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08/04/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.121


Majoração do ICMS será pauta de reuniões antes da missão internacional de Leite

Após apelo de grupo de entidades, governo do Estado decidiu adiar início da vigência dos cortes de incentivos e retomar o plano de aumento da alíquota modal

A volta à cena da possibilidade de majoração da alíquota modal do ICMS, mas desta vez de 17% para 19%, será pauta de uma série de reuniões nesta semana. Um dos encontros, na quarta-feira, às 11h, na Assembleia, foi solicitado pelo grupo de entidades que resgatou o chamado plano A do Piratini, com pequena alteração no índice, diante dos impactos mais amplos gerados pelos decretos de cortes nas concessões de benefícios fiscais.

À tarde, desta vez no Piratini, será realizado outro encontro com ala do empresariado e presidentes de entidades de classe. Também foram chamados deputados da base. O governador Eduardo Leite (PSDB) participará da conversa, que está prevista para ocorrer das 14h às 17h no Salão Negrinho do Pastoreio.

Na reunião, Leite apresentará uma “nova agenda de desenvolvimento” do Estado. Estão previstas ainda discussões sobre a importância de planos de desenvolvimento e sobre “macrotendências” que podem ter impacto na economia gaúcha.

Na quinta-feira Leite conversará com deputados da base mais uma vez. Os movimentos antecedem a missão do governo. Na sexta-feira, o tucano, acompanhado de comitiva que será integrada pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e pelo líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), entre outros, embarcam para a Europa. Serão cumpridas agendas na Itália e na Alemanha. O retorno está previsto para o dia 23. Até lá, o cenário em torno da proposta, que precisa de aval legislativo, deve estar um pouco mais definido. (Correio do Povo)


Balança comercial de lácteos: importações apresentam sutil recuo

O mês de março encerrou e o saldo da balança comercial de lácteos seguiu recuando. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês chegou a -160 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma recuperação mensal de 3,8 milhões de litros em relação a fevereiro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Apesar das exportações brasileiras de lácteos terem apresentado um recuo mensal no último mês, o patamar observado se manteve alto, se comparado aos últimos meses. Com 14,3 milhões de litros em equivalente-leite exportados no último mês, a queda mensal foi de 13%, no entanto, quando comparamos com o resultado obtido em março de 2023, houve uma importante alta de 180%, conforme mostra o gráfico 2, sendo o maior volume exportado para o mês dos últimos 7 anos.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações mensais de lácteos seguiram recuando no último mês e atingiram o menor patamar de 2024, até o momento; apesar de ainda registrarem um volume considerado alto. Ao todo, foram importados em março 174,2 milhões de litros em equivalente leite, registrando um recuo mensal de 3%. Quando comparado com março de 2023, a variação observada foi de -14%, quando foram importados cerca de 30 milhões de litros em equivalente-leite a mais do que o registrado no último mês, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Dentre as principais categorias importadas, o leite em pó integral, que possui a maior participação nas importações (49%), apresentou um recuo mensal de 20% em seu volume importado no último mês, apresentando o menor volume importado em toneladas desde fevereiro/2023.

Já outras importantes categorias como os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representam 40% das importações, apresentaram avanços em seus volumes de 13% e 30%, respectivamente, no último mês. Sendo que o avanço nas importações dos queijos foi puxado principalmente por uma alta na categoria de muçarela, que apresentou uma variação mensal de 6% em seu volume importado.

Outras categorias que possuem menor participação dentro das importações também apresentaram avanços em seus volumes importados, como as categorias de outros produtos lácteos e o soro de leite, que aumentaram em 250% e 35%, respectivamente, seus volumes de março em relação ao mês anterior.

Assim como o leite em pó integral apresentou um recuo para as importações, a categoria, que também é a mais relevante dentro das exportações, apresentou um recuo mensal de 28% em seu volume exportado no último mês.

Em contrapartida, as demais categorias de maior relevância nas exportações apresentaram avanços em seus volumes no último mês. O leite UHT apresentou uma alta mensal de 51%, enquanto para os cremes de leite e o leite condensado o avanço observado chegou a 28% e 22%, respectivamente.
Os queijos também aumentaram suas exportações em 20% no último mês, chegando ao maior volume exportado dos últimos 16 meses.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em março de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?
Mesmo com indicadores de mercado apontando para uma competitividade nos preços dos leites em pó importados em relação aos produtos locais no Brasil, as novas atualizações fiscais em relação ao uso de produtos importados colocam uma expectativa de diminuição nas importações brasileiras para os próximos meses.

Apesar da alteração nos benefícios de créditos fiscais, um ponto chama atenção em relação as importações brasileiras de lácteos: os queijos. Com o varejo se mostrando mais ativo nas compras de queijos importados, principalmente muçarela, foi possível observar um aumento no volume que entrou no Brasil no último mês para a categoria. No entanto, vale ressaltar que devido a defasagem entre a negociação do produto e sua chegada efetiva no mercado brasileiro, o volume que entrou no último mês foi negociado cerca de 3 meses antes. Desta forma, olhando o mercado hoje, a muçarela importada se mostra menos competitiva em preço em relação a muçarela local, o que pode ser um indicativo de que o volume importado de queijos também possa desacelerar nos próximos meses, assim como já temos observado para os leites em pó. (Milkpoint)

Informativo Conjuntural 1809 - EMATER/RS: BOVINOCULTURA DE LEITE

A redução na qualidade dos alimentos disponíveis no pasto resulta em menor ingestão, exigindo ajustes maiores no uso de alimentos conservados e concentrados. Contudo, os produtores enfrentam dificuldades devido aos altos custos desses alimentos, ocasionando reduções na produção leiteira nesta época e intensificando os efeitos do vazio outonal. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a sanidade do gado leiteiro segue normal, e ocorre controle de ectoparasitas. O calor intenso levou à redução no consumo de alimentos e na produtividade dos animais. Por outro lado, o clima mais estável permitiu melhor higiene e produção de leite de qualidade, dentro dos parâmetros exigidos pelas normativas do MAPA. 

Na de Erechim, o preço médio do leite está em queda, acarretando redução geral do lucro das propriedades. Apesar do bom estado sanitário do rebanho, as altas temperaturas causaram desconforto nos animais, resultando em leve diminuição da produtividade. 

Na de Frederico Westphalen, os indicadores de oferta de água para dessedentação dos animais e limpeza dos equipamentos apontam para níveis satisfatórios de quantidade e qualidade. 

Na de Ijuí, a produção de leite sofreu pequena redução em relação à semana anterior devido à menor produção das forrageiras no momento, sendo mais significativa nas propriedades que adotam o sistema de produção a campo. 

Na de Pelotas, a falta de energia afetou várias localidades, e os produtores precisaram usar geradores à combustão, elevando os custos de produção. Houve perdas na produção em Jaguarão, Morro Redondo e Piratini, que ficaram até 13 dias sem energia elétrica. 

Em Santa Vitória do Palmar, mas as chuvas abundantes causaram perdas nas pastagens de inverno, atrasando a semeadura. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro está em boas condições sanitárias e produtivas. 

Em Júlio de Castilhos, as altas temperaturas, a baixa umidade e os dias abafados causaram estresse térmico nas vacas, afetando a produção e a qualidade do leite. 

Na de Santa Rosa, em razão da redução das temperaturas, houve melhora no bem-estar dos animais, levando os produtores a aumentar o número de inseminações como consequência da diminuição do retorno do cio das matrizes. (Emater/RS)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10 % desconto para o Interleite Sul 2024
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS)  têm liberado desconto de 10% na compra de ingressos para a  11ª edição do Interleite Sul. O evento acontecerá nos dias 08 e 09 de maio, na cidade de Chapecó (SC). O segundo lote está sendo comercializado até o dia 26 de abril através do site interleitesul.com.br. Para os dois dias de evento, estão programadas 23 palestras sobre o universo do leite, conforme a programação disponível abaixo. Neste ano, o Interleite Sul foca em discutir caminhos para o futuro da produção e será dividido entre seis painéis: Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções; Tecnologia aplicada para melhores resultados; Olhando para o futuro; Transformações e prioridades do leite nos estados do Sul do Brasil; Os diferentes caminhos para a sucessão do negócio e Os desafios e soluções para a mão de obra no campo. Os materiais estarão disponíveis para download e serão conferidos certificados de participação “O Interleite Sul é um dos eventos que ajudam a fortalecer e antecipar as discussões em torno da cadeia do leite, oferecendo formação e oportunidades de crescimento para a indústria láctea”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. LINK COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (SINDILAT RS)


 

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