitamento do crédito.

“Não tivemos mais a possibilidade de dedução da base de cálculo de IRPJ e CSLL e o valor do crédito ficou limitado, de acordo com a forma do cálculo da lei e do procedimento de habilitação prévia junto à Receita Federal.”

Ela ainda ingressou, para a mesma empresa, com outro mandado de segurança para discutir a suspensão do PIS e da Cofins, por “estratégia processual”, já que o tema será julgado em repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a Procuradoria-Geral Fazenda Nacional (PGFN) afirma que vai recorrer da decisão. Para o órgão, a nova regra “não padece de qualquer vício de inconstitucionalidade e decorre de uma reformulação da política fiscal federal para atender a preceitos constitucionais, financeiros e orçamentários, reforçando a transparência e responsabilidade fiscal na concessão de benefício fiscal, sem erodir a base fiscal e as receitas tributárias repartidas entre União, Estados e municípios”.

De acordo com o advogado Marcos Ortiz, sócio do Madrona Fialho Advogados, o crédito presumido é diferente dos outros tipos de benefícios porque consiste em uma “renúncia definitiva” do Estado em arrecadar o imposto. Nos outros tipos de benefício, como diferimento, redução de alíquota ou base de cálculo, a desoneração é compensada na etapa seguinte da cadeia. Por isso, tributar o crédito presumido seria ferir o pacto federativo. “A União toma para si uma parte da receita da qual o Estado abriu mão para impulsionar a economia e a geração de empregos”, diz.

Na visão da advogada Bruna Marrara, sócia do Machado Meyer, a essência dos julgados do STJ não é afetada pela nova lei. “Os argumentos que fundamentam a decisão do STJ, principalmente em relação ao crédito presumido, são de ordem constitucional que não foram alterados por essa nova legislação. Continuam válidos. Por isso os tribunais têm dado liminares contra a Lei nº 14.789", afirma. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

La Niña em 2024: tudo o que sabemos sobre a chegada do fenômeno
Com o El Niño cada vez mais fraco, as condições climáticas indicam que o tempo caminha para uma situação de neutralidade no Pacífico, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o principal órgão de monitoramento dos fenômenos, que é ligado ao governo dos Estados Unidos. A possibilidade de a transição de El Niño para neutralidade acontecer entre abril e junho de 2024 é de 79%, informa o boletim mais atualizado da NOAA. Em paralelo, há 55% de chance do La Niña se estabelecer entre junho e agosto deste ano. O fenômeno La Niña se caracteriza pela queda de mais de 0,5°C na temperatura da porção equatorial do Oceano Pacífico. Quando o fenômeno está ativo, o volume de chuvas costuma diminuir no Sul do Brasil - causando estiagem em muitos casos - e aumentar nas regiões Norte e Nordeste do país. No Sudeste e no Centro-Oeste, não há uma correlação tão clara, mas aumentam as chances de ocorrência de períodos frios e chuvosos. Caso o fenômeno se confirme, a primeira coisa que o La Niña pode causar é o atraso no início do período úmido na região central do Brasil, afirma Desirée Brandt, meteorologista da Nottus. Porém, diferentemente do El Niño, quando essa chuva chegar, ela deve cobrir uma área maior, e não apenas pontual, com chuvas fortes apenas em pontos específicos. As invernadas no centro do Brasil também ganham força. Isso significa dias consecutivos de chuva persistente, abrangente e volumosa, além de haver pouca incidência de luz solar, o que pode prejudicar as plantas que precisam de luminosidade. Esse quadro favorece o surgimento de doenças fúngicas e atrapalha os trabalhos de campo e a logística da safra nas estradas. A região Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, pode sofrer com a volta das secas. No entanto, o momento não é para alarmismo, afirma Willians Bini, chefe de comunicação da Climatempo. Os especialistas destacam que os efeitos do La Niña nunca são percebidos com muita força no primeiro ano de ocorrência do fenômeno. “Mesmo que o La Niña seja de forte intensidade, os efeitos não são instantâneos. Isso porque a atmosfera tem um 'delay' a partir do momento em que o fenômeno se estabelece”, explica Brandt, da Nottus. O último La Niña ficou ativo entre 2020 e 2023. Em alguns meses de 2021, ele atingiu categoria de nível moderado e causou secas históricas em lavouras de milho e soja no Sul do país. Segundo especialistas, o quadro pode se repetir caso o fenômeno se mantenha até 2025. As perspectivas são melhores também na região Norte, que em 2023 enfrentou uma seca histórica e sem seu período de cheia. Segundo Desirée, o verão vai se encerrar com os níveis dos rios ainda baixos, mas a tendência é que a normalidade das chuvas volte à região com o fim do El Niño. As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.