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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  14 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.485


Aline Sleutjes apresenta desafios da cadeia leiteira em visita de parlamentares à Embrapa

Membros da Comissão de Agricultura da Câmara visitaram a Embrapa Gado de Leite, em Minas Gerais, para conhecer realidade do setor

A presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados Aline Sleutjes (PSL-PR) afirmou, nesta última sexta-feira (11), em visita técnica à Embrapa Gado de Leite, no município de Coronel Pacheco (MG), que um dos principais gargalos do setor leiteiro no país é o custo de produção e a previsibilidade de preço.

“O custo de produção tira a competitividade do nosso setor com os maiores produtores e exportadores de lácteos do mundo. A nossa meta é fazer a leitura de todos os conhecimentos, oportunidades e pesquisas para encontrarmos a melhor solução de economia para o produtor,” disse.

A visita da comissão de deputados da CAPADR à Embrapa mineira foi para colher subsídios e informações sobre os problemas enfrentados pela cadeia leiteira. Durante o encontro, a deputada, membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ressaltou a importância de ajudar os pequenos produtores.

“O Brasil está mudando e não podemos ficar parados esperando a tecnologia acontecer, a gente precisa qualificar o produtor para ele fazer do leite, o queijo, requeijão e, assim, agregar valor à sua produção”. A deputada ressalta a importância de buscar alternativas para não exterminar os pequenos produtores, “precisamos ajudá-los a fazerem de suas pequenas propriedades grandes produtoras de leite”.

A deputada Aline disse ainda que cerca de 20 milhões de brasileiros sobrevivem, direta ou indiretamente, do setor leiteiro. “A nossa jornada é ver o que está dando certo nos vários estados do nosso país. Temos a obrigação moral de dar condições para que o cidadão do campo não pare e sim progrida com desenvolvimento genético, aprimoramento da cultura e alimentação mais barata de qualidade para o animal.”

Segundo dados do último Censo do IBGE, o Brasil tem 1.171.000 propriedades produtoras de leite, em 98% dos municípios brasileiros. Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), relator da subcomissão do leite (Subleite) na Câmara e membro da FPA, “a Embrapa é fundamental para a pecuária leiteira”.

O parlamentar sustenta que “o leite é um dos poucos alimentos que é produzido em quase todos os municípios do Brasil”. Segundo Domingos, o país tem um dos maiores mercados consumidores do mundo e tem potencial para aumentar a demanda. “Precisamos descentralizar a produção e a Embrapa tem esse papel”, explica.

A primeira visita técnica da CAPADR para definir alternativas de suporte ao setor foi na Embrapa Gado de Leite (MG). Estão previstas novas visitas aos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Espírito Santo.

A indústria do leite no Brasil em números:

- 1,171 milhão de estabelecimentos produtores de leite, desde o pequeno da agricultura familiar, passando por médios e grandes produtores;

- A cadeia leiteira gera 4,5 postos de trabalho direto na produção por propriedade;

- Mais de 5,2 milhões de famílias vivem da produção (no setor primário) do leite;

- 20 milhões de pessoas estão na cadeia produtiva do leite em empregos no transporte, industrialização e comercialização;

- O Brasil é o 3º maior produtor do mundo de leite, e o alimento é o sexto de maior importância na cadeia do agro brasileiro. (FPA)


Lei garante Internet para professor e aluno

Foi publicada ontem, no Diário Oficial da União, a Lei 14.172, que determina o repasse de R$ 3,5 bilhões para garantir acesso à Internet, com fins educacionais, para alunos e professores da Educação Básica pública. A norma só foi possível após o Congresso Nacional rejeitar, em sessão, no início de junho, o veto total do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que originou a lei (PL 3.477/2020). O presidente Jair Bolsonaro, à época do veto (Vet 10/2021), argumentou que a matéria não apresentava estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro. E os ministérios da Economia e da Educação justificaram que a proposta aumentaria a rigidez do orçamento, dificultando o cumprimento da meta fiscal e da regra de ouro (dispositivo legal que veda ingressos financeiros com endividamento superior a despesas), prevista na Constituição Federal. A lei determina o repasse de R$ 3,5 bilhões, da União para estados, DF e municípios. As fontes de recursos para o programa serão o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e o saldo correspondente a metas não cumpridas dos planos gerais de universalização do serviço telefônico fixo. Na discussão da matéria no Senado, o relator da proposta, senador Alessandro Vieira (SE), explicou que os recursos podem assegurar uma oferta mensal de 20 gigabytes de acesso à Internet a todos os professores dos ensinos Fundamental e Médio das redes estaduais e municipais. E ainda permitem beneficiar estudantes da rede pública desses níveis de ensino, integrantes de famílias vinculadas ao Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal, além de indígenas e quilombolas. (Correio do Povo)

 

Indicador do Emprego sobe após sequência de quedas

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 4,7 pontos na passagem de abril para maio, para 83,4 pontos, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais o IAEmp subiu 0,1 ponto, interrompendo uma sequência de quedas iniciada em janeiro. “A recuperação dos últimos dois meses deixa o indicador no mesmo patamar do início do ano. A melhora nas expectativas para o mercado de trabalho tem sido influenciada pela flexibilização das medidas restritivas e pelo avanço do programa de vacinação. O cenário para os próximos meses parece ser de continuidade dessa retomada, mas ainda de maneira gradual e com alguns riscos, em especial o de novas ondas da pandemia”, avaliou por meio de nota oficial Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). O IAEmp ainda sugere expectativa de geração de vagas adiante, e quanto maior o patamar mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. Em maio, seis dos sete componentes registraram avanços. A contribuição mais positiva foi a da Situação Atual dos Serviços, com 2,2 pontos, o equivalente a 47% da alta do indicador agregado. No mês de maio somente o componente que mede a Tendência de Negócios da Indústria impactou de forma negativa o resultado do IAEmp, com um recuo de 0,4 ponto. Também ontem foram divulgados dados que fazem parte da pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e os resultados mostraram que no quesito emprego houve alta pelo nono mês consecutivo, com taxa de 0,3%. Da mesma forma a massa salarial real retornou ao patamar verificado em fevereiro de 2020, antes da pandemia. O rendimento médio real, ou seja, descontada a inflação, teve alta de 1,6% em abril ante março. Já o dado apurado sobre faturamento revelou queda de 1,3% em abril ante março na série livre de efeitos sazonais. No que se refere ao faturamento especificamente, as informações vêm oscilando entre elevações e baixas nos últimos meses. Houve uma queda de 4,1% em fevereiro e avanço de 3,1% em março antes da baixa de 1,3% verificada nesta última leitura de abril. (Correio do Povo)


Jogo Rápido  

Mapa publica Tomada Pública de Subsídios sobre regulação de produtos "plant based"
Plant based – O Ministério da Agricultura publicou hoje (11/06) a PORTARIA Nº 327, DE 2 DE JUNHO DE 2021 com o intuito de obter contribuição para a discussão sobre a regulamentação dos produtos de origem vegetal conhecidos como “plant based”.A Tomada Pública de Subsídios tem duração de 90 dias e tem como objetivo permitir a ampla divulgação e a participação de órgãos, entidades ou pessoas interessadas em contribuir com a discussão sobre a regulação dos produtos processados de origem vegetal análogos a produtos de origem animal, autodenominados como "plant based". A participação pode ser feita através do formulário clicando aqui. As contribuições serão consolidadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal. Acesse aqui a PORTARIA Nº 327, DE 2 DE JUNHO DE 2021 (Terra Viva com dados do Diário Oficial da União – DOU)


 

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Porto Alegre,  11 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.484


Piracanjuba passa a ser a líder em captação de leite

Após assumir, em janeiro de 2020, três unidades que pertenciam à suíça Nestlé, a Laticínios Bela Vista, dona da marca Piracanjuba, passou a liderar o ranking de captação de leite no país. O levantamento, elaborado anualmente pela Leite Brasil, associação de produtores incorporada pela Abraleite, está em sua 24ª edição. 

A Nestlé apareceu no topo em todas as 23 anteriores. A Bela Vista saiu da segunda posição em 2019 para a liderança no ano passado, com o aumento de captação de 23%, para 1,8 bilhão de litros em 2020. Além de assumir unidades da multinacional suíça em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a empresa ampliou capacidades nesses locais para fabricar leite condensado, creme de leite e achocolatado, diz Luiz Claudio Lorenzo, diretor comercial da companhia.

A empresa tem outras quatro unidades em Goiás, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. O faturamento bruto da Bela Vista aumentou 54% em 2020, para R$ 6,5 bilhões. Para este ano, a expectativa é de crescimento de 10%. 

Embora seja termômetro sobre captação de leite no país, o ranking não incluiu empresas de peso como a multinacional francesa Lactalis (dona da Itambé e da Cativa), Italac (Goiasminas) e Tirol. Neste ano, também a Aurora ficou de fora - segundo a Abraleite, essas empresas não informaram dados. A Aurora, que constava em 2019, teria mantido o quinto lugar com a captação de 550 milhões de litros, segundo apurou o Valor.

Entre outros movimentos de destaque houve o ganho de volume de Embaré e Frimesa e a redução de captação da Nestlé e Cativa. Somados os volumes captados pelas 16 maiores empresas, entre as participantes e as ausentes, o total chegaria a 12,5 bilhões de litros, volume que representa 50% dos 25 bilhões de litros cuja produção passa por algum tipo de inspeção no país. (Valor Econômico)

                              


Rabobank revela retomada dos níveis da demanda por lácteos

A pandemia global ainda não acabou e os riscos continuam, mas alguns grandes mercados estão retomando os níveis pré-pandêmicos de demanda, de acordo com analistas da indústria Rabobank.

A cada mês que passa, os mercados de lácteos em todo o mundo estão lentamente voltando ao normal após os efeitos causados pela pandemia. A avaliação cuidadosa dos dados de oferta e demanda é confiável, pois, foi realizada a sobreposição dos períodos correspondentes mais atingidos e o carregamento da despensa de 2020. No entanto, olhando para os próximos 12 meses, os fundamentos do mercado subjacentes permanecem relativamente neutros.

Contudo, os riscos e incertezas ainda são abundantes, o que está sustentando os preços das commodities em níveis elevados. Com a provável redução da demanda de importação chinesa no segundo semestre de 2021, o poder de compra de outros países será testado e, provavelmente levará a ajustes de preços nos mercados de laticínios.

Os mercados à vista de lácteos, em sua maior parte, permaneceram neutros durante o segundo trimestre de 2021. Os preços das commodities da Oceania ficaram praticamente estáveis no último trimestre, excluindo uma correção nos mercados de gordura de manteiga. No meio do ano, os preços das commodities (em termos de dólares) estão sendo negociados em níveis elevados em comparação com o ano passado.

O crescimento da oferta global nas principais regiões de exportação também ficou estagnado. O fluxo europeu foi em grande parte sem brilho, com um crescimento modesto de 0,5%. O clima desfavorável e os custos crescentes dos alimentos estão contrariando os preços mais altos do leite na região.

As entregas de leite no noroeste da Europa caíram acentuadamente, com França (-2,5% ou 159.000 toneladas), Alemanha (-1,9%) e Holanda (-1,3%) caindo, enquanto Irlanda (+ 10,3%) e Itália (+2,3 %) registraram crescimento.

As exportações de queijo da União Europeia (UE)  também foram positivas, registrando um aumento de 4,8% com relação ao ano anterior, ou 11.100 toneladas métricas, no primeiro trimestre de 2021, enquanto as exportações de leite em pó integral foram levemente maiores (0,3% com relação ao ano anterior).

Já as exportações de leite em pó desnatado aumentaram 3,1% ou 6.100 toneladas. A manteiga obteve baixo desempenho, além da redução das exportações aos EUA, contribuindo para uma redução de -18,7% com relação ao ano anterior, ou 12.600 toneladas, no primeiro trimestre do ano.

Do lado do Brexit, o Reino Unido adiou a implementação dos controles de fronteira sobre os produtos lácteos da UE até pelo menos 1º de outubro, visto que tais controles resultaram em alguns atrasos, o que é problemático para produtos frescos como nata e leite desnatado condensado.

Além disso, os produtos fabricados na UE, em parte com matérias-primas do Reino Unido podem, enfrentar desafios de regras de origem de países de fora. Esse problema provavelmente vai persistir, resultando em plantas da UE segregando os fluxos de ingredientes, o que pode desencorajar o uso de ingredientes lácteos no Reino Unido.

Enquanto isso, a produção de leite dos Estados Unidos (EUA) continua em alta velocidade, com 9,49 milhões de vacas no país, tornando-se o maior rebanho leiteiro em mais de 20 anos, crescendo 2% no primeiro trimestre de 2021. Além deste crescimento, a produção leiteira do país continua registrando uma taxa de crescimento mais forte do que a tendência.

A capacidade expandida do queijo está absorvendo parte do novo leite. A produção de queijo de estilo americano aumentou 7% com relação ao ano anterior no primeiro trimestre de 2021. A fabricação de muçarela, entretanto, caiu -0,8% no mesmo período.

A Nova Zelândia teve um bom resultado na temporada 2020/21. O crescimento da oferta tem sido positivo na América do Sul, mas os custos crescentes dos alimentos e a inflação devem moderar o crescimento anual no segundo semestre de 2021, e a demanda interna permanece irregular.

Como resultado, o crescimento da oferta nas principais regiões de exportação tem sido administrável. O Rabobank espera um crescimento modesto da produção anual de 1% durante os próximos 12 meses para as regiões de exportação Big-7.

De uma perspectiva global, a pandemia global está longe de terminar. No entanto, alguns grandes mercados de lácteos (EUA e China) estão se aproximando dos níveis pré-pandêmicos na demanda por lácteos por meio de canais de varejo e serviços de alimentação.

Há um otimismo crescente no mercado à medida que a vacinação aumenta a confiança do consumidor. Ainda assim, existem muitos riscos com a prevalência da terceira e quarta ondas, novas variantes e implementações lentas de vacinação em algumas regiões.

A China continua impulsionando o comércio global. O interesse do país por importações é visível nos primeiros meses de 2021 e tem sido o principal pilar do suporte de preços. O Rabobank ainda espera volumes de importação mais brandos com relação ao ano anterior no segundo semestre de 2021, e isso continua sendo o fator determinante da demanda, determinando os preços dos produtos lácteos em 2022.

Houve duas mudanças perceptíveis no mercado. O congestionamento endêmico nos portos continua causando atrasos nos embarques e custos mais altos de frete. Os desafios logísticos globais permanecem e continuam impactando o comércio internacional na forma de custos de frete mais elevados e remessas atrasadas. A perspectiva de curto prazo não parece fornecer qualquer alívio e representa um risco de alta para nossas projeções de preços caso as interrupções continuem.

O Rabobank também elevou suas expectativas de preço para os mercados globais de grãos e sementes oleaginosas. Os preços mais altos da ração durarão até 2022, mantendo as margens dos produtores sob pressão. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint)





Conseleite/RO - projeção de alta de 13,18% no leite entregue em maio e pago em junho

Conseleite/RO - O Boletim de mercado do setor lácteo rondoniense tem como objetivo apresentar os resultados do índice de preços da cesta de derivados lácteos denida pelo Conselho Paritário de Produtores/Industriais de Leite do Estado de Rondônia - CONSELEITE. A seguir, são apresentados os resultados para o mês de referência de maio e que foram levados à reunião deliberativa do CONSELEITE realizado no dia 07 de junho de 2021. 

No mês de junho, a indústria de laticínios do Estado de Rondônia teve uma elevação no preço médio de 13,2% na sua cesta de derivados lácteos, quando comparado com o mês anterior. Os aumentos foram observados nos preços do leite UHT (+0,1691).


Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia 2 definida pelo Conseleite de Rondônia.

                                       

1 Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto no tanque de resfriamento”, o que significa que o frete de segundo percurso não deve ser descontado do produto rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural. 2 O Conseleite Rondônia alerta que outros parâmetros são considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor, tais como: 1. Fidelidade do produtor ao laticínio; 2. Distância da propriedade até o laticínio; 3. Qualidade da estrada de acesso a propriedade rural; 4. Temperatura do leite na entrega; 5. Capacidade dos tanques de resfriamento de leite da propriedade; 6. Tipos de ordenha; 7. Adicionais de mercado devido a oferta e procura pelo leite na região; 8. Sazonalidade da produção; 9. Condições sanitárias do rebanho; 10. Outros benefícios concedidos pelas indústrias. (Conseleite/RO)

Jogo Rápido  

Previsão de frio intenso no Rio Grande do Sul, com temperaturas próximas a 0ºC no final de semana
O período entre 10 e 16 de junho terá frio intenso e geadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 23/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com o Irga e a Emater/RS. Nesta quinta-feira (10), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Norte. Na sexta-feira (11), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e somente nos setores Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. A presença do ar frio provocará declínio da temperatura em todo o Estado. No sábado (12) e domingo (13) a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas próximas a 0°C e formação de geadas na maioria das regiões. Na segunda-feira (14), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá a ligeira elevação das temperaturas, com maior variação da nebulosidade. Na terça (15) e quarta-feira (16), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo o Estado. Os valores esperados deverão oscilar entre 20 e 35mm na Metade Sul, mas deverão ser inferiores a 10mm na Campanha. No restante do Estado, os volumes oscilarão entre 35 e 50mm na maioria das localidades e poderão superar 60mm em áreas isoladas das Missões, Alto Uruguai, Planalto e Serra do Nordeste. O documento completo pode ser acessado clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre,  10 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.483


Seminário aborda irrigação em pastagens

Cerca de 400 pessoas assistiram virtualmente nesta quinta-feira (10), ao “Seminário Irrigação em Pastagens”, promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e pela Emater/RS-Ascar. O evento foi transmitido ao vivo e simultaneamente pelo Facebook e pelo Youtube  no Programa Rio Grande Rural da Emater e pode ser conferido clicando aqui.

O coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas da SEAPDR, Paulo Lipp João, representando a secretária da Agricultura Silvana Covatti, deu as boas-vindas aos presentes e disse que a irrigação é de fundamental importância, devido às frequentes estiagens que o Rio Grande do Sul vem enfrentando nos últimos anos. “É preciso ampliar a prática de irrigação para minimizar os impactos das estiagens, que são danosas aos agricultores”, sugeriu.

Ele falou sobre o Programa “Mais Água, Mais Renda” da Secretaria, que, desde 2019, implantou mais 13 mil hectares com irrigação no Estado. “O programa duplicou a área irrigada no RS. Hoje são 220 mil hectares”, contou com satisfação. “Mas é preciso ampliar ainda mais”, acrescentou.

Já o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri, também saudou os presentes e afirmou que a irrigação é aquilo que se preconiza como sucesso. “É a segurança da produção, que garante o sucesso da atividade”.

O primeiro palestrante foi o extensionista rural e engenheiro agrônomo da Emater de Alecrim, Carlos Olavo Neutzling, que falou sobre “Aspectos que envolvem a decisão de irrigar”. “Normalmente quando somos procurados pelos agricultores para falar sobre irrigação, os mesmos vêm com muitas dúvidas do que é necessário para a implantação de um projeto desses. Então, esclarecemos os diversos aspectos que são necessários ser observados para tomarem a decisão”, contou.

Segundo Neutzling, as pessoas não têm clareza de quanta água seria necessária para irrigar um hectare de pastagem, por exemplo. “Outra situação é a avaliação da disponibilidade de energia elétrica na propriedade e se esta tem condições de movimentar o conjunto motobomba. Uma coisa também que normalmente preocupa os produtores é se eles podem irrigar em qualquer lugar da propriedade, ou seja, a preocupação com a legislação ambiental e com o encaminhamento dos documentos para obter a autorização para o uso da água (outorga)”.

E quais são os benefícios em irrigar? Conforme o engenheiro agrônomo, são os seguintes: melhorar a distribuição da água, aumentar a produtividade das culturas, minimizar o risco dos investimentos, aumentar a eficiência dos fertilizantes utilizados, permitir a introdução de culturas de maior valor, aumentar a sustentabilidade e aumentar o valor das propriedades.

O outro palestrante foi o também extensionista rural e engenheiro agrônomo da Emater de Santa Rosa, Claudemir Gilberto Ames, que abordou “Sistemas de irrigação, custos, análise de viabilidade e manejo”. Ele falou sobre os diferentes sistemas de irrigação utilizados pelos agricultores (gotejamento, micro aspersão, carretel autopropelido, pivô central e aspersão convencional) e destacou a aspersão convencional, o sistema mais utilizado. “De dois mil projetos, 1.200 são de aspersão convencional, sendo cerca de mil em pastagens, devido à importância da atividade leiteira na região, uma das maiores geradoras de renda e presente na maioria das propriedades familiares”.

Ele abordou aspectos como dimensionamento de sistemas de irrigação, custos de implantação e operacionalização, análise de viabilidade econômica, capacidade de produção de pastagens e conversão em leite, além do manejo do sistema de irrigação.

De acordo com Ames, a irrigação tem sido uma das técnicas mais utilizadas na agropecuária visando a incrementos nos índices de produtividade. “Ela deve ser entendida como prática integrada a um sistema de produção e não como um método de combate a estiagem”, alertou.

Em sua opinião, um projeto de irrigação adequado, bem dimensionado e bem manejado não é caro, é a chave para o controle dos meios de produção e garante tranquilidade para a família do produtor.

“Entre as principais vantagens de uma pastagem irrigada em relação à outra cultivada sem irrigação, podemos afirmar que a irrigação aumenta a produção de massa verde, aumentando a relação folha/caule, e, em consequência, melhora o  teor de proteína na planta inteira, com menor teor de fibra, o que configura aumento na quantidade e qualidade do alimento, repercutindo em aumento na produtividade dos animais que consomem a pastagem”.

Estudos indicam que a capacidade de produção de pastagens sob o mesmo manejo, nas mesmas condições de cultivo, passam de 13.500 litros de leite por hectare por ano em áreas cultivadas sem irrigação, para 18.900 litros de leite por hectare em áreas irrigadas. “Um incremento de 40% na produtividade, com  aumento na receita obtida de aproximadamente R$10.000,00 por hectare ao ano,  ante um custo aproximado do sistema de irrigação de R$1.300,00 por hectare ao ano”.

“Estimativas indicam também que o custo da alimentação na produção de leite com base em pastagens é de aproximadamente R$ 0,35/litro, ante R$ 0,95/litro, se for com base em silagem de milho, ou R$ 1,20, se for com base em ração balanceada”, finalizou. (SEAPDR)


México: mais de 10 mil produtores abandonam a atividade leiteira

Mais de dez mil produtores de leite do México deixaram a atividade em virtude da alta dos custos de produção, que chegou a mais de 30%. Esta alta é decorrente dos maiores preços do milho e da soja utilizados na alimentação das vacas e do aumento em fontes de energia, como luz e combustíveis. Atrelado à isso, o preço pago pelo litro de leite não acompanha os elevados custos de produção. 

Segundo o jornal La Razón, Álvaro González Muñoz, presidente da Frente Nacional dos Produtores e Consumidores de Leite, disse que no ano passado dez mil agricultores optaram por se dedicar a outra atividade mais lucrativa que a produção de leite, porque esta deixou de ser um bom negócio.

Ele explicou que no governo federal não há muito interesse no preço dos laticínios, mas para os produtores nacionais de leite a falta de um custo padrão é um problema sério, já que a ração registra preços em alta.

Além disso, disse que o milho, produto mais utilizado na alimentação do gado, custava 4,60 pesos (US$ 0,23; R$ 1,16) no início do ano, mas já registra o valor de 7,80 pesos (US$ 0,39; R$ 1,97); enquanto a soja passou de oito pesos (US$ 0,41; R$ 2,07) por quilo, chegando a cerca de 11 pesos (US$ 0,56; R$ 2,83) hoje, o que afeta seriamente a economia dos produtores de leite.

A informação também cita como fonte o Grupo Consultor de Mercados Agrícolas (GMCA), que indica que a autossuficiência alimentar em grãos básicos é insuficiente, de modo que a cada ano as importações aumentam e nos primeiros quatro meses aumentaram 12,3%, já que a demanda 8,1%, devido ao decréscimo na produção de 2,8% e nas exportações.

Em relação ao preço do milho, no primeiro quadrimestre a produção caiu 1,9% em relação ao preço de um ano atrás, o que por sua vez reduziu o indicador de autossuficiência para 61,2% quando no mesmo período do ano passado era de 64,5%, que em síntese mantém o preço médio daquele grão em 13,1% a partir de abril de 2021.

Álvaro González Muñoz lembra que devido ao alto preço dos grãos, os produtores passaram a vender parte do gado para sustentar o restante, já que os preços do leite não melhoraram.

“Quando um agricultor já se encontra nestas condições, o comprador abusa dele e podemos dizer que 10.000 produtores desapareceram no ano passado e se não houver uma resposta rápida das autoridades, o número de desaparecidos vai continuar crescendo”, avisou González Muñoz em La Razón.

Ele explicou que os produtores de leite acreditaram em Andrés Manuel López Obrador, que lhes prometeu, quando candidato, que o preço dos laticínios seria de 8,20 pesos (US$ 0,42; R$ 2,12) por litro, mas o Liconsa — empresa paraestatal mexicana — é o único que compra o litro a esse preço de poucos produtores.

Ele afirma que de 150 mil produtores de leite, três mil vendem a Liconsa a esse preço e outros sete mil a grandes laticínios “10.000 podem ser protegidos a nível nacional, mas 140 mil são vendidos a um preço médio de 6,80 pesos (US$ 0,34; R$ 1,72) por litro, quando o custo de produção gira em torno de oito pesos (US$ 0,41;  R$ 2,07)”, pelo que buscará dialogar com as autoridades federais do setor para melhorar o preço dos lácteos. (As informações são do Portal Lechero, traduzidas pela Equipe MilkPoint)






Projeto da USP reutiliza caixas de leite para revestir telhados e amenizar temperatura

Alunos da Universidade de São Paulo (USP) do campus de São Carlos (SP) concorrem ao prêmio internacional de sustentabilidade após desenvolverem um projeto que reutiliza caixas de leite para revestir o teto e amenizar o calor em casas da comunidade Capão das Antas no município.

O concurso intitulado como Race for Climate Action, que desafia estudantes do mundo todo a promoverem melhorias sustentáveis e inovadoras dentro e fora da universidade, contou com a inscrição de 174 projetos, sendo que apenas 12 foram selecionados para as fases finais.

Assim, os alunos de engenharia da USP permanecem na disputa, agora pelo top 5, que selecionará os cinco melhores projetos, beneficiando o grande vencedor com o prêmio de 30 mil dólares.

Sobre o projeto domus:
O projeto - que recebe o nome de domus, palavra proveniente do latim e que na tradução significa casa - é desenvolvido pela Enactus da USP São Carlos e foi inspirado em uma técnica amplamente utilizada no Rio Grande do Sul, onde as caixas de leite são acopladas ao teto das casas para impedir a passagem do vento e da friagem, assim mantendo a temperatura interna do ambiente mais confortável.

Os estudantes adaptaram a ideia para situações de aquecimento em excesso, utilizando as caixas para isolar a temperatura e diminuir a sensação térmica dentro das casas.

A comunidade Capão das Antas, em São Carlos, foi escolhida em razão de as construções serem feitas com telhas de fibra ou cimento, antigamente conhecidas como telhas de amianto, que absorvem muito calor e elevam a temperatura ambiente dentro das residências.

Os alunos verificaram que os telhados tiveram uma redução de 20 graus na temperatura após o isolamento térmico a partir das caixas de leite.



Alunos da USP São Carlos desenvolvem teto que isola a temperatura a partir de caixas de leite recicladas — Foto: Nilson Porcel/EPTV

O objetivo do projeto domus é contribuir para o desenvolvimento de ações em prol do meio ambiente, além de proporcionar uma qualidade de vida melhor aos moradores desta comunidade.

“Eu vejo que é uma forma da gente retribuir à sociedade tudo aquilo que ela acrescentou em nossa formação. Já do ponto de vista do aprendizado do aluno, eu vejo que é uma possibilidade de formar jovens que tenham um olhar diferenciado sobre os problemas sociais e ambientais”, contou o professor de engenharia civil da USP São Carlos, Evaldo Luiz Gaeta Espíndola.

O projeto da Enactus está recebendo doações de caixas de leite limpas para a confecção dos revestimentos. Para contribuir, os interessados devem levar as embalagens até o ponto de coleta, localizado na entrada do shopping Passeio São Carlos.



Instruções de como manusear as embalagens que serão destinadas à doação — Foto: Divulgação/USP

Os integrantes também estão incentivando outros alunos da USP a participarem da iniciativa. Os estudantes interessados podem acessar a página do Facebook do projeto domus para obter mais informações. (As informações são do G1, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

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Porto Alegre,  09 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.482


IBGE: produção de leite cresce 1,8% no 1T em relação a 2020

O IBGE divulgou nesta terça-feira, 08/06, os dados finais da Pesquisa Trimestral do Leite, referentes à captação no primeiro trimestre de 2021. A prévia, divulgada em maio, apontava uma queda de 3,3% em relação ao quarto trimestre de 2020, mas um aumento de 1,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Com os dados já consolidados, observamos uma queda de 3,5% em relação ao último trimestre de 2020, e um aumento de 1,8% em relação ao primeiro trimestre de 2020. O Gráfico 1 mostra a relação da variação de cada trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Gráfico 1. Captação - Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.



Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado baseado em dados do IBGE.

A aquisição de leite cru resfriado no 1°T de 2021 foi de 6,5 bilhões de litros. Se comparada ao que foi observado no 1°T de 2020, temos um acréscimo de 114,6 milhões de litros, que podem ser atribuídos ao aumento da aquisição no Rio Grande do Sul, que cresceu 6% (+52 milhões de litros), Santa Catarina com crescimento de 5% (+38,35 milhões de litros), Paraná crescendo 3% (+32,10 milhões de litros) e Goiás com crescimento de 4% (+28,14 milhões de litros).

Comparativamente, estados como São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais tiveram uma queda de aproximadamente 62,9 milhões de litros, sendo que São Paulo captou 3% a menos, Minas Gerais 6% a menos e Mato Grosso captou 10% a menos do que em 2020.
Em uma análise por cada região, tivemos Sul e Sudeste se destacando com as maiores captações, apresentando 2.62 bilhões de litros no Sudeste e 2,57 bilhões de litros no Sul. Mesmo com as quedas apresentadas anteriormente, Minas continua sendo responsável pela produção de 25,3% do leite brasileiro.

Uma variável que nos ajudaria a entender este aumento da captação no primeiro trimestre de 2021 frente ao primeiro trimestre de 2020 é a rentabilidade ao produtor, aferida pelo RMCR. No final de 2020, esta se mostrou 19% mais elevada do que o que era apresentado no início do ano, alavancando a produção leiteira (há uma defasagem entre a elevação da RMCR e seu efeito na captação/produção). Este cenário mudou drasticamente no início de 2021, conforme nos mostra o gráfico 2.

Gráfico 2.  RMCR (R$/vaca/dia) - ano x ano - deflacionado.



Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea – deflacionados pelo IGP-DI.

No primeiro trimestre de 2021, tivemos a influência dos altos preços dos grãos como ponto determinante nos valores observados no Gráfico 2. Com isso, temos o início de 2021 com o RMCR 15% mais baixo comparado ao do final de 2020. O efeito desta queda no RCMR deve ser verificado na produção do 2º tri de 2021. (Milkpoint)


Balança comercial: exportações caem e importações sobem em maio/21

Segundo dados divulgados nessa segunda-feira (07/06) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -41 milhões de litros em equivalente leite no mês de maio, uma queda de 58% quando comparada a abri/21. Quando olhamos para o mesmo período do ano passado, este valor foi 6% ‘menos negativo’. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

No mês de maio observamos a instabilidade do dólar frente ao real e os preços internacionais do evento GDT ‘andando de lado’, ou seja, ainda se mantendo  acima dos US$ 4.000/ton. Considerando os resultados do último leilão (US$ 4.062/ton — leite em pó integral) e a média do dólar no mês de maio/21 (R$ 5,29) chegamos ao preço equivalente a um leite importado pago no Brasil de R$ 2,62.

Apesar do valor seguir acima do leite pago ao produtor em maio — fechado na média de R$ 2,03/litro (CEPEA/ESALQ) — o valor é inferior ao spot da primeira quinzena de junho (R$ 2,71 — média Brasil), o que volta nossa atenção a balança de importação e exportação de lácteos para o mês. Ou seja, com os preços internos superiores aos externos, temos uma mudança de cenário para o leite importado. 

As importações brasileiras de lácteos aumentaram 14% em maio em relação a abr/21, com 58 milhões de litros em equivalente leite internalizados. No acumulado do ano (jan/mai) de 2021 em relação a 2020, internalizamos 470 milhões de litros em equivalente leite, 47% acima do mesmo período de 2020.

Os leites em pó seguem sendo os derivados mais importados, representando 50% do total das importações brasileiras. Os queijos também tiveram destaque nas importações, representando 23% do total.  O leite modificado e o doce de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações – um incremento de 1.492% e 509%, respectivamente.

Voltando aos valores do último leilão GDT e o valor médio do dólar no mês de maio, chegamos a um preço interno máximo de R$ 2,39/litro para que as exportações continuem competitivas. Ao compararmos esse valor com a média do preço spot no mesmo mês (R$ 2,40/litro), conclui-se que a venda do leite brasileiro no exterior está deixando de ser viável.

Este fator se comprovou a partir da desaceleração das exportações brasileiras de lácteos neste mês, com um decréscimo de 31% do volume exportado em relação ao mês passado. No total foram 17,4 milhões de litros em equivalente-leite exportados, que representaram um aumento de 210% em relação a mai/20. Já no acumulado do ano (jan/mai), no ano vigente foram exportados 68 milhões de litros em equivalente leite contra apenas 37 milhões de litros em equivalente leite no mesmo período de 2020.

O leite condensado (17%), o leite modificado (13%) e o leite UHT (12%) foram os produtos de maior relevância nas exportações. O leite em pó desnatado teve suas exportações aumentadas em 671% em relação a abr/21, totalizando 239 mil litros equivalentes em mai/21. Em compensação, as exportações do leite em pó integral caíram 42%, indo de 1.996.853 mil litros equivalentes em abr/21, para 1.148.225 mil litros equivalentes em mai/21.

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de maio desse ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em maio de 2021. 



Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
Vale destacar que com o dólar se aproximando dos R$ 5,00 (R$ 5,03 — cotação 08/06/21), o valor do leite importado que chega no Brasil cai para R$ 2,38/litro e o preço interno máximo para que as exportações continuem viáveis vai para R$ 2,26. Assim, como a oferta de leite interna é, em algum grau, influenciada pelo mercado externo, devemos nos manter atentos para as próximas movimentações. (Milkpoint)






Conheça a CPR Verde: título promete dar renda ao produtor pela preservação ambiental

Na CPR Verde, o produto a ser negociado será a floresta e o carbono sequestrado por ela; confira as regras propostas

O Ministério da Economia deve lançar, por meio de um decreto, um novo tipo de cédula de produto rural: a CPR Verde. Esse título, que já é utilizado para financiar safras, passaria a também financiar áreas de preservação ambiental. De acordo com o ministério, essa nova possibilidade de pagamentos por serviços ambientais não excluiria do produtor rural a oportunidade de produzir alimentos na área ocupada por florestas.

Na CPR Verde, o produto a ser negociado será a floresta e o carbono sequestrado por ela, como explica o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Ambientais do Ministério da Economia, Rogério Boueri. “Ao invés de você entregar soja, milho ou qualquer produto rural, você entregaria a floresta em pé. Então,a gente utilizaria esse instrumento que já é difundido na agropecuária brasileira para empresas que quiserem fazer compensação de carbono poderem comprar dos produtores rurais essas CPRs que serviriam para compensação voluntária do carbono e gerando uma renda extra para o produtor rural”, explicou.

A CPR Verde elaborada pelo governo não deve comercializar as áreas de preservação obrigatórias da propriedade rural, como Áreas de Preservação Permanente ou reservas legais. O título poderá servir de fonte de renda para espaços de florestas formados de maneira voluntária e o compromisso do vendedor está em manter essa floresta de pé, seja ela já consolidada ou ainda em formação.

E mesmo que a floresta seja comercializada, o espaço pode ser utilizado em outro momento, caso o proprietário desejar. “Você vende uma CPR Verde para plantar o caca em área desmatada, acaba financiando esse plantio e, quando o cacau tiver brotado, os frutos são seus. A CPR não compromete o produto, ela compromete somente a floresta estar em pé. Então, você não está fazendo uma CPR pro cacau e sim uma CPR prometendo que vai ter o cacaueiro. Então, você pode emendar os negócios e emendar os projetos de forma a sair uma opção bastante interessante com um financiamento relevante para você montar o projeto como um todo”, disse.

Para dar segurança ao negócio, órgãos do governo e o Banco Central debatem a criação de uma conta que receberá o crédito negociado pelo título. “A gente quer colocar parâmetros mínimos. Então, se o produtor rural encontrar uma contraparte que queira comprar dentro das condições que ele tem, ele vai poder fazer negócio. Então, vai ser um acordo entre as partes. O que nós queremos fazer no Conselho Monetário é o estabelecimento de uma conta vinculada para essa operação de forma que quem for comprar a CPR deposite o dinheiro e o produtor vá recebendo esse dinheiro aos poucos, à medida que fosse sendo comprovada a entrega do produto que, neste caso, é a floresta em pé. Então, daqui a um ano, se a floresta estiver em pé, ele saca uma parcela proporcional ao tamanho do contrato”, explicou Boueri.

Para o administrador especialista em financiamento ao agronegócio Jonatas Couri, o acordo livre entre as partes é positivo para a CPR Verde, mas é preciso definir protocolos de medição do sequestro de carbono. “Sem essas opiniões técnicas, sem esses protocolos disseminados, você teria uma certa dificuldade pra quem comprou em utilizar daquilo. Porque quem comprou vai querer fazer o offset de compensação dos créditos de carbono versus o que ele emite. Esta compensação vai precisar de pareceres técnicos. Então, uma coisa é o combinado de preços, na ausência de índices, entre as partes, mas, outra coisa são os pareceres técnicos, protocolos estabelecidos dizendo ‘eu sou proprietário de uma área de preservação permanente e nestas áreas é devido 10 toneladas [de sequestro de carbono] por ano’. Alguém tem que certificar aquilo. Não dá pra ser apenas um acordo bilateral”, contou.

Assim que a proposta da CPR Verde for fechada, ela será enviada para análise da Casa Civil e do presidente Jair Bolsonaro. Couri acredita que os títulos seriam ainda melhores se englobassem as áreas de preservação obrigatórias.

“Por que não nós enxergarmos o que já está aí? A oportunidade de calcular, quantificar o sequestro de carbono que essas áreas efetivamente proporcionam e, através deste sequestro de carbono, precificar uma commodity adicional para o produtor rural onde na sua safra de verão ele tem soja, na safra de inverno ele tem milho, mas ao longo ano com a preservação da sua Área de Preservação Permanente e reserva legal. Ele também sequestra um número ‘x’ de toneladas de carbono que hoje é considerado uma commodity e se torna uma fonte adicional de renda para a manutenção dessas áreas que são de benefício social, de benefício para sociedade”, concluiu. (Canal Rural)

Jogo Rápido  

Vigilância de fronteira e participação do produtor na pauta de evento sobre Febre Aftosa
Depois da certificação de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, pela OIE, o Rio Grande do Sul prossegue na agenda de divulgar ações e intensificar a vigilância agropecuária, para garantir a manutenção do status sanitário. Por isso, nesta quinta-feira (10), será realizado o II Fórum Estadual de Vigilância para a Febre Aftosa. O evento virtual começa às 14h, 
nos canais do Youtube e Facebook da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Os temas da programação foram escolhidos entre as principais dúvidas do setor produtivo sobre a nova condição que o Rio Grande do Sul alcançou. “Sempre soubemos que a retirada da vacinação significaria uma substituição de ações. Agora partimos para garantir o apoio do produtor na vigilância do seu rebanho e a notificação de qualquer suspeita”, afirma o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Rogério Kerber, que também falará no evento. Os crimes transfronteiriços e a vigilância nas regiões de fronteira também estarão na pauta, com a palestra de especialistas da Brigada Militar, da Polícia Federal e da coordenação do Programa Sentinela. A responsabilidade do produtor será tema de palestra de representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e o papel do Fundesa na Emergência Sanitária será abordado pelo presidente Kerber. O evento contará com espaços para perguntas e respostas através do chat das redes sociais. (Fundesa)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  08 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.481


Aliança Láctea Sul Brasileira: Programa que incentiva exportação de lácteos ganha força no Sul

Uma das grandes pautas do setor lácteo brasileiro, as exportações vão ganhar novo estímulo com o desenvolvimento do Peiex (Programa de Qualificação para Exportação) oferecido pela Apex-Brasil para que as empresas do setor iniciem a sua preparação para ingressar no mercado internacional com seus produtos. Em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira na manhã desta terça-feira (8/06), o analista de qualificação e competitividade da Apex Brasil, Laudemir Müller, explicou que a iniciativa que busca despertar a ideia da exportação, qualificar e preparar as empresas para que elas possam olhar para o mercado internacional existe há mais de 10 anos e, no ano passado, foi criado um núcleo voltado exclusivamente ao setor lácteo. O encontro virtual contou com a participação de Alexandre Guerra, 1° vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e de Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

De acordo com o dirigente, já foi lançado um edital para a Região Sul e, em Porto Alegre, a Unisinos ficará responsável pelo programa Peiex voltado ao setor. “A próxima fase será buscar equipe especializada em laticínios e, após, vem a parte do treinamento, o repasse de conteúdos e de análises de mercado para que possamos prestar esse atendimento que é totalmente gratuito”, destacou. Müller informou que a expectativa é atender individualmente a 25 laticínios que queiram ingressar no mercado internacional, pontuando que o tempo de atendimento prestado às empresas pode variar de 4 a 6 meses, dependendo do perfil do estabelecimento. Antes de lançar o edital para o Sul, a Apex consultou os três sindicatos que representam as indústrias lácteas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a fim de saber se havia público interessado na iniciativa. “Prontamente tivemos 20 empresas interessadas, o que nos encorajou a lançar o projeto”, afirmou.

Na mesma linha de incentivo à cultura exportadora na cadeia produtiva, a Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mantém o programa Agro BR, que prioriza a internacionalização de pequenos e médios produtores. “Neste programa, o leite é um dos setores prioritários ao mesmo tempo em que se mostra desafiador do ponto de vista da mobilização para que os negócios aconteçam, apesar das inúmeras oportunidades existentes”, pontuou Camila Sande, coordenadora de Promoção Comercial da CNA. Segundo ela, são várias as iniciativas que rodam atualmente visando à exportação, no entanto, ela alerta que é preciso sistematizar os interessados em participar, visando foco no objetivo no mercado externo. Para municiar as entidades sobre o que o programa oferece, Camila pontuou ser importante que as entidades do setor se envolvam ainda mais nesta questão como forma de contribuir com o engajamento das empresas no programa. “Podemos oferecer a elas consultoria, seminários virtuais, treinamento, assistência técnica, capacitação voltada aos mercadores exportadores, rodadas virtuais de negócios, além de informar sobre as especificidades de cada mercado, modelos de entrega, escopo territorial, custos e outras informações que fazem parte de todo esse processo", elencou.

Na reunião desta terça-feira, a Aliança Láctea também abordou o cenário atual das importações de produtos lácteos, com informações trazidas por Fernando Pinheiro, analista econômico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). De acordo com dados do Ministério da Economia atualizados até maio, ingressaram no Brasil no mês passado 8.400 toneladas de produtos, um aumento de 15% em volume sobre abril último, mas bem abaixo dos patamares verificados no primeiro trimestre do ano.“Apesar disso, os volumes verificados até agora estão 60% abaixo da média histórica para os meses de maio”, informou Pinheiro. A Argentina responde por 51,5% da origem dos produtos importados, enquanto o Uruguai, em segundo lugar, por 37,6%. Segundo ele, os valores pela cesta de lácteos começam a subir, estando em uma média de US$ 3.240 por tonelada. Por outro lado, destacou, que as exportações acumuladas em 2021 estão 38% acima das registradas em 2020.

Outro tema abordado na reunião setorial foi o fatiamento da Reforma Tributária em curso, o que pode atingir em cheio o setor lácteo, segundo alertou o deputado federal gaúcho Alceu Moreira, presidente da Subcomissão do Leite da Câmara Federal. O tema foi explanado pelo consultor da Câmara Setorial do Leite, Marcelo Martins. De acordo com ele, a unificação de impostos em uma única contribuição – a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS) fará com que retorne a tributação sobre insumos utilizados na pecuária de leite que atualmente têm alíquota zero, tais como adubos, corretivos, defensivos, sementes, vacinas, sêmens e embriões e farelo de soja. “Acreditamos que a Reforma Tributária é importante sob o ponto de vista da simplificação, da transparência e da justiça tributária, mas, pelo o que está sendo proposto, e analisando o setor agro, a medida em que avançar o fatiamento da reforma, esse pilares não atingirão êxito junto ao setor primário”, afirmou. Segundo o consultor, a criação da CBS, que traz junto o estorno do crédito presumido, implicará em perda de competitividade ao setor e incentivará as importações, sobretudo dentro do Mercosul, onde se mantém a alíquota zero para itens da cesta básica. “Teremos aumento da carga tributária no país que se reverterá em elevação de custos da ordem de 12,5%. Esse impacto não atingirá o produtor de fora e dará maior competitividade a eles se tivermos que estornar créditos”, destacou Martins.

O dirigente enfatizou que o momento é oportuno para que os sindicatos e entidades que representam o setor se articulem e agendem reuniões com formadores de opinião em Brasília para que pontos importantes para o setor lácteo sejam analisados e incluídos na pauta da reforma, sob pena de colocar em risco a competitividade da cadeia. A luta passa por manter o produtor rural como não contribuinte do IBS/CBS, manutenção dos itens da cesta básica sujeitos à alíquota zero e não isentos, não incidência de imposto seletivo sobre alimentos, crédito presumido com alíquota que garanta a não cumulatividade na cadeia produtiva, garantia de uso de todos os créditos na aquisição de insumos e serviços e rápida restituição dos créditos (exportação, ordinários, investimento e na transição). (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Definição da Expointer em discussão

Evento deve ser confirmado, mas data e formato dependem da evolução da situação sanitária

Confirmada pelo governo do Estado, a próxima edição da Expointer ainda não tem um formato definido. O futuro da exposição em meio à pandemia da Covid-19 voltou a ser discutido pela secretária da Agricultura, Silvana Covatti, com as entidades co-promotoras nos últimos dias. Uma das alternativas é repetir o modelo do ano passado, quando as atividades foram transmitidas pela internet, com presença de público apenas no Pavilhão da Agricultura Familiar, em formato de drive thru. “Temos que definir o formato de acordo com a evolução da vacinação e do próprio vírus”, observa a secretária, que ressalta que o Rio Grande do Sul é o Estado com o maior índice de imunização. 

Uma das mudanças em discussão é a data de realização da feira. De acordo com Silvana, a intenção manifestada pelo governador Eduardo Leite é de que a feira ocorra no início de setembro. Tradicionalmente, a exposição tem início na última semana de agosto.

“Vamos fazer uma nova reunião com todas as entidades e bater o martelo”, prevê a secretária. 

Na edição do ano passado, a feira contou com 1.017 animais no Parque de Exposições Assis Brasil, entre ovinos, bovinos e equinos. A Feira da Agricultura Familiar levou ao local 55 empreendimentos. 

A posição da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) é de que a Expointer seja realizada no mesmo formato do ano passado, porém sem descartar presença de público caso haja uma condição sanitária mais favorável. “Tudo o que vier melhor do que isso é ganho. Se conseguirmos ter mais gente no parque, ótimo”, afirma o presidente da entidade, Leonardo Lamachia. De acordo com ele, os números de animais e de criadores participantes deve ser maior que os de 2020. Mais de 20 associações já demonstraram interesse em participar da exposição. Lamachia afirma que, desde o ano passado, as pessoas aprenderam a conviver com as medidas sanitárias, o que pode incentivar a participação na feira. Quanto à data, a Febrac defende que o início da Expointer continue sendo no final de agosto. “A mudança de data impacta muito nos calendários das exposições e dos próprios criadores, que têm os seus remates de primavera”, justifica.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, diz que a entidade será parceira na organização do evento, mas discorda de uma possível mudança de data. Como a exposição tradicionalmente ocorre no final de agosto, as máquinas comercializadas eram entregues a tempo de serem utilizadas no novo ciclo das lavouras, na primavera. Para o dirigente, caso o evento ocorra em setembro vai prejudicar a venda de plantadeiras porque o agricultor ficará sem tempo para usar o equipamento. Segundo Bier, entre as empresas associadas ao Simers há aquelas que demonstraram interesse em participar da Expointer e outras que já informaram que não pretendem estar presentes. 

O coordenador da Comissão de Exposições, Feiras e Remates da Federação da Agricultura (Farsul), Francisco Schardong, considera que ainda é cedo para a entidade emitir um posicionamento sobre o formato da feira, mas ressalta que ela será parceira. “Vamos nos adequar ao que vai ser feito”, resume. (Correio do povo)
 





Brasileiro está comendo mais queijo na pandemia, mostra pesquisa

Os brasileiros aumentaram em 46% o consumo de queijo durante a pandemia. O dado consta em uma pesquisa encomendada pela Tetra Pak e a consultoria global de mercado Lexis Research. 

No entanto, não foram só os brasileiros que aumentaram o consumo de queijos neste período. A coleta dos dados foi realizada em março deste ano e ouviu 4.500 pessoas, em nove países: Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Índia, Rússia, China, África do Sul e Turquia. Nos países asiáticos, o destaque para aumento no consumo foi a Índia (60%), seguida por China (41%) e Turquia, com crescimento de 54%. 

Conforme a pesquisa, a alta do consumo de queijos é explicada pela chegada da Covid-19, que mudou o comportamento da população. Com as pessoas passando mais tempo em casa, a oportunidade para o consumir o  alimento é maior, como ao assistir TV (36%) ou ao acompanhar uma bebida — como aperitivo (35%) ou em um lanche rápido (35%). 

No Brasil, a maioria (84%) consome queijo no café da manhã e como tira-gosto no fim de tarde (51%). (As informações são do Sistema Brasileiro do Agronegócio, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Live debate pontos para implantação do Programa Nacional de Apoio a Cadeia Leiteira
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou, nesta segunda-feira (7/6), de live promovida pela deputada federal Aline Sleutjes. Na transmissão, foram debatidos 18 tópicos para implantação do Programa Nacional de Apoio a Cadeia Leiteira, que visa desenvolver e incentivar a cadeia produtiva do leite. Os pontos debatidos foram levantados durante a realização do Fórum Nacional de Incentivo à Cadeia Leiteira, em 2020. Entre eles, estão a sanidade animal, reforma tributária, previsibilidade para o preço do leite, estímulos de consumo de lácteos, criação e importância de Conselhos Paritários do Leite (Conseleites), contratos entre produtores e empresas, importações e exportações de lácteos entre outros. "Temos um caminho longo pela frente, mas acho que com todas as medidas que estão sendo estudadas, algumas já implementadas, outras sendo tomadas, a gente vai achando o equilíbrio para essa cadeia", afirmou Tereza Cristina. A transmissão completa está disponível no Youtube. Clique aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


 

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Porto Alegre,  07 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.480


Suasa e Enagro promovem curso para melhorar efetividade das ações de Defesa Agropecuária

Melhorar a efetividade das ações de Defesa Agropecuária por meio da qualificação contínua de seus agentes. Esse é um dos objetivos do curso ‘Suasa: organização, estrutura e competências’, promovido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) em parceria com a Escola Nacional Agropecuária do Ministério da Agricultura (Enagro). Realizado de forma virtual, o curso ocorre entre 21 de junho e 30 de julho, com carga horária de 40 horas. As inscrições para a quarta turma podem ser feitas até o dia 15 de junho no site da Enagro. O curso é gratuito. 

Dividido em quatro módulos, o curso pode ser realizado por representantes das cadeias produtivas do setor agropecuário brasileiro em qualquer horário dentro do período de duração definido (21 de junho a 30 de julho) através da plataforma AVA da Enagro. A iniciativa, que já está em sua quarta turma, visa ainda desenvolver habilidades e competências relacionadas à organização e ao funcionamento do Suasa. 

Para Ana Lúcia Stepan, auditora fiscal federal agropecuária que atua junto à coordenação do Suasa, no Departamento de Suporte e Normas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, é importante conhecer como são distribuídas as competências do Suasa e como a implementação de suas ações impacta a vida de produtores rurais, empresários e consumidores. “Sabemos que as pessoas são um elemento de destaque nos processos da Defesa Agropecuária, pois, sem elas, os resultados não acontecem. Por isso, é fundamental que, não somente os agentes públicos, mas também os operadores do agronegócio brasileiro compreendam o que é e como funciona o Suasa”, destacou.  Inscreva-se clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Brasil é autorizado a exportar leite para o México

O Governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da aprovação pelas autoridades do México dos requisitos sanitários e fitossanitários para a exportação de leite, produtos lácteos e grãos de gergelim ao México.

Trata-se da abertura de mercado para mais de 33 tipos de produtos do agronegócio brasileiro em relevante parceiro comercial do Brasil. As autoridades mexicanas habilitaram, concomitantemente, 18 estabelecimentos brasileiros para exportar ao México produtos lácteos como leite integral, leite em pó e queijos.

O processo de liberação das exportações de leite e produtos lácteos brasileiros ao mercado mexicano estará concluído após a publicação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do respectivo Certificado Sanitário Internacional. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)







Tecnologia acentua força do agronegócio no Brasil

O cenário de depreciação cambial e de alta dos preços dos alimentos foi fundamental para manter o agronegócio brasileiro em alta em 2020, mesmo em meio à pandemia, e continua a estimular o avanço do setor este ano. Este cenário só se tornou viável graças ao aumento da eficiência em diversas cadeias produtivas proporcionada por investimentos tecnológicos. 

Em linhas gerais, é o que aponta o estudo “Agronegócio: Exportação, Emprego e Produtividade”, publicado recentemente pelo Instituto Millenium, think tank sem fins lucrativos, e pela consultoria Octahedron Data eXperts (ODX). De acordo com os autores, o material foi produzido com o objetivo de ajudar o setor público a tomar decisões com base em dados, evidências e enfoque na mensuração de resultados. 



“Além de gerar emprego e renda e ter papel relevante no desempenho internacional do país, o setor vem promovendo avanços tecnológicos e incrementos de produtividade, e com ampla participação do setor privado. Tudo isso tem contribuído para diminuir o abismo social em que o país se encontra”, disse o estudo. 

Millenium e ODX observam que, enquanto o Produto Interno Brasil (PIB) do Brasil encerrou 2020 com queda de 4,06%, o pior resultado em 31 anos, pressionado por retrações na indústria (3,5%) e em serviços (4,5%), o valor adicionado da agropecuária cresceu 2%, com destaque para as áreas de grãos, principalmente soja, e café, cujas colheitas bateram novos recordes históricos. Mesmo o encolhimento da indústria poderia ter sido maior, não fossem altas nos segmentos de fumo (10,1%), papel e celulose (1,3%), vinculados ao agro.

No total, a produção da agricultura brasileira bateu recorde em 2020, com 1,24 bilhão de toneladas, em 63 milhões de hectares. Lideraram essa oferta as colheitas de cana (677,9 milhões de toneladas), a que tem o maior rendimento médio por hectare (75.657 quilos) no país, e cereais, leguminosas e oleaginosas (254,1 milhões de toneladas) — grupo este puxado pela soja, cuja produtividade registrou incremento expressivo nos últimos anos, a partir do uso de insumos mais eficientes nas lavouras e maior uso de maquinários. O cultivo de arroz é outro cuja produtividade está em expansão.

A agropecuária em geral ocupa 351 milhões de hectares, entre pastagens (45%), matas e florestas (29%) e lavouras (18%). “A mecanização e o investimento em tecnologia contribuem, de forma relevante, para o aumento de produtividade e, essencialmente, para a diminuição da diferença entre área plantada e área colhida. São 734 mil estabelecimentos (55,5%) com tratores, 235 mil (19,3%) com semeadeiras, 119 mil (9,2%) com plantadeiras e 206 mil (15,7%) com adubadeiras e/ou máquinas distribuidoras de calcário”, mostrou o estudo. Entre 2006 e 2017, o número de estabelecimentos com tratores registrou alta de 50% no Brasil 

Com o bom desempenho, os R$ 439,8 bilhões da agropecuária representaram 5,9% do PIB no ano passado, 1,4 ponto a mais que em 2019. Mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, o crescimento do valor adicionado da agropecuária em 2020 foi o terceiro maior em 25 anos e apontou a maior tendência de alta dessa série histórica.

“Com muitos investimentos em inovação feitos pelo setor privado, o agro mostra que, em boa medida, não depende do Estado. Pode haver equilíbrio”, afirma Priscila Pereira Pinto, CEO do Instituto Millenium. Nos últimos dez anos até 2020, observa, a agropecuária cresceu 25,4%, ante avanço de 1,5% do setor de serviços e quedas de 12,8% da indústria e de 1,2% do PIB em geral. 

“Temos indícios de que o setor, em geral, possui certa independência em relação aos demais, sendo pouco afetado por serviços e indústria e até mesmo pela economia em geral”, pontuou o estudo. Neste cenário, dizem Millenium e ODX, a ótica do agronegócio como um todo resulta em desempenho ainda mais expressivo.

Considerando a produção agropecuária básica, insumos, agroindústria e agrosserviços, o PIB do setor ficou perto de R$ 2 trilhões em 2020 (27% do total), embora a indústria de base agrícola tenha sido mais afetada pela pandemia que outras frentes. 

Se tem no amplo mercado doméstico uma âncora importante para a produção, grande parte dessa atuação positiva do agro decorre de vendas pujantes do setor ao exterior, reforça o estudo. Com câmbio e preços favoráveis, no ano passado as exportações setoriais renderam US$ 100,8 bilhões, 4,1% mais que em 2019, e gerou um superávit de US$ 87,7 bilhões. Com mais de 100 milhões de toneladas embarcadas, soja em grão e derivados lideraram as vendas ao exterior. As carnes vieram em seguida. Nos dois casos, a China foi o principal destino. 

Na geração de empregos o setor  também tem se destacado. Com o crescimento das últimas décadas, o campo passou a contar, segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2017, com 15 milhões de pessoas ocupadas em mais de 5 milhões de estabelecimentos. A região Nordeste, marcada pela agricultura familiar, concentrava quase 6,4 milhões de pessoas em 3,3 milhões de propriedades naquele ano. 

No entanto, um do ponto de atenção ainda é o crédito. Como apontam Millenium e ODX, 85% dos estabelecimentos agropecuários do país, ou cerca de 4,2 milhões, ainda não obtêm financiamentos, e dos que obtêm (784 mil) recorrem a recursos públicos. Além disso, o alcance do seguro rural permanece sendo limitado, o que amplia os riscos no campo. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Dívida pública
A dívida bruta do governo caiu pelo segundo mês consecutivo e foi a 86,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em abril, segundo dados divulgados pelo Banco Central ontem. Em relação a março, houve redução de 2,2 pontos percentuais no endividamento público. De acordo com o BC, a queda se deu principalmente por causa do aumento do PIB nominal (em reais), que contribuiu em 1,5 ponto percentual. A valorização do Real no mês reduziu a dívida em 0,3 ponto. (Jornal do Comércio)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  04 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.479


Sindilat solicita manutenção do regramento no transporte de 1º percurso e do regime especial nos estados junto ao Deputado Federal Jerônimo Goergen

O setor lácteo gaúcho está atento às mudanças propostas pela Medida Provisória 1051/21, parte do pacote Gigantes do Asfalto criado pelo governo federal para contemplar a categoria dos caminhoneiros autônomos ou não. Dentro do pacote de bondades para o setor, a MP propõe a unificação e digitalização de documentos hoje exigidos para o transporte de cargas. O assunto vem sendo acompanhado de perto pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). No dia 1º de junho, o sindicato e representantes do setor lácteo se reuniram com o relator da MP 1051/21, deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), onde solicitaram o acolhimento das emendas 72 e 73. As emendas foram acolhidas no mesmo dia.

A MP cria o Documento de Transporte Eletrônico (DT-e), que trará informações cadastrais, contratuais, de registro, logísticas, sanitárias, de segurança, ambientais, comerciais e de pagamento, inclusive o valor do frete e dos seguros contratados, além de outros dados previstos em regulamentação futura. De acordo com o consultor tributário do Sindilat, Matheus Zomer, a MP é positiva para o setor uma vez que pretende desburocratizar processos a partir do preenchimento dos dados de transporte em apenas uma plataforma, diferentemente do que ocorre atualmente, quando cada etapa do processo de transporte de carga exige do transportador o preenchimento de diversos formulários em diferentes plataformas, muitas com informações repetidas.

No entanto, Zomer chama a atenção para a importância da manutenção do regramento especial hoje existente para o setor lácteo, no chamado 1° percurso (envio do leite da fazenda ao laticínio), onde o transportador é dispensado do preenchimento dos dados a cada percurso realizado – as informações são compiladas e repassadas aos órgãos competentes apenas uma única vez, ao final de cada mês.

Duas emendas que tratam da manutenção desse regramento e que atingem diretamente o setor lácteo foram incluídas na MP, ambas de autoria do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP). As emendas 72 e 73 tratam basicamente da não obrigatoriedade do DT-e no 1° percurso, conforme justificativa apresentada no texto da emenda 73: “Necessário explicar que no primeiro percurso os caminhões saem da fábrica ou do posto de refrigeração vazios e realizam as coletas nas propriedades rurais. Após o recolhimento do leite nas fazendas, retornam aos locais de origem com o produto. Ocorre que não é possível, nessa operação, saber exatamente qual o volume de leite que o caminhão levará aos estabelecimentos, já que há variação diária na quantidade de leite coletado das propriedades rurais. Verifica-se, então, ser, nesse primeiro percurso, isto é, no recolhimento do leite nas propriedades rurais, essencial que se dispense o DT-e, sob pena de impor graves prejuízos ao setor tão importante como é o de lácteos”.

O Sindilat, junto com suas empresas associadas, está em contato permanente com o deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), que acolheu tais emendas (72 e 73) no dia 1º de junho. O sindicato ainda solicitou a manutenção dos regimes especiais com as Secretarias da Fazenda dos Estados para os chamados contratos vinculados à repetida operação. Esse é permitido somente para as operações internas de cada Estado.

Saiba mais sobre a MP 1051/21, https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/148500 (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Governo do RS tem contas no azul no 1º quadrimestre
 
Depois de ter reduzido o rombo do Estado em 2020, o governo de Eduardo Leite fechou o primeiro quadrimestre de 2021 com saldo positivo nas contas - o que não ocorria no período desde 2017. De acordo com a Secretaria Estadual da Fazenda, o superávit orçamentário (receitas acima das despesas) foi de R$ 1,96 bilhão, valor superior a uma folha salarial dos servidores do Executivo, cujo pagamento está em dia desde novembro. Os números foram apresentados ontem em videoconferência.
 
Em abril de 2017, ainda na gestão de José Ivo Sartori, o resultado também havia ficado no azul, em R$ 418,9 milhões. À época, a cifra resultou de um conjunto de fatores, incluindo recursos extras obtidos ao longo de 2016 (como a venda da folha dos servidores ao Banrisul) e a suspensão dos repasses da dívida com a União, que deu fôlego ao caixa. A melhora, contudo, foi apenas provisória. Dois meses depois, o Estado já estaria no vermelho outra vez. Agora, o superávit tem duas principais causas. Uma delas é a queda nas despesas totais, marcada por nova redução nos gastos com pessoal e no déficit da Previdência. Isso vem sendo possível graças às reformas aprovadas por Leite entre 2019 e 2020.
 
O segundo motivo, de maior impacto, é o salto na arrecadação no início de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. O avanço se explica pela recuperação da atividade econômica, pela nova forma de atuação da Receita Estadual, mais próxima dos contribuintes, e pelo efeito proporcionado pela base de comparação dos dados. Traduzindo: o primeiro quadrimestre de 2020 foi fortemente impactado pela pandemia do coronavírus, com a diminuição repentina do ICMS recolhido pelo Estado, o que faz com que, agora, o acréscimo se torne mais perceptível.
 
Em 2021, a situação é diferente. Nos primeiros quatro meses deste ano, a arrecadação bruta do ICMS subiu R$ 2,2 bilhões. Considerando apenas a soma que fica para o governo estadual (parte do recurso é distribuída aos municípios), o crescimento líquido foi de 17,6% em termos nominais. - Somado ao aumento da arrecadação, o controle das despesas cria esse resultado positivo. Claro que também precisamos destacar que, em geral, o primeiro quadrimestre tem os resultados mais positivos porque existe sazonalidade na arrecadação, em especial devido ao IPVA. Geralmente, é o melhor quadrimestre do ano - disse o secretário estadual da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, durante a apresentação do relatório de transparência fiscal.
 
Desafio
 
A partir de agora, o desafio do governo é manter o Estado operando no azul de forma consistente, o que dependerá, também, dos rumos das economia. - Se a gente mantiver essa trajetória econômica com boa arrecadação de ICMS, poderemos ter, sim, um efeito positivo até o fim de 2021. Neste ano, existe ainda a possibilidade de recursos extraordinários advindos de privatização - projetou Cardoso. Outro ponto que merece atenção é a capacidade de investimento do Estado, que sempre foi baixa, mas caiu ainda mais. O valor aplicado entre janeiro e abril de 2021 foi de R$ 64 milhões, menos de 1% da despesa total e R$ 28 milhões a menos em relação ao mesmo intervalo de 2020 (-30,6% em termos nominais). A expectativa do governo é de que, com a melhora gradativa da situação financeira, seja possível voltar a elevar os aportes. A perspectiva está atrelada, também, à adesão ao regime de recuperação fiscal, que abre a possibilidade de novos financiamentos. Cardoso afirma que o superávit conquistado no primeiro quadrimestre pode ajudar a destravar o ingresso do Estado no programa de ajuste. - Mantemos a expectativa de, ao longo do segundo semestre, finalizar o plano de recuperação e aguardar a homologação. Estamos avançando bem e certamente o esforço do Estado será recompensado - disse Cardoso. (Zero Hora)
 
 
 
Fertilizantes - Importação cresce durante o ano
 
A importação de fertilizantes pelo Tecon Rio Grande vem crescendo neste ano, tendo alcançado um pico de 463% em março, na comparação com o mesmo mês de 2020, segundo levantamento divulgado pela Wilson Sons, administradora do terminal. Ao todo, naquele mês foram desembarcados 169 contêineres com o produto, maior volume em quatro anos para o período. Um dos motivos associados a essas compras do mercado externo é a colheita recorde de soja. Na visão da operadora de serviços portuários, marítimos e logísticos, isso amplia a demanda por fertilizantes nas regiões de grande cultivo da oleaginosa, com vistas à safra seguinte. “A expectativa é que siga essa tendência de crescimento, apesar da crise da pandemia”, comenta Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande. (Correio do Povo)

Jogo Rápido  

Sindilat na RDC TV

Na quarta-feira (02/06), o Sindilat participou do programa Portal RDC, da RDC TV. Comandado pelos jornalistas Cláudio Andrade e Carolina Aguaidas, o bate-papo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, debateu o Dia Mundial do Leite e os desafios que o setor lácteo tem enfrentado no primeiro semestre de 2021. Confira a entrevista completa aqui (a partir dos 39min): https://www.youtube.com/watch?v=v09FHIDoD_g (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

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Porto Alegre,  02 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.478


Lactalis do Brasil assume operações industriais da Cooperativa Cativa

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a Lactalis do Brasil a incorporar os ativos pertencentes à Cooperativa Cativa, com sede em Londrina, no Paraná. A operação, concluída hoje (01/06), exatos dois meses após o anúncio de intenção, foi formalizada em comunicado ao mercado nesta tarde. Com a aquisição, a empresa assume as fábricas localizadas em Cerqueira César (SP) e Londrina (PR) e o centro de coleta de Pato Branco (PR), bem como toda a estrutura comercial da Cativa.

Para tanto, a negociação incluiu revisão de passivo e garantia de aquisição de leite dos 4 mil cooperados da Cativa por um prazo de dez anos, renováveis por mais dez. O intuito da Lactalis do Brasil é manter a produção de leite UHT com as marcas Polly e Cativa, passando a envasar — também —produtos das marcas Batavo, Elegê e Parmalat. As unidades paranaenses também deverão fabricar derivados, como leite em pó, composto lácteo e manteiga.

Com foco no desenvolvimento do potencial da bacia leiteira do Paraná, segundo maior estado produtor de leite do país, a Lactalis do Brasil trará toda sua expertise internacional em gestão e assistência técnica aos produtores de leite. O objetivo é elevar o faturamento das operações do Paraná e alavancar a captação de 360 milhões de litros ano para volume próximo a 500 milhões no prazo de dois anos. Agora, a produção soma-se às operações da Lactalis, líder nacional no segmento com faturamento de R$ 9,8 bilhões em 2020 e um volume de captação, até então, de 2,7 bilhões de litros de leite ao ano.

Para Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis América Latina, a incorporação dos ativos da Cativa representa um novo momento da atuação da empresa, que completa 6 anos de Brasil neste dia 1.º de junho. “A parceria com a Cativa é um exemplo da nossa ação em favor do desenvolvimento cooperativo do setor de laticínios do Brasil. Entendemos que há um caminho muito promissor nesse sentido a ser desenvolvido por parcerias e capaz de ganhar eco em diferentes regiões do país," disse.

O presidente da Cativa, Paulo Cesar Maciel, informou que a negociação ampliou o potencial de investimento em oferta de tecnologia e inovação aos cooperados. A partir de agora, explica ele, a cooperativa irá focar no atendimento de seus produtores e na melhoria da qualidade do leite que é entregue à indústria. “Vamos nos beneficiar do know how da Lactalis na área de lácteos, uma empresa sólida e confiável com quem nós construímos uma relação de confiança que queremos manter ao longo do tempo". (As informações são da Jardine Comunicação, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Governo adia cobrança de ICMS do milho importado de países do Mercosul

O governador Eduardo Leite assinou, nesta terça-feira (1°/6), no Palácio Piratini, decreto que adia a cobrança de ICMS do milho importado de países do Mercosul pelas agroindústrias até 31 de dezembro. O objetivo do adiamento do pagamento da alíquota de 12% é ajudar a amenizar a crise enfrentada pelos setores agropecuários que mais demandam milho no Estado, como a avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite. O decreto será publicado ainda nesta terça (1°), em edição extra do Diário Oficial do Estado
A partir do decreto, os importadores de milho estarão dispensados do pagamento de ICMS no momento da importação do grão no Estado e passarão a pagar o tributo no momento da venda do produto final (carnes e leite), sem prejuízos para a arrecadação do Estado.

“O decreto serve para reafirmarmos que estamos juntos, Estado e produtores. Situações excepcionais requerem medidas excepcionais. Por isso, estamos atuando em várias frentes. Temos de olhar para todos os ângulos, que envolvem irrigação, incentivos para produção, melhorias nas estradas. E quando tudo isso não traz resultados, adotamos medidas excepcionais para não deixarmos nossos produtores na mão. Se o Estado tem condições de fazer isso hoje, é porque tomamos medidas antipáticas, aprovadas na Assembleia Legislativa, para reduzir o custo da máquina pública. É isso que nos sustenta e nos dá capacidade de dar essas respostas e de fazer esses investimentos. Estamos juntos nessa porque o Estado se equilibriou", destacou Leite.

Representantes das agroindústrias afirmam que o alto custo de produção poderá gerar um colapso na produção de proteína animal. Dados da Embrapa apontam que o custo subiu 39,78% na produção de aves e 44,55% na produção de suínos nos últimos 12 meses. E, conforme a Emater/RS, a saca de milho (principal componente da ração animal) tem batido a casa dos R$ 90,00 nas últimas semanas, o dobro dos valores praticados nesta mesma época do ano passado.

Para o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o diferimento ajuda a dar condições às empresas maiores de trazerem o grão da Argentina e do Paraguai e, ao mesmo tempo, alivia a pressão dos custos para as indústrias médias e pequenas que negociam o grão disponível no Estado. “Apesar das dificuldades, o setor da avicultura mantém o compromisso de produzir alimento de qualidade e com preço acessível à população”, destacou.

“Embora seja temporária, essa medida é necessária e importante para ajudar a dar um fôlego aos produtores e empresas que estão tendo que arcar com custos elevadíssimos. O governo tem dado este olhar para nossa agropecuária, porque não podemos deixar essas cadeias produtivas desassistidas neste momento”, ressaltou a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.

Os secretários Edson Brum (Desenvolvimento Econômico) e Artur Lemos Júnior (Casa Civil), o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes, e o deputado estadual Elton Weber também participaram da reunião. (Seapdr)



Na 14ª lactação, vaca ‘vitalícia’ já produziu mais de 100 mil litros de leite

As vacas brasileiras têm, em média, de 2,5 a 3 lactações ao longo da vida, e produzem cerca de 25 mil litros. Mas alguns animais, dotados de uma genética para lá de diferenciada, podem ir muito além. A Mascarada, da fazenda Real, de Cabrália Paulista (SP), nasceu em 2004 e está completando sua 14ª lactação.

Nascida em 2004, na propriedade de Roberto Barboza, Mascarada é filha do touro jersey Eros, da bateria da fornecedora de genética bovina CRV. Como ela nasceu antes da fazenda ter um sistema de controle, os dados das três primeiras gestações não foram registrados, mas a soma das últimas 11 crias já ultrapassa a produção de 100 mil litros de leite.

“É um animal com úberes impecáveis, com enorme energia e disposição para se alimentar no cocho, competindo de igual para igual com as demais vacas no lote”, informa Marco Lopes, gestor de Negócios da CRV, que atende a fazenda Real. “É impressionante ver como as outras vacas a respeitam”, comenta.

Fernando Barboza, de 25 anos, é filho do proprietário da Mascarada e está começando o processo de sucessão nos negócios. Ele conta que a família trabalha com produção de leite desde que ele tinha um ano. Com produção de 15 mil litro por dia na fazenda, Fernando conta que ter vacas que garantam uma escala de produção é essencial.

“A genética representa 1% do custo [de produção], e é o maior investimento que a gente pode fazer. Uma geração supera muito a outra. Paga-se [o investimento] brincando”, diz.
Olhando para o futuro, Fernando pretende continuar o bom trabalho do pai com foco em genética. “A gente é doente por isso aí. Temos prazer em pesquisar os touros que vamos usar para acasalar as vacas, ver o melhoramento que vão trazer. Queremos sempre vacas mais produtivas e mais duradouras”. 

O que faz uma vaca viver tanto e continuar produzindo leite bem?
Mascarada é um exemplo das chamadas “vacas vitalícias”, que ultrapassam em muito a média nacional  de lactação. “São animais saudáveis, livres de problemas, que exigem menos medicamentos, são inteligentes, com rotina própria dentro da fazenda e produção extremada de leite”, define Leonardo Maia, gerente de produto de Leite Europeu da CRV.
Maia cita o exemplo da campeã brasileira de produtividade registrada no ano de 2018: a vaca holandesa AFW Marconi Sjoukje 1014, filha de Marconi e neta de Commandeur 125. Nascida na fazenda de Albertus Frederik Wolters, em Castro (PR), ela somou mais de 160 toneladas de leite ao longo dos seus 16 anos de vida útil.

Na busca da longevidade, a genética é um dos fatores mais importantes. “Na genética, nem sempre dois mais dois são quatro, porque existem fatores que podem alterar os resultados esperados, mas o segredo é o histórico mapeado e controlado de linhagens e gerações de animais”, defende o gerente. (Canal Rural)

Jogo Rápido  

PIB do setor agropecuário registra alta de 5,7% no 1T de 2021
O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário foi o que mais cresceu no primeiro trimestre de 2021, de acordo com dados divulgados ontem (01/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor registrou 5,7% de crescimento na comparação com o quarto trimestre do ano passado e 5,2% em relação a igual período de 2020.  O PIB brasileiro cresceu 1,2% na comparação do primeiro trimestre de 2021 contra o quarto trimestre de 2020, na série com ajuste sazonal. Além da Agropecuária (5,7%), foram registrados índices positivos na Indústria (0,7%) e nos Serviços (0,4%). Conforme o IBGE, o resultado do setor agropecuário pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho positivo de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como soja, fumo e arroz, e pela produtividade. "Podemos também destacar como forças de crescimento a pecuária bovina e os resultados das exportações do agronegócio no primeiro trimestre. Apesar do bom desempenho dessas atividades, a redução de produção de milho e mandioca, teve contribuições negativas ao crescimento", pontuou José Garcia Gasques, coordenador de Avaliação de Políticas e Informação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões neste primeiro trimestre. Os demais segmentos tiveram os seguintes resultados: agropecuária R$ 208,8 bilhões; indústria R$ 348,6 bilhões e serviços R$ 1.195,9 trilhão. A participação percentual destas atividades no valor adicionado, foram de 6,8% para a Agropecuária, 20,4% Indústria e 72,8% Serviços. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)