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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.695


Futuro aponta para alianças entre cooperativas
 
Ao contrário de muitos modelos de negócios que não conseguiram sobreviver ao turbilhão de mudanças desencadeadas pelo coronavírus, as cooperativas agropecuárias gaúchas saíram fortalecidas da pandemia. Representado por 121 organizações registradas no Rio Grande do Sul, o segmento emplacou uma receita de R$ 51 bilhões no ano passado, em um salto de 45,9% em relação ao faturamento alcançado em 2020, de acordo com dados do Sistema Ocergs/Sescoop/RS, divulgados no dia 28 de junho. Neste ano, apesar da valorização dos produtos agrícolas, a disparada dos custos operacionais expôs o sistema a um novo teste de resistência.
 
No topo da lista de preocupações dos cooperados, estão os aumentos de preços de combustíveis e fertilizantes, afirma o presidente da Ocergs, Darci Hartmann. A solidez do segmento também foi colocada à prova pelos impactos da estiagem nas culturas de verão, que em algumas regiões do Estado significaram perdas de 80%, obrigando os produtores a renegociar dívidas e a buscar fontes de recursos para financiar a lavoura de inverno. “A resiliência das cooperativas é muito grande. Se tivermos uma boa safra de trigo e depois uma boa safra de soja, conseguimos resolver parte desses desafios”, avalia Hartmann.
 
Segundo o presidente da Ocergs, muitas organizações do setor reagiram ao cenário adverso dos dois últimos anos estabelecendo alianças regionais, tendência que deve se acentuar nos próximos anos. “Para crescer, temos de fazer negócios em conjunto, reduzir custos operacionais, ganhar escala e, acima de tudo, enxergar oportunidades que, muitas vezes, uma cooperativa sozinha não enxerga”, diz Hartmann.
 
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro-RS), Paulo Pires, destaca o papel decisivo da industrialização no fortalecimento das organizações. Hoje, 60 das cooperativas no Estado desenvolvem alguma atividade agroindustrial como forma de agregar valor à produção dos cooperados – de fábricas de farinha, rações animais e fertilizantes a grandes unidades de laticínios e plantas frigoríficas. “No caso do leite, industrializamos praticamente tudo o que recebemos dos produtores. Já nos grãos, vemos movimentos para agregar valor”, afirma Pires.
 
Para o dirigente, a aposta na industrialização deve ganhar ainda mais força no Estado. Esse caminho, porém, pode se revelar mais complexo para as pequenas organizações do segmento, que necessitam de ganhos de escala para diluir os custos de uma operação industrial e se manter competitivas. “Então, é quase um processo excludente: ou a pequena cooperativa se alia a uma maior ou fica fora desse processo”, observa Pires.
 
Um dos pesos-pesados do cooperativismo no país, com 30 organizações reunidas sob sua marca, mais de 170 mil produtores associados e receita de R$ 34,7 bilhões em 2021, a gaúcha CCGL é um exemplo claro dessa vocação industrial do setor. Na sequência de um projeto para duplicar sua capacidade de processamento de leite, hoje de 2,2 milhões de litros diários, a organização de Cruz Alta concluiu neste ano a construção de uma unidade de leite condensado, que recebeu investimentos de cerca de R$ 70 milhões. Agora, planeja fortalecer o portfólio de produtos, segundo o presidente da cooperativa, Caio Vianna.

“Deixamos a planta de laticínios preparada para os próximos cinco anos, talvez não precisemos fazer nenhuma ampliação”, diz. A busca de sustentabilidade é outro foco da cooperativa, que está montando uma usina de energia solar com capacidade de 3,4 MW. “Serão cerca 7 hectares de painéis fotovoltaicos, e pretendemos até o final do ano estar com isso instalado para (suprir) quase toda a nossa necessidade de energia”, detalha o executivo. Os planos incluem ainda ampliação dos terminais graneleiros Termasa e Tergrasa, operados pela CCGL no Porto de Rio Grande e responsáveis pela movimentação de 10 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021. No projeto, a organização planeja investir mais de R$ 700 milhões em recursos próprios. “As áreas de soja estão aumentando muito na Metade Sul. Precisamos ter saída e capacidade de expedição das safras agrícolas”, afirma Vianna. (Correio do Povo)

  
De Cruz Alta, a CCGL, que reúne 30 cooperativas, é um exemplo do potencial industrial do setor, tendo atingido mais de R$ 34,7 bilhões em receita no ano de 2021 e operando atualmente uma capacidade de processamento de leite de 2,2 milhões de litros por dia (Foto: MARKETING CCGL/DIVULGAÇÃO)


Regulamentação ambiental do Farm to Fork paralisa a produção de leite da UE

O USDA acredita que a regulamentação ambiental na Europa significa que o 'pico' de produção de leite foi alcançado no bloco em 2020. Ele previu a produção de leite de vaca da UE-27 de 144,6 milhões de toneladas até 2022, uma diminuição de 434.000 toneladas. em comparação com 2021 e 836.000 toneladas. abaixo de 2020. O número de vacas na UE-27 diminuiu mais de 1,4 milhão de cabeças desde 2016, incluindo uma perda de 800.000 cabeças desde 2019 , revelaram dados do USDA. "Aumentos contínuos ano após ano na produtividade (litros/vaca) não podem compensar essa perda de vacas leiteiras . "
 
A introdução de iniciativas Farm to Fork e mudanças na Política Agrícola Comum provavelmente agravarão a situação em 2023 e além , previu o relatório executivo.
 
“Os especialistas da indústria de laticínios da UE esperam que a produção de leite da UE diminua ainda mais em 2023 e além, quando a nova PAC e as condições do Farm to Fork exigirem que os produtores de leite da UE ajustem seus sistemas de produção.
 
“Do ponto de vista político, com o impacto do Brexit e do COVID-19 nos mercados de laticínios europeus agora atrás de nós, a implementação das novas iniciativas CAP e F2F em 2023 dominará as preocupações dos setores de laticínios da UE. O fortalecimento das políticas ambientais e de mitigação climática da UE apenas aprofundará essas preocupações ”.
 
Mas nem tudo são más notícias para os produtores de leite. Fora do leite de vaca, o USDA notou um aumento na produção, com “valorização do consumidor” por produtos lácteos derivados de cabras e ovelhas, principalmente queijos , apoiando a expansão.
 
Enquanto a produção de leite de vaca está sentindo a pressão das altas proteções ambientais, a produção de queijo deve aumentar este ano devido ao aumento do consumo . “A produção de queijo é o uso preferido das fábricas de laticínios da UE-27, e espera-se que essa tendência continue à medida que várias novas fábricas de queijo surgiram nos últimos anos. Principalmente para produzir mussarela industrial para a indústria de processamento de alimentos . O consumo de queijo na UE continua a aumentar ano a ano e deve continuar até 2022, mas a um ritmo mais lento devido ao aumento dos preços.
 
Os produtores da UE beneficiam do grande apetite do consumidor por queijos locais e protegidos pelo regime de Indicadores Geográficos (IG) . Isso “está ficando mais forte”, com “retornos mais altos para processadores e produtores locais”.
 
No entanto, com suprimentos limitados de leite cru, o USDA disse que "isso ocorre às custas da produção de manteiga, leite em pó desnatado (NFD) e leite em pó seco integral (WDP) " . Isto, prosseguiu o órgão do governo norte-americano, traduz-se numa diminuição das exportações e do consumo interno de manteiga, LPD e LPE, e num aumento dos preços no mercado da UE.
 
“Como os especialistas em laticínios antecipam uma nova onda de produtores de leite potencialmente saindo do setor, os principais players do setor já estão adaptando seus planos e estratégias corporativas à medida que se ajustam a essas novas realidades políticas da UE. Os suprimentos de leite disponíveis são redirecionados para seus interesses mais lucrativos e estratégicos no mercado doméstico e de exportação .” (Traduzido pela OCLA do boletim Dairy Reporter por Katy Askew)
 
 
União Europeia – Acordo da Nova Zelândia
 
Ontem, último dia da Presidência francesa, o acordo comercial entre a UE e a Nova Zelândia foi alcançado após 4 anos de negociações. Segundo estimativas da Comissão Europeia, com este acordo, o comércio bilateral poderá crescer até 30% com um potencial aumento nas exportações anuais da UE de até 4.500 milhões de euros.
 
Embora a CE o apresente como uma grande oportunidade para o setor agroalimentar, a COPA-COGECA (representação de agricultores e cooperativas da União Europeia), considera que este é o grande perdedor do acordo:
 
A CE destaca como uma conquista que as tarifas serão removidas desde o primeiro dia sobre as principais exportações da UE, como carne de porco, vinho e espumante, chocolate, doces e biscoitos. Para a COPA-COGECA, suínos e vinhos da UE já estão entrando no mercado neozelandês e não acreditam que haja muito espaço para crescimento.
 
Quanto aos produtos sensíveis , como diversos produtos lácteos , carne bovina e ovina, etanol e milho doce, a CE defende que apenas importações tarifárias zero ou reduzidas serão permitidas em quantidades limitadas . Para a COPA-COGECA, o acordo significa aumentar as cotas tarifárias já existentes para produtos sensíveis .
 
A Nova Zelândia já tem acesso ao mercado comunitário por 75.000 toneladas. de banha e 11.000 toneladas. de queijo, que aumenta com o acordo em 15.000 toneladas. de banha, 25.000 toneladas. de queijo, 15.000 toneladas. de leite em pó, o que aumentará substancialmente a pressão do mercado. 

Em azul, a cota tarifária existente e em vermelho, a cota adicional acordada no acordo. (Extraído e traduzido pela OCLA da Agrodigital)


Jogo Rápido 

Falta 1 mês para o Interleite Brasil 2022, junte-se aos 1000 inscritos!
 É isso mesmo que você leu, o tempo passou voando e falta apenas 1 mês para a volta do melhor e mais completo evento da cadeia láctea nacional, o Interleite Brasil! Com os apoios do Sistema Faeg/Senar - GO e do Sebrae-GO, nos dias 03 e 04 de agosto, em Goiânia, e também online, pela primeira vez em formato híbrido, o Interleite Brasil chega a sua 20ª edição para fazer deste momento um marco na história do leite brasileiro! O Interleite Brasil 2022 contará com uma grade de palestrantes formada por técnicos, produtores e especialistas, distribuídos em 5 painéis temáticos, totalizando 23 palestras e 14 horas de conteúdo. Serão abordados temas envolvendo sistemas de produção e rentabilidade; índices de eficiência econômica e produtividade; mercado do leite; gestão de pessoas e processos; tecnologia, agenda ambiental e das mudanças estruturais na produção de leite do país. Qual o retrato atual e o que esperar do futuro? Quais as oportunidades no mercado para quem quer se preparar? Se você pensou em ser um agente de transformação do leite brasileiro e fazer parte do futuro, o Interleite Brasil 2022 é o seu lugar! Confira a programação e faça sua inscrição, só falta um mês! Junte-se aos 1000 inscritos no Interleite Brasil 2022! Vamos juntos? Associados do Sindilat/RS têm 20% de desconto. (Milkpoint)

 
 
 

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Porto Alegre, 01 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.694


Festiqueijo celebra em julho o produto que está inserido no DNA de Carlos Barbosa

Evento chega à 31ª edição e ocorre nas sextas, sábados e domingos no Salão Paroquial da Igreja Matriz

A produção caseira dos imigrantes italianos, alemães, suíços e poloneses que chegaram a Carlos Barbosa no século passado transformou, ao longo dos anos, o município da Serra Gaúcha em sinônimo de leite e queijos da melhor qualidade. Movida atualmente por cinco mil associados que fornecem os cerca de 800 mil litros de leite processados por dia pela Santa Clara, a cooperativa de laticínios mais antiga em atividade no Brasil, foi determinante para fazer da cidade uma referência na produção dos derivados.

Não é à toa que desde 1975, incentivada pelos cooperados, Carlos Barbosa celebra sua expertise e evolução no manejo da matéria-prima que está enraizada nas origens de suas famílias. Criada a partir da Festa do Leite, o Festiqueijo chega à 31ª edição nesta sexta-feira (1º) com a expectativa de receber 30 mil visitantes e apresentar o que de melhor as 10 queijarias do município podem oferecer. Para acompanhar as iguarias, nove vinícolas da região também estarão dispostas no Salão Paroquial da Igreja Matriz, no centro da cidade.

— É um evento diferenciado, o consumidor tem a oportunidade de provar toda a nossa linha de produtos e as queijarias podem ter um canal direto com o consumidor final — resume o empresário Daniel Cichelero, 44 anos, que não esconde o fato do sucesso da Cooperativa Santa Clara ter sido o despertar da verdadeira vocação das propriedades que, décadas atrás, se dedicavam ao cultivo da batata.

Nascido na Linha Doze, no interior de Carlos Barbosa, Cichelero cresceu ordenhando vacas manualmente ao raiar do dia e vendo seus pais venderem a pequena produção de leite para financiar o cultivo do tubérculo. Foi com a receita da família que fabricava queijos coloniais para consumo próprio que investiu aos poucos no produto que ganhou o seu sobrenome e hoje figura nas prateleiras das principais queijarias da Serra.

— Intensificamos a produção de leite no início dos anos 2000. Começamos com iogurte, doce de leite e queijo, que veio a se tornar o grande motivador dos investimentos. Fomos aumentando a produção de leite para fazer mais queijo e assim nos tornamos o que somos hoje — afirmou. 

Deu certo. O negócio administrado junto do irmão Evandro Cichelero, 50, conta atualmente com um rebanho de 366 animais, 150 deles em lactação. A produção que iniciou com 200 litros de leite por dia evoluiu para os atuais 5,5 mil litros em uma cadeia produtiva 100% própria, que utiliza até o azevém, plantado na propriedade, como alimento das vacas holandesas.

A trajetória da família Cichelero é somente mais contemporânea do que aquela que iniciou em 1912, pelos devotos de Santa Clara e que hoje emprega 2,2 mil funcionários em três unidades espalhadas pelo Estado. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, a história começou em uma forma de queijo de 15,6 quilos e, 110 anos depois, se transformou em 47 produtos apresentados em mais de uma centena de variedades. História que motiva orgulho e não entende como concorrentes as queijarias que elevam a economia de Carlos Barbosa. 

— Concorrente é aquele que não pratica de forma correta. Agora, aquela indústria que faz um produto e respeita a legislação não é concorrente, é um parceiro que sabe valorizar o que produz — define Guerra, que vê no Festiqueijo a oportunidade de fortalecer os lançamentos do setor. 

Por 17 vezes a marca mais lembrada pelos gaúchos, a Santa Clara produz 600 toneladas de queijo por mês e leva ao evento todas as linhas de queijos para a degustação. Em 2022, destaque para a mussarela e burrata de bufála, queijo coalho com pimenta, queijo brie aquecido em pedra e iscas suínas temperadas com queijo gruyère que estarão a disposição dos visitantes.

Inovação
Quando a história mostra que a coragem de aumentar a produção premia o trabalho, as indústrias não dão passos para trás e seguem em busca de melhoramento. Seja na genética e no bem-estar dos animais, na produção do alimento ou na captação de novos mercados, o setor de laticínios não para em Carlos Barbosa. Na propriedade da família Cichelero, três vacas ostentam os prêmios de maior produtividade no concurso leiteiro da Expointer, e no concurso jovem da Fenasul.

O tratamento dado não só a elas, mas também aos cerca de 15 bezerros que nascem mensalmente na propriedade, e às 150 vacas lactantes é de última geração. A Granja Cichelero foi a primeira da América Latina a ter associados o sistema de ordenha robótica com sistema de ventilação cruzada, que mantém os animais em uma temperatura sempre abaixo de 18ºC.  

Instaladas uma em cada lado do galpão e avaliadas em R$ 800 mil, as máquinas importadas da Suécia estão à disposição das vacas e realizam a ordenha de forma automática, sem que nenhuma pessoa precise levar os animais até lá. Com 183 sensores, o robô calcula a quantidade de leite a ser retirada, higieniza os úberes e realiza a ordenha. 

— É o que há de mais moderno no setor. O que temos aqui é o mesmo que se vê em países da Europa conhecidos pelos queijos famosos — se orgulha Cichelero.  

Serviço 
O quê: 31º Festiqueijo
Quando: de 1º a 31 de julho, somente de sexta a domingo
Local: Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa
Horários: ssextas-feiras, das 14h às 23h; sábados, das 11h às 23h e domingos, das 10h às 17h

Ingressos: sextas-feiras e sábados, crianças de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 195. Aos domingos, de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 175. Crianças com menos de 8 anos têm entrada gratuita. Área Vip custa R$ 380 por pessoa em qualquer dia de evento. (Zero Hora)


Receita Estadual alerta para as alterações decorrentes da exclusão da Substituição Tributária a partir desta sexta (1º/7)

Medida implementada pela Receita Estadual atendeu demanda de diversos setores econômicos gaúchos

Conforme anunciado, atendendo a demanda dos setores econômicos e baseado em estudos econômico-tributários, a Receita Estadual está excluindo da Substituição Tributária (ST) as operações envolvendo oito grupos de mercadorias. A medida constou no Decreto Nº 56.541, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 9 de junho, e é válida a partir desta sexta-feira, 1º de julho de 2022.

Em função da alteração, a Receita Estadual destaca a importância de as empresas estarem atentas às alterações decorrentes da mudança. Para tanto, é fundamental que os contribuintes abrangidos adaptem os respectivos cadastros das mercadorias que a partir de 1º de julho de 2022 não serão mais submetidas à sistemática da ST, bem como seus sistemas de autorização de Nota Fiscal e de Escrituração Fiscal.

Sobre os impactos na NF-e/NFC-e e na GIA
As mercadorias abrangidas, a partir de 1º de julho de 2022, passam ser submetidas à sistemática tradicional de tributação (“débito x crédito” para o contribuinte da categoria Geral ou débito pela sistemática do Simples Nacional). Ou seja, na saída, mesmo que do contribuinte varejista a consumidor final, deverá haver o correto cálculo do imposto, pela determinação da base de cálculo de incidência do ICMS, a aplicação da correta alíquota interna, incluindo o Ampara, se for o caso, resultando no destaque do ICMS devido.

Naturalmente, o CST 60 (ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária) não deve mais ser utilizado na saída das mercadorias impactadas pela medida. Em função disso, a tag cBenef da NF-e/NFC-e, também não irá mais refletir a retenção prévia do ICMS. Por fim, o lançamento na GIA não estará mais vinculado a código da coluna “Outras”.

Setores e grupos de produtos abrangidos:

1. Aparelhos celulares e cartões inteligentes (Lv. III, Tít. III, Cap. II, Seção XXVII e Ap.II, S. III, XVIII);

2. Artigos de papelaria (Lv. III, art. 10, XVII, art. 35, "caput", nota 02, "q"; Tít. III, Cap. II, Seção XLII; Ap. II, S. III, XXXIII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 14);

3. Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos (Lv. III, art. 10, XIX, art.35, "caput", nota 02, "s"; Tít. III, Cap. II, Seção XLIV; Ap. II, S. III, XXXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 16);

4. Artefatos de uso doméstico (Lv. III, art. 10, XV, art. 35, "caput", nota 02, "o"; Tít. III, Cap. II, Seção XL; Ap. II, S. III, XXXI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 12);

5. Pneumáticos e câmaras de ar de bicicletas (Lv. III, art. 10, XI, art. 35, "caput", nota 02, "j"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXVI; Ap. II, S. III, XXVII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 8);

6. Ferramentas (Lv. III, art. 10, VIII, art. 35, "caput", nota 02, "g&"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIII; Ap. II, S. III, XXIV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 5);

7. Materiais elétricos (Lv. III, art. 10, IX, art. 35, "caput", nota 02, "h"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIV; Ap. II, S. III, XXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 6); e

8. Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos (Lv. III, art. 10, XX, art. 35, "caput", nota 02, "t"; Tít. III, Cap. II, Seção XLV; Ap. II, S. III, XXXVI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 17). (SEFAZ)

 

 

BOVINOCULTURA DE LEITE: Informativo Conjuntural da Emater/RS

A recorrência de precipitações e a manutenção do ambiente com excesso de umidade dificultam o manejo dos rebanhos leiteiros e tornam mais árdua a condução da atividade. O aspecto favorável é a tendência de nova recomposição do preço para o leite entregue em junho, com elevação no valor pago ao produtor, podendo aliviar o balanço entre custos e renda inerentes à produção, que, segundo os produtores, é um dos limitadores da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os produtores de Alegrete relatam impacto na produtividade das matrizes devido à redução na oferta de forragem e das reservas limitadas de silagem. Foi priorizado o acesso às pastagens para as fêmeas em lactação. Na Campanha, ainda são notados efeitos do vazio forrageiro onde houve atraso na implantação das pastagens de aveia e azevém.

Na de Caxias do Sul, a situação do vazio forrageiro se agravou, e onde a alimentação é baseada em pastagens houve redução na produtividade ou tiveram que suplementar com silagem e ração proteica. Isso impactou negativamente no custo de produção.

Na regional de Ijuí, a produção de leite apresentou uma curva de crescimento do volume coletado em relação às semanas anteriores, mas dentro da normalidade para o período do ano, quando a oferta de alimentos, em especial das forrageiras de inverno, é mais abundante, além de ser uma época de concentração de partos, conforme planejado pelos produtores.

Na de Passo Fundo, a manutenção do excesso de umidade nos solos e a menor oferta das pastagens anuais de inverno fizeram com que os animais permanecessem por mais tempo na sala de alimentação, em locais de contenção ou em pastagens perenes e potreiros, exigindo a complementação e o ajuste das dietas para a manutenção dos níveis de produção e, assim, impactando na elevação dos custos de produção.

Na regional de Santa Rosa, a produção de leite diária apresentou uma pequena elevação em comparação com a semana anterior. Foram produzidos 1,726 milhão de litros por dia na região, mantendo a tendência de aumento na produção. (Emater/RS)


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA: Os próximos sete dias terão pouca chuva na maior parte do RS
Na quinta (30/8) e sexta-feira (01/7), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de geadas, principalmente no Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. No sábado (02/7) e domingo (03/7), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva na maioria das regiões. Entre a segunda (04) e terça-feira (05), a presença de uma área de baixa pressão vai manter a umidade e a chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, enquanto as demais regiões permanecerão com tempo seco e temperaturas amenas. pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo Estado. Os totais de precipitação esperados são baixos e inferiores a 10 mm na maioria dos municípios do Estado. Na Campanha e Zona Sul os valores oscilarão entre 30 e 50 mm e poderão superar 60 mm em alguns municípios. Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. Clique aqui e acesse o Boletim Integrado Agrometeorológico 25/2022. (SEAPDR)

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 30 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.693


Argentina: rebanho leiteiro perdeu mais de 30% das vacas nos últimos 15 anos
 
Em 2006 e 2007 o rebanho leiteiro argentino tinha 2,15 milhões de animais. Depois veio a seca de 2008/09, as múltiplas intervenções do kirchnerismo (filosofia política atribuída a Néstor Kirchner e sua esposa Cristina Fernández de Kirchner, ambos ex-presidentes da Argentina) no mercado interno e nas exportações de lácteos e o desastre econômico geral em que o país está preso desde pelo menos 2011 até aqui.
 
Ao longo dos últimos 15 anos, esse conjunto de condicionantes gerou diversos períodos de perdas econômicas e desestimulou investimentos entre produtores que possuem menor escala ou produtividade de suas fazendas leiteiras. É por isso que em 2021 o rebanho de vacas leiteiras somou apenas 1,5 milhão de animais.
 
O que aconteceu com aquelas vacas? Isso acontece toda vez que atingem sua vida útil como produtoras de leite e são encaminhadas ao abatedouro para descarte. Os argentinos as comeram. Muitas delas também acabaram no mercado de exportação da chamada vaca velha para a China, um negócio que aumentou significativamente de 2018 até hoje.
 
O número de vacas é fundamental para a possibilidade de crescimento da produção e do rebanho futuro. As medições feitas por analistas como Marcos Snyder mostram que o aumento da oferta de leite é muito maior e mais rápido pela incorporação de animais do que pela melhoria produtiva dos animais ordenhados.
 
A Argentina tem caminhado nos últimos 15 anos na direção oposta. Eles têm vacas mais produtivas, mas muito menos quantidade e é por isso que a oferta de leite não dá o salto que deveria.
 
Essa queda no número de vacas foi ainda mais intensa do que a perda no número total de fazendas leiteiras. Há 15 anos eram 11.500 unidades de produção e no ano passado eram 10.070. A queda foi de 12%.
 
Mas quando a atividade dos estabelecimentos leiteiros é segmentada por porte, observa-se que continua ocorrendo um intenso processo de concentração, o que implica a saída dos menores produtores e o aumento das unidades maiores e mais tecnológicas.
 
A esse respeito, destaca o relatório da OCLA: “Pode-se verificar que as 360 fazendas leiteiras do estrato com mais de 10.000 litros de produção diária produziram uma média de 18.408 litros por dia durante o mês de maio. Eles representam 3,6% do total de fazendas leiteiras e contribuem com 22,9% da produção total. Isso é quase 28% a mais do que o leite fornecido pelas 5.400 fazendas leiteiras de menos de 2.000 litros por dia, e que são 53,6% do total de fazendas leiteiras, que representam 17,9% da produção nacional”.
 
O relatório, por sua vez, indica que entre 2010 e 2021 as pequenas propriedades leiteiras que produzem menos de 2.000 litros reduziram sua participação na produção nacional em 34%, enquanto as grandes, que oferecem mais de 10.000 litros por dia, multiplicaram sua participação na oferta total por 4. (As informações são do Bichos de Campo)


Linhas de crédito do Plano Safra auxiliam no fomento da sustentabilidade agrícola brasileira, diz CBI
 
Certificadora de títulos verdes avaliou as principais linhas de financiamento oferecidas e o alinhamento destas à taxonomia verde da Climate Bonds Initiative
 
Uma análise da Climate Bonds Initiative (CBI) mostrou que aproximadamente R$ 9 bilhões, ou seja, 69% das linhas classificadas como linhas de apoio à agricultura de baixa emissão de carbono e linhas de apoio às práticas sustentáveis, tomadas dentro do Plano Safra 2020/2021, estão alinhadas com os critérios de elegibilidade da certificadora, indicando parâmetros de adicionalidade compatíveis com uma economia de baixo carbono. Outras linhas analisadas foram classificadas pela CBI como parcialmente alinhadas à taxonomia da CBI e não foi identificada linha completamente desalinhada com a taxonomia da CBI.
 
A CBI firmou um Memorando de Entendimento com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para analisar a destinação de recursos de algumas linhas de crédito oferecidas pelo Plano Safra e o alinhamento destas à taxonomia verde da CBI. O documento foi assinado em 2019 e renovado este ano, visando apoiar o desenvolvimento de políticas públicas de incentivo aos empreendimentos agrícolas que adotam práticas sustentáveis e processos produtivos.
 
Segundo avaliação da CBI, a maior parte das linhas apontadas pelo estudo da Secretaria de Política Agrícola “A Contribuição do Plano Safra para o Fortalecimento de Sistemas Produtivos Ambientalmente Sustentáveis” estão integralmente alinhadas à taxonomia da CBI, favorecendo o crescimento da agricultura com bases sustentáveis, gerando benefícios, como o aumento da produtividade (efeito poupa-terra), redução de emissão de gases estufa, prevenção e recuperação de perdas na produção agropecuária, racionalização do uso dos recursos naturais e de insumos, recuperação e conservação dos solos, tratamento de dejetos e resíduos da agricultura, reflorestamento, recomposição de áreas de vegetação nativa, redução do desmatamento, adequação das propriedades à legislação ambiental e geração de energia limpa nas propriedades.
 
A CBI tem expertise no desenvolvimento de padrões, políticas e estruturas de certificação de títulos climáticos, sendo a única certificadora de títulos verdes no mundo. Criada em 2013, a taxonomia da CBI é uma ferramenta cujo principal objetivo é orientar os agentes na identificação de projetos e ativos que contribuam para uma economia de baixo carbono alinhados com as metas do Acordo de Paris e da limitação ao aumento das emissões de gases de efeito estufa a 1,5 graus Celsius até o final do século.
 
O alinhamento dos parâmetros de sustentabilidade dessas linhas em consonância com a taxonomia da CBI demostra a relevância do Plano Safra para o crescimento da produção agropecuária e para adoção e disseminação das tecnologias sustentáveis no Brasil.
 
Estudo
No ano passado, a Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa elaborou o estudo “A Contribuição do Plano Safra para o Fortalecimento de Sistemas Produtivos Ambientalmente Sustentáveis”. No levantamento, foi analisado quais as linhas de financiamento e qual o montante de recursos que foram tomados pelos produtores rurais e por elos das cadeias produtivas do setor que contribuíram para a adoção de tecnologias sustentáveis, fundamentais para o constante aumento da produtividade, redução do custo da alimentação e conservação ambiental.
 
Foram identificados como mais sustentáveis o Programa ABC (Programa de Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura), Pronaf Floresta (Crédito de Investimento para Sistemas Agroflorestais), Pronaf Agroecologia (Crédito de Investimento para Agroecologia), Pronaf Bioeconomia (Crédito de Investimento em Sistemas de Exploração Extrativistas de Produtos da Sociobiodiversidade, Energia Renovável e Sustentabilidade Ambiental), Pronaf Semiárido (Crédito de Investimento para Convivência com o Semiárido), Proirriga (Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido), Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais), Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) e Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira).  (MAPA)

Plano Safra vai ter R$ 340,88 bilhões
O governo federal anunciou, ontem, o novo Plano Safra para o período 2022/2023. Com R$ 340,88 bilhões para o financiamento do setor agropecuário, os recursos são 36% superiores aos recursos do ciclo passado.
 
- É o plano mais robusto da história - definiu Guilherme Bastos Filho, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, ao afirmar que o desenho do programa foi um trabalho intenso entre equipes.
 
O lançamento do programa foi realizado no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, dos ministros Paulo Guedes, da Economia, e Marcos Montes, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, entre outras autoridades.
 
O montante total prevê R$ 246,28 bilhões para custeio e comercialização e R$ 94,60 bilhões para investimentos. O volume dos juros controlados será de R$ 195,70 bilhões. O percentual é 18% superior ao do ano passado.
 
A agricultura familiar, por meio do Pronaf, terá R$ 53,61 bilhões - também o maior volume da história. O incremento é de 36% sobre os valores de 2021/2022. Os juros, antes de 3% e 4,5% ao ano, foram elevados para 5% e 6% ao ano.
 
Os médios produtores, via Pronamp, contarão com R$ 43,75 bilhões, com juros de 8% ao ano, também superiores aos 5,5% ao ano do ciclo passado. Já os demais produtores contam com R$ 243,52 bilhões e taxas de 12% ao ano - ante 7,5% ao ano no último Plano Safra.
 
Ao apresentar as cifras, Bastos destacou que os juros aplicados no plano são todos abaixo da taxa básica da economia, a Selic, que serve de referência para o crédito.
 
Definida às vésperas da virada do novo ano safra, que tem início amanhã, a costura do programa lançado ontem foi marcada por incertezas, principalmente em relação à capacidade orçamentária para garantir o volume de recursos aportados. O aumento da Selic também pesou na definição. O ciclo 2021/2022 chegou a ter linhas suspensas devido ao esgotamento de recursos.
 
O ministro da Agricultura destacou que o montante é adequado ao momento em que o setor enfrenta altos custos de produção e dificuldades de abastecimento por produtos que vêm do Exterior. (Zero Hora)

                                         


Jogo Rápido 

Desemprego recua a 9,8% em maio e tem menor taxa para o trimestre desde 2015, diz IBGE
 A taxa de desemprego no Brasil manteve a trajetória de queda registrada nos últimos meses e caiu para 9,8% no trimestre finalizado em maio de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo diante do recuo, o percentual ainda representa que 10,6 milhões de profissionais estão fora da força de trabalho, um recuo de 11,5% ante o trimestre anterior, ou 1,4 milhão de pessoas a menos no grupo de desempregados no país. No ano, a queda do desemprego é 30,2%, menos 4,6 milhões de pessoas desocupadas. De acordo com os dados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o número de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostrou alta de 2,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. Isso equivale a um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano. Para a coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, houve um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada no trimestre encerrado em maio. "Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas", avalia ela. A pesquisadora ressalta ainda que os aumentos da ocupação vêm ocorrendo em diversas formas de inserção do trabalhador, tanto entre os informais quanto entre os com carteira de trabalho. "O contingente de trabalhadores com carteira vêm apresentando uma recuperação bem interessante, já recompondo o nível pré-pandemia", diz Adriana. Os dados mostram que, a partir do quarto trimestre de 2021, começou a se observar um processo de recuperação da população ocupada em atividades como construção, indústria, agricultura e serviços relacionados à tecnologia da informação e comunicação e serviços financeiros. (Correio do Povo)
 

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 29 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.692


Curso promove capacitação de técnicos para análise de laudos de leite

Com o objetivo de auxiliar na capacitação de profissionais para a realização de interpretações de laudos de leite, o Funcap, a APL Fronteira Noroeste e o Projeto Suport D Leite, com o apoio da Amufron e do Sindicato da Indústria de Laticínios do (Sindilat/RS), promovem curso nesta quinta-feira (30/6). O evento, que visa contribuir com ajustes no manejo nas propriedades e com a qualificação do leite, ocorrerá na Unijuí Santa Rosa (Bloco A – 316) a partir das 8h.

 As palestras serão voltadas para técnicos do setor (médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas e secretários de agricultura) e abordarão diversos temas como amostragens e suas implicações nos resultados, análises de dieta, análises de doenças, mastite e manejo de ordenhas. As apresentações serão comandadas pela médica veterinária e professora da Unijuí, Denize fraga, e pela bióloga Tadine Secco. 

Denize destaca que o evento permitirá o debate entre os profissionais e a qualificação para futuras ações em relação à qualidade do leite. “Ele busca permitir uma qualificação em relação a interpretação de laudos de análises de leite com vistas a ajustes de manejo”, acrescenta. O encontro, segundo ela, terá como principais pontos abordados as análises de composição, contagem de células somáticas, cultura microbiológica, contagem bacteriana, leite instável não ácido e nitrogênio ureico, revelando as inter-relações entre estes resultados e suas implicações nos manejos empregados nas propriedades. O Sindilat/RS disponibilizará os produtos para os dois milk breaks que ocorrerão durante o dia.

 Confira a programação completa:

- Abertura do evento às 8h
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga e a mestre Tadine Secco
- Milk break
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Intervalo para almoço
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Milk break com discussão dos temas abordados no dia
- Encerramento às 17h30min
 
As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


 

Logística - Fluxo do comércio impacta na disponibilidade de produtos lácteos

Produção/UE – Os efeitos combinados da redução da produção de leite e do aperto comercial impactam na disponibilidade de produtos lácteos no primeiro trimestre de 2022 tanto no Reino Unido (RU), como na União Europeia (UE-27).

No RU, a captação de leite vem em queda na comparação anual, desde agosto de 2021, e nos primeiros três meses de 2022 caiu 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O teor de gordura e proteína também caiu, e a perda foi de 2,4% no mesmo período, em relação ao ano anterior.

Para a manteiga, a combinação da baixa produção com o aumento do comércio líquido (exportações-importações) resultou na menor disponibilidade do produto em comparação com a mesma época do ano passado. Já a oferta de queijo encontra-se no mesmo nível do ano passado, com uma disponibilidade ligeiramente maior no primeiro trimestre.

Os leites em pó, de um modo geral tiveram sua disponibilidade em queda, devido à baixa produção e pequena variação no comércio. Embora o saldo das importações e exportações não tenha mudado na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a disponibilidade de ambos é menor do que as verificadas um ano antes. Normalmente o RU tem superávit na balança comercial de leite em pó, tanto integral como desnatado.

Então é provável que as dificuldades de embarcar os produtos – em decorrência do aumento dos procedimentos administrativos depois do Brexit – ou a falta de contêineres tenha dificultado as exportações.

A oferta de produtos na UE-27 mostra um quadro semelhante para a manteiga, mas queda na disponibilidade de queijo. Para manteiga e queijo, a principal causa para o aperto na disponibilidade dos produtos no continente parece ser os baixos níveis de produção, já que não houve alteração na balança comercial de um ano para outro.

A disponibilidade de leite em pó na UE foi maior no primeiro trimestre, na comparação anual. Isso foi decorrente da combinação do baixo volume de produção (em relação ao ano passado) mas, uma queda relativamente grande das exportações.

   

Fonte: AHDB – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Cadeia leiteira: Cerca de 330 pessoas participam de reunião-almoço com presidente da Languiru

No dia 23 de junho ocorreu nova edição de reunião-almoço da Languiru com o quadro social. Realizado na Associação dos Funcionários, em Teutônia, o encontro reuniu associados da cadeia leiteira e contou com a participação de aproximadamente 330 pessoas, inclusive produtores vindos de outras regiões do Estado onde a Languiru atua.
O evento foi conduzido pelo presidente Dirceu Bayer, que apresentou números e investimentos, e falou do bom momento para a produção leiteira. “Já vínhamos projetando que esse seria o ano do leite, e a lei da oferta e da procura nos mostra o cenário favorável para a cadeia produtiva. Fazemos o possível para atender as necessidades dos nossos produtores, nos diferentes segmentos, isso é a essência do cooperativismo colocada em prática pela Languiru”, disse, destacando a transparência e o contato direto com o quadro social. “O segmento leite conta com o maior número de associados, e a expressiva participação neste evento demonstra o apoio à Languiru.”

Investimentos
O presidente comentou sobre a ampliação e diversificação do mix de produtos, especialmente no segmento das carnes; falou do projeto de construção da queijaria junto à Indústria de Laticínios, em Teutônia; da instalação de Agrocenter em Rio Pardo e de supermercado e Agrocenter em Westfália. “Precisamos evoluir e esses investimentos são importantes para superarmos o momento adverso. É preciso acompanhar as evoluções impostas pelo mercado consumidor”, exemplificou, projetando o retorno desses investimentos já em 2022 e, principalmente, no exercício de 2023.

Pró-Leite
O gerente de fomento do Setor de Leite, Mauro Aschebrock, detalhou benefícios financeiros oportunizados pelo Programa Pró-Leite, iniciativa da Cooperativa que bonifica o produtor a partir de diferentes critérios. “A Languiru paga para que o produtor rural cresça, oportuniza assistência técnica e incentiva o aumento da produção. Todo aumento de produtividade gera volume para a Indústria de Laticínios e, consequentemente, ganhos ao produtor. É uma maneira de profissionalizar a produção leiteira, com um programa de incentivo flexível que recebe melhorias a partir de sugestões e novas oportunidades do segmento”, frisou, alertando para o risco de drástica redução dos volumes de produção a nível mundial em virtude dos altos custos.
Bayer valorizou o espaço democrático para colocações dos associados. “A Languiru está aberta às opiniões dos seus associados e essas reuniões-almoço terão continuidade com os diferentes segmentos produtivos. No caso do Pró-Leite, por exemplo, ouvindo o associado qualificamos ainda mais o programa, juntos criamos novas possibilidades.”

Apoio do quadro social
O associado Roberto de Oliveira, com propriedade em Linha São Jacó, município de Estrela, parabenizou a Languiru pelas reuniões com o quadro social. “É uma forma de valorizar quem está aqui, a fidelidade desses produtores, ao mesmo tempo em que o associado conhece mais sobre a sua Cooperativa. Muitas vezes o produtor só observa o preço e não olha todos os benefícios como associado. Vamos valorizar esse trabalho, comprar as ideias da nossa Cooperativa e trazer sugestões.”

O representante da associada Lácteos Vacaria, Eusébio Körbes, enalteceu o trabalho da Cooperativa e seus produtores. “A demanda por leite está aquecida e precisamos todos fazer o ‘dever de casa’, com boas perspectivas para o produtor de leite. Devemos auxiliar com produtividade e qualidade, o que permite que o produto final do leite Languiru também seja diferenciado. Isso agrega de todos os lados e vamos subindo juntos.”

Com propriedade em São João do Bom Retiro, município de Estrela, o associado José Adão Braun parabenizou a Languiru pela valorização do quadro social, mencionando os benefícios do Pró-Leite. “É algo que vem ao encontro das necessidades do produtor. Vale a pena ser cooperativado, vale a pena pertencer ao quadro de uma Cooperativa séria como a Languiru. Na hora em que a dificuldade cresce, ela nos abraça, e isso fica evidente mais uma vez.”

As informações são da Languiru

Jogo Rápido 

ANTT reajusta tabela de preços do frete rodoviário
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou sua tabela de preços mínimos de frete rodoviário. Na nova relação, publicada no último dia 24, o reajuste médio ficou entre 7,06% e 8,99%.O valor do frete depende de itens como número de eixos, distância do deslocamento e tipo de operação. A atualização da tabela ocorreu porque o preço médio do óleo diesel praticado nos postos subiu mais de 5%, o que dispara o gatilho do reajuste. Segundo atualização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel S10 na última semana, de R$ 7,678 por litro, subiu 13,73% em relação à semana anterior. (Valor Econômico)
 

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 28 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.691


La Niña enfraquece mas vai avançar até o verão de 2023

Período de enfraquecimento será observado entre julho e setembro, mas, posteriormente, o resfriamento do Pacífico se intensificará novamente

A anomalia negativa da temperatura do oceano Pacífico equatorial diminuiu de -1 °C em meados de maio para -0,5 °C atualmente, indicando que o fenômeno La Niña está em um breve período de enfraquecimento. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), esse período de enfraquecimento será observado entre julho e setembro, mas, posteriormente, o resfriamento do Pacífico se intensificará novamente, completando o terceiro ano seguido sob La Niña.

Do ponto de vista prático, mesmo sob La Niña, há registro de chuva forte na região Sul desde março. Isso aconteceu pela formação de bloqueios atmosféricos e gradientes de temperatura mais favoráveis no oceano Atlântico.

De acordo com a previsão probabilística da Universidade de Colúmbia, a chuva forte prosseguirá entre junho e agosto, porém mais ao sul, na Metade Sul do Rio Grande do Sul, além do Uruguai e leste da Argentina. Mais ao norte, a chuva fica abaixo da média em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

No leste e norte do Nordeste, há previsão de chuva acima da média, inclusive com tempestades intensas, como as que aconteceram em maio em Pernambuco. A temperatura ficará acima da média no interior das regiões Sul e Sudeste e em boa
parte do Centro-Oeste.

Isso não quer dizer que não há previsão de frio, mas apenas indica que as ondas de frio devem vir de forma mais espaçada no inverno. (Canal Rural)


Leite/América do Sul

O clima de outono traz melhores expectativas em relação ao conforto das vacas, levando ao aumento da produção de leite no Cone Sul da América do Sul. 

Entretanto, existem indicadores de que, a despeito do aumento do preço ao produtor, o volume de leite, na melhor das hipóteses, cresce apenas ligeiramente. Crescem as expectativas em relação à segunda colheita de milho no Brasil, mas os custos logísticos estão aumentando junto com os rendimentos. As expectativas em relação à soja, também melhoraram na Argentina e no Brasil, mas os custos de combustível e fertilizantes continuam subindo.

As cotações do leite em pó desnatado subiram na região, e os estoques estão apertados e estão indo para atender contratos já firmados. Apesar da oferta apertada, a demanda é relatada como estável e os compradores hesitam em comprar mais do que as necessidades imediatas. O preço do leite em pó integral continua inalterado. Mudanças na produção de caseína causaram alguns atrasos nos embarques para os EUA, mas os mercados estão notavelmente firmes na região e globalmente, devido à demanda contínua versus suprimentos apertados. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


 

Piracanjuba divulga Relatório de Sustentabilidade 2021

Piracanjuba - De acordo com pesquisa de reconhecimento de marca, feita pela consultoria Kone Cesário+Gustavo Cesário, com dados coletados pela Netquest, a Piracanjuba obteve percentual de reconhecimento de 97,7% da população brasileira. 

O resultado, obtido em 2021, indica que os produtos são consumidos em milhares de lares, atendendo a demanda de diferentes públicos, com um portfólio variado e bem distribuído. O desenvolvimento das atividades, que vão além das práticas comerciais, envolve esforços em torno do Meio Ambiente, da Responsabilidade Social e da Governança Corporativa. A sustentabilidade é parte indispensável das ações e, para demonstrar isso, a empresa apresenta, pelo segundo ano consecutivo, o Relatório de Sustentabilidade.

O documento relata e presta contas à sociedade e aos públicos interessados sobre sua atuação. Além de importante iniciativa de comunicação e gestão, o documento serve como um modelo de gerenciamento de ações e para criar indicadores referenciais, comparando os resultados dos anos seguintes com os anteriores”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

A publicação reúne dados e informações que permitem um maior conhecimento sobre o que a empresa tem angariado nos últimos 66 anos e, em especial, em 2021, um ano que exigiu muito da indústria, devido ao cenário econômico e às necessidades sociais decorrentes dos ciclos da pandemia.

No relatório, além da linha do tempo, portfólio de produtos e unidades de negócios, encontram-se as principais iniciativas de gestão de pessoas, os projetos sociais, as atividades de engajamento com as comunidades, e detalhes sobre os processos e inovações operacionais. Os números apresentados referem-se ao ano fiscal de 2021 e, nos resultados financeiros, os dados são comparados com os anos fiscais anteriores. A empresa também detalha os investimentos em sustentabilidade, que estão conectados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Clique aqui e acesse o relatório completo. (Piracanjuba)


 

Jogo Rápido 

METEOROLOGIA:  Simagro deve ter 100 torres
Até o final de 2023, a Secretaria da Agricultura (SEAPDR) pretende ter instaladas no Rio Grande do Sul 100 torres de coleta de dados meteorológicos que completarão o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro). O sistema vem sendo implementado desde 2020 com a instalação de 20 estações, construídas com recursos oriundos do acordo de uma empresa de agrotóxicos responsabilizada no inquérito do Ministério Público sobre agrotóxicos, encerrado em 2019. O meteorologista da SEAPDR, Flávio Varone, adianta que, até o final de julho, mais dez estações serão instaladas no Estado. Outras 20, pertencentes à estrutura da antiga Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), serão recuperadas até o final de 2022, com investimento de R$ 900 mil da secretaria na obra. Além dos 50 pontos de coleta de dados que serão concluídos em 2022, a secretaria já tem R$ 13 milhões para a instalação de mais 50 torres até o final do ano que vem. A verba, destinada pelo Programa Avançar na Agropecuária, será investida em equipamentos e na manutenção destes por 36 meses. "As estações vão auxiliar o produtor com indicadores simples para decisões com base em informações do clima", diz Varone. Os indicadores poderão orientar questões como aplicação de defensivos, nortear projetos de irrigação e apontar pontos de infestação de doenças como a ferrugem asiática.  (Correio do Povo)
 

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 27 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.690


Riscos aumentam, mas cenário para o agro até 2032 segue favorável

Elevações das taxas de juros e escalada inflacionária, em meio à invasão russa na Ucrânia, trazem turbulências no curto e médio prazo

Com isso, o Ministério da Agricultura reviu suas projeções para o setor na próxima década, como faz com regularidade, e projetou que a colheita de grãos do Brasil, por exemplo, aumentará 25,4% até a safra 2031/32, para 338,9 milhões de toneladas — para este ciclo 2021/22, as contas indicam 270,2 milhões.
Obviamente, previsões desse tipo não levam em conta eventuais quebras provocadas por problemas climáticos, mas contemplam perspectivas para área plantada e produtividade, calculadas a partir do histórico recente e de investimentos e transformações tecnológicas em curso.

Para a área plantada de grãos, o ministério projeta um incremento de 19,5% até 2031/32, para 87,7 milhões de toneladas — graças sobretudo à conversão de pastagens degradadas em lavouras. A diferença entre os percentuais de aumento do volume e da área é explicada pela produtividade.

Se espera um crescimento de quase 70 milhões de toneladas na colheita anual de grãos do país na próxima década, para a produção de carnes em geral, o ministério calcula um aumento de 6,8 milhões de toneladas. Na temporada 2031/32, serão 35,4 milhões de toneladas, ante as 28,6 milhões estimadas para 2021/22. E se nos grãos o avanço será puxado por algodão em pluma (36%) e soja (32,3%), nas carnes, os destaques deverão ser o frango (27,8%) e os suínos (24,2%).

O cenário traçado também realça que o Brasil manterá seu reinado na produção e na exportações de produtos como café, açúcar e suco de laranja e prevê um novo patamar de produção para algumas das frutas frescas que mais exporta. No caso do melão, por exemplo, a expectativa é de crescimento de 29,8% da produção até 2031/32; no da uva, de 27,6%.

É o que apontam novas projeções do Ministério da Agricultura para grãos e carnes, entre outros produtos. (Valor Econômico)


A agenda ambiental: oportunidades e desafios
 
A preocupação com o meio-ambiente é crescente e pulsante em todo Planeta. A sustentabilidade deixou de ser um futuro distante e nichado, e tornou-se uma realidade crescente e cada vez mais disseminada entre os consumidores.
 
A cadeia de produção de leite é sempre citada quando as pautas são de preservação ambiental, produção sustentável e redução da emissão de gases de efeito-estufa. Inclusive, muitas vezes, colocam em xeque o papel da atividade em prol do meio-ambiente.
 
Por outro lado, o que vemos, tanto no Brasil, quanto no mundo, é um número crescente de fazendas de leite que adotam ao menos uma prática sustentável. Este ano, por exemplo, o levantamento dos 100 maiores produtores de leite do Brasil em 2021, realizado pelo MilkPoint, apontou que todas as propriedades adotam alguma medida de sustentável.
 
Dialogar com agenda ambiental, ser cada vez mais atuante em práticas sustentáveis, entender os desafios e explorar as oportunidades é o caminho para trilhar o futuro de uma cadeia láctea cada vez mais sustentável. Para isso, o Interleite Brasil 2022, trará o painel “A agenda ambiental: oportunidades e desafios,” no dia 04 de agosto. O Interleite Brasil 2022 será sediado pela primeira vez em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Com a correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais apoiadores, o evento chega sua 20ª edição para fazer desta a melhor e maior da história!
 
Com a temática “As mudanças no mercado e as oportunidades para quem quer se preparar,” o Interleite Brasil 2022 abordará o futuro do leite no Brasil, sem se esquecer de analisar o cenário atual da cadeia do leite nacional.
 
Antecedendo o Interleite Brasil, 02 de agosto, também em Goiânia, ocorrerão três eventos paralelos: Jantar dos Top 100, Fórum MilkPoint Mercado e workshops temáticos exclusivos ministrados por especialistas para seletos grupos de participantes. Além disso, o Interleite Brasil 2022, também será transmitido ao vivo em plataforma exclusiva para os participantes, que poderão participar ativamente do evento.Associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) têm 20% de desconto na inscrição dos eventos, clicando aqui. (Milkpoint)

 

Uruguai – Governo devolverá 65 milhões de pesos a 850 produtores de leite

Reembolso/UR – Pela terceira vez, desde 2021, o Governo distribuirá o excedente gerado pelo Fundo de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável da Atividade Leiteira, 65 milhões de pesos, a 850 produtores. 

Consultado a respeito pelo Comunicado Presidencial, o subsecretário do Ministério da Pecuária (MGAP), Juan Ignacio Buffa, destacou que toda medida que melhore a situação dos produtores de leite é boa para a cadeia e aumenta a produtividade.

“A terceira devolução, a ser realizada nos próximos dias, chega em um momento importante para o setor lácteo, que atravessou uma crise forte nos últimos 6 anos e que hoje está se recuperando, em virtude da competitividade e melhora na relação de preços. Qualquer coisa que melhore a situação dos produtores de leite é boa para o setor. Não há cadeia se não houver ordenha”, disse Buffa.

Buffa explicou que em 2021, a lei do fundo leiteiro foi modificada para compensar os produtores que nunca haviam tomado o crédito concedido por lei, ou aqueles que, tendo terminado de pagar sua dívida. Então os excedentes começaram a ser devolvidos. Os pagamentos aos produtores são feitos por meio de depósito bancário a cada três meses, disse ele.

Lembrou que o primeiro reembolso foi efetuado em dezembro de 2021 e beneficiou 610 produtores. O segundo, em março de 2022, foi distribuído para 711 agricultores. Juntas, essas três primeiras devoluções totalizam 4 milhões e meio de dólares. (Fonte: INALE – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 

Jogo Rápido 

Anuário Leite 2022: pecuária leiteira de precisão.
Produzido pela Texto, em parceria com a Embrapa Gado de Leite e o jornalista Nelson Rentero, a edição deste ano conta com 116 páginas e 37 artigos. Os destaques ficam por conta dos avanços em pecuária leiteira de precisão e o novo desafio de reduzir emissões de carbono na produção. Indicadores do atual cenário da pecuária de leite no Brasil e no exterior, além de análises de especialistas sobre temas atuais e tendências para o setor leiteiro também estão presentes no Anuário. Confira mais informações e faça o download em www.embrapa.br/gado-de-leite. (Embrapa e Texto)
 

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 24 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.689


Arrecadação de R$165 bi é recorde para maio

Valor chega a R$ 908,5 bi no acumulado de cinco meses do ano e é também o maior resultado na série histórica iniciada em 1995

A arrecadação federal com impostos em maio atingiu o maior valor desde o ano 2000. Com um total de R$ 165,3 bilhões em maio, a arrecadação cresceu 4,13% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Além de impostos, também está dentro desse valor contribuições e outras receitas. O número já desconta a inflação no período e foi apresentado ontem pelo auditor-fiscal Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal. No acumulado de janeiro a maio deste ano as receitas federais somaram R$ 908,5 bilhões, 9,75% a mais na comparação com o mesmo período de 2021. Apesar da alta em vários setores, a arrecadação de impostos caiu na produção industrial, com 0,5% menos em maio frente a igual mês de 2021. O resultado, se comparado à leitura anterior, de abril, registra queda de 15,65% no recolhimento. Entretanto, esta leitura de maio, para o mês, representa o maior valor arrecadado desde o início da série histórica em 1995.

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em renúncia fiscal de R$ 39,630 bilhões nos cinco primeiros meses de 2022, valor superior ante igual período do ano passado, quando ficou em R$ 31,753 bilhões. Somente em maio as desonerações totalizaram R$ 10,138 bilhões, também acima do registrado no mesmo mês do ano passado, quando o valor era de R$ 7,271 bilhões. 

Os maiores destaques no recolhimento de impostos foram receitas previdenciárias com
R$ 43,521 bilhões, PIS/Pasep e Cofins com R$ 32,302 bilhões e rendimentos de capital com R$ 5,8 bilhões. No caso do PIS/Pasep, o resultado foi puxado por crescimento nas atividades do comércio e dos serviços, conforme levantamento do IBGE. Houve acréscimos reais de 1,50% no volume de vendas e de 9,40% no volume de serviços em maio de 2022 em relação a maio de 2021, além do bom desempenho da arrecadação no
setor de combustíveis e no comércio varejista. Entretanto, é registrado decréscimo de 10,47% no volume das compensações tributárias.

A Receita Federal informou ainda que os aumentos de preços de alguns produtos como minério, petróleo, combustíveis e chapas de aço influenciaram para cima a arrecadação na parcial deste ano. “Houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 20 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities”, destacou o Fisco em comunicado. (Correio do Povo)


Conseleite-Santa Catarina
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Junho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

 

China: produção de leite cru deve atingir 39,6 milhões de toneladas em 2022

De acordo com um relatório da Rede Global de Informações Agrícolas do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA, a produção de leite cru da China atingirá 39,6 milhões de toneladas em 2022.

De acordo com o relatório, o aumento de 4,5% em relação a 2021 se deve a um rebanho leiteiro maior e maior eficiência. No entanto, a queda no preço do leite cru, os custos mais altos da alimentação e a incerteza do mercado causada pelas políticas da China contra a COVID-19 prejudicarão a produção de leite em 2022.

A distribuição doméstica de leite fluido deve atingir 40,95 milhões de toneladas em 2022, impulsionada pela demanda do consumidor por produtos lácteos nos setores de varejo e processamento de alimentos.

Espera-se que o crescimento das importações diminua para 1,3 milhões de toneladas em 2022 devido aos preços globais mais altos e à concorrência da produção doméstica.

Espera-se também, que a produção de leite em pó integral aumente um pouco para 1,02 milhões de toneladas, à medida que os produtores convertem o leite cru excedente sazonal em leite em pó integral e que o setor de panificação e os fabricantes de bebidas de suplementos alimentares aumentem o consumo para quase 1,9 milhões de toneladas.

Seu uso como ingrediente em fórmulas infantis, no entanto, está diminuindo à medida que a taxa de natalidade declinante do país reduz a demanda por fórmulas infantis. A estimativa de importação para leite em pó integral em 2022 foi reduzida de 849 mil toneladas em 2021 para 820 mil toneladas em 2022.

A produção de leite em pó desnatado é estimada em 24 mil toneladas. Espera-se que a produção permaneça baixa, pois a China não produz creme ou manteiga suficiente para suportar um aumento significativo no leite em pó desnatado.

O consumo doméstico total deverá ser de 423 mil toneladas, uma queda de 5% ano a ano devido a uma maior oferta de leite em pó integral no mercado. Devido à menor demanda do mercado, as importações também são reduzidas para 400 mil toneladas.

À medida que os produtores locais expandem a produção na mesma taxa de 2021, espera-se que a produção de queijo da China atinja 20 mil toneladas em 2022. Devido ao impacto das restrições do COVID-19 da China, os funcionários dos correios reduziram as estimativas de consumo para 190 mil toneladas de 194 mil toneladas em 2021.

O serviço de alimentação é um importante canal para distribuição e consumo de queijo, e os lockdowns de 2022 e restrições contínuas ao serviço de alimentação, inclusive em cidades ricas como Xangai e Shenzhen, prejudicaram o consumo.

De acordo com o relatório, quaisquer lockdowns prolongados resultarão em novas quedas no consumo de queijo e nos gastos com HRI (hotéis, restaurantes e institucional) em 2022. A produção de manteiga da China é estimada em 12 mil toneladas, enquanto as importações são estimadas em 150 mil toneladas, um aumento de 8% em relação a 2021.

A produção doméstica de manteiga é mais cara do que a importada devido aos custos mais altos do leite cru, mas espera-se um crescimento em 2022, impulsionado pela necessidade imediata de manteiga como ingrediente em produtos de valor agregado. Estima-se que os setores de panificação e food service, que dependem de produtos de manteiga importados, consumam 160 mil toneladas de manteiga. Os dados da Alfândega da China são usados para calcular as importações de manteiga. (As informações são do Krishi Jagran, com dados do relatório USDA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

Jogo Rápido 

Umidade, chuva e frio persistem no Estado nos próximos dias 
Na próxima semana, o Rio Grande do Sul vai continuar a lidar com muita umidade, chuva e frio. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (24/06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo o Estado. No sábado (25) e domingo (26), o ingresso de uma massa de ar frio vai provocar o declínio acentuado da temperatura, com grande variação de nuvens e períodos de céu encoberto em todas as regiões. Há possibilidade de chuviscos e garoas nos setores Leste, Nordeste e Norte. Entre segunda (27) e terça-feira (28), o deslocamento de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocarão aumento da nebulosidade e pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (29), o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio afastará a nebulosidade e provocará o declínio das temperaturas. Os volumes de chuva previstos deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maior parte do Estado. Na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, os valores oscilarão entre 50 e 70 mm na maioria dos municípios. Acompanhe todas as edições do Boletim Integrado Agrometeorológico em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.688


Observatório do Consumidor mostra maior interesse dos consumidores por lácteos da cesta básica

Lácteos da cesta básica - Em meio ao cenário da inflação de alimentos, esta edição do Observatório do Consumidor, elaborado pela Embrapa Gado de Leite, mostra que o interesse dos consumidores por lácteos aumentou no primeiro semestre de 2022, mas os produtos da cesta básica estão sendo priorizados.

A quarta edição da Newsletter do Observatório do Consumidor analisa o perfil dos tweets sobre produtos lácteos no primeiro semestre de 2022, que foi marcado por altas taxas de desemprego, guerra na Ucrânia e aumentos significativos da pandemia de COVID-19 no cenário mundial. Nesse estado de insegurança, a demanda não tinha muito espaço para crescer. 

O ano de 2022 começou com um interesse crescente dos usuários do Twitter em laticínios e produtos lácteos. Já em  fevereiro, a pesquisa mostra  que ocorreram 218 mil tweets sobre os produtos lácteos, o maior número de publicações até o momento. A partir da segunda semana de fevereiro, o número de postagens segue uma tendência de queda. Em maio, o número de publicações começou a aumentar novamente. Curiosamente, esse comportamento também ocorreu em 2021, o que sugere o movimento circular ou sazonal da indústria de laticínios. 

A pesquisa também mostra um aumento de 26% de tweets em 2022 em relação a 2021, pressupondo que no primeiro semestre de 2022 possa registrar maior consumo de laticínios do que no primeiro semestre de 2021, pois o conteúdo da maioria das publicações envolvem produtos lácteos.

A análise dos dados do OC mostra que, em particular, os sentimentos expressos nos tweets sobre o leite em 2022 foram positivos, indicando que, em geral, os consumidores têm uma visão positiva dos produtos.

Produtos que apresentaram a maior percentagem de feedback positivo, através deste programa: gelados (82%), queijos (76%) e iogurtes (73%). O menor percentual de tweets com conteúdo positivo  foi  o de bebidas lácteas (46%).

Os que tiveram o maior percentual de postagens com conteúdo negativo foram: leite desnatado (20%), leite (19%) e iogurte (19%).

Comparado ao primeiro semestre de 2021, não há diferença significativa na análise emocional. É interessante notar que o mês de junho é o mais brilhante em ambos os anos com cerca de 80% dos tweets.

Mais falado sobre leite ,de janeiro a junho de 2022, são contabilizados 4.000 tweets sobre leite e laticínios. Assim como ocorreu durante o acompanhamento da OC no Twitter, os produtos mais citados foram: queijo (35,55%), sorvete (24,03%) e manteiga (15,46%). Esses três produtos representam 75% da produção de leite até 2022.

A análise feita da nuvem de palavras também mostra uma tendência de consumo de produtos mais baratos e acessíveis, devido ao constante aumento de preços de alimentos.

Para acessar essas análises e outras realizadas pela pesquisa da Embrapa Gado de Leite, acesse Observatório do Consumidor na íntegra. (CILeite/Embrapa)      


Argentina – La Niña reduz a oferta de pasto e acentua a elevação dos custos

La Niña/AR – A Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste de Buenos Aires (Caprolecoba) informou em seu Panorama Lechero mensal, que a falta de chuvas a as sucessivas geadas ocorridas no outono, em decorrência da presença do fenômeno La Niña, está impactando na produção de leite.

“Do ponto de vista da umidade, o outono termina pior do que no começo: com pouquíssimas chuvas no oeste e apenas a esperança de alguns milímetros no final de junho. A terra está seca em cima, e tem uma reserva respeitável de umidade mais embaixo”, diz o boletim.

Acrescentou que houve várias geadas, e que o fenômeno La Niña deverá permanecer até o final do ano, com chuvas entre junho e agosto, de acordo com o prognóstico do Serviço Nacional de Meteorologia, mas em volumes abaixo do normal.

Cai a produção
Segundo a Caprolecoba, em maio o volume de leite começou a crescer, mas o solo seco e as geadas reduziram o volume de leite nas fazendas. 

“O pasto acabou e não teve como fazer a rotação de pastagens. Isto obrigou ao uso antecipado das reservas e concentrados, acentuando a elevação dos custos de produção. A produtividade das vacas por dia caíram e subiram os sólidos”, destacou o boletim

Preços, a esperança
No entanto, o panorama traçado pela Caprolecoba inclui análise otimista: é possível pensar em maior recuperação do preço do leite ao produtor.

“A conversa entre a indústria de laticínios e o Secretário de Comércio Interior estaria dando alguns frutos, para poder flexibilizar com mais lógica a atualização dos “preços controlados”. Isto, junto com a persistência da demanda no mundo, que projeta bons preços para o leite em pó integral (nosso principal produto de exportação), é importante para os produtores argentinos. Porque, explica, em boa medida, a “capacidade de pagamento” que as indústrias teriam para competir pelo leite das fazendas”, diz o documento.  (Fonte: Infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Cadeia leiteira cobra governo do Estado por falta de competitividade

O valor de referência do leite projetado para o Rio Grande do Sul em junho é de R$ 2,6551 o litro, segundo indicador divulgado pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite).

De acordo com o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, a projeção reflete o momento de entressafra do leite no Sul do Brasil e a elevação de custos de produção no campo e na indústria, principalmente em função do reajuste de itens como o óleo diesel, o frete, as embalagens, e do próprio milho utilizado na ração do gado. "Os preços tiveram uma reposição necessária para garantir a rentabilidade da atividade leiteira", ponderou.

O momento, alertou ele, é de estreitar o diálogo com o governo do Estado para tentar encontrar um ponto de equilíbrio. Nos últimos meses, o setor lácteo vem enfrentando perda de competitividade com o impacto tributário do novo Fator de Ajuste de Fruição (FAF), já que Santa Catarina e Paraná não têm esse aumento de carga tributária e ainda possuem fábricas de embalagens acartonadas e embalagens secundárias mais desenvolvidas que o Rio Grande do Sul. Essa perda de competitividade, aliada ao alto custo de produção, tem contribuído para a diminuição do número de produtores e do volume de leite ofertado no campo.

Para o diretor-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, o caminho é o diálogo com o Palácio Piratini para que a cadeia dos lácteos retome competitividade perante os outros estados do Sul.

"Temos que mostrar ao governo e à Secretaria da Agricultura (Seapdr) que precisamos fazer uma discussão política e de Estado para que comece a se recuperar a produção. Santa Catarina e Paraná não tiveram redução de produção tão grande quanto aqui. Alguma questão está desequilibrada", afirma ele. "O principal motivo para a redução de rebanhos e produção é a política tributária, por conta de incentivos que outros estados acabam dando aos produtos, seja com uma tarifa elétrica diferenciada, seja por taxas juros investimento diferenciadas", conclui Palharini. (Jornal do Comércio)


 

Jogo Rápido 

Para além da loja física
Já imaginou comprar um trator em um site como o Mercado Livre, por exemplo, tal qual se compra uma televisão? É assim que os produtos da Languiru poderão ser adquiridos a partir de agora. A cooperativa, com sede em Teutônia, no Vale do Taquari, fechou uma parceria com a plataforma de marketplace e e-commerce Campear. Na prática, qualquer pessoa, independentemente de ser associada, pode comprar sementes, fertilizantes, defensivos, medicamentos veterinários, máquinas e implementos agrícolas da cooperativa pelo Campear.com. - Nós queríamos atingir mais pessoas, ampliar o leque de clientes, que, até então, se restringiam às regiões onde estão situadas as nossas lojas - explica o gerente de máquinas e equipamentos da Agrocenter Languiru, Neodi Elias Tischer. A ideia é que a plataforma digital complemente as vendas das lojas físicas. O site fornece informações dos produtos, como fotos, características e valores, e o contato do vendedor para realização da compra. Ainda não há a opção de pagamento via plataforma. Assim como a venda, a entrega é negociada diretamente com o comprador. Atualmente, a Languiru conta com lojas ou seções de Agrocenter em nove municípios no Estado. - A nossa ideia de criar um marketplace voltado somente para o agro surgiu pela necessidade do setor de ter outras formas de comercialização. O produtor rural tinha poucos lugares para fazer pesquisa de preço, por exemplo - justifica Jean Michel Fuchs, um dos sócios da iniciativa. Inaugurada em 2019, a plataforma conta atualmente com mais de 40 empresas. E, fundada há 66 anos, a Languiru é a primeira cooperativa a participar do negócio. (Zero Hora)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.687


Leite: Nota de conjuntura Emater/RS
 
Apesar do baixo desenvolvimento das pastagens devido ao frio e à baixa insolação, os rebanhos estão em bom estado sanitário e mantêm boas condições corporais. A volta da ocorrência de chuvas provocou a formação de lama nos corredores e ao redor das instalações, o que causou um aumento nas despesas com insumos e mão de obra para a higienização dos animais ordenhados. No aspecto sanitário, houve diminuição da presença de carrapatos nos rebanhos. 
 
Os produtores estão sendo sempre orientados a vacinar e a manter o monitoramento em caso de qualquer sinal de raiva dos herbívoros, devendo comunicar os serviços veterinários oficiais locais. Inicia o período de parições nas propriedades que concentram a temporada reprodutiva no final do inverno. Esse processo irá refletir em significativa elevação na produção de leite ao longo dos próximos meses. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite apresentou um leve aumento devido ao incremento na oferta de pastagens de inverno na dieta das matrizes, além de uma pequena melhoria do clima, que favoreceu o seu desenvolvimento, especialmente no final do período com o retorno dos dias ensolarados. Em Uruguaiana, a suplementação dos animais é realizada com fardos de palha de arroz, que é um alimento útil para a manutenção do estado corporal, porém tem pouca participação no incremento da produção de leite devido à baixa qualidade. 
 
Em São Gabriel, onde o campo nativo tem participação importante na dieta do gado leiteiro, os produtores precisam aumentar a quantidade de ração e o fornecimento de silagem para garantir a produtividade do rebanho. Na regional de Caxias do Sul, com a ocorrência de temperaturas muito baixas, houve relatos de interrupção do fornecimento de água aos animais por congelamento. Também houve dificuldade de aquecimento da água para o manejo na ordenha. A implantação dos cereais de inverno para a silagem também está atrasada e deve ser intensificada na próxima semana. 
 
Na regional de Santa Rosa, o excesso de chuvas tem dificultado o pastejo, fazendo com que os animais tenham que permanecer muito tempo nas instalações. As chuvas excessivas também dificultam aos produtores o processo de desensilagem e de oferta da silagem no cocho. Além disso, aumentam os problemas de casco, casos de mamite e provocam o aumento da contagem de células somáticas.  Na regional de Soledade, os produtores encerram a ensilagem de milho.
 
Em propriedades localizadas no alto da Serra do Botucaraí, algumas lavouras tardias foram prejudicadas pelas geadas e por problemas fitossanitários. (Emater/RS)     


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 21 de Junho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Maio e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2022 é de R$ 4,2448/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite PR)

Consumo diário de leite superior a 260 ml reduz risco de morte por doenças cardiovasculares

Estudo da Faculdade de Medicina desenvolvido com base nos dados do Elsa Brasil resultou em artigo premiado pela American Heart Association

Tese defendida no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG demonstrou a correlação entre o consumo de leite e a diminuição do risco de morte por doenças cardiovasculares. Parte dos resultados do estudo está publicada no European Journal of Nutrition.

A pesquisa, que se valeu de dados do Elsa-Brasil, levantamento longitudinal desenvolvido por seis instituições de ensino e pesquisa do país, incluindo a UFMG, resultou na tese de doutorado da nutricionista Fernanda Marcelina Silva, orientada pelas professoras do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina Sandhi Maria Barreto e Luana Giatti. Foram avaliados o grupo dos chamados laticínios totais (leite, queijos, iogurtes, requeijão, manteiga, sobremesas lácteas e sorvete), alguns subgrupos (fermentados e lácteos com alto e baixo teor de gordura) e componentes do leite em separado.

Os resultados mostram que o consumo de leite superior a 260 ml para homens e 321 ml para mulheres diminui em até 66% o risco de morte por doenças cardiovasculares. Resultados parecidos foram encontrados também para laticínios totais. Entretanto, os melhores resultados foram com o alimento in natura e revelaram diferenças importantes no consumo entre os sexos.

“Por muito tempo, o leite foi tratado como alimento nocivo à saúde, mas esses resultados mostram o contrário e corroboram outros estudos mais recentes realizados ao redor do mundo”, afirma Fernanda Marcelina, que é mestre em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto e doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da UFMG.

A pesquisadora explica que, nos últimos anos, os alimentos in natura vêm perdendo espaço na alimentação do brasileiro, o que despertou o interesse para o tema. “As Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF/IBGE) detectaram aumento significativo de alimentos prontos para consumo na dieta dos brasileiros, ao passo que há queda de produtos in natura, incluindo o leite. Essa mudança no padrão alimentar ao longo dos anos vem acompanhada do aumento das doenças crônicas não transmissíveis e do risco de morte por essas doenças”, aponta.

A maior parte dos estudos disponíveis sobre o tema é proveniente de países desenvolvidos, cujo padrão de consumo alimentar difere dos hábitos no Brasil. “O brasileiro consome relativamente pouco leite e seus derivados se comparado com habitantes de países desenvolvidos, embora sejamos um país com participação importante na produção mundial desse alimento. Em outros estudos, observamos que há relação entre a renda e o consumo de leite, então provavelmente há uma restrição no acesso a esse alimento no Brasil”, analisa.

Desenho do estudo
O estudo incluiu aproximadamente sete mil participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil), uma corte que acompanha cerca de 15 mil servidores públicos, com idade de 35 a 74 anos, desde 2008-2010. O Elsa-Brasil é realizado em seis capitais: Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

A tese defendida analisou dados coletados ao longo de oito anos de seguimento dos participantes do estudo. As informações sobre consumo alimentar habitual, incluindo leite de vaca e outros laticínios, foram obtidas por meio de questionário no início do estudo. Também foram coletados dados sociodemográficos, sobre comportamentos, como tabagismo e atividade física, e sobre a saúde em geral. As informações sobre óbitos foram obtidas durante as ligações telefônicas feitas anualmente para atualizar o estado de saúde dos participantes.

A análise feita contempla o uso de modelos estatísticos que possibilitam avaliar se o consumo de laticínios prediz o risco de morte no período do estudo e se a associação entre consumo de laticínios e risco de morte por doenças cardiovasculares independe de fatores sociodemográficos e comportamentais dos participantes, como idade, prática de atividade física, tabagismo, consumo de frutas e vegetais, entre outros.

O Elsa Brasil é a maior pesquisa latino-americana sobre o desenvolvimento de doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares, câncer e doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia etc.), entre outras.

Novo artigo
Ainda será publicado um segundo artigo com base na tese de doutorado de Fernanda Marcelina. Os dados estão sob embargo, mas os resultados reforçam evidências anteriores sobre os efeitos nocivos do consumo de alimentos prontos, especificamente os ultraprocessados, e o risco de morrer de doenças crônicas não transmissíveis

Para Fernanda, o mais importante é priorizar uma alimentação saudável, balanceada e rica em alimentos in natura. Além disso, políticas públicas podem melhorar o acesso a alimentos saudáveis. “Nossos dados indicam a necessidade de se incentivar o consumo de leite e de reduzir a ingestão de alimentos ultraprocessados. O consumo de laticínios entre os brasileiros é baixo em comparação com países desenvolvidos. Esse incentivo pode contribuir para prevenção de mortes por doenças cardiovasculares. Precisamos também de políticas públicas mais rigorosas para controlar o consumo de alimentos ultraprocessados, com taxação de alimentos e restrição da publicidade, e, ao mesmo tempo, subsidiar e promover alimentos saudáveis”, conclui.

O trabalho foi premiado na Scientific Sessions 2021, da American Heart Association, com a referência Paul Dudley White International Scholar de melhor resumo brasileiro. A pesquisa também foi agraciada como o melhor tema livre oral na categoria Jovem Pesquisador do Congresso Brasileiro de Cardiologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Financiaram a pesquisa o ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Saúde do adulto
O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto é uma investigação multicêntrica composta de 15 mil servidores de seis instituições públicas das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. A pesquisa tem o propósito de investigar a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas, em particular, as cardiovasculares e o diabetes.

Em cada centro integrante do estudo, os voluntários – com idade entre 35 e 74 anos – fazem exames e entrevistas quadrienais para avaliar a saúde e obter informações sobre aspectos como condições de vida, trabalho e comportamentos que podem afetar a saúde, como a dieta. Em Minas Gerais, o Centro de Pesquisa fica no Hospital Borges da Costa, anexo ao Hospital das Clínicas da UFMG. Ele é coordenado pelas professoras Sandhi Maria Barreto e Luana Giatti, da Faculdade de Medicina.

Tese: Consumo de laticínios e alimentos ultraprocessados e risco de morte: resultados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil)
Autora: Fernanda Marcelina Silva
Orientadora: Sandhi Maria Barreto
Coorientadora: Luana Giatti Gonçalves
Data da defesa: 26 de maio de 2022

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG


 

Jogo Rápido 

Feras da Sustentabilidade: o meio-ambiente como protagonista de sucesso do seu negócio!
Nos últimos tempos, a sustentabilidade tem feito cada vez mais parte da vida das pessoas. Garantir recursos para as gerações futuras deixou de ser apenas uma ideia e vem determinando como se deve produzir e o que será consumido. No “futuro”, não haverá espaço para produções insustentáveis e um número cada vez maior de consumidores já escolhe os produtos se baseando neste conceito. A questão é: vamos esperar o “futuro” chegar para “nos mexermos” quanto a isso? A agropecuária, sobretudo a bovinocultura, já vem sendo alvo de diversas provocações neste sentido. Isso faz com que, além dos consumidores, as empresas olhem com mais critério para a matéria-prima que adquirem e, neste contexto, o pagamento por sustentabilidade passa a ser uma realidade tão distante assim. Contudo, por ser um tema ainda distante da realidade da maioria das fazendas, o conhecimento de muitas pessoas sobre sustentabilidade é raso. Muito se fala da importância do meio ambiente, de garantir recursos, mas, na prática, é possível que o produtor tenha também retorno financeiro que justifique o investimento? A resposta é sim! Não é à toa que todas as fazendas Top 100 — que sempre estão na vanguarda da inovação — aplicam pelo menos uma medida sustentável em suas propriedades. Mas como explorar este conceito na sua fazenda ou nas que atende? Descubra no MilkPoint Experts, Feras da Sustentabilidade! Nesta imersão online vamos explorar, de modo holístico, as formas como os produtores de leite brasileiros podem, dentro de suas realidades, adotar técnicas de sustentabilidade ambiental. Mas vamos além: falaremos como eles podem ganhar dinheiro com isso. O futuro vai chegar e ter um conhecimento superficial sobre este assunto não será o suficiente. Nós apostamos que a sustentabilidade será mais que um diferencial em pouco tempo, passando a ser um determinante para produzir alimentos. Quando este “futuro” chegar, como você, produtor de leite, vai estar? Através de um programa inédito, traremos o que há de mais atualizado no tema, indo bem além da superficialidade que normalmente acompanha esse assunto. Clique aqui para saber mais sobre o evento! Reuniremos o que você precisa saber hoje sobre o tema. Traduziremos na prática os conceitos. Associados Sindilat/RS tem 20% de desconto, clicando aqui. (Milkpoint)
 

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 21 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.686


Diesel mais caro em vários países
 
No Brasil, os preços já estavam muito parecidos. Depois do aumento de 5,18% na gasolina e 14,26% no diesel, o resultado era previsível: o combustível que move ao redor de 60% da movimentação nacional de carga se tornou o mais caro dos disponíveis nos postos de revenda.
 
Há cerca de 45 dias, a coluna havia abordado o tema quando soube que o diesel havia ficado mais caro do que a gasolina nos Estados Unidos e alertado para o risco de que o mesmo poderia ocorrer no Brasil. Mas não imaginava que seria tão rápido.
 
Como boa parte da alta do petróleo no mundo, o fenômeno da valorização do diesel também é global. Mas assim como parte do aumento dos combustíveis tem componentes nacionais (a alta do dólar, por sua vez, em parte provocada por decisões de governo), a virada nas relações de valor dos combustíveis também tem.
 
A parte global começou antes da guerra da Ucrânia e envolve investimentos reduzidos em refino, atividade considerada pouco rentável, e a transição energética, com maior atenção para outras fontes de energia. Com o ataque russo, só se agravou. A Rússia responde por quase 25% das exportações globais de diesel e ainda fornece produtos complementares a refinarias europeias.
 
Além disso, para obter diesel com menor teor de enxofre, exigência ambiental em países mais desenvolvidos e em grandes cidades no Brasil, usa-se gás natural, que também disparou, o que deixou o processo mais caro.
 
A parte nacional da pressão vem da maior dependência de importação. Como a coluna já detalhou, o Brasil precisa importar cerca de 30% do diesel consumido aqui, mas menos de 10% no caso da gasolina.
 
Isso significa maior dificuldade de praticar preços de diesel mais baixos do que a referência internacional porque, nesse caso, os importadores não vão querer comprar diesel mais caro lá fora para vender mais barato no Brasil. Se venderem pelo preço que os remunere, ninguém vai querer comprar. Outro fator com menor impacto, mas que não pode ser desprezado, foi a redução na mistura de biodiesel, que provocou maior consumo do derivado de petróleo e elevou o risco de escassez.
 
No mundo, além dos Estados Unidos, o diesel está mais caro do que a gasolina na Suécia, na Alemanha e na França, considerando apenas a amostragem selecionada pela coluna. São países muito desenvolvidos, com logística que não depende desse combustível, por ter transporte de carga marítimo, fluvial e ferroviário.
 
Na Venezuela, onde há forte subsídio, o diesel "custa" o mesmo que a gasolina. E no Irã, outro caso de forte intervenção estatal, o valor em dólares é irrisório, mas o do diesel é cinco vezes maior.
 
No levantamento da GlobalPetrolPrices.com, o preço do diesel no Brasil ainda não foi atualizado, então segue mais barato do que o da gasolina. (Zero Hora)

                                          


GDT - Global Dairy Trade
 

 
As informações são GDT - Adaptado pelo Sindilat/RS

 

Novas tecnologias de produção com forrageiras no inverno trazem resultados a produtores de leite em Serafina Corrêa
 
Novos arranjos produtivos de forrageiras de inverno, além de tecnologias e técnicas para manejo da bovinocultura leiteira estão sendo testados e avaliados a campo em propriedades do Projeto Elite a Pasto, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar em Serafina Corrêa. Algumas dessas técnicas já estão consolidadas e sendo aplicadas em propriedades, trazendo resultados para a produção de leite das famílias. Esse foi o tema apresentado pela Emater/RS-Ascar no Dia de Campo sobre Silagem de Inverno, realizado na tarde de quarta-feira (15/06), na propriedade da família do agricultor Nelson Pavoni, na comunidade de São Caetano. O evento também contou com a participação da Embrapa Trigo, com a Unidade de Referência Técnica (URT) em Trigo BRS Reponte, semeado na propriedade em 3 de março deste ano para fazer duas safras de silagem de inverno, além da Biotrigo, iniciando um trabalho de qualificação da ensilagem de inverno.
 
A propriedade, que já aplicou técnicas como o pastoreio rotatínuo, o aumento dos horários de pastejo no dia, além do ajuste da suplementação volumosa conforme a disponibilidade de pasto em horários em que não ocorrem pastejo e o uso de concentrados de alta energia e baixa proteína em condições de alta oferta de pasto, vem apresentando uma evolução ano após ano, medida com o controle de dados mensais através do app GT Leite, desenvolvido pela equipe municipal da Emater/RS-Ascar e disponível para os produtores do município. "Mesmo com o aumento do custo dos insumos, como o concentrado, sementes, fertilizantes, diesel e outros, a família elevou os resultados econômicos da propriedade em 2021, em comparação com 2020 e 2019, quando iniciaram o controle no aplicativo", ressalta o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.
 
Ele explica que trabalhando com alto consumo de pasto de qualidade por dia, a propriedade trabalha com baixo custo operacional, que mesmo tendo passado de R$ 0,65 em 2020 para R$ 0,96 por litro produzido em 2021, com o aumento dos preços recebidos pela produção, a margem por litro de leite se manteve na faixa de R$ 1,10. "Com essa alta margem por litro mantida, mas aumentando a produtividade por vaca de 8,2 para 9,6 mil litros por ano, de 2019 para 2021, na mesma área - ou seja: mais leite com a mesma margem - o resultado é a elevação dos resultados econômicos da propriedade. Os resultados, somente com leite, já descontando as despesas, se equivalem a mais de 90 sacos de soja por hectare no ano, limpo", frisa o extensionista.
 
Além das técnicas e tecnologias aplicadas na propriedade, Ebert apresentou outras avaliações que estão ou já foram feitas em propriedades do Projeto Elite a Pasto, como parte do planejamento feito com os produtores. Dentre as avaliações em campo realizadas, está o cultivo sucessivo de duas safras de silagem de inverno feito na Unidade de Referência Técnica (URT) de Trigo BRS Reponte, para o verão e outono de 2022, em parceria com a Embrapa Trigo, que foi o tema da segunda estação, apresentada pelo pesquisador Osmar Conte.
 
Conte apresentou o trabalho feito com a Emater/RS-Ascar em seus 12 regionais, com URT’s implantadas entre 15 de fevereiro e 15 de março. De acordo com ele, o posicionamento desse material para implantação logo após a safra de verão, abre uma nova oportunidade para produção de massa de baixo custo com boa qualidade nutricional, aproveitando melhor as áreas, o que é ainda mais importante em pequenas propriedades. Na propriedade da família Pavoni, logo após a ensilagem do material semeado em 3 de março, o que deve ocorrer ainda no mês de junho, será implantado trigo novamente para a segunda safra de silagem.
 
Durante o evento, também foi dado início a um trabalho em parceria com a CATR e a Biotrigo, visando à melhoria da operação de ensilagem para obtenção de silagens de inverno de maior qualidade. O engenheiro agrônomo Luiz Henrique Michelon, supervisor comercial da Biotrigo, abordou os principais elementos do processo de ensilagem e as recomendações para as principais dificuldades que os produtores têm encontrado a campo.
 
De acordo com ele, como a maior parte dos produtores se utiliza de prestadores de serviço, há dificuldades em agendar para ensilar o trigo no ponto certo, bem como com equipamentos e no tempo disponível para compactar as camadas adequadamente enquanto os prestadores colhem as lavouras. Os técnicos da Biotrigo ainda fizeram uma prática de avaliação do teor de matéria seca para determinar o ponto de colheita com uma Airfryer, que pode ser feito na propriedade para melhorar a estimativa de data de colheita e acertar o ponto de corte do trigo.
 
O evento faz parte das atividades previstas no Projeto Elite a Pasto, realizado pela Emater/RS-Ascar com 12 famílias que produzem leite em Serafina Corrêa, o qual visa desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul)

 

 

Jogo Rápido 

Sem trégua para o leite
Para explicar a alta no preço do leite, que a coluna avisou ontem que em breve chegará a R$ 6 para o consumidor, o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, falou no Gaúcha Atualidade que as pressões vêm de todos os lados. Além dos custos de produção, um dos motivos é a entressafra. Porém, ele disse que, mesmo passando o período, dificilmente o preço cairá. O principal argumento para essa resistência nas alturas é uma oferta menor do que a demanda nacional, diz Palharini, que acrescenta não haver excesso de produção também na Argentina e no Uruguai, o que poderia ajudar a suprir o mercado. - Talvez tenhamos estabilidade, mas é difícil haver redução. O contexto fez dobrar e triplicar petróleo e fertilizantes. Para a indústria, pesa também a alta exponencial das embalagens e, agora, o reajuste dos salários na faixa de 12%. (Zero Hora)